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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
ADMINISTRATIVO
Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
Livro Eletrônico
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Gustavo Scatolino
Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
Lei n. 8.987/1995 - Serviços Públicos ............................................................................4
1. Introdução ..................................................................................................................4
2. Classificação dos Serviços Públicos ...........................................................................6
2.1. Serviços Públicos e de Utilidade Pública ................................................................... 7
2.2. Serviços Próprios e Impróprios do Estado .............................................................. 7
2.3. Quanto ao Objeto: Serviços Administrativos e Industriais ........................................8
2.4. Quanto à Maneira como Ocorrem para Satisfazer o Interesse Geral: Serviços 
UTI Universi e UTI Singuli ................................................................................................9
3. Responsabilidade das Concessionárias de Serviço Público ..........................................9
4. Princípios do Serviço Público .................................................................................... 10
5. Formas de Prestação ............................................................................................... 12
6. Espécies de Concessão ............................................................................................. 13
7. Formas de Extinção da Concessão (art. 35) ............................................................. 18
7.1. Advento do Termo Contratual ................................................................................ 19
7.2. Encampação .......................................................................................................... 19
7.3. Caducidade ........................................................................................................... 20
7.4. Rescisão ................................................................................................................ 21
7.5. Anulação ............................................................................................................... 21
7.6. Falência ou Extinção da Empresa Concessionária e Falecimento ou Incapacidade 
do Titular, no Caso de Empresa Individual .................................................................... 21
8. Parceria Público-Privada .......................................................................................... 21
8.1. Espécies de PPP .....................................................................................................22
Mapa Mental ................................................................................................................ 28
Questões de Concurso ..................................................................................................29
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Gabarito .......................................................................................................................33
Gabarito Comentado .....................................................................................................34
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
LEI N. 8.987/1995 - SERVIÇOS PÚBLICOS
Olá, amigo(a) concurseiro(a),
A aula de hoje é sobre Serviços Públicos.
É uma matéria pequena e vamos analisar basicamente duas Leis: a Lei Geral das Conces-
sões, Lei n. 8.987/1995; e a Lei das Parcerias Público-Privadas, Lei n. 11.079/2005.
Você verá, também, que as provas perguntam quase sempre os mesmos pontos.
Vamos começar!
“Vencer a si próprio é a maior das vitórias!”
1. Introdução
O que é serviço público?
O conceito que você deve estar pensando talvez não seja o mais adequado, porque pode 
estar incluindo como serviço público atividades que não são próprias dele, ou excluindo ativi-
dades que deveriam ser consideradas.
Na verdade, definir serviço público é uma tarefa muito complicada.
Vários critérios podem levar ao reconhecimento de uma atividade como serviço público. 
Pode ser que a atividade seja uma necessidade ou apenas uma comodidade à sociedade, que 
preencha uma insuficiência da iniciativa privada ou, até mesmo, que represente interesses 
ficais, como no caso das loterias.
Léon Diguit nos trouxe o sentido mais amplo de serviço público, entendendo que seria 
toda a atividade que devesse ser prestada pelo Estado, por ser indispensável à concretização 
e ao desenvolvimento da interdependência social.1 De acordo com a doutrina do autor fran-
cês, as atividades legislativas e judiciais estavam inseridas na concepção de serviço público; 
eram todas as atividades Estatais.
Pertencente à mesma escola de Diguit, Gaston Jéze apresentou um conceito um pouco 
mais restrito, entendendo como serviço público apenas aquelas atividades prestadas pelo 
1 DIGUIT, Léon. Traité de Droit Constitutionnel, 2ª ed., v. II, 1923.
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Estado correspondentes às necessidades públicas. Os dois autores citados conceberam um 
conceito de serviço público referente ao desempenho de atividade estatal – qualquer função 
pública era serviço público, numa época em que o poder público era o único prestador. Ado-
tava-se o critério subjetivo.
Esse critério lhe parece adequado?
Entende-se que não, pois é muito abrangente, muito amplo. Atualmente, deve ser compre-
endido um conceito mais restrito da expressão, pois não é o fato da atividade ser desempe-
nhada pelo Estado que a transformará em serviço público propriamente dito.
Maria Sylvia ensina que, em suas origens, os autores adotavam três critérios para definir 
o serviço público:
• subjetivo, que considera a pessoa jurídica prestadora da atividade: o serviço público 
seria aquele prestado pelo Estado;
• material, que considera a atividade exercida: o serviço público seria a atividade que tem 
por objeto a satisfação de necessidades coletivas;
• formal, que considera o regime jurídico: o serviço público seria aquele exercido sob re-
gime de direito público derrogatório e exorbitante do direito comum.
Atualmente, é impossível conjugar esses três critérios!
Assim, na falta de um conceito preciso, adota-se atualmente a teoria FORMAL ou FOR-
MALISTA para o conceito de serviço público, no sentido de que serviço público será toda ati-
vidade que a LEI assim determinar. Ou seja, será a LEI quem definirá a atividade como serviço 
público.
Vamos então formular um conceito para serviço Público:
Serviço público é toda atividade que a lei atribui ao Estado para que a exerça diretamente, ou por 
meio de seus delegatários, para atenderàs necessidades da sociedade.
Se uma atividade é considerada (pela lei já que se adota a teoria formal) como serviço 
público, deverá ser prestada pelo Estado e retirada do domínio do particular, que só poderá 
executá-la se houver uma delegação do Estado.
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No Direito brasileiro, a prestação de serviços públicos compete ao Estado, diretamente ou 
sob o regime de concessão ou permissão, conforme dispõe o art. 175 da Constituição Federal 
de 1988. Extrai-se que o Texto Constitucional conferiu ao Poder Público a titularidade para o 
exercício dessa atividade, estabelecendo, também, que a prestação será de forma direta ou 
mediante concessão ou permissão, sempre por meio de licitação:
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou 
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter es-
pecial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização 
e rescisão da concessão ou permissão;
II – os direitos dos usuários;
III – política tarifária;
IV – a obrigação de manter serviço adequado.
O art. 175 da CF determina que os casos de concessão e permissão sejam sempre pre-
cedidos de licitação. Nesse caso, não há como aplicar as hipóteses de dispensa de licitação 
previstas na Lei n. 8.666/1993, art. 24, pois o dispositivo constitucional não deixou espaço 
para qualquer hipótese, ao contrário do art. 37, XXI, ao determinar que, ressalvados os casos 
especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados me-
diante processo de licitação.
No entanto, entendemos que, desde que justificadamente, poderá haver contratação dire-
ta, em razão de inexigibilidade de licitação, na hipótese de haver inviabilidade de competição.
Vale salientar que a licitação deve ser guiada pela Lei n. 8.666/1993, lei geral das licita-
ções; e pela Lei n. 8.987/1995, que contém normas específicas aos contratos de concessão.
Determina a lei que o poder concedente publicará, previamente ao edital de licitação, ato 
justificando a conveniência da outorga de concessão ou permissão, caracterizando seu obje-
to, área e prazo (art. 5º, Lei n. 8.987/1995).
2. ClassIfICação dos servIços PúblICos
Outro tema complicado no Direito Administrativo é o estudo da classificação dos serviços 
públicos (na verdade, estudar classificação é complicado, já que cada autor faz a sua e a ban-
ca adota a que entender mais adequada.).
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Porém, vamos apresentar aquela que parece ser a mais aceita, levando em conta a clas-
sificação de vários autores importantes.
2.1. servIços PúblICos e de utIlIdade PúblICa
Serviços públicos propriamente ditos são os que a Administração presta diretamente à 
comunidade, por reconhecer sua essencialidade e necessidade para sobrevivência do grupo 
social e do próprio Estado.
Exemplo
Defesa nacional, polícia e fiscalização de atividades, água, saneamento básico.
Serviços de utilidade pública são os que a Administração, reconhecendo sua conveniên-
cia (não essencialidade, nem necessidade) para os membros da coletividade, presta-os di-
retamente ou consente que sejam prestados por terceiros (concessionários, permissionários 
ou autorizatários), nas condições regulamentadas e sob seu controle, mas por conta e risco 
dos prestadores, mediante remuneração dos usuários. Assim, são convenientes, mas não 
essenciais.
Exemplo:
Telefonia, transporte etc.
2.2. servIços PróPrIos e ImPróPrIos do estado
• Serviços próprios do Estado: são aqueles que, atendendo às necessidades coletivas, 
o Estado assume como seus e presta-os diretamente ou mediante delegação a con-
cessionários ou permissionários.
• Serviços impróprios do Estado: são os que, embora também destinados à satisfação 
das necessidades coletivas, não são assumidos nem prestados pelo Estado, seja de 
forma direta ou por delegação a particulares, mas apenas autorizados, regulamentados 
e fiscalizados. Eles correspondem a atividades privadas e recebem impropriamente o 
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nome de serviços públicos, porque atendem às necessidades de interesse geral. Por 
serem atividades privadas, são exercidas por particulares, mas, por atenderem às ne-
cessidades coletivas, dependem de autorização do Poder Público, estando sujeitas a 
maior ingerência do poder de polícia do Estado.
Existe corrente doutrinária, Hely Lopes Meirelles (2009) apresenta a seguinte classificação:
os serviços próprios são aqueles que se relacionam intimamente com as atribuições do Poder 
Público (segurança, polícia, higiene e saúde públicas etc.) para a execução dos quais a Administra-
ção usa de sua supremacia sobre os administrados. Por essa razão, só devem ser prestados por 
órgãos ou entidades públicas, sem delegação a particulares.
E continua o autor:
os serviços impróprios são os que não afetam necessariamente as necessidades da comunidade, 
mas satisfazem interesses comuns de seus membros, e, por isso, a Administração os presta, re-
muneradamente, por seus órgãos ou entidades descentralizadas, ou delega sua realização a con-
cessionários, permissionários ou autorizatários.
Assim, na sua prova, caindo a classificação dos serviços públicos próprios e impróprios com 
qualquer desses conceitos vistos acima, estará correta a questão.
2.3. Quanto ao objeto: servIços admInIstratIvos e IndustrIaIs
• Serviços administrativos: são os que a Administração executa para atender às suas 
necessidades internas ou preparar outros serviços que serão prestados ao público, tais 
como o da imprensa oficial; das estações experimentais e outros dessa natureza.
• Serviços comerciais ou industriais: são os que produzem renda para quem os pres-
ta, mediante a remuneração da utilidade usada ou consumida; remuneração essa que, 
tecnicamente, é denominada tarifa ou preço público, por ser sempre fixada pelo Poder 
Público, quer quando o serviço é prestado por seus órgãos e entidades, quer quando 
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por concessionários, autorizatários ou permissionários. Esse tipo de serviço pode ser 
prestado direta ou indiretamente pelo Estado (por concessionários,autorizatários ou 
permissionários).
2.4. Quanto à maneIra Como oCorrem Para satIsfazer o Interesse 
Geral: servIços utI unIversI e utI sInGulI
Essa é a que mais cai! Não por ser difícil, mas por ter um nome diferente!
• Serviços uti universi ou gerais: são aqueles que a Administração presta sem ter usuá-
rios determinados, para atender à coletividade no seu todo, como os de polícia; ilumi-
nação pública; calçamento e outros dessa espécie; limpeza de ruas etc.
Serviços gerais são custeados por IMPOSTOS.
• Serviços uti singuli ou individuais: são os que têm usuários determinados e utilização 
particular ou mensurável para cada destinatário, como ocorre com o telefone, a água e 
a energia elétrica domiciliares.
Serviços uti singuli são custeados por TAXA, TARIFAS ou PREÇOS PÚBLICOS.
3. resPonsabIlIdade das ConCessIonárIas de servIço PúblICo
A Constituição Federal, art. 37, § 6º, consagra a responsabilidade objetiva do Estado e das 
demais pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos.
O STF fixou o entendimento de que as prestadoras de serviços públicos respondem obje-
tivamente pelos danos decorrentes da prestação do serviço, inclusive em relação a terceiros 
não usuários (RE n. 591.874, decidido pelo Pleno do STF).
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4. PrInCíPIos do servIço PúblICo
Esse é outro tema frequente em prova! Os princípios estão elencados no art. 6º da Lei n. 
8.987/1995.
Para não esquecer, lembre-se do mnemônico: CO CO MO GE SE ATUA c/ EFICIÊNCIA.
Vamos lá!
a) Cortesia: por esse princípio, exige-se urbanidade no tratamento com os usuários do 
serviço. Refere-se ao trato educado para com o público destinatário da prestação estatal. 
Cuidado! Não tem a ver com gratuidade. Como regra, os serviços públicos não precisam ser 
gratuitos.
b) Continuidade: significa que os serviços públicos não devem sofrer interrupção.
Contudo, esse princípio não tem caráter absoluto. O art. 6º, § 3º, II, da Lei n. 8.987/1995 
permite suspender a prestação em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
I – motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações;
II – por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
Veja que, por motivo de inadimplência, pode haver a interrupção do serviço (ex: corte de 
energia).
Porém, o Superior Tribunal de Justiça entende que, se o corte de energia puder causar 
dano irreversível ao usuário ou for inadimplente pessoa jurídica de direito público, não poderá 
haver a interrupção. Por exemplo, se um município não paga a conta perante a empresa priva-
da concessionária, não poderá cortar a luz do Município e ficar sem luz nas ruas, na prefeitura, 
no hospital etc.
Outros entendimentos relevantes do STJ:
É ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica quando o débito decorrer de 
suposta fraude no medidor de consumo de energia, apurada unilateralmente pela con-
cessionária (Órgãos Julgadores: 1ª T, 2ª T – REsp 941613/SP)
É ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica quando puder acarretar lesão 
irreversível à integridade física do usuário. (STJ – 2ª T – data da decisão: 21/09/2006 – 
REsp 853392/RS)
É ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica quando inadimplente comunidade 
simples de agricultores, na hipótese de discussão judicial da dívida e de depósito judicial 
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de parte do valor do débito pelos devedores. (STJ – CE – data da decisão: 20/03/2006 
– AgRg na SLS 36/CE)
É ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica, após aviso prévio, quando ina-
dimplente hospital, devido à prevalência do interesse público maior de proteção à vida. 
(STJ – 2ª T – última decisão: 12/12/2006 – REsp 876723/PR)
É ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica em razão de débito irrisório no 
valor de R$ 0,85 (oitenta e cinco centavos), por configurar abuso de direito e ofensa aos 
princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, sendo cabível a indenização do con-
sumidor por danos morais. (STJ – 1ª T – data da decisão: 18/05/2006 – REsp 811690/
RR)
É ilegítimo o corte no fornecimento de água em decorrência de débito pretérito relativo 
ao consumo de antigo usuário do imóvel. (STJ – 1ª T – data da decisão: 21/09/2006 – 
REsp 631246/RJ)
O corte no fornecimento de energia elétrica somente pode recair sobre o imóvel que ori-
ginou o débito, e não sobre outros imóveis de propriedade do inadimplente. (STJ – 1ª T 
– data da decisão: 06/02/2007 – REsp 662214/RS)
É legítimo o corte no fornecimento de energia elétrica por razões de ordem técnica ou de 
segurança das instalações, desde que precedido de aviso prévio. (STJ – 2ª T – data da 
decisão: 17/05/2007 – AgRg no Ag 780147/RS)
É ilegítimo o corte de fornecimento de energia elétrica de ente público quando há discus-
são judicial da dívida. (STJ – 1ª T – data da decisão: 17/02/2004 – MC 3982/AC)
É ilegítimo o corte no fornecimento de água quando o inadimplemento da pessoa de 
direito público se refere a débitos pretéritos, não atuais. (STJ – 2ª T – data da decisão: 
27/02/2007 – REsp 299523/SP)
c) Modicidade: significa que, quando o serviço público for cobrado, as tarifas devem ter 
preços razoáveis. Não são todos os serviços que exigem contraprestação pecuniária, como, 
por exemplo, saúde e educação prestadas pelo Estado, mas, se houver cobrança pela sua 
disposição, não deve haver, por parte do Poder Público, intuito de lucro; e, se o serviço for 
prestado mediante concessão e permissão, as tarifas cobradas devem ter valores módicos, 
até para viabilizar a observância do princípio da generalidade.
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Portanto, o princípio da modicidade tem estreita relação com o da generalidade, na medi-
da em que a imposição de cobrança de valores módicos ressalta a prestação ao maior núme-
ro possível de pessoas, sem privar aqueles que necessitam usufruir o serviço público.
Visando a atender ao princípio da modicidade das tarifas, poderá o poder concedente 
prever, em favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de outras fontes pro-
venientes de receitas alternativas. (Ex.: permitir que o concessionário faça locação de espaço 
para instalação de restaurante ou posto de gasolina na rodovia por ele administrada).
d) Generalidade ou universalidade: a prestação deve ocorrer com a maior amplitude pos-
sível, a fim de beneficiar maior número possível de pessoas. Ademais, não deverá haver varia-
ção das características técnicas em relação aos usuários, ou seja, não pode haver distinção 
entre os usuários que se encontram na mesma situação (regularidade).
e) Segurança: não deve causar danos aos usuários.
f) Atualidade: a atualidade compreende a modernidade dastécnicas, prevista no art. 6º, 
§ 2º, da Lei n. 8.987/1995. Conforme essa lei, a atualidade compreende a modernidade das 
técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e a 
expansão do serviço.
g) Eficiência: exige execução eficiente do serviço, com constante aperfeiçoamento. O prin-
cípio da eficiência está relacionado com diversos princípios do serviço público, uma vez que 
a eficiência compreende a não interrupção de sua prestação, a segurança aos usuários e o 
atendimento, com qualidade, ao maior número de pessoas.
Conceito de serviço é adequado: quando satisfaz as condições de regularidade, continui-
dade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade 
das tarifas (art. 6º, § 1º, da Lei n. 8.987/1995).
5. formas de Prestação
Nos termos do art. 175 da CF, o Estado poderá prestar o serviço diretamente ou mediante 
concessão e permissão. Estes dois institutos são contratos administrativos para a delegação 
de serviço público a particular. A Lei n. 8.987/1995 regulamenta os dois institutos.
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O art. 175 da CF prevê a prestação de serviços públicos como dever estatal, podendo a 
sua execução ser feita diretamente pelo Estado ou mediante concessão ou permissão. A nor-
ma Constitucional exige a edição de lei que disponha sobre:
I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter es-
pecial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização 
e rescisão da concessão ou permissão;
II – os direitos dos usuários;
III – política tarifária;
IV – a obrigação de manter serviço adequado.
Apesar de a Lei n. 8.987/95, bem como o art.175, da CF não fazerem menção, há também 
a autorização de serviços públicos.
Concessão Permissão Autorização
Contrato administrativo Contrato administrativo Ato administrativo
Licitação – concorrência Licitação – qualquer modalidade Regra: não há licitação
Prazo certo
Não há (precariedade)
Pode ser REVOGADO a qualquer 
momento sem gerar direito à indeni-
zação
Ato discricionário (regra)
Pessoas jurídicas ou consórcio de 
empresas podem participar
Pessoas físicas ou jurídicas Pessoas físicas ou jurídicas
Obra e serviço ou apenas o
serviço público
Somente o serviço público Somente o serviço público
Prof. GUSTAVO SCATOLINO
6. esPéCIes de ConCessão
O art. 2º da Lei n. 8.987/1995 conceitua dois tipos de concessão:
• concessão de serviço público;
• concessão de serviço público precedida da execução de obra pública.
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
A Lei n. 8.987/1995 determina que sejam aplicadas às permissões, no que couber, as dis-
posições sobre as concessões.
Cláusulas Essenciais dos Contratos de Concessão
O art. 23 da Lei n. 8.987/1995 estabelece as cláusulas essenciais nos contratos de con-
cessão:
Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de concessão as relativas:
I – ao objeto, à área e ao prazo da concessão;
II – ao modo, forma e condições de prestação do serviço;
III – aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
IV – ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos para o reajuste e a revisão das tarifas;
V – aos direitos, garantias e obrigações do poder concedente e da concessionária, inclusive os 
relacionados às previsíveis necessidades de futura alteração e expansão do serviço e consequente 
modernização, aperfeiçoamento e ampliação dos equipamentos e das instalações;
VI – aos direitos e deveres dos usuários para obtenção e utilização do serviço;
VII – à forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos, dos métodos e práticas de execu-
ção do serviço, bem como a indicação dos órgãos competentes para exercê-la;
VIII – às penalidades contratuais e administrativas a que se sujeita a concessionária e sua forma 
de aplicação;
IX – aos casos de extinção da concessão;
X – aos bens reversíveis;
XI – aos critérios para o cálculo e a forma de pagamento das indenizações devidas à concessio-
nária, quando for o caso;
XII – às condições para prorrogação do contrato;
XIII – à obrigatoriedade, forma e periodicidade da prestação de contas da concessionária ao poder 
concedente;
XIV – à exigência da publicação de demonstrações financeiras periódicas da concessionária; e
XV – ao foro e ao modo amigável de solução das divergências contratuais.
