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INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS CURSO TÉCNICO DE INFORMÁTICA PARA INTERNET Adália Teixeira Saldanha Higor Michael Teixeira Ione Teixeira de Souza Paulo Cézar Saldanha Wendel Franklin Teixeira ATIVIDADE “PRÁTICA II” – CLIMATOLOGIA VÁRZEA DA PALMA/MG OUTUBRO/2019 ATIVIDADE PRÁTICA I Curso: Técnico em Agropecuária Módulo: I Disciplina: Climatologia Professor: Matheus Colares Valor: 10 pontos Instruções para os cursistas: Sejam bem-vindos aos nossos estudos em Climatologia. Para fazer esta segunda atividade, vocês vão realizar um trabalho em grupo, “Percepção das mudanças climáticas na agropecuária atual e como conviver ou minimizar”. Para o dia 23/04/2017 Em nossos estudos vimos que: - Para os cientistas, o aquecimento global está associado às alterações climáticas desencadeadas em ampla escala, e ocorre a partir da alteração das paisagens provocadas pelo homem sobre a natureza, sobretudo após a Revolução Industrial e a urbanização das cidades, ocorridas a partir do século XVII até os dias atuais. - A previsão sobre os cenários futuros do planeta recaem para dois caminhos: a transformação de hábitos ou a adaptação da humanidade às novas condições do clima e de escassez de recursos, e infelizmente, a segunda opção é a mais próxima da realidade atual diante do contexto de elevado consumo e desgaste dos recursos naturais. - Estudos sobre os efeitos do Aquecimento Global apontam que as principais anomalias causadas pelas mudanças no clima recairiam sobre as regiões menos providas de recursos técnicos e financeiros, incluindo o Brasil, o que tornaria as populações mais pobres ainda mais vulneráveis aos efeitos climáticos, tais como inundações, secas, falta d’água e alimentos. Assim, nos identificando como inseridos em área de alta vulnerabilidade aos efeitos climáticos devido a nossa posição geográfica, social, política e econômica descreva situações na agropecuária que já é sentido tais efeitos. Discuta estas observações e apresente possíveis soluções. Para tal, dividam-se em grupos e façam um relatório sobre o tema “Percepção das mudanças climáticas na agropecuária atual e como conviver ou minimizar”. Usem a criatividade, busquem informações com os mais velhos, pessoas que lidam diretamente no campo, reportagens em jornais, revistas, internet. Procurem fazer observações do ambiente em que convivem. Usem os conhecimentos adquiridos durante o curso, as discussões nos fóruns e a atividade prática um para ajudar no desenvolvimento das ideias. Sucesso! CRITÉRIOS VALOR (PONTOS) Avaliar as competências na capacidade de pensar e propor soluções para os problemas detectados 1.0 Avaliar a organização e a capacidade de trabalhar em grupo. 1.0 Avaliar a parte do trabalho pesquisado pela equipe 3.0 Avaliar o produto Final, ou seja, o relatório sobre a “Percepção das mudanças climáticas na agropecuária atual e como conviver ou minimizar”. 5.0 TOTAL 10.0 RELATÓRIO 1 – INTRODUÇÃO A agricultura é uma atividade altamente dependente de fatores climáticos, por isso a mudança no clima pode afetar a produção agrícola de várias formas: mudança na severidade de eventos extremos, no número de graus-dia de crescimento devido às alterações na temperatura do ar, modificação na ocorrência e na severidade de pragas e doenças, dentre outros. O aumento da temperatura e modificações no regime da chuva, poderá provocar perdas significativas nas safras de grãos e alterar a geografia da produção agrícola brasileira, colocando em risco a segurança alimentar no país. 2 - PROBLEMAS FITOSSANITÁRIOS Um dos efeitos da mudança do clima será a alteração do cenário de doenças e seu manejo que, certamente, causará impacto na produtividade agrícola. As mudanças climáticas poderão ter efeitos diretos e indiretos tanto sobre o agente infeccioso quanto sobre as plantas hospedeiras e a interação de ambos. Dentre os efeitos diretos está a mudança na distribuição geográfica. O zoneamento agroclimático da planta hospedeira será alterado, da mesma forma os patógenos e outros microrganismos relacionados com o processo de doença serão afetados. Assim, em determinadas regiões, novas doenças poderão surgir e outras perder a importância econômica se a planta hospedeira migrar para novas áreas. A distribuição temporal também pode ser afetada. Os patógenos, especialmente os que infectam folhas, apresentam flutuações quanto à ocorrência e à severidade durante o ano, que são atribuídas as variações das condições meteorológicas. O aumento da umidade, por exemplo, durante a estação de crescimento pode favorecer o aumento da produção de esporos; por outro lado, doenças como os oídios são favorecidas por condições de baixa umidade. Outro exemplo é a redução de dias com chuva no verão que pode diminuir a dispersão de diversos patógenos. Os efeitos indiretos estão relacionados com outros organismos que interagem com o patógeno da doença e a planta hospedeira. Doenças que requerem insetos ou outros vetores poderão apresentar uma nova distribuição geográfica ou temporal. Aumentos na temperatura ou incidência de secas poderão levar vetores, como insetos, para regiões onde ainda não atuavam, estendendo a área de ocorrência de doenças. 3 - ZONEAMENTO CLIMÁTICO PARA A AGRICULTURA De acordo com as projeções de aumento da temperatura do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) a configuração da produção agrícola brasileira pode mudar significativamente nos próximos anos. Culturas como algodão, arroz, café, feijão, girassol e milho sofrerão uma diminuição da área favorável ao plantio, exceto a cana-de-açúcar e a mandioca. As áreas que hoje são as maiores produtoras de grãos podem não estar mais aptas ao plantio antes do final do século, ou seja, ocorrerá migração dessas culturas para regiões nas quais hoje não são cultivadas. http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/pimenta/arvore/CONT000gn7c346v02wx5ok0liq1mqev3aerj.html http://www.ipcc.ch/ https://www.agritempo.gov.br/climaeagricultura/algod.html https://www.agritempo.gov.br/climaeagricultura/arroz.html https://www.agritempo.gov.br/climaeagricultura/cafe.html https://www.agritempo.gov.br/climaeagricultura/feijao.html https://www.agritempo.gov.br/climaeagricultura/girassol.html A região Nordeste sofrerá perda significativa na produção de milho, arroz, feijão e algodão, a sobrevivência do café será pouco favorável na região Sudeste e a região Sul se tornará propícia ao plantio dessa cultura além da mandioca e da cana-de-açúcar, devido ao aumento da temperatura e a redução do risco de geadas. A soja será a cultura mais afetada com a mudança no clima. Com diminuição de até 41% de áreas de baixo risco para o plantio do grão em todo país em 2070, em decorrência do aumento da deficiência hídrica e de possíveis veranicos mais intensos, gerando prejuízos de bilhões de reais. Isso poderá levar à metade das perdas projetadas para a agricultura brasileira. Por outro lado a cana-de-açúcar, por gostar de calor, irá se espalhar por milhões de hectares, as projeções futuras indicam que a área cultivada de cana será no mínimo duas vezes maior que a atual. Áreas localizadas nas maiores latitudes, que hoje apresentam restrições para a cana pelo alto risco de geadas, perdem essa característica, principalmente no Rio Grande do Sul, e se transformarão em regiões de potencial produtivo. https://www.agrosmart.com.br/blog/geada-formacao-minimizar-efeitos-lavoura/ A região Centro-Oeste, que hoje apresenta um alto potencial produtivo, permanecerá como áreas de baixo risco, porém vão depender mais da irrigação complementar para garantir a produtividade. 4- EVENTOS EXTREMOS Há vários eventos climáticos extremos associados ao aumento de temperatura global que podem afetar o setor agrícola, como: 4.1 - Ondas de calor Temperaturas máximas diárias acima de 32°C são responsáveis pela queda da produção agrícola, uma vez que interferem nas fases do ciclo fenológico das culturas e no desenvolvimento de órgãos vitais das plantas. Espera-se que por volta do ano 2050 a produtividade da maior parte das culturas agrícolas do Brasil sofrerão um decréscimo acentuado, devido ao excesso de calor. 4.2 - Veranicos Período de estiagem, acompanhado por calor, forte insolação e baixa umidade relativa em plena estação chuvosa ou em pleno inverno, podem resultar em maior necessidade de irrigação. O cultivo da soja pode se tornar cada vez mais difícil na região Sul e alguns estados do Nordeste podem perder significativamente sua área agricultável. 4.3 - Chuvas e ventos intensos O aumento da frequência de chuvas e tempestades fortes na região Sul pode causar problemas para a mecanização agrícola devido à inundação das áreas cultivadas. Plantações de cana-de- açúcar, trigo e arroz também podem sofrer perdas devido a ventos fortes, que leva ao acamamento dessas culturas. A pulverização com defensivos contra pragas e doenças será dificultada devido a ventos fortes ou chuva intensa. 