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EM_LIVRO REVISIONAL_VOL 02_GEOGRAFIA PROFESSOR

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Livro de Revisão 2
Geografia
Francisco Carlos Rehme
©Editora Positivo Ltda., 2017 
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio, sem autorização da Editora.
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) 
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
R345 Rehme, Francisco Carlos.
 Geografia : livro de revisão / Francisco Carlos Rehme. – 
Curitiba : Positivo, 2017.
 v. 2 : il.
 ISBN 978-85-467-1706-4 (aluno)
 ISBN 978-85-467-1695-1 (professor)
 1. Ensino médio. 2. Geografia – Estudo e ensino. I. Título.
CDD 373.33
Livro do ProfessorLivro do ProfessorLivro do Professor
Ensino Médio
1. Estrutura e distribuição da 
população mundial
População absoluta e população relativa
O Brasil é um país muito populoso, porém ainda pouco povoado.
Com mais de 200 milhões de habitantes, o Brasil é um país bastante populoso. Isso porque tal conceito se relaciona à 
população absoluta, ou seja, ao total de habitantes de seu território. 
Observe o quadro que mostra os cinco países mais populosos do mundo.
OS CINCO PAÍSES MAIS POPULOSOS DO MUNDO (2014)
Ranking País População absoluta (habitantes)
1.° China 1 393 781 000
2.° Índia 1 267 401 000
3.° Estados Unidos 322 583 000
4.° Indonésia 252 812 000
5.° Brasil 202 033 000
Fonte: WORLDOMETERS. Current world populations. Disponível em: <http://www.worldometers.
info/world-population/>. Acesso em: 24 fev. 2016.
A relação entre o total da população e a superfície do território por ela habitada define o conceito denominado popu-
lação relativa ou densidade demográfica. Assim, com cerca de 25 habitantes/km², o Brasil é pouco povoado. Para calcular 
a população relativa, realiza-se a divisão entre a população absoluta e a área de determinado território. 
PLANISFÉRIO: densidades demográficas
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Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 71. Adaptação.
2 Livro de Revisão 2
Geografia
Normalmente, no interior dos países, há grandes contrastes entre áreas mais povoadas e outras que correspondem a 
“vazios demográficos”.
Taxas de natalidade e mortalidade e 
crescimento vegetativo
Taxas de natalidade e mortalidade 
Indicam, respectivamente, quantos nascimentos e 
quantos óbitos ocorreram em determinado período (por 
exemplo, em um ano) a cada mil habitantes.
O índice de mortalidade infantil é definido pelo número 
de crianças de um local que vão a óbito antes de completar 
1 ano de idade a cada mil nascidas vivas. Esse índice pode 
revelar a condição de subdesenvolvimento de um país, pois 
seu valor expressa problemas sociais, como subnutrição, 
deficiência no saneamento ambiental e ausência de acom-
panhamento médico ou assistência hospitalar. Apesar de 
estratégias e esforços desenvolvidos em todo o mundo 
que vêm baixando gradativamente as taxas de mortalidade 
infantil, os contrastes entre as diferentes regiões do globo 
ainda são grandes. 
Crescimento vegetativo 
A população de um país ou de uma região do mundo 
é determinada pelo seu crescimento vegetativo (ou cresci-
mento natural), isto é, a diferença entre as taxas de natalidade 
e de mortalidade, geralmente expressa em porcentagem. No 
entanto, também é necessário considerar que o crescimento 
populacional de um país, ou de qualquer outra área geográ-
fica, é acrescido da taxa de migração, ou seja, da diferença 
entre a entrada de imigrantes e a saída de emigrantes.
Taxa de fecundidade e expectativa de vida 
Os índices de crescimento vegetativo e, mais especifica-
mente, de natalidade relacionam-se de modo direto com a 
taxa de fecundidade, que é o número médio de filhos que as 
mulheres de certa região têm no decorrer de sua vida. 
 A expectativa de vida, esperança de vida ao nascer 
ou longevidade é o número de anos que uma pessoa em 
média alcança em determinada população.
A possibilidade de planejar a família, no que se refere à 
quantidade desejada de filhos, difundiu-se graças ao maior 
acesso à educação e à disseminação de métodos contra-
ceptivos. Isso permitiu às mulheres tanto um avanço em 
qualidade de vida quanto uma participação mais bem qua-
lificada no mercado de trabalho. 
 Mulheres conversando sobre o uso de contraceptivos em 
Rubona – Ruanda, 2014
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Fonte: UNITED STATES CENSUS BUREAU. International data base. Disponível em: <http://www.census.gov/population/
international/data/idb/region.php>. Acesso em: 12 jun. 2017.
65523926130
População (em milhões)
Mulheres
65523926130
População (em milhões)
Mulheres
65 52 39 26 13 0
População (em milhões)
Homens
65 52 39 26 13 0
População (em milhões)
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Grupo por 
idade
Índia – 2015
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55-59
60-64
65-69
70-74
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80-84
85-89
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100+
Grupo por 
idade
Índia – 2050
Pirâmides etárias da Índia (2015 e 2050)
Pirâmides etárias 
3
Para representar graficamente a distribuição da popu-
lação, organizada pelo gênero e pelas diferentes faixas de 
idade, utiliza-se a pirâmide etária. Nesse tipo de gráfico, os 
grupos etários estão representados em camadas ou degraus. 
Na base da pirâmide, fica a população mais jovem; nas 
faixas centrais, os adultos; e na parte superior, a população 
com mais idade. Os dois lados do gráfico, em geral, são 
simétricos, atestando, normalmente, um número muito 
semelhante de homens e mulheres.
Teorias demográficas 
O crescimento populacional que ocorreu a partir do fim 
do século XVIII, evidenciado pelas mudanças dos índices 
de natalidade e de mortalidade, motivou a elaboração de 
teorias demográficas. Uma delas é a Teoria de Malthus.
Teoria malthusiana 
Em 1798, Thomas Malthus lançou uma tese na qual 
afirmava que a população crescia numa progressão geo-
métrica (2, 4, 8, 16, 32, 64...), enquanto, simultaneamente, o 
acréscimo na produção alimentícia mundial se dava numa 
progressão aritmética (2, 4, 6, 8, 10, 12...).
Teoria neomalthusiana e teoria 
reformista 
A teoria neomalthusiana atribuía a persistência do sub-
desenvolvimento em determinadas regiões do mundo à 
numerosa população jovem, decorrente das altas taxas de 
natalidade. 
Já para os reformistas, a elevada natalidade e o acele-
rado crescimento da população eram consequência, e não 
causa, do subdesenvolvimento. Assim, o planejamento 
familiar, capacidade de uma família projetar e definir o 
número de seus componentes, seria resultado de melhores 
condições de vida, como acesso à educação de qualidade, 
a cuidados médicos e a boas oportunidades de trabalho. 
Crescimento da população 
mundial e transição 
demográfica 
Com base em variados ritmos e tendências de cresci-
mento populacional em distintas regiões do globo, pesqui-
sadores desenvolveram a teoria da transição demográfica, a 
qual abrange diferentes fases do crescimento da população. 
Fonte: KUNZIG, Robert. Population 7 billion. National Geographic, Washington, v. 219, n. 1, p. 44, jan. 2011.
Fase 1: Nenhum país desde 
Ruanda, em meados da década 
de 1990.
Fase 2: Elevado crescimento 
(Uganda, Nigéria, Angola).
Fase 3: Ainda em elevado 
crescimento (Índia, Brasil, 
Bangladesh).
Fase 4: Nivelação populacional 
(Japão, Rússia, Itália, China).
Taxa de natalidade: elevada, 
próxima à taxa de mortalidade.
Taxa de natalidade se mantém 
elevada.
Taxa de mortalidade: elevada, em 
virtude de fatores como guerras, 
más condições de vida e doenças.
Melhores condições 
sanitárias e de 
alimentação resultam 
na queda da taxa de 
mortalidade.
Crescimento da população: as 
elevadas taxas de natalidade e 
mortalidade caracterizam uma 
população jovem e uma baixa taxa 
de crescimento.
População sofre elevado 
crescimento em razão da queda 
na taxa de mortalidade.
Taxa de natalidade decai por 
conta do aumento do acesso 
feminino ao ensino e ao 
planejamento familiar.
População 
ainda em 
elevaçãocomo 
resultado do 
aumento na 
fase 2.
Estabilização da população 
em função do equilíbrio entre 
as taxas de natalidade e 
mortalidade.
Fases da transição demográfica
4 Livro de Revisão 2
Geografia
1. (UECE) “O Japão é um dos países mais povoados do mundo, com uma área de 372 812 km² e uma população de 
127,9 milhões de habitantes” (Dados da ONU-2012).
 A definição de país povoado nos remete a um conceito geodemográfico de: 
X a) população relativa. b) população absoluta. c) crescimento vegetativo. d) transição demográfica.
2. (UERJ) Existe uma relação direta entre o dinamismo das práticas sociais e as transformações nos indicadores demográ-
ficos das sociedades. Observe, nos gráficos, um exemplo de alteração de comportamento social no Brasil.
 As mudanças verificadas entre os anos de 2000 e 2012 ocasionam o seguinte comportamento demográfico:
a) elevação da expectativa de vida.
b) ampliação da população escolar.
X c) redução da taxa de fecundidade.
d) diminuição da mortalidade infantil.
3. (UEPB) A obra do artista brasileiro Candido Portinari, de forte carga dramática e de grave denúncia política e social, 
embora faça parte da série sobre os retirantes nordestinos, expressa a realidade de tantas outras regiões do planeta. 
Desafios do envelhecimento populacional 
O recuo dos índices de natalidade e o aumento da expectativa de vida em diversas regiões do globo garantem um 
crescimento da população idosa. Com isso, são necessários planejamento e ação por parte do poder público: melhorar a 
acessibilidade aos diferentes espaços urbanos, aprimorar o atendimento nos sistemas públicos de saúde e, ainda, buscar o 
equilíbrio financeiro com o uso crescente das contas da previdência social. 
PORTINARI, Candido. Criança 
morta. 1944. Óleo sobre tela, 
color., 180 cm × 190 cm. Museu 
de Arte de São Paulo Assis 
Chateaubriand, São Paulo. 5
2. Migrações e identidades regionais 
Denomina-se imigração a entrada de pessoas de outros locais que vão habitar determinado país. Já o conceito de 
emigração corresponde à saída de pessoas que vão habitar outros países. Grande parte das migrações decorre da necessi-
dade de superar situações extremas, em razão de motivos como:
 • fatores econômicos – em busca de melhores oportunidades de vida (associados à maioria das migrações);
 • fatores naturais – em virtude de algum desastre natural (seca, inundação, furacão, terremoto, erupção vulcânica, etc.);
 • fatores sociopolíticos – fuga de perseguições políticas, por exemplo.
No movimento migratório, há, de um lado, o espaço de repulsão, de onde partem as levas de migrantes e, de outro, o 
espaço de atração, que é o destino de tais migrantes. A Europa configurou-se como o mais importante ponto de partida 
(espaço de repulsão) das emigrações mundiais durante vários séculos.
Porém, após a Segunda Guerra Mundial, o sentido dos fluxos migratórios se inverteu e o continente europeu se tornou 
um importante espaço de atração, pois havia uma grande demanda pela reconstrução de diversos países, bem como 
grande carência de força de trabalho.
 A problemática demográfica denunciada na tela, ao ser estatisticamente representada, se expressa em uma taxa que 
reflete o nível de subdesenvolvimento de um país, a qual é denominada:
a) mortalidade.
b) fertilidade.
c) crescimento vegetativo da população.
X d) mortalidade infantil.
e) expectativa de vida ao nascer. 
4. (UEMA) A imagem a seguir apresenta um dos estágios da transição demográfica no Brasil, ou seja, o processo de passa-
gem de altas taxas para o de baixas taxas de natalidade e de mortalidade, iniciado no período pós-II Guerra Mundial.
Fonte: David Cohen. O Brasil em 2020. In: Revista Época, ed. 575. Rio 
de Janeiro: Globo, 2009.
 A transição demográfica é um fenômeno que pode ser explicado pelas seguintes características: 
a) inserção de estrangeiros no mercado de trabalho, introdução de programas de vacinação em massa, difusão geral do 
saneamento básico. 
b) aumento do fluxo de saída de homens para o exterior, elevada produtividade da economia e avanços na tecnologia 
médica. 
X c) urbanização, entrada da mulher no mercado de trabalho e uso de métodos contraceptivos. 
d) redução da desigualdade social, melhores condições de saneamento no campo, urbanização com igualitária distribui-
ção de renda. 
e) urbanização, revolução médico-sanitária no campo, oferta abundante de emprego. 
6 Livro de Revisão 2
Geografia
PRINCIPAIS FLUXOS MIGRATÓRIOS INTERNACIONAIS (2013) 
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Fonte: SCIENCESPO. Migrations, principaux mouvements – 2013. Disponível em: <http://cartographie.sciences-po.fr/fr/
migrations-principaux-mouvements-2013>. Acesso em: 15 fev. 2016. Adaptação.
Tendências migratórias mundiais da atualidade
A busca por empregos e melhores condições de vida nas últimas décadas resultou em aumento dos fluxos migratórios.
Para compreender esses fluxos migratórios da atualidade, alguns pontos importantes devem ser considerados:
 • a globalização, que, pelo avanço da informação, da comunicação e dos meios de transporte, aproxima os povos e 
“encurta” as distâncias;
 • o fato de que o principal espaço de atração das últimas décadas tem sido o mundo rico, com destaque para os EUA 
e a União Europeia;
 • o contexto de desemprego, que tem afetado tanto os espaços de repulsão quanto os de atração.
Migração de cérebros 
Ocorre quando trabalhadores qualificados, atraídos pela segurança relacionada às condições favoráveis de moradia 
e emprego, deixam seus países de origem e passam a morar e trabalhar nos locais determinados pela empresa que os 
contrata (comumente nos países centrais ou em regiões estratégicas do mundo periférico).
7
1. (UERN) A imigração é um fato importante na realidade da 
União Europeia (UE). Os imigrantes são parte integrante 
e ativa da economia, da política e da cultura europeia. 
Assinale a alternativa que corresponde à situação dos 
imigrantes na Europa.
a) Formam comunidades integradas à vida do país onde 
vivem.
b) Não contribuem economicamente para o desenvolvi-
mento dos países europeus.
c) Exercem funções de trabalho qualificadas e bem 
remuneradas, o que provoca o xenofobismo.
X d) Grande parte da população europeia culpa os imi-
grantes pela falta de empregos e de serem direta ou 
indiretamente sustentados pelo Estado.
2. (IFSULDEMINAS – MG)
Refugiados ganham a vida vendendo 
comida síria em São Paulo. 
Alguns eram médicos, engenheiros e contado-
res na Síria. Outros já trabalhavam como chefs 
ou padeiros. Por profissão ou necessidade, alguns 
refugiados estão ganhando a vida em São Paulo 
vendendo pratos típicos de seu país.
Fonte: Flávia Mantovani e Paula Paiva Paulo, do G1 São Paulo, de 
21/09/2015.
 Refugiados são:
a) imigrantes com alto nível de especialização em 
busca de empregos de alto escalão em multinacio-
nais encontradas nos países desenvolvidos ou em 
desenvolvimento.
A questão dos refugiados e a xenofobia 
São considerados refugiados os migrantes que se colocam 
em movimento de fuga por motivos como guerras, catás-
trofes naturais, crises agudas de fome, entre outros. O Alto 
Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), 
órgão especial da ONU que visa atender esses migrantes, clas-
sifica como refugiado qualquer pessoa que “temendo ser per-
seguida por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo 
social ou opiniões políticas, se encontra fora do país de sua 
nacionalidade e que não pode ou, em virtude desse temor, 
não quer valer-se da proteção desse país”. 
Além dos refugiados, o ACNUR se dedica a atender aos 
chamados “deslocados internos”, ou seja, grupos que, pelos 
mesmos motivos dos refugiados, foram forçados a abandonar os locais onde habitavam, mas não chegaram a atravessar 
as fronteiras nacionais. 
A xenofobia se caracteriza como uma atitude de aversão ou hostilidade a grupos ou indivíduos estrangeiros, alimen-
tada por um nacionalismo extremado. Contribuem para o avanço da xenofobia no mundo:
 • o desemprego;• a globalização, que facilita a expansão de empresas e a circulação de informações, capitais e fluxos humanos;
 • a dificuldade dos países em estabelecer políticas criteriosas de migração e controle de fronteiras;
 • o aumento das diferenças socioeconômicas mundiais entre os espaços de atração e repulsão.
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 Imigrantes resgatados pela Marinha italiana entre a ilha de 
Lampedusa – ITA e Líbia. Foto de 2015
8 Livro de Revisão 2
Geografia
b) as pessoas que migram com suas famílias para os 
países do continente europeu e americano em busca 
de melhores condições de vida, de saúde e lazer a 
pedido do governo dos países de destino.
c) as pessoas que migram, principalmente para países 
ricos, e sofrem aversão pela população nacional, que 
teme que os estrangeiros retirem seus empregos.
X d) as pessoas que se encontram fora do seu país por 
causa de fundado temor de perseguição por motivos 
de raça, religião, nacionalidade, opinião política ou 
participação em grupos sociais e que não possam (ou 
não queiram) voltar para seu país de origem.
3. (PUCRS) Guerras civis e guerras de fundamentalistas 
religiosos têm provocado atentados terroristas como, 
por exemplo, o ocorrido em Paris, em 13 de novembro 
último [2015]. Também como consequência trágica des-
ses conflitos, um contingente considerável de pessoas 
migra entre o Oriente Médio e a Europa, caracterizando 
a formação de grupos de refugiados em deslocamento. 
Esse tipo de mobilidade humana abandona áreas confla-
gradas em busca de paz e qualidade de vida. Nesse con-
texto, podemos considerar como uma área de repulsão 
e como uma área de atração de grupos de refugiados, 
respectivamente,
a) o Iraque e a Polônia.
b) o Irã e Portugal.
c) o Líbano e a Grécia.
X d) a Síria e a Alemanha.
e) o Iêmem e a Itália.
4. (UEPG – PR) Sobre migrações, refugiados e minorias 
étnicas e religiosas, assinale o que for correto.
X 01) A Europa tem enfrentado sérios problemas para dar 
destino às levas de imigrantes ilegais que chegam 
até a Itália, cruzando o mar Mediterrâneo, em busca 
de melhores condições de vida, fugindo de persegui-
ções políticas e religiosas, como em conflitos entre 
muçulmanos e cristãos. São provenientes do norte 
da África e do Oriente Médio.
X 02) Grande número de pessoas fogem de países como 
Iraque e Síria devido às condições políticas e pelos 
ataques constantes do chamado Estado Islâmico, 
refugiando-se em outros países da região.
X 04) O temor de ataques terroristas tem levado muitos 
países a se posicionarem contra a entrada de imi-
grantes muçulmanos em países da Europa e nos 
Estados Unidos, criando atitude de xenofobia.
08) Muitos europeus tentam atravessar clandestinamente 
a fronteira da Rússia, através da Ucrânia, em busca de 
melhores condições econômicas naquele país.
X 16) O Brasil tem facilitado, ultimamente, a entrada de 
imigrantes provenientes de países das Américas do 
Sul e Central, principalmente haitianos, além de imi-
grantes provenientes de países africanos.
 Somatório: 23 (01 + 02 + 04 + 16)
5. (FGV – SP)
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/11/com-reforco-de-
fronteirasna-europa-imigrantes-optam-por-rotas-da-morte.html
 Com relação aos recentes fluxos migratórios para a 
Europa, analise as afirmações a seguir.
 I. Os imigrantes que atravessam o Mediterrâneo clan-
destinamente provêm, principalmente, de regiões em 
conflito na África, como, por exemplo, a Nigéria, cam-
po de atuação da guerrilha de Boko Haram.
 II. As motivações que mobilizam os imigrantes são a 
fuga das áreas de conflito, a obtenção de refúgio po-
lítico e a possibilidade de ingressar no mercado de 
trabalho da União Europeia.
 III. Os fluxos migratórios estão associados às dinâmicas 
geopolíticas dos países e regiões de origem dos imi-
grantes, como no caso dos refugiados da guerra na 
Síria, agravada pela atuação do grupo Estado Islâmico 
na região.
 Está correto o que se afirma em:
a) III, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I, apenas.
d) II, apenas.
X e) I, II e III.
9
3. População brasileira 
Formação do povo brasileiro
População indígena 
Entre as centenas de nações indígenas que habitavam o interior das atuais fronteiras do território brasileiro na época 
da chegada dos colonizadores, destacavam-se: tupi-guarani, jê, aruaque e caribe.