Dentre as cláusulas essenciais ao contrato, está a previsão dos bens reversíveis. A re-
versão é a incorporação dos bens do concessionário, indispensáveis para a continuidade da 
prestação do serviço, ao poder concedente.
O art. 29 da Lei n. 8.987/1995 estabelece os deveres do poder concedente que incidirão 
sobre os concessionários.
I – regulamentar o serviço concedido e fiscalizar permanentemente a sua prestação;
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
II – aplicar as penalidades regulamentares e contratuais;
III – intervir na prestação do serviço, nos casos e condições previstos em lei;
IV – extinguir a concessão, nos casos previstos nesta Lei e na forma prevista no contrato;
V – homologar reajustes e proceder à revisão das tarifas na forma desta Lei, das normas pertinen-
tes e do contrato;
VI – cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares do serviço e as cláusulas contratuais 
da concessão;
VII – zelar pela boa qualidade do serviço, receber, apurar e solucionar queixas e reclamações dos 
usuários, que serão cientificados, em até trinta dias, das providências tomadas;
VIII – declarar de utilidade pública os bens necessários à execução do serviço ou obra pública, 
promovendo as desapropriações, diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, 
caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis;
IX – declarar de necessidade ou utilidade pública, para fins de instituição de servidão administra-
tiva, os bens necessários à execução de serviço ou obra pública, promovendo-a diretamente ou 
mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas 
indenizações cabíveis;
X – estimular o aumento da qualidade, produtividade, preservação do meio ambiente e conser-
vação;
XI – incentivar a competitividade; e
XII – estimular a formação de associações de usuários para defesa de interesses relativos ao 
serviço.
Também são previstos na lei os deveres da concessionária.
Art. 31. Incumbe à concessionária:
I – prestar serviço adequado, na forma prevista nesta Lei, nas normas técnicas aplicáveis e no 
contrato;
II – manter em dia o inventário e o registro dos bens vinculados à concessão;
III – prestar contas da gestão do serviço ao poder concedente e aos usuários, nos termos definidos 
no contrato;
IV – cumprir e fazer cumprir as normas do serviço e as cláusulascontratuais da concessão;
V – permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em qualquer época, às obras, aos equi-
pamentos e às instalações integrantes do serviço, bem como a seus registros contábeis;
VI – promover as desapropriações e constituir servidões autorizadas pelo poder concedente, con-
forme previsto no edital e no contrato;
VII – zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação do serviço, bem como segurá-los 
adequadamente; e
VIII – captar, aplicar e gerir os recursos financeiros necessários à prestação do serviço.
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
Subconcessão
A subconcessão é a transferência para que outra empresa execute parte do contrato. 
O art. 26 da Lei n. 8.987/1995 permite a subconcessão, desde que expressamente autorizada 
pelo poder concedente, exigindo que seja precedida de concorrência.
Os contratos administrativos têm por característica serem intuito personae, na medida 
em que são firmados em razão das condições pessoais do contratante. Por esse motivo, 
a execução do contrato deve ser feita pelo vencedor da licitação, o qual celebrou o contrato 
com o poder público.
No entanto, pode haver a transferência de parte do contrato para terceiros, desde que 
autorizado previamente pela Administração. A ausência de autorização pode acarretar em 
declaração de caducidade por parte da Administração, provocando a extinção do contrato.
O contrato do concessionário com outras empresas privadas pressupõe o cumprimen-
to das normas regulamentares do serviço concedido (art. 25, § 3º). As contratações feitas 
pela concessionária serão regidas pelas disposições de direito privado, não se estabelecendo 
qualquer relação entre os terceiros contratados pela concessionária e o poder concedente 
(art. 25, § 2º).
A lei estabelece os seguintes requisitos para a subconcessão:
I – atender às exigências de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e 
fiscal necessárias à assunção do serviço; e
II – comprometer-se a cumprir todas as cláusulas do contrato em vigor.
“Não se confunde com a subconcessão a mera contratação de terceiros, nos termos dos §§ 1º, 2º 
e 3º do art. 25 da Lei n. 8.987/95 para o “desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou 
complementares ao serviço concedido, bem como a implementação de projetos associados”, sem-
pre obedientes “às normas regulamentares da modalidade do serviço concedido”. É certo que nisto 
não se poderá absorver parte importante ou significativa da prestação do serviço, sob pena de tal 
“terceirização” desvirtuar o caráter intuitu personae da concessão e fraudar o sentido da licitação 
que a tenha precedido.”2
Foi disposto na lei que, na contratação de terceiros, os contratos celebrados entre a con-
cessionária e os terceiros reger-se-ão pelo direito privado, não se estabelecendo qualquer 
relação jurídica entre os terceiros e o poder concedente.
2 BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Op. Cit., p. 724.
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
Da Intervenção na Concessão
A finalidade da concessão é a prestação de um serviço público à coletividade. Visa, então, 
a atender ao interesse público. Para garantir a adequada prestação do serviço, principalmente 
a sua continuidade, é possível a intervenção na concessão. Trata-se de medida de ingerência 
do poder concedente, para a verificação do cumprimento das normas contratuais, regulamen-
tares e legais.
A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a designação do 
interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida.
Exige a lei a instauração de procedimento administrativo em até trinta dias após a decla-
ração da intervenção, devendo ser concluído no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena 
de ser considerada inválida a intervenção. Como ocorre em todos os processos administrati-
vos, deve ser assegurado o contraditório e a ampla defesa ao interessado.
Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e regula-
mentares, será declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente devolvido à 
concessionária, sem prejuízo de seu direito à indenização.
Cessada a intervenção, se não for extinta a concessão, a administração do serviço será 
devolvida à concessionária, precedida de prestação de contas pelo interventor, que responde-
rá pelos atos praticados durante a sua gestão (art. 34).
Com a Lei n. 13.097/2015, foram revogados os §§ 2º, 3º e 4ª do art. 27 e criada a figura da 
Administração Temporária, em que o poder concedente autorizará a assunção do controle ou 
da administração temporária da concessionária por seus financiadores e garantidores com 
quem não mantenha vínculo societário direto, para promover sua reestruturação financeira 
e assegurar a continuidade da prestação dos serviços. O novo regime não alterará as obri-
gações da concessionária e de seus controladores para com terceiros, poder concedente e 
usuários dos serviços públicos.
A citada lei definiu os conceitos de controle e poder de administração:
§ 3º Configura-se o controle da concessionária, para os fins dispostos no caput deste artigo, a pro-
priedade resolúvel de ações ou quotas por seus financiadores e garantidores que atendam os 
requisitos do art. 116 da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. (Incluído pela Lei n. 13.097, 
de 2015)
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
§  4º Configura-se a administração temporária da concessionária por seus financiadores e ga-
rantidores quando, sem a transferência da propriedade de ações ou quotas, forem outorgados os 
seguintes poderes: (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
I – indicar os membros do Conselho de Administração, a serem eleitos em Assembleia Geral pelos 
acionistas, nas sociedades regidas pela Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976; ou administrado-
res, a serem eleitos pelos quotistas, nas demais sociedades; (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
II – indicar os membros do Conselho Fiscal, a serem eleitos pelos acionistas ou quotistas contro-
ladores em Assembleia Geral; (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
III – exercer poder de veto sobre qualquer proposta submetida à votação dos acionistas ou quo-
tistas da concessionária, que representem, ou possam representar, prejuízos aos fins previstos 
no caput deste artigo; (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
IV – outros poderes necessários ao alcance dos fins previstos no caput deste artigo. (Incluído pela 
Lei n. 13.097, de 2015)
O mais interessante é que a administração temporária não acarretará responsabilidade 
aos financiadores e garantidores em relação à tributação, encargos, ônus, sanções, obriga-
ções ou compromissos com terceiros, inclusive com o poder concedente ou empregados 
(§5º, art. 27-A).
A figura da AdministraçãoTemporária foi criada para que os controladores, muitas ve-
zes instituições financeiras, possam sanear as concessionárias, mas sem que tenham ações, 
pois, caso contrário, teriam responsabilidade tributária, trabalhista entre outras. Assim, com 
inovação criada pela lei, o financiador terá o poder de controlador, elegendo membros do Con-
trole de Administração e propondo alterações no Estatuto da empresa, mas sem deter ações 
da empresa concessionária.
7. formas de extInção da ConCessão (art. 35)
A Lei n. 8.987/1995 somente disciplinou as formas de extinção da concessão, pois a permis-
são não tem prazo certo, podendo o contrato ser extinto a qualquer momento a critério do poder 
concedente (precariedade). Contudo, se houver fixação de prazo na permissão, haverá garantia 
maior para o permissionário. Assim, poderão ser aplicadas as formas de extinção da concessão.
O contrato de concessão deve ter prazo certo; portanto, chegando ao fim do prazo estipu-
lado, o contrato estará extinto. Essa é a forma natural de extinção. No entanto, outras situa-
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
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ções podem ocorrer e levar o contrato a termo. Estabelece a lei que, se extinta a concessão, 
retornam ao poder concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao 
concessionário, conforme previsto no edital e estabelecido no contrato.
NOTA!
Reversão não é forma de extinguir a concessão. Trata-se do retorno ao poder concedente dos bens transferi-
dos ao concessionário (bens reversíveis).
Durante a prestação do serviço, o concessionário necessitou empregar diversos bens. O po-
der concedente precisará desses bens, a fim de não interromper a prestação da atividade. Com 
efeito, não ocorrerá o retorno ao poder concedente dos bens reversíveis, pois os bens não eram 
de propriedade do Estado. O que ocorre é a amortização do valor dos bens utilizados durante a 
concessão. Ou seja, no decorrer do período do contrato de concessão, deve haver a retribuição 
pecuniária ao concessionário do valor dos bens que serão repassados ao poder concedente. In-
clusive, o prazo contratual a ser fixado deve levar em consideração o valor dos bens reversíveis.
7.1. advento do termo Contratual
É a forma natural de extinção do contrato. Atingindo o prazo estipulado, sem que haja 
prorrogação, ocorre a extinção do contrato.
7.2. enCamPação
É a retomada do serviço pelo poder concedente, antes do prazo estabelecido no contrato, 
por motivo de interesse público.
Requisitos para encampação:
• interesse público;
• lei autorizativa específica;
• indenização prévia.
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
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7.3. CaduCIdade
Decorre de ato irregular praticado pelo concessionário. O poder concedente declara a ca-
ducidade, gerando a extinção do contrato.
O art. 38 da Lei n. 8.987/1995 apresenta as situações para declaração de caducidade:
I – se o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as nor-
mas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
II – a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares 
concernentes à concessão;
III – a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decor-
rentes de caso fortuito ou força maior;
IV – a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a 
adequada prestação do serviço concedido;
V – a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;
VI – a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a 
prestação do serviço; e
VII – a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento e oitenta) 
dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da concessão, na forma do 
art. 29 da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993.
Vale destacar que a declaração de caducidade, geralmente, decorre de má conduta do 
concessionário, durante o prazo contratual. No caso de descumprimento de normas contra-
tuais pelo poder concedente, o contratado poderá buscar a rescisão contratual.
Requisitos para declaração de caducidade:
• processo administrativo com garantia de ampla defesa;
• declaração por decreto do poder concedente;
• havendo indenização, será posterior.
ENCAMPAÇÃO CADUCIDADE
Forma – Lei autorizativa específica
(depois é feito um decreto)
Forma – Decreto
(não precisa de lei autorizativa)
Motivo – interesse público
Motivo – ato irregular praticado pelo
concessionário – art. 38, Lei n. 8.987/95
Indenização PRÉVIA Indenização POSTERIOR (se houver)
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
7.4. resCIsão
A rescisão ocorrerá por iniciativa do concessionário, no caso de descumprimento das nor-
mas contratuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para 
esse fim. Quando o poder concedente pretender extinguir o contrato antes do prazo fixado, 
deve valer-se da encampação, desde que preencha os requisitos legais, ou, então, da caduci-
dade, caso o contratado não cumpra o contrato corretamente.
Estabelece a lei que os serviços prestados pela concessionária não poderão ser interrompi-
dos ou paralisados, até a decisão judicial transitada em julgado.
7.5. anulação
A anulação ocorrerá em caso de ilegalidade praticada no decorrer da licitação, ou mesmo 
na formação do contrato de concessão.
7.6. falênCIa ou extInção da emPresa ConCessIonárIa e faleCImento 
ou InCaPaCIdade do tItular, no Caso de emPresa IndIvIdual
Com a falência da empresa concessionária ou qualquer outra forma de extinção, não ha-
verá possibilidade de continuidade na prestação dos serviços.
8. ParCerIa PúblICo-PrIvada
Os contratos de PPP são contratos de concessão de serviços públicos. A doutrina deno-
mina-os de concessão especial de serviços públicos, uma vez que a lei denomina as conces-
sões regidas pela Lei n. 8.987/1995 de concessões comuns.
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
A PPP é regida pela Lei n. 11.079/2005, sendo disciplinada, também, pela Lei n. 8.987/1995 
e pela Lei n. 8.666/1993.
A Lei n. 11.079/2005 contém normas gerais, aplicáveis a todos os entes federativos (União, 
Estados, DF e Municípios), dispostas nos arts. 1º a 14. Os dispositivos seguintes são normas 
específicas, aplicáveis à União.
OPoder Público deve optar pela PPP quando não for possível fazer a concessão comum 
(Lei n. 8.987/1995), pois na PPP haverá, necessariamente, contraprestação pecuniária do Po-
der Público, o que não ocorre nas concessões comuns, em que a remuneração do concessio-
nário é feita pela tarifa cobrada dos usuários do serviço.
