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Transplantes 
Comércio de Órgãos 
O que são transplantes? 
Tecido ou órgão retirado cirurgicamente de qualquer lugar de um 
corpo e colocado em outro corpo. 
Leis, decretos e portarias 
Gerais 
 
Rins-Pâncreas 
 
Outros 
 
Classificação quanto a origem: 
• Xenotransplante; 
• Alotransplante intervivos; 
• Alotransplante de doador cadáver. 
• Goldim, J.R. 
Xenotransplante 
Caso Baby Fae 
Em 1984, uma paciente pediátrica, em estado terminal, por 
problemas cardíacos, recebeu um transplante de coração de 
babuíno no Loma Linda University Medical Center/EEUU. Os 
cientistas sabiam que o coração transplantado não poderia ajudá-la 
mais que alguns poucos dias. A paciente sobreviveu apenas 20 dias. 
Bailey LL, Nehlsen C, Sandra L, Concepcion W, Jolley WB. Baboon-
to-human cardiac xenotransplantation in a neonate. JAMA. 
1985;254(23):3321-3329 Kushner TK, Belliotti R. Baby Fae: a beastly 
business. Journal of Medical Ethics 1985;11(4):178-183 
Transplante intervivos 
Transplante com doador morto 
Lei n.9.434, de 4 de fevereiro de 1997 
Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo 
humano para fins de transplante e tratamento e dá outras 
providências. 
Lei n.9.434, de 4 de fevereiro de 1997 (com as alterações da Lei 
10211, de 23 de março de 2001) 
CAPÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
ART.1 - A disposição gratuita de tecidos, órgãos e partes do corpo 
humano, em vida ou "post mortem", para fins de transplante e 
tratamento, é permitida na forma desta Lei. 
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, não estão compreendidos 
entre os tecidos a que se refere este artigo o sangue, o esperma 
e o óvulo. 
Art. 2º A realização de transplantes ou enxertos de tecidos, órgãos 
ou partes do corpo humano só poderá ser realizada por 
estabelecimento de saúde, público ou privado, e por equipes 
médico-cirúrgicas de remoção e transplante previamente 
autorizados pelo órgão de gestão nacional do Sistema Único de 
Saúde. 
Parágrafo único. A realização de transplantes ou enxertos de 
tecidos, órgãos ou partes do corpo humano só poderá ser 
autorizada após a realização, no doador, de todos os testes de 
triagem para diagnóstico de infecção e infestação exigidos em 
normas regulamentares expedidas pelo Ministério da Saúde. 
Transplante Intervivos 
Pessoa juridicamente capaz pode dispor gratuitamente de T/O/PCH 
para fins terapêuticos: 
Em cônjuges ou parentes consanguíneos até o 4º grau, inclusive, 
ou em qualquer outra pessoa mediante autorização judicial. 
Art. 15. Comprar ou vender tecidos, órgãos ou partes do 
corpo humano: Pena- reclusão, de três a oito anos, e multa. 
§ 3º Só é permitida a doação referida neste artigo quando se tratar 
de órgãos duplos, de partes de órgãos, tecidos ou partes do corpo 
cuja retirada não impeça o organismo do doador de continuar 
vivendo sem risco para a sua integridade e não represente grave 
comprometimento de suas aptidões vitais e saúde mental e não 
cause mutilação ou deformação inaceitável, e corresponda a uma 
necessidade terapêutica comprovadamente indispensável à pessoa 
receptora. 
§ 4º O doador deverá autorizar, preferencialmente por escrito e 
diante de testemunhas, especificamente o tecido, órgão ou parte do 
corpo objeto da retirada. 
Autorização 
Campanha contra o “Boa noite Cinderela” 
Decreto 2.268, de 30 de junho de 1997 
Seção II 
Da Disposição do Corpo Vivo 
Art. 15. Qualquer pessoa capaz, nos termos da lei civil, pode dispor 
de tecidos, órgãos e partes de seu corpo para serem retirados, em 
vida, para fins de transplantes ou terapêuticos; 
(...) 
§4º O doador especificará, em documento escrito, firmado também 
por duas testemunhas, qual tecido, órgão ou parte do seu corpo 
está doando para transplante ou enxerto em pessoa que identificará, 
todos devidamente qualificados, inclusive quanto à indicação de 
endereço. 
§5º O documento de que trata o parágrafo anterior, será expedido, 
em duas vias, uma das quais será destinada ao órgão do Ministério 
Público em atuação no lugar de domicilio do doador. 
§6º Excetua-se do disposto nos §§2º, 4º e 5º a doação de medula 
óssea. 
“Doação Compulsória” de Órgãos para Transplantes 
 
Uma nova e surpreendente estratégia de captação de órgãos para 
transplante foi apresentada na Câmara dos Deputados pelo 
Deputado Federal Irapuan Teixeira, através de um projeto de lei 
(PL3857/2004), em 24 de maio de 2004. Esta proposta introduz a 
pena física de doação compulsória de órgãos. Caso seja aprovada, 
quem for condenado em dois ou mais homicídios dolosos, com pena 
igual ou superior a 30 anos de reclusão terá que doar 
compulsoriamente um rim, pulmão, córnea, um terço de seu fígado 
ou medula, supostamente óssea. No mesmo texto está estabelecido 
que “a escolha do órgão a ser compulsoriamente doado dependerá 
da necessidade das filas de transplante e da compatibilidade entre 
doador e receptor”. Goldim, J. 
§ 5º A doação poderá ser revogada pelo doador ou pelos 
responsáveis legais a qualquer momento antes de sua concretização. 
 
§ 6º O indivíduo juridicamente incapaz, com 
compatibilidade imunológica comprovada, poderá fazer doação nos 
casos de transplante de medula óssea, desde que haja 
consentimento de ambos os pais ou seus responsáveis legais e 
autorização judicial e o ato não oferecer risco para a sua saúde. 
 
§ 7º É vedado à gestante dispor de tecidos, órgãos ou partes de 
seu corpo vivo, exceto quando se tratar de doação de tecido para 
ser utilizado em transplante de medula óssea e o ato não oferecer 
risco à sua saúde ou ao feto. 
§ 8º O auto-transplante depende apenas do consentimento do 
próprio indivíduo, registrado em seu prontuário médico ou, se ele 
for juridicamente incapaz, de um de seus pais ou responsáveis legais. 
Lei.9434/97 
CAPÍTULO IV 
DAS DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES 
 
Art. 10. O transplante ou enxerto só se fará com o 
consentimento expresso do receptor, assim inscrito em lista única 
de espera, após aconselhamento sobre a excepcionalidade e os 
riscos do procedimento. 
 § 1º Nos casos em que o receptor seja juridicamente incapaz ou 
cujas condições de saúde impeçam ou comprometam 
a manifestação válida de sua vontade, o consentimento de que trata 
este artigo será dado por um de seus pais ou responsáveis legais. 
 
 § 2º A inscrição em lista única de espera não confere ao pretenso 
receptor ou à sua família direito subjetivo a indenização, se o 
transplante não se realizar em decorrência de alteração do estado 
de órgãos, tecidos e partes, que lhe seriam destinados, provocado 
por acidente ou incidente em seu transporte. ” 
(...) 
Art. 18. Realizar transplante ou enxerto em desacordo com o 
disposto no art. 10 desta Lei e seu parágrafo único: Pena - detenção, 
de seis meses a dois anos. 
DAS SANÇÕES PENAIS E ADMINISTRATIVAS 
Seção I 
Dos Crimes 
Art. 14. Remover tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoa 
ou cadáver, em desacordo com as disposições desta Lei: 
 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 
§ 1º Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de 
recompensa ou por outro motivo torpe: Pena - reclusão, de três a 
oito anos, e multa. 
§ 2º Se o crime é praticado em pessoa viva, e resulta para o 
ofendido: 
I - incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; 
II - perigo de vida; 
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
IV - aceleração de parto: 
Pena - reclusão, de três a dez anos, e multa. 
 
§ 3º Se o crime é praticado em pessoa viva, e resulta para o 
ofendido: 
I - incapacidade permanente para o trabalho; 
II - enfermidade incurável; 
III - perda ou inutilização de membro, sentido ou função; 
IV - deformidade permanente; 
V - aborto: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos, e multa. 
 
§ 4º Se o crime é praticado em pessoa viva e resulta morte: 
Pena - reclusão, de oito a vinte anos, e multa. 
Transplante de doador morto 
Lei 9434 
CAPÍTULO II 
DADISPOSIÇÃO POST MORTEM DE TECIDOS, ÓRGÃOS 
E PARTES DO CORPO HUMANO PARA FINS DE TRANSPLANTE 
http://www.bioetica.ufrgs.br/codcivil.htm
http://www.camara.gov.br/Sileg/Prop_Detalhe.asp?id=259172
Art. 3º A retirada post-mortem de tecidos, órgãos ou partes do 
corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser 
precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e 
registrada por dois médicos não participantes das equipes de 
remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e 
tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de 
Medicina. 
Decreto n. 2268/97 
Capítulo IV 
DA RETIRADA DE PARTES 
 
Seção I 
Da Comprovação da Morte 
Art. 16. A retirada de tecidos, órgãos e partes poderá ser efetuada 
no corpo de pessoas com morte encefálica. 
§1º O diagnóstico de morte encefálica será confirmado, segundo os 
critérios clínicos e tecnológicos definidos em resolução do 
Conselho Federal de Medicina, por dois médicos, no mínimo, um 
dos quais com título de especialista em neurologia, reconhecido no 
País. 
(...) 
§3º Não podem participar do processo de verificação de morte 
encefálica médicos integrantes das equipes especializadas 
autorizadas, na forma deste Decreto, a proceder à retirada, 
transplante ou enxerto de tecidos, órgãos e partes. 
O que é a morte? 
O que é a morte encefálica? 
Diagnóstico da realidade da morte 
• Segundo Borri: 
Fenômenos abióticos, avitais ou vitais negativos; 
• Imediatos: Perda da consciência; da sensibilidade; abolição 
da motilidade e do tono muscular; cessação da 
respiração; circulação e atividade cerebral. 
• Consecutivos: Desidratação (decréscimo do peso, 
pergaminhamento da pele, dessecamento das mucosas 
dos lábios, modificação do globo ocular); Esfriamento 
cadavérico; Rigidez cadavérica. 
Transformativos. 
• Destrutivos: autólise; putrefação; maceração; 
• Conservadores: Mumificação; Saponificação; Calcificação, 
entre outros.. França, GV (2004) 
Conselho Federal de Medicina 
Critérios para a Caracterização de Morte Encefálica 
RESOLUÇÃO N.º 1.480 
8 DE agosto DE 1997 
Art. 1º. A morte encefálica será caracterizada através da realização 
de exames clínicos e complementares durante intervalos de tempo 
variáveis, próprios para determinadas faixas etárias. 
 (...) 
Art. 3º. A morte encefálica deverá ser consequência de processo 
irreversível e de causa conhecida. 
Art. 4º. Os parâmetros clínicos a serem observados para 
constatação de morte encefálica são: coma a perceptivo com 
ausência de atividade motora supra-espinal e apnéia. 
Art. 6º. Os exames complementares a serem observados para 
constatação de morte encefálica deverão demonstrar de forma 
inequívoca: 
 
