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Infrações Penais
APRESENTAÇÃO
Quando você compra algo, a empresa que está realizando a venda tem responsabilidade de 
garantir que o negócio seja correto. Toda vez que ela não cumprir com as regras do negócio, 
estará sujeita a infrações. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) regulamenta, nos artigos 
61 até 80, as infrações penais que constituem crime contra as relações de consumo. 
Nesta Unidade de Aprendizagem você vai identificar as condutas consideradas crimes contra as 
relações de consumo e suas respectivas penalidades. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os crimes contra a relação de consumo.•
Aplicar as sanções tipificadas ao caso concreto.•
Determinar a responsabilidade penal da pessoa jurídica.•
DESAFIO
Cássio deixou uma máquina fotográfica para orçamento na loja de Paulo. Depois de alguns dias, 
Paulo telefonou para Cássio e informou que o produto não tinha defeito grave, sendo que uma 
limpeza resolveria o problema. O prazo para conclusão do trabalho seria de dois dias.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
INFOGRÁFICO
Veja no infográfico os artigos no CDC que determinam as condutas de crime contra o 
consumidor.
Clique em cada artigo para conhecer seu conteúdo.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
CONTEÚDO DO LIVRO
Leia o capítulo Infrações Penais do livro "Direito do Consumidor" para conhecer mais sobre as 
infrações penais que constituem crime contra as relações de consumo.
Boa leitura!
Conteúdo:
DIREITO DO 
CONSUMIDOR
Gustavo 
Santanna 
INFRAÇÕES 
PENAIS
4
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
• Identificar os crimes contra a relação de consumo.
• Aplicar as sanções tipificadas ao caso concreto.
• Determinar a responsabilidade penal da pessoa jurídica.
INTRODUÇÃO
Quando você compra algo, a empresa que está realizando a venda tem 
responsabilidade de garantir que o negócio seja correto. Toda vez que ela 
não cumprir com as regras do negócio, estará sujeita a infrações. O Código 
de Defesa do Consumidor (CDC) regulamentou, entre os artigos 61 ao 80, as 
infrações penais que constituem crime contra as relações de consumo.
Nesta Unidade de Aprendizagem você vai identificar as condutas consideradas 
crimes contra as relações de consumo e suas respectivas penalidades.
DAS INFRAÇÕES PENAIS
O Código de Defesa do Consumidor separou o Título II exclusivamente para 
tratar das infrações penais no tocante às relações de consumo. Percebe-
se que o bem jurídico tutelado pelo direito penal do consumidor foram 
as relações de consumo. Relações de consumo, de acordo com Leonardo 
Roscoe Bessa (2014, p. 462), significa: “perspectiva e visão coletiva do 
ambiente de produção, distribuição e comercialização de produtos e serviços, 
possui sentido de modelo ideal de mercado pautado pela honestidade, 
lealdade, transparência (boa-fé objetiva), respeito aos interesses existenciais 
e materiais do consumidor, parte vulnerável da relação jurídica.”
Já no primeiro artigo, 61, o CDC considerou crime contra as relações de 
consumo não somente as condutas tipificadas nos artigos do CDC, mas 
também em outras leis especiais e no Código Penal. Assim, já podemos 
concluir de antemão, que os crimes elencados no CDC não são exaustivos. 
Como exemplo, pode-se citar o artigo 7º da Lei nº 8.137/90, que define os 
crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo:
seriam instituidores de um “dever” de adotar determinados comportamentos 
(ÁVILA, 2009, p. 80). Ainda que intimamente ligado aos “valores”, com estes 
5
não se confundem porque os princípios situam-se no plano deontológico, 
enquanto que os valores estão no plano axiológico.
Art. 7° Constitui crime contra as relações de consumo:
I - favorecer ou preferir, sem justa causa, comprador ou freguês, ressalvados 
os sistemas de entrega ao consumo por intermédio de distribuidores ou 
revendedores;
II - vender ou expor à venda mercadoria cuja embalagem, tipo, especificação, 
peso ou composição esteja em desacordo com as prescrições legais, ou 
que não corresponda à respectiva classificação oficial;
III - misturar gêneros e mercadorias de espécies diferentes, para vendê-
los ou expô-los à venda como puros; misturar gêneros e mercadorias 
de qualidades desiguais para vendê-los ou expô-los à venda por preço 
estabelecido para os demais a mais alto custo;
IV - fraudar preços por meio de:
a) alteração, sem modificação essencial ou de qualidade, de elementos 
tais como denominação, sinal externo, marca, embalagem, especificação 
técnica, descrição, volume, peso, pintura ou acabamento de bem ou 
serviço;
b) divisão em partes de bem ou serviço, habitualmente oferecido à venda 
em conjunto;
c) junção de bens ou serviços, comumente oferecidos à venda em separado;
d) aviso de inclusão de insumo não empregado na produção do bem ou na 
prestação dos serviços;
V - elevar o valor cobrado nas vendas a prazo de bens ou serviços, mediante 
a exigência de comissão ou de taxa de juros ilegais;
VI - sonegar insumos ou bens, recusando-se a vendê-los a quem pretenda 
comprá-los nas condições publicamente ofertadas, ou retê-los para o fim 
de especulação;
VII - induzir o consumidor ou usuário a erro, por via de indicação ou 
afirmação falsa ou enganosa sobre a natureza, qualidade do bem 
ou serviço, utilizando-se de qualquer meio, inclusive a veiculação ou 
divulgação publicitária;
VIII - destruir, inutilizar ou danificar matéria-prima ou mercadoria com o 
fim de provocar alta de preço, em proveito próprio ou de terceiros;
6
IX - vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer 
forma, entregar matéria-prima ou mercadoria em condições impróprias ao 
consumo;
Pena - detenção de 2 (dois) a 5 (cinco) anos ou multa.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II, III e IX pune-se a modalidade 
culposa, reduzindo-se a pena e a detenção de 1/3 (um terço) ou a de multa 
à quinta parte.
De acordo com Leonardo de Medeiros Garcia (2015, p. 460), as condutas 
trazidas pelo Código Consumerista constituem “crimes de perigo”, uma vez 
que bastaria a simples manifestação da conduta para caracterizar a ilicitude, 
não se necessitando, assim, da ocorrência do efetivo dano ao consumidor.
Não se deve esquecer que o fato de o fornecedor responder na 
esfera penal, não se exclui a sua responsabilização nas esferas 
civil e administrativa.
FIQUE
ATENTO
De acordo com o artigo 12 do Código Penal, as suas regras gerais devem ser 
aplicadas aos fatos tipificados nas leis especiais (como é o caso do CDC) se 
não houver disposição de modo diverso. Como não há disposição em sentido 
contrário a essa no Código Consumerista, a ele se aplicam todas as regras 
gerais do Código Penal. 
Começar-se-á trabalhando as regras que se aplicam a todos os tipos penais 
do CDC, para, após, trabalhar-se detalhadamente os crimes em espécie.
DO CONCURSO DE PESSOAS, CIRCUNSTÂNCIAS 
AGRAVANTES, PENAS E PROCESSO PENAL
O artigo 75 da Lei nº 8.078/90 estabelece regra referente ao concurso de 
pessoas, semelhante aos artigos 29 a 31 do Código Penal, então vejamos:
7
Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer para os crimes referidos neste 
código, incide as penas a esses cominadas na medida de sua culpabilidade, 
bem como o diretor, administrador ou gerente da pessoa jurídica que 
promover, permitir ou por qualquer modo aprovar o fornecimento, oferta, 
exposição à venda ou manutenção em depósito de produtos ou a oferta e 
prestação de serviços nas condições por ele proibidas.
Ainda que de semelhante redação dada ao artigo 11 da Lei nº 8.137/90, 
a reponsabilidade estabelecida no artigo 75 do CDC aos diretores, 
administradores ou gerentes da pessoa jurídica é subjetiva, ou seja, deve ser 
efetivamente medida a sua culpabilidade. 
