Buscar

TCC CAMILA ASSISTENCIA SOCIAL (3)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR
 NEVES, RIBEIRO CAMILA MIQUELLI. 
A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL DENTRO DO SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULO PARA O IDOSO
LOANDA
2020
UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR
A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL DENTRO DO SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULO PARA O IDOSO
LOANDA
2020
RESUMO: Nos dias atuais há muitos idosos que ainda são deixados de lado, familiares não querem ter a responsabilidade pelos mesmos, mas é possível notar que além de pessoas interessadas a ajudar há também uma demanda de estudos sobre os quais são direcionadas a este público, atualmente o idoso vem sendo reconhecido como alguém que possui direito e a partir daí é importante notar que estão sendo criados serviços que atendam a esta demanda e fomentando a autonomia de cada individuo a partir dos Centros de Referencias de Assistência Social onde é desenvolvido o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos à pessoa Idosa e para que isso aconteça o serviço social tem o objetivo de estar buscando compreender o que de bom um Assistente Social juntamente com sua equipe pode realizar em prol aos idosos, sendo assim através de um bom trabalho é que se torna possível notar as ações desenvolvidas e direcionadas a eles. Será realizada a metodologia da seguinte forma, onde serão usados para o desenvolvimento deste uma pesquisa bibliográfica através de livros, sites para que haja um bom desenvolvimento deste trabalho.
Palavras Chaves: Assistência Social, Serviço Social. Idoso.
ABSTRACT: Nowadays there are many elderly people who are still left out, family members do not want to take responsibility for them, but it is possible to note that in addition to people interested in helping, there is also a demand for studies on which they are directed to this audience, nowadays the elderly has been recognized as someone who has the right and from there it is important to note that services are being created that meet this demand and fostering the autonomy of each individual from the Social Assistance Reference Centers where the Health Service is developed. Coexistence and Strengthening of Links to the Elderly and for that to happen, social service aims to be seeking to understand what good a Social Worker together with his team can do for the elderly, so through good work it is that it becomes possible to notice the actions developed and directed to them. The methodology will be carried out as follows, where a bibliographic search will be used for the development of this through books, websites so that there is a good development of this work.
Keywords: Social Assistance, Social Work. Sênior.
1. INTRODUÇÃO.................................................................................06
2. O IDOSO E A SOCIEDADE............................................................07
 2.1Conceitos de velhice................................................................09
3. O IDOSO E O ESTATUTO.........................................................09 
4. O SERVIÇO SOCIAL E O IDOSO...................................................12
5. CONCLUSÃO................................................................................,.14
6. REFERENCIAS................................................................................15
1. INTRODUÇÃO 
Com o aumento da população idosa mundial, ocorreram mudanças significativas nas áreas da tecnologia, saúde e social, sendo necessário compreender o envelhecimento, que é considerado uma etapa de muitas limitações aos idosos, portanto, é importante que se ofereça as melhores condições para que tenham uma boa qualidade de vida, pois, sabe-se que, embora tenham sido desenvolvidas políticas públicas que buscassem diminuir a situação de vulnerabilidade dos idosos, ainda é grande o número de pessoas idosas que se encontram em desigualdade social no país e precisam de atenção e cuidado, por isso, faz-se tão importante o papel do assistente social na proteção social, para que possam garantir os direitos sociais, e diminuir o número de idosos em situação de vulnerabilidade social.
Assim, o presente trabalho terá como tema “A atuação do Assistente Social dentro do serviço de convivência e fortalecimento de vínculo para o idoso”, apresentando como objetivo principal, conhecer atuação do Assistente Social dentro do serviço de convivência e fortalecimento de vínculo para o idoso, visto que, o trabalho da Assistência Social possui suas atribuições na questão social, relacionadas ao idoso, à habitação, à educação, à saúde, à alimentação, etc., podendo contribuir para que os idosos sejam cuidados e garantam seus direitos e sejam respeitados.
Para o desenvolvimento do trabalho, será realizada uma pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa para que se responda ao seguinte problema levantado: Como acontece a intervenção do Assistente Social no serviço de convivência e fortalecimento de vínculo (SCFV) para o idoso? 