Dos 820 mil indígenas que vivem atualmente no Brasil, de acordo com o Censo de 2010, cerca de 300 mil estão em 
áreas urbanas, e aproximadamente 430 mil se encontram na Amazônia Legal. Justamente nessa região, de colonização e 
exploração mais recentes, ocorre a maioria dos conflitos por território, envolvendo, em geral, indígenas que esperam pela 
regularização de suas terras e fazendeiros, colonos, garimpeiros e madeireiros.
BRASIL: terras indígenas
Lu
ci
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Da
ni
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 Tu
lio
Fonte: FUNAI. Povos indígenas. Disponível em: <http://mapas2.funai.gov.br/portal_mapas/pdf/terra_indigena.pdf>. Acesso 
em: 20 fev. 2016. Adaptação.
10 Livro de Revisão 2
Geografia
População afrodescendente 
A presença africana em terras brasileiras está diretamente relacionada com o modelo mercantilista colonial de produ-
ção agrícola e de extração de riquezas minerais por meio do sistema escravagista. Assim, cerca de 4 milhões de africanos 
foram trazidos à força ao Brasil, sobretudo vindos das costas dos atuais territórios de Angola e da região do Golfo da Guiné 
(Gabão, Nigéria, Costa do Marfim, etc.). 
A herança da escravatura manifesta-se claramente pelas desigualdades socioeconômicas do país. De acordo com o 
recenseamento de 2010, a taxa de analfabetismo brasileira é de 9,6%, porém esse índice é superior a 13% entre a popu-
lação afrodescendente (pretos e pardos, segundo classificação do IBGE). Na distribuição de rendimentos, a diferença tam-
bém é notória: pelo Censo 2010, a população branca recebe, em média, renda mensal que representa quase o dobro do 
rendimento médio dos grupos compostos de pretos, pardos e indígenas. 
Povoamento europeu e asiático 
A instabilidade política e econômica da Europa durante o fim do século XIX e início do século XX motivou a saída de 
centenas de milhares de emigrantes que buscavam na América (Estados Unidos, México, Brasil, Argentina e outros países) 
a possibilidade de melhorar suas condições de vida. Para substituir a mão de obra escrava, em virtude da abolição da escra-
vatura, bem como para povoar regiões consideradas vulneráveis a invasões por parte dos vizinhos platinos, promoveram-
-se a vinda de imigrantes europeus às regiões das lavouras de café em São Paulo e a implantação de núcleos coloniais no 
Sul do país. 
No fim da primeira década do século XX, imigrantes japoneses também se estabeleceram principalmente nas lavouras 
cafeeiras do interior paulista, tal como havia ocorrido com os italianos, décadas antes.
Estrutura da população brasileira 
Por várias décadas durante o século XX, a população brasileira foi constituída predominantemente de jovens, caracte-
rizando elevadas taxas de natalidade e fecundidade e expectativa de vida mais baixa.
3,5
3
2,5
2
1,5
0
2,4
2,9 2,8
2,3
1,6
1,4
1
0,5
1950 1960 1970 1980 1990 2000
0,9
2010
Evolução da taxa de crescimento 
vegetativo no Brasil – 1950-2010 (em %) A queda no crescimento vegetativo brasileiro, contudo, 
mudou a configuração demográfica do país. À medida 
que a taxa de natalidade diminui, a base da pirâmide 
etária gradativamente se estreita, avolumando-se a 
quantidade de adultos e ampliando-se a população com 
mais de 60 anos. Esta é uma das características da transição 
demográfica: o processo de envelhecimento da população.
Fontes: IBGE. Taxa bruta de natalidade. Disponível em: <http://
seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?no=10&op=0&vcodigo=POP20
1&t=taxa-bruta-natalidade>. Acesso em: 12 jun. 2017; IBGE. Taxa bruta 
de mortalidade. Disponível em: <http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.
aspx?no=10&op=0&vcodigo=POP261&t=taxa-bruta-mortalidade>. 
Acesso em: 12 jun. 2017. 
11
Fonte:IBGE. Projeção da população por sexo e idade: Brasil 2000-2060. 
Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/
imprensa/ppts/00000014425608112013563329137649.pdf>. Acesso 
em: 12 jun. 2017.
90 +
85 a 89
80 a 84
75 a 79
70 a 74
65 a 69
50 a 54
45 a 49
40 a 44
35 a 39
30 a 34
25 a 29
20 a 24
15 a 19
10 a 14
5 a 9
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55 a 59
60 a 64
Homens
Mulheres
10 8 6 4 2 2 4 86 100 
Pirâmide etária do Brasil – 2010 
(em milhões) 
As mudanças do comportamento demográfico das últimas décadas no país relacionam-se com as grandes transforma-
ções após a segunda metade do século XX, quando a economia brasileira deixou de ser alicerçada na produção agrícola e 
se tornou urbano-industrial.
Migrações internas no Brasil
Entre os principais motivadores de fluxos de migração interna durante o século XX no Brasil, destacam-se:
• extração do látex (produção da borracha) – do Sertão Nordestino aos 
seringais da Amazônia (auge entre 1905-1912);
• lavouras cafeeiras – da Região Nordeste e do interior de Minas Gerais 
para as terras férteis do interior paulista e do norte do Paraná (desde o 
século XIX até a primeira metade do século XX);
• avanço da industrialização – do Nordeste, principalmente, para o eixo 
urbano-industrial São Paulo-Rio de Janeiro, na metade do século XX;
• construção de Brasília – do Nordeste, principalmente, para os cantei-
ros de obra da futura capital, erguida no Cerrado, em meados da década 
de 1950;
• nova fronteira agrícola – do Sul e do Sudeste do país, principalmente, 
para Rondônia, Pará, Mato Grosso e Tocantins, a partir das décadas de 
1970 e 1980. 
O processo de industrialização brasileiro foi acompanhado pela migração do campo para a cidade – o êxodo rural – 
que ocorreu de forma mais acentuada entre as décadas de 1950 e 1980. Mais recentemente, porém, a migração interna no 
Brasil tornou-se menos intensa, tanto no contexto inter-regional quanto no deslocamento rural-urbano.
Identidades regionais e comunidades alternativas 
Os povos e as comunidades tradicionais caracterizam-se por suas distintas organização social e ocupação do território, 
bem como pelo uso de recursos naturais. Também são consideradas comunidades alternativas as populações que utilizam 
os recursos naturais de forma sustentável e transmitem, principalmente por meio da tradição oral, os conhecimentos e 
as práticas desenvolvidas por seus integrantes. Incluem-se entre as diversas comunidades tradicionais do Brasil: caboclos, 
caiçaras, extrativistas, faxinalenses, indígenas, pescadores, quilombolas, ribeirinhos, entre outros.
Homens
Mulheres
80 +
75 a 79
70 a 74
65 a 69
60 a 64
55 a 59
50 a 54
45 a 49
40 a 44
35 a 39
30 a 34
25 a 29
20 a 24
15 a 19
10 a 14
5 a 9
0 a 4
10 8 6 4 2 2 4 86 100 
Pirâmide etária do Brasil – 1980 
(em milhões)
Fonte: IBGE. Projeção da população por sexo e idade: Brasil 2000-2060. 
Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/
imprensa/ppts/00000014425608112013563329137649.pdf>. Acesso 
em: 12 jun. 2017. 
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 Construção de Brasília, década de 1950
12 Livro de Revisão 2
Geografia
1. (UERJ) 
As comunidades quilombolas, que são predominantemente constituídas por população negra, se auto-
definem a partir das relações com a terra, do parentesco, do território, da ancestralidade, das tradições e 
das práticas culturais próprias. Estima-se que em todo o país existam mais de três mil comunidades qui-
lombolas. O Decreto Federal nº 4.887, de 20 de novembro de 2003, regulamenta o procedimento para 
identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes 
das comunidades dos quilombos.
Adaptado de incra.gov.br.
 A demarcação de terras de comunidades quilombolas é fato recente nas práticas governamentais brasileiras. 
 Um dos principais objetivos dessa política pública é viabilizar a promoção de:
a) aceleração da reforma agrária.
b) reparação de grupos excluídos.
c) absorção de trabalhadores urbanos.
X d) reconhecimento da diversidade étnica.
2. (ENEM)
A população negra teve que enfrentar sozinha o desafio da ascensão social, e frequentemente procurou 
fazê-lo por rotas originais, como o esporte, a música e a dança. Esporte, sobretudo o futebol, música, so-
bretudo o samba, e dança, sobretudo o carnaval, foram os principais canais de ascensão social dos negros 
até recentemente. A libertação dos escravos não trouxe consigo a igualdade efetiva. Essa igualdade era afir-
mada nas leis, mas negada na prática. Ainda hoje, apesar das leis, aos privilégios e arrogâncias de poucos 
correspondem o desfavorecimento e a humilhação de muitos. 
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006 (adaptado).
 Em relação ao argumento de que no Brasil existe uma democracia racial, o autor demonstra que:
a) essa ideologia equipara a nação a outros países modernos.
b) esse modelo de democracia foi possibilitado pela miscigenação.
c) essa peculiaridade nacional garantiu mobilidade social aos negros.
X d) esse mito camuflou formas de exclusão em relação aos afrodescendentes.
e) essa dinâmica política depende da participação ativa de todas as etnias. 
3. (ENEM)
O Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia ensina indígenas, quilombolas e outros grupos tradicio-
nais a empregar o GPS e outras técnicas modernas de georreferenciamento para produzir mapas artesanais, 
mas bastante precisos, de suas próprias terras.
LOPES, R. J. O novo mapa da floresta. Folha de S.Paulo. 7 maio 2011 (adaptado).
 A existência de um projeto como o apresentado no texto indica a importância da cartografia como elemento promotor da:
a) expansão da fronteira agrícola.
b) remoção de populações nativas.
13
6. (UFPR) 
A população brasileira atingiu 202,7 milhões de 
pessoas em primeiro de julho deste ano [2014], 
segundo estimativa do IBGE [...] O volume de 
pessoas que vivem no país cresceu 0,86% em re-
lação ao verificado em igual período do ano an-
terior. São Paulo continua sendo a cidade mais 
populosa do país, com 11,9 milhões de habitan-
tes. Em seguida, no ranking de cidade, vêm Rio 
de Janeiro (6,5 milhões), Salvador (2,9 milhões), 
Brasília (2,9 milhões) e Fortaleza (2,6 milhões). 