Já no artigo 76, o Código Consumerista apresentou o que lhe era considerado 
passível de agravar os crimesnele tipificados: 
Art. 76. São circunstâncias agravantes dos crimes tipificados neste código:
I - serem cometidos em época de grave crise econômica ou por ocasião de 
calamidade;
II - ocasionarem grave dano individual ou coletivo;
III - dissimular-se a natureza ilícita do procedimento;
IV - quando cometidos:
a) por servidor público, ou por pessoa cuja condição econômico-social seja 
manifestamente superior à da vítima;
b) em detrimento de operário ou rurícola; de menor de dezoito ou maior de 
sessenta anos ou de pessoas portadoras de deficiência mental interditadas 
ou não;
V - serem praticados em operações que envolvam alimentos, 
medicamentos ou quaisquer outros produtos ou serviços essenciais.
Como bem aponta Antonio Herman Benjamin (BENJAMIN, MARQUES, 
MIRAGEM, 2010, p. 1.286), as circunstâncias agravantes são determinadas 
características de uma conduta criminosa que reforçam seu caráter 
antijurídico e têm o objetivo de estabelecer critérios para acréscimo da pena-
base do tipo. 
O conceito de servidor público trazido no artigo IV, “a” de fato deve ser 
lido como “agente público”, ou seja, “todas as pessoas físicas, legalmente 
8
investidas que, de algum modo, exercem a função estatal (pública) de maneira 
definitiva ou transitória, independentemente do vínculo que possuem com o 
Estado” (SANTANNA, 2015, p. 223).
Observa Bruno Miragem (2014, p. 825) que as agravantes constantes 
no Código Penal (artigo 61) devem, também, ser reconhecidas nos casos 
tipificados no CDC, como a reincidência, por exemplo. Ainda que o CDC não 
tenha previsto circunstâncias atenuantes, devem ser consideradas aquelas 
estabelecidas no artigo 65 do Código Penal.
A pena pecuniária deve ser fixada em dias-multa, correspondente 
ao mínimo e ao máximo de dias de duração da pena privativa da 
liberdade cominada ao crime. Na individualização desta multa, o 
juiz também deve observar que a multa pode ser aumentada até o 
triplo, se considerar que, em virtude da situação econômica do réu, 
é ineficaz, embora aplicada no máximo.
FIQUE
ATENTO
Pelo artigo 78 do CDC, além das penas privativas de liberdade e de multa, 
podem ser impostas, cumulativa ou alternadamente, observado o disposto 
nos arts. 44 a 471, do Código Penal: I - a interdição temporária de direitos; 
1 Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de 
liberdade quando: 
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for 
cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, 
se o crime for culposo;
II – o réu não for reincidente em crime doloso; 
III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, 
bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. 
§ 1º vetado. 
§ 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou 
por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade 
pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de 
direitos. 
9
§ 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face 
de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se 
tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. 
§ 4o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer 
o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de 
liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, 
respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. 
§ 5o Sobrevindo condenação à pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da 
execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la, se for possível ao 
condenado cumprir a pena substitutiva anterior. 
Conversão das penas restritivas de direitos
Art. 45. Na aplicação da substituição prevista no artigo anterior, proceder-se-á na forma 
deste e dos arts. 46, 47 e 48. 
§ 1o A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus 
dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada 
pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) 
salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em 
ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários.
§ 2o No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do beneficiário, a prestação 
pecuniária pode consistir em prestação de outra natureza. 
§ 3o A perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar-se-á, ressalvada a 
legislação especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto 
– o que for maior – o montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou 
por terceiro, em consequência da prática do crime. 
§ 4o Vetado.
Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas
Art. 46. A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às 
condenações superiores a seis meses de privação da liberdade. 
§ 1o A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste na atribuição 
de tarefas gratuitas ao condenado. 
§ 2o A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais, 
escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou 
estatais. 
§ 3o As tarefas a que se refere o § 1o serão atribuídas conforme as aptidões do condenado, 
devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia de condenação, fixadas de 
modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho. 
§ 4o Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a 
pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de 
liberdade fixada.
Interdição temporária de direitos 
Art. 47 - As penas de interdição temporária de direitos são: 
I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato 
eletivo; 
II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação 
especial, de licença ou autorização do poder público;
III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo;
IV – proibição de frequentar determinados lugares; 
V - proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou exame públicos.
10
II- a publicação em órgãos de comunicação de grande circulação ou audiência, 
às expensas do condenado, de notícia sobre os fatos e a condenação; III - 
a prestação de serviços à comunidade. Há discussão na doutrina se as 
penas previstas no artigo 78 seriam autônomas ou não. A discussão surgiu 
porque o Código Penal foi alterado após a publicação do CDC e os artigos 44 
a 47 passaram a estabelecer penas alternativas. Antonio Herman Benjamin 
(BENJAMIN, MARQUES, MIRAGEM, 2013, p. 1.289) as considera como 
alternativas ou acessórias (não autônomas) em relação às penas estabelecidas 
nos tipos penais, ou seja, o juiz, além das penas estabelecidas nos tipos, 
acrescentaria as do artigo 78. É o que defende também, Leonardo Roscoe 
Bessa (2014, p. 495): “não são autônomas, como estabelece a regra geral do 
artigo 44 do CP. Ou seja, neste aspecto, o CDC abre exceção à sistemática dos 
arts. 43 a 48 do Código Penal”. Já Bruno Miragem (2014, p. 825) prefere deixar 
a critério do juiz estabelecer se se trata de pena alternativa ou acessória 
(aplicando-se cumulativamente às penas fixadas nos tipos do CDC).
A fiança é exigível para fins de admissão de livramento condicional do acusado 
(liberdade provisória), preso em flagrante, até a prolação da sentença. As 
condições legais para a concessão da liberdade provisória estão previstas 
entre os artigos 321 a 350 do Código de Processo Penal. Percebe-se que o 
CDC somente tratou unicamente do valor da fiança, e não de seus requisitos 
(BENJAMIN, MARQUES, BESSA, 2014, p. 496), ao estipular no artigo 79 que:
Art. 79. Ovalor da fiança, nas infrações de que trata este código, será 
fixado pelo juiz, ou pela autoridade que presidir o inquérito, entre cem e 
duzentas mil vezes o valor do Bônus do Tesouro Nacional (BTN), ou índice 
equivalente que venha a substituí-lo.
Parágrafo único. Se assim recomendar a situação econômica do indiciado 
ou réu, a fiança poderá ser:
a) reduzida até a metade do seu valor mínimo;
b) aumentada pelo juiz até vinte vezes.
Com a extinção do BTN, em 1991, pela Lei nº 8.177/91, utiliza-se a TR 
com índice de correção monetária (BENJAMIN, MARQUES, BESSA, 2014, p. 
496). 
Por fim, o artigo 80 do Código de Defesa do Consumidor apresenta como 
novidade os legitimados para intervir como assistentes do Ministério Público 
nas ações penais, bem como para propor ação penal subsidiária, quais sejam:
11
• as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda 
que sem personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos 
interesses e direitos protegidos por este código;
• as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que 
incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos 
protegidos por este código, dispensada a autorização assemblear.
A importância dada pelo artigo 80 a esses órgãos e entidades deve-se ao 
fato de sua especialização e possibilidade de oferecer subsídios à atuação 
do Ministério Público (MIRAGEM, 2014, p. 825). Compete à Justiça Estadual 
processar e julgar os crimes e as ações penais que tenham por objeto as 
relações de consumo.
OS CRIMES EM ESPÉCIE TIPIFICADOS NO CDC
O sujeito ativo dos crimes é o fornecedor (conceituado no artigo 3º do CDC), 
enquanto o sujeito passivo é o consumidor individual ou a coletividade de 
consumidores. Como bem aponta Antonio Herman Benjamin (BENJAMIN, 
MARQUES, MIRAGEM, 2010, p. 1.214), os tipos penais previstos no Código 
de Defesa do Consumidor possuem função eminentemente preventiva em 
razão do perigo presumido que carregam. Esse mesmo autor (BENJAMIN, 
MARQUES, MIRAGEM, 2013, p. 1.215-1.217) classifica os crimes de 
consumo em próprios e impróprios. Os primeiros são um conjunto de delitos 
que amparam direta e imediatamente o consumidor. Os segundos não são 
voltados para o consumidor e fornecedor, mas, de alguma forma, pode afetar 
a relação de consumo.
O primeiro crime tipificado no Código de Defesa do Consumidor vem previsto 
no artigo 63:
Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou 
periculosidade de produtos, nas embalagens, nos invólucros, recipientes 
ou publicidade:
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
§ 1° Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de alertar, mediante 
recomendações escritas ostensivas, sobre a periculosidade do serviço a 
ser prestado.
§ 2° Se o crime é culposo:
Pena - Detenção de um a seis meses ou multa.
12
Crime omissivo que admite a modalidade culposa, protege o direito básico à 
informação dos consumidores. Cuida-se de crime de mera conduta (perigo 
abstrato), pois o tipo se perfectibiliza, independentemente do dano concreto. 
Destaca Leonardo Roscoe Bessa (2014, p. 475): “o tipo penal evidencia a 
importância que o CDC confere à tutela da saúde e segurança (incolumidade 
psicofísica) dos destinatários dos produtos”. 
Segundo o artigo 64 do CDC, é crime: “deixar de comunicar à autoridade 
competente e aos consumidores a nocividade ou periculosidade de produtos 
cujo conhecimento seja posterior à sua colocação no mercado”, cuja pena é 
de detenção de seis meses a dois anos e multa. Incorre nas mesmas penas 
quem deixar de retirar do mercado, imediatamente quando determinado pela 
autoridade competente, os produtos nocivos ou perigosos. Trata-se de crime 
omissivo próprio, de mera conduta, mas que, ao contrário do artigo 63, não 
possui a modalidade culposa. Como não há previsão expressa quanto à forma 
como deva se dar a comunicação, admitir-se-ia através de meio impresso, 
rádio, televisão, internet, etc. (BENJAMIN, MARQUES, BESSA, 2014, p. 478). 
O crime existe em razão do dever capitulado no artigo 10, § 1º do CDC. Difere, 
substancialmente, do artigo 63, porque este se destina a informar no próprio 
produto (embalagem, invólucro, recipientes ou publicidade). Antonio Herman 
Benjamin (BENJAMIN, MARQUES, MIRAGEM, 2010, p. 1.234) considera o 
parágrafo único, ou seja, a retirada do mercado, uma espécie de recall, que 
pode ser voluntário ou por determinação oficial.
O artigo 65, por sua vez, expõe que é crime:
Executar serviço de alto grau de periculosidade, contrariando determinação 
de autoridade competente:
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
Parágrafo único. As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das 
correspondentes à lesão corporal e à morte.
É crime comissivo, que tem como sujeito ativo o fornecedor do serviço 
com alto grau de periculosidade que contraria determinação de autoridade 
competente e como sujeito passivo a coletividade de consumidores e a 
Administração Pública (BENJAMIN, MARQUES, MIRAGEM, 2010, p. 1.237). 
De acordo com Bruno Miragem (2014, p. 812), o parágrafo único do artigo 65 
admite o concurso de crimes caso haja homicídio (artigo 212 do Código Penal) 
ou lesão corporal (artigo 129 do Código Penal). 
13
Interessante observação faz Leonardo Roscoe Bessa (BENJAMIN, MARQUES, 
BESSA, 2014, p. 480) ao identificar, numa primeira análise, contradição 
frente ao artigo 10, que veda colocar no mercado produto ou serviço com 
alto grau de nocividade ou periculosidade. Isso porque o artigo 65 criminaliza 
a contrariedade com a determinação da autoridade competente, e não 
propriamente o serviço ou produto. Assim, a interpretação que deve ser feita 
é de que o artigo 10 veda totalmente os produtos ou serviços de “altíssimo” 
grau de periculosidade.