	O Serviço Social tem como objeto da ação a cidadania, e como objetivo intervir na realidade social, melhorando as condições de vida dos indivíduos e grupos, capacitando-os para a mudança social, de modo a aumentar o seu bem-estar social, pois a longevidade e o envelhecimento da população é um fenômeno que vem sendo observado mundialmente, porém nem todos estão vivendo com qualidade de vida e isso é algo que tem que ser avaliado e assim desta forma, esse estudo é uma pequena e simples contribuição às discussões que dizem respeito aos direitos sociais dos idosos na sociedade brasileira.
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos atende as famílias, especialmente as famílias em processo de reconstrução de autonomia e de vínculos, portanto, tem por objetivo, promover o acesso a benefícios e serviços Socioassistenciais, a prevenção de situações de risco social e o fortalecimento da convivência familiar e comunitária, entre outros.
Dessa forma, o trabalho se justificará pela importância de se conhecer o trabalho realizado pelo Assistente Social no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para a Pessoa, que pode ser utilizado como referência e exemplo para melhorar o serviço prestado por esses profissionais. 
2. O IDOSO E A SOCIEDADE
No momento em que se decide falar sobre o idoso ou sobre a velhice é necessário primeiro dizer que existe a idade cronológica, a biológica, a social e a psicológica e assim faz saber que a idade cronológica é marcada pela data de nascimento da pessoa, porém nem sempre ela caminha junto com a idade biológica, já a idade biológica é determinada pela herança genética e pelo ambiente, a qual é possível dizer em relação às mudanças fisiológicas, anatômicas, hormonais e bioquímicas do organismo e assim em sequencia vem à idade social a qual se relacionam às normas, crenças, estereótipos eventos sociais que acabam controlando através do critério de idade o desempenho dos idosos. 
A idade psicológica, por sua vez, envolve as mudanças de comportamento decorrentes das transformações biológicas do envelhecimento, é influenciada pelas normas e expectativas sociais e por componentes de personalidade, sendo individual, portanto, na maioria das vezes, a sociedade considera uma pessoa como idosa quando ela está se retirando do mundo do trabalho. Porém, a saúde física e mental e a dependência de outras pessoas para a realização de suas necessidades básicas ou tarefas cotidianas também indica a fase de envelhecimento.
O envelhecimento deveria ser entendido como um processo natural da vida. Ela traz consigo algumas mudanças, físicas, psíquicas e emocionais, consideradas normais para esta fase. O fato é de que envelhecemos desde o momento em que nascemos. Logo, como cita o autor Messy (2001, p.18), “se envelhece conforme se vive”.
De acordo com Beauvoir (1990), os documentos que falam sobre os idosos nas diversas sociedades são escassos, pois estes são incorporados ao conjunto dos adultos. E osque existem falam privilegiadamente dos anciãos pertencentes às classes mais abastadas. As mulheres quase nunca eram citadas, pois eram vistas como seres inferiores. 
As sociedades ocidentais são, principalmente, as estudadas por ela, porém, a China tem lugar de destaque devido à condição privilegiada que conferiu aos velhos, sendo assim os idosos tinham uma posição privilegiada na sociedade, pois na China a experiência era mais importante que a força. Isso refletia na família, onde todos deviam obediência aos mais idosos. O patriarca tinha direito de vida e de morte sobre seus descendentes e estes deviam obedecer fielmente aos mais velhos.
1.1 O conceito de idoso
O conceito de idoso como o sujeito acima de 60 anos de idade, foi criado na França em 1962. Os termos, idoso, velhice, velho, terceira idade são considerados para uns como o final da vida, já outros acreditam que a idade chega como uma experiência subjetiva e cronológica. Afinal se todos os termos velhice, idoso, terceira idade, se referem de certa forma a mesma fase da vida (Manzano, 2014a).
É imprescindível relatar que muitos autores falam da velhice, enfim muitas reflexões foram feitas por eles a respeito da velhice, dentre as quais algumas mais relevantes a este trabalho foram selecionadas, entre eles está Erminda (1999, p. 43), a qual fala a respeito do envelhecimento: “o envelhecimento é um processo de diminuição orgânica e funcional, não decorrente de doença e que acontece inevitavelmente com o passar do tempo”.
Para Platão (427-347 a. C.) a felicidade do homem estava ligada ao conhecimento da verdade, que, somente, alcançaria sua plenitude depois de uma vida dedicada à educação, que deveria começar na adolescência e alcançar o ponto máximo aos 50 anos.
O envelhecimento é um processo que apresenta algumas características: é universal, por ser natural, não depende da vontade do indivíduo: todo ser nasce, desenvolve-se, cresce, envelhece e morre (CARVALHO, 2009).
A partir do século XIX, com o crescimento demográfico, aumentou também o número de idosos. A sociedade burguesa, então em desenvolvimento, foi conquistando poder econômico e político, o que levou a valorizar os seus velhos, pois os anciãos conservaram seus bens. Houve, potencialmente, condições para que fossem superados os mitos e estereótipos historicamente associados à velhice. Contudo, a exploração e a desigualdade indissociáveis à sociedade capitalista criaram um cenário cruel para a velhice. O desenvolvimento urbano foi acelerado pela revolução industrial, surgindo à classe proletária. Os idosos, assim como as outras pessoas, eram explorados e como mostra Beauvior muitos viam a velhice de forma errada e sem valor, sendo assim o preconceito que envolve o envelhecimento sempre inquietaram a trajetória da pesquisadora, que de alguma forma sempre se sentiu impelida em valorizar e respeitar os idosos.
A manifestação do envelhecimento acontece naturalmente à medida que o tempo passa, causando mudanças biológicas no organismo do ser humano como, o aparecimento de cabelos brancos e rugas. Além disso, há as mudanças que ocorrem nos aspectos psicológicos e sociais na vida do idoso (SANTOS 2010).
O envelhecimento é um fenômeno natural, com início no período da fecundação e término com a morte. Dessa forma, o processo de envelhecimento é entendido como o processo de vida, ou seja, envelhecemos porque vivemos muitas vezes sem nos darmos conta disto. O processo de envelhecimento contém, pois, a fase da velhice, mas não se esgota nela. A qualidade de vida e, consequentemente, a qualidade do envelhecimento, relacionam-se com a visão de mundo do indivíduo e da sociedade em que ele está inserido, bem como com o “estilo de vida” conferido a cada ser (BRÊTAS, 2003, p. 63).
Envelhecer é um fato natural a todos os seres vivos. Todo organismo que se caracteriza por ter vida apresenta reações vitais, que incluem crescimento, absorção de substâncias essenciais, eliminação de substâncias desnecessárias e tóxicas, reparação de tecidos danificados e, finalmente, a possibilidade de reprodução de indivíduos da mesma espécie. Quando um ser orgânico nasce, todo seu esforço se concentra em crescer. Logo, e este tempo é variável para cada espécie, este ser começa a se conectar com o ambiente, interagir com ele. 
Para compreender o conceito de velhice, Neri (2001, p. 69) explicita que “a velhice é a última fase do ciclo vital e são delimitadas por eventos de natureza múltipla, incluindo, perdas psicomotoras, afastamento social, restrição em papéis sociais e especializações cognitivas”.
3. O IDOSO E O ESTATUTO
Faz notório saber que foi promulgado a Politica Nacional do Idoso pela Lei 8.842 de 04/01/2001 e em 1° de outubro de 2003 a Lei no 10.741, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso e outras providências. Foi decretada como a garantia legal da atenção especial aos idosos no que diz respeito à saúde, assistência, transporte, lazer, dignidade, entre outros benefícios. A realidade, porém, mostra que pouco se tem contribuído para sua efetivação. Em muitas cidades, o estatuto sequer é reconhecido como um instrumento legal de garantias de direitos do idoso. Foi fruto de trabalho conjunto de parlamentares, especialistas, profissionais das áreas de Saúde, Direito, Assistência Social e das entidades e organizações não governamentais voltadas para a defesa dos direitos e proteção aos idosos. 
O trabalho do assistente social é de extrema importância para o cidadão que envelhece, pois a ação desse profissional é totalmente sustentada pela legislação destinada a este segmento etário. Seu papel fundamental é buscar a viabilização das Políticas Públicas, estimulando o protagonismo social dos idosos e seus familiares no que tange ao exercício dos direitos a eles destinado.
O Senador Paulo Paim em seu discurso na cerimônia em comemoração ao Dia Internacional do Idoso, declarou que o Estatuto do Idoso estabeleceu um novo marco de vida para homens e mulheres com mais de 60 anos. O Estatuto do Idoso salienta que os indivíduos na terceira idade continuam a gozar todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, o qual em sua formulação e fundamentação legal tem uma história de luta. 
De acordo com Paz e Goldman (2006), alguns aspectos isolados estão presentes em legislações passadas, na garantia de certos direitos da pessoa idosa, mas a percepção das pessoas idosas como um grupo que merece atenção das políticas públicas e da legislação começou a se constituir a partir dos anos 70. Havia a disputa de dois projetos de lei no Congresso Nacional.
Assim, o documento legal assegura-lhes todas as oportunidades e facilidades, instigando as responsabilidades da família, comunidade, sociedade e Poder Público, com medidas que priorizem seu atendimento. Os direitos fundamentais constam nos artigos 8° ao 42° e devem garantir o direito à vida como obrigação do Estado mediante políticas sociais públicas - à liberdade (ir e vir, expressão, crença, participação política, familiar e comunitária), ao respeito, à dignidade, à alimentação, à saúde por meio do acesso universal e igualitário, à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer - que respeitem sua peculiar condição de idade - à profissionalização, à Previdência Social, à assistência social.
Paz e Goldman (2006) denominam de ato histórico o movimento da Comissão Especial que resolveu convocar a representação do movimento social do idoso, através de Seminário, para realizar os trabalhos de discussão sobre as referidas matérias. Foi tomada essa atitude devido às pressões realizadas pelo movimento organizado do idoso, sendo considerada a legitimidade alcançada pelos Fóruns da Política Nacional do Idoso.
Os artigos 93 a 108 debatem sobre os crimes praticados contra os idosos e abrange discriminação (atendimento em bancos, transportes coletivos), humilhação, negação de assistência, abandono (hospitais, casa de saúde, asilos), exposição ao perigo de integridade (saúde física ou psíquica), privação de alimentos, apropriação de bens, retenção de cartão magnético, entre outros. Os artigos109 a 118 apresentam as disposições finais e transitórias destacando algumas penalidades graves e prioridades que devem ser observadas no atendimento aos direitos dos idosos. O Estatuto do Idoso prevê, no decorrer de seus artigos, que as necessidades dos idosos devem ser respeitadas quando enfatiza verbos como “proteger”, “zelar” e “criar mecanismos de respeito” (BRASIL, 2003).
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) é retratado de acordo com a Tipificação de Serviços Socioassistenciais (2009) como: 
Serviço realizado em grupos, organizado a partir de percursos, de modo a garantir aquisições progressivas aos seus usuários, de acordo com o seu ciclo de vida, a fim de complementar o trabalho social com famílias e prevenir a ocorrência de situações de risco social. Forma de intervenção social planejada que cria situações desafiadoras, estimula e orienta os usuários na construção e reconstrução de suas histórias e vivências individuais e coletivas, na família e no território. Organiza-se de modo a ampliar trocas culturais e de vivências, desenvolver o sentimento de pertença e de identidade, fortalecer vínculos familiares e incentivar a socialização e a convivência comunitária. Possui caráter preventivo e proativo, pautado na defesa e afirmação dos direitos e no desenvolvimento de capacidades e potencialidades, com vistas ao alcance de alternativas emancipatórias para o enfrentamento da vulnerabilidade social (BRASIL, 2009, p. 9).
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) é organizado por grupos, sendo eles:
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para crianças até 6 anos; Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para crianças de 6 a 15 anos; Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para crianças de 15 a 17 anos; Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para idosos (BRASIL, 2010, p. 30-31).
Considerando que o envelhecimento é um processo natural a todos os seres humanos e o fato de os índices populacionais estarem indicando aumento contínuo dessa população, o século XX marca a importância do Estudo da Velhice, ou seja, da Gerontologia - Gero (velhice) e logia (estudo). Em 1909 surge o termo Geriatria por meio dos estudos do médico Ignatz L. Nascher, considerado o pai da Geriatria.
O Estatuto do Idoso apresenta em seu conteúdo uma série de artigos que visam à proteção dos que são considerados idosos na sociedade brasileira, ou seja, a partir dos sessenta anos. Contudo, há uma contradição, pois alguns direitos contemplam, somente, idosos a partir dos sessenta e cinco anos. Por exemplo, o acesso ao Benefício de Prestação Continuada e a gratuidade nos transportes urbanos.
A Assistência Social tem o propósito de responsabilizar-se que os direitos sociais sejam atendidos em seus recursos mínimos e objetiva proteger todas as pessoas que, não dispondo de capacidade econômica para contribuir, precisem de amparo de tal sistema e não figurem no rol de segurados obrigatórios da Previdência Social. 
De acordo com Beauvoir (1990, p. 17), “tanto ao longo da história como hoje em dia, a luta de classes determina a maneira pela qual um homem é surpreendido pela velhice”. Portanto, no Brasil, os idosos vivenciam o envelhecimento de forma diferenciada, pois há idosos em diferentes classes sociais e é nessa etapa da vida que fica mais evidente a reprodução e a ampliação das desigualdades sociais.
Enfim, é preciso valer a lei para que as pessoas idosas venham ter valor e voz e eixarem de ser excluídos até mesmo por seus próprios familiares, pois muitos depois de criarem seus filhos acabam solitários em um asilo, sendo deixados e esquecidos.
4. O SERVIÇO SOCIAL E O IDOSO
O Serviço Social tem em sua base de fundação como especialização do trabalho a questão social. Os assistentes sociais trabalham cotidianamente com as expressões da referida questão social, que os indivíduos vivenciam no trabalho, na família, na saúde, na questão da habitação, etc. “Questão social que sendo desigualdade é também rebeldia, por envolver sujeitos que vivenciam as desigualdades e a resistem e se opõem (IAMAMOTO, 2007, p. 28)”. Portanto, observar as formas atuais que se expressa à questão social é necessário para o Serviço Social, pois os assistentes sociais atuam nessa esfera de interesses sociais distintos e precisam projetar suas objetivações na defesa de direitos daqueles que dependem do trabalho para sobreviver.
O Serviço Social é uma profissão que tem como direção, atender a população que se encontra em situação de vulnerabilidade e pobreza, e, segundo Iamamoto e Carvalho (2007) é marcada por inúmeros dilemas da contemporaneidade e implica considerar a profissão a partir de dois ângulos indissociáveis e interdependentes:
Como realidade vivida e representada na e pela consciência de seus agentes profissionais e que se expressa pelo discurso teórico e ideológico sobre o exercício profissional; Como atividade socialmente determinada pelas circunstancias sociais objetivas que imprimem certa direção social ao exercício profissional, que independem de sua vontade e/ou consciência de seus agentes individuais (IAMAMOTO; CARVALHO, 2005, p. 73).
O Assistente Social trabalha com a questão social e, um dos grandes desafios que o assistente social na atualidade é, desenvolver sua “capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direito, sendo um profissional propositivo e não só executivo.” (IAMAMOTO, 2008, p. 20).
O Serviço Social teve seu desenvolvimento profissional e expansão de seu mercado de trabalho ocorridas no momento que foi marcado pelo padrão taylorista/fordista e da regulação keynesiana na economia. Em meados da década de 1970, ocorreu a crise desse padrão de acumulação e a economia mundial apresentou sinais de estagnação. 
O Japão e a Alemanha tornaram-se países fortes e competitivos, os Estados Unidos deixaram de ser a única força econômica no ocidente. Entretanto, na década de 1980, houve o desmonte do Leste Europeu e um redimensionamento das relações de poder no mundo. A partir daí, estabeleceu-se uma acirrada concorrência por novos mercados, intensificando a competitividade intercapitalista, passando a exigir uma mudança no padrão de produção.
Os assistentes sociais precisam a todo o momento se qualificar para acompanhar as particularidades da questão social em nível nacional, regional e municipal, pois trabalham em contato direto com as diversas expressões da questão social. Tais expressões da questão social estão relacionadas ao idoso, à habitação, à criança, à educação, à saúde, à alimentação, etc.
O trabalho do assistente social é permeado pelas relações de poder que são inseparáveis das relações sociais entre as classes que integram a sociedade capitalista. “A face visível dessas relações, para aqueles que vivenciam no controverso do poder, são as desigualdades expressas nas múltiplas formas de exploração, subordinação e exclusão do usufruto das conquistas da civilização por parte dos segmentos majoritários da população” (IAMAMOTO, 2007, p.146).
Bobbio (2004) concorda que os direitos sociais são frutos da história do homem, pois os direitos se modificam de acordo com as condições históricas. O que em certa época histórica ou determinada civilização parece fundamental como direito, em outra época ou cultura pode ser considerado sem importância.
No que diz respeito aos direitos dos idosos, Bobbio reflete que “a exigência de uma maior proteção dos velhos jamais poderia nascer se não tivesse ocorrido o aumento não só do número de velhos, mas também de sua longevidade” (BOBBIO, 2004, P. 70).
Contudo, o Estatuto do Idoso, em seus artigos 37 e 38, diz que o idoso tem direito a moradia digna, no seio da família natural ou substituta e ate mesmo desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública ou privada. E no que diz respeito o artigo 20 do Estatuto do Idoso diz que o idoso tem direito a educação e no artigo 21, o Poder Público criará oportunidadesde acesso do idoso à educação, adequando currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais a ele destinados.
É interessante dizer que o assistente social que trabalha com idosos, na expectativa de efetivação de seus direitos, encontra diversos desafios para concretizar tais direitos, entre eles: o projeto neoliberal, que busca a minimização do Estado; as políticas sociais fragmentadas e insuficientes; a lógica capitalista de submissão das necessidades humanas ao capital, que incentiva o individualismo e a competitividade entre os indivíduos; a naturalização das desigualdades sociais e a política local.
É preciso que o Assistente Social não venha desistir dos idosos, mas sim que eles estejam sempre dispostos identificar não somente seus limites, mas principalmente suas possibilidades de efetivação dos direitos sociais dos idosos e para que isso ocorra os assistentes sociais precisa a todo o momento se qualificar para acompanhar as particularidades da questão social em nível nacional, regional e municipal, pois trabalham em contato direto com as diversas expressões da questão social, sendo assim estão convivendo com algumas das necessidades que o ser humano precisa sanar. 
A Assistência Social tem o propósito de responsabilizar-se que os direitos sociais sejam atendidos em seus recursos mínimos e objetiva proteger todas as pessoas que, não dispondo de capacidade econômica para contribuir, precisem de amparo de tal sistema e não figurem no rol de segurados obrigatórios da Previdência Social. 
Mendes e Branco (2014, p. 663) explicam que, essa área da seguridade destina-se a:
Garantir o sustento, provisório ou permanente dos que não têm condições para tanto. Sua obtenção caracteriza-se pelo estado de necessidade de seus destinatários e pela gratuidade do benefício, uma vez que, para seu recebimento, é indiferente que a pessoa contribua ou não com a seguridade social.
O Serviço Social é uma profissão que tem como direção, atender a população que se encontra em situação de vulnerabilidade e pobreza, e, segundo Iamamoto e Carvalho, é marcada por inúmeros dilemas da contemporaneidade e implica considerar a profissão a partir de dois ângulos indissociáveis e interdependentes:
Como realidade vivida e representada na e pela consciência de seus agentes profissionais e que se expressa pelo discurso teórico e ideológico sobre o exercício profissional; Como atividade socialmente determinada pelas circunstancias sociais objetivas que imprimem certa direção social ao exercício profissional, que independem de sua vontade e/ou consciência de seus agentes individuais (IAMAMOTO; CARVALHO, 2005, p. 73).
	O Assistente Social trabalha com a questão social e, um dos grandes desafios que o assistente social na atualidade é desenvolver sua “capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direito, sendo um profissional propositivo e não só executivo.” (IAMAMOTO, 2008, p. 20).
CONCLUSÃO
Nesse estudo, chegamos à conclusão que o modo como à velhice é vista varia conforme a sociedade, afinal em algumas sociedades ser idoso é sinônimo de sabedoria, já em outras a velhice é vista de forma negativa, ou seja, o idoso é um fardo para a sociedade. No Brasil, o número de pessoas consideradas idosas está crescendo em ritmo acelerado, devido à redução da fecundidade e da queda da mortalidade e assim vai crescendo a discriminação, eles acabam se isolando, pois na nossa sociedade enquanto é novo e pode trabalhar este é aceito pela sociedade, quando já não se pode trabalhar se torna um peso, os idosos são vistos como inúteis inválidos indivíduos a serem descartados. A sociedade trata os idosos como incapazes, contribuindo dessa forma uma imagem negativa da velhice, daí a grande importância do trabalho social, pois é justamente através dele que o idoso e as demais pessoas em área de risco buscam socorro e apoio.
Nesse cenário, o assistente social que trabalha com idosos, na expectativa de efetivação de seus direitos, encontra diversos desafios para concretizar os direitos, entre eles: o projeto neoliberal, que busca a minimização do Estado; as políticas sociais fragmentadas e insuficientes; a lógica capitalista de submissão das necessidades humanas ao capital, que incentiva o individualismo e a competitividade entre os indivíduos; a naturalização das desigualdades sociais enfim justamente por isso que o assistente social precisa exercer sua dimensão educativa no trabalho com pessoas consideradas idosas, mas uma coisa é certa o que tem que acontecer é que pessoas do bem como os assistentes sociais devem ajudar proporcionar uma vida digna, da infância até o envelhecer. 
BASTOS, C.; KELLER, V. Aprendendo a aprender: introdução à metodologia científica. Petrópolis: Vozes, 2000. 
BEAUVOIR, Simone de. A velhice. Tradução de Maria Helena Franco Monteiro - Rio
De Janeiro: Nova Fronteira, 1990.
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Apresentação de Celso Lafer – Novo Ed – Rio de Janeiro: Elseiver, 2004. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 05 mai. 2020.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Texto da Resolução nº 109, de 11 de Novembro de 2009. Brasília: MDS, 2009.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações técnicas sobre o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Crianças e Adolescentes de 6 a 15 anos: prioridade para crianças e adolescentes integrantes do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, Brasília: Secretária Nacional de Assistência Social, 2010.
BRÊTAS, A. C. P. Enfermagem e Saúde do Adulto. Barueri: Manole, 2003.
CARVALHO, V. F. C., & FERNANDEZ, M. E. D. Depressão no Idoso. In M. P. Netto. Gerontologia, A Velhice e o Envelhecimento em Visão Globalizada (3a ed.). São Paulo: Edição Atheneu, 1999.	 
GODOY, A. S. A pesquisa qualitativa e sua utilização em administração de empresas. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, v. 35, n. 4, p.65/71, jul./ago. 1995.
IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 14. ed. – São Paulo: Cortez, 2008.
IAMAMOTO, M. V.; CARVALHO, Raul. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil. Esboço de uma interpretação histórico/metodológica. 10ed. São Paulo: Cortez/CELATS, 2005.
IAMAMOTO Marida V. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional – 13. Ed. – São Paulo, Cortez, 2007.
MENDES, G. F.; BRANCO, P. G. G. Curso de direito constitucional. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
MINAYO, M. C. de S. (org.). Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2001. 
MONTEIRO, S. R. da R.. O marco conceitual da vulnerabilidade social. In: Sociedade em Debate, Pelotas, 17(2): 29-40, jul. Dez./2011.
PAZ. A. A; SANTOS, B. R. L; EIDT. O. R; Vulnerabilidade e envelhecimento no contexto da saúde. In: Acta paulista de enfermagem. São Paulo. Vol. 19, n. 3 (jul./ago. 2006).
PAZ, Serafim Fortes e GOLDMAN, Sara Nigri. Estatuto do Idoso. Artigo publicado
 Tratado Geral de Gerontologia e Geriatria – 2ª edição - Capítulo 151- Editora
Guanabara/Koogan - 2006.
SANTOS, S. M. A. dos. Idoso, família e cultura: um estudo sobre a construção do papel do cuidador familiar. Campinas-SP: Editora Alínea, 2010.
STAKE, R. E. Pesquisa qualitativa: estudando como as coisas funcionam. Porto Alegre: Penso 2011.

Continue navegando