8.1. esPéCIes de PPP
a) Concessão patrocinada: é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de 
que trata a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente 
à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao par-
ceiro privado. Ex.: construção de um estádio de futebol com contraprestação do Poder 
Público e retribuição pecuniária adicional mediante tarifa cobrada dos usuários.
b) Concessão administrativa: é o contrato de prestação de serviços de que a Administra-
ção Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou 
fornecimento e instalação de bens. Ex.: construção de um prédio pelo parceiro privado 
em terreno do Poder Público e, após a entrega da obra, o parceiro privado ficará duran-
te 15 anos administrando o prédio e a Administração efetuará pagamento mensal para 
utilizar o prédio com todos os serviços necessários. Depois do prazo de 15 anos fixado 
em contrato, a Administração passa a assumir a gestão direta do edifício construído.
NOTA!
Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços públi-
cos ou de obras públicas de que trata a Lei n. 8.987, de 1995, quando não envolver contraprestação pecuniária 
do parceiro público ao parceiro privado.
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
Amigo(a) concurseiro(a), destaco esses artigos a seguir para leitura. São muito importantes!
Pontos importantes da Lei n. 8.987/1995
Art. 2º Para os fins do disposto nesta lei, considera-se:
I – poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se 
encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou 
permissão;
II  – concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, 
mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas 
que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
III – concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção total ou 
parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse públi-
co, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa 
jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta 
e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a 
exploração do serviço ou da obra por prazo determinado;
IV – permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação da prestação 
de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capa-
cidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
(...)
Art. 9º A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da lici-
tação e preservada pelas regras de revisão previstas nesta lei, no edital e no contrato.
§ 1º A tarifa não será subordinada à legislação específica anterior.
§ 2º Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilí-
brio econômico-financeiro.
§ 3º Ressalvados os impostos sobre a renda, a criação, alteração ou extinção de quaisquer tributos 
ou encargos legais, após a apresentação da proposta, quando comprovado seu impacto, implicará 
a revisão da tarifa, para mais ou para menos, conforme o caso.
§ 4º Em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial equilíbrio econômico-fi-
nanceiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, concomitantemente, à alteração.
Art. 10. Sempre que forem atendidas as condições do contrato, considera-se mantido seu equilí-
brio econômico-financeiro.
Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, poderá o poder concedente 
prever, em favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de outras fontes pro-
venientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, com 
ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas, observado o disposto no 
art. 17 desta lei.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Parágrafo único. As fontes de receita previstas neste artigo serão obrigatoriamente consideradas 
para a aferição do inicial equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
(...)
Art. 13. As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características técnicas e dos custos 
específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários.
(...)
Art. 23-A. O contrato de concessão poderá prever o emprego de mecanismos privados para resolu-
ção de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem, a ser realizada no 
Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei n. 9.307, de 23 de setembro de 1996. (Explicação: 
litígio entre poder concedente e concessionário podem não ser submetidos à solução do Poder 
Judiciário e levados à Justiça arbitral – “justiça privada”).
(...)
Art.
. É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de concessão, desde que expressa-
mente autorizada pelo poder concedente.
§ 1º A outorga de subconcessão será sempre precedida de concorrência.
§ 2º O subconcessionário se sub-rogará todos os direitos e obrigações da subconcedente dentro 
dos limites da subconcessão.
(...)
Da Intervenção na concessão
Art. 16. A outorga de concessão ou permissão não terá caráter de exclusividade, salvo no caso de 
inviabilidade técnica ou econômica justificada no ato a que se refere o art. 5º desta Lei.
(...)
Art. 32. O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a adequação 
na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e 
legais pertinentes.
Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a designa-
ção do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida.
Art. 33. Declarada a intervenção, o poder concedente deverá, no prazo de trinta dias, instaurar pro-
cedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar responsa-
bilidades, assegurado o direito de ampla defesa.
§ 1º Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e regulamenta-
res, será declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente devolvido à concessionária, 
sem prejuízo de seu direito à indenização.
§ 2º O procedimento administrativo a que se refere o caput deste artigo deverá ser concluído no 
prazo de até cento e oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a intervenção.
Art. 34. Cessada a intervenção, se não for extinta a concessão, a Administração do serviço será de-
volvida à concessionária, precedida de prestação de contas pelo interventor, que responderá pelos 
atos praticados durante a suagestão.
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
Pontos importantes da Lei das PPPs
É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada (art. 2º, § 4º):
I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); (Redação dada 
pela Lei n. 13.529, de 2017);
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra, o fornecimento e instalação de 
equipamentos ou a execução de obra pública.
O valor mínimo do contrato de PPP passou a ser de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) após 
a modificação da Lei n. 13.529, de 2017.
NOTA!
Prazo dos contratos de PPP: de 5 a 35 anos, já com eventuais prorrogações.
Art. 4º Na contratação de parceria público-privada serão observadas as seguintes diretrizes:
I – eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos recursos da sociedade;
II – respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos serviços e dos entes privados incum-
bidos da sua execução;
III – indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de polícia e de 
outras atividades exclusivas do Estado; (Explicação: como a PPP é delegação de atividade para 
particulares, essas atividades não podem ser objeto de PPP, pois são exclusivas do Estado.)
IV – responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias;
V – transparência dos procedimentos e das decisões;
VI – repartição objetiva de riscos entre as partes;
VII – sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de parceria.
Art. 5º As cláusulas dos contratos de parceria público-privada atenderão ao disposto no art. 23 da 
Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no que couber, devendo também prever:
I – o prazo de vigência do contrato, compatível com a amortização dos investimentos realizados, 
não inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e cinco) anos, incluindo eventual prorrogação;
II – as penalidades aplicáveis à Administração Pública e ao parceiro privado em caso de inadim-
plemento contratual, fixadas sempre de forma proporcional à gravidade da falta cometida, e às 
obrigações assumidas;
III – a repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, força maior, fato 
do príncipe e álea econômica extraordinária;
IV – as formas de remuneração e de atualização dos valores contratuais;
V – os mecanismos para a preservação da atualidade da prestação dos serviços;
VI – os fatos que caracterizem a inadimplência pecuniária do parceiro público, os modos e o prazo 
de regularização e, quando houver, a forma de acionamento da garantia;
VII – os critérios objetivos de avaliação do desempenho do parceiro privado;
VIII – a prestação, pelo parceiro privado, de garantias de execução suficientes e compatíveis com 
os ônus e riscos envolvidos, observados os limites dos §§ 3º e 5º do art. 56 da Lei n. 8.666, de 21 de 
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
junho de 1993, e, no que se refere às concessões patrocinadas, o disposto no inciso XV do art. 18 
da Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995;
IX – o compartilhamento com a Administração Pública de ganhos econômicos efetivos do parceiro 
privado decorrentes da redução do risco de crédito dos financiamentos utilizados pelo parceiro 
privado;
X – a realização de vistoria dos bens reversíveis, podendo o parceiro público reter os pagamentos 
ao parceiro privado, no valor necessário para reparar as irregularidades eventualmente detectadas.
Art. 6º A contraprestação da Administração Pública nos contratos de parceria público-privada po-
derá ser feita por:
I – ordem bancária;
II – cessão de créditos não tributários;
III – outorga de direitos em face da Administração Pública;
IV – outorga de direitos sobre bens públicos dominicais;
V – outros meios admitidos em lei.
Parágrafo único. O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração va-
riável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade 
definidos no contrato.
Art. 7º A contraprestação da Administração Pública será obrigatoriamente precedida da disponibi-
lização do serviço objeto do contrato de parceria público-privada.
Parágrafo único. É facultado à Administração Pública, nos termos do contrato, efetuar o pagamen-
to da contraprestação relativa a parcela fruível de serviço objeto do contrato de parceria público-
-privada.
Art. 8º As obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública em contrato de parceria 
público-privada poderão ser garantidas mediante:
I – vinculação de receitas, observado o disposto no inciso IV do art. 167 da Constituição Federal;
II – instituição ou utilização de fundos especiais previstos em lei;
III – contratação de seguro-garantia com as companhias seguradoras que não sejam controladas 
pelo Poder Público;
IV – garantia prestada por organismos internacionais ou instituições financeiras que não sejam 
controladas pelo Poder Público;
V – garantias prestadas por fundo garantidor ou empresa estatal criada para essa finalidade;
VI – outros mecanismos admitidos em lei.
Art. 9º Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico, 
incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.
§ 1º A transferência do controle da sociedade de propósito específico estará condicionada à au-
torização expressa da Administração Pública, nos termos do edital e do contrato, observado o 
disposto no parágrafo único do art. 27 da Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.
§ 2º A sociedade de propósito específico poderá assumir a forma de companhia aberta, com valo-
res mobiliários admitidos a negociação no mercado.
§ 3º A sociedade de propósito específico deverá obedecer a padrões de governança corporativa e 
adotar contabilidade e demonstrações financeiras padronizadas, conforme regulamento.
§ 4º Fica vedado à Administração Pública ser titular da maioria do capital votante das sociedades 
de que trata este Capítulo.
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
§ 5º A vedação prevista no § 4º deste artigo não se aplica à eventual aquisição da maioria do ca-
pital votante da sociedade de propósito específico por instituição financeira controlada pelo Poder 
Público em caso de inadimplemento de contratos de financiamento.
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MAPA MENTAL
SERVIÇOS 
PÚBLICOS
Concessão patrocinadaConcessão comum c/ 2 fontes de receita
PPP
Concessão administrativaAdm.é usuária direta ou indireta do serviço
EXTINÇÃO DA CONCESSÃO
Interesse público
Lei autorizativa Encampação
Indenização prévia
Irregularidade do concessionário
Indenização posterior
Caducidade
Com motivação
Mediante processo administrativo
Ilegalidade Anulação
Pela via judicial Rescisão
Falência ou extinção da empresa e falecimento ou incapacidade do titular
Advento do termo contratual
Atualidades
Eficiência
PRINCÍPIOS
Segurança
Generalidade
Modicidade das tarifas
Continuidade
Cortesia
CONCEITO
Toda atividade definida por LEI
Teoria formal
CLASSIFICAÇÃO
Serviços próprios e impróprios do Estado
Serviços uti universi e uti singuli
Serviços públicos e de utilidade pública
Quanto ao objeto: serviços administrativos e industriais
FORMA DE PRESTAÇÃO
Direta pelo Estado
Concessão
Licitação – concorrência
Obra e serviço ou serviço
Prazo certo
Pessoa jurídica ou consórcio de empresas
Permissão
Licitação – qualquer modalidade
Somente serviço público
Não tem prazo “precária”
Pessoa física ou jurídica
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (2018/IADES/ARCON-PA/ Técnico em Regulação de Serviços Públicos). Que di-
retriz(es) será(ão) observada(s) na contratação de parceria público-privada?
a) Modicidade tarifaria e melhor técnica para a execução da obra.
b) Responsabilidade civil objetiva da concessionária.
c) Sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de parceria.
d) Sigilo das propostas apresentadas pelos concorrentes.
e) Garantia de financiamento da obra por parte do parceiro público.
Questão 2 (2018/IADES/ARCON-PA/ Técnico em Regulação de Serviços Públicos). No que 
se refere à Lei Federal no 11.079/2004, que institui normas gerais para licitação e contrata-
ção de parceria público-privada no âmbito da administração pública, assinale a alternativa 
correta.
a) A lei se aplica somente aos órgãos da administração pública direta dos Poderes Executivo, 
aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas, às socie-
dades de economia mista e às demais entidades controladas direta ou indiretamente pela 
União.
b) A lei se aplica aos órgãos da administração pública direta dos Poderes Executivo e Legisla-
tivo, excluindo-se de sua incidência as demais entidades controladas direta ou indiretamente 
pela União, estados, Distrito Federal e municípios.
c) A lei se aplica aos órgãos da administração pública direta dos Poderes Executivo e Legis-
lativo, excluindo-se de sua incidência as autarquias, as fundações públicas e as empresas 
públicas.
d) A lei se aplica aos órgãos da administração pública direta dos Poderes Executivo e Legis-
lativo, aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas, às 
sociedades de economia mista e às demais entidades controladas direta ou indiretamente 
pela União, estados, Distrito Federal e municípios.
e) A lei se aplica aos órgãos da administração pública direta do Poder Legislativo, aos fundos 
especiais, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas, mas não se aplica às 
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DIREITO ADMINISTRATIVO
sociedades de economia mista e às demais entidades controladas direta ou indiretamente 
pela União, estados, Distrito Federal e municípios.
Questão 3 (2018/IADES/CFM/Advogado). Apesar de algumas mudanças estruturais relati-
vas à prestação dos serviços públicos implementadas atualmente pela União, pelos estados, 
pelos municípios e pelo Distrito Federal, tais serviços continuam sendo essenciais aos cida-
dãos.
Levando-se em conta o exposto, é correto afirmar que os serviços públicos
a) podem ser explorados por particulares apenas quando classificados como impróprios.
b) podem ser prestados por entidades públicas ou privadas com ou sem fins lucrativos.
c) constituem obrigação do poder público, que não pode prestá-los indiretamente.
d) podem, a partir de autorização legislativa, ter a respectiva titularidade transferida a parti-
cular, mediante concessão ou permissão.
e) devem ser prestados apenas por instituições do terceiro setor.
Questão 4 (2017/IADES/Fundação Hemocentro de Brasília - DF/ Direito e Legislação). 
Quanto aos serviços públicos, considere as definições a seguir.
I- Chegando normalmente ao fim o prazo do contrato de concessão, integram-se ao patrimô-
nio público os bens vinculados ao serviço público.
II- Desfazimento contratual discricionário por denúncia da Administração, cujos requisitos, 
na legislação brasileira, preveem a prévia autorização legislativa específica e o pagamento de 
indenização ao concessionário.
III- Extinção contratual por ato vinculado da Administração, com necessária motivação e 
comprovação de falta grave por parte do concessionário, prevista legal ou contratualmente.