O Código de Defesa do Consumidor criminaliza, no artigo 66, “fazer afirmação 
falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, 
característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, 
preço ou garantia de produtos ou serviços” com pena de detenção de três 
meses a um ano e multa. Ainda de acordo com o parágrafo 1º, incorre nas 
mesmas penas quem patrocinar a oferta. Enquadra-se nesse tipo penal toda 
“conduta promocional em que ausente o suporte publicitário, como técnicas 
de venda no próprio estabelecimento comercial, ou mesmo nas vendas porta 
a porta” (MIRAGEM, 2014, p. 813). Trata-se de crime de mera conduta, pois 
não é elementar do tipo a existência de prejuízo ou dano ao consumidor, 
bastando a afirmação falsa ou enganosa, que admite a modalidade culposa 
no parágrafo 2º (neste caso, com detenção de um a seis meses ou multa). 
De acordo com o artigo 67 do CDC, é considerado crime fazer ou promover 
publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva. A pena para 
esse crime é de detenção de três meses a um ano e multa. De acordo com o 
artigo 37 da Lei nº 8.078/90:
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de 
caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro 
modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a 
respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, 
origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
§ 2° É abusiva, dentre outras, a publicidade discriminatória de qualquer 
natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, 
se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, 
desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor 
a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
14
Novamente trata-se de crime de mera conduta, podendo ser sujeitos ativos 
do crime o fornecedor, o comerciante ou fabricante (anunciante), as pessoas 
físicas que agem pelo anunciante, pela agência ou pelo veículo responsável 
pela publicidade e o próprio veículo que difunde a publicidade (jornal, revista, 
televisão, etc.) (BENJAMIN, MARQUES, BESSA, 2014, p.484-485). Ainda 
que não expressamente previsto, Bruno Miragem (2014, p. 814) e Antonio 
Herman Benjamin (BENJAMIN, MARQUES, MIRAGEM, 2010, p. 1.259) 
admitem a modalidade culposa para o crime capitulado no artigo 67, quando 
coloca “deveria saber”. Contudo, os próprios autores referem que muitos 
doutrinadores (por eles, Leonardo Roscoe Bessa, 2014, p. 485) entendem 
que esta expressão remeteria ao “dolo eventual”, exatamente por não ter 
previsão expressa da modalidade culposa e porque, nesse caso, os crimes 
na modalidade dolosa e culposa teriam a mesma cominação da pena em 
abstrato, o que feriria o princípio da individualização da pena.
Os sujeitos ativos do crime do artigo 67 podem ser o anunciante, o 
publicitário e o próprio veículo difusor.
FIQUE
ATENTO
Pelo artigo 68, constitui conduta criminosa fazer ou promover publicidade 
que sabe ou deveria saber ser capaz de induzir o consumidor a se comportar 
de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. É crime com pena 
de detenção de seis meses a dois anos e multa. O legislador entendeu por 
criminalizar quem desrespeitar o artigo 37, § 2º, onde é considerada abusiva, 
dentre outras, a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite 
à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de 
julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que 
seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou 
perigosa à sua saúde ou segurança. A discussão com relação à expressão 
“deveria saber” é a mesma do artigo 67 (se modalidade de culpa ou dolo 
eventual).
Já o artigo 69 considera crime, punível com detenção de um a seis meses ou 
multa, deixar de organizar dados fáticos, técnicos e científicos que dão base à 
15
publicidade. Esse crime vem resguardar o artigo 36, parágrafo único do CDC, 
em que: “o fornecedor, na publicidade de seus produtos ou serviços, manterá 
em seu poder, para informação dos legítimos interessados, os dados fáticos, 
técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem”. Assim como o artigo 
68 é crime de mera conduta e o sujeito ativo do crime é o fornecedor. É crime 
omissivo, doloso e o sujeito passivo é toda a coletividade de consumidores. 
Segundo o artigo 70, é conduta criminosa empregar na reparação de produtos, 
peças ou componentes de reposição usados sem autorização do consumidor. 
A pena é de detenção de três meses a um ano e multa. Este artigo criminaliza 
a conduta apurada no artigo 21 do CDC em que, no fornecimento de serviços 
que tenham por objetivo a reparação de qualquer produto, considerar-se-á 
implícita a obrigação do fornecedor de empregar componentes de reposição 
originais, adequados e novos, ou que mantenham as especificações técnicas 
do fabricante, salvo, quanto a estes últimos, autorização em contrário do 
consumidor. O crime só se perfectibiliza se não houver a autorização do 
consumidor. É crime comissivo, formal (de perigo abstrato) e sem modalidade 
culposa. De acordo com Antonio Herman Benjamin (BENJAMIN, MARQUES, 
MIRAGEM, 2010, p. 1.270), o consentimento posterior retira a incriminação.