Os 25 municípios mais populosos do país somam 
51 milhões de habitantes e representam 25,2% da 
população.
<http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/08/1507099-
populacao-brasileira-atinge-2027-milhoes-de-habitantes-calcula-
ibge,shtml>. Acesso em: 02 set. 2014
 Com base no conhecimento de geografia da população, 
assinale a alternativa correta.
X a) O aumento populacional brasileiro é decorrente, sobre-
tudo, do crescimento vegetativo da população, que 
incorpora os conceitos de natalidade e mortalidade.
b) O crescimento populacional evidenciado indica uma 
tendência de aumento nas taxas de natalidade e 
fecundidade e uma diminuição da taxa de mortali-
dade, associada ao envelhecimento da população.
c) Esse acréscimo populacional tem como consequên-
cia a diminuição da renda per capita e o compro-
metimento dos recursos naturais, como evidenciado 
por Malthus, pois há um crescimento geométrico da 
população e aritmético dos alimentos.
d) O aumento da população é impulsionado pelo cresci-
mento das periferias das grandes cidades, decorrente 
dos processos migratórios, que fazem com que dimi-
nua o número de habitantes em cidades pequenas.
e) O fator que explica o aumento populacional é a imi-
gração, pois o Brasil tem recebido grande contingente 
populacional de outros países. 
c) superação da condição de pobreza.
X d) valorização de identidades coletivas.
e) implantação de modernos projetos agroindustriais.
4. (UFPI) 
O Brasil segundo o IBGE possui 817,9 mil pes-
soas que se declaram índios por sua raça ou cor. A 
distribuição de terras é muito desigual, gerando, 
assim, diversos conflitos no território brasileiro. 
(FOLHA DE SÃO PAULO. Disponível em: http://www1.folha.uol.
com.br/poder/2013/06/1295478-entenda-demarcacoes-de-terras-indigenas-e-conflito-com-proprietarios-rurais.shtml. Acesso em: 26 
mar. 2014).
 Acerca dos conflitos relacionados a demarcações de ter-
ras indígenas, assinale opção correta referente ao Estado 
brasileiro que é um dos principais focos de tensão devido 
ao superpovoamento das terras indígenas. 
a) Amazonas 
X b) Mato Grosso do Sul 
c) Paraná
d) Rio Grande do Sul
e) Pará 
5. (UEPB) Nos meses de setembro e outubro, período em 
que ocorre o corte da cana na Mata pernambucana, tra-
balhadores rurais do Agreste da Paraíba, chamados de 
“corumbas” ou “catingueiros”, migram para trabalhar 
nas usinas da Zona canavieira do Estado de Pernambuco, 
onde permanecem precariamente instalados, até o fim 
da colheita, nos meses de março ou abril, quando caem 
as primeiras chuvas do Agreste e estes retornam para 
suas casas e seus roçados. Este tipo de migração ainda 
presente no estado da Paraíba é do tipo:
a) Nomadismo
b) Pendular
c) Êxodo rural
d) Forçada
X e) Sazonal
14 Livro de Revisão 2
Geografia
4. Espaços agrários 
Desde a década de 1940, adota-se a classificação que divide a economia em três setores distintos:
 • setor primário – agropecuária, silvicultura, extrativismo vegetal e mineral, caça e pesca;
 • setor secundário – indústrias, geração de energia e construção civil;
 • setor terciário – prestação de serviços, como comércio, armazenagem, transporte, saneamento, telecomunicações 
e fornecimento de energia elétrica, além de atividades que envolvem mercados financeiros, bolsa de valores e 
administração pública. 
Há no mundo atual, porém, novas atividades e funções. Assim, alguns autores reconhecem a existência de um “setor 
quaternário”, ligado às pesquisas científicas e às tecnologias de informação.
Agricultura 
No Brasil, de acordo com objetivos, estrutura e tamanho 
da propriedade, o IBGE diferencia duas modalidades bási-
cas de agricultura: familiar e não familiar.
Agricultura familiar 
Praticada em até quatro módulos fiscais para cada 
família habitante, nela predomina a mão de obra familiar. 
Embora ocupem menos de 25% das terras, 85% das pro-
priedades rurais brasileiras pertencem a essa categoria que 
se caracteriza como importante fornecedora de alimentos 
para o mercado interno.
Agricultura não familiar 
Praticada em propriedades de grande ou médio porte 
(acima de quatro módulos fiscais), utiliza principalmente 
mão de obra assalariada, frequentemente voltada à produ-
ção de commodities para o mercado externo.
Agricultura familiar Agricultura não familiar
24,3%75,7%
Área total (em %)
Fonte: IBGE. Censo Agropecuário 2006. Rio de Janeiro, 2009.
Diferentes modalidades agrícolas
 • Agricultura de subsistência – destinada ao consumo do 
produtor e de seus familiares, podendo ou não haver a 
comercialização do excedente no mercado local.
 • Agricultura comercial – destinada prioritariamente 
ao abastecimento do mercado. 
Sistemas empregados 
 • Roça tropical – ou agricultura itinerante, caracteriza-
-se pelo deslocamento do produtor para evitar o 
esgotamento do solo. 
 • Agricultura irrigada – sistema que viabiliza a pro-
dução de bens agrícolas em regiões marcadas por 
longas estações secas.
 • Plantation – adotada no Período Colonial no Brasil 
e em outros países de clima tropical, porém ainda 
existente. Caracteriza-se pela monocultura prati-
cada em latifúndios, voltada à exportação, e pela 
mão de obra abundante e com pouca qualificação.
 • Agricultura moderna – emprega uma série de téc-
nicas, como o uso de produtos químicos sintéticos 
e a mecanização das lavouras. Na década de 1960, 
pelo impacto que teve na produção de alimentos 
em nível global, proporcionou o que foi chamado 
de “revolução verde”.
 • Jardinagem – modelo praticado por diversas socie-
dades do leste e sudeste da Ásia, com o emprego de 
numerosa quantidade de mão de obra que executa 
a maior parte dos trabalhos de forma manual.
15
Outras atividades econômicas no espaço rural 
Pecuária 
 • Pecuária intensiva – o gado é confinado em estábulos com alto grau de automatização e alimentado com ração, 
dispensando-se o uso de pasto natural.
 • Pecuária extensiva – ocupa extensas áreas, visto que o gado alimenta-se principalmente de pasto natural.
Extrativismo 
 • Vegetal – coleta de madeira nativa, óleo, folhas, frutos, látex, etc.
 • Mineral – extração e beneficiamento de minérios.
 • Animal – atividades de caça e pesca.
Silvicultura 
Caracteriza-se pelo manejo e pela extração de árvores de florestas plantadas (não nativas). Essa atividade associa-se 
diretamente à obtenção de matérias-primas básicas para muitas indústrias, como a madeireira e a de papel e celulose.
1. (UECE) A organização do território brasileiro ocorreu a partir da expansão do capitalismo comercial europeu no qual foram 
estabelecidos fluxos mercantis, definindo em seu início uma paisagem colonial que envolvia a criação de novas estruturas 
econômicas.
 Com base na afirmativa acima, assinale a opção cujos elementos indicam corretamente a área e a forma de exploração 
no contexto da geografia colonial brasileira.
a) Depressão sertaneja – atividade mineradora.
b) Tabuleiros sublitorâneos – pecuária extensiva.
c) Depressão sanfranciscana – exploração extrativista.
X d) Zona da Mata Nordestina – plantation açucareira.
2. (CEFET – MG) 
A ciência, tecnologia e informação fazem parte dos afazeres cotidianos do campo modernizado. É aí que 
se instalam as atividades hegemônicas, aquelas que têm relações mais longínquas e participam do comércio 
internacional, fazendo com que determinados lugares se tornem mundiais.
SANTOS, M. Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico-científico-informacional. São Paulo: Hucitec, 1994. (Adaptado). 
 Nesse contexto, um dos elementos que contribui para a classificação de um espaço agrário como um meio técnico-
-científico-informacional é a(o):
a) emprego de adubos orgânicos.
X b) utilização de sementes híbridas.
c) prática do destocamento do solo.
d) predomínio de sistemas extensivos.
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 Extração de látex de seringueira em Xapuri – AC, 2012
16 Livro de Revisão 2
Geografia
3. (UEG – GO) A produção agropecuária na atualidade requer a adoção de sistemas de produção (intensivos e extensivos) 
rural, que dependem principalmente: 
a) do tamanho da propriedade e da presença de recursos hídricos abundantes para a implantação de pivôs centrais.
b) da existência de fatores naturais como clima úmido, solos férteis, relevo plano e proximidade das vias de transporte.
X c) das condições físico-geográficas de uma região, da cultura e do nível de desenvolvimento econômico de uma dada 
sociedade.
d) do uso de agrotóxicos e sementes transgênicas, da utilização de mão de obra barata e de técnicas tradicionais de 
produção. 
4. (UEPB) A primeira coluna apresenta conceitos da agricultura brasileira. Já a segunda coluna, características inerentes a 
esses conceitos.
( 1 ) Agricultura de Subsistência
( 2 ) Empresa agrícola
( 3 ) Complexo Agroindustrial
( 4 ) Plantation
( ) Desenvolve-se em grandes propriedades monocultoras, a produtividade é 
elevada, usa insumos modernos e mão de obra qualificada. A capitalização é 
muito elevada.
( ) Latifúndios com monocultura, mão de obra escrava, produção voltada para 
o mercado externo. Atualmente não usa mais mão de obra escrava e sim 
relações de trabalho atrasadas.
( ) Produção voltada para suprir as necessidades da população. Uso de mão de 
obra familiar, baixa capitalização e tecnologia, produtividade reduzida.
( ) Associa o capital agrícola à indústria e ao capital financeiro. Compete em es-
cala global com outras empresas. São responsáveis pela produção mundial 
de grãos.
 A alternativa que apresenta a sequência correta é:
a) 4-3-2-1
b) 2-4-3-1
c) 3-1-2-4
d) 3-1-4-2
X e) 2-4-1-3
5. (ENEM) 
Tanto potencial poderia ter ficado pelo caminho, se não fosse o reforço em tecnologia que um gaúcho 
buscou. Há pouco mais de oito anos, ele usava o bico da botina paracavoucar a terra e descobrir o nível 
de umidade do solo, na tentativa de saber o momento ideal para acionar os pivôs de irrigação. Até que 
conheceu uma estação meteorológica que, instalada na propriedade, ajuda a determinar a quantidade de 
água de que a planta necessita. Assim, quando inicia um plantio, o agricultor já entra no site do sistema e 
cadastra a área, o pivô, a cultura, o sistema de plantio, o espaçamento entre linhas e o número de plantas, 
para então receber recomendações diretamente dos técnicos da universidade. 
