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NR13 FINAL

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1
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
EMILY ESPEZIM
KATIANY BARBOSA DE OLIEVIRA
RAMON ARAUJO MARTINS
SARAH REGINA ANTUNES E SOUZA
NR - 13
Tubarão
2020
EMILY ESPEZIM
KATIANY BARBOSA DE OLIEVIRA
RAMON ARAUJO MARTINS
SARAH REGINA ANTUNES E SOUZA
 
NR - 13
Trabalho apresentado ao Curso de graduação em Engenharia Química/Petróleo, da Universidade do Sul de Santa Catarina na disciplina Fundamentos de Segurança Industrial.
Professor: Wilson Alano
Tubarão
2020
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO	3
2. DISPOSIÇÕES GERAIS DA NR 13	4
2.1 IMPORTÂNCIA DO CUMPRIMENTO DA NR 13	4
2.2 IMPLEMENTAÇÃO E INSPEÇÃO DA NR 13	4
2.3 EQUIPAMENTOS	4
3. MUDANÇAS NA NR 13	5
4 CALDEIRAS	6
4.1 Disposições gerais	6
4.2	Instalação de Caldeiras	8
4.3	Segurança na operação da caldeira	9
4.4	Segurança na Manutenção da Caldeira	11
4.5	Inspeção de Segurança das caldeiras	12
5. VASOS DE PRESSÃO	14
5.1 APLICAÇÕES	16
5.2 INSTALAÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO	17
5.3 RAZÕES PARA INSPEÇÃO	19
5.4 TESTE HIDROSTÁTICO	22
5.5 DISPOSITIVOS DE ALÍVIO DE PRESSÃO	23
5.6 MANÔMETRO	24
5.7 DOCUMENTAÇÃO	24
6. TUBULAÇÕES	27
6.1 INSPEÇÕES	27
6.2 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE TUBULAÇÕES	28
7.TANQUES	28
7.1 RAZÕES PARA INSPEÇÃO	29
7.2 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE TANQUES	30
8.CONCLUSÃO	31
9.REFERÊNCIAS	31
1.INTRODUÇÃO
 Criar um sistema que traga a segurança no trabalho é de extrema importância a vida do trabalhador e do empregador, prevenir acidentes no trabalho facilita o dia a dia e torna o ambiente um lugar melhor de exercer sua função. 
 Uma norma regulamentadora-NR tem o objetivo de proporcionar o cumprimento de diversos requisitos relacionados a medicina e segurança do trabalho para empresas ou órgãos que seguem a consolidação das leis do trabalho. 
 A NR-13 tem como título: caldeiras, vasos de pressão, tubulações e tanques metálicos de armazenamento, visando sempre condições de trabalho melhores para estabelecer a integridade tanto dos equipamentos quando dos operários, criando padrões de manutenção, instalação e inspeção.
2. DISPOSIÇÕES GERAIS DA NR 13
2.1 IMPORTÂNCIA DO CUMPRIMENTO DA NR 13
 Todo acidente de trabalho causa um dano, pode ser ao empregador, ao empregado, a empresa ou até ao meio ambiente, alguns são maiores e outros menores. Considerando o os fatores desse ambiente de trabalho, é completamente notório que qualquer acidente é desastroso.
 Dentro de todos os fatores que podem levar a ocorrência de um acidente, existem alguns mais relevantes como por exemplo, a falta de revisão e inspeção periódica nos equipamentos, tanto como operadores que muito das vezes não possuem um treinamento adequado para exercer a função, operação sem a utilização dos EPI’S, equipamentos danificados entre outros.
 
 Em caso de acidentes que sejam comprovados que o empregador não cumpriu as regras estabelecidas a consequência pode ir desde uma multa até um enquadramento por negligência.
2.2 IMPLEMENTAÇÃO E INSPEÇÃO DA NR 13
 A implementação é feita por meio do empregador que busca padronizar a sua empresa, existem dois tipos de fiscalização:
· SIT- Secretária de Inspeção do trabalho que é vinculada ao ministério do trabalho;
· SPIE- Serviço próprio de inspeção;
 A inspeção dos equipamentos é realizada por meio de um grupo multidisciplinar por ele coordenado, pode ocorrer postergação de até 6 (seis) meses do prazo previsto para a inspeção de segurança periódica da caldeira ou PH (profissional habilitado), que é um engenheiro capacitado a construção e fiscalização dos mesmos.
2.3 EQUIPAMENTOS
Essa NR se aplica a alguns equipamentos, sendo eles:
a) recipientes transportáveis, vasos de pressão destinados ao transporte de produtos, reservatórios portáteis de fluido comprimido e extintores de incêndio; 
b) recipientes transportáveis de Gás Liquefeito de Petróleo - GLP - com volume interno menor do que 500 L (quinhentos litros) e certificados pelo INMETRO;
 c) vasos de pressão destinados à ocupação humana; 
d) vasos de pressão que façam parte de sistemas auxiliares de pacote de máquinas; 
e) vasos de pressão sujeitos apenas à condição de vácuo inferior a 5 kPa (cinco quilopascais) em módulo, independente da classe do fluido contido;
 f) dutos e seus componentes; 
g) fornos e serpentinas para troca térmica;
 h) tanques e recipientes de superfície para armazenamento e estocagem de fluidos não enquadrados em normas e códigos de projeto relativos a vasos de pressão e que não estejam enquadrados na alínea “f” do subitem 13.2.1 desta NR;
 i) vasos de pressão com diâmetro interno inferior a 150 mm (cento e cinquenta milímetros) para fluidos das classes B, C e D, conforme especificado na alínea “a” do subitem 13.5.1.2, e cujo produto P.V seja superior a 8 (oito), onde P é a pressão máxima de operação em kPa, em módulo, e V o seu volume interno em m3;
 j) trocadores de calor de placas corrugadas gaxetadas; 
k) geradores de vapor não enquadrados em códigos de vasos de pressão; 
l) tubos de sistemas de instrumentação com diâmetro nominal ≤ 12,7 mm (doze milímetros e sete décimos) e com fluidos das classes A ou B, conforme especificado na alínea “a” do subitem 13.5.1.2;
m) tubulações de redes públicas de distribuição de gás; n) vasos de pressão fabricados em Plástico Reforçado de Fibra de Vidro - PRFV, contendo fluidos das classes A ou B, conforme especificado na alínea “a” do subitem 13.5.1.2, com volume interno maior do que 160 L (cento e sessenta litros) e pressão máxima de operação interna maior do que 50 kPa (cinquenta quilopascais);
o) vasos de pressão fabricados em PRFV, sujeitos à condição de vácuo, contendo fluidos 
3. MUDANÇAS NA NR 13
 As NRS se atualizam juntamente com o decorrer dos anos, a necessidade de mudança fez com que a NR 13 implementasse novos equipamentos, sendo eles vasos de pressão, tubulações e tanques metálicos. Assim como houve algumas pequenas modificações nas regras antigas.