Outro crime exposto pelo CDC é do artigo 71:
Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento 
físico ou moral, afirmações falsas, incorretas ou enganosas ou de qualquer 
outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a 
ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer.
Pena - Detenção de três meses a um ano e multa.
Conclui-se que a Lei nº 8.078/90 entendeu por criminalizar a cobrança 
abusiva de dívidas, como já havia vedado no artigo 42 (na cobrança de 
débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será 
submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça). De acordo com 
Bruno Miragem (MIRAGEM, 2014, p. 820), são elementos objetivos do tipo:
a) existência de uma dívida a ser cobrada; b) a utilização, na cobrança da 
dívida, alternativa ou cumulativamente, de: b.1) ameaça; b.2) coação; b.3) 
constrangimento físico ou moral; b.4) afirmações falsas, incorretas ou 
enganosas; b.5) qualquer outro procedimento que exponha o consumidor, 
injustamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer.
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O sujeito ativo do crime é quem realiza a cobrança, mesmo que não seja o 
titular da dívida e não se configure como fornecedor do artigo 3º do CDC 
(BENJAMIN, MARQUES, BESSA, 2014, p. 488). 
Impedir ou dificultar o acesso do consumidor às informações que sobre ele 
constem em cadastros, banco de dados, fichas e registros é crime previsto no 
artigo 72 punível com pena de detenção de seis meses a um ano ou multa. 
Também é crime capitulado no artigo 73 deixar de corrigir imediatamente 
informação sobre consumidor constante de cadastro, banco de dados, fichas 
ou registros que sabe ou deveria saber ser inexata, com pena de detenção 
de um a seis meses ou multa. Ambos os artigos criminalizam a conduta 
contrária ao artigo 43 do Código de Defesa do Consumidor. O primeiro é 
crime comissivo, enquanto o segundo é omissivo. Porém, ambos possuem 
o mesmo sujeito ativo: o fornecedor ou quem mantenha banco de dados em 
que constem as informações do consumidor (MIRAGEM, 2014, p. 822). 
Por fim, o Código de Defesa do Consumidor considerou crime deixar de 
entregar ao consumidor o termo de garantia adequadamente preenchido e 
com especificação clara de seu conteúdo (artigo 74) com pena de detenção 
de um a seis meses ou multa. De acordo com o artigo 50 do CDC: “A garantia 
contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito. 
Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado 
e esclarecer, de maneira adequada em que consiste a mesma garantia, bem 
como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os ônus a cargo 
do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo 
fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de manual de instrução, 
de instalação e uso do produto em linguagem didática, com ilustrações”. Trata-
se de crime omissivo puro e de mera conduta sem a previsão de modalidade 
culposa.
A TUTELA PENAL E OS CRIMES NAS RELAÇÕES DE CONSUMO
por Osvaldo Moura Junior, Paulo César Ribeiro Martins
SAIBA
MAIS
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REFERÊNCIAS 
BENJAMIN, Antonio Herman; MARQUES, Claudia Lima; MIRAGEM, Bruno. 
Comentário ao código de defesa do consumidor. 3.ed. São Paulo: Editora 
Revista dos Tribunais, 2010.
BENJAMIN, Antonio Herman; MARQUES, Claudia Lima; BESSA, Leonardo 
Roscoe. Manual de direito do consumidor. 6.ed. São Paulo: Editora Revista 
dos Tribunais, 2014.
GARCIA, Leonardo de Medeiros. Direito do Consumidor. 11.ed. Salvador: 
Juspodivm, 2015.
MIRAGEM, Bruno. Curso de direito do consumidor. 5.ed. São Paulo: Editora 
Revista dos Tribunais, 2014.