a) ausência de atividade elétrica cerebral ou, 
b) ausência de atividade metabólica cerebral ou, 
c) ausência de perfusão sanguínea cerebral. 
Córtex cerebral: Responsável pelas funções de: Pensamento, 
Movimento voluntário, Linguagem, Julgamento e Percepção. 
Mesencéfalo: Responsável pelas funções de: Visão, Audição, 
Movimento dos Olhos e Movimento do Corpo. 
Tronco Encefálico: Responsável pelas funções de: Respiração, Ritmo 
dos batimentos cardíacos e Pressão Arterial. 
Cerebelo: Responsável pelas funções de: Movimento, Equilíbrio e 
Postura 
Comprovação da morte encefálica 
CFM 
1 º teste clínico 
Intervalo 6 - 48 horas de acordo com a idade 
2 º teste clínico 
Documentação diagnóstica 
Decreto 
2 médicos não envolvidos com equipes de remoção ou transplante. 
Pelo menos um neurologista 
 Morte Encefálica (ME): 
• É a definição legal de morte. Sendo conceituada como a 
interrupção completa e irreversível de todas as funções 
cerebrais, mesmo na presença de atividade cardíaca ou 
reflexos primitivos 
• Principais Causas: 
– Poli traumatizados com TCE; 
– Acidente vascular cerebral (AVCH /AVCI); 
– Tumores cerebrais primários; 
– Anóxia cerebral (afogamentos, pós-parada 
cardiorrespiratória); 
– Intoxicação exógena. 
• Importância: 
– Estabelecer o plano terapêutico e evitar terapias 
inúteis; 
http://www.bioetica.ufrgs.br/cfmmorte.htm
http://www.bioetica.ufrgs.br/cfmmorte.htm
– Fornecer informações seguras aos familiares; 
– Reduzir custos e otimizar a ocupação dos leitos 
do CTI; 
– Oferecer à família a opção pela doação de 
órgãos. 
• Conclusão: 
• A constatação do óbito se dá no momento da conclusão 
do protocolo, o que pode ser no momento da segunda 
avaliação clínica, ou do exame complementar (prevalece 
aquele que for realizado por último). 
• Os familiares serão obrigatoriamente informados do início 
do procedimento para a verificação de morte encefálica. 
• É admitida a presença de médico de confiança da família 
no ato de comprovação e atestação da morte encefálica. 
• Todos os estabelecimentos de saúde devem comunicar 
a CNCDO, em caráter de urgência, o diagnóstico de morte 
encefálica. 
• Se não dispuser de condições para a comprovação de 
morte encefálica ou para a remoção de O/T/PCH, a 
CNCDO acionará profissionais habilitados para efetuarem 
ambos procedimentos 
Se houver necessidade de necropsia 
• A remoção de O/T/PCH pode ser efetuada antes da 
necropsia, 
• Se não houver relação com a causa mortis. Deve ser 
mencionada 
• No relatório, com cópia, que acompanhará o corpo ao IML. 
• A remoção depende de autorização expressa do médico 
legista: 
• Morte sem assistência médica 
• Morte de causa mal definida ou que necessite ser 
• Esclarecida diante da suspeita de crime. 
A questão da Doação de órgãos de anencéfalos... 
RESOLUÇÃO Nº 1.949, DE 10 DE JUNHO DE 2010, que dispõe sobre 
a autorização ética do uso de órgãos e/ou tecidos de anencéfalos 
para transplantes prévios dos pais. Revoga a Resolução CFM nº 
1.752/04 que autorizava o transplante de órgãos de anencéfalos 
Doação post mortem 
Consentimento informado: cônjuge ou familiar até 2º grau e duas 
testemunhas se juridicamente incapaz: ambos pais, se vivos ou os 
responsáveis legais pessoas não identificadas: não podem ser 
doadoras as manifestações de vontade relativas a vontade 
“postmortem” de O/T/PCH, constantes da carteira de identidade e 
da CNH, perdem sua validade a partir de 01 de março de 2001. 
Como funcionam as Centrais de Transplantes 
1. O receptor preenche uma ficha e faz exames para 
determinar suas características sangüíneas, da estatura 
física e antigênicas (o caso dos rins) 
2. Os dados são organizados em um programa de 
computador. A ordem cronológica é usada principalmente 
como critério de desempate; 
3. Quando aparece um órgão, ele é submetido a exames e 
os resultados são enviados para o computador; 
4. O programa faz o cruzamento entre os dados de doador 
e receptor e apresenta dez opções mais compatíveis com 
o órgão; 
5. Os dez pacientes não são identificados pelo nome para 
evitar favorecimento. Só suas iniciais e números são 
mostrados. Nesta etapa, todos os profissionais da central 
têm acesso ao cadastro; 
6. O laboratório refaz vários exames e realiza outros novos 
com material armazenado desse receptor. Nesse 
momento, o receptor ainda não é comunicado; 
7. A nova bateria de exames aponta o receptor mais 
compatível. Nessa etapa, o acesso ao cadastro fica restrito 
à chefia da central; 
8. O médico do receptor é contatado para responder sobre 
o estado de saúde do receptor. Se ele estiver em boas 
condições, é o candidato a receber o novo órgão. Se não 
estiver bem de saúde, o processo recomeça; 
9. O receptor é contatado e decide se deseja o transplante 
e em que hospital fará a cirurgia. 
• PE ocupa o 2º lugar no Brasil em transplantes de coração 
e medula óssea. 
• É o primeiro no Norte-Nordeste em transplantes de 
coração, rim e medula óssea 
• Em 2016 houve queda no número de transplantes: O de 
coração caiu 22% 
• O de córnea aumentou 
Comércio de dentes!!! 
No Vivo ou no Morto 
Dos crimes contra o respeito aos mortos 
Violação de sepultura 
Art.210.Violar ou profanar sepultura ou urna funerária: 
Pena – reclusão, de 1-3 anos, e multa. 
Destruição, subtração ou ocultação de cadáver 
Art.211. Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele: 
Pena - reclusão, de 1-3 anos, e multa 
Vilipêndio a cadáver 
Art.212. Vilipendiar cadáver ou suas cinzas: 
Pena – detenção, de 1-3 anos, e multa. 
BANCO DE DENTES 
Utopia ou Realidade 
AUTONOMIA: Há situações que terminam em verdadeiros dilemas!!! 
OUTRAS QUESTÕES QUE ASSUMEM RELEVÂNCIA NO ÂMBITO 
DA SAÚDE: 
• EUTANÁSIA E SUICÍDIO ASSISTIDO; 
• UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS REPRODUTIVAS; 
• ABORTO; 
• A PRESERVAÇÃO DE INFORMAÇÕES; 
• TRANSFUSÃO DE SANGUE EM GRUPOS RELIGIOSOS; 
• , ETC. 
O que é a eutanásia? 
Qual é a diferença entre a eutanásia e o suicídio assistido? 
A eutanásia não é a garantia de uma morte digna? 
Será que as pessoas devem ser forçadas a permanecerem vivas 
pelo avanço da medicina atual? 
As pessoas não deveriam ter o direito a cometer suicídio? 
A eutanásia não seria só a pedido do paciente, não seria sempre 
voluntária? 
A eutanásia não se poderia tornar num meio para conter os 
custos dos sistemas de saúde? 
Eutanásia 
• Termo de origem grega (eu + thanatos) que significa boa 
morte ou morte sem dor. 
• Tema polêmico, havendo países com legislação definida 
sobre a sua prática e outros países que a refutam 
categoricamente por motivos diversos. 
• Em sentido amplo é a morte suave, sem sofrimento físico; 
em sentido estrito, é a ação de pôr termo voluntariamente 
e de forma indolor à vida de uma pessoa. 
• Motivos que levam à prática da eutanásia são: 
– A vontade do doente (normalmente 
desesperado com dores e com uma doença 
incurável); 
– O caso de doentes mentais cujos descendentes 
seriam nocivos para a sociedade (eutanásia 
eugênica); 
– Doentes crônicos incuráveis, senis, etc, cuja 
manutenção constitui uma carga para a 
sociedade ou seus familiares (eutanásia 
econômica). 
• Admitida por algumas culturas, a eutanásia é condenada 
pelo Judaísmo e pelo Cristianismo. 
• Os códigos penais modernos costumam considerar esta 
prática como um homicídio atenuado. 
• Caso distinto é o da eutanásia passiva ou ortotanásia, que 
consiste em pôr termo ao prolongamento artificial da vida 
humana reduzida já ao seu estádio meramente vegetativo 
e sem esperança alguma de recuperação. 
• Os defensores da eutanásia argumentam que cada pessoa 
tem o direito à escolha entre viver ou morrer com 
dignidade quando se tem consciência de que o estado da 
sua enfermidade é de tal forma grave, que não compensa 
viver em sofrimento até que a morte chegue 
naturalmente. 
• Quem condena a prática de eutanásia, utiliza 
frequentemente o argumento religioso de que só Deus 
tem o direito de dar ou tirar a vida e, portanto, o médico 
não deve interferir neste dom sagrado. 
• Distanásia: significa a prática de morte lenta e sofrida. Pode 
ser um termo contrário ao que acontece na eutanásia 
passiva. 
• Ortotanásia: indica a morte que acontece de forma natural. 
Eutanásia no Código Penal Brasileiro 
• A prática da eutanásia não é estipulada. Assim sendo, o 
médico que termina a vida de um paciente por 
compaixão comete o homicídio simples indicado no art. 
121, sujeito a pena de 6 a 20 anos de reclusão. Isto porque 
o direito à vida é um direito considerado inviolável pela 
Constituição Federal. Apesar disso, esta é um tema 
bastante de alta complexidade, que tem sido abordado 
pela comissão de juristas que trabalha em um novo 
Código Penal. 
• A respeito da eutanásia, existem algumas "áreas cinza". No 
Estado de São Paulo, por exemplo, a lei 10241 de 1999, 
confere o direito ao usuário de um serviço de saúde de 
rejeitar um tratamento que seja doloroso que sirva para o 
prolongamento da sua vida. 
• Passiva: A morte do doente ocorre por falta de recursos 
necessários para manutenção das suas funções vitais (falta 
de água, alimentos, fármacos ou cuidados médicos). 
• Ativa: Acontece quando se apela a recursos que podem 
findar com a vida do doente (injeção letal, medicamentos 
em dose excessiva, etc.). 
Suicídio Assistido 
Quando uma pessoa solicita o auxílio de outro individuo 
 Atos (prescrição de doses altas e indicação de uso de 
medicações) 
 Passiva (persuasão e encorajamento) 
 
Jack Kevorkian definiu uma doença terminal como “qualquer doença 
que encurte a vida nem que seja em um só dia”. 
Terri Schiavo 
BIOÉTICA E A REPRODUÇÃO HUMANA 
Reprodução Assistida 
RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/2010 
1 - As técnicas de reprodução assistida (RA) têm o papel de auxiliar 
na resolução dos problemas de reprodução humana, facilitando o 
processo de procriação quando outras terapêuticas tenham se 
revelado ineficazes ou consideradas inapropriadas. 
2 - As técnicas de RA podem ser utilizadas desde que exista 
probabilidade efetiva de sucesso e não se incorra em risco grave de 
saúde para a paciente ou o possível descendente. 
3 - O consentimento informado será obrigatório a todos os pacientes 
submetidos às técnicas de reprodução assistida, inclusive aos 
doadores. Os aspectos médicos envolvendo as circunstâncias da 
aplicação de uma técnica de RA serão detalhadamente expostos, 
assim como os resultados obtidos naquela unidade de tratamento 
com a técnica proposta. As informações devem também atingir 
dados de caráter biológico, jurídico, ético e econômico. O documento 
de consentimento informado será expresso em formulário especial 
e estará completo com a concordância, por escrito, das pessoas 
submetidas às técnicas de reprodução assistida. 
4 - As técnicas de RA não devem ser aplicadas com a intenção de 
selecionar o sexo (sexagem) ou qualquer outra característica 
biológica do futuro filho, exceto quando se trate de evitar doenças 
ligadas ao sexo do filho que venha a nascer. 
5 - É proibida a fecundação de oócitos humanos com qualquer outra 
finalidade que não a procriação humana. 
 6 - O número máximo de oócitos e embriões a serem 
transferidos para a receptora não pode ser superior a quatro. Em 
relação ao número de embriões a serem transferidos, são feitas as 
seguintes determinações: 
a) mulheres com até 35 anos: até dois embriões); 
b) mulheres entre 36 e 39 anos: até três embriões; 
c) mulheres com 40 anos ou mais: até quatro embriões. 
7 - Em caso de gravidez múltipla, decorrente do uso de técnicas de 
RA, é proibida a utilização de procedimentos que visem à redução 
embrionária 
USUÁRIOS: 
 Toda mulher, capaz, que tenha solicitado, esteja indicada e 
que tenha concordado de maneira livre e consciente em 
documento de consentimento informado. 
 Estando casada ou em união estável, será necessária a 
aprovação do cônjuge ou do companheiro, após processo 
semelhante de consentimento informado. 
REFERENTE ÀS CLÍNICAS, CENTROS OU SERVIÇOS QUE 
APLICAM TÉCNICAS DE RA 
• São responsáveis pelo controle de doenças 
infectocontagiosas, coleta, manuseio, conservação, 
distribuição e transferência de material biológico humano 
para a usuária de técnicas de RA, devendo apresentar 
como requisitos mínimos: 
1 - um médico responsável por todos os procedimentos 
médicos e laboratoriais executados. 
2 - um registro permanente das gestações, nascimentos e 
malformações de fetos ou recém-nascidos, provenientes das 
diferentes técnicas de RA aplicadas na unidade, bem como dos 
procedimentos laboratoriais na manipulação de gametas e pré-
embriões. 
3 - um registro permanente das provas diagnósticas a que é 
submetido o material biológico com a finalidade precípua de 
evitar a transmissão de doenças. 
 DOAÇÃO DE GAMETAS OU PRÉ-EMBRIÕES 
1 - A doação nunca terá caráter lucrativo ou comercial; 
2 - Os doadores não devem conhecer a identidade dos 
receptores e vice-versa; 
3 - Será mantido o sigilo sobre a identidade dos doadores de 
gametas e pré-embriões, assim como dos receptores. 
 DOAÇÃO DE GAMETAS OU PRÉ-EMBRIÕES 
4 – Os serviços que empregama doação devem manter um 
registro de dados clínicos de caráter geral, características 
fenotípicas e uma amostra de material celular dos doadores. 
5 - A escolha dos doadores é de responsabilidade da unidade. 
Garantir que o doador tenha a maior semelhança fenotípica e 
imunológica e a máxima possibilidade de compatibilidade com a 
receptora. 
6 - O médico responsável pelo serviço, e os integrantes da 
equipe multidisciplinar não podem participar como doadores 
nos programas de RA. 
CRIOPRESERVAÇÃO DE GAMETAS OU PRÉ-EMBRIÕES 
• Os serviços podem criopreservar espermatozoides, 
óvulos e pré-embriões. 
• O número total de pré-embriões produzidos em 
laboratório será comunicado aos pacientes, para que se 
decida quantos pré-embriões serão transferidos a fresco, 
devendo o excedente ser criopreservado, não podendo 
ser descartado ou destruído. 
• No momento da criopreservação, os cônjuges ou 
companheiros devem expressar sua vontade, por escrito, 
quanto ao destino que será dado aos pré-embriões 
criopreservados, em caso de divórcio, doenças graves ou 
de falecimento de um deles ou de ambos, e quando 
desejam doá-los. 
SOBRE A GESTAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO (DOAÇÃO 
TEMPORÁRIA DO ÚTERO) 
 Desde que exista um problema médico que impeça ou 
contra-indique a gestação na doadora genética. 
 As doadoras devem ter um parentesco até o segundo 
grau, sendo os demais casos sujeitos à autorização do 
Conselho Regional de Medicina. 
 A doação temporária do útero não poderá ter caráter 
lucrativo ou comercial. 
 Outros países, como os Estados Unidos, consideram que 
é aceitável o pagamento da mãe substitutiva. 
ABORTO 
 Definido pela medicina como o nascimento de um feto 
com menos de 500g ou antes de 20 semanas 
completadas de idade gestacional no momento da 
expulsão do útero, não possuindo nenhuma probabilidade 
de sobrevida; 
 21.6 milhões de abortos inseguros (2008); 
 Taxa de 14/1000 mulheres com idade entre 15-44 anos; 
 A África Oriental e Central apresenta as mais altas taxas 
de aborto inseguro (47.000 mortes por aborto inseguro 
por ano). 
 No Brasil: 
 Estima-se que de 800 mil a 1 milhão de brasileiras façam o 
procedimento por ano, muitas delas em condições 
desumanas, com o uso de talo de couve, de agulha de 
crochê e até de aspirador de pó para a retirada do feto; 
 300 mulheres morrem anualmente no Brasil por 
cometerem o aborto ilegal; 
 Oscila entre a terceira e quarta causa de morte. 
 São em média 2,7 mil abortos por dia. Por hora, cerca de 
115. Ricas ou pobres, elas encontram na clandestinidade o 
apoio para dizer não a uma gravidez indesejada. São, 
perante as leis brasileiras, criminosas, com risco de pena 
pelo delito de um a três anos de detenção; 
 Para muitas, a prisão está na culpa carregada pelo resto 
da vida ou nas sequelas sentidas pelo corpo, entre elas, a 
perda do útero. Polêmico, o assunto é questão de saúde 
pública e o Brasil começa a dar seus passos para retirá-lo 
do Código Penal e torná-lo um direito da mulher; 
 Em 2006: 77,2 óbitos por 100mil nascidos vivos, 
incompatível com o nosso nível de desenvolvimento 
 Com a reforma do CPB, o CFM manifestou apoio à 
autonomia da mulher em abortar até a 12ª semana de 
gestação. 
 Antes disso, o Conselho Federal de Psicologia já havia se 
manifestado a favor da descriminalização do aborto, em 
junho de 2012. 
 Atualmente, o procedimento é permitido em casos de 
risco de vida para a mãe, de estupro comprovado ou em 
caso de fetos anencéfalos. 
 Exclusão de Ilicitude 
 Art. 128. Não constitui crime o aborto praticado por médico 
se: 
I - não há outro meio de salvar a vida ou preservar a saúde 
da gestante; 
 II - a gravidez resulta de violação da liberdade sexual, ou 
do emprego não consentido de técnica de reprodução 
assistida; 
 III - há fundada probabilidade, atestada por dois outros 
médicos, de o nascituro apresentar graves e irreversíveis 
anomalias físicas ou mentais. 
 § 1o. Nos casos dos incisos II e III e da segunda parte do 
inciso I, -consentimento da gestante ou de seu 
representante legal, do cônjuge ou de seu companheiro; 
Transfusões de Sangue 
 
Outros casos com implicações bioéticas: 
 
 Células tronco 
 Tipo de célula capaz de se diferenciar e constituir 
diferentes tecidos do organismo e também de se auto-
replicar; 
 Classificam-se em totipotentes ou embrionárias 
(diferenciam-se em todo os 216 tecidos, inclusive placenta 
e anexos embrionários), pluripotentes (diferenciam-se em 
quase todos os tecidos, menos pacenta e anexos 
embrionários), Oligopotentes (diferenciam-se em poucos 
tecidos) e Unipotentes (diferenciam-se em um único 
tecido); 
 Funcionam como células coringa 
Onde ficam as células-tronco? 
As células-tronco totipotentes e pluripotentes (ou multipotentes) só 
são encontradas nos embriões. As totipotentes são aqueles 
presentes nas primeiras fases da divisão, quando o embrião tem até 
16 - 32 células (até três ou quatro dias de vida). As pluripotentes ou 
multipotentes surgem quando o embrião atinge a fase de blastocisto 
(a partir de 32 -64 células, aproximadamente a partir do 5.o dia de 
vida). As Oligopotentes são encontradas no TGI e as Unipotentes no 
tecido cerebral adulto e na próstata 
O que torna a célula-tronco capaz de formar um tecido ou outro? 
A ordem ou comando que determina, durante o desenvolvimento 
do embrião humano, que uma célula-tronco pluripotente se 
diferencie em um tecido específico, como fígado, osso, sangue etc, 
ainda é um mistério que está sendo objeto de inúmeras pesquisas. 
O que é terapia com células-tronco? 
É uma terapia celular para tratar doenças e lesões através da 
substituição de tecidos doentes por células saudáveis. Por exemplo, 
o transplante de medula óssea para tratar pacientes com leucemia 
é um método de terapia celular já conhecido e comprovadamente 
eficiente. A medula óssea do doador contém células-tronco 
sanguíneas que vão fabricar novas células sanguíneas sadias. A 
terapia com células-tronco poderá no futuro tratar muitas doenças 
degenerativas, hoje incuráveis, causadas pela morte prematura ou 
mal funcionamento de tecidos, células ou órgãos (doenças 
neuromusculares, diabetes, doenças renais, cardíacas ou hepáticas). 
Como é o uso de células-tronco adultas? 
As células-tronco adultas são encontradas em vários tecidos (como 
medula óssea, sangue, fígado, polpa dentárea) de crianças e adultos, 
e também no cordão umbilical e na placenta. Entretanto, ainda não 
sabemos em que tecidos elas são capazes de se diferenciar. Um 
estudo recente com células-tronco retiradas da medula e injetadas 
no coração da própria pessoa, o autotransplante, sugere uma 
melhora aparente do quadro clínico em pessoas com insuficiência 
cardíaca. Mas a questão é se essas células são capazes de formar 
tecido cardíaco ou só promover uma neo-vascularização (fabricar 
novos vasos sangüíneos). De qualquer forma, a maior limitação 
quando usadas células da própria pessoa é que não serviria para 
portadores de doenças genéticas, pois o defeito está presente em 
todas as células daquela pessoa. 
Como é o uso de células-tronco de embriões? 
As pesquisas com células-tronco embrionárias estão sendo feitas 
nos países que permitem esses estudos. As células-tronco 
embrionárias têm o potencial de formar todos os tecidos humanos. 
Elas podem ser retiradas de: a) embriões excedentes que são 
descartados em clínicas de fertilização, por não terem qualidade para 
implantação ou por terem sido congelados por muito tempo; b) pela 
técnica de clonagem terapêutica. 
O que é clonagem terapêutica celular? 
É a transferência de núcleos de uma célula para um óvulo sem 
núcleo. Ela nada mais é do que um aprimoramento das técnicas hoje 
existentes para culturas de tecidos, que são realizadas há décadas. 
A grande vantagem é que, ao transferir o núcleo de uma célula de 
uma pessoa para um óvulo sem núcleo, esse novoóvulo ao dividir-
se gera, em laboratório, células potencialmente capazes de produzir 
qualquer tecido. Isso abre perspectivas fantásticas para futuros 
tratamentos, porque hoje só é possível cultivar em laboratório células 
com as mesmas características do tecido de onde foram retiradas. 
A clonagem terapêutica teria a vantagem de evitar rejeição, se o 
doador fosse a própria pessoa. 
Cientistas coreanos anunciaram ter clonado embriões humanos, pela 
primeira vez, para obter células-tronco. Isso é clonagem terapêutica? 
Sim. O estudo confirmou a possibilidade de obter células-tronco 
pluripotentes com a clonagem terapêutica ou transferência de 
núcleos. O trabalho foi feito graças à participação voluntárias que 
doaram óvulos e células cumulus (células que ficam ao redor dos 
óvulos) para contribuir com as pesquisas. As células cumulus, que já 
são células diferenciadas, foram transferidas para os óvulos dos quais 
haviam sido retirados os próprios núcleos. 
Qual é a diferença entre clonagem terapêutica e clonagem 
reprodutiva? 
A clonagem reprodutiva humana, condenada por todos os cientistas, 
é a técnica pela qual pretende-se fazer uma cópia de um indivíduo. 
Nessa técnica, transfere-se o núcleo de uma célula, que pode ser 
uma célula de um adulto ou de um embrião, para um óvulo sem 
núcleo. Se o óvulo com esse novo núcleo começasse a se dividir, 
fosse transferido para um útero humano e se desenvolvesse, ter-
se-ia uma cópia da pessoa de quem foi retirado o núcleo da célula. 
A diferença fundamental entre os dois procedimentos é que: 1). Na 
transferência de núcleos para fins terapêuticos as células são 
multiplicadas em laboratório para formar tecidos; 2) A clonagem 
reprodutiva humana requer a inserção em um útero humano. 
Com o impacto das descobertas, a ética médica se 
• Vê estimulada e se desenvolve em novos 
• E importantes capítulos. Quanto mais poderosa 
• E eficaz se torna a medicina, 
• Mais as normas de proteção 
• Do indivíduo devem ser rigorosas e bem conhecidas. 
 IV – infringir a legislação que regula a utilização do cadáver para 
estudo e/ou exercícios de técnicas cirúrgicas; 
V – infringir a legislação que regula os transplantes de órgãos e 
tecidos post-mortem e do “próprio corpo vivo”; 
 VI – realizar pesquisa em ser humano sem que este ou seu 
responsável, ou representante legal, tenha dado consentimento, por 
escrito, após devidamente esclarecido sobre a natureza e as 
consequências da pesquisa; 
VII – usar, experimentalmente sem autorização da autoridade 
competente, e sem o conhecimento e o consentimento prévios do 
paciente ou de seu representante legal, qualquer tipo de terapêutica 
ainda não liberada para uso no país; 
 
VIII – manipular dados da pesquisa em benefício próprio ou de 
empresas e/ou instituições. 
Algumas questões que nos confrontam diariamente: 
• Quais são as nossas responsabilidades para com os 
pobres? 
• Justifica-se que tratemos os animais como nada além de 
máquinas que produzem carne para a nossa alimentação?

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