IV- Forma de desfazimento contratual que se origina da vontade do concessionário, mas ma-
terializa-se e produz efeitos jurídicos mediante edição de ato unilateral da administração pú-
blica.
Assinale a alternativa que corresponde, nomes das definições apresentadas.
a) Encampação (I); Renúncia (II); Caducidade (III); e, Reversão (IV)
b) Reversão (I); Renúncia (II); Caducidade (III); e, Encampação (IV).
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
c) Renúncia (I); Reversão (II); Encampação (III); e, Caducidade (IV).
d) Reversão (I); Encampação (II); Caduidade (III); e, Renúncia (IV).
e) Encampação (I); Caducidade (II); Reversão (III); e, Renúncia (IV).
Questão 5 (2016/IADES/Ceitec S.A/ Analista Administrativo e Operacional - Ciências Con-
tábeis). A respeito do princípio da continuidade dos serviços públicos, assinale a alternativa 
correta.
a) A descontinuidade não é caracterizada quando, ainda que sem prévio aviso ou em situação 
de emergência, houver razões de ordem técnica ou de segurança das instalações.
b) A Lei nº 8.987/1995, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de 
serviços públicos, não prevê causas expressas a fim de caracterizar a descontinuidade, sendo 
tais causas dispostas pela doutrina e pela jurisprudência pátrias.
c) Considerados os interesses dos usuários, o inadimplemento ou, ainda, razões de seguran-
ça das instalações não caracterizam a descontinuidade, mas, em ambos os casos, é prevista 
somente a exigência do prévio aviso.
d) Somente razões de ordem técnica ou o inadimplemento do usuário, desde que em situação 
de emergência ou após prévio aviso, não caracterizam a descontinuidade.
e) O inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade, exige, para não se 
caracterizar a descontinuidade, a situação de emergência ou o prévio aviso.
Questão 6 (2016/IADES/Ceitec S.A/ Analista Administrativo e Operacional - Jornalismo).
Princípio que, no âmbito dos serviços públicos,é fator importante para que a Administração, 
necessária e periodicamente, faça avaliação quanto ao proveito do serviço prestado.
Princípio que obriga o Poder Público a avaliar o poder aquisitivo dos seus usuários para que 
não sejam os mesmos alijados do universo de beneficiários, em face de dificuldades finan-
ceiras.
As informações apresentadas correspondem, respectivamente, aos princípios da
a) eficiência e da continuidade.
b) eficiência e da modicidade.
c) atualidade e da generalidade.
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
d) regularidade e da generalidade.
e) atualidade e da modicidade.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
GABARITO
1. c
2. d
3. b
4. d
5. e
6. b
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
GABARITO COMENTADO
Questão 1 (2018/IADES/ARCON-PA/ Técnico em Regulação de Serviços Públicos). Que di-
retriz(es) será(ão) observada(s) na contratação de parceria público-privada?
a) Modicidade tarifaria e melhor técnica para a execução da obra.
b) Responsabilidade civil objetiva da concessionária.
c) Sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de parceria.
d) Sigilo das propostas apresentadas pelos concorrentes.
e) Garantia de financiamento da obra por parte do parceiro público.
Letra c
c) Certo. A PPP é regida pela Lei n. 11.079/2005, sendo disciplinada, também, pela Lei n. 
8.987/1995 e pela Lei n. 8.666/1993. Segundo o Art. 4º, da Lei 11.079/2005, na contratação 
de parceria público-privada serão observadas as seguintes diretrizes:
I – eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos recursos da sociedade;
II – respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos serviços e dos entes privados incum-
bidos da sua execução;
III – indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de polícia e de 
outras atividades exclusivas do Estado;
IV – responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias;
V – transparência dos procedimentos e das decisões;
VI – repartição objetiva de riscos entre as partes;
VII – sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de parceria.
Questão 2 (2018/IADES/ARCON-PA/ Técnico em Regulação de Serviços Públicos). No que 
se refere à Lei Federal no 11.079/2004, que institui normas gerais para licitação e contratação 
de parceria público-privada no âmbito da administração pública, assinale a alternativa corre-
ta.
a) A lei se aplica somente aos órgãos da administração pública direta dos Poderes Executivo, 
aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas, às socie-
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
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dades de economia mista e às demais entidades controladas direta ou indiretamente pela 
União.
b) A lei se aplica aos órgãos da administração pública direta dos Poderes Executivo e Legisla-
tivo, excluindo-se de sua incidência as demais entidades controladas direta ou indiretamente 
pela União, estados, Distrito Federal e municípios.
c) A lei se aplica aos órgãos da administração pública direta dos Poderes Executivo e Legis-
lativo, excluindo-se de sua incidência as autarquias, as fundações públicas e as empresas 
públicas.
d) A lei se aplica aos órgãos da administração pública direta dos Poderes Executivo e Legis-
lativo, aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas, às 
sociedades de economia mista e às demais entidades controladas direta ou indiretamente 
pela União, estados, Distrito Federal e municípios.
e) A lei se aplica aos órgãos da administração pública direta do Poder Legislativo, aos fundos 
especiais, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas, mas não se aplica às 
sociedades de economia mista e às demais entidades controladas direta ou indiretamente 
pela União, estados, Distrito Federal e municípios.
Letra d
d) Certo. A PPP é regida pela Lei n. 11.079/2005, sendo disciplinada, também, pela Lei n. 
8.987/1995 e pela Lei n. 8.666/1993. A Lei n. 11.079/2005 contém normas gerais, aplicáveis a 
todos os entes federativos (União, Estados, DF e Municípios), dispostas nos arts. 1º a 14. Os 
dispositivos seguintes são normas específicas, aplicáveis à União. Veja o que diz o art. 1º da 
Lei 11.079/2005:
Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no 
âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Esta Lei aplica-se aos órgãos da administração pública direta dos Poderes Execu-
tivo e Legislativo, aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públi-
cas, às sociedades de economia mista e às demais entidades controladas direta ou indiretamente 
pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
DIREITO ADMINISTRATIVO
Questão 3 (2018/IADES/CFM/Advogado). Apesar de algumas mudanças estruturais relati-
vas à prestação dos serviços públicos implementadas atualmente pela União, pelos estados, 
pelos municípios e pelo Distrito Federal, tais serviços continuam sendo essenciais aos cida-
dãos.
Levando-se em conta o exposto, é correto afirmar que os serviços públicos
a) podem ser explorados por particulares apenas quando classificados como impróprios.
b) podem ser prestados por entidades públicas ou privadas com ou sem fins lucrativos.
c) constituem obrigação do poder público, que não pode prestá-los indiretamente.
d) podem, a partir de autorização legislativa, ter a respectiva titularidade transferida a parti-
cular, mediante concessão ou permissão.
e) devem ser prestados apenas por instituições do terceiro setor.
Letra b
a) Errado. Os serviços próprios também podem ser prestados diretamente ou mediante dele-
gação a concessionários ou permissionários. 
b) Certo. De forma ampla o conceito de serviço público compreende toda atividade que a lei 
atribui ao Estado para que a exerça diretamente, ou por meio de seus delegatários, para

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