 A tecnologia renova e apresenta novos equipamentos, auxiliando na diminuição dos riscos e trazendo sempre inovação para o mercado de trabalho.
4 CALDEIRAS 
4.1 Disposições gerais 
4.1.1 Caldeiras a vapor são definidas como equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior a atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, executando-se os refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de processo. 
4.1.2 Para os propósitos da NR- 13, considera-se "Profissional Habilitado" aquele que tem competência legal para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades referentes a projeto de construção, acompanhamento operação e manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão, em conformidade com a regulamentação profissional vigente no País.
4.1.3 Pressão Máxima de Trabalho Permitida - PMTP ou Pressão Máxima de Trabalho Admissível - PMTA é o maior valor de pressão compatível com o código de projeto, a resistência dos materiais utilizados, as dimensões do equipamento e seus parâmetros operacionais.
4.1.4 Conforme a NR -13, as caldeiras são classificadas em 2 (duas) categorias, conforme segue:
· Categoria A: são as caldeiras cuja pressão de operação é igual ou superior a 1.960 kPa (19,98 kgf/cm²), com volume superior a 100 L (cem litros);
· Categoria B: são caldeiras cuja a pressão de operação seja superior a 60 kPa (0,61 kgf/cm²) e inferior a 1 960 kPa (19,98 kgf/cm2), volume interno superior a 100 L (cem litros) e o produto entre a pressão de operação em kPa e o volume interno em m³ seja superior a 6 (seis).
4.1.5 Constitui de risco grave, a falta dos equipamentos descritos a seguir:
· Válvula de segurança com abertura ajustada com valor igual ou inferior a PMTA;
· Instrumento que indique a pressão do vapor acumulado;
· Injetor ou outro instrumento de alimentação de água, independente do sistema principal, em caldeiras de combustível solido;
· Sistema de drenagem rápida de água, em caldeiras com recuperação de álcalis, com ações automáticas após acionamento do operador;
· Segundo glossário da NR-13
Caldeirascom recuperação de álcalis: caldeiras a vapor que utilizam como combustível principal o licor negro oriundo do processo de fabricação de celulose, realizando a recuperação de químicos e geração de energia.
· Sistema de controle do nível da agua ou outro equipamento que evite o superaquecimento por alimentação deficiente.
4.1.6 Toda caldeira deve ter fixada em seu corpo, em local de fácil acesso e bem visível, placas de identificação com as seguintes informações:
1. Nome do fabricante;
1. Número de ordem;
1. Ano de fabricação;
1. Pressão máxima de trabalho admissível;
1. Pressão de teste hidrostático;
 Segundo glossário da NR-13
 Teste Hidrostático: tipo de teste de pressão com fluido incompressível, executado com o objetivo de avaliar a integridade estrutural dos equipamentos e o rearranjo de possíveis tensões residuais, de acordo com o código de projeto.
1. Capacidade de produção de vapor;
1. Área de superfície de aquecimento;
1. Código de projeto e ano de edição.
 As placas de identificação devem estar em local de fácil acesso, e tomar cuidado para que não sejam fixadas em locais que possam ser removidas como: chapas de isolamento térmico, bocas de visita, etc.
 Além da placa de identificação, deve constar a categoria da caldeira conforme dito no item 1.2 e seu número ou código de informação. Essas informações precisam ser pintadas em local de fácil visualização e dimensões que sejam facilmente identificadas. 
4.1.7 Toda caldeira deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalada a seguinte documentação sempre atualizada.
· Prontuário da caldeira, fornecido pelo fabricante.
· Registro de segurança;
· Projeto de instalação;
· Projeto de manutenção e reparo;
· Relatório de inspeção de segurança;
· Certificados de calibração dos dispositivos de segurança.
 A documentação deve seguir as informações o mais detalhadamente possível seguindo todas as conformidades da NR-13.
 Quando inexistente ou extraviado, o "Prontuário da Caldeira" deve ser reconstituído pelo proprietário com responsabilidade técnica do fabricante ou de "Profissional Habilitado", sendo imprescindível a reconstituição das características funcionais, dos dados dos dispositivos de segurança e dos procedimentos para determinação da PMTA.
 No caso em que a caldeira for vendida ou trocada de estabelecimento, as alíneas "a", “d” e “e” do item 1.5 devem ser atendidas. 
4.2 Instalação de Caldeiras 
 O Projeto de Instalação de Caldeiras a Vapor, no que se refere ao atendimento da NR-13, é de responsabilidade de PH, e deve obedecer aos aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas NRs, convenções e disposições legais aplicáveis.
 Seguindo as orientações da NR-13, as caldeiras de qualquer estabelecimento devem ser instaladas em Casas de Caldeiras, ou em locais específicos sendo denominado Áreas de Caldeiras. Esse local deverá ser reservado em uma parte do estabelecimento, sendo delimitado por parede e coberto onde estejam instaladas as caldeiras. A opção pela instalação das caldeiras em área ou casa de caldeiras será definida na fase de projeto e independente das dimensões da caldeira ou de seus parâmetros operacionais.
4.2.1 Para caldeiras instaladas em ambiente aberto ou fechado deve seguir os seguintes requisitos:
· Estar afastada no mínimo de três metros de outras instalações do estabelecimento, de vias públicas e propriedades de terceiros. 
· Dispor de pelo menos duas saídas amplas dispostas em direção distinta.
· Dispor de acesso fácil e seguro, necessário para a manutenção e operação da caldeira.
· Ter capitação e lançamento de gases e materiais particulados provenientes da combustão.
· Dispor de sistema de iluminação, e caso ser operada a noite ter sistemas de iluminação de emergência.
· Em ambiente fechado, necessário dispor ventilação permanente com entrada de ar que não possam ser bloqueadas.
· Em ambiente fechado, dispor de sensor para detecção de vazamento de gás quando se tratar de caldeira a combustível gasoso.
4.3 Segurança na operação da caldeira 
4.3.1 Toda caldeira deve possuir um manual de operação atualizado, em língua portuguesa, em local de fácil acesso para os operadores. Sendo que, se houver alterações ocorridas nos procedimentos operacionais ou nas características das caldeiras deverão ser de pleno conhecimento de seus operadores e prontamente incorporados aos respectivos manuais.
 Segundo a NR-13, os instrumentos e controle que possam interferir na segurança da caldeira, deveram ser regularmente calibrados e serem adequadamente mantido seguros de quaisquer ocorrências.
 A periodicidade de manutenção e a definição dos instrumentos e controles necessários à segurança da caldeira deverão ser definidos pelos profissionais legalmente habilitados para cada especialidade. (Manual Técnico de Caldeira e Vasos de Pressão, 2006)
4.3.2 A qualidade da água deve ser controlada e tratamentos devem ser implementados, quando necessários, para compatibilizar suas propriedades físico-químicas com os paramentos de operação da caldeira.
 A qualidade da água é fator determinante da vida da caldeira. Estabelecer parâmetros de qualidade de água não faz parte do escopo desta NR, uma vez que ela se aplica a variados tipos de caldeiras com diferentes pressões e temperaturas, instaladas em locais distintos. (Manual Técnico de Caldeira e Vasos de Pressão, 2006)
4.3.3 Toda caldeira deve estar sob operação e controle apenas do operador da caldeira. 
 A responsabilidade pela existência de operadores de caldeiras adequadamente treinados é do dono do estabelecimento. 
4.3.4 Uma caldeira pode estar sob controle simultâneo de vários operadores e um operador poderá estar controlando simultaneamente mais de uma caldeira. 
Será considerado operador da caldeira quem satisfazer os seguintes requisitos:
· Possuir certificado de Treinamento de Segurança de operação de caldeiras;
· Possuir comprovação de, pelo menos, três anos de experiência nessa atividade, até 8 de maio de 1994.
 Todo operador da caldeira deve cumprir um estágio pratico na operação da própria caldeira que irá operar, deverá ser supervisionado, documentado e ter duração mínima de:
· Caldeira categoria A: 80 horas.
· Caldeira categoria B: 60 horas.
4.4 Segurança na Manutenção da Caldeira 
4.4.1 Todos os reparos e alterações em caldeiras devem respeitar o código de projeto de construção e as prescrições do fabricante no qual se refere: 
· Materiais;
· Procedimento de execução;
· Procedimento de controle de qualidade;
· Qualificação e certificação pessoal.
 Os itens citados, são para reparos de itens periféricos constituintes das caldeiras, como: chaminé, ventiladores, instrumentação, etc.
 Deve ser considerado como “reparo” qualquer intervenção que vise corrigir não-conformidades com relação ao projeto original. (Manual Técnico de Caldeira e Vasos de Pressão, 2006)
 Deve ser considerada como “alteração” qualquer intervenção que resulte em alterações no projeto original, inclusive nos parâmetros operacionais da caldeira.
4.4.2 Projetos de Alteração ou Reparo devem ser concebidos previamente nas seguintes situações:
· Sempre que as condições de projeto forem modificadas.
· Sempre que forem realizados reparos que possam comprometer a segurança.
 O projeto de reparo deve ser concebido pelo PH, e deve ser determinado os materiais, procedimentos de execução, controle de qualidade e qualificação social. 
4.4.3 Os sistemas de controle e segurança da caldeira devem ser submetidos à Manutenção Preventiva ou Preditiva.
 A definição dos instrumentos e sistemas de controle a serem incluídos no Plano de Manutenção Preditiva/Preventiva, bem como a respectiva periodicidade, deverá ser atribuída a profissionais com competência legal para executar este tipo de atividade. (Manual Técnico de Caldeira e Vasos de Pressão, 2006)
4.5 Inspeção de Segurança das caldeiras 
4.5.1As caldeiras devem ser submetidas a Inspeções de Segurança Inicial, periódica e extraordinária, sendo considerado, condição de risco grave e iminente o não-atendimento dos prazos estabelecidos por esta NR.4.5.2 A Inspeção de Segurança Inicial deve ser feita em caldeiras novas, na fase de fabricação, antes do funcionamento, devendo conter exame interno e externo, teste hidrostático e de acumulação.
 Exames internos, externos e teste hidrostático, são importantes e necessários, porém não constituem a Inspeção de Segurança Inicial, pois os componentes da caldeira podem sofrer estragos durante o seu transporte e montagem no local definitivo. A inspeção inicial só poderá, portanto, ser realizada quando a caldeira já estiver instalada em seu local definitivo. 
 O teste de acumulação deve ser executado com normas técnicas vigentes, recomendações dos fabricantes da caldeira e dos fabricantes de válvula de segurança ou ainda em conformidade da caldeira e dos fabricantes de válvulas de segurança ou também em conformidade com procedimentos estabelecidos por PH. (Manual Técnico de Caldeira e Vasos de Pressão, 2006)
4.5.3 A Inspeção de Segurança Periódica, constituída por exame interno e externo, deve ser executada nos seguintes prazos máximos:
· 12 (doze) meses para categorias, A e B.
· 12 (doze) meses para caldeiras de recuperação de álcalis de qualquer categoria.
· 24 (vinte e quatro) meses para a categoria A, desde que aos 12 (doze) meses, sejam testadas as pressões de abertura das válvulas de segurança.
 
4.5.4 Ao completar 25 anos de uso, as caldeiras devem ser submetidas à rigorosa Avaliação de Integridade para determinar sua vida e novos prazos de inspeção, caso ainda estejam em condições de uso.
4.5.5 A Inspeção de Segurança Extraordinária deve ser feita nas seguintes situações: 
· Quando a caldeira for danificada ou outra ocorrência capaz de comprometer a segurança.
· Quando a caldeira for submetida a reparos e que possa ser capaz de alterar suas condições de segurança. 
· Quando a caldeira for recolocada em funcionamento, caso esteja inativa por mais de 6 (seis) meses. 
· Quando houver mudança de local de instalação da caldeira.
 A Inspeção de Segurança deve ser realizada por PH, ou por Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos. O PH pode contar com a participação de inspetores ou técnicos de inspeção nas inspeções de segurança. 
 Firmas especializadas podem ser utilizadas desde que sejam inscritas no CREA e possuam PH. (Manual Técnico de Caldeira e Vasos de Pressão, 2006)
4.5.6 Inspecionada a caldeira, deve ser emitido Relatório de Inspeção, que passa a fazer a parte da sua documentação.
4.5.7 Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações dos dados da placa de identificação, a mesma deve ser atualizada.
5. VASOS DE PRESSÃO
 Pode-se definir vasos de pressão como todo reservatório, de qualquer tipo, tamanhos ou utilizações que não propagam chama e são essenciais nos processos industriais, contendo fluidos e projetados para aguentar com segurança a pressões internas distintas da pressão atmosférica, ou que sejam submetidos à pressão externa. 
 O nome vaso de pressão designa genericamente todos os recipientes estanques, de qualquer tipo, dimensões, formato e finalidade, capazes de conter um fluído pressurizado. Entre os mais variados exemplos estão: aquecedores, resfriadores, condensadores, caldeiras, torres de destilação, entre outros. 
 A NR – 13 caracteriza vaso de pressão como sendo um equipamento que contém fluido sob pressão interna ou externa, definido no Anexo III da NR-13. Conforme o Anexo III da NR-13 são considerados vasos de pressão:
 a) Qualquer vaso cujo produto 'P.V' seja superior a oito onde 'P' é a máxima pressão de operação em kPa, e 'V', o seu volume geométrico interno em m3 incluindo:
· Permutadores de calor, evaporadores e similares;
· Vasos de pressão ou partes sujeitas a chama direta que não estejam dentro do escopo de outras NRs;
· Vasos de pressão encamisados, incluindo refervedores e reatores; 
· Autoclaves e caldeiras de fluido térmico que não o vaporizem.
b) Vasos que contenham fluido da classe 'A', especificados no Anexo IV, independentemente das dimensões e do produto 'P.V'.
A referida norma faz a categorização dos vasos de pressão em termos da classe de fluído conforme Tabela 1:
 Tabela 1 – Categorias de vasos de pressão. Fonte: Brasil (2006, p. 118-119).
 Em todos os vasos de pressão existe sempre um invólucro estanque externo, dominada "parede de pressão" do vaso. O invólucro pode ser simples ou múltiplo e variar seu formato e dimensão. Essa variação se dá devido ao uso do equipamento. A parede de pressão do vaso é composta do casco e dos tampos de fechamento. O casco dos vasos de pressão tem sempre o formato de uma superfície de revolução.
 Pelo que expõe a NR – 13 os vasos de pressão são equipamentos que se encontram continuamente submetidos tanto à pressão interna quanto à pressão externa. Até os vasos de pressão que atuam com vácuo se encontram submetidos a essas pressões já que não se pode supor um vácuo absoluto. Vale ressaltar que de maneira usual designa-se vácuo qualquer pressão menor que a atmosférica. Dimensiona-se os vasos de pressão levando em consideração a pressão diferencial que resulta da atuação sobre as paredes, podendo ser maior interna ou externamente.
 A concepção, desenvolvimento e operação destes vasos abrangem inúmeros cuidados especiais e demanda que se conheça as normas e materiais apropriados para cada tipo de aproveitamento, porque os erros em vasos de pressão podem ocasionar decorrências desastrosas, podendo até causar mortes, e por isso consideram-se equipamentos que apresentam elevada periculosidade. Da mesma forma que as caldeiras, os vasos de pressão necessitam de múltiplos dispositivos de segurança, registros/documentações, qualificação profissional para operação, além de inspeções periódicas. As inspeções de segurança periódica se constituem por exame externo, interno e teste hidrostático, devendo ser desenvolvidas em prazos máximos estipulados pela legislação em vigor. 
 Conforme traz Brasil (2006), para a construção de vasos de pressão pode-se utilizar materiais e formatos geométricas variáveis conforme o tipo de utilização a que se prestam. Assim sendo, pode-se encontrar vasos de pressão esféricos, cilíndricos, cônicos, entre outros, e serem construídos com aço carbono, alumínio, aço inoxidável, fibra de vidro e outros materiais.
5.1 APLICAÇÕES
 Os vasos de pressão podem ser todos os reservatórios que se destinam a armazenamento e processamento por meio de transformações físicas ou químicas de líquidos e gases colocados sob pressão ou que se localizam em ambientes submetidos a vácuo total ou parcial. Pode-se igualmente conceituar os vasos de pressão como reservatórios de qualquer tipo, dimensões ou finalidade, não inflamáveis e que armazenem todo tipo de fluido em pressão manométrica igual ou maior que 1,02 kgf/cm2 ou submetidos à pressão externa. 
 De acordo com o autor acima citado, os vasos de pressão são utilizados em três categorias diferentes: 
 Armazenamento de gases sob pressão: os gases são contidos sob pressão para que este comporte grande peso em um volume pequeno em comparação a este peso. 
 Acumulação intermediária de líquidos e gases: este processo sucede em sistemas onde é indispensável a armazenagem de líquidos ou gases entre etapas de um mesmo processo ou entre múltiplos processos diferenciados. 
 Processamento de gases e líquidos: grande número de processos de transformação de líquidos e gases devem ser desenvolvidos sob pressão. Ainda para Santiago (s/d) a construção de um vaso de pressão abrange uma relação de cuidados específicos que se referem a itens como projeto, fabricação, montagem e testes porque este equipamento traz consigo: 
 Grande risco: porque de maneira geral atua submetido a grandes pressões e temperaturas altas. 
 Alto investimento: constitui um equipamento de custo por unidade alto. 
 Continuidade operacional: é necessário que seja operado em condições de segurança pelo maior período plausível, sem que seja necessário deter o equipamento para proceder a sua manutenção, diminuindo os custos de operação. 
5.2 INSTALAÇÃO DE VASOS DE PRESSÃOSegundo o subitem 13.7.1 da NR 13 os vasos de pressão devem ter sua instalação feita de maneira que todos os drenos, respiros, bocas de visita e indicadores de nível, pressão e temperatura, no caso de existirem, possam ser de fácil acesso (BRASIL, 2006).
 Porque estes acessórios descritos acima, quando demandem a presença do trabalhador para operá-los, fazer a manutenção ou inspeção, devem possibilitar que o acesso seja facilitado e com nível de segurança adequado utilizando-se para tal, escadas, plataformas e outros que estejam em conformidade com as normas regulamentadoras afins. 
De acordo com o subitem 13.7.2 no caso da necessidade de instalar vasos de pressão em ambientes confinados, a mesma deve atender os requisitos que são trazidos por Brasil (2006)
 Contar com ao menos duas saídas largas, permanentemente sem qualquer obstrução e localizadas em direções diferentes. 
 Apresentar acesso facilitado e com segurança para que as atividades de manutenção, operação e inspeção sejam realizadas, contando desta forma, com guarda-corpos vazados, onde os houver, que apresentem vãos que tenham dimensões que previnam a queda de indivíduos. 
 Dispor de ventilação permanente que apresentem entradas de ar que não possam ser impedidas. 
 Contar com iluminação em conformidade com as normas oficiais em vigência. 
 Ter sistema de iluminação de emergência. 
 Estes requisitos devem ser aplicados ao local onde será instalado o vaso de pressão e assim, o primeiro item determina que a área de processo ou ambiente onde este vaso esteja instalado deve apresentar duas saídas direcionadas distintamente uma da outra. O objetivo deste requisito, dessa forma, é impedir que, em casos de ocorrer um vazamento, incêndio ou qualquer outra chance de exposição dos operadores à risco, não haja o bloqueio destes indivíduos pelo fogo ou vazamento, tornado acessível sempre uma rota de fuga alternativa (BRASIL, 2006). 
 No caso do sistema de iluminação de emergência, entende-se que seja todo sistema de acionamento rápido a ser empregado nos casos de falha no fornecimento de energia elétrica, para que se possa manter de maneira adequada a iluminação dos pontos estratégicos à operação do vaso de pressão. De acordo com a NR 13 podem ser considerados como exemplos desses sistemas: lâmpadas ligadas a baterias com auto carregamento automático nos períodos de fornecimento normal, geradores movidos a vapor ou motores a combustão. 
 A referida norma preconiza que se o estabelecimento onde está localizado ou vai receber o vaso de pressão não possa atender às exigências estabelecidas ou atender a aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos tanto nas normas regulamentadoras, nas convenções ou mais disposições legais, será necessário quem elabore um projeto alternativo de instalação que contemple ações concretas para diminuição dos possíveis riscos (BRASIL, 2006). 
 É necessário que este projeto de instalação apresente pelo menos a planta baixa do estabelecimento com o posicionamento e a categoria de cada vaso de pressão existente ou a ser instalado. Este documento precisa também dar a posição de instalações de segurança como por exemplo, extintores, sistemas de sprinklers, canhões de água, câmaras de espuma, hidrantes, entre outros. 
 Destaca a norma ainda que todos os documentos que constituem o referido projeto de instalação devem estar devidamente firmados por profissionais legalmente habilitados. Assim, quando uma instalação já existente não tiver os desenhos ou documentos citados ou não apresentar a identificação dos profissionais legalmente habilitados, o referido projeto deve ser refeito sob autoria de um Profissional Habilitado - PH (BRASIL, 2006). 
5.3 RAZÕES PARA INSPEÇÃO
 Conforme a NR 13, subitem 13.10.2 os vasos de pressão precisam ser submetidos a inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária, sendo que a inspeção de segurança inicial deve ser realizada em vasos novos antes que entre em funcionamento, no local definitivo de instalação, precisando contar com exame externo, interno e teste hidrostático (BRASIL, 2006). 
 Não são aceitos como inspeção de segurança inicial exames internos, externos e teste hidrostático realizados nas instalações do fabricante do vaso de pressão, porque esses exames são de grande importância e indispensáveis, contudo, não são considerados como inspeção de segurança inicial, devido ao fato de que seus componentes podem ser avariados durante o transporte, armazenamento e montagem no local definitivo. Assim, destaca-se o que frisa a norma, a inspeção de segurança inicial só pode ser feita quando o vaso de pressão já estiver instalado em seu espaço definitivo.
 A inspeção de segurança periódica se constituí por exame externo, interno e teste hidrostático, obedecendo prazos máximos determinados estabelecidos nos seguintes casos: 
 Para estabelecimentos que não tenham serviço próprio de inspeção de equipamentos, de acordo com o quadro 1 a seguir:
Quadro 1 – Prazos de inspeção de segurança periódica para empresas que não tenham serviço próprio de inspeção de equipamentos em relação a categoria do vaso, Fonte: Brasil (2006, p. 100).
· Para estabelecimentos que tenham serviço próprio de inspeção de equipamentos, conforme quadro 2 a seguir:
Quadro 2 – Prazos de inspeção de segurança periódica para empresas que tenham serviço próprio de inspeção de equipamentos em relação a categoria do vaso, Fonte: Brasil (2006, p. 100).
 A abrangência da inspeção de segurança periódica e as técnicas que devem ser empregadas podem ser definidas pelo PH baseado no histórico do vaso de pressão e nas normas técnicas em vigor (BRASIL, 2006). 
 Os prazos colocados nos quadros acimas devem ser considerados como máximos e o prazo real fica a cargo do PH em relação a experiência anterior disponível, devendo ser contado partindo do último exame realizado no vaso de pressão. 
 A NR 13 não detalha os métodos ou procedimentos a serem utilizados para a realização da inspeção, devendo esta definição ficar por conta do PH que tomará como base os códigos e normas internacionalmente reconhecidos e conhecimentos de engenharia (BRASIL, 2006). 
 Os vasos de pressão que não possibilitem a realização de exame interno ou externo por impossibilidade física podem ser de maneira alternativa submetidos a 21 teste hidrostático, levando-se em conta as possíveis limitações. Pode-se citar como exemplos de vasos de pressão que não permitem o exame interno (BRASIL, 2006): 
 Os que não possuem bocas de visita ou aberturas que permitam a passagem de uma pessoa.
 Os que apresentam diâmetro do casco que não permite o acesso de uma pessoa. 
 Os equipamentos enterrados não possibilitam acesso externo. 
 Trocadores de calor com espelho soldado ao casco, entre outros. 
 A responsabilidade pela definição das técnicas de inspeção que possibilitem segurança equiparada ao Teste Hidrostático é o PH. Pode-se citar algumas delas (BRASIL, 2006): 
 Ensaio ultrassônico. 
 Ensaio radiográfico. 
 Ensaio com líquido penetrante. 
 Ensaio com partículas magnéticas. 
 Ensaio de estanqueidade. 
 Apreciação do histórico de operação ou de inspeções anteriores. 
 Técnicas de análise leakage before banking (vazamento ocorre sempre antes da ruptura).
 Pode-se considerar como razões técnicas que tornam inviável o teste hidrostático (BRASIL, 2006): 
 Resistência estrutural da fundação ou da sustentação do vaso incompatível com o peso da água que seria utilizada no teste. 
 Efeito prejudicial que o fluido de teste pode causar a elementos internos do vaso. 
 Impossibilidade técnica de purga e secagem do sistema. 
 Existência de revestimento interno. 
 Influência prejudicial do teste sobre defeitos subcríticos.
 Estas razões técnicas que inviabilizam o teste hidrostático apontadas são as que ocorrem com maior frequência, desta forma podem existir outras razões. Contudo, razões simplesmente econômicas não devem ser avaliadas como restrições ao teste hidrostático e por isso, em casos de sérias restrições 22 econômicas, a empresa deve buscarsoluções alternativas de segurança equivalente (BRASIL, 2006). 
 Podem ser apontados como exemplos internos que normalmente inviabilizam o teste: 
 Presença de revestimentos vitrificados. 
 Presença de revestimentos higroscópicos (refratários). 
 Uso de catalisadores que se comprometem quando retirados. 
 De modo contrário, não são levados em consideração como razões técnicas que inviabilizam o teste a existência de revestimentos pintados, cladeados, linning, entre outros. 
 Segundo a NR – 13 os vasos de pressão que trabalham abaixo de 0ºC são os vasos criogênicos, que muito raramente podem apresentar deterioração severa, por isso, a inspeção interna feita com frequência e o teste hidrostático podem provocar fenômenos que comprometam sua vida útil. Por isso, a referida norma não prediz a obrigatoriedade da execução do teste e determina prazos para inspeção interna de até 20 anos, que é compatível com o prognosticado em outras legislações internacionais. Assim, o detalhamento dos exames internos e externos deve acatar o previsto nas normas de caráter voluntário internacionalmente reconhecidos e as demais disposições da NR-13 também se aplicam aos vasos de pressão criogênicos. 
 De acordo com Santiago (s/d) pode-se destacar como razões principais para que os vasos de pressão necessitam de inspeções periódicas são as seguintes: 
 Averiguação do grau de extensão da possível ocorrência de deterioração e/ou avaria e até que ponto este processo pode afetar a estrutura do equipamento, para garantir a operação do mesmo dentro das condições de segurança imprescindíveis; 
 Afiançar a partir de alto nível de probabilidade que o equipamento possa continuar a operar utilizando-se um eficiente programa de manutenção preventiva; 
 Evitar que ocorram perdas provenientes de possíveis paradas de emergência como consequência de ruptura do vaso, que potencialmente podem ser excessivamente altas; 
 Redução dos custos de manutenção e operação; 
 Manutenção do rendimento global da unidade elevado. 
 O autor assegura que estes itens somente podem ser alcançados se forem desenvolvidas inspeções cautelosas e bem programadas, combinadas com um serviço de manutenção eficaz.
5.4 TESTE HIDROSTÁTICO 
 Segundo Telles (1996) o teste hidrostático em vasos de pressão incide no preenchimento total do vaso com um líquido adequado que desempenha uma determinada pressão, denominada pressão hidrostática. 
 A NR – 13 define o teste hidrostático como sendo o teste realizado por meio de fluido incompressível, com pressão estipulada pelo código de construção, com a finalidade de avaliar a integridade e resistência estruturais dos componentes pressurizados dentro das condições estabelecidas para sua realização (BRASIL, 2006). 
 Ainda para Telles (1996) através do teste hidrostático, é possível verificar falhas, defeitos e vazamentos (em soldas, roscas, etc.). 
 A NR-13 regulamenta como obrigatório os testes hidrostáticos em vasos de pressão. A periodicidade varia de acordo com a categoria do vaso.
 A pressão de teste hidrostático deve ser a mais alta possível, compatível com a segurança da parte mais fraca do vaso. Por esse motivo, a pressão do teste hidrostático deve ser sempre superior a pressão de projeto e a pressão máxima de trabalho admissível. Portanto, durante o teste hidrostático, o vaso ficará submetido a uma tensão maior a sua admissível.
 Para os vasos construídos de acordo com a normatização, a pressão de teste deve ser no mínimo 1,5 vezes a Pressão Máxima de Trabalho Admissível - PMTA do vaso. 
 A restrição do fluido a ser utilizado para o teste deve levar em conta o código de construção, preservar a segurança da equipe a qual está realizando os testes, além de não causar danos ambientais, no caso de vazamentos ou colapso do vaso.
5.5 DISPOSITIVOS DE ALÍVIO DE PRESSÃO 
 Todos os vasos, quaisquer que sejam as suas dimensões, finalidade ou pressão de projeto, devem ser protegidos por dispositivos de alívio de pressão, sendo essa exigência comum a todas as normas de projeto de vasos. Segundo o autor acima citado, estes dispositivos utilizados para proteção contra surtos de sobre pressão nos vasos, dispõem de mola, pino, orifícios de passagem do ar e ainda argola que permite o acionamento manual, da válvula, com o objetivo de verificar se a mesma esta operante. A normatização exige que os dispositivos de alívio de pressão não permitam que a pressão em nenhum ponto no interior do vaso ultrapasse o valor da PMTA. 
 A NR – 13 (BRASIL, 2006) caracteriza válvula de alívio como sendo um dispositivo automático de alívio de pressão, caracterizado por uma abertura progressiva e proporcional ao aumento de pressão acima da pressão de abertura e usado para fluidos incompressíveis. 
 Todos os dispositivos de alívio de pressão devem ser instalados na parte superior do vaso e em local de fácil acesso para a manutenção e inspeção. É obrigatório que entre o vaso e esses dispositivos não haja nenhuma válvula ou qualquer outra possível obstrução. 
 Os dispositivos de alívio de pressão não são considerados partes do vaso, mas sim instrumentos. Desse modo, a responsabilidade não se dá ao projetista nem ao fabricante do vaso. 
5.6 MANÔMETRO
 O manômetro é o instrumento utilizado nos vasos de pressão, o qual indica a pressão de operação daquele vaso. Pode ter seu mostrador analógico ou digital e deve ser instalado diretamente no vaso ou em uma sala de controle apropriada, devendo sempre que necessário, ser calibrado (BRASIL, 2006). 
 A falta de um instrumento que indique a pressão de operação do vaso, constitui risco grave e iminente (BRASIL, 2006). 
5.7 DOCUMENTAÇÃO
 No que se refere a documentação dos vasos de pressão, a NR 13 preconiza que eles devem apresentar no local onde está instalado, a documentação devidamente atualizada da qual constem os seguintes itens: 
 a) Prontuário do Vaso de Pressão que é disponibilizado pelo fabricante dispondo das seguintes informações: 
 Código de projeto e ano de edição;
 Especificação dos materiais; 
 Procedimentos utilizados na fabricação, montagem 
 Inspeção final e determinação da PMTA; 
 Conjunto de desenhos e demais dados para o monitoramento da sua vida útil; 
 Características funcionais; 
 Dados dos dispositivos de segurança; 
 Ano de fabricação; 
 Categoria do vaso; 
b) Registro de Segurança; 
c) Projeto de Instalação; 
d) Projeto de Alteração ou Reparo; 
e) Relatórios de Inspeção. 
 A NR – 13 estipula que onde estiverem instalados os vasos de pressão, mesmo que sejam em unidades diversas, os documentos devem estar disponíveis na unidade de instalação para que possam ser consultados sempre que houver necessidade e prontamente (BRASIL, 2006). 
 No caso dos operadores e responsáveis pelos equipamentos não ficarem no local de instalação do vaso de pressão permanentemente, os documentos devem ficar próximos ao operador responsável (BRASIL, 2006), sendo que esta exigência também se aplica a navios e plataformas de exploração e produção de petróleo.
 Não existe a necessidade de que toda a documentação fique arquivada num único local da unidade, sendo, contudo, recomendável que todos os documentos do prontuário permaneçam juntos. 
 O processo de determinação da PMTA deve destacar o roteiro para seu estabelecimento, passo a passo, abrangendo tabelas, ábacos, entre outros itens que tenham a necessidade de ser consultados. Caso a empresa queira, pode adotar como PMTA a pressão de projeto do vaso de pressão. 
 Outro item destacado na documentação se refere a vida útil do vaso de pressão que pode ser entendida como o período de tempo entre a data de fabricação até o momento em que o vaso tenha sido avaliado como inapropriado para utilização (BRASIL, 2006). 
 A documentação deve ser conservada ao longo da vida útil do vaso de pressão, sendo que a maior parte da documentação exigida, especialmente aquela afixada junto ao prontuário do vaso de pressão, deve ser provida de forma detalhada pelo fabricante do equipamento. Assim, se o estabelecimento não possuir essadocumentação, parte da mesma deve ser reconstituída conforme determinado pela norma. Neste caso, a reconstituição dos documentos é sempre de responsabilidade do proprietário do vaso de pressão, que pode se utilizar dos serviços do fabricante do vaso. Caso não se tenha acesso a procedência correta ou já não exista PH, será necessário um PH ou empresa especializada para a referida constituição (BRASIL, 2006).
 As normas técnicas que são reconhecidas internacionalmente recomendam que o cálculo da PMTA deve levar em conta, além da pressão, outros esforços solicitantes, sendo necessário que se englobe todas as partes do equipamento, tais como: conexões, flanges, pescoços de conexões, suportes, selas, entre outras. 
 A documentação precisa ficar sempre à disposição para a realização de consultas pelos operadores do pessoal de manutenção, de inspeção e das representações dos trabalhadores e do empregador na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, sendo obrigação do proprietário garantir total acesso a essa documentação de modo inclusivo à representação sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento, quando houver solicitação formal (BRASIL, 2009). 
6. TUBULAÇÕES
 A NR-13 não aponta precisamente quais tubulações e sistemas de tubulações se enquadram na norma, porém, por meio de pesquisas foi observado que apenas as de fluídos classe A e B interligadas a Caldeiras e Vasos de Pressão, se enquadram na Norma Regulamentadora.
6.1 INSPEÇÕES
 De acordo com a NR 13, as empresas que possuem tubulações e sistemas de tubulações enquadrados nessa NR, devem possuir um plano de inspeção que considere, no mínimo, os fluídos armazenados transportados, a pressão de trabalho, a temperatura de trabalho, os mecanismos de danos previsíveis e as consequências para os trabalhadores, instalações e meio ambiente decorrentes de possíveis falhas das tubulações.(BRASIL, 2006). 
	Deve ser realizado inspeção inicial nas tubulações, já as inspeções periódicas, os prazos de intervalo devem atender aos prazos da inspeção interna da caldeira ou vaso mais crítica a elas interligadas. Os prazos também não podem exceder o estabelecido no programa de inspeção da empresa. O programa de inspeção pode ser elaborado por linha ou sistema.
	As inspeções extraordinárias, devem acontecer quando as tubulações forem danificadas por acidente ou qualquer outra ocorrência que comprometa a segurança dos trabalhadores, quando a mesma for submetida por reparo ou alterações significativas, ou quando recolocada em funcionamento, após vinte e quatro meses inativa.
	Todas as inspeções, devem ser executadas sob a responsabilidade de um Profissional Habilitado. 
	O relatório de inspeção de segurança deve conter, no mínimo:
a) identificação da(s) linha(s) ou sistema de tubulação;
b) fluidos de serviço da tubulação, e respectivas temperatura e pressão de operação;
c) tipo de inspeção executada;
d) data de início e de término da inspeção;
e) descrição das inspeções, exames e testes executados;
f) registro fotográfico, ou da localização das anomalias significativas detectadas no
exame externo da tubulação;
g) resultado das inspeções e intervenções executadas;
h) recomendações e providências necessárias;
i) parecer conclusivo quanto à integridade da tubulação, do sistema de tubulação ou
da linha até a próxima inspeção;
j) data prevista para a próxima inspeção de segurança;
k) nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional do PH e nome
legível e assinatura de técnicos que participaram da inspeção.
6.2 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE TUBULAÇÕES
 As tubulações e sistemas de tubulações mencionados na NR, os dispositivos de indicação de pressão devem ser mantidos em boas condições operacionais, como também as tubulações de vapor de água e seus acessórios. Esses, além de estarem em boas condições operacionais, devem seguir o plano de manutenção elaborado pelo empregador. 
	É imprescindível que os tanques estejam sempre identificados, a identificação deve seguir uma padronização instituída pelo estabelecimento, e sinalizadas conforme a NR -26.
7.TANQUES
Estão enquadrados na NR-13 os tanques metálicos de superfície para armazenamento e estocagem de produtos finais ou de matérias primas, não enterrados e com fundo apoiado sobre o solo, com diâmetro externo maior do que três metros, capacidade nominal maior do que vinte mil litros, e que contenham fluidos de classe A e B.
 
7.1 RAZÕES PARA INSPEÇÃO
 De acordo com a NR 13, as empresas que possuem os tanques enquadrados nessa NR, devem possuir um plano de inspeção que considere, no mínimo, os fluídos armazenados nos tanques, as condições operacionais, os mecanismos de danos previsíveis e as consequências para os trabalhadores, instalações e meio ambiente decorrentes de possíveis falhas nos tanques.(BRASIL, 2006). 
	No plano de inspeção de segurança deve estar registrado os intervalos de inspeção de segurança periódica dos tanques, não podendo exceder os prazos estabelecidos na norma ABNT NBR 17505-2. Essas inspeções, devem ser analisadas por um PH, e deve ser realizada de maneira com que revele a integridade estrutural do tanque, por meio de exames e análises pré-definidas.
	As inspeções extraordinárias devem acontecer sempre que o tanque for danificado por qualquer ocorrência que comprometa a segurança dos trabalhadores e quando houver acidentes, quando o tanque for submetido a reparo provisório ou alguma alteração significativa, quando houver alteração do local de instalação ou quando o tanque for recolocado em funcionamento após ficar vinte e quatro meses parado.
	A NR estudada, mostra como deve ser elaborado o relatório de inspeção de segurança, esse, deve conter: 
a) identificação dos tanques;
b) fluidos armazenados nos tanques, e respectiva temperatura de operação;
c) tipo de inspeção executada;
d) data de início e de término da inspeção;
e) descrição das inspeções, exames e testes executados;
f) registro fotográfico, ou da localização das anomalias significativas detectadas nos exames internos e externos dos tanques;
g) resultado das inspeções e intervenções executadas;
h) recomendações e providências necessárias;
i) parecer conclusivo quanto à integridade dos tanques até a próxima inspeção;
j) data prevista para a próxima inspeção de segurança;
k) nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional do responsável técnico formalmente designado pelo empregador e nome legível e assinatura de técnicos que participaram da inspeção
7.2 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE TANQUES
 Os tanques mencionados na NR, devem possuir instrumentação de controle e dispositivos de segurança contra sobrepressão e vácuo. Esses, devem estar em boas condições operacionais, e devem seguir o plano de manutenção elaborado pelo empregador. 
 É imprescindível que os tanques estejam sempre identificados, a identificação deve seguir uma padronização instituída pelo empregador.
8.CONCLUSÃO
9.REFERÊNCIAS
www.normasregulamentadoras.com
www.saude.mt.gov.br
http://www.segurancanotrabalho.eng.br/manuais_tecnicos/manualcaldeiras.pdf

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