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livro php - CONTABILIDADE EMPRESARIALpdf

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Prévia do material em texto

2012
Contabilidade empresarial
Prof. Mário Jorge Camean Coelho
Copyright © UNIASSELVI 2012
Elaboração:
Prof. Mário Jorge Camean Coelho
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
657
C672c Coelho, Mário Jorge Camean
 Contabilidade empresarial / Mário Jorge Camean Coelho. Indaial :
 Uniasselvi, 2012.
 232 p. : il 
 
 
 ISBN 978-85-7830-589-5
1. Contabilidade empresarial.
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Impresso por:
III
apresentação
Estimado(a) acadêmico(a), seja bem-vindo a mais este desafio 
contábil. Sim, adquirir conhecimento é um desafio, mas se você está lendo 
esta apresentação é porque está disposto(a) a enfrentá-lo e para isso contará 
com a nossa ajuda, sem dúvida. 
Neste caderno vamos abordar o que chamamos de contabilidade 
aplicada, ou seja, a contabilidade voltada para alguns segmentos específicos. 
Sabemos que a contabilidade tem um papel extremamente importante 
quando falamos de informações para tomada de decisão, pois é através dela 
que entendemos como se movimenta e como está o patrimônio da empresa. 
Para que a contabilidade possa refletir através dos números a real situação 
da empresa, do seu patrimônio, é necessário que todas as operações sejam 
interpretadas e registradas de acordo com a realidade e o contexto vivido.
É sabido que operações iguais, em segmentos diferentes, terão 
tratamento diferenciado. Como exemplo, um imóvel de aluguel para 
uma imobiliária é considerado um estoque, pois é o objeto principal de 
negociação daquele segmento, já o mesmo imóvel de aluguel para uma 
indústria é considerado como investimento, pois a atividade principal não 
é a comercialização de imóveis e sim a industrialização de produtos. Assim 
como estes exemplos, temos várias outras situações. 
Aqui vamos tratar de três segmentos distintos, a Contabilidade Rural, 
que se dividirá em duas: Contabilidade Agrícola e Contabilidade Pecuária; 
Contabilidade das Cooperativas, que tem um diferencial importante, pois 
é uma sociedade de pessoas e não de capital, como a grande maioria das 
empresas num país de regime capitalista; e a Contabilidade das Empresas 
Imobiliárias, que também tem suas peculiaridades e que representam um dos 
principais setores que movem a economia de um país. Entender o contexto 
e os detalhes das operações de cada segmento, com certeza, contribuirá e 
muito para que as informações contábeis sejam produzidas com a máxima 
confiabilidade possível, com critérios técnicos bem definidos e possa, assim, 
espelhar de forma incontestável a realidade patrimonial de cada entidade.
O estudo das contabilidades aplicadas se faz necessário e importante 
para qualquer profissional contábil, podendo tornar-se, na vida do 
profissional, um diferencial bastante interessante. Existem regiões em 
nosso país onde há uma concentração muito grande de empresas rurais 
e cooperativas rurais ou não, isso sem falar do segmento imobiliário, que 
sempre foi uma referência de crescimento econômico, e com tendências de 
elevação de negócios muito grande para os próximos anos. Essas entidades 
precisam cada vez mais de profissionais que estejam preparados para 
IV
entender não só de débitos e créditos, mas, principalmente, de operações 
ligadas a esses segmentos, da gestão propriamente dita, para que possam 
assim interpretar essas especificidades através de números, contribuindo 
essencialmente para a tomada de decisões.
As entidades, de maneira geral, têm sido bastante exigidas com relação 
a decisões rápidas, pois as informações e as situações mudam velozmente, 
a cada segundo. Um contador especialista em determinados segmentos 
poderá e, com certeza, dará respostas mais rápidas acerca do patrimônio da 
empresa, contribuindo assim para a tomada de decisão em tempo real.
Para que possamos contribuir com o seu desafio de se tornar um 
contador com conhecimentos específicos, traremos neste caderno um 
linguajar simples, objetivo e principalmente prático, para que você possa 
visualizar seu próprio crescimento no conhecimento adquirido.
Assim, desejo a você ótimos estudos e um excelente aproveitamento.
Prof. Mário Jorge Camean Coelho
V
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
VI
VII
sumário
UNIDADE 1 - CONTABILIDADE RURAL ..................................................................................... 1
TÓPICO 1 - INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL ....................................................... 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 3
2 CONCEITO SOBRE A ATIVIDADE RURAL .............................................................................. 3
3 FORMAS JURÍDICAS DE EXPLORAÇÃO NA AGROPECUÁRIA ....................................... 6
4 FORMAS ECONÔMICAS DE EXPLORAÇÃO NA AGROPECUÁRIA ................................ 7
4.1 EMPRESÁRIO/INVESTIDOR AGROPECUÁRIO COM A PROPRIEDADE DA 
TERRA .......................................................................................................................................... 7
4.2 PARCERIA .................................................................................................................................. 7
4.3 ARRENDAMENTO ................................................................................................................. 8
4.4 COMODATO .............................................................................................................................. 8
4.5 CONDOMÍNIO ......................................................................................................................... 9
5 CONTABILIDADE RURAL ............................................................................................................. 9
5.1 ANO AGRÍCOLA VERSUS EXERCÍCIO SOCIAL ....................................................... 10
6 FLUXO CONTÁBIL NA ATIVIDADE AGRÍCOLA .......................................................... 11
6.1 CULTURAS TEMPORÁRIAS............................................................................................... 11
6.2 CULTURAS PERMANENTES ............................................................................................. 17
6.3 PLANO DE CONTAS ..............................................................................................................25
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 29
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 31
TÓPICO 2 - NOVOS PROJETOS AGROPECUÁRIOS E OS GASTOS DE MELHORIAS ... 33
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 33
2 GASTOS PRÉ-OPERACIONAIS .................................................................................................... 33
3 GASTOS COM MELHORIAS......................................................................................................... 34
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 36
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 37
TÓPICO 3 - DEPRECIAÇÃO, EXAUSTÃO E AMORTIZAÇÃO ................................................ 39
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 39
2 ENTENDIMENTO CONTÁBIL (SEGUNDO A TEORIA DA CONTABILIDADE) ............ 39
3 ENTENDIMENTO FISCAL ............................................................................................................. 40
4 DEPRECIAÇÃO ................................................................................................................................. 41
4.1 NA AGRICULTURA ............................................................................................................... 41
5 EXAUSTÃO ......................................................................................................................................... 43
6 AMORTIZAÇÃO ............................................................................................................................... 45
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 46
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 48
VIII
TÓPICO 4 - ATIVIDADE PECUÁRIA .............................................................................................. 49
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 49
2 PLANO DE CONTAS ........................................................................................................................ 49
3 DEPRECIAÇÃO NA PECUÁRIA ................................................................................................... 52
4 MÉTODOS DE VALORIZAÇÃO DOS ESTOQUES .................................................................. 53
RESUMO DO TÓPICO 4..................................................................................................................... 55
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 56
TÓPICO 5 - VALORIZAÇÃO DOS ESTOQUES PELO MÉTODO DE CUSTO ...................... 57
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 57
2 CASO PRÁTICO ................................................................................................................................ 57
2.1 ACONTECIMENTOS DO ANO X1 .................................................................................... 58
2.2 AONTECIMENTOS DO ANO X2 ....................................................................................... 60
2.2.1 Transferência de era............................................................................................................. 60
2.2.2 Contabilização dos nascidos .............................................................................................. 60
2.2.3 Contabilização dos custos de manutenção de rebanho ................................................. 61
2.2.4 Rateio dos custos do período, para o saldo de cabeças de gado existente .................. 61
2.3 ACONTECIMENTOS DO ANO X3 .................................................................................... 62
2.3.1Transferência de era.............................................................................................................. 62
2.3.2 Transferência do gado de 13 a 24 meses para 25 a 36 meses ......................................... 63
2.3.3 Transferência do gado de 0 a 12 meses para 13 a 24 meses ........................................... 63
2.3.4 Contabilização dos mortos ................................................................................................. 63
2.3.5 Contabilização dos custos de manutenção de rebanho ................................................. 64
2.3.6 Rateio dos custos do período, para o saldo de cabeças de gado existente .................. 64
2.4 ACONTECIMENTOS DO ANO X4 .................................................................................... 66
2.4.1Transferência de era.............................................................................................................. 66
2.4.2 Transferência do gado de 25 a 36 meses para acima de 36 meses ................................ 66
2.4.3 Transferência do gado de 13 a 24 meses para 25 a 36 meses ......................................... 67
2.4.4 Transferência do gado de 0 a 12 meses para 13 a 24 meses ........................................... 67
2.4.5 Transferência das novilhas para o permanente (matrizes) ............................................ 67
2.4.6 Venda de novilhos e novilhas ............................................................................................ 68
RESUMO DO TÓPICO 5..................................................................................................................... 72
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 73
TÓPICO 6 - VALORIZAÇÃO DOS ESTOQUES PELO MÉTODO A VALOR 
 DE MERCADO ............................................................................................................... 75
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 75
2 CASO PRÁTICO ................................................................................................................................ 75
2.1 ACONTECIMENTOS DO ANO X1 .................................................................................... 76
2.2 ACONTECIMENTOS DO ANO X2 .................................................................................... 77
2.3 ACONTECIMENTOS DO ANO X3 .................................................................................... 80
RESUMO DO TÓPICO 6..................................................................................................................... 85
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 86
TÓPICO 7 - CONVERGÊNCIA CONTÁBIL .................................................................................. 87
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 87
2 CONVERGÊNCIA, NA CONTABILIDADE RURAL ................................................................. 87
2.1 PRONUNCIAMENTO CONTÁBIL Nº 29 – ATIVO BIOLÓGICO E PRODUTO 
AGRÍCOLA ................................................................................................................................. 88
2.2 OUTROSPRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS .......................................................... 91
RESUMO DO TÓPICO 7..................................................................................................................... 93
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 94
IX
UNIDADE 2 - COOPERATIVAS ....................................................................................................... 95
TÓPICO 1 - INTRODUÇÃO AO COOPERATIVISMO ............................................................... 97
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 97
2 ORIGEM DA COOPERATIVA ....................................................................................................... 97
3 AS COOPERATIVAS NO BRASIL ................................................................................................. 99
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 102
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 103
TÓPICO 2 - REGIME JURÍDICO DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS .............................. 105
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 105
2 NATUREZA JURÍDICA .................................................................................................................... 105
3 SOCIEDADE COOPERATIVA VERSUS SOCIEDADE ANÔNIMA....................................... 106
4 DIFERENÇAS ENTRE A SOCIEDADE COOPERATIVA E A SOCIEDADE 
 DE CAPITAL ....................................................................................................................................... 107
4.1 REMUNERAÇÃO DO CAPITAL APLICADO ............................................................... 107
4.2 PARTICIPAÇÃO NAS OPERAÇÕES DA SOCIEDADE ............................................ 107
4.3 RESPONSABILIDADE DOS COOPERADOS ............................................................... 108
4.4 DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS .................................................................................. 108
4.5 DIREITO A VOTO .................................................................................................................... 108
5 CLASSIFICAÇÃO LEGAL DE CONSTITUIÇÃO ...................................................................... 108
5.1 COOPERATIVAS SINGULARES OU DE 1º GRAU ..................................................... 109
5.2 COOPERATIVAS CENTRAIS OU FEDERAÇÕES DE COOPERATIVAS 
 OU DE 2º GRAU ........................................................................................................................ 109
5.3 CONFEDERAÇÕES DE COOPERATIVAS OU DE 3º GRAU ................................... 109
5.4 SISTEMA COOPERATIVISTA ............................................................................................ 109
6 OBJETO SOCIAL ............................................................................................................................... 110
6.1 COOPERATIVAS DE PRODUTORES .............................................................................. 110
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 114
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 116
TÓPICO 3 - CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS ................................. 117
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 117
1.1 ATOS COOPERATIVOS E ATOS NÃO COOPERATIVOS ....................................... 118
1.1.1 Atos cooperativos ................................................................................................................. 118
1.1.2 Atos não cooperativos ......................................................................................................... 118
2 ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ....................................................... 119
2.1 BALANÇO PATRIMONIAL ................................................................................................. 119
2.1.1 Créditos com associados ..................................................................................................... 121
2.1.2 Estoques ................................................................................................................................ 122
2.1.3 Avaliação de investimentos ................................................................................................ 122
2.1.4 Obrigações com associados ................................................................................................ 123
2.1.5 Passivo previdenciário e trabalhista ................................................................................. 124
2.1.6 Movimentação do capital social ........................................................................................ 124
2.1.7 Reservas de sobras ............................................................................................................... 125
2.2 DEMONSTRAÇÃO DE SOBRAS OU PERDAS ............................................................. 125
2.2.1 Ingressos e receitas brutas .................................................................................................. 129
2.2.2 Dedução dos ingressos e das receitas brutas ................................................................... 129
2.2.3 Dispêndios e custo dos produtos vendidos e serviços prestados................................. 129
2.2.4 Sobras e lucro bruto ............................................................................................................. 130
2.2.5 Dispêndios e despesas operacionais ................................................................................. 130
2.2.5.1 Administrativas ............................................................................................................. 130
X
2.2.5.2 Vendas ............................................................................................................................. 130
2.2.5.3 Resultado financeiro líquido ....................................................................................... 130
2.2.5.4 Outros ingressos/receitas e dispêndios/despesas operacionais ............................. 131
3 PRÁTICA CONTÁBIL ...................................................................................................................... 131
3.1 OCORRÊNCIAS EM X0 .......................................................................................................... 131
3.2 OCORRÊNCIAS EM X1 .......................................................................................................... 140
3.3 OPERAÇÕES OCORRIDAS EM X2 .................................................................................... 148
3.3.1 Alterações no estatuto da cooperativa .............................................................................. 149
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 159
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 160
UNIDADE 3 - CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS .................................... 163
TÓPICO 1 - INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE IMOBILIÁRIA ......................................... 165
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................165
2 A ATIVIDADE IMOBILIÁRIA E O CPC 17 ................................................................................. 165
2.1 DEFINIÇÕES IMPORTANTES USADAS NO CPC ..................................................... 166
2.2 COMBINAÇÃO E SEGMENTAÇÃO DE CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO .... 167
2.2.1 Contrato cobrindo vários ativos ........................................................................................ 167
2.2.2 Grupo de contratos .............................................................................................................. 167
2.2.3 Contrato para ativo adicional ............................................................................................ 167
2.3 RECEITA DO CONTRATO ................................................................................................... 168
2.3.1 Determinação da receita do contrato ................................................................................ 168
2.3.2 Alteração da receita por variações no contrato ............................................................... 168
2.3.3 Reivindicação – definição e aplicação ............................................................................... 169
2.3.4 Incentivos – definição e ocorrência.................................................................................... 169
2.4 CUSTOS DO CONTRATO .................................................................................................... 169
2.4.1 Custos diretos ....................................................................................................................... 170
2.4.2 Custos alocáveis a um ou mais contratos ......................................................................... 170
2.4.3 Custos debitáveis ao contratante - definição e aplicabilidade ...................................... 171
2.4.4 Custos atribuíveis ................................................................................................................ 171
2.5 RECONHECIMENTO DA RECEITA E DA DESPESA DO CONTRATO ........... 172
2.5.1 Contrato de preço fixo ......................................................................................................... 172
2.5.2 Contrato “Cost Plus”, custo mais margem ....................................................................... 172
2.5.3 Método da percentagem completa .................................................................................... 172
2.5.4 Custos de atividades futuras .............................................................................................. 173
2.5.5 Término do contrato de construção - ajustes ................................................................... 173
2.5.6 Fase de execução do contrato – formas de medição ....................................................... 174
2.5.7 Contrato com base nos custos incorridos - considerações ............................................. 174
2.5.8 Encerramento do contrato sem estimativa confiável ...................................................... 174
2.5.9 Data de encerramento do contrato .................................................................................... 175
2.5.10 Custos provavelmente não recuperáveis ....................................................................... 175
2.6 PERDA ESPERADA – RECONHECIMENTO ............................................................... 176
2.7 ALTERAÇÃO NA ESTIMATIVA ........................................................................................ 176
2.8 DIVULGAÇÃO .......................................................................................................................... 176
2.8.1 Contratos em curso na data do balanço ........................................................................... 176
2.8.2 Informações, o que apresentar ........................................................................................... 177
2.8.3 Quantia bruta – definições.................................................................................................. 177
2.8.4 Ativos e passivos contingentes .......................................................................................... 177
3 FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO NA ATIVIDADE IMOBILIÁRIA ............................... 178
3.1 OPERACIONALIZAÇÃO DA VENDA ............................................................................ 178
4 OS CUSTOS NO CONTRATO DE CONSTRUÇÃO .................................................................. 179
XI
4.1 ESTOQUES – SUA FORMAÇÃO E SEUS COMPONENTES .................................... 180
4.2 TIPOS DE CUSTOS E SUA APROPRIAÇÃO ................................................................. 180
4.2.1 Custos pagos ou incorridos ................................................................................................ 181
4.2.2 Custos contratados .............................................................................................................. 181
4.2.3 Custos orçados ..................................................................................................................... 181
5 PLANO DE CONTAS ........................................................................................................................ 182
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 189
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 190
TÓPICO 2 - CONTABILIZAÇÕES ENVOLVENDO CONSTRUÇÃO E VENDAS ................ 191
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 191
2 CONSTRUÇÃO DE APARTAMENTOS E A VENDA DE UNIDADES CONCLUÍDAS.... 191
2.1 MODALIDADE VENDA À VISTA .................................................................................... 191
2.2 MODALIDADE VENDA A PRAZO .................................................................................. 197
2.3 CONSTRUÇÃO DE APARTAMENTOS E A VENDA DE UNIDADES NÃO 
CONCLUