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Introdução Anatomia é a ciência que estuda macro e microscopicamente a constituição e desenvolvimento dos seres vivos. História 1. Menés(Egito): primeiro manual de anatomia 2. Homero(Ilíada): descreve as feridas ocorridas em batalha 3. Hipócrates(Grécia antiga): anatomia significativa, dissecção, pai da medicina e fundador da Ciência Anatomia 4. Aristóteles: fundador da Anatomia Comparada 5. Leonardo da Vinci: criou diversas obras e estudos sobre a anatomia 6. Andreas Vesalius: pai da anatomia moderna Divisões do corpo humano ● Cabeça ● Pescoço ● Tronco: tórax, abdômen, pelve ● Membro superior: ombro(raiz), membros livres(braço, cotovelo, antebraço, punho, mão) ● Membro inferior: quadril(raiz), membros livre(coxa, joelho, perna, tornozelo e pé) Posição Anatômica Posição padrão para descrição ● De pé na posição ortostática ● olhos mirados no horizonte ● membros inferiores unidos ● calcanhares unidos ● membros superiores junto ao tronco ● palma da mão voltada para frente Planos de delimitação do corpo Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado por planos tangentes à sua superfície, os quais, ao formarem intersecções, formam um paralelepípedo(suas faces = planos). ● dois planos verticais frontais (ventral/anterior e dorsal/posterior) ● dois planos verticais laterais(direito e esquerdo) ● dois planos horizontais (cranial/superior e podálico/inferior) Eixos e planos de secção do corpo Planos e eixos que dividem o corpo em duas metades. Sagital=mediano(quando é dividido no meio) coronal=frontal transversal=axial Termos de posição e direção Nas descrições anatômicas, serão utilizados os planos de secção como referência para a localização de determinadas estruturas. Por exemplo, estruturas que se situam mais próximas do plano mediano, em relação à outras, são denominadas mediais, enquanto as outras são denominadas laterais(mais próximas ao plano lateral). Assim, existem as estruturas cranianas, caudais, dorsais, ventrais. Todavia, nos membros, usa-se como referência a proximidade de estruturas com a raiz do membros. Por exemplo, componentes mais próximos à raiz são denominados proximais, enquanto os mais longos são os distais, como em a mão é distal em relação ao cotovelo. Princípios gerais de construção do corpo O corpo é construído seguindo determinados princípios fundamentais: ● Antimeria: plano mediano divide o corpo em duas metades(antímeros), sistema bilateral. A antimeria não é perfeita, principalmente na região interna do organismo ● Metameria: superposição, no sentido longitudinal, de segmentos semelhantes, como na coluna vertebral e na caixa torácica ● Paquimeria: princípio segundo o qual o segmento axial do corpo do indivíduo é constituído por dois tubos, os paquímeros, anterior(vísceras) e posterior(cavidade craniana e o canal vertebral) ● Estratificação(endo, meso e ectoderma) ● Segmentação Princípios de normalidade do corpo Normal é a estrutura do corpo funcionalmente ativa e estatisticamente comum. Variação anatômica Pequenas alterações na normalidade sem comprometimento da função, ou seja, o indivíduo continua sadio. Podem ser alterações externas ou internas. Os fatores gerais de variação anatômica são: idade, sexo, “raça”, biotipo (longilíneo, mediolíneo e brevilíneo), evolução Anomalia Grandes alterações da normalidade ou grandes variações que apresentam perturbações da função. Podem ser congênitas ou adquiridas(lesão, doença). Monstruosidade Alterações profundas no plano de construção do corpo, normalmente, incompatíveis com a vida. Sistema Nervoso Divisão do SN O SN é dividido em 2 ● SNC, porção receptora de estímulos, de comandos e desencadeadora de respostas. Composto pelo encéfalo, medula, constituintes neurais do sistema fotorreceptor e meninges. ● SNP, vias que conduzem os estímulos ao SNC ou que os levam até os órgãos efetuadores. Composto por nervos periféricos, gânglios sensitivos, gânglios autônomos Embriologia do SN O sistema nervoso é formado a partir do ectoderma. Na 2° semana de vida do embrião, ele forma a placa neural, que é o achatamento de células ectodérmicas. A partir de então, essa placa começa a invaginar e forma o sulco neural. Posteriormente, é formada a gota neural (formada pela maior invaginação do sulco) e pela criação das cristas neurais, delimitadas pelas pregas neurais. No último estágio de formação, as pregas neurais se fundem e o tubo neural é formado, as cristas se separam da goteira. Os elementos do SNC se formam a partir do tubo neural. Já o SNP é formado a partir das cristas. O tubo neural se fecha primeiramente na sua área central, formando dois neuróporos, neuróporo rostral (superior) e o caudal (inferior). O neuróporo rostral forma todo o encéfalo e o caudal, a medula espinhal. Sendo assim, o neuróporo rostral se divide em 3 dilatações: prosencéfalo(superior), mesencéfalo e rombencéfalo(inferior). Dessa forma, o prosencéfalo forma o telencéfalo, hemisférios cerebrais, e o diencéfalo (juntos originam o cérebro); o mesencéfalo continua inalterado; o rombencéfalo forma o metencéfalo (origina o cérebro e a ponte) e o mielencéfalo (origina o bulbo). Função Controla e coordena as funções de todos os sistemas do organismo e ainda, recebendo estímulos aplicados à superfície do corpo animal, é capaz de interpretá-los e de desencadear, eventualmente, as respostas adequadas ao estímulo. Componentes ● Neurônios ● Células gliais: astrócitos, oligodendrócitos, células de Schwann, células ependimais, microglia O neurônio Unidade morfofuncional do SN, células altamente excitáveis que se comunicam entre si, com músculos e glândulas. Coletam informações, processam e geram respostas através de redes. São derivados do tubo neural. A maioria dos neurônios do SNC estão aglomerados em núcleos, colunas(ou camadas) e dispersos na substância cinzenta. Já os do SNP, estão confinados em gânglios. Os neurônios, geralmente, não podem ser substituídos quando danificados(célula pós mitótica). Existem 3 tipos de neurônios: ● Aferente(ou sensitivo): função de levar ao sistema nervoso central informações sobre as modificações ocorridas no meio externo e interno. Seus corpos são localizados em gânglios sensitivos situados junto ao SNC ● Eferente(ou motor): conduz o impulso nervoso ao órgão efetuador(músculo ou glândula) ● Associação( ou interneurônio): faz conexão entre os neurônios(grande maioria), seu corpo celular está sempre dentro do SNC O neurônio é dividido em 3 regiões funcionais: ● Corpo celular(pericário ou soma): centro metabólico do neurônio, responsável pela síntese de todas as proteínas neuronais, bem como pela maioria dos processos de degradação e renovação dos constituintes celulares. Os corpos celulares são encontrados no SNC: na substância cinzenta, e no SNP: em gânglios e em alguns órgãos sensoriais. ● Dendritos: especializados em receber estímulos. São curtos e ramificam-se profusamente. Recebem e integram impulsos numerosos de outros neurônios. ● Axônio: prolongamento longo e fino que se origina do corpo ou de um dendrito principal, em uma região denominado cone de implantação, especializado na condução do impulso nervoso. Geralmente, na sua terminação,sofre arborização e estabelecer comunicações com outros neurônios ou células efetuadoras. O axônio junto com seus envoltório é chamado de fibra nervosa. O citoplasma do axônio(ou axoplasma) é muito pobre em organelas(poucas mitocôndrias, alguns REL) e sua porção final é denominada telodendro. Alguns neurônios especializam-se em secreção e são denominados neurônios neurosecretores(neurônios do hipotálamo). No SNC é possível cestínguir duas áreas: ● Substância branca: contém fibras nervosas mielínicas e neuroglia ● Substância cinzenta: contém os corpos dos neurônios e fibras amielínicas, além da neuroglia. Os neurônios podem ser classificados de acordo com a sua forma e o número de ramificações do corpo celular Gânglios São agregados de somas neurais e possuem forma e tamanho variáveis. Cada gânglio está envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso. Há os gânglios sensitivos, motores, autônomos e entéricos. Impulso nervoso É a propagação da diferença de potencial e tem a função de transmitir informações a outros neurônios, músculos ou glândulas. Sinapses Local de transmissão unidirecional de informação entre os neurônios(sinapse interneuronais) ou entre os neurônios e as células efetuadoras. Há 2 tipos de sinapses: ● Elétricas: ocorre entre dois neurônios através de canais iônicos concentrados em cada uma das membranas plasmáticas. ● Químicas: é a grande maioria das sinapses interneuronais e todas neuroefetuadoras, ocorre por meio da liberação de uma substância, o neurotransmissor(moléculas que podem se ligar a proteínas da membrana). Sua constituição é formada por um terminal axônico(pré-sináptico), que leva o sinal, e o terminal pós-sináptico. Células gliais As células gliais variam em tipo e número de acordo com as diferentes regiões do SN. ASTRÒCITOS: Os astrócitos são neuróglias em forma de estrela, mais numerosas, dão aporte estrutural do SNC, regulação do fluxo sanguíneo, manutenção da homeostase bioquímica, função das sinapses e metabolismo do SNC. Além disso, os astrócitos também auxiliam na formação e manutenção da barreira hematoencefálica. OLIGODENDRÓCITOS: núcleo redondo e o seu citoplasma contém numerosas mitocôndrias, microtúbulos e glicogênio; são produtoras de mielina do SNC(até 50 axônios), que formam a substância branca. CÉLULAS DE SCHWANN: fazem a bainha de mielina(cada bainha é uma célula) do SNP atuam na regeneração nervosa após uma lesão. Na ausência de uma bainha de mielina e nódulos de Ranvier, a condução ao longo dos axônios não mielinizados não é saltatória, porém é eletrotônica, assim, a passagem de impulsos é relativamente lenta (aproximadamente 0,5–4,0 m/s). MICRÓGLIA: ela é ativada por lesões traumáticas e isquêmicas do encéfalo, fazem papéis importantes nas sinapses e na proteção imunológica do SNC(atividade fagocitária), em processos inflamatórios. Originada do tecido hematopoético. A micróglia tem núcleos alongados com heterocromatina periférica. EPÊNDIMA: formam um epitélio simples, que produzem a movimentação do líquido cefalorraquidiano, por meio dos seus cílios apicais. Esse epitélio não tem lâmina basal. Fluxo Axoplasmático Consiste nos transportes bidirecionais de vesículas e organelas pelo neurônio(axônio-soma). Ocorrem dois tipos de movimento: um lento e um rápido. ● Transporte axonal lento é um fluxo bruto de axoplasma na direção anterógrada, do soma → terminal axônico, a velocidade é de aproximadamente 0,1-3 mm p/ dia, que carrega consigo proteínas citoesqueléticas e proteínas solúveis (s/ vesícula). ● Transporte axonal rápido é o transporte de material vesicular delimitado por membrana (endossomos e vacúolos autofágicos lisossômicos) e mitocôndrias nas direções retrógrada (terminal → soma, 200 mm) e anterógrada (40 mm p/ dia). Em contraste com o lento, o fluxo rápido depende do transporte feito pelos microtúbulos, associados às cinesinas(anterógrado) e às dineínas(retrógrado). Nervos periféricos As fibras nervosas aferentes conectam receptores periféricos ao SNC: elas são derivadas de corpos celulares neuronais localizados em órgãos dos sentidos especiais (p. ex., o epitélio olfatório) ou nos gânglios sensitivos dos nervos cranianos e espinais. Fibras nervosas eferentes conectam o SNC às células e tecidos efetores: elas são os axônios periféricos dos neurônios que têm seus somas na substância cinzenta central. As fibras nervosas periféricas são agrupadas dentro de feixes preenchidas por um TC(endoneuro), denominados fascículos. Os fascículos individuais são envolvidos por um perineuro com múltiplas camadas que, por sua vez, é revestido pelo epineuro. O epineuro é uma condensação de tecido conjuntivo frouxo(contém fibroblastos e colágenos I e III), quanto mais fascículos estão presentes em um nervo periférico, mais espesso é o epineuro, sua função é acolchoar o nervo que ele envolve. O perineuro é uma barreira, que contém cerca de 15-20 camadas de células poligonais e colágeno. Dentro de cada camada as células fazem junções ocludentes extensas, a qual é compatível com a função de barreira à difusão metabólica, além de manter o meio osmótico e a pressão do líquido do endoneuro. O endoneuro consiste em uma matriz fibrosa composta de colágeno tipo III, condensados em torno de unidades individuais de célula de Schwann–axônio e de vasos endoneurais. Os componentes fibrosos do endoneuro estão imersos em um líquido endoneural com pressão maior que a externa. Existem outros tipos de células(fibroblastos, mastócitos…) e vasos sanguíneos no endoneuro. MEDULA ESPINAL(ANATOMIA INTERNA) A medula é a conexão do sistema nervoso periférico com o central, pois há a enraização de nervos em cada segmento medular em duas raízes, a raiz dorsal(nervos sensitivos) e raiz ventral(nervos motores) , entre essa inervação há um nervo associativo. Em uma secção transversa, a medula é dividida e de modo incompleto em metades simétricas por um sulco mediano posterior e uma fissura mediana anterior. Ela consiste de uma camada externa de substância branca e um centro interno de substância cinzenta. A quantidade de subs. cinzenta reflete a quantidade de neurônios, nas intumescências cervical e lombossacral essa quantidade é maior, devido a inervação do membros. Há, ainda um canal central ao longo de toda medula, contendo líquido cerebrospinal(LCS), com suas paredes revestidas de cílios (epêndima). Embriologia da medula Após a sexta semana do embrião, o tubo neural começa a ficar com suas paredes laterais mais espessas para formar o sulco limitante ao longo do canal central. Um par de lâminas alares se forma dorsalmente ao sulco limitante e um par de lâminas alares se forma ventralmente. Essas lâminas, na nona semana, se diferenciam nos cornos posteriores, anteriores e laterais da substância cinzenta da medula. As fibras nervosas posteriores e seus gânglios são formados a partir dos derivados da crista neural, que se separaram do tubo neural. Substância cinzenta A substância cinzenta(interna) é descrita como forma de borboleta ou letra H, que consiste em 4 massas celulares ligadas, os cornosanterior e posterior, direito e esquerdo O corno posterior é o local de término das fibras aferentes, que entram na medula por meio de raízes posteriores. Já o corno anterior, contém corpos celulares de neurônios eferentes cujas fibras nervosas (axônios) deixam a medula espinal nas raízes nervosas anteriores. Um pequeno corno lateral está presente nos níveis torácico e lombar, é uma pequena projeção lateral de substância cinzenta localizada entre os cornos posterior e anterior; ele contém os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares. A substância cinzenta da medula espinhal consiste em uma série de agrupamentos celulares descontínuos associados com seus nervos espinais correspondentes organizados de forma segmentar. Esses agrupamentos formam “camadas”, conhecidas como “Lâminas de Rexed”, que vão de I à V. ● Lâminas I-VI são sensoriais ● VII é autonômica e espinocerebelar ● VIII e IX são motoras ● X circunda o canal central Raízes espinais Em suma, há 31 pares de nervos espinais (8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais, 1 coccígeo), que contêm uma mistura de fibras sensoriais e motoras. Eles se originam da medula espinal como séries contínuas de radículas nervosas posteriores e anteriores. Grupos adjacentes de radículas se fundem, formando raízes posteriores e anteriores, que se unem então formando os nervos espinais propriamente ditos. As raízes posteriores dos nervos espinais contêm fibras nervosas aferentes de corpos celulares localizados em gânglios da raiz posterior. As raízes anteriores dos nervos espinais contêm fibras eferentes de corpos celulares localizados na substância cinzenta espinal. Elas incluem os neurônios motores que inervam os músculos esqueléticos e neurônios pré ganglionares autônomos. Reflexos espinais As conexões entre a medula e o tronco encefálico ajudam a criar respostas à informações aferentes em um modelo automático, formando o arco reflexo. Logo, os componentes fundamentais de cada “arco” reflexo são um neurônio aferente sensorial e um eferente motor. Todavia, arcos mais complexos passam por interneurônios. OBS! É relevante frisar os arcos são fortemente influenciados e moldados por conexões descendentes, que originam a partir do tronco encefálico e do córtex cerebral. Substância branca A substância branca da medula espinal circunda a substância cinzenta, consiste, principalmente, de fibras nervosas que seguem longitudinalmente o neuroeixo. Fibras ajudando funções relacionadas, ou aquelas com origens ou destinos comuns, são agrupadas anatomicamente para formar tratos (fascículos), que podem ser ascendentes, descendentes e propriospinais. ● Tratos(Fascículos) ascendentes: contêm fibras nervosas aferentes das raízes posteriores dos nervos espinais ou, então, de fibras derivadas de neurônios da própria medula. ● Tratos descendentes: contêm fibras que descem a partir do córtex cerebral ou dos núcleos do tronco encefálico para controlar a atividade dos neurônios espinais. ● Tratos propriospinais: contêm os axônios dos neurônios que estão localizados inteiramente na medula espinal: eles contêm componentes ascendentes e descendentes, que mediam a coordenação intersegmental. Além disso, a substância branca também é convencionalmente descrita como sendo organizada em 6 grandes massas, os funículos: posteriores, laterais e anteriores, cada um dos quais contendo um número de fascículos. Os dois funículos anteriores estão localizados entre os dois cornos anteriores de substância cinzenta, em ambos os lados da fissura mediana. . Os dois funículos posteriores estão localizados entre os dois cornos posteriores de substância cinzenta, em ambos os lados do sulco mediano posterior. Dois funículos laterais estão localizados entre os cornos anterior e posterior da substância cinzenta. A organização dos tipo de neurônios é feita de maneira específica. Os neurônios de axônio longo(tipo I de Golgi) se dividem em: ● Radiculares(saem ou chegam das raízes): divididos em viscerais(SN autônomo) e somáticos(motores e sensoriais). ● Cordonais(conectam outros componentes): divididos em de projeção(medula-medula) e de associação(medula-resto do SNC) Os neurônios de axônio do tipo curto(tipo II de Golgi): interneurônios no H medular. MEDULA ESPINAL (ANATOMIA MACROSCÓPICA) É uma massa cilindróide de tecido nervoso; situada no canal vertebral; mede aproximadamente 45cm(homens) e 42cm(mulheres). Na região caudal, afilia-se, formando o cone medular(fixação aos ossos). A medula espinal, seus vasos sanguíneos e raízes nervosas se localizam no interior de uma bainha meníngea, que ocupa a zona central do canal vertebral e se estende do forame magno, onde ela está em continuidade com os revestimentos meníngeos do encéfalo, até o nível da primeira vértebra lombar (Ll). Ela é contínua cranialmente com o bulbo, e se estreita caudalmente no cone medular, do qual desce um filamento de tecido conjuntivo (pia-máter, principalmente), o filamento terminal, que segue para o dorso da primeira vértebra coccígea, ou seja, em um indivíduo formado, a medula espinal não ocupa toda a extensão do canal vertebral no adulto. As intumescências cervical e lombossacral são as fontes do grandes nervos espinais que suprem os membros. A cervical se estende do terceiro segmento cervical ao segundo segmento torácico. Já a lobar, estende-se do primeiro segmento lombar até o terceiro segmento sacral. A medula espinal desenvolve 31 segmentos, cada qual com um par de nervos espinais que emergem da medula espinal pelo forame intervertebral. Dois sulcos, a fissura mediana anterior e o sulco mediano posterior, estendem-se ao longo da medula espinal e a dividem parcialmente em porções direita e esquerda. Dermátomos Os dermátomos são as áreas da superfície corporal, que são supridas por determinados nervos espinais ou cranianos. Há uma superposição acentuada entre os dermátomos de nervos espinais adjacentes, especialmente nos segmentos menos afetados pelo desenvolvimento dos membros, ou seja, do segundo torácico ao primeiro lombar. Em algumas regiões, como, por exemplo, a parede anterossuperior do tórax, os nervos cutâneos que suprem as áreas adjacentes não são de nervos espinais consecutivos e a superposição é mínima. Meninges Os envoltórios da medula espinal são (da região externa para a interna) a coluna vertebral (cada segmento de medula é protegido por uma vértebra) e por 3 tecidos conjuntivos, chamados de meninges, a dura-máter, aracnóide e pia-máter. ● A dura-máter é a membrana mais externa, ou seja, está mais próxima à coluna vertebral e é formada, principalmente, por tecido conjuntivo denso; há um espaço entre o tecido ósseo e essa membrana chamado de espaço epidural, que é preenchido por tecidos conjuntivos frouxo, fibroso e adiposo, formando um coxim protetor ao redor da medula. ● Aracnóide-máter é a meninge mediana (se encontra no meio das outras duas) é uma membrana fina e delicada, entre a aracnóide e a pia-máter, existe o espaço subaracnóideo, o qual contém o líquido cefalorraquidiano. ● Pia-máter está firmemente ligadaaos contornos irregulares da medula; é uma membrana de tecido conjuntivo frouxo altamente vascularizada, com o objetivo de dar suporte aos vasos que nutrem as células subjacentes da medula espinal; extensões laterais da pia-máter ao longo da medula espinal formam os ligamentos denticulados que prendem a medula espinal à dura-máter. COLUNA VERTEBRAL Consiste em uma série de ossos chamados vértebras, separadas umas das outras por discos fibrocartilaginosos intervertebrais. Funções As funções da coluna vertebral são: sustentar a cabeça e os membros superiores embora permita a liberdade de movimentos, capacitar o bipedalismo, fornecer fixação aos vários músculos, costelas e órgãos viscerais, proteger a medula espinal e dar passagem aos nervos espinais. Anatomia externa A coluna é composta por 33 vértebras, algumas das quais encontram-se fundidas. ● 7 vértebras cervicais, ● 12 torácicas, ● 5 lombares, ● 3 a 5 sacrais fundidas, ● 4 ou 5 coccígeas fundidas As vértebras estão separadas por discos fibrocartilaginosos intervertebrais e seguras entre si por processos articulares e ligamentos, disposição que permite movimentos limitados da coluna vertebral. Seu comprimento total em homens é de cerca de 70 cm e em mulheres de cerca de 60 cm. Curvatura Quando vista lateralmente, pode-se notar 4 curvaturas na coluna, curvaturas cervical, torácica, lombar e pélvica As curvaturas são importantes para aumentar a força superior, manter o equilíbrio da parte superior do corpo e torna possível o bipedalismo. As quatros curvaturas não são visíveis em recém-nascidos, com o decorrer do seu desenvolvimento e postura, elas vão se formando. Estrutura geral das vértebras As funções das vértebras são: sustentação do crânio, permite os seus movimentos, articular com a caixa torácica e fornecer a fixação para os músculos do tronco. Os discos intervertebrais dão flexibilidade à coluna vertebral e absorvem os impactos verticais. As vértebras apresentam algumas características gerais, todavia, os diferentes segmentos da coluna apresentam algumas variações na morfologia e estrutura vertebrais. O arco vertebral está fixo à superfície posterior do corpo e é formado por dois pedículos e duas lâminas arqueadas. O espaço formado entre o arco vertebral e o corpo é o forame vertebral, através do qual passa a medula espinal. Entre os pedículos de vértebras adjacentes formam-se os forames intervertebrais, através dos quais emergem os nervos espinais quando seus ramos saem da medula espinal. Sete processos originam-se do arco vertebral de uma vértebra típica: o processo espinhoso, dois processos transversos, dois processos articulares superiores e dois