CAETANO, M. O valor de cada gota. Globo Rural, n. 312, out. 2011.
 A implementação das tecnologias mencionadas no texto garante o avanço do processo de:
X a) monitoramento da produção.
b) valorização do preço da terra.
c) correção dos fatores climáticos.
d) divisão de tarefas na propriedade. 
e) estabilização da fertilidade do solo.
17
5. Principais espaços agrários mundiais 
Agricultura nos países centrais 
Os espaços agrários dos Estados Unidos refletem seu grande desenvolvimento econômico e tecnológico. As condições 
naturais favoráveis, com destaque para a diversidade climática, também contribuem para que sua produção agrícola abas-
teça o mercado interno e ainda torne o país um dos principais exportadores mundiais.
O amplo acesso à propriedade familiar por meio do Homestead Act (lei que, a partir de 1862, passou a orientar a apro-
priação de terras nos EUA) e a estruturação do espaço agrário em belts – cinturões especializados em cada tipo de cultura 
– possibilitaram o desenvolvimento do setor agrícola estadunidense.
Na Europa, destaca-se a presença de pequenas e médias propriedades, as quais empregam alta tecnologia no plantio 
e são, em muitos casos, administradas por mão de obra familiar. 
Em 1962, foi criada a Política Agrícola Comum (PAC) a fim de estabelecer princípios comuns ao abastecimento agrícola 
no continente. A autossuficiência alimentar da União Europeia e a sobrevivência econômica de seus agricultores são man-
tidas por meio da aplicação de práticas protecionistas, como o pagamento de subsídios. 
EUA: uso do solo e cinturões agrícolas 
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Fonte: CHARLIER, Jacques. Atlas du 21e siècle. Paris: Nathan, 2009. Adaptação.
18 Livro de Revisão 2
Geografia
Já a agricultura japonesa é praticada com grande aproveitamento do espaço e elevada produtividade. Autossuficiente 
na produção de arroz e legumes, depende, no entanto, da importação de outros alimentos para garantir o abastecimento 
interno.
Produção agrícola no mundo periférico 
Os espaços rurais dos países periféricos são ainda muito marcados pela estrutura das antigas plantations coloniais: 
 • predomínio de latifúndios e concentração fundiária;
 • prioridade para a exportação;
 • práticas monocultoras, que podem levar ao esgotamento do solo;
 • emprego de mão de obra sem qualificação, malremunerada e sob precárias condições de trabalho.
A questão do protecionismo 
No comércio internacional, é comum que o mercado seja 
influenciado pela adoção de práticas que alteram as condições de 
livre-concorrência por empresas e governos. Entre elas, algumas 
são ilegais e combatidas por meio de legislação, como o dumping e 
a formação de cartéis e trustes. 
Entre as medidas de protecionismo que, embora produzam 
negociações internacionais tensas, são aceitas, estão:
 • aplicação de pesados impostos sobre os produtos importados;
 • promoção de barreiras fitossanitárias;
 • oferta de subsídios aos produtores locais.
Problemas ambientais decorrentes das práticas agrícolas 
Entre os principais problemas ambientais associados às práticas agrícolas, destacam-se: o desmatamento, as queima-
das, a erosão do solo, a salinização e a poluição.
Dumping: prática pela qual uma empresa (normalmente de grande 
porte) adota, por certo tempo, preços artificialmente baixos a fim de ten-
tar levar concorrentes à falência e, dessa forma, estabelecer um mono-
pólio ou oligopólio que lhe permita recuperar o “investimento”, elevando 
novamente os preços de acordo com seus interesses. Cartéis: quando 
empresas diferentes dividem o mercado e estabelecem acordos entre 
si, tais como a combinação de preços mínimos. Trustes: conglomerados 
de empresas que se fundem em uma única organização, unindo-se, ou 
uma adquirindo a outra, para controlar o mercado, por meio da supres-
são da livre-concorrência. 
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 Erosão do solo em 
Perobal – PR, 2012
19
1. (PUCRS) Os estudos sobre os sistemas de produção agrícola envolvem a análise de aspectos naturais e fatores socioeco-
nômicos, tais como os apresentados, respectivamente, em: 
1. estrutura fundiária – perfil do solo;
2. relações de trabalho – perfil geomorfológico;
3. condições climáticas – capitalização;
4. perfil étnico – estrutura etária;
5. perfil higrométrico – aporte tecnológico.
 Estão corretos, na ordem em que se apresentam, apenas os itens:
a) 1 e 2.
b) 2 e 4.
X c) 3 e 5.
d) 1, 3 e 4.
e) 2, 3 e 5.
2. (UPF – RS) A agricultura, uma das mais antigas atividades humanas, passou por profundas transformações e foi, ela pró-
pria, transformadora do espaço natural. Nesse processo de evolução, incorporou técnicas, superou ambientes inóspitos, 
alcançou altos índices de produtividade e continua sendo praticada de forma heterogênea pelos quatro cantos do mundo.
 No quadro abaixo, a coluna 1 apresenta afirmações sobre a prática da agricultura. Relacione as afirmações da coluna 1 
com os locais (coluna 2) onde essas práticas são verificadas.
1. Também conhecida como agricultura de jardinagem, é praticada em solos 
inundáveis, destacando-se a rizicultura, realizada com trabalho braçal e 
base familiar.
( ) Costa oeste dos Estados 
Unidos.
2. O crescente uso de técnicas de irrigação e mecanização transformaram 
áreas áridas em áreas de fruticultura com elevada produtividade.
( ) Estados Unidos e União 
Europeia.
3. Além da elevada produtividade, o protecionismo governamental efetivado 
pela concessão de subsídios aumenta o poder de competição no mercado 
internacional em detrimento dos países subdesenvolvidos.
( ) Regiões tropicais da 
 América Latina, Ásia e 
África.
4. Monocultura destinada ao mercado externo é praticada em larga escala 
em latifúndios, com emprego de mão de obra numerosa e barata, desta-
cando-se o cultivo de cacau, café, cana-de-açúcar e banana.
( ) Sul e sudeste asiático.
 A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
a) 4 – 3 – 1 – 2. 
X b) 2 – 3 – 4 – 1. 
c) 2 – 4 – 3 – 1. 
d) 3 – 1 – 4 – 2. 
e) 1 – 2 – 3 – 4. 
3. (UFPI) A Organização Mundial do Comércio (OMC) é uma instituição internacional que atua na fiscalização e na regu-
lamentação do comércio mundial. Com sede em Genebra (Suíça), foi fundada em 1994, durante a Conferência de 
Marrakech. Com relação às funções da OMC, assinale a opção incorreta. 
20 Livro de Revisão 2
Geografia
a) Regulamentar e fiscalizar o comércio mundial. 
X b) Resolver conflitos comerciais entre os países-membros, visando garantir a expansão da produção e o comércio 
somente entre os países mais ricos do mundo. 
c) Gerenciar acordos comerciais, tendo como parâmetro a globalização da economia. 
d) Criar situações e momentos (rodadas), para que sejam firmados acordos comerciais internacionais. 
e) Supervisionar o cumprimento de acordos comerciais entre os países-membros. 
4. (UEPG – PR) Sobre atividades agrárias, assinale o que for correto.
X 01) A agricultura foi inserida na economia industrial, passou a ser fornecedora de matérias-primas e alimentos, além de 
ser consumidora da indústria (máquinas, pesticidas, adubos químicos, etc.).
X 02) O agronegócio é uma característica da agricultura moderna, que recebe investimentos intensivos de capitais e tec-
nologia, e a produção em grande escala visa, principalmente, a exportação de produtos agrícolas.
04) Os produtos agrícolas transgênicos têm grande aceitação no mundo atual constituindo-se na maior parte dosprodu-
tos exportados por todos os países.
X 08) A chamada agricultura de precisão se utiliza de sensores conectados a satélites que permitem gerar o mapeamento 
da área plantada, indicando, entre outros itens, onde é preciso efetuar a correção do solo, fazendo, portanto, um 
levantamento da situação da lavoura.
16) Plantation é o sistema agrícola típico dos países desenvolvidos e compreende o latifúndio, a monocultura e a mão de 
obra barata.
 Somatório: 11 (01 + 02 + 08)
5. (UEA – AM) 
Um informe publicado ontem pela Organização Mundial do Comércio (OMC) com avaliações de espe-
cialistas de todo o mundo alerta que as barreiras comerciais chinesas e a falta de uma política exportadora 
no Brasil colocaram o País em poucos anos “no degrau mais baixo” na cadeia do fornecimento de bens para 
a economia chinesa. De um lado, o Brasil se transformou em fornecedor de produtos sem qualquer valor 
agregado, enquanto passou a importar um volume cada vez maior de bens tecnológicos da China. O caso 
da soja é um exemplo. 95% das vendas brasileiras do produto para a China embarcam sem qualquer tipo 
de processamento. As exportações de óleo de soja e de farinha não ocorreram. Isso por conta da estratégia 
da China de desenvolver sua própria indústria da soja, impondo tarifas de importação aos produtos de 
maior valor agregado na cadeia da soja. 
(O Estado de São Paulo, 10.07.2013. Adaptado.). 
 O cenário do comércio bilateral apontado pelo texto reforça:
X a) a dependência brasileira na exportação de commodities e o protecionismo do governo chinês em seu setor industrial.
b) o projeto brasileiro de exportação para países não americanos e a inexperiência chinesa nas trocas globais.
c) a deficiência da política de relações exteriores brasileira e a recusa chinesa em realizar comércio com o Brasil.
d) a proposta brasileira de não ser um país agroexportador de commodities e o avanço no diálogo com o governo chinês 
nas questões de comércio.
e) o sucesso brasileiro em dar vazão à sua produção de commodities e a política do desenvolvimento agrícola na China.
21
6. Espaço agrário brasileiro 
A questão agrária 
A comparação entre os dois gráficos a seguir mostra como é forte a concentração fundiária no Brasil.
