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1 79 CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO AYLANE LIMA DE SOUSA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA BELÉM-PA 2018 AYLANE LIMA DE SOUSA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA Relatório de Estágio Supervisionado em Nutrição Clínica apresentado à Faculdade Integrada Brasil Amazônia – FIBRA como parte das exigências para a graduação do curso de Bacharelado em Nutrição. Preceptora: Ana Carlene Supervisor : Christian Aires BELÉM-PA 2018 IDENTIFICAÇÃO AGENTE DE INTEGRAÇÃO: ( ) CIEE ( ) IEL ( X ) FIBRA Outros____________________________________ INSTITUIÇÃO CONCEDENTE: MATERNIDADE DO POVO GERAL INSTITUIÇÃO INTERVENIENTE: FACULDADE INTEGRADA BRASIL AMAZONIA- FIBRA NOME DO ESTAGIÁRIO: AYLANE LIMA DE SOUSA CURSO: NUTRIÇÃO TELEFONE/CELULAR: 981610523 LOCAL DO ESTÁGIO / SETOR: HOSPITAL DAS CLINICAS ANANIDEUA LOCAL DO ESTÁGIO / CIDADE: BELÉM/PA NOME DO SUPERVISOR DE ESTÁGIO EM CAMPO: ANA CARLENE INÍCIO DO ESTÁGIO: 09 /04 /2018 TÉRMINO DO ESTÁGIO: 06/ 06 /2018 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Utilize notas de 5 a 10 QUALIDADE DE TRABALHO AVALIAÇÃO QUALIDADES PESSOAIS Cont. AVALIAÇÃO EXATIDÃO PONTUALIDADE E FREQUÊNCIA UTILIZAÇÃO DO TEMPO DE TRABALHO CUMPRIMENTO DE NORMAS INTERNAS PRODUÇÃO RELACIONAMENTO COM A ESCOLA/EMPRESA ARTICULAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA RELACIONAMENTO COM OS SUPERIORES QUALIDADES PESSOAIS RELACIONAMENTO COM OS COLEGAS PARTICIPAÇÃO E INICIATIVA INTERESSE DE APRENDER TOTAL DAS NOTAS INSTITUIÇÃO CONCEDENTE – VALIDAÇÃO DE RELATÓRIO DE ATIVIDADES E DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO (SUPERVISOR/ALUNO) SUPERVISOR DE ESTÁGIO: ------------------------------------------- (ASSINATURA e CARIMBO / / ESTAGIÁRIO: ----------------------------------------------------------------- (ASSINATURA) / / SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Este relatório apresenta as atividades e resultados do estágio supervisionado em nutrição clínica da Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA) realizado no Hospital de Clínica Ananideua ( HCA) durante o período de 09/04/2018 a 06/06/2018 com carga horária diária de 6 horas diárias totalizando 200 horas. A elaboração deste trabalho visa mostrar de forma sucinta as atividades desempenhadas no âmbito do hospital durante o estágio supervisionado. O estágio se apresenta como um dos componentes curriculares no processo de organização dos conhecimentosl. O estágio é parte do processo de formação do aluno, estabelecendo a interlocução entre o percurso acadêmico e o fazer profissional. Ao relacionar o mundo do trabalho ao da faculdade, o estágio possibilita ao conjunto de disciplinas e atividades do currículo uma aproximação com a realidade. O nutricionista na área hospitalar é indispensável, assim como toda equipe multidisciplinar. Pois cabe ao nutricionista da área clínica prestar assistência dietética a pacientes sadios ou enfermos em atendimento hospitalar, ambulatorial, domiciliar. Com o objeto de promover a saúde e recuperação do estado clínico do paciente. Cabe ao nutricionista clínico planejar, organizar, supervisionar e avaliar o estado nutricional do paciente, elaborando assim, diagnóstico nutricional com base nos dados clínicos bioquímicos, antropométricos e dietéticos e utilizando desses dados para traçar metas e avaliar o os resultados de forma precisa. É dever do nutricionista registrar em prontuário a conduta nutricional e prescrição dietética de acordo com as normas da instituição. Se interar a equipe multiprofissional para realizar atendimento a paciente com dietas via enteral e parenteral. O objetivo geral do estágio é inserir o acadêmico no universo da Nutrição Clínica Hospitalar, permitindo a vivência da prática profissional com visão multidisciplinar e interdisciplinar, proporcionando a aplicação de recursos técnicos e metodológicos nas áreas correlatas nas diferentes modalidades e campos de atuação, principalmente associadas às áreas de alimentação coletiva, saúde coletiva e nutrição clínica. Como objetivos específicos deste estágio têm-se: • Contribuir na formação do aluno para a compreensão da integração das disciplinas através da aplicação dos conhecimentos teóricos em atividades práticas onde situações-problema promovam a vivência em atribuições do nutricionista; • Permitir a articulação transversal dos conteúdos das disciplinas que compõem a matriz curricular nos períodos antecedentes; • Aprender a realizar diagnóstico ambiental, envolvendo a instituição, serviço de alimentação, outros serviços, assim como de pacientes e/ou clientes atendidos; • Acompanhar os diferentes diagnósticos onde a dietoterapia tem caráter terapêutico definido; • Conhecer as diferentes áreas de um serviço hospitalar que envolve a nutrição, bem como a atuação do profissional. O estágio foi realizado no Hospital de Clinica em Ananideua. A empresa está inscrita no CNPJ: 0326491.1000114 situado na Rua 2 de Junho, nº 650, bairro Marco, CEP: 67033-060 Ananideua, Email HCA@HCA.COM.BR, Telefone (91) 3236-1608 O período de realização deste estágio foi 09 de abril até dia 05 de junho de 2018, com carga horária semanal de vinte e quatro horas. 2 DESENVOLIVIMENTO As atividades realizadas durante o estágio englobaram o atendimento clínico em sua totalidade e neste âmbito foi desenvolvido o processo de cuidado nutricional, o qual consiste em um grupo de atividades realizadas com o objetivo de identificar as necessidades nutricionais do paciente e prestar os cuidados necessários que atendam estas necessidades. O tipo de cuidado nutricional depende de fatores como presença e tipo da doença, ambiente, fase de vida do indivíduo e suas condições socioeconômicas. Ele envolve: avaliação completa do estado nutricional, como :identificação do paciente, dados clínicos, sintomas gastrointestinais, exames físicos, características observadas, avaliação subjetiva global, recordatório 24 horas, parâmetros bioquímicos, avaliação antropométrica, conduta dietoterápica, evolução do prontuário, dieta , planejamento e priorização da intervenção nutricional para atingir estas necessidades; (Anexo-A). A cada visita nutricional é feito o registro da conduta dietoterápica em evolução no prontuário do paciente. Toda quinta era feito apresentação sobre o caso clinico, sobre a patologia do paciente, fisiopatologia, dietoterápia nutricional e a dieta de acordo com as suas necessidades. ( APÊNDICÊ A) Com relação às outras atividades foi realizado duas palestra com os temas. Hipertensão e Diabetes, com orientações nutricionais, avaliação nutricional, pesando e verificando altura. (APÊNDICE B). E a outra foi prevenção e controle de doenças cardiovasculares. Falando um pouco sobre os conceitos sobre as patologias de aterosclorese, diabetes, dislipidemia, esteatose hepática e hipertensão artéria. E a importância das fibras nessa patologia citadas e junto com isso falando sobre os malefícios do consumo de ultraprocessados (APÊNDICÊ C) 3 CONCLUSÃO O estágio supervisionado em Nutrição clínica teve como objetivo promover o que foi aplicado em teoria nas disciplinas curriculares básicas e específicas através da prática vivenciada no âmbito hospitalar, evidenciando assim a dimensão da dietoterapia de forma individualizada sobre o estado nutricional, melhora e recuperação dos pacientes internados. Ressaltando, que além da prática através dos atendimentos, agregaram-se características técnicas, econômicas, administrativas, e sócio- econômicas através do estágio em Nutrição clínica. Todas as atividades determinadas foram melhor executadascom o auxílio da preceptora Ana Carlene que utilizou a melhor forma e dinâmica para partilhar seus conhecimentos. Desta forma, o estágio supervisionado em Nutrição clínica cumpriu o seu objetivo, proporcionando importante aprendizado para o futuro profissional. 4 REFERÊNCIAS MAHAN, L.K.; STUMP, S. E.; J.L. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia.Rio de janeiro: Elsevier, 2012. SILVA, S. M. C. S.; MURA, J. D. P. Tratado de alimentação, nutrição & dietoterapia. 2 ed. São Paulo: Roca, 2014. WIDTH, M.; REINHARD, T. Manual de sobrevivência para nutrição clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. Manual Cristiano Varella. Hospital do câncer de Muriaé, Minas Gerais PINHEIRO, et al.Tabela para avaliação de consumo alimentar em medidas caseiras.Edit.Atheneu, São Paulo, 2008. ANEXOS ANEXO A PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 1 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: Nome (siglas):_________________________________________________________________________ Hospital:__________________________________________________________________________________ Sexo: F M Idade:_________ Enfermaria:______ Leito: ________ Data de Avaliação: ___/___/___ Data da Internação:___/___/___ 2 DADOS CLÍNICOS Queixa principal: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ História da Doença Atual: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ História da Doença Pregressa: História Familiar: _____________________________________________________________________________________________ Diagnóstico Clínico ou Impressão diagnóstica: 3 SINTOMAS GASTROINTESTINAIS DATA ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____ P A P A P A P A P A Náuseas Vômitos Diarréia Constipação Distensão Abdominal Anorexia Disfagia Odinofagia Legenda: P (presente); A (ausente) 4 EXAME FÍSICO 4.1 SINAIS CLÍNICOS DE EDEMA DATA ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____ P A P A P A Edema de Membros Inferiores Edema de Membros Superiores Ascite Anasarca Legenda: P (presente); A (ausente) 4.2 CARACTERISTICAS OBSERVADAS (VER TABELA SEPARADA) Data ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____ Pele Olhos e Conjutiva Cabelo Unhas Sinal da “asa quebrada” Bola de Gordura de Bichat: Abdome Umbigo Lábios Musculatura paravertebrais Musculatura de pinçamento do polegar Mãos Musculatura das regiões supra e infraclaviculares e fúrcula esternal Musculatura Temporal Dentes Musculatura Estriado Desidratação Diagnóstico do Exame (Bem nutrido, Desnutrição leve ou moderada ou grave) 5 AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL (só realizar em paciente com até 3 dias de internação) A) ANAMNESE 1 – Peso Corpóreo (1) Mudou nos últimos 6 meses ( ) Sim ( ) Não (2) Continua perdendo ( ) Sim ( ) Não Peso Atual ______ Kg Peso Habitual ______ Kg Perda de Peso (PP) _______% se >10% (2) ( ) se <10% (1) ( ) Total Parcial de Pontos __________ 2 – Dieta (1) Mudança de dieta ( ) Sim ( ) Não Mudança foi para: (1) ( ) Dieta Hipocalórica (2) ( ) Dieta Pastosa Hipocalórica (2) ( ) Líquida > 15 dias ou solução de infusão intravenosa > 5 dias (3) ( ) jejum > 5 dias (2) ( ) Mudança persistente > 30 dias Total Parcial de Pontos __________ 3 – Sintomas Gastrointestinais (persistem pó mais que duas semanas) (1) ( ) disfagia e/ ou odinofagia (1) ( ) náuseas (1) ( ) vômitos (1) ( ) diarréia (2) ( ) anorexia, distensão Total Parcial de Pontos __________ 4 – Capacidade Funcional Física (por mais de duas semanas) (1) ( ) abaixo do normal (2) ( ) acamado Total Parcial de Pontos __________ 5 – Diagnóstico (1) ( ) baixo estresse (2) ( ) moderado estresse (3) ( ) alto estresse Total Parcial de Pontos __________ B) EXAME FÍSICO (0) Normal (+1) Leve ou Moderado (+2) Gravemente Depletado ( ) Perda de Gordura Subcutânea (tríceps, tórax) ( ) Músculo Estriado ( ) Edema Sacral ( ) Ascite ( ) Edema Tornozelo Total Parcial de Pontos __________ Somatório do Total Parcial de Pontos ________ C) CATEGORIAS DA ANSG ( ) Bem Nutrido: <17 pontos ( ) Desnutrido Moderado: 17 a 22 pontos ( ) Desnutrido Grave: > 22 pontos Fonte: Detsky A. S. e col., 1984 Gravel M. e col., 1988 (modificado) 6 RECORDATÓRIO 24 HORAS 100% 75% 50% 25% 0% Desjejum Colação Almoço Lanche Jantar Ceia 7 PARÂMETROS BIOQUÍMICOS Eutrofia Depleção leve Depleção moderada Depleção grave Transferrina Valor: _________mg/dL Data: ___/___/___ Ref. Até 150 mg/dl 150 a 200 mg/dl 100 a 150 mg/dl < 100 mg/dl Albumina Valor: _________g/dL Data: ___/___/___ Ref. > 3,5 g/dL 3 a 3,5 g/dL 2,4 a 2,9 g/dL < 2,4 g/dL CTL Valor:___________mm3 Data: ___/___/___ Ref. > 2000mm 1.200 a 2.000/mm³ 800 a 1.199/mm³ <800/mm³ Ref. = valor de referência HEMOGRAMA · Série Vermelha Data ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___ Valores de Referência Homens Mulheres Hemácias 4,7 a 6,1 M/mm3 4,2 a 5,4 M/mm3 Hemoglobina 13,8 a 17,2 g/dL 12,1 a 15,1g/dL Hematócrito 40,7 a 50,3 % 36,1 a 44,3 % VCM1 82 e 98 fL2 HCM3 27 a 34 pg4 CHCM5 32 a 36g/dL RDW 11 e 14,5 ou 15%. · Série Branca Valores de Referência Leucócitos 8.000/mm3 Linfócitos 35 a 90 fL 1 VCM = (Ht / E) x 10 2 fL = fentolitro = 10-15 3 HCM = (Hb / E) x 10 4 Pg = picograma = 10-12 5 CHCM = (HCM / VCM) x 100 OUTROS PARÂMETROS BIOQUÍMICOS Data ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___ Valores de Referência Homens Mulheres Uréia Creatinina Glicose 70 – 110 NA K Fósforo Magnésio Cálcio PTN total Globulina Adultos: 76-96\ Crianças:79-88 TGP TGO Ácido úrico Bilirrubina total B. Direta B. Indireta Lipase Amilase Colesterol total HDL 30 – 65 35-85 LDL < 150 Triglicerídeos 8 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA Método Data: __/__/__ Classificação Data: __/__/__ Classificação Valor Valor Peso atual (Kg) Peso usual Peso ideal % Peso ideal Peso ajustável Altura (m) IMC (Kg/m2) % Perda de peso ASG CB % CB CMB %CMB PCT (mm) PCB (mm) PCSE (mm) PCSI (mm) Dobras % Gordura CC CQ R C/Q DIAGNÓSTICO 9 INTERAÇÃO FÁRMACO NUTRIENTE ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 10 DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________11 PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA (NECESSIDADES NUTRICIONAIS) 11.1 Cálculo do valor energético total (VET) VET:_________________kcal/dia 11.2 Distribuição de Macronutrientes g/Kg PA/dia g/dia kcal % VET Carboidratos Proteínas Lipídios 11.3 Relação de calorias não protéicas por grama de nitrogênio (kcal:gN) Kcal não protéica/gN2= _______________ 11.4 Micronutrientes (vitaminas e minerais) 11 CONDUTA DIETOTERÁPICA · Via de acesso: · Consistência: · Fracionamento: · ENERGIA: · PROTEÍNA: · CARBOIDRATO: · LIPÍDEOS: · FIBRA: Obs. Justificar a conduta 12 EVOLUÇÃO DO PRONTUÁRIO *Deve ser realizada diariamente APÊNDICES APÊNDICE A – CASO CLINICO PNEUMONIA CURSO DE NUTRIÇÃO ESTAGIO HOSPITAL DE CLINICA DE ANANINDEUA CASO CLINICO PNEUMONIA BELÉM-PARA 2018 AYLANE LIMA DE SOUSA ISANE CRISTINA FREITAS FRAZÃO ESTAGIO HOSPITAL DE CLINICA DE ANANINDEUA CASO CLINICO PNEUMONIA Relatório de estágio supervisionado Apresentado como parte das exigências para graduação em Nutrição da Faculdade Integrada Brasil Amazônia. INTRODUÇÃO Nos últimos anos, tem sido crescente o aumento de infecções por microrganismos resistentes e de acordo com a literatura, essa realidade é ainda mais evidente nas Unidades de Terapia Intensida (UTI), tendo como causa mais comum a Pneumonia (BARTLETT, 1994). A pneumonia é uma infecção que ocorre de parênquima pulmonar em que o comprometimento de bronquíolos respiratórios e alvéolos preenchidos por exudato inflamatório, prejudicam as trocas gasosas (BARTLETT, 1994). A fisiopatologia da pneumonia está relacionada a: dano direto do patógeno responsável ou através de toxinas produzidas por este, podendo ocasionar diferentes tipos de lesões, alterando a perfusão local e destruindo tecidos; resposta inflamatória do hospedeiro, ocasionando ativação da cascata inflamatória com impacto adverso na integridade epitelial e endotelial, no tônus vasomotor, nos mecanismos de coagulação e na ativação dos fagócitos; obstrução das vias aéreas, ocasionando o aprisionamento de gases, atelectasias e aumento do espaço morto; alterações na produção e composição do surfactante (MOREIRA et al., 2004). Iniciar antibioticoterapia com ampicilina e aminoglicosídeo. Considerar os resultados das culturas e a evolução clínica; suporte hídrico e nutricional; suporte respiratório e drenagem de efusões se necessário (MOREIRA et al., 2004). A ocorrência dessa infecção tem sido reconhecida como importante problema de saúde pública do país. Os pacientes destas unidades de tratamento estão suscetíveis à sua própria microbiota, à microbiota do ambiente hospitalar e ainda são expostos a inúmeros procedimentos e medicações, especialmente antimicrobianos. Torna-se, pois, um dos aspectos de maior relevância no controle das infecções hospitalares (IH) (BARTLETT, 1994). Segundo o Ministério da Saúde, Infecção Hospitalar, institucional ou nosocomial é qualquer infecção adquirida após a internação do paciente e que se manifesta durante sua permanência no hospital ou no mesmo após a alta (BRASIL, 1998). ATENDIMENTOS NUTRICIONAIS Identificação do paciente Nome: J.J.F.M Hospital: Hospital de Clinicas de Ananindeua Sexo: Masculino Data de nascimento: Idade: 36 anos. Enfermaria: A leito: 02 Data da internação:11/04/2017 Data da avaliação: 17/04/2017 Dados Clínicos: Diagnóstico de admissão: Pneumonia História da Doença Atual: Paciente faz uso de antibióticos desde a internação. História da doença pregressa: Pneumonia História familiar: sem história familiar Sintomas gastrointestinais/ gerais Data: 17/04 Data: Data: Data: Data: Náuseas Ausente Vômitos Ausente Diarreia Ausente Constipação Ausente Distensão abdominal Ausente Anorexia Ausente Disfagia Ausente Odinofagia Ausente Paciente com Pneumonia, nega os sintomas gastrointestinais acima citados. Exame Físico Data 17/04/2018 ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____ Pele Normal Olhos e Conjutiva Normal Cabelo Normal Unhas Normal Sinal da “asa quebrada” Ausente Bola de Gordura de Bichat: Sem depleção Abdome Normal Umbigo Normal Lábios Normal Musculatura paravertebrais Sem depleção Musculatura de pinçamento do polegar Sem depleção Mãos Normal Musculatura das regiões supra e infraclaviculares e fúrcula esternal Sem depleção Musculatura Temporal Sem depleção Dentes Dentição normal Musculatura Estriado Sem depleção Desidratação Ausente Diagnóstico do Exame (Bem nutrido, Desnutrição leve ou moderada ou grave) O Paciente hidratado, corado e não apresenta alterações na pele. Avaliação antropométrica Método Data: 17/10 Classificação Valor Peso atual (kg) 55,56 Peso usual 65 Peso ideal Peso ajustável ........ Peso seco --- --- Altura (m) 1,65 IMC (kg/m2) 20,40 Normal % Peso ideal ......... % Peso usual .......... % Perda de peso CB 27 cm % CB 82,82 Depleção leve CMB % CMB CC 75 cm CQ 92 cm RCQ 0,8 cm Riscos aumentados C Panturrilha PCT (mm) % PCT PCB (mm) PCSE (mm) PCSI (mm) % Gordura Altura do Joelho 50 cm Exame bioquímico Data: 17/04/2017 Valores Valores de referência Hemácias 3,51 4,7 a 6,1 M/mm3 Hemoglobina 10,8 13,8 a 17,2 g/dL Hematócrito 30 40,7 a 50,3 % Leucócitos 21,00 8.000/mm3 Linfócitos 13 35 a 90 fL Interação fármaco-nutriente Medicamento Interação Fármaco-Nutriente/ efeito colateral Antibiótico (sem especificação do nome) Diagnóstico nutricional A avaliação nutricional realizada no dia 17/04 mostrou que o paciente se encontra com peso normal segundo O IMC, circunferência do braço indicou que o paciente está com depleção leve. A relação cintura-quadril indica que o paciente apresenta riscos, para a síndrome metabólica e comorbidades. Não foi realizada as pregas cutâneas. Recordátorio 24 horas Data:17/04 Data: Data: Data: Data: Alimentos consumidos Alimentos consumidos Alimentos consumidos Alimentos consumidos Alimentos consumidos Desjejum: 08:20h Mingau de tapioca Café com leite Biscoito maisena Lanche da manhã xxxxxxxx Almoço 11:20h Soja Arroz Feijão Lanche da tarde xxxxxxxxx Jantar 18:00h Sopa de legumes com carne Ceia 20:30 Suco de abacaxi Cálculos da dieta Data:17/04 Data: Data: g CHO 119,77 g PNT 34,21 g LIP 37,56 Kcal CHO 479,08 Kcal PNT 136,84 Kcal LIP 338,04 Kcal Total Ingerida 883,66 % CHO 54,21 % PTN 15,48 %¨LIP 38,25 % de ingestão do VET 53,01 g PNT/Kg de peso 0,61 Kcal não proteico/g N2 149,38 A dieta oferecida pelo hospital é uma dieta geral, com valores nutricionais alterados, em relação as necessidades energéticas está hipocalórica, uma vez que, a ingestão diária não atinge o valor energético total das necessidades. · Prescrição dietoterápica O cálculo das necessidades calóricas foi estimado pela regra de bolso, ou seja, calorias por quilo de peso corporal atual. 55,56x30= 1, 666.8 (ESPEN 2006 E DITEN 2011). . · Macronutrientes: g/Kg PA/dia g/dia kcal % VET Carboidratos 4,5 250,02 1,000.08 60 Proteínas 1,5 83,34 333,36 20 Lipídios 0,66 37,04 333,36 20 (DRI 2002/2005). CONDUTA NUTRICIONAL Dieta de consistência normal, hipercalórica, hiperglicidica, hiperptoteica para atingir a necessidade energética. Ofertar na dietaalimentos antioxidantes e antiflamatórios para fortalecer o sistema imunológico e auxiliar na recuperação da resistência. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARTLETT JG, Mundy LM. Community-acquired pneumonia. N Engl J Med. V.14, n. 24, p. 1618-24, 1995. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria ministerial Nº 2616, 12 de maio de 1998. Expede em forma de anexos, normas para o controle de Infecção Hospitalar. Diário Oficial da União. Brasília, [online] 1999. Disponível em: http://www.ccih.med.br/portaria2616.html [Acesso em 23 Abril 2018 ]. MOREIRA, MEL., LOPES, JMA. Patologias respiratórias [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2004. ISBN 85-7541-054-7. Disponível em: <http://books.scielo.org/id/wcgvd/pdf/moreira-9788575412374-06.pdf> acesso em: 21 abril 2018. . APÊNDICE A – CASO CLINICO DE HIPERTENÇÃO E DIABETES CURSO DE NUTRIÇÃO ESTAGIO HOSPITAL DE CLINICA DE ANANINDEUA CASO CLINICO HIPERTENSÃO E DIABETES BELÉM-PARA 2018 AYLANE LIMA DE SOUSA ISANE CRISTINA FREITAS FRAZÃO ESTAGIO HOSPITAL DE CLINICA DE ANANINDEUA CASO CLINICO HIPERTENSÃO E DIABETES Relatório de estágio supervisionado Apresentado como parte das exigências para graduação em Nutrição da Faculdade Integrada Brasil Amazônia. BELÉM-PARA 2018 INTRODUÇÃO 1.1 DIABETES MELITO TIPO 2 O diabetes melito tipo 2 é responsável por 90% a 95% de todo o diagnóstico de diabetes e é uma doença progressiva que, em muitos casos, está presente muito antes de ser diagnosticada. A hiperglicemia é desenvolvida gradualmente e, quase sempre, não e grave o suficiente nos estágios iniciais para o paciente percebe qualquer um dos sintomas clássicos do diabetes. Embora não diagnosticado, esses indivíduos estão sobre um risco aumentado de desenvolver complicações macro e microvasculares (KRAUSE, 2013). Dentre os fatores de risco para DMT2 estão fatores genéticos e ambientais, incluindo histórico familiar de diabetes, idade avançada, obesidade, especialmente obesidade intra-abdominal, sedentarismo, histórico anteriores de diabetes gestacional, pré-diabetes e etnia. A adiposidade a obesidade crônica constituem potentes fatores de risco pra DMT2, e mesmo pequenas reduções no peso corporal acarretam normalizações da glicemia em indivíduos pré-diabetes. Apesar disso, o DMT2 pode ser encontrado em indivíduos que não sejam obesos, assim como muitos obesos nunca desenvolverão DMT2 (KRAUSE, 2013). 1.2 FISIOPATOLOGIA O DMT2 é caracterizado por uma combinação de resistência à insulina e por falha da célula B. Os níveis endógenos de insulina podem estrar normais, reduzindo os aumentados, mas eles não estão adequados para superar a resistência à insulina concomitante (diminuição na sensibilidade ou responsável tecidual a insulina). Como resultado, a hiperglicemia ocorre (KRAUSE, 2013). A resistência à insulina é inicialmente observada nos tecidos- alvo, sobretudo células musculares, hepatite e a adiposas. Inicialmente, há um aumento compensatório na secreção de insulina (hiperinsulinêmia) que mantém as concentrações de glicose na variação normal ou pré-diabéticos. Em pessoas, o pâncreas é incapaz de continuar a produzir insulina adequada, então a hiperglicemia ocorre e o diagnóstico de diabetes e feito. Logo, os níveis de insulina são sempre deficiente, em relação aos níveis elevado de glicose, antes do desenvolvimento da hiperglicemia (KRAUSE, 2013). A resistência á insulina e demonstrada ao níveis de adipócito, levando á lipólise e á elevação dos ácidos graxos livres circulante. Em particular, a obesidade excessiva intra-abdominal, caracterizado por acúmulo excessivo de gordura visceral ao redor e dentro dos órgão abdominais, resulta em aumento da resistência á insulina. O aumento dos ácidos graxos também causa diminuição de sensibilidade a insulina ao níveis celular, prejudica a secreção de insulina no pâncreas e acelera a produção de glicose hepática (lipotoxidade). Os defeitos contribuem para o desenvolvimento e progressão do DMT2E também são alvos primários para a terapia farmacológica (KRAUSE, 2013). Os indivíduos com DMT2 podem ou não apresentar os sintomas clássicos do diabetes não controlado e são propensos a desenvolver cetoacidose. A perda progressiva da função secretora da célula B significa que as pessoas com DMT2 precisarão de mais medicamentos ao longo do tempo para manter o mesmo níveis do controle glicêmico. Por fim, a insulina exógena será necessário. A insulina também pode ser necessária para controle glicêmico durante a situações de hiperglicemia induzida por estresse, como durante uma enfermidade ou cirurgia (KRAUSE, 2013). 1.3 TERAPIA NUTRICIONAL Em pacientes hospitalizados, a glicemia deve ser mantida entre 100 mg/dL e 180mg/ dL3 (A) 11,12(D), sendo que, pacientes internados em unidades de tratamento intensivo devem ter os níveis de glicemia mantidos o mais próximo possível de 110 mg/dL. Deve-se evitar, durante a terapia nutricional, o fornecimento energético excessivo, pois a hiperalimentação pode levar ao descontrole glicêmico13(D). Em pacientes com excesso de peso, recomenda-se redução energética de 500 a 1000 kcal/dia (Borges, 2011). Entretanto, o valor energético total a ser fornecido com a terapia nutricional deve ser sempre superior a 800 kcal/dia. Pode-se também, nesta situação, utilizar como parâmetro para o cálculo da necessidade energética 20 a 25 kcal/kg de peso atual. A redução moderada de peso e a restrição energética melhoram a sensibilidade à insulina nestes pacientes14(D). Recomendação O objetivo primordial do tratamento nutricional de pacientes com DM é manter a glicemia próxima aos valores da normalidade, pois o controle intensivo da glicemia reduz as complicações microvasculares (Borges,2011). 1.4 HIPERTENSÃO ARTERIAL A hipertensão arterial sistemática consiste em pressão arterial (a força exercida por unidade de área nas paredes das artérias) persistentemente elevada. Para ser definida como hipertensão arterial sistemática, a pressão arterial sistólica (Pas), a pressão arterial durante a fade contrações do ciclos cardíacos, precisa estar 120mmHg ou acima disso, ou a pressão arterial diastólica (PAD), a pressão durante a fase de relaxamento do ciclo cardíaco, precisa ser 80mmHg ou superior, isso é relatado como pressão arterial de mais de 120\80 mmGh. Se o indivíduo tem PAS de 120mmHg e PAD de 80mmHg., isso é interpretado como pressão arterial de 120\80mmug (KRAUSE, 2013). FISIOPATOLOGIA A pressão arterial é determinada pela multiplicações do débito cardíaco pela resistência periférica (a resistência dos vasos sanguíneos para o fluxo sanguíneo). Assim, o diâmetro diminui (como na aterosclerose), a resistência e a pressão arterial aumentam. Por outro lado, quando o diâmetro aumenta (como no tratamento com fármacos vasodilatadores), a resistência e a pressão arterial diminuem (KRAUSE, 2013). Muitos sistemas mantém o controle homeostáticos da pressão arterial. Os reguladores mais importantes são o SNS para o controle a curto prazo e o rim para o controle a longo prazo. Em resposta a queda da pressão arterial, o SNS secreta noradrenalina, uma vasoconstritor que atua em pequenas artérias e arteríolas para aumentar a resistência periférica e elevar a pressão arterial. As condições