processos articulares inferiores. O processo espinhoso e os processos transversos servem para inserções musculares e os processos articulares superior e inferior limitam a torção da coluna vertebral. O processo espinhoso protrai posteriormente e inferiormente a partir do arco vertebral. O processo transverso estende-se lateralmente em cada lado da vértebra no ponto onde a lâmina e o pedículo se unem. O processo articular superior de uma vértebra articula-se com o processo articular inferior do osso de cima. Características regionais das vértebras CERVICAIS As sete vértebras cervicais formam um arcabouço flexível para o pescoço e suporte para a cabeça. O seu tecido ósseo é mais denso que a de outras regiões. As vértebras cervicais se distinguem pela presença de um forame transversário em cada processo transverso, s artérias e veias vertebrais passam através dessas aberturas ao contribuírem para o fluxo sangüíneo ligado ao encéfalo. Além disso, as vértebras cervicais C2-C6 geralmente têm um processo espinhoso bífido(dividido em dois), ou entalhado. O processo espinhoso bífido aumenta a área de superfície para fixação do forte ligamento nucal que se fixa na parte posterior do crânio. A C1 é também chamada de atlas, a C2, áxis. TORÁCICAS Doze vértebras torácicas se articulam com as costelas para formar o suporte posterior da caixa torácica. As vértebras torácicas são maiores do que as vértebras cervicais e aumentam de tamanho de cima Tl para baixo T12. Cada vértebra torácica possui um processo espinhoso longo, e inclinado obliquamente para baixo, e fóveas para articulação com as costelas LOMBARES As cinco vértebras lombares apresentam corpos pesados e processos espinhosos espessos e rombos para fixação dos poderosos músculos do dorso, são as maiores vértebras da coluna vertebral. Além disso, os seus processos articulares têm as faces articulares do par superior dirigida medialmente em vez de posteriormente e as faces articulares do par inferior são dirigidas lateralmente em vez de anteriormente. SACRAIS As quatro ou cinco vértebras sacrais apresentam-se fundidas após os 26 anos. O sacro tem uma face auricular extensa em suas laterais para a articulação sacroilíaca ligeiramente móvel com o ílio do quadril. Uma crista sacral mediana é formada ao longo da superfície posterior pela fusão dos processos espinhosos. Forames sacrais posteriores em ambos os lados da crista mediana permitem a passagem de nervos da medula espinal. O canal sacral é a cavidade tubular dentro do sacro que é contínuo com o canal vertebral. Ao final do sacro têm o cóccix, com 5 a 3 vértebras fundidas, de forma triangular. TELENCÉFALO (CERÉBRO) Organização externa O cérebro se organiza em dois hemisfério, separados pela fissura longitudinal do cérebro, comunicados pelo corpo caloso. Além disso, em sua superfície, possui diversos giros (circunvoluções), formados por depressões, as quais quando rasas, são sulcos, e quando mais fundas, são fissuras. Essas reentrâncias são necessárias para aumentar o espaço do cérebro sem aumentar o seu volume. O cérebro apresenta em seu interior ventrículos , que são pequenas cavidades preenchidas por líquido. O conjunto de sulcos e giros formam os lobos, os quais também são divididos em sulcos. São 5 lobos presentes: ● Lobo parietal ● Lobo frontal ● Lobo temporal ● Lobo occipital ● Lobo parietal ● Lobo da ínsula (medular) Sulcos de divisão ● Sulco central (frontal|parietal ● lateral (temporal|frontal+parietal) ● parieto-occipital (occipital|parietal) Organização interna 2 porções distintas: ● Substância cinzenta (córtex e núcleos da base) ● Subs. branca (medula do cérebro, entre o córtex e os núcleos) Tratos nervosos Os feixes de fibras nervosas no SNC são chamados de tratos; existindo 3 tipos de tratos: ● de projeção: fibras que conduzem impulsos descendentes (motores - do córtex do cérebro para outras regiões) ou ascendentes (sensitivos - de regiões inferiores ao encéfalo para o córtex cerebral) ● de associação: conectam as áreas do cérebro no interior do mesmo hemisfério ● comissurais: conectam os dois hemisférios cerebrais; existem 2 tratos comissurais: comissura anterior e corpo caloso. Áreas corticais São áreas do córtex cerebral que apresentam funções específicas: ● Área motora somática primária: localizado no giro pré-central (giro anteriormente após o sulco central); os neurônios aí contidos, controlam ascontrações conscientes e voluntárias dos músculos estriados esqueléticos. A partir do córtex dessa área, origina-se o trato descendente piramidal (forma de pirâmide dos corpos celulares desses neurônios). ● Área pré-motora: fica anteriormente ao giro pré-central; determina a contração de grupos musculares em uma sequência específica (tocar instrumentos ou escrever); comunicam o organismo pelos tratos extrapiramidais; na região inferior dessa área está uma área associada com a fala (área de Broca, normalmente localizada somente no hemisfério esquerdo). ● Área sensitiva somática primária: localizada no giro pós-central; terminações dos tratos ascendentes que trazem informações sobre a sensibilidade em geral. ● Área dos sentidos especiais: áreas dos sentidos estão espalhadas pelo córtex cerebral ● Áreas de associação: associam as diversas áreas do encéfalo. Ex: área pré frontal (centro das atividades intelectuais superiores ) OBS! É importante frisar que há intensa comunicação entre as diferentes áreas corticais, para a interpretação e tomada de decisão de uma resposta. Núcleos da base Aglomerações de corpos neuronais localizados profundamente no interior de cada hemisfério; são representados pelos núcleos caudado, corpo amidalóide, lentiforme (dividido em putâmen e globo-pálido) e o claustro. Os núcleos estão envolvidos em funções somáticas motoras, juntos com a área pré motora do sistema extrapiramidal (movimentos musculares precisos). Ao contrários dos tratos piramidais, os núcleos são capazes de inibir a função motora, a fim de proporcionar um meio de melhor controle dos músculos. Um desarranjo nos núcleos da base podem causar contrações involuntárias e tremores persistentes (Parkinson) Bulbos olfatórios Na face inferior (superfície ventral) de cada hemisfério (região chamada de rinencéfalo), há um bulbo olfatório com os seus tratos olfatórios. Os neurônios do nervo olfatório transmitem as informações ao bulbo olfatório, por meio dos tratos olfatórios, os quais levam a informação para a área olfatória do córtex cerebral (mediano no lobo temporal). DIENCÉFALO O diencéfalo é recoberto pelos hemisférios cerebrais do telencéfalo. Esse sistema é dividido em: tálamo, epitálamo, hipotálamo e subtálamo. Tálamo São 2 massa ovóides de subs. cinzenta que formam o 3° ventrículo, conectadas pela ponte (ou aderência) intertalâmica. O tálamo apresenta mais de 20 núcleos celulares (agrupamento de corpos celulares) separados funcionalmente. A função do tálamo é de atuar como estação intermediária sensitiva (relé) e centro integrador do encéfalo, ou seja, transmite impulsos ascendentes para o córtex cerebral e afins (informações dos sentidos, todos menos o olfato) e está envolvido com alguns tratos motores que saem do córtex cerebral. Hipotálamo Situado abaixo do tálamo, onde forma as paredes e assoalho do 3° ventrículo. Esse órgão é composto de vários núcleos com diferentes funções. É formado por diversas estruturas, como: ● Corpos mamilares: funcionam como relé para os neurônios olfatórios e estão envolvidos no reflexo desses nervos ● Túber cinéreo: contém neurônios (trato túbero-hipofisário) que transportam hormônios do hipotálamo para a adeno-hipófise através do infundíbulo. ● Infundíbulo: caminho de passagem de fibras nervosas dos núcleos hipotalâmicos que vão para a neuro-hipófise, transportando diversos hormônios (como a oxitocina e o ADH), que são excretados pela hipófise posterior. ● Quiasma óptico: é o cruzamento de alguns neurônios dos nervos ópticos O hipotálamo como um todo está envolvido em diversos processos vitais associados ao