5 - É PRECISO ENTENDER MELHOR O AMBIENTE PARA TOMAR MELHORES DECISÕES É fundamental que a sociedade, de forma geral, incluindo as fazendas e cooperativas incorporem à gestão de riscos decorrentes das mudanças climáticas em seus processos de planejamento. Parte disto está associado à identificação da vulnerabilidade atual aos impactos de eventos climáticos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Seca https://pt.wikipedia.org/wiki/Insola%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Umidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_chuvosa https://pt.wikipedia.org/wiki/Inverno 6 - COMO SE PREPARAR PARA ENFRENTAR AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AGRICULTURA? Apesar dos efeitos negativos decorrentes das mudanças climáticas na agricultura, existem formas de reduzir os danos ou se adaptar às condições climáticas desfavoráveis. Há práticas agrícolas já amplamente conhecidas que podem diminuir as emissões de gases poluentes em atividades do setor agrícola, otimizar o uso do solo e aprimorar o manejo das culturas. Mas tudo isso exige um bom planejamento. 6.1 - Investir em culturas adaptadas ao semiárido Uma das mudanças climáticas na agricultura mais observáveis e notórias é a seca, especialmente no Nordeste brasileiro. Por isso, pesquisadores têm apresentado as culturas da Caatinga como a solução para esse problema. Ao usar plantas mais tolerantes à seca, como a palma, o produtor terá alimento necessário para sustentar seu gado. Existem também muitas leguminosas, como jurema, catingueira e angico, e frutas, como umbu, maracujá-do-mato e juazeiro. Essas espécies são muito bem adaptadas à região e podem ser comercializadas para o consumo humano. 6.2 - Implementar a gestão de riscos Existem ainda tecnologias que podem otimizar o uso do solo, de insumos agrícolas e dar maior inteligência à gestão da lavoura. Essas ferramentas providas pela agricultura de precisão são capazes de analisar o solo, o clima e a plantação para propor as melhores soluções. Essas tecnologias, que abrangem equipamentos, sensores (como GPS) e softwares, podem auxiliar o produtor rural na tomada de decisões e contribuir para que atividades de plantio, adubação, irrigação, colheita e aplicação de defensivos sejam feitas de modo mais eficiente, reduzindo custos e diminuindo o impacto ambiental. Por meio desses recursos, o agricultor consegue identificar suas vulnerabilidades diante das mudanças climáticas e se planejar para melhor lidar com essas adversidades. 7 – CONCLUSÃO A partir do conteúdo apresentado neste relatório, a ideia central que deve permanecer é a iminência dos efeitos causados pelo aquecimento global na agricultura do país. Tanto https://blog.somarmeteorologia.com.br/gestao-de-agronegocio-e-possivel-fazer-previsoes-climaticas/ http://blog.jacto.com.br/o-que-e-agricultura-de-precisao/ http://blog.jacto.com.br/gps-em-maquinas-agricolas-por-que-usar/ http://blog.jacto.com.br/software-para-agricultura-de-precisao-o-guia-definitivo/ http://blog.jacto.com.br/afinal-como-reduzir-custos-na-safra-agricola/ pesquisas quanto prognósticos alcançados, apontam para uma mudança inequívoca na temperatura do planeta. Há tempo e tecnologia suficientes para isso, sendo preciso desenvolver políticas públicas adequadas e investir mais em pesquisas que permitam atender a já citada demanda. É preciso promover uma mudança cultural para que cada vez mais questões anteriormente desconsideradas ou não-priorizadas passem a ser discutidas de forma séria e responsável. Tudo pode ser feito de forma racional, seja com a redução de queimadas e desmatamento, seja com a mitigação pela utilização de sistemas agrícolas limpos, seja pelo desenvolvimento de medidas de adaptabilidade. A agricultura brasileira hoje é uma das poucas atividades econômicas que tem condições de, nos próximos anos, apresentar soluções para reverter o quadro da emissão de gases do efeito estufa no território nacional e, conseqüentemente, transferir essas tecnologias para os outros países que tenham condições climáticas similares às do Brasil. ATIVIDADE “PRÁTICA II” – CLIMATOLOGIA 2 - PROBLEMAS FITOSSANITÁRIOS 3 - ZONEAMENTO CLIMÁTICO PARA A AGRICULTURA 4 - EVENTOS EXTREMOS 4.1 - Ondas de calor 4.2 - Veranicos 4.3 - Chuvas e ventos intensos 5 - É PRECISO ENTENDER MELHOR O AMBIENTE PARA TOMAR MELHORES DECISÕES 6 - COMO SE PREPARAR PARA ENFRENTAR AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AGRICULTURA? 6.1 - Investir em culturas adaptadas ao semiárido 6.2 - Implementar a gestão de riscos
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