que resultam em superestimação do SNC (KRAUSE, 2013). O rim regula a pressão a pressão arterial controla o volume de líquidos extracelular e a secreção de renina, que ativa o sistema renina-angiotensina. A pressão arterial anormal geralmente é multifatorial. Na maioria dos casos de hipertensão arterial sistemática, a resistência periférica aumenta essa resistência força o ventrículo esquerdo do coração a aumentar seu esforço para bombear o sangue através do sistema. Com o tempo, pode ocorre bloqueio ventricular esquerdo, eventualmente, IC (KRAUSE, 2013). SISTEMA RENINA Os rins funcionam como glândulas endócrinas, produzem a urina, e produzem a renina que tem por função controlar a secreção de aldosterona. Os rins se localizam aesquerda e a direita da coluna vertebral, sendo que o rim está inferiormente em relação ao esquerdo devido a presença do fígado a direita, e em cima do rim está localizada a glândula supra-renal (NOGUEIRA et al, 2014 ). A elevação da pressão intraglomerular, gera danos estruturais e funcionais, o que leva a hiperfiltração glomerular e microalbuminúria. Ocorre elevação da creatina sérica e progressão para insuficiência renal devido a nefroesclerose (NOGUEIRA et al, 2014 ). A HAS é uma das causas principais de insuficiência renal crônica (IRC), sendo caracterizada por alterações estruturais ou funcionais dos rins, ocorrendo redução da taxa de filtração glomerular ou não, e os rins não conseguem eliminar o excesso de sal e água. Quando a HAS e a IRC associadas aumentam o risco cardiovascular. A HAS presente em grande parte das doenças renais, como, glomerulopatias e nefropatia diabética. Hoje está bem claro que a HAS é um fator de progressão da doença renal e agravamento da IRC. O mecanismo da HAS na IRC está relacionado com a perda da capacidade renal de excretar sódio, o que leva a uma sobrecarga salina e de volume, podem também ocorrer outros mecanismos como, elevada produção de vasoconstritores (angiotensina II), diminuição de vasodilatadores (prostaglandinas), e alteração na função endotelial com síntese prejudicada do óxido nítrico (NOGUEIRA et al, 2014 ). O sistema renina-angiotensina regula a pressão arterial e também o equilíbrio da homeostase de água e sal, mantendo a pressão arterial através de um hormônio secretado pelos rins desempenhando funções em órgãos-alvo distantes do local de sua produção (NOGUEIRA et al, 2014 ). De acordo com NOGUEIRA COLABORADORES quando a pressão está abaixo dos níveis normais, os rins secretam renina no sangue, que atua convertendo angiotensinogênio em angiotensina I. A angiotensina I passa pelos vasos pulmonares e através da enzima conversora de angiotensina (ECA) é convertida em angiotensina II. Esse hormônio provoca uma vasoconstrição nas arteríolas, e também estimula as glândulas supra-renais a secretarem aldosterona, diminuindo a excreção de água e sódio na urina, com isso a água e sódio vão para o sangue e através desses mecanismos a pressão aumenta até os níveis normais. Qualquer distúrbio nesse processo causa uma desregulação aumentando a síntese dos hormônios, fazendo com que a pressão arterial aumente além dos níveis normais. A angiotensina II apresenta ações multifatoriais, como a regulação do tônus vasomotor crescimento celular, apoptose, migração de células, deposição de matriz extracelular e efeito inflamatório. Além disso, destacam que ela possui substâncias vasoativas, e seu aumento no organismo pode promover tanto a hipertrofia quanto a hiperplasia vascular, além de uma maior oxidação de LDL. Assim, na hipertensão ocorre um aumento dessas substâncias oxidativas causando a aterogênese. . (NOGUEIRA et al, 2014 ). RECOMENDAÇÕES A OMS recomenda um aumento na ingestão de potássio para reduzir a PA e o risco de DCV, em adultos, sugerindo uma ingestão de pelo menos 90 mmol/dia (3.510 mg/dia).27 O Programa de Educação em Hipertensão Canadense apresenta recomendação semelhante para indivíduos hipertensos: > 80 mmol/dia.10 No Brasil, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a ingestão média deste mineral em indivíduos com idade > 19 anos é de aproximadamente 2.000-2.500 mg/dia.24 As principais fontes dietéticas de potássio são frutas, vegetais, leguminosas e cerais integrais. Uma dieta rica em vegetais e frutas possibilita a ingestão de 2.000 a 4.000 mg de potássio/dia.20 Deve-se ter o cuidado de não orientar este aumento na ingestão de potássio para pacientes com hipercalemia ou que estejam em risco de desenvolver esta condição. Não se recomenda o uso de suplementos de potássio como método de redução da PA (KLEIN,2015). 2. ATENDIMENTOS NUTRICIONAIS 2.1 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE Nome: M.I Hospital: Hospital de Clinicas de Ananindeua Sexo: Feminino Data de nascimento: Idade: 69 anos Enfermaria: E leito: 02 Data da internação:20/04/2018 Data da avaliação: 23/04/2018 2.2 DADOS CLÍNICOS: Diagnóstico de admissão: Hipertensão e diabetes História da Doença atual: Paciente refere sentir dor no pé há mais de 1 ano devido um ferimento acompanhado de inflamação. História da doença pregressa: paciente relata ter realizado o procedimento de raspagem e sentir dor no pé. História familiar: Sem história familiar 2.3 SINTOMAS GASTROINTESTINAIS/ GERAIS Data: 23/04 Náuseas Presente Vômitos Ausente Diarreia Ausente Constipação Ausente Distensão abdominal Ausente Anorexia Ausente Disfagia Ausente Odinofagia Ausente 2.4 EXAME FÍSICO Data 23/04/2018 Pele Ressecada Olhos e Conjutiva Hipocorado Cabelo Caindo Unhas Frágeis Sinal da “asa quebrada” Ausente Bola de Gordura de Bichat: Sem depleção Abdome Normal Umbigo Normal Lábios Normal Musculatura paravertebrais Sem depleção Musculatura de pinçamento do polegar Sem depleção Mãos Normal Musculatura das regiões supra e infraclaviculares e fúrcula esternal Sem depleção Musculatura Temporal Sem depleção Dentes sim Musculatura Estriado Sim Desidratação Sim Diagnóstico do Exame (Bem nutrido, Desnutrição leve ou moderada ou grave) Desnutrição moderado 0. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA Método Data: 23/04 Classificação Valor Peso estimado (kg) 39,86 Altura estimada (m) 1,56 IMC (kg/m2) 16,04 BAIXO PESO CB 26cm % CB 86 Depleção moderada CC 98cm CQ XX RCQ C Panturrilha 25 Altura do Joelho 46 cm 2.6 EXAME BIOQUÍMICO HEMOGRAMA · Série Vermelha Data 23/04/2018 Valores de Referência Homens Mulheres Hemácias X 4,7 a 6,1 M/mm3 4,2 a 5,4 M/mm3 Hemoglobina 11,3 13,8 a 17,2 g/dL 12,1 a 15,1g/dL Hematócrito 3,64 40,7 a 50,3 % 36,1 a 44,3 % VCM1 82 e 98 fL2 HCM3 27 a 34 pg4 CHCM5 32 a 36g/dL RDW 11 e 14,5 ou 15%. · Série Branca Valores de Referência Leucócitos 11,200 8.000/mm3 Linfócitos 64 35 a 90 fL Interpretações dos exames : hematócrito e hemoglobina baixo, isso por motivos de amenina por deficiência de vitamina B12 ou\ e ferro . Leucócitos alto, por conta da infeção bacteriana . 2.7 INTERAÇÃO FÁRMACO-NUTRIENTE Medicamento Interação Fármaco-Nutriente/ efeito colateral Losartana Potássica A paciente faz uso de losartana potássica para pressão alta, uma vez ao dia de 50 mg para controlar a pressão durante um período de 24 horas. Em geral, não interage com alimentos ou outros medicamentos. Alguns pacientes podem apresentar tontura, fadiga, atordoamento, erupções cutâneas, urticária, alteração de paladar, vômitos ou aumento da sensibilidade da pele ao sol. Glibenclamida A paciente faz uso de glibenclamida para controlar os níveis de glicose no sangue, dose única matinal e até o momento não há dados disponíveis sobre a interferência de alimentos na ação da glibenclamida. O uso concomitante de glibenclamida com outros fármacos pode levar ao enfraquecimento ou aumento indesejado de sua ação hipoglicemiante. Cilostazol Indicado para tratar problemas de circulação em que ocorre diminuição do fluxo de sangue para as artérias periféricas do corpo, condição denominada doença vascular periférica. Reação muito comum dor de cabeça, diarreia e fezes amolecidas; dor abdominal, dor nas costas e infecção; palpitação e taquicardia; dispepsia (indigestão), flatulência (gases) e náusea; edema periférico (inchaço no tornozelo, pé e perna); mialgia (dor muscular); tontura e vertigem; tosse aumentada, faringite e rinite. 2.8 DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL Paciente encontra-se com baixo peso segundo IMC (classificação para idosos) e depleção leve, confirmada por demais medidas antropométricas e exame físico. Os valores abaixo da normalidade de hemoglobina e hematócrito podem refletir o baixo consumo de ferro e alimentar de modo geral. Não foi realizadaas pregas cutâneas e circunferência do quadril. 2.9 RECORDÁTORIO 24 HORAS Alimentos Quant. Med.Caseira Kcal CHO (g) PTN (g) LIP (g) Fibra (g) Sódio (mg) Desjejum: 08:20h Mingau de tapioca 27,0 1 Copo M 179,96 24,05 5,57 7,04 0,35 445,39 Lanche da manhã 09:40 Maçã 170g 1 Unidade 78 20,72 0,39 0,26 3,6 1,5 Almoço 11:20h Soja 86g 1 Cl de servir 14,78 8,54 14,28 7,72 5,39 0,86 ...... Feijão 80g 2 conchas 60,4 8,27 3,83 1,14 1,76 321,11 ....... Arooz 120g 3 ch de servir 149 30,56 2,78 1,42 0,59 331,04 Lanhe da tarde 16:00 Banana 150g 1unidade G 138 3,51 1,56 0,72 3,04 1,5 Jantar Sopa de legumes com carne 234g 3 conchas 1,55,77 9,59 8,33 9,43 1,33 510,26 2.9.1 Calculo kcal CHO Kcal 1g..............4 kcal 81,19..........x x=324,76 PTN Kcal 1g...........4 kcal 31,17.............x x=124,68 LIP Kcal 1g.............9 kcal 20,69.................x x= 186,21 2.9.2 Calculo porcentagem % CHO % 729,95............... 100% 324,76............... x x=44,49% PTN % 729,95............... 100% 124,66............... x x=17,07% LIP % 729,95............... 100% 186,21............... x x=25,50% %VET 729,95x100/1,393,1= 52,32% gPTN/kg de peso 31,17/39,86=0,78 Calorias não proteicas CHO+LIP=324 +186= 510,97 PTN/6,25= N 31,17/ 6,25 =4,98 Kcal não proteico/g N2 TOTAL = 510,97/ 4,98= 102,60 kcal/g de N 2.10 CÁLCULOS DA DIETA Data: 23.04 g CHO 81,19 g PNT 31,17 g LIP 20,69 Kcal CHO 324,76 Kcal PNT 124,68 Kcal LIP 186,21 Kcal Total Ingerida 729,95 % CHO 44,49 % PTN 17,07 %¨LIP 25,50 % de ingestão do VET 52,32 g PNT/Kg de peso 0,78 Kcal não proteico/g N2 102,60 A dieta oferecida pelo hospital é uma dieta geral, com valores nutricionais alterados, em relação as necessidades energéticas está hipocalórica, uma vez que, a ingestão diária não atinge o valor energético total das necessidades. 1. PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA O cálculo das necessidades calóricas foi estimado pela regra de bolso, ou seja, calorias por quilo de peso corporal atual. 39,86x35= 1, 395.1 (ESPEN 2006 E DITEN 2011). 1. MACRONUTRIENTES: 3.1.1 Calculo kcal CHO Kcal 1,395.1--------100% X-----------60% =837,06 PTN Kcal 1,395.1--------100% X-----------20% = 279,02 LIP Kcal 1,395.1--------100% X-----------25% =348,77 3.1.2 Calculo gramas CHO gramas 1g------------4kcal x------837,06kcal x=209,26 PTN gramas 1g------------4kcal x------279,02kcal x=69,75 LIP gramas 1g------------9kcal x------348,77kcal x=38,75 3.1.3 Calculo g/Kg PA/dia CHO 837,06/39,86= PTN 69,75/39,86=1,74 LIP 38,75/39,86=0.97 g/Kg PA/dia g/dia Kcal % VET Carboidratos 5,2 209,26 837,06 60% Proteínas 1,74 69,75 279,02 20% Lipídios 0,97 38,75 348,77 25% Fibras 20g/dia ou 14g/1.000kcal Sódio 2,400mg (CUPPARI /2005). 1. DIETA DESJEJUM Alimentos Quantidade(g) Med. Caseira Kcal Cho (g) Ptn (g) Lip (g) Fibra (g) Sódio (mg) Café com leite 240 1 copo de requeijão 75,46 6,16 4,13 13,78 0,56 51.91 Cuscuz de tapioca 120 1 ft P 140,09 18,61 5,3 4,92 0,28 120,46 LANCHE DA MANHÃ Alimentos Quantidade (g) Med. Caseira Kcal Cho (g) Ptn (g) Lip (g) Fibra (g) Sódio (mg) Mix de frutas Maça 170 1 Unid 78 20,72 0,39 0,26 3,6 1,5 Pera 130 1 unid 75,4 20,1 0,49 0,16 4,11 1,3 Uva 96 10 bago 66,24 17,38 0,69 0,15 0,86 1,92 ALMOÇO Alimentos Quantidade (g) Med. Caseira Kcal Cho (g) Ptn (g) Lip (g) Fibra (g) Sódio (mg) Arroz cozido 90 2 cl de servir 112,22 22,32 2,09 1,06 0,44 248,28 Feijão 120 2 conchas 101,64 18,32 6,65 0,48 11,18 0,82 Carne moída 60g 1 cl de servir 128,4 0 15,97 6,66 0 36,6 Alface picado 50 5 folhas 7,5 1,4 0,68 0,08 0,65 14 Tomate 30 3 ft 6,3 1,4 0,26 0,1 0,31 2,7 Pepino picado 150 3 cl rasa 19,5 4,16 1,03 0,2 1,02 3 LANCHE DA TARDE Alimentos Quantidade Med. Caseira Kcal Cho (g) Ptn (g) Lip (g) Fibra (g) Sódio (mg) Leite integral em pó 2 2 cl de sopa 13,88 10,75 7,36 7,48 0 103,8 Aveia em flocos 30 1 cl de servir 115,2 20,1 4,8 1,89 2,94 1,2 JANTAR Alimentos Quantidade Med. Caseira Kcal Cho (g) Ptn (g) Lip (g) Fibra (g) Sódio (mg) Sopa de legumes com carnes 520 1 prato fundo 149,69 19,81 8,47 4,06 3,34 1.732,19 Torrada de pão francês 10 2 ft 42,82 8,52 1,41 0,24 0,42 86,96 CEIA Alimentos Quantidade Med. Caseira Kcal Cho (g) Ptn (g) Lip (g) Fibra (g) Sódio (mg) Leite integral 200 1 copo de requeijão 124 9,8 6,2 6,4 X X TOTAL 1,366.77 199,55 64,66 37,09 29,48 2,300.85 %ADEQUAÇÃO VET 1,395.1---100 1, 366.7---X X=97,96% %ADEQUAÇÃO CHO 209,26---100 199,55----x X= 95,35% %ADEQUAÇÃO PTN 69,75-----100 64,66-----x X= 92,70% %ADEQUAÇÃO LIP 38,4----100 37,09---x X=96,58% CONDUTA NUTRICIONAL Dieta de consistência normal, hipercalórica, hiperglicidica, hiperproteica para atingir a necessidade energética, dieta adequada e equilibrada fornecendo a quantidade necessária de nutrientes para um bom funcionamento do organismo e com isso a redução da pressão arterial e glicose sanguínea. EVOLUÇÃO DE PRONTUARIO Paciente no leito, acordada, responsiva, acompanhada da filha. Relatou ferimento no pé há mais de 6 meses, resultando a dores e dificuldade para andar. Em relação aos sintomas gastrointestinais a paciente relatou sentir náuseas e nega os demais sintomas citados. A paciente apresentava pele com aspecto ressacado, olhos hipocorados e aparente desidratação, língua sem alterações, sem edema e sem depleção de massa magra. Refere que teve uma ingestão alimentar insatisfatória. Portadora das doenças crônicas: hipertensão arterial e diabetes mellitus. A paciente vem ingerindo dieta via oral atingindo apenas 52,32% do VET. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Borges, Terapia Nutricional no Diabetes Mellitus, p. 4, 2011. CUPPARI, Liliian. Guia de Nutrição, Nutrição clínica do adulto. 2. Ed. Baureri, Manole, 2005. KRAUSE, Alimentos, nutrição e dietoterapia. Ed 13, Cap 34, pág 1465, 2013. Klein, terapia nutricional na hipertensão, Rev Hospital universitário Pedro Ernesto, v. 14, n. 13, 2015. Dayara Aparecida Nogueira et al, mecanismos fisiopatológicos da hipertensão arterial sistêmica e as estruturas anatômicas envolvida v, p.6-7, 2014 APÊNDICE -CASO CLINICO ESTEATOSE HEPÁTICA E HIPERTENSÃO CURSO DE NUTRIÇÃO ESTAGIO HOSPITAL DE CLINICA DE ANANINDEUA CASO CLINICO ESTEATOSE HEPÁTICA E HIPERTENSÃO BELÉM-PARA 2018 ALINE FIALHO PORTAL AYLANE LIMA DE SOUSA ISANE CRISTINA FREITAS FRAZÃO ESTAGIO HOSPITAL DE CLINICA DE ANANINDEUA CASO CLINICO ESTEATOSE HEPÁTICA E HIPERTENSÃO Relatório de estágio supervisionado Apresentado como parte das exigências para graduação em Nutrição da Faculdade Integrada Brasil Amazônia. BELÉM-PARA 2018 INTRODUÇÃO 1. HIPERTENSÃO ARTERIAL A hipertensão arterial sistemática consiste em pressão arterial (a força exercida por unidade de área nas paredes das artérias) persistentemente elevada. Para ser definida como hipertensão arterial sistemática, a pressão arterial sistólica (Pas), a pressão arterial durante a fade contrações do ciclos cardíacos, precisa estar 120mmHg ou acima disso, ou a pressão arterial diastólica (PAD), a pressão durante a fase de relaxamento do ciclo cardíaco, precisa ser 80mmHg ou superior, isso é relatado como pressão arterial de mais de 120\80 mmGh. Se o indivíduo tem PAS de 120mmHg e PAD de 80mmHg., isso é interpretado como pressão arterial de 120\80mmug (KRAUSE, 2013). 1.1.2 Fisiopatologia A pressão arterial é determinada pela multiplicações do débito cardíaco pela resistência periférica (a resistência dos vasos sanguíneos para o fluxo sanguíneo). Assim, o diâmetro diminui (como na aterosclerose), a resistência e a pressão arterial aumentam.Por outro lado, quando o diâmetro aumenta (como no tratamento com fármacos vasodilatadores), a resistência e a pressão arterial diminuem (KRAUSE, 2013). Muitos sistemas mantém o controle homeostáticos da pressão arterial. Os reguladores mais importantes são o SNS para o controle a curto prazo e o rim para o controle a longo prazo. Em resposta a queda da pressão arterial, o SNS secreta noradrenalina, uma vasoconstritor que atua em pequenas artérias e arteríolas para aumentar a resistência periférica e elevar a pressão arterial. As condições que resultam em superestimação do SNC (KRAUSE, 2013). O rim regula a pressão a pressão arterial controla o volume de líquidos extracelular e a secreção de renina, que ativa o sistema renina-angiotensina. A pressão arterial anormal geralmente é multifatorial. Na maioria dos casos de hipertensão arterial sistemática, a resistência periférica aumenta essa resistência força o ventrículo esquerdo do coração a aumentar seu esforço para bombear o sangue através do sistema. Com o tempo, pode ocorre bloqueio ventricular esquerdo, eventualmente, IC (KRAUSE, 2013). 1.1.3 Recomendações A OMS recomenda um aumento na ingestão de potássio para reduzir a PA e o risco de DCV, em adultos, sugerindo uma ingestão de pelo menos 90 mmol/dia (3.510 mg/dia).27 O Programa de Educação em Hipertensão Canadense apresenta recomendação semelhante para indivíduos hipertensos: > 80 mmol/dia.10 No Brasil, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a ingestão média deste mineral em indivíduos com idade > 19 anos é de aproximadamente 2.000-2.500 mg/dia.24 As principais fontes dietéticas de potássio são frutas, vegetais, leguminosas e cerais integrais. Uma dieta rica em vegetais e frutas possibilita a ingestão de 2.000 a 4.000 mg de potássio/dia.20 Deve-se ter o cuidado de não orientar este aumento na ingestão de potássio para pacientes com hipercalemia ou que estejam em risco de desenvolver esta condição. Não se recomenda o uso de suplementos de potássio como método de redução da pressão arterial (KLEIN,2015). 1. ESTEATOSE HEPÁTICA De acordo com Moraes (2012) a doença hepática gordurosa não alcoólica é uma patologia na qual ocorre o excessivo acumulo de triglicerídeos no fígado, a forma inflamatória pode levar a fibrose avançada, cirrose e hepatocarcinoma. Sendo considerada uma doença metabólica, e sua prevalência eleva-se com o aumento de índice de massa corporal (IMC). A resistência à insulina pode levar a esteatose, mas algum tipo de estresse oxidativo é considerado como uma causa para que a doença progrida. Os pacientes podem ser assintomáticos, mas podem apresentar mal-estar, fraqueza e hepatomegalia. O tratamento consiste na perda de peso gradual, uso de substancias sintetizadoras de insulina e o tratamento da dislipidemia. (KRAUSE, 2013). Marques (2012) relata que a fisiopatologia da doença hepática não está completamente esclarecida, embora já reconheçam diversos fatores que predispõem a doença. É uma doença poligênica e multifatorial, na qual a associação de genes relacionados é exuberante e a participação do ambiente, relacionando a dieta e ao sedentarismo, também tem sua importância fundamentada. Resistência insulínica como condição inicial para o acúmulo de ácidos graxos no hepatócito (first hit), uma vez que favorece a lipogênese e inibe a lipólise, até mesmo no fígado, aumentando excessivamente o aporte de ácidos graxos a esse órgão, seguida do aumento do estresse oxidativo, estresse do retículo endoplasmático, disfunção mitocondrial e endotoxemia crônica. Este fígado esteatótico se tornaria vulnerável, levando à lesão hepatocelular, inflamação e fibrose. A deposição excessiva de gordura no fígado pode decorrer do aumento da oferta de ácidos graxos (AG) do tecido adiposo, aumento da síntese de novo de AG, aumento da gordura da dieta, diminuição da β-oxidação mitocondrial, diminuição da exportação de partículas de VLDL (very low density lipoprotein) ou destes fatores em combinação. Por outro lado, na doença hepatica oxidação de AG mitocondrial e a exportação de VLDL não são compatíveis com o aumento da síntese de AG, levando à esteatose. (Marques, 2012) Em indivíduos sadios, a oxidação mitocondrial é o mecanismo dominante de disposição de AG sobre condições fisiológicas normais, porém é uma grande fonte de espécies reativas de oxigênio (EROS). Vários estudos sugerem que nesta doença a função mitocondrial está diminuída, devido a alterações ultra estruturais. Essas alterações resultam em uma oxidação-fosforilação defeituosa e uma disfunção na cadeia respiratória gerando um aumento de EROS. O estresse oxidativo se estabelece quando as defesas intracelulares antioxidantes são insuficientes para detoxificar as EROS ou, também, quando há produção excessiva de EROS. Dentro desse contexto, o aporte excessivo de ácidos graxos ao fígado pode promover esgotamento da oxidação mitocondrial e aumento na produção de EROS, bem como a ativação de outras vias de oxidação lipídica (via peroxissomal e microssomal) que geram, por sua vez, mais EROS, aumentando o estresse oxidativo hepático. Esse aumento pode causar peroxidação lipídica, cujos produtos intermediários são importantes agentes pró-inflamatórios e parecem ativar fibroblastos, favorecendo a fibrogênese. Assim, o estresse oxidativo induz necroinflamação e fibrose no fígado gorduroso. A indução de EROS é também acelerada sob condições de RI e as adipocitocinas também podem influenciar o segundo evento. Fatores genéticos como a presença de alguns polimorfismos em genes que codificam enzimas antioxidantes podem predispor o indivíduo a ter uma reduzida capacidade antioxidante e com isso desenvolver formas mais graves. Em resumo, a interação de fatores genéticos e ambientais são importantes na fisiopatogênese da doença, por isso a grande dificuldade de tratar esta doença. (Cortez, 2012). 2. ATENDIMENTOS NUTRICIONAIS 2.1 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE Nome: A.R.S.D.S Hospital: Hospital de Clinicas de Ananindeua Sexo: Feminino Data de nascimento: 12.03.1947 Idade: 71 anos Enfermaria: H leito: 05 Data da internação: 02/05/2018 Data da avaliação: 03/05/2018 2.2 DADOS CLÍNICOS: 2.2.1 Queixa principal: Paciente relata dores na lombar, febre, dor abdominal e fraqueza. 2.2.3 História da Doença Atual: Náuseas, vômitos, esteatose hepática. 2.2.4 História da Doença Pregressa: Paciente relata gordura no fígado a 3 meses 2.2.5 História Familiar: Sem história familiar 2.2.6 Diagnóstico Clínico ou Impressão diagnóstica: Esteatose hepática. 2.3 SINTOMAS GASTROINTESTINAIS/ GERAIS Data: 03/05 Náuseas Presente Vômitos Presente Diarreia Presente Constipação Ausente Distensão abdominal Ausente Anorexia Ausente Disfagia Ausente Odinofagia Ausente 2.4 EXAME FÍSICO Data 03/05/2018 Pele Ressecada Olhos e Conjutiva Hipocorado Cabelo Caindo Unhas Frágeis Sinal da “asa quebrada” Ausente Bola de Gordura de Bichat: Sem depleção Abdome Normal Umbigo Normal Lábios Normal Musculatura paravertebrais Sem depleção Musculatura de pinçamento do polegar Sem depleção Mãos Normal Musculatura das regiões supra e infraclaviculares e fúrcula esternal Sem depleção Musculatura Temporal Sem depleção Dentes Sim Musculatura Estriado Sim Desidratação Sim Diagnóstico do Exame (Bem nutrido, Desnutrição leve ou moderada ou grave) Desnutrição moderado 1. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA Método Data: 23/04 Classificação Valor Peso estimado (kg) 33,65 Altura estimada (m) 1,42 IMC (kg/m2) 16,02 Baixo peso CB 26 % CB 86,9 Depleção Moderada CC 102 CQ 90 RCQ C Panturrilha 31 Altura do Joelho 41 cm INTERAÇÃO FÁRMACO-NUTRIENTE Medicamento Interação Fármaco-Nutriente/ efeito colateral Hidroclorizado A paciente faz uso de hidroclorizado para pressão alta, uma vez ao dia de 50 a 100 mg . A ação do medicamento consiste na diminuição da pressão arterial e geralmentese inicia dentro de 2 horas após a tomada da medicação, com duração de 6 a 12 horas. O período de maior efetividade é após duas horas e meia pós administração. Em geral, não interage com alimentos ou outros medicamentos. Alguns pacientes podem apresentar; dor de cabeça, sensibilidade exagerada da pele à luz; fraqueza, espasmo muscular; queda de pressão ao se levantar, náuseas, vômito. Losartana Potássica 2.8 DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL Paciente encontra-se em estado de desnutrição grau 2 segundo IMC (classificação para idosos) e depleção leve, confirmada por demais medidas antropométricas. Não foi realizada as pregas cutâneas e circunferência do quadril. 2.9 RECORDÁTORIO 24 HORAS Alimentos Quant. Med.Caseira Kcal CHO (g) PTN (g) LIP (g) Fibra (g) Sódio (mg) Desjejum: 08:20h Mingau de tapioca 27,0 1 Copo M 179,96 24,05 5,57 7,04 0,35 445,39 Lanche da manhã 09:40 Café com leite 150 g 1 Copo M 47,16 3,85 2,58 2,53 0,35 g 32,44 mg ....... Tapioca 50g 1 Und 168 41 1 0 ..... ..... Almoço 11:20h Soja 86g 1 Cl de servir 14,78 8,54 14,28 7,72 5,39 0,86 ...... Feijão 80g 2 conchas 60,4 8,27 3,83 1,14 1,76 321,11 ....... Arroz 120g 3 ch de servir 149 30,56 2,78 1,42 0,59 331,04 Lanhe da tarde 16:00 Laranja 360g 2 unidade M 169,2 42,48 3,38 0,43 6,84 ..... Jantar Sopa de legumes com carne 234g 3 conchas 1,55,77 9,59 8,33 9,43 1,33 510,26 2.9.1 Calculo kcal CHO Kcal 1g..............4 kcal 168,34 ..........x x=673,36 PTN Kcal 1g...........4 kcal 41,75 .............x x=167 LIP Kcal 1g.............9 kcal 29,71.................x x= 186,21 2.9.2 Calculo porcentagem % CHO % 962,27.............. 100% 673,36.............. x x= 69,97% PTN % 962,27........... 100% 167............... x x=17,35 % LIP % 962,27............... 100% 186,21............... x x= 19,35% %VET 962,275x100/1,177= 81,75% gPTN/kg de peso 167/33,65= 4,96 Calorias não proteicas CHO+LIP= 673,36 +186,21= 859,57 PTN/6,25= N 167/ 6,25 =26,72 Kcal não proteico/g N2 TOTAL = 859,57/ 26,72= 32,16 kcal/g de N 2.10 CÁLCULOS DA DIETA Data: 03.05 g CHO 168,34 g PNT 41,75 g LIP 29,71 Kcal CHO 673,36 Kcal PNT 167 Kcal LIP 267,39 Kcal Total Ingerida 962,27 % CHO 69,87 % PTN 17,35 %¨LIP 19,35 % de ingestão do VET 81,75 g PNT/Kg de peso 4,96 Kcal não proteico/g N2 32,16 A dieta oferecida pelo hospital é uma dieta geral, com valores nutricionais alterados, em relação às necessidades energéticas está hipocalórica, uma vez que, a ingestão diária não atinge o valor energético total das necessidades. 1. PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA O cálculo das necessidades calóricas foi estimado pela regra de bolso, ou seja, calorias por quilo de peso corporal atual. 33,65x35= 1.177,75 (ESPEN 2006 E DITEN 2011). 2. MACRONUTRIENTES: 3.1.1 Calculo kcal CHO Kcal 1,177.75--------100% X-----------60% =647,76 PTN Kcal 1,177.75--------100% X-----------20% = 235,55 LIP Kcal 1,395.1--------100% X-----------25% =294,43 3.1.2 Calculo gramas CHO gramas 1g------------4kcal x------647,76kcal x=161,94 PTN gramas 1g------------4kcal x------235,55kcal x=58,88 LIP gramas 1g------------9kcal x------294,43kcal x=32,71 3.1.3 Calculo g/Kg PA/dia CHO 647,76/33,65= 19,24 PTN 235,55/33,65=7 LIP 294,43/33,65=8,7 g/Kg PA/dia g/dia Kcal % VET Carboidratos 19,24 161,94 647 55% Proteínas 7 58,88 235 20% Lipídios 8,7 32,71 294 25% Fibras 20g/dia ou 14g/1.000kcal Sódio 2,400mg (CUPPARI /2005). 2. DIETA DESJEJUM Alimentos Quantidade(g) Med. Caseira Kcal Cho (g) Ptn (g) Lip (g) Fibra (g) Sódio (mg) Café com leite 240 1 copo de requeijão 75,46 6,16 4,13 13,78 0,56 51.91 Cuscuz de tapioca 120 1 ft P 140,09 18,61 5,3 4,92 0,28 120,46 LANCHE DA MANHÃ Alimentos Quantidade (g) Med. Caseira Kcal Cho (g) Ptn (g) Lip (g) Fibra (g) Sódio (mg) Abacate 80 4 cl de sopa 128,8 5,92 1,56 12,24 3,28 8 ALMOÇO Alimentos Quantidade (g) Med. Caseira Kcal Cho (g) Ptn (g) Lip (g) Fibra (g) Sódio (mg) Arroz cozido 90 2 cl de servir 112,22 22,32 2,09 1,06 0,44 248,28 Feijão 120 2 conchas 101,64 18,32 6,65 0,48 11,18 0,82 Picadinho cozido 60 1 cl de servir 128,4 0 15,97 6,66 0 36,6 Alface picado 50 5 folhas 7,5 1,4 0,68 0,08 0,65 14 Tomate 30 3 ft 6,3 1,4 0,26 0,1 0,31 2,7 Pepino picado 150 3 cl rasa 19,5 4,16 1,03 0,2 1,02 3 Suco de laranja, Cenoura e Beterraba 150 1copo amaericano 46,16 10,60 1,28 0,18 1,14 42,04 LANCHE DA TARDE Alimentos Quantidade Med. Caseira Kcal Cho (g) Ptn (g) Lip (g) Fibra (g) Sódio (mg) Leite desnatado 200 1 de requeijão 70 10 6 1 0 100 Aveia em flocos 30 1 cl de servir 115,2 20,1 4,8 1,89 2,94 1,2 JANTAR Alimentos Quantidade Med. Caseira Kcal Cho (g) Ptn (g) Lip (g) Fibra (g) Sódio (mg) Sopa de legumes com carnes 520 1 prato fundo 149,69 19,81 8,47 4,06 3,34 1.732,19 CEIA Alimentos Quantidade Med. Caseira Kcal Cho (g) Ptn (g) Lip (g) Fibra (g) Sódio (mg) Torrada de pão francês 15 3 ft 64,26 12,77 2,12 0,36 0,63 Suco de laranja, cenoura e beterraba 150 1copo amaericano 46,16 10,60 1,28 0,18 1,14 42,04 TOTAL 1.155,48 155,46 58,24 35,91 25,41 1.884,12 %ADEQUAÇÃO VET 1, 177,75---100 1.155,46---X X=98,10% %ADEQUAÇÃO CHO 161,94---100 155,46----x X= 95,99% %ADEQUAÇÃO PTN 58,88-----100 58,24-----x X=98,91 % %ADEQUAÇÃO LIP 32,71----100 35,09---x X=107,27% %ADEQUAÇÃO FIBRA 20---100 25,41---X X=127,05% %ADEQUAÇÃO SÓDIO 2.400,00---100 1.884,12----x X=78 % CONDUTA NUTRICIONAL Dieta de consistência normal, hipercalórica, hiperglicidica, hiperproteica para atingir a necessidade energética, dieta adequada e equilibrada fornecendo a quantidade necessária de nutrientes para um bom funcionamento do organismo e com isso a redução da pressão arterial e glicose sanguínea. EVOLUÇÃO DE PRONTUARIO Paciente no leito, acordada, responsiva, acompanhada da filha. Relatou sentir dores abdominais, mal estar, falta de apetite, e febre. Em relação aos sintomas gastrointestinais a paciente relatou sentir náuseas. Vômitos, diarreia e nega os demais sintomas citados. A paciente apresentava pele com aspecto ressacado, olhos hipocorados e aparente desidratação, língua sem alterações, sem edema e depleção de massa magra. Refere que teve uma ingestão alimentar insatisfatória. Portadora das doenças crônicas: hipertensão arterial e Esteatose Hepática. A paciente vem ingerindo dieta via oral atingindo apenas do VET 81,75% REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CUPPARI, Liliian. Guia de Nutrição, Nutrição clínica do adulto. 2. Ed. Baureri, Manole, 2005. CORTEZ, HELENA . Sociedade Brasileira de Hepatologia, p.9, 2012. RJ Disponível em: http://www.sbhepatologia.org.br/pdf/revista_monotematico_hepato.pdf Acessado em: 03/05/2018 Dayara Aparecida Nogueira et al, mecanismos fisiopatológicos da hipertensão arterial sistêmica e as estruturas anatômicas envolvida v, p.6-7, 2014 LOPES, E. M.; OLIVEIRA, E. A. R.; LIMA, L. H. O.; FORMIGA, L. M. F.FREITAS, R. M. Interações fármaco-alimento/nutriente potenciais em pacientes pediátricos hospitalizados. Rev.Cienc. Farm. Básica Apl.v. 33, n. 1, p. 131-135, 2013 MAHAM, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. KRAUSE: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 13º ed. p.384. Rio de Janeiro, 2013. MARQUES, Claudia. Sociedade Brasileira de Hepatologia, p.8. 2012. RJ Disponível em: http://www.sbhepatologia.org.br/pdf/revista_monotematico_hepato.pdf Acessado em: 03/05/2018 MORAES, Henrique. Sociedade Brasileira de Hepatologia, p.4. 2012. RJ Disponível em: http://www.sbhepatologia.org.br/pdf/revista_monotematico_hepato.pdf . Acessado em: 03/05/2018 MORAES, l. et al. Interações fármaco-alimento/nutrientepotenciais em pacientes hospitalizados. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, Piauí, v 34, p.132, 2013. KRAUSE, Alimentos, nutrição e dietoterapia. Ed 13, Cap 34, pág 1465, 2013. Klein, terapia nutricional na hipertensão, Rev Hospital universitário Pedro Ernesto, v. 14, n. 13, 2015. APÊNDICE- CASO CLINICO CIRROSE HEPATICA, PEDRA NO RIM, CÁLCULO NO URETER CURSO DE NUTRIÇÃO ESTAGIO HOSPITAL DE CLINICA DE ANANINDEUA CASO CLINICO CIRROSE HEPATICA, PEDRA NO RIM, CÁLCULO NO URETER BELÉM-PARA 2018 ALINE FIALHO PORTAL AYLANE LIMA DE SOUSA ISANE CRISTINA FREITAS FRAZÃO ESTAGIO HOSPITAL DE CLINICA DE ANANINDEUA CASO CLINICO CIRROSE HEPATICA, PEDRA NO RIM , CÁLCULO NO URETER Relatório de estágio supervisionado Apresentado como parte das exigências para graduação em Nutrição da Faculdade Integrada Brasil Amazônia. BELÉM-PARA 2018 INTRODUÇÃO 1.1 CIRROSE HEPÁTICA Cirrose é o nome genérico que se dá à patologia que transforma as células originais do tecido de um órgão em tecido fibroso. É um processo cicatricial e acontece em virtude da ação de diversos elementos agressores. Com isso, o órgão perde sua especificidade funcional, porque o tecido fibroso não desempenha qualquer função fisiológica. Geralmente o termo cirrose, sem adjetivação, é utilizado para designar a fibrose do fígado porque esse é, de longe, o tipo mais comum de cirrose (JUNIOR, 2014). A cirrose hepática surge devido a um processo crônico e progressivo de inflamações, que resultam numa fibrose difusa, na formação de nódulos, e frequentemente, necrose celular. Esse processo estrangula a circulação do sangue que chega ao fígado através da veia porta (grande tronco venoso que drena o sangue vindo do sistema digestivo para o fígado), provocando um aumento de pressão no interior desta veia e a uma insuficiência hepática progressiva que pode terminar numa falência total do fígado (JUNIOR, 2014). Cirrose Hepática é a alteração crônica e irreversível do fígado caracterizada por um grau de fibrose difusa e substituição de tecido hepático por nódulos regenerativos de estrutura anormal. Os sinais clínicos são semelhantes aos da insuficiência hepática crônica. Exames bioquímicos e ultrassonografia são importantes para o diagnóstico da Cirrose Hepática. O tratamento é feito com protetores hepáticos, dieta controlada e constante monitoramento, já que a Cirrose Hepática não tem cura (JUNIOR, 2014). 1.2 FISIOPATOLOGIA A partir da instalação do processo de cirrose, ocorrem alterações na hemodinâmica hepática, caracterizadas por compressão venosa com aumento da resistência ao fluxo. Tais alterações são responsáveis pela hipertensão porta. Esta acaba por gerar vasodilatação venosa e formação de conexões portossistêmicos, intra e extra-hepáticas, com irrigação inadequada dos nódulos regenerativos. Esta vasodilatação ocorre principalmente no leito vascular esplâncnico, com aumento do diâmetro da veia porta (SILVA, 2013). O desenvolvimento de circulação colateral, em associação com a hipertensão porta, pode envolver tanto a abertura de vasos sangüíneos pré-formados quanto a neoformação vascular ou angiogênese. A presença de vasodilatação, shunts, ou ambos, pode levar ao desenvolvimento de circulação hiperdinâmica, que consiste em alterações hemodinâmicas caracterizadas por aumento do débito e da freqüência cardíaca, que se associam à diminuição da resistência vascular sistêmica e queda da pressão arterial. (SILVA, 2013). A patogenia da circulação hiperdinâmica ainda é pouco compreendida, porém existem evidências que ela esteja associada a mecanismos locais e neuro-humorais envolvidos na regulação da hemodinâmica e da excreção de sódio. Tal processo ocorre em graus variáveis, de acordo com o estádio da doença hepática (SILVA, 2013). TERAPIA NUTRICIONAL CIRROSE HEPATICA A terapia nutricional é bastante recomendada para esses pacientes, pois reduz o risco de complicações futuras como encefalopatia hepática, infecções, risco de mortalidade pós-operatória, além de melhorar a função hepática e manter ou recuperar o peso adequado. O fornecimento de dieta normoproteica está associado a um efeito benéfico na redução do catabolismo proteico, quando comparadas a dietas restritas (SOUZA,2013). Os valores inadequados de proteínas para pacientes com encefalopatia hepática, podem contribuir para perda de peso devido à proteólise intensa de proteínas viscerais e musculares. Recomenda-se a seleção e distribuição equitativa da fonte da proteína que será ofertada para esses pacientes. Ou seja, reduzir em grande quantidade a proteína para esses pacientes não traz benefícios, especialmente em pacientes cirróticos, durante episódio de encefalopatia (SOUZA, 2013). PEDRA NO RIM (CALCULO RENAL OU LITÍASE) A litíase renal resulta de formações sólidas de cristais normalmente dissolvidos na urina. É uma patologia com uma incidência e prevalência crescentes, estimando-se que possa afectar 14.8% da população mundial e 1% da população trabalhadora por ano. Embora os factores genéticos influenciem o risco de desenvolver litíase renal, alterações a este nível surgem a um ritmo muito lento, sendo os factores ambientais os prováveis determinantes das alterações que se verificaram nos últimos anos. Cerca de 80% dos cálculos formados têm na sua constituição cálcio (principalmente oxalato de cálcio, mas também fosfato de cálcio), sendo os restantes constituídos por ácido úrico e outras substâncias. (BARRETO,2017) A formação do cálculo renal não é súbita. Ela leva alguns meses e acontece em função de um desequilíbrio nas substâncias que compõem a urina. “A litíase ou pedra nos rins pode ter origem genética, metabólica ou ser causada por maus hábitos alimentares”, (BARRETOS,2017) Ou faltam elementos que diluam o cálcio presente na urina, como a água e o citrato (substância presente nas frutas cítricas, por exemplo, e que combate a agregação do cálcio), entre outros, ou há excesso de cálcio na urina, provocado por alto consumo de sódio. Nem só de cálcio são compostas as pedras. Apesar de serem menos comuns, elas podem ser produzidas pelo excesso de ácido úrico excretado na urina devido a um distúrbio metabólico. Existem ainda cálculos formados por infecção ou pela metabolização de alguns medicamentos. ( Barretos,2017) FISIOPATOLOGIA A fisiopatologia da litíase renal ainda seja repleta de questões e não exista um processo único e universal de formação que se aplique a todos os cálculos e pacientes, o modo como um mineral se acumula numa solução e se torna um cálculo clinicamente evidente parece ser semelhante. (ORTIZ,2011) 1.5.1 Saturação Para haver a formação de cálculo, a urina deve conter uma quantidade excessiva de minerais. Para todas as soluções, a urina inclusive, existe uma quantidade máxima de sal que se pode ser dissolvida numa solução estável. A concentração nesse ponto é denominada de produto de solubilidade termodinâmico. Com aumento na concentração do sal acima de seu produto de solubilidade, existe um segundo ponto em que a solução se torna instável e começa o processo de cristalização. (ORTIZ,2011) 1.5.2 Nucleação É a formação da menor unidade de um cristal, o primeiro passo na formação de um cálculo (ORTIZ,2011) A formação de uma urina saturada ou supersaturada propicia a nucleação de cristais, podendo esta ser homogênea ou heterogênea. Homogênea: ocorre quando o cristal formado serve de nicho para a deposição de outros cristais semelhantes. Heterogênea: resulta na deposição de cristais sobre um nicho constituído por macromoléculas, impurezas ou outro cristal quimicamente diferente .(ORTIZ,2011) 1.5.3 Agregação É o processo em que ocorre a junção dos cristais, resultante de forças intermoleculares e que leva ao aparecimento de grandes partículas que podem ficar retidas no sistema coletor.(ORTIZ,2011) Nessa situação, os cristais ligam-se uns aos outros formando aglomerados. Essa deposição é influenciada pela saturação e interações iônicas. Os compostos orgânicos também podem se aderir ao núcleo e facilitar a agregação de cristais. .(ORTIZ,2011) 1.5.6 Retenção Para formação do cálculo é necessário a retenção do cristal. Se cristais que sofreram nucleação e agregação forem eliminados com o fluxo urinário, um cálculo clinicamente evidente não se formará. (ORTIZ,2011) Existem dois mecanismos propostos de retenção de um cristal. Numa delas (hipótese da partícula livre), o processo de nucleação ocorreria dentro da luz do túbulo.(ORTIZ,2011) . Com deslocamento do cristal pelos túbulos renais, ocorreria rápida agregação e formação de uma estrutura grande o suficiente para ficar retida em nível das papilas renais. A segunda teoria (hipótese da partícula fixa) preconiza que após lesão química no urotélio, que normalmente atua impedindo a aderência do cristal, ocorreria aderência de cristais num ponto do sistema coletor renal, prolongando o tempo de exposição à urina supersaturada e facilitando a agregação e o crescimento do cálculo .(ORTIZ,2011) TERAPIA NUTRICIONAL Apesar de ser influenciada por outros fatores, a composição da urina é grandemente determinada pela composição da dieta do indivíduo. Vários estudos evidenciaram que a dieta típica dos países industrializados, rica em sódio, em proteínas de origem animal e bebidas adoçadas com açúcar e frutose, tem como consequência uma elevada excreção de cálcio, ácido úrico, oxalato e fósforo e uma diminuição do citrato e pH uriná- rios, favorecendo, assim, a formação dos cálculos. Por outro lado, um consumo adequado de frutas, legumes e verduras parece ser um fator protetor para a formação dos cálculos, por estar diretamente relacionado à ingestão de fatores antilitogênicos como potássio, magnésio, citrato e fitato (Nerbass, 2014). As orientações dietéticas para os formadores de cálculos Orientação dietética e litíase renal Dietary counseling and nephrolithiasis de oxalato de cálcio não são exatamente as mesmas empregadas para indivíduos que apresentam cálculos de ácido úrico. E, para aqueles cujos cálculos são de origem infecciosa (estruvita), nenhuma influência da composição da dieta foi evidenciada.2 De qualquer forma, um hábito que deve ser aconselhado a todos os indivíduos com nefrolitíase é o aumento da ingestão hídrica, para a diminuição da concentração urinária dos componentes litiásicos. Embora a quantidade exata não tenha sido ainda estabelecida, o consumo mínimo de 30 ml/kg de peso por dia deve ser encorajado (Nerbass, 2014). 2. ATENDIMENTOS NUTRICIONAIS 2.1 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE Nome: A.S.C Hospital: Hospital de Clinicas de Ananindeua Sexo: Masculino Data de nascimento: 20.07.49 Idade: 69 anos Enfermaria: B leito: 08 Data da internação: 03/05/2018 Data da avaliação: 08/05/2018 2.2 DADOS CLÍNICOS: Queixa principal: Dor no estômago Diagnóstico de admissão: Cirrose Hepática, pedra no rim História da Doença atual: Paciente refere sentir dor no estômago, epigastralgia, abdome globoso, palidez cutânea, febre, edema no membro inferior. História da doença pregressa: paciente relata pedra na vesícula a mais de 3 anos História familiar: Sem história familiar 2.3 SINTOMAS GASTROINTESTINAIS/ GERAIS Data: 07/05 Náuseas Presente Vômitos Presente Diarreia Ausente Constipação Presente Distensão abdominal Presente Anorexia Ausente Disfagia Ausente Odinofagia Ausente 2.4 EXAME FÍSICO Data 23/04/2018 Pele Ressecada Olhos e Conjutiva Hipocorado Cabelo Normal Unhas endurecidas Sinal da “asa quebrada” Ausente Bola de Gordura de Bichat: Sem depleção Abdome Inchado Umbigo Normal Lábios Normal Musculatura paravertebrais Sem depleção Musculatura de pinçamento do polegar Sem depleção Mãos Normal Musculatura das regiões supra e infraclaviculares e fúrcula esternal Sem depleção Musculatura Temporal Sem depleção Dentes Sim Musculatura Estriado Sim Desidratação Sim Diagnóstico do Exame (Bem nutrido, Desnutrição leve ou moderada ou grave) Desnutrição moderada 2. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA Método Data: 07/05 Classificação Valor Peso estimado (kg) 48,11 Altura estimada (m) 1,54 IMC (kg/m2) 20,29 PESO NORMAL CB 26cm % CB 86 Depleção moderada CC XX CQ XX RCQ C Panturrilha 34 Altura do Joelho 46 cm 2.6 EXAME BIOQUÍMICO HEMOGRAMA · Série Vermelha Data 08/05/2018 Valores de Referência Homens Mulheres Hemácias X 4,7 a 6,1 M/mm3 4,2 a 5,4 M/mm3 Hemoglobina 11,3 13,8 a 17,2 g/dL 12,1 a 15,1g/dL Hematócrito 36 40,7 a 50,3 % 36,1 a 44,3 % VCM1 82 e 98 fL2 HCM3 27 a 34 pg4 CHCM5 32 a 36g/dL RDW 11 e 14,5 ou 15%. · Série Branca Valores de Referência Leucócitos 18.700 8.000/mm3 Linfócitos 10 35 a 90 fL 2.8 DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL Paciente encontra-se com peso adequado segundo IMC (classificação para adultos) e depleção moderada, confirmada por demais medidas antropométricas e exame físico. Os valores abaixo da normalidade de hemoglobina e hematócrito podem refletir o baixo consumo de ferro e alimentar de modo geral. Não foi realizada as pregas cutâneas e circunferência do quadril. 2.9 RECORDÁTORIO 24 HORAS Alimentos Quant. Med.Caseira Kcal CHO (g) PTN (g) LIP (g) Fibra (g) Sódio (mg) Desjejum: 08:20h Mingau de tapioca 27,0 1 Copo M 179,96 24,05 5,57 7,04 0,35 445,39 Lanche da manhã 09:40 Mamão 155 1 Banda M 60,45 15,21 0,95 0,22 2,79 4,65 Almoço 11:20h Soja 86g 1 Cl de servir 14,78 8,54 14,28 7,72 5,39 0,86 ...... Feijão 80g 2 conchas 60,4 8,27 3,83 1,14 1,76 321,11 ....... Arroz 120g 3 ch de servir 149 30,56 2,78 1,42 0,59 331,04 Lanhe da tarde 16:00 Banana 75 1 Und M 69 17,55 0,78 0,36 1,52 0,75 Jantar Sopa de legumes com carne 234g 3 conchas 1,55,77 9,59 8,33 9,43 1,33 510,26 2.9.1 Calculo kcal CHO Kcal 1g..............4 kcal 113,77..........x x=455,08 PTN Kcal 1g...........4 kcal 36,26.............x x=145,04 LIP Kcal 1g.............9 kcal 27,33.................x x= 245,97 2.9.2 Calculo porcentagem % CHO % 689,36............... 100% 455,08............... x x=66,01% PTN % 689,36............... 100% 145,08............... x x=21,04% LIP % 689,36............... 100% 245,97............... x x=35,68% %VET 689,36x100/1,683,3= 40,95% gPTN/kg de peso 36,26/48,11=0,75 Calorias não proteicas CHO+LIP=165,37 +334,907= 499,44 PTN/6,25= N 36,26/ 6,25 =8,80 Kcal não proteico/g N2 TOTAL = 499,44/ 5,80= 861,11kcal/g de N 2.10 CÁLCULOS DA DIETA Data: 07.05 g CHO 113,77 g PNT 36,26 g LIP 27,33 Kcal CHO 455,08 Kcal PNT 145,04 Kcal LIP 245,97 Kcal Total Ingerida 689,36 % CHO 66,01 % PTN 21,04 %¨LIP 35,68 % de ingestão do VET 40,95 g PNT/Kg de peso 0,75 Kcal não proteico/g N2 861,11 A dieta oferecida pelo hospital é uma dieta geral, com valores nutricionais alterados, em relação as necessidades energéticas está hipocalórica, uma vez que, a ingestão diária não atinge o valor energético total das necessidades. 1. PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA O cálculo das necessidades calóricas foi estimado pela regra de bolso, ou seja, calorias por quilo de peso corporal atual. 48,11x35= 1, 683.85 (ESPEN 2006 E DITEN 2011). 3. MACRONUTRIENTES: 3.1.1 Calculo kcal CHO Kcal 1,683,85--------100% X-----------55% =926,11 PTN Kcal 1,683,85--------100% X-----------20% = 336,77 LIP Kcal 1,683.85--------100% X-----------25% =420,96 3.1.2 Calculo gramas CHO gramas
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