SANTANNA, Gustavo da Silva. Direito Administrativo. 4.ed. Porto Alegre: 
Verbo Jurídico, 2015.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
Uma pessoa jurídica não comente um crime. A responsabilidade pela conduta tipificada sempre 
será atribuída a quem realizou. Acompanhe no vídeo como ocorre a responsabilidade penal da 
pessoa jurídica nas relações de consumo.
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EXERCÍCIOS
1) De acordo com as infrações penais do CDC pode-se afirmar que:
A) Após o produto estar disponível no mercado, mesmo apresentando-se nocivo ou perigoso, 
ninguém será responsabilizado penalmente por este fato.
B) Serviços de alto grau de periculosidade podem ser executados sem a necessidade da 
aprovação da autoridade competente.
C) Constitui crime fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante, 
unicamente, sobre, qualidade e quantidade, de produtos ou serviços.
D) Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva.
E) O consumidor é o único responsável pelo seu comportamento, mesmo sob a influência de 
publicidade, ainda que ela possa ser prejudicial a sua saúde.
2) Complete o Art. 63 do CDC, que diz: "Omitir dizeres ou sinais ostensivossobre a 
nocividade ou periculosidade de produtos, nas embalagens, nos invólucros, 
recipientes ou publicidade terá a pena de":
A) Detenção de seis meses a dois anos e multa.
B) Detenção de seis meses a um ano e multa.
C) Detenção de um a dois anos e multa.
D) Detenção de seis meses e multa.
E) Detenção de seis meses a dois anos ou multa.
3) Analise as infrações penais e marque qual está de acordo com o CDC:
A) Quando constatar nocividade ou periculosidade sobre um produto que esteja no mercado, o 
fornecedor realizará um planejamento para recolher e terá um prazo de 03 meses para 
iniciar o processo.
B) João, mecânico de automóveis, empregou peças de reposição já usadas ao efetuar o 
conserto de certo automóvel, sem autorização do proprietário do veículo. Nessa situação, 
João praticou crime contra as relações de consumo, estando sujeito a multa e pena de três 
meses a um ano de detenção.
C) Aquele que utiliza, na cobrança de dívidas, procedimento que exponha o consumidor, 
injustificadamente, a ridículo, não comete crime, mas mera infração administrativa sujeita 
à pena de multa.
D) Os valores estipulados de fiança não podem ser reduzidos ou aumentados.
E) O fornecedor é isento de responsabilidade sobre os dados fáticos, técnicos e científicos 
utilizados na publicidade de seu produto.
4) São circunstâncias agravantes dos crimes tipificados no CDC:
A) Os crimes serem cometidos em qualquer época.
B) Ocasionarem leve dano individual ou coletivo.
C) Dissimular-se a natureza ilícita do procedimento.
D) Quando cometidos por servidor público ou pessoa cuja condição econômico-social seja 
igual à da vítima.
E) Serem praticados em operações que envolvam alimentos, medicamentos ou quaisquer 
outros produtos.
5) Constitui conduta tipificada no CDC como crime contra as relações de consumo.
A) Falsificar ou alterar substância ou produto alimentício destinado a consumo, tornando-o 
nocivo à saúde ou reduzindo- lhe o valor nutritivo.
B) Empregar, no fabrico de produto destinado a consumo, revestimento, gaseificação 
artificial, matéria corante, substância aromática, antisséptica, conservadora ou qualquer 
outra não expressamente permitida pela legislação sanitária.
C) Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o preenchimento 
prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento médico- 
hospitalar emergencial.
D) Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, 
característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou 
garantia de produtos ou serviços.
E) Fabricar, sem licença da autoridade competente, substância ou engenho explosivo, gás 
tóxico ou asfixiante, ou material destinado à sua fabricação.
NA PRÁTICA
O CDC tem 12 infrações penais tipificadas. Acompanhe o caso concreto da infração penal, 
prevista no art. 71.
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Art. 61 a 80 - Das infrações penais - CDC
Veja o vídeo no link a seguir.
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A tutela penal e os crimes nas relações de consumo
Leia mais no link a seguir.
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Síntese Jurídica. Das infrações penais no Código de Defesa do Consumidor
Leia mais no link a seguir.
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