Distribuição de 
estabelecimentos rurais 
Estabelecimentos 
com menos de 10 
hectares
20
40
60
80
100
Estabelecimentos 
com mais de 1000 
hectares
0
%
Área total ocupada pelos 
estabelecimentos rurais
Estabelecimentos 
com menos de 10 
hectares
20
40
60
80
100
Estabelecimentos 
com mais de 1000 
hectares
0
%
Fonte: IBGE. Censo Agropecuário 2006. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/agropecuaria/censoagro/default.shtm>. 
Acesso em: 24 fev. 2016.
Desde o fim do século XX, pelo fato de representar a última fronteira agrícola do país, a Região Amazônica tem sido 
cenário de um número maior de conflitos agrários. Confrontam-se interesses de grandes proprietários de terras, de empre-
sas agropecuárias e de mineração, de madeireiras, de garimpeiros, de colonos e das comunidades tradicionais. Mais espe-
cificamente a região conhecida como “Bico do Papagaio”, na confluência dos rios Araguaia e Tocantins, passou a constituir 
uma das principais áreas de embates por terras no país. 
Problemas ambientais agrários no Brasil 
Em virtude da elaboração do Novo Código Florestal, a preocupação com a sustentabilidade nas atividades rurais, com 
o uso de medidas ecológicas e com a redução de impactos ambientais sobre áreas de matas, cursos de rios, entornos de 
lagos e topos de morros gerou intensos debates, revelando os impactos que podem prejudicar o espaço rural. Entre os 
principais problemas ambientais no meio rural brasileiro, destacam-se:
 • poluição hídrica;
 • degradação e contaminação do solo;
 • queimadas;
 • desmatamento.
Expansão das fronteiras agrícolas 
A faixa litorânea oriental do Brasil, onde predominava a Mata Atlântica, desde a ocupação do território com a chegada 
dos portugueses, foi utilizada como área de produção agrícola. A partir do século XVI, desenvolveram-se, nessa área, 
importantes lavouras de cana-de-açúcar, café, cacau, entre outras. A expansão da agricultura e a urbanização explicam a 
intensa redução da cobertura vegetal da Mata Atlântica no decorrer de cinco séculos.
A partir de 1960, após a construção de Brasília, houve o avanço da fronteira agropecuária, por meio do plantio da soja 
e da expansão da pecuária bovina também nas regiões Centro-Oeste e Norte do país. 
22 Livro de Revisão 2
Geografia
O Estatuto da Terra, 
a reforma agrária e a 
agricultura familiar 
Para aplacar os focos de tensão no campo, em 1964, o 
governo brasileiro criou o Estatuto da Terra. Entre outras 
determinações, esse documento classificou as proprieda-
des do campo em módulos rurais, os quais representavam 
porções de terras que poderiam ser exploradas por um 
grupo familiar constituído de quatro pessoas adultas, de 
modo que lhes proporcionasse uma sobrevivência digna. 
Embora legalmente o estatuto possibilitasse a desapropria-
ção dos latifúndios improdutivos, na prática não alterou a 
concentração fundiária no Brasil. 
Produção agropecuária 
brasileira
Mesmo com a acirrada concorrência no mercado 
internacional de alimentos, agravada pelas barreiras 
protecionistas impostas pelos países mais ricos, o Brasil se 
destaca como um dos maiores produtores e exportadores 
mundiais de produtos agropecuários.
RANKING – PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO (2010)
Produto
Produção 
(posição mundial)
Exportação 
(posição mundial)
Açúcar 1º. 1º.
Aves 3º. 1º.
Café 1º. 1º.
Cana-de-açúcar 
e etanol
2º. 1º.
Carne bovina 2º. 1º.
Carne suína 4º. 4º.
Milho 4º. 3º.
Soja 2º. 2º.
Suco de laranja 1º. 1º.
Tabaco 2º. 1º.
Fonte: USDA e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 
Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Disponível 
em: <http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Sala%20de%20
Imprensa/Publica%C3%A7%C3%B5es/graficos_portugues_corrigido2.
pdf>. Acesso em: 25 fev. 2016.
1. (PUCRS) Em relação ao sistema fundiário brasileiro, é 
incorreto afirmar que há:
a) uma concentração de terras nas mãos de um pequeno 
grupo de grandes proprietários.
b) uma regulamentação em lei que proíbe a desapro-
priação de pequenas, médias e grandes propriedades 
produtivas para fins de assentamento rural.
X c) uma distribuição equilibrada entre as propriedades 
com áreas inferiores a 10 hectares e as que ultrapas-
sam 1000 hectares.
d) uma forte alteração na estrutura fundiária quando 
ocorre a morte de proprietários, devido às leis de 
herança que orientam a divisão das propriedades 
entre os herdeiros.
e) um panorama de conflitos e embates na área rural, 
relacionado a uma estrutura fundiária discrepante.
2. (UFRN) Leia a charge a seguir.
Disponível em: <www.fernandaprofessorageografia.blogspot>. 
Acesso em: 20 jul. 2013. [Adaptado] 
 A charge coloca em evidência um conflito que está pre-
sente no espaço rural brasileiro. Esse conflito envolve 
duas lógicas: a preservação da floresta e a expansão do 
agronegócio. 
23
 No Brasil, o desenvolvimento do agronegócio: 
X a) requer grandes extensões de terra para o cultivo de 
monoculturas, degradando áreas de floresta nativa. 
b) baseia-se no uso intensivo do solo para a prática da 
policultura, provocando desmatamento em reservas 
florestais. 
c) favorece a desconcentração de terras para a produ-
ção agrícola, provocando a erosão de solos em áreas 
de floresta. 
d) fundamenta-se na diversificação do uso do solo para 
fins agrícolas, degradando o ecossistema florestal.
3. (UFU – MG) A agricultura tem grande importância na 
economia brasileira. Além de gerar empregos e fornecer 
alimentos, é fonte de matérias-primas industriais e gera-
doras de receitas obtidas com as exportações.
 Sobre a agricultura brasileira assinale a alternativa 
incorreta.
a) As práticas agrícolas adotadas desencadearam uma 
série de problemas ambientais, como a exaustão do 
solo, a proliferaçãode pragas e a poluição das águas.
b) A agropecuária moderna convive, lado a lado, com 
áreas de práticas seculares de produção, como 
ocorre, por exemplo, no Centro-Sul do país. 
X c) A estrutura fundiária brasileira caracteriza-se pelo 
predomínio de pequenas propriedades muito produ-
tivas que utilizam pouca mão de obra.
d) O modelo de desenvolvimento agrícola, adotado em boa 
parte do país, tem elevado a ocupação de áreas cada vez 
maiores, com lavouras de monoculturas e pastagens.
4. (UECE)
Com a modernização do campo, os trabalhado-
res rurais passam a ser expulsos da terra sem direi-
tos ou garantias, enfrentando uma realidade nova 
e hostil. Os laços familiares e coletivos e também 
a indústria doméstica são brutalmente transfor-
mados, chegando a serem dissolvidos. Os traba-
lhadores rurais adentram a sociedade de mercado 
pelas portas dos fundos, tendo de se adaptar a 
uma condição onde os elementos básicos para a 
reprodução da existência são as mercadorias.
MEDINA, Etore. Vivendo a vida de rapina. 
 O trecho acima se refere a um personagem da estrutura 
agrária brasileira identificado como:
X a) boia-fria.
b) migrante sazonal.
c) posseiro.
d) assalariado 
permanente.
5. (UNESP – SP) 
(www.fct.unesp.br. Adaptado.)
¹PEA: População Economicamente Ativa.
 Considerando a questão agrária no Brasil, é correto afir-
mar que a lacuna presente na legenda corresponde a 
áreas de: 
a) resgate e valorização de antigas práticas de cultivo.
X b) concentração da violência contra trabalhadores rurais 
e camponeses.
c) cultivo experimental orgânico e sustentável.
d) reflorestamento e recuperação da biodiversidade.
e) implantação de núcleos urbanos planejados.
24 Livro de Revisão 2
Geografia
7. Espaço geográfico urbano 
Em 1950, apenas 30% da população do globo era urbana. Cerca de 60 anos depois, pela primeira vez na história da 
humanidade, a população urbana mundial superou a rural, em parte graças ao acelerado processo de urbanização em 
países como Índia, Nigéria e principalmente China.
Conceitos ligados à urbanização
 • Metrópole: o conceito de metrópole fundamenta-se em sua capacidade atrativa (de fluxos de pessoas, mercado-
rias e capital provenientes de cidades e regiões vizinhas), sua zona de influência, que pode ser regional, nacional ou 
até mesmo global, e na existência de conurbação, ou seja, o contato entre as malhas urbanas da cidade principal e 
a de uma ou mais cidades ao seu redor.
O movimento pendular é um fenômeno migratório característico das metrópoles. Corresponde ao deslocamento perió-
dico de pessoas entre a periferia (onde se situam as chamadas “cidades-dormitório”) e a metrópole.
 • Megacidade: trata-se de um conceito criado pela ONU. Refere-se às aglomerações urbanas do mundo cujas popu-
lações ultrapassam 10 milhões de habitantes. 
 • Megalópole: corresponde a uma grande aglomeração urbana resultante da conurbação entre duas ou mais metró-
poles. É o caso da “BosWash”, nos Estados Unidos; “Reno-Ruhr”, na Alemanha; e “Tóquio-Osaka”, a megalópole japo-
nesa. A primeira megalópole brasileira em processo de formação tende a interligar as malhas urbanas de São Paulo, 
Santos, Campinas e Rio de Janeiro. 
POPULAÇÃO URBANA (EM % DA POPULAÇÃO TOTAL) – 2013
Ta
lit
a 
Ka
th
y 
Bo
ra
Fonte: THE WORLD BANK. Urban population (% of total). Disponível em: <http://data.worldbank.org/indicator/SP.URB.TOTL.IN.ZS/
countries?display=default>. Acesso em: 14 jun. 2017. Adaptação.
25
 • Cinturão verde: é a faixa de pequenas áreas rurais 
situada ao redor de uma grande aglomeração 
urbana. Contribui para minimizar os impactos 
ambientais decorrentes do processo de urbanização.
 • Periferias urbanas: em geral, são definidas em 
razão da menor valorização e da precariedade das 
condições de moradia e infraestruturas.
 Pela imagem de satélite noturna, é possível ver a interligação entre 
São Paulo e Rio de Janeiro por meio de uma linha luminosa quase 
contínua, acompanhando o traçado da Via Dutra – SP. Imagem de 
2013.
1. (UEPB) Escreva ( V ) ou ( F ) para as proposições que 
tratam do processo da urbanização brasileira. 
( ) A política urbana permanece setorializada: não há 
integração eficiente entre políticas habitacionais, 
programas de infraestrutura e serviços urbanos. 
( ) O modelo socioterritorial de segregação contribuiu 
durante anos para a produção de cidades excluden-
tes e insustentáveis do ponto de vista econômico, 
social e ambiental. 
( ) Para atender a demanda por moradia, bairros vão 
surgindo cada vez mais distantes das áreas centrais 
e zonas industriais, levando a população a enfrentar, 
diariamente, horas no deslocamento entre moradia x 
trabalho x moradia. 
( ) Nas grandes metrópoles, muitas favelas já passam 
por um processo de verticalização, por falta de es-
paço para aumentar a área habitada. O preço pela 
venda da laje já chega aos 30 mil reais, pelo direito 
de construir e usar a parte superior da casa. 
( ) Para os setores da economia, o solo urbano não é 
considerado espaço, mercadoria e gerador de lucros. 
 A alternativa que apresenta a sequência correta é: 
a) V – F – F – F – F 
b) V – V – V – F – F 
X c) V – V – V – V – F 
d) F – F – V – V – V 
e) V – F – V – E – V 
2. (UECE) Atente à seguinte descrição: “Situado entre os 
estados de São Paulo e Rio de Janeiro, interliga as duas 
principais regiões metropolitanas do País, destacando os 
parques tecnológicos como, por exemplo, as indústrias 
aeroespaciais localizadas em São José dos Campos e a 
indústria siderúrgica em Volta Redonda”.
 A descrição acima refere-se à/ao:
a) Vale do Rio dos Sinos.
b) Baixada Santista.
X c) Vale do Paraíba.
d) Serra dos Órgãos.
3. (UEPB) Observe a lista das dez maiores cidades do 
mundo relacionadas aos países de origem. 
Cidade População País de origem
Xangai 13.831.900 China
Bombaim 13.830.884 Índia
Karachi 12.991.000 Paquistão
Deli 12.565.901 Índia
Istambul 12.517.664 Turquia
São Paulo 11.316.149 Brasil
Moscou 10.563.038 Rússia
Seul 10.464.051 Coreia do Sul
Pequim 10.123.000 China
Jacarta 9.588.198 Indonésia
 Com base na leitura da tabela podemos afirmar: 
 I. A formação de grandes centros urbanos está asso-
ciada ao processo de industrialização clássica que foi 
capaz de atrair a população camponesa para as cida-
des industriais.
NA
SA
26 Livro de Revisão 2
Geografia
 II. A maioria dos maiores centros urbanos do planeta são 
hoje hipertrofiados, marcados pela pobreza, o desem-
prego, a saturação dos serviços públicos e a precarie-
dade na qualidade de vida, tendo em vista o grau de 
desenvolvimento dos países onde se encontram.
 III. O crescimento das cidades em todo o mundo deve-
-se à atração que estas exerceram pela grande oferta 
de empregos nas indústrias e nos serviços especia-
lizados, bem como pelas conquistas históricas da 
melhoria no atendimento dos serviços públicos e da 
qualidade de vida. 
 IV. O processo de metropolização tornou-se mais intenso 
nos países subdesenvolvidos, onde a má distribuição 
da renda entre cidade-campo, entre outras questões 
agrárias, provoca o êxodo rural. 
 Estão corretas apenas as proposições: 
X a) II e IV 
b) l e II 
c) I, III e IV 
d) Il, lII e IV 
e) I e IV 
4. (FUVEST – SP) 
 Sobre as 20 aglomerações urbanas mais populosas do 
mundo, conforme gráfico, é correto afirmar: 
X a) A maioria delas se encontra na Ásia, e, dentre estas, 
predominam as localizadas em países com econo-
mias desenvolvidas ou em desenvolvimento. 
b) Mais de 50% delas encontram-se em países desen-
volvidos, com alto PIB e alta distribuição de renda. 
c) 50% delas estão localizadas na América Latina, em 
países subdesenvolvidos e pouco industrializados. 
d) 25% delas estão em países da Europa Oriental, em 
que há boa distribuição de renda e serviços públicos 
essenciais gratuitos. 
e) O segundo maior número dessas aglomerações 
encontra-se em países da África, os quais se caracte-
rizam por baixo IDH. 
5. (UNICAMP – SP) 
O processo contemporâneo de metropolização 
doespaço e a grande metamorfose que vêm ocor-
rendo em algumas metrópoles têm significado 
mudanças territoriais expressivas. Há intensifica-
ção e multiplicidade de fluxos de pessoas, mer-
cadorias e informações, bem como crescimento 
do número de cidades conurbadas, onde não se 
distingue muito bem, na continuidade da imensa 
área construída, o limite municipal de cada uma 
delas. Tanto em São Paulo, por exemplo, como 
na Cidade do México, em Buenos Aires ou em 
Santiago, vamos encontrar a manifestação desse 
momento mais avançado da urbanização. 
(Adaptado de Sandra Lencioni, A metamorfose de São Paulo: o 
anúncio de um novo mundo de aglomerações difusas. Revista 
Paranaense de Desenvolvimento, Curitiba, n. 120, p. 133-148, jan./jun. 
2011.) 
 Tendo em vista a metrópole contemporânea, é correto 
afirmar que se trata de uma:
X a) única aglomeração, mas dispersa e fragmentada, 
onde fluxos imateriais regem um conjunto diferen-
ciado de lugares.
b) única aglomeração, pois é compacta e coesa, onde 
fluxos imateriais regem um conjunto diferenciado de 
lugares.
c) metrópole compacta e coesa, organizada exclusi-
vamente por uma estrutura hierárquica de fluxos 
imateriais.
d) metrópole dispersa e fragmentada, organizada exclu-
sivamente por uma estrutura hierárquica de fluxos 
materiais.
27
8. Formação do território e organização 
espacial urbana do Brasil 
Entre 1549, ano em que foi fundada, e 1763, Salvador foi a capital da Colônia. Por muito tempo, foi também a mais 
populosa entre as cidades brasileiras. Sua localização estratégica dava-se em razão da lógica mercantilista, que definia as 
atribuições econômicas da Colônia a serviço da Metrópole. As vilas e as cidades pioneiras do Brasil Colonial fundadas até 
o fim do século XVI eram todas costeiras, com exceção de São Paulo. A descoberta de ouro, diamante e pedras preciosas, 
principalmente a partir do fim do século XVII, motivou a fundação de outras vilas (que posteriormente se tornaram cida-
des) mais interioranas. 
BRASIL: economia do século XVIII
Ta
lit
a 
Ka
th
y 
Bo
ra
Fonte: ATLAS histórico escolar. Rio de Janeiro: MEC/Fename, 1973. p. 24. Adaptação.
Em 1763, por estar mais próximo e, portanto, ter posição estratégica em relação ao controle de extração e transporte 
do ouro a ser embarcado rumo a Portugal, o Rio de Janeiro passava a ser a capital da Colônia.
A expansão da cafeicultura durante os séculos XIX e XX, pelo Sudeste, confirmou a relação entre a prosperidade da 
atividade econômica e a urbanização. A marcha do café, durante esse período, foi derrubando florestas, criando fazendas, 
cidades e ferrovias. 
28 Livro de Revisão 2
Geografia
A construção de Brasília e a consequente 
transferência da capital do país para o Cerrado, 
em 1960, deram novo ânimo ao povoamento, à 
urbanização e ao desenvolvimento agropecuá-
rio da Região Centro-Oeste. 
Já na Amazônia, enquanto as cidades mais 
antigas foram criadas às margens de seus 
grandes rios, as cidades fundadas ao fim do 
século XX, principalmente nas margens sul 
e leste da região, originaram-se próximo às 
rodovias.
A formação de novos polos industriais, 
a partir da década de 1970, contribuiu para 
a expansão de aglomerações urbanas nas 
regiões Sul, Nordeste e Norte do país, ao 
mesmo tempo que reduziu o fluxo migratório 
destinado ao Rio de Janeiro e, principalmente, 
a São Paulo. Mesmo com o gradativo processo 
de povoamento e formação de cidades pelo 
interior do país, a concentração demográfica e 
urbana se dá, visivelmente, na faixa oriental do 
território brasileiro.
BRASIL: densidade demográfica (2010) 
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro, p. 114. Adaptação.
Ta
lit
a 
Ka
th
y 
Bo
ra
Redes urbanas do Brasil 
Uma rede urbana se manifesta por meio dos fluxos de bens e serviços entre as cidades e pela capacidade de emissão 
de decisões em determinada região, o que é denominado de gestão territorial. 
Segundo o IBGE (2007), as redes urbanas do Brasil estruturam-se em quatro grandes níveis: metrópoles, capitais regio-
nais, centros sub-regionais e centros de zona.
Em 2014, cerca de 90 milhões de brasileiros (aproximadamente 44% da população nacional) viviam nas 25 principais 
regiões metropolitanas do país. 
Regiões metropolitanas são agrupamentos de municípios contíguos e integrados socioeconomicamente a um 
município-núcleo, apresentando serviços públicos e infraestrutura comuns.
Assim, com o desenvolvimento da cafeicultura, São Paulo cresceu exponencialmente em importância econômica e em 
quantidade de população. Ao acumular capital, muitos dos investidores da cafeicultura, ligados ao comércio internacional 
do produto, passaram a investir na instalação de indústrias no município paulista. Em meados do século XX, com a expan-
são do setor industrial e de serviços, São Paulo e Rio de Janeiro, as duas maiores cidades brasileiras, recebiam anualmente 
milhares de migrantes das diferentes regiões do país.
29
BRASIL: rede urbana (2007) 
Lu
ci
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Da
ni
el
 Tu
lio
Fonte: IBGE. Regiões de influência das cidades. 2008. p. 12. Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/
livros/liv40677.pdf>. Acesso em: 3 mar. 2016.
Planejamento urbano, plano diretor e Estatuto da Cidade
Planejamento urbano é um processo de criação e de desenvolvimento de soluções cujo intuito é melhorar a quali-
dade de determinados espaços e estruturas da cidade e, por vezes, revitalizá-los. De acordo com a Constituição Federal 
de 1988, tornou-se obrigatória a existência de um plano diretor, ou seja, um conjunto de leis que define diretrizes para o 
desenvolvimento socioeconômico e a preservação ambiental, regulamentando o uso do solo e a ocupação do território 
nos municípios com população superior a 20 mil habitantes. 
30 Livro de Revisão 2
Geografia
Em 2001, por meio do Estatuto da Cidade, foram estabelecidas normas de ordem pública e interesse social que regu-
lam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, além do equilíbrio 
ambiental.
Segregação socioespacial urbana 
As diferenças no espaço urbano podem ser observadas, por exemplo, na coexistência, muitas vezes próxima fisicamente, 
de condomínios fechados de luxo e aglomerados subnormais. Aglomerados subnormais são conjuntos habitacionais que se 
caracterizam pela irregularidade de suas vias de circulação e pelo tamanho e pela forma dos lotes, além da carência de ser-
viços públicos. Muitos deles encontram-se em condição de vulnerabilidade social e ambiental (como os que se formam em 
encostas de elevada declividade, em fundos de vale, em áreas próximas a depósitos de lixo, entre outros). 
1. (ENEM) 
O processo de concentração urbana no Brasil 
em determinados locais teve momentos de maior 
intensidade e, ao que tudo indica, atualmente 
passa por uma desaceleração no ritmo de cresci-
mento populacional nos grandes centros urbanos.
BAENINGER, R. Cidades e metrópoles: a desaceleração no crescimento 
populacional e novos arranjos regionais. Disponível em: <www.
sbsociologia.com.br>. Acesso em: 12 dez. 2012 (adaptado).
 Uma causa para o processo socioespacial mencionado 
no texto é o (a):
a) carência de matérias-primas.
b) degradação da rede rodoviária.
c) aumento do crescimento vegetativo.
d) centralização do poder político.
X e) realocação da atividade industrial.
2. (UFPI) O Censo (IBGE, 2010) mostrou que a população 
do Brasil é mais urbanizada que há 10 anos: em 2000, 
81% dos brasileiros viviam em áreas urbanas, agora são 
84%. Sobre o processo de urbanização no país, marque 
a opção correta. 
a) O processo de urbanização implica intensas migra-
ções urbano-rurais, multiplicando os problemas de 
emprego e moradia, principalmente nas metrópoles. 
X b) As desigualdades no ritmo de urbanização refletem as 
disparidades econômicas regionais e a inserção dife-
renciada de cada região na economia nacional. 
c) O elevado crescimento da população urbana repre-
senta um estágio avançado de modernização tec-nológica e industrial presente em todas as regiões 
brasileiras. 
d) As regiões Sudeste e Norte são as mais populosas do 
Brasil. 
e) A minoria da população economicamente ativa bra-
sileira que vive nos grandes centros urbanos está 
empregada na indústria, no comércio e nos serviços. 
3. (FUVEST – SP) 
O processo de industrialização que se efetivou 
em São Paulo a partir do início do século XX foi o 
indutor do processo de metropolização. A partir 
do final dos anos 1950, a concentração da estru-
tura produtiva e a centralização do capital em São 
Paulo foram acompanhadas de uma urbanização 
contraditória que, ao mesmo tempo, absorvia as 
modernidades possíveis e expulsava para as pe-
riferias imensa quantidade de pessoas que, na 
impossibilidade de viver o urbano, contraditoria-
mente, potencializavam a sua expansão. Assim, 
desde 1960 a 1980, a expansão da metrópole 
caracterizou-se também pela intensa expansão de 
sua área construída, marcadamente fragmentada 
e hierarquizada. Esse processo se constituiu em 
um ciclo da expansão capitalista em São Paulo 
marcada por sua periferização.
Isabel Alvarez. Projetos Urbanos: alianças e conflitos na reprodução da 
metrópole. Disponível em: <http://gesp.fflch.usp.br/files/02611.pdf.>. 
Acessado em 10/08/2015. Adaptado.
31
 Com base no texto e em seus conhecimentos, é correto 
afirmar:
X a) O processo que levou à formação da metrópole pau-
listana foi dual, pois, ao trazer modernidade, trouxe 
também segregação social.
b) A cidade de São Paulo, no período entre o final 
da Segunda Guerra Mundial e os anos de 1980, 
conheceu um processo intenso de desconcentração 
industrial.
c) A periferia de São Paulo continua tendo, nos dias de 
hoje, um papel fundamental de eliminar a fragmenta-
ção e a hierarquização espacial.
d) A periferização, em São Paulo, cresceu com ritmo 
acelerado até os anos de 1980, e, a partir daí, estag-
nou, devido à retração de investimentos na metrópole.
e) A expansão da área construída da metrópole, na 
década de 1960, permitiu, ao mesmo tempo, ampliar 
a mancha urbana e eliminar a fragmentação espacial.
4. (UFT – TO) O crescimento e o desenvolvimento do Brasil 
impulsionaram o surgimento de diversas cidades. O 
processo de urbanização, no Brasil, ocorreu de maneira 
rápida e desordenada, ao longo do século XX, mas não 
ocorreu de forma homogênea. 
 Sobre a relação entre a urbanização e a população bra-
sileira é correto afirmar:
a) A urbanização da região Sudeste foi impulsionada 
pela fundação de Brasília e pela transferência da capi-
tal para o Distrito Federal.
b) No Nordeste, a urbanização permanece lenta e a 
população rural ainda é superior à população urbana, 
com exceção de Salvador, Fortaleza e Recife.
c) A região Norte apresenta estrutura agrária baseada na 
agricultura familiar e de subsistência e a população é 
majoritariamente rural, com exceção da região metro-
politana de Belém.
X d) A região Sul tinha estrutura agrária baseada na pro-
priedade familiar, entretanto, nas últimas décadas, a 
mecanização acelerada impulsionou o êxodo rural e 
modificou as características urbanas e populacionais 
dos três estados da região.
e) O Centro-Oeste, apesar de massivos investimentos na 
agricultura tecnológica, ainda apresenta padrão agrá-
rio de pequenas propriedades, com predomínio de 
população rural, com exceção das cidades da região 
metropolitana de Goiânia, que possuem população 
urbana superior à rural.
5. (UFPR) Em recente estudo, o IBGE (Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística), com base em metodologia espe-
cífica e analisando a distribuição, no espaço nacional, de 
variáveis relacionadas à gestão pública e à gestão pri-
vada, definiu os centros de gestão do território brasileiro. 
A tabela a seguir representa uma síntese dos resultados 
obtidos, com a classificação dos municípios por níveis de 
centralidade.
Brasil: distribuição dos municípios por 
níveis de centralidade, 2014
Nível de centralidade Número de municípios
1 2
2 1
3 6
4 11
5 84
6 153
7 251
8 718
9 978
(Fonte: IBGE, 2014. Disponível: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/redes_e_
fluxos_do_territorio/gestao_do_territorio_2014.pdf> Acesso em 17 
set. 2015) 
 Considerando os conhecimentos de geografia urbana e 
sabendo que no nível 1 de centralidade de gestão encon-
tram-se São Paulo e Brasília; no 2, Rio de Janeiro; e no 
3, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife 
e Fortaleza, assinale a alternativa correta.
a) Os municípios classificados no nível 1 de centralidade 
da gestão do território brasileiro demonstram corres-
pondência direta entre centralidade de gestão e tama-
nho demográfico.
b) O nível de centralidade dos municípios é construído 
usando-se como parâmetros três informações funda-
mentais: o tamanho do PIB, a densidade demográfica 
e os fluxos que a cidade estabelece dentro do seu 
respectivo estado.
c) A centralidade de gestão exercida por São Paulo e 
Brasília explica-se pelo desempenho industrial dessas 
metrópoles no território nacional.
d) Os níveis de centralidade de gestão apresentados na 
tabela abarcam o total dos municípios brasileiros.
X e) Os três primeiros níveis da hierarquia mostram que há 
desequilíbrio entre as cinco grandes regiões brasilei-
ras na distribuição geográfica dos municípios consi-
derados como centros de gestão do território.
32 Livro de Revisão 2
Geografia
9. Questões socioambientais nos espaços urbanos 
Ecologia das metrópoles 
Em uma aglomeração urbana, a concentração de gases poluentes sobre as áreas centrais e industriais pode trazer 
como consequência temperaturas mais elevadas do que nas áreas periféricas e mais arborizadas. Esse fenômeno climático 
urbano é chamado de ilha de calor.
A inversão térmica é um fenômeno natural e ocorre 
quando uma massa de ar mais frio se posiciona abaixo 
de uma massa de ar mais quente. Nesse caso, o ar mais 
frio não consegue se elevar nem se dissipar. Nos ambien-
tes urbanos, a inversão térmica pode trazer transtornos à 
saúde da população, por concentrar próximo à superfície, 
por algum tempo, gases poluentes emitidos por chaminés 
de fábricas ou pelo escapamento de veículos.
Outras alterações no microclima urbano:
 • formação de smog, um tipo de neblina ou de mate-
rial particulado em suspensão, decorrente da con-
densação de poluentes; 
 • menor quantidade de radiação solar;
 • aumento no volume de chuvas;
 • redução na intensidade dos ventos;
 • aumento na formação de núcleos de condensação: nevoeiros e neblinas.
Mudanças no ciclo hidrológico urbano 
A impermeabilização dos solos urbanos produz uma série de alterações no ciclo hidrológico, como: 
 • redução na infiltração da água no solo e subsolo;
 • aumento no escoamento superficial da água;
 • diminuição da recarga para as águas subterrâneas.
Além da impermeabilização dos solos e do aumento do volume de chuvas ocasionados pela ilha de calor, a poluição dos 
rios urbanos, com seus leitos assoreados e, ainda, a ineficiência dos sistemas de escoamentos por bueiros e galerias subterrâ-
neas causam sérios problemas socioambientais em muitas áreas urbanas, por exemplo, as enchentes e as inundações.
Erosão nas encostas urbanas
A combinação de altos índices de pluviosidade e topografia irregu-
lar, com encostas de elevada declividade, comum principalmente no 
Sudeste do Brasil no verão e em outros países tropicais, causa desliza-
mentos de terras ou movimentos de massa, os quais frequentemente 
provocam tragédias. Os desastres se tornam mais recorrentes com a 
expansão urbana descontrolada e a remoção da cobertura vegetal, 
que é essencial para dar maior estabilidade às encostas. O material 
sólido que desce das áreas mais inclinadas tende a assorear córre-
gos, rios, lagos, represas, provocando ou intensificando enchentes e 
Circulação atmosférica urbana
Fonte: CONTI, José Bueno. Clima e meio ambiente. São Paulo: Atual, 
1998. p. 43.
área centraláreas periféricas áreas periféricas
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