Sistema Nervoso Autônomo (tanto simpático quanto parassimpático). Sendo assim, o hipotálamo está envolvido com batimentos cardíacos peristaltismo, temperatura corpórea, balanço hídrico, apetite, atividade sexual, emoções como medo e raiva e é o centro de vigília-sono. Outrossim, também controla a liberação hormonal da hipófise. Epitálamo e Subtálamo Localizado na região dorsal do diencéfalo, forma um fino teto sobre o 3° ventrículo, apresenta uma pequena estrutura denominada corpo pineal (epífise) na região posterior final do epitálamo. A comissura epitalâmica (fibras nervosas que conectam os dois hemisférios) se localiza ventralmente ao corpo pineal. O subtálamo relaciona-se com funções motoras pertencendo ao sistema extra piramidal. Já o epitálamo tem função de secreção de melatonina pela glândula pineal e regulação das vias motoras e emocionais. SISTEMA LÍMBICO As emoções são influenciadas pela interação de diversas estruturas e regiões diferentes do encéfalo, como o cérebro e o diencéfalo. O grupo de estruturas que têm essa atuação é denominado sistema límbico, que inclui os bulbos olfatórios, o septo pelúcido, o fórnice (feixe de fibras que passa abaixo do corpo caloso em direção aos corpos mamilares); o giro do cíngulo (giro cerebral), o corpo amigdalóide; o hipocampo (localizado próximo ao corpo amigdalóide); os corpos mamilares e vários núcleos talâmicos e hipotalâmicos. MESENCÉFALO Região curta e estreita entre o encéfalo anterior e o posterior. O mesencéfalo apresenta estruturas principais, são elas: ● Aqueduto cerebral (ou do mesencéfalo): apresenta líquido cefalorraquidiano e liga o III ventrículo do diencéfalo ao IV ventrículo. ● Pedúnculos cerebrais: duas saliências cilíndricas,compostos de fibras nervosas motoras que trafegam da área motora primária do córtex cerebral para a ponte e medula, bem como fibras sensitivas que partem da medula rumo ao tálamo. Local de onde emerge o nervo oculomotor (3° nervo craniano) ● Colículos (corpos quadrigêmeos): 4 saliências arredondadas na parede dorsal do mesencéfalo (forma o teto do aqueduto do cérebro). Os superiores apresentam neurônios do trato óptico (participam dos estímulos visuais), já os inferiores atuam como estação intermediária e centros de reflexos para estímulos auditivos. A baixo dos corpos quadrigêmeos emerge o nervo troclear (4° nervo craniano). O mesencéfalo apresenta em seu interior o núcleo rubro (entre o aqueduto e os pedúnculos), que é uma ilha de substância cinzenta, a qual serve de relé na coordenação de impulsos entre o cerebelo e os hemisférios cerebrais, contribuindo para a coordenação de movimento e no equilíbrio. De maneira geral, as funções do mesencéfalo são a comunicação entre a ponte e o telencéfalo, estação intermediária entre o cerebelo e os hemisférios e formação de dopamina (substância negra). METENCÉFALO É a porção mais superior do encéfalo posterior, composto pelo cerebelo e pela ponte Cerebelo O cerebelo está dividido dos hemisférios cerebrais pelo tentório do cerebelo (membrana resistente), que minimiza pressão do lobo occipital ao cerebelo. O cerebelo está dividido em 2 hemisférios, unidos pelo verme cerebelar; em sua superfície são encontradas diversas fissuras paralelas, formando placas achatadas, denominadas de folhas cerebelares. O córtex do cerebelo é formado de subs. cinzenta. O cerebelo está unido aos outros órgão por meio pares de tratos nervosos, chamados de pedúnculos, são eles: ● ped. cerebelaresrostrais (superiores); une o cerebelo ao mesencéfalo; composto por fibras nervosas eferentes do cerebelo. ● ped. cerebelares médios; une o cerebelo à ponte; fibras nervosas aferentes da ponte. ● ped. cerebelares caudais (inferiores); une o cerebelo ao bulbo; fibras nervosas aferentes do bulbo. O cerebelo é dividido em 3 lobos: ● Anterior ● Posterior ● Flóculo-nodular As funções do cerebelo são separadas morfofuncionalmente: ● O cerebelo vestibular (lobo floculonodular) tem a função de manutenção do equilíbrio e coordenação dos movimentos oculares ● O cerebelo espinhal (verme e zona intermediária dos hemisférios) função na propriocepção (localização do corpo em tempo e espaço) ● O cerebelo cortical (zona lateral e conexões com o córtex cerebral) coordena e planeja o movimento dos membros e das fibras musculares do coração (fibras de Purkinje) Pessoas com lesões no cerebelo apresenta fraqueza muscular, perda de tono muscular e movimentos descoordenados. Ponte A ponte consiste em feixes tratos nervosos e vários núcleos. Os tratos da ponte são divididos em longitudinais e transversais; ● Longitudinais: contêm neurônios que passam pelo tronco encefálico e pelo cerebelo. ● Transversais: neurônios que penetram nos hemisférios cerebelares por meio dos pedúnculos cerebelares médios. A ponte funciona como um local de conexão entre o cérebro, tronco encefálico e cerebelo, proporcionando conexões de níveis altos e baixos do SNC, por exemplo, diversas fibras nervosas que conectam o córtex cerebral ao cerebelo passam pela ponte. Além disso, existem alguns núcleos da ponte que afetam os padrões de respiração. A ponte contêm o núcleo dos nervos cranianos V (trigêmeo), VI (abducente), VII (facial) e VIII (vestibulococlear). Visão posterior: MIELENCÉFALO É a parte mais inferior do do encéfalo, conhecido como medula oblonga ou bulbo. OBS! O bulbo, a ponte e o mesencéfalo, junto, formam o tronco encefálico Bulbo O bulbo é contínuo com a medula espinal, a cavidade do bulbo forma a porção inferior do quarto ventrículo e se continua pelo interior da medula espinal pelo canal central. Na face ventral do bulbo, existem duas colunas de tratos de fibras nervosas, as pirâmides (mesmos tratos motores do cérebro). As pirâmides levam impulsos nervosos motores voluntários da área motora primária do córtex do cérebro. Os tratos das pirâmides continuam na medula espinal como tratos corticoespinhais. Algumas fibras atravessam o plano mediano das duas pirâmides, cruzamento denominado decussação das pirâmides (visível na superfície ventral), como consequência disso, áreas motoras localizadas de um lado do córtex cerebral controlam os movimentos musculares do lado oposto do corpo. O bulbo apresenta núcleos dos 4 últimos nervos cranianos: IX (glossofaríngeo), X (vago), XI (acessório), XII (hipoglosso). O bulbo apresenta olivas que também são tratos nervosos parecidos com as pirâmides. Na formação reticular do bulbo, estão encontrados os centros bulbares, os quais são grupos de neurônios envolvidos em diversas funções vitais, como frequência cardíaca, respiração, dilatação e constrição dos vasos sanguíneos, tosse, deglutição e vômito (SNA). OBS! Formação reticular ou sistema ativador reticular ascendente: No interior de todo o tronco encefálico, chegando até o diencéfalo, há uma região de subs. cinzenta, a qual contém fibras nervosas interlaçadas, chamado de formação reticular. Esse sistema recebe os impulsos nervosos ascendentes do cerebelo, núcleos da base e de outros núcleos do encéfalo, além de receber impulsos de todos os tratos sensitivos que ascendem pelo bulbo. Os impulsos que passam pela formação reticular são enviados ao córtex cerebral, ativando-o. Sendo assim, é considerado um sistema ativados de alerta essencial na manutenção do estado de alerta e vigília. VENTRÍCULOS ENCEFÁLICOS São expansões da luz do tubo neural e formam um sistema contínuo no encéfalo, preenchido por líquido. Cada ventrículo apresenta uma rede de capilares (o plexo coróide) unido ao seu teto, que, junto com as células do epêndima que os recobrem, são locais de produção do líquido cerebrospinal. Se ar é injetado nos ventrículos eles podem ser observados em raios X (tumores distorcem os contornos normais dos ventrículos). Ventrículos laterais No interior de cada hemisfério há um ventrículo lateral, localizado principalmente no lobo parietal, com extensões ao lobo frontal, occipital e temporal. Os ventrículos laterais estão separados por uma parede vertical delgada denominada de septo pelúcido. ada ventrículo lateral se comunica com o terceiro ventrículo por uma pequena abertura denominada forame interventricular. Terceiro ventrículo Câmara estreita situada na linha mediana do diencéfalo. Os tálamos formam a maior parte das suas paredes laterais e a comissura intertalâmica atravessa o ventrículo. O 3° ventrículo se abre no 4 ventrículo através do aqueduto do mesencéfalo. Quarto ventrículo É uma cavidade piramidal localizada no encéfalo posterior, ventralmente ao cerebelo. Existem 2 aberturas (aberturas laterais) nas paredes laterais desse ventrículo e uma abertura mediana, os quais fazem o quarto ventrículo se comunicar com o espaço subaracnóide que envolve o encéfalo e a medula. O canal ventral é contínuo, inferiormente, com o canal central que se entende pela medula. Meninges O encéfalo apresenta as mesmas meninges da medula: ● Dura-máter: membrana mais resistente e espessa, mais externa, formada de tecido conjuntivo fibroso. Ao redor do encéfalo se apresenta em uma estrutura de duas paredes que se adere intimamente aos ossos do crânio. Em algumas regiões do encéfalo, a placas de dura máter estão separadas, formando seios venosos (seios da dura-máter) que transportam sangue para as veias jugulares internas do pescoço. Na fissura longitudinal do cérebro, a camada interna da dura-máter se profunda, criando um septo resistente denominado foice do cérebro, que está ancorada anteriormente à crista galli do osso etmóide; essa camada também separa os dois hemisférios do cerebelo, pelo foice do cerebelo, bem como a dura máter também forma o tentório cerebelar. ● Aracnóide: meninge média, é uma membrana delicada separa da dura-máter pelo espaço subdural, e separada da pia-máter pelo espaço subaracnóide, o qual contém líquido cerebrospinal atravessado por fios semelhantes à teia de aranha (trabéculas da aracnóide). ● Pia-máter: meninge mais interna, delicada membrana vascular de tecido conjuntivo frouxo; está intimamente ligada ao encéfalo e à medula espinal, mergulhando profundamente nos sulcos e fissuras dessas estruturas. No teto dos ventrículos, a pia-máter e células ependimárias associadas tornam-se modificadas e contribuem na formação do plexos coróides. Líquido cerebrospinal Líquido aquoso similar ao plasma sanguíneo, atua como coxim para todo o SNC, protegendo-o contra choques mecânicos e faz o encéfalo e medula flutuarem, deixando-os mais leves. O líquido cerebrospinal é secretado pelas células do epêndimais (nos plexos coróides dos ventrículos)no interior dos ventrículos e do canal central da medula. Há uma leve pressão desse líquido nos ventrículos, o que o faz extravasar pelos canais aberturas presentes neles; assim, o líquido circula do ventrículo lateral, para o 3° ventrículo e deste para o 4°, neste, um pouco de fluído passa pelo canal central da medula e o resto atravessa as aberturas existentes no quarto ventrículo, atingindo o espaço subaracnóide, fluindo por envolta da medula e depois ascendendo para atingir o encéfalo (figura 14-15). Normalmente, o líquido cerebrospinal é reabsorvido no sangue na mesma quantidade em que é formado; essa reabsorção ocorre nas granulações aracnóideas, as quais são finas projeções aracnóideas com vênulas (filtros) que se projetam nos amplos seios venosos da dura-máter craniana. OBS! O acúmulo do líquido cerebrospinal pode causar lesões nos órgãos e, se for na infância, pode causar hidrocefalia. OBS! Exames do líquido cerebrospinal podem detectar agentes infecciosos no SNC, devido a sua grande intimidade com esse sistema. Cavidade craniana Nomenclatura dos acidentes ósseos ● Ádito - acesso, abertura ● Borda - prancha, margem ● Cabeça ou côndilo - dilatação, superfície arredondada usada para designar as extremidades de alguns ossos ● Canal - sulco, profundo ● Fissura - fenda ● Forame - abertura, buraco ● Fóvea - cova, posso, fossa rasa ● Fossa - fosso, vala ● Incisura - incisão, corte, forma de meia lua ● Mento - queixo ● Processo - saliência avançada ● Protuberância - tumoração ● Poro - caminho, passagem ● Seio - bolso, vaso ● Sulco - fenda, sulco ● Sutura - costura, alinhavo ● Túber ou tuberosidade - tumor, excrescência ● Fontículo ou fontanela - pequena fonte Acidentes ósseos do crânio ● Ádito da órbita ● Borda supra-orbitária e infra-orbitária (borda do ádito do olho) ● Cabeça da mandíbula ● Canal mandibular (contém nervos e vasos sanguíneos), canal carotídeo ● Processo pterigóide do osso esfenóide ● Fissura pterigomaxilar ● Forame magno, forame lacerado, forame incisivo ● Fóvea pterigóidea, fóvea submandibular, fóvea sublingual ● Fossa temporal, fossa infratemporal, fossa lacrimal, fossa craniana ● Incisura da mandíbula ● Processo mastóideo, processo coronóide, processo estilóide ● Protuberância occipital ● Poro acústico interno ● Seio esfenoidal, seio frontal (sinusite), seio maxilar, seio etmoidal ● túber da mandíbula, túber da maxila O crânio Consiste em ossos do crânio (8), que envolvem e protegem o encéfalo e os órgão do sentido, e ossos da face (14), que formam o arcabouço da região facial e sustentem os dentes. A cabeça apresenta diversas cavidades: ● Cavidade do crânio, é a maior ● Cavidade nasal, formada por ossos cranianos e da face; está dividida em duas câmaras pelo septo nasal (osso e cartilagem). No interior dos osso que contornam a região nasal, existem 4 seios paranasais, os quais se comunicam com a cavidade nasal através de ductos. ● Cavidade das orelhas média e interna ● Cavidade dos olhos, que são duas órbitas para os bulbos dos olhos formadas por ossos do crânio e faciais ● Cavidade oral, parcialmente formada por ossos No desenvolvimento fetal e na infância, os ossos do crânio estão separadas por um tecido fibroso, revestidos por um tecido conjuntivo membranoso (6 áreas membranosas). Essas folhas são chamadas de fontículos (região da moleira), as quais permitem o crânio sofrer mudanças no parto e se moldarem durante o crescimento. Os fontículos são: ● Fontículo anterior (frontal): forma de losango, mais proeminente; localizado na porção ântero-mediana do crânio ● Fontículo posterior (occipital): posicionado na parte de trás do crânio na linha medina, também forma de losango. ● Fontículo ântero-lateral (esfenoidal): par de fontículos encontrados em ambos lados do crânio, lateralmente ao fontículo anterior. ● Fontículo póstero-lateral (mastóideo): par de fontículos irregular, localizados nos lados póstero-laterais do crânio Entre os fontículos, apresentam-se suturas: ● sutura sagital estende-se mediana e ântero-posteriormente, em todo o crânio entre os fontículos anterior e posterior. ● sutura coronal fica entre os fontículos anterior aos fontículos ântero-laterais. ● sutura lambdóide estende-se do fontículo posterior aos fontículos póstero-laterais. ● sutura escamosa liga o fontículo póstero-lateral ao fontículo ântero-lateral Ossos do neurocrânio Os ossos do crânio são: ● Frontal ● Parietais (2) ● Temporais (2) ● Occipital ● Esfenóide ● Etmóide Osso frontal O osso frontal forma a parte anterior do teto do crânio, o teto da cavidade nasal e os arcos superiores da órbitas oculares. No desenvolvimento, o osso frontal está em duas metades, que se juntam posteriormente (5 ou 6 anos de idade). Posteriormente, o osso frontal faz articulação com os dois ossos parietais, formando a sutura coronária. O osso frontal apresenta o seio frontal (paranasal), que se comunica com a cavidade nasal, diminuem o peso do crânio e agem como câmaras de ressonância para a voz. Ossos parietais Os ossos parietais formam as partes laterais superiores e o teto do crânio. A sutura coronal separa o osso frontal dos ossos parietais, já a sutura sagital, ao longo da linha mediana superior, separa o parietal direito do esquerdo. A sutura lambdóide na parte posterior é onde esses ossos se encontram com os temporais. A superfície interna dos ossos parietais estão marcadas por impressões das circunvoluções do cérebro e dos vasos que se destinam ao encéfalo. A parte mais alta do crânio é o vértice Osso temporal Os ossos temporais formam as partes laterais inferiores o crânio. Cada osso temporal está unido ao osso parietal adjacente pela sutura escamosa. Cada osso temporal tem 4 partes: ● Parte escamosa: lâmina achatada de osso nas laterais do crânio. Projetando-se adiante encontra-se o processo zigomático que forma a parte posterior do arco zigomático ● Parte timpânica: contém o meato acústico externo, que é posterior à fossa mandibular. ● Parte mastóidea: o processo mastóide, que é uma projeção arredondada posterior ao meato acústico externo, corresponde à massa da parte mastóidea. O forame mastóideo e estilomastóideo estão presentes, respectivamente, atrás desse processo e entre o mastóide e estilóide. ● Parte petrosa: no assoalho do crânio; as estruturas da orelha média e interna estão alojadas nesta região. O canal carótico e o forame jugular margeiam o lado medial da parte petrosa na junção dos ossos temporal e occipital. Osso occipital Forma a parte posterior e a maior parte da base do crânio, articula-se com os ossos parietais pela sutura lambdóide. O forame magno é o grande buraco desse osso, o qual passa a medula espinal. Em cada lado do forame magno estão os côndilos occipitais, que se articulam com a primeira vértebra (atlas). A protuberância occipital externa é uma proeminente projeção posterior no osso occipital. Ossos esfenóide Constitui parte da base anterior do crânio, pode ser visto lateralmente e posteriormente. Parece-se com a forma de uma borboleta, com um corpo e a projeção das asas maior e menor lateralmente. O corpo, em forma de cunha, contém o seio esfenoidale a sela turca, que aloja a glândula hipófise. Um par de processos pterigóides projetam-se inferiormente a partir do osso esfenóide. Osso etmóide Localizado na parte anterior do assoalho do crânio entre as órbitas oculares, formando o teto da cavidade nasal. Uma projeção inferior do osso etmóide, chamada lâmina perpendicular, forma a parte superior do septo nasal ósseo que divide a cavidade nasal em duas câmaras chamadas cavidades nasais Ossos da face ● Maxilas: se unem na linha mediana para formar o arco dental maxilar ● Osso palatino ● Ossos zigomáticos ● Ossos lacrimais ● Ossos nasais ● Conchas inferiores nasais ● Vômer ● Mandíbula ● Osso hióide ● Ossículos da audição (martelo, estribo e bigorna) Processos ósseos nas diferentes normas No osso frontal, o crânio apresenta as seguintes estruturas: ● Sutura metópica: união entre os dois centros embrionários de ossificação (norma superior), não é presente em adultos ● Seios frontais: cavidades aéreas revestidas por membranas mucosas localizadas no interior do osso, próximo as órbitas (norma frontal) ● Forames supra-orbitais: abertura logo acima das órbitas (norma frontal) ● Glabela: área lisa entre as duas órbitas, acima do nariz (norma frontal) No osso occipital: ● Forame magno: abertura em que a medula se encaixa no bulbo (norma basal) ● Côndilos: projeções externas, convexas e lisas, de cada lado do forame magno (norma basal) ● Canal do hipoglosso: abertura na base do côndilo (norma basal) ● Protuberância occipital externa (norma basal) ● Protuberância occipital interna (face interna) Osso etmóide: ● Lâmina crivosa: porção transversal que forma o teto da cavidade nasal e parte do assoalho da fossa anterior do crânio (face interior) ● Lâmina perpendicular: projeção para baixo da linha mediana da superfície inferior da lâmina crivosa; forma a porção superior do septo nasal (face interna) ● Conchas nasais superiores e médias (norma interna) Osso esfenóide (face interna): ● Corpo: parte central do osso em forma de cunha ● Sela turca: depressão em forma de sela na superfície superior do corpo ● Asas menores: projeções laterais afiladas a partir da porção superior do corpo ● Asas maiores: projeções laterais grandes a partir do corpo do esfenóide ● Forames: redondo, oval e espinhoso (norma interna) ● Processo pterigóide: duas projeções para baixo a partir da região onde as asas maiores se unem com o corpo (norma basal) Osso temporal ● Parte escamosa: projeção delgada que forma as porções anterior e superior do osso (norma lateral). ● Processo zigomático: projeção anterior da parte escamosa (norma lateral). ● Fossa mandibular (norma lateral). ● PArte timpânica (norma lateral). ● Meato acústico externo: abertura que comunica o exterior do crânio com a cavidade da orelha média (norma lateral). ● Parte petrosa: cunha medial do osso que forma o assoalho da fossa média do crânio (norma lateral). ● Processo estilóide (norma lateral). ● Processo mastóideo: proeminente projeção abaixo da parte mastóidea. (norma lateral). Sistema Nervoso Periférico O SNP inclui todos os neurônios, exceto os restritos ao encéfalo e à medula espinal. Consiste em vias de fibras nervosas entre o SNC e o resto do organismo. Pertencem ao SNP: 12 pares de nervos cranianos e 31 pares de nervos espinais. O SNP está dividido em: ● Divisão aferente (sensitiva): fibras nervosas transmitem impulsos do corpo para o SNC ● Divisão eferente (motora) ○ SN somático: Fibras levam impulsos do SNC para os músculos esqueléticos ○ SN visceral: levam impulsos do SNC para o músculo liso, cardíaco e glândulas. Nervos cranianos Doze pares de nervos se originam do encéfalo; a maioria são nervos mistos (motoras e sensitivas), alguns transmitem apenas impulsos sensitivos. Os corpos celulares dos nervos cranianos estão localizados nos gânglios (fora do SNC). Os neurônios motores dos nervos cranianos têm uma divisão funcional: ● Neurônios motores somáticos: suprem músculos estriados esqueléticos ● Neurônios motores viscerais: inervam músculos liso, cardíaco ou glândulas; não estão sob a vontade da pessoa. Fazem parte do SN parassimpático Os 12 nervos cranianos são: I. Nervo olfatório: origina-se de células olfatórias na mucosa nasal, atingindo o bulbo olfatório no telencéfalo. Esses nervos são totalmente sensitivos, apenas transmitindo a informação para os neurônios dos tratos olfatórios. II. Nervo óptico: conduz impulsos relacionados à visão, contém nervos exclusivamente sensitivos. Originam-se na retina dos olhos, passam pelo quiasma óptico anteriormente à hipófise, indo até o mesencéfalo (reflexos visuais) e ao córtex cerebral. III. Nervo oculomotor: emerge do mesencéfalo, fossa interpeduncular (logo acima da ponte); consiste em neurônios motores somáticos (4 músculos dos olhos), neurônios sensitivos (no sentido de propriocepção) e neurônios da porção parassimpática do SNA (trocam sinapse no gânglio ciliar atrás do globo ocular, que regula o diâmetro da pupila e o formato do cristalino). IV. Nervo troclear: Conduz impulsos motores e proprioceptivos de um dos músculos extrínsecos do olho; origina-se abaixo do colículo inferior do mesencéfalo. V. Nervo Trigêmeo: possui 3 divisões, o nervo oftálmico, maxilar e o mandibular, seus corpos celulares estão localizados no gânglio trigeminal. Apresenta neurônios sensitivos que se originam na pele da face e porção do couro cabeludo, e nas mucosas nasal e bucal, além de neurônios motores da mastigação e aos músculos milo-hióideo. VI. Nervo Abducente: possui neurônios motores somáticos e sensitivos proprioceptivos, destinados ao músculo lateral do olho. VII. Nervo Facial: origina-se da parte inferior da ponte. Apresenta neurônios motores para determinados músculos da face e neurônios sensitivos relacionados ao gosto. Outrossim, esse nervo também apresenta neurônios parassimpáticos relacionados com a glândulas lacrimal, mucosas da cavidade nasal e salivares. VIII. Nervo Vestibulococlear: apresenta duas porções, o nervo coclear e o vestibular. Ambas divisões são sensitivas e se originam de receptores situados na orelha interna; o primeiro transmite impulsos relacionados à audição, o segundo, ao equilíbrio IX. Nervo Glossofaríngeo: nervo misto com neurônios motores e sensitivos e estão relacionados com a língua e a faringe, transmitindo impulsos ligados ao sabor, mudanças de O2 e CO2 no sangue, pressão sanguínea, processos de deglutição. X. Nervo Vago: único nervo que não está restrito à estruturas da cabeça e pescoço; origina-se do bulbo; leva impulsos motores para músculos voluntários da faringe e da laringe, e impulsos sensitivos de receptores para o gosto na língua, de receptores da pele e da orelha externa. Outrossim, também possui distribuição parassimpática, conduzindo neurônios pré-ganglionares para os músculos involuntários das vísceras, além de regular a frequência cardíaca, respiração, pressão sanguínea e entre outros. XI. Nervo Acessório: composto de neurônios motores para músculos voluntários e alguns neurônios sensitivos para a propriocepção. XII. Nervo Hipoglosso: deixa a face anterior do bulbo; consiste de neurônios motores, que se destinamà musculatura intrínseca e extrínseca da língua, bem como neurônios sensitivos originados nos proprioceptores OBS! No sistema nervoso autônomo, as vias eferentes apresentam 2 neurônios atuantes: o neurônio pré-ganglionar, que conecta o SNC a um gânglio, e o neurônio pós-ganglionar, que troca sinapses no gânglio com o outro neurônio e leva a informação ao órgão efetor. Nervos Espinais Existem 31 pares de nervos espinais, sendo 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. A formação dos nervos espinais são a partir da união das raízes ventral e dorsal, que deixam ou entram na medula espinal. As raízes ventrais apresentam axônios de neurônios motores que saem das colunas anterior e lateral da medula, seus corpos estão localizados na medula. As dorsais apresentam axônios de neurônios sensitivos que penetram na coluna posterior da medula, seu somas se situam fora da medula, nos gânglios da raiz dorsal (ou gânglio espinal). Após a união das raízes, todos os nervos espinais tornam-se mistos. Ramos dos nervos espinais Após passar pelo forame vertebral, cada nervo espinal se divide em dois ramos, um dorsal e um ventral. ● Dorsal: dividem-se posteriormente para inervar a pele e a musculatura do dorso ● Ventral: possuem distribuição variada, de acordo com a região do corpo. Ambos os ramos são mistos. Nas regiões cervical, lombar e sacral, os ramos dos nervos espinais sucessivos se unem para formar plexos (redes) que originam nervos destinados à pele, músculos e articulações dos membros superiores e inferiores. Distribuição dos nervos espinais e dermátomos Os ramos dos nervos espinais estão distribuídos no corpo de uma maneira regular, como mostra a distribuição das fibras sensitivas para a pele em regiões uniformes denominadas de dermátomos. O padrão é regular na região do tronco, onde os ramos de cada nervo espinal sprem uma faixa horizontal da pele, esse padrão é um pouco modificado nos membros. Nos membros superiores, os ramos ventrais dos nervos cervicais suprem as faces posterior e anterolateral do membro, bem como a face ventral das mãos. O ramo ventral do primeiro nervo torácico inerva a face anteromedial dos membros superiores. Nos membros inferiores, os ramos ventrais dos nervos lombares inervam a face anterior e os ramos ventrais dos nervos sacrais, as faces posteriores. Miótomos Os dermátomos se referem a alterações sensitivas da pele, enquanto que os miótomos são responsáveis pelos movimentos dos músculos dessa mesma região. Assim, os miótomos relacionam músculos e movimentos do organismo com as determinadas regiões medulares que levam os comandos motores, por meio de suas raízes nervosas anteriores. Os miótomos estão resumidos na tabela a seguir. Plexos e nervos periféricos Os nervos periféricos que são formados pela junção de nervos espinais, os plexos, suprem principalmente a pele e a musculatura subjacente dos membros; seu padrão de distribuição não é o mesmo da distribuição cutânea dos nervos espinais, já que é formado por fibras de mais de um nervo espinal. Os pares de plexos são: o cervical, o braquial e o lombossacral. ● Plexo Cervical: formado pelos ramos ventrais dos 4 primeiros nervos cervicais, seus ramos inervam músculos e a pele da cabeça, pescoço, ombro e tórax. Ramos desse plexo também se comunicam com nervos cranianos (vago, acessório e hipoglosso) ● Plexo Braquial: formado pelos ramos ventrais dos 4 últimos nervos cervicais (C5 a C8) e do primeiro nervo torácico (T1). As raízes dos plexos se unem para forma um tronco superior (C5 e C6), um médio (C7) e um inferior (C8 e T1). Os troncos estão divididos em fascículos posterior, medial e lateral; cinco nervos principais e outros menores se originam desses fascículos, proporcionando todo o suprimento nervoso para a pele e a musculatura dos membros superiores ● Plexo lombossacral: suprem a pele e os músculos da região glútea, porção inferior do abdômen, pelve e membros inferiores. O plexo é dividido em duas porções, o plexo lombar e o sacral, que são unidos por um tronco lombossacral. ○ Plexo lombar: ramos ventrais dos 4 primeiros nervos lombares e algumas fibras do 12° nervo torácico; esses nervos suprem a porção inferior do abdome e as porções anterior e medial dos membros inferiores. ○ Plexo sacral: formado a partir dos ramos ventrais dos dois últimos nervos lombares (L4 e L5) e 4 primeiros nervos sacrais (S1 a S4); os nervos desse plexo se dirigem para a porção inferior do dorso, pelve e face posterior da coxa e perna, bem como para as faces dorsal e ventral do pé. SN AUTÔNOMO Trata-se de uma parte da divisão aferente do SN periférico. É inteiramente formado por neurônios motores viscerais que inervam e controla músculos cardíacos, liso e glândulas do corpo, caracterizando-se, assim, por um sistema involuntário. Anatomia do SN Autônomo As vias aferentes desse sistema que saem do SNC em direção aos efetores é composta por dois neurônios: ● neurônio pré-ganglionar (ou pré-sináptico): apresenta seu corpo n SNC e o seu axônio se dirige para um gânglio autônomo fora do SNC, onde ele troca sinapse com o próximo neurônio ● neurônio pós-ganglionar (pós-sináptico): seus somas estão presentes nos gânglios autônomos, os axônios formam redes nervosas conhecidas como plexos autônomos (viscerais) e, destes, dirigem-se para os órgãos efetuadores. OBS! O SN somático apresenta apenas um neurônio que sai do SNC e vai direto para a estrutura inervada O SNA pode ser dividido estrutural e funcionalmente em duas porções: simpática e parassimpática. Parte simpática Os somas dos neurônios pré-ganglionares desta parte estão localizados nas subs. cinzentas da medula da T1 até a L2. Seus axônios saem das raízes ventrais da medula, indo para os ramos ventrais e dorsais dos nervos espinais; depois, os axônios que passaram pelos ramos ventrais penetram em uma série de gânglios simpáticos interconectado longitudinalmente, formando os troncos simpáticos, um em cada lado da coluna. após penetrarem nessa coluna, os axônios dos neurônios pré-ganglionares podem seguir 3 vias: ● podem trocar sinapse com os corpos celulares dos neurônios pós-ganglionares situados no mesmo nível em que a fibra penetra ● podem subir ou descer pelo tronco simpático antes de trocar sinapse com os corpos celulares dos neurônios pós-ganglionares. ● podem passar pelo tronco simpático sem trocar sinapses Certa estruturas e suas inervações estão relacionadas com os neurônios que passam por essas vias. Parte parassimpática Os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares dessa parte estão localizados nos núcleos de encéfalo ou no interior das porções laterais da subs. cinzenta da medula espinal nos segmentos S2, S3 e S4. Os axônios dos neurônios com soma localizadas no encéfalo passam pelos nervos cranianos - oculomotor, facial, glossofaríngeo e o vago -, trocam sinapse com neurônios pós ganglionares no gânglios, que chegam às vísceras da cabeça, tórax e abdome. Já os axônios dos corpos na porção lateralda medula, saem da medula pelas raízes ventrais e se unem para formar os nervos esplânicos pélvicos (suprem vísceras da cavidade da pelve) e trocam sinapses nos gânglios terminal próximos aos órgãos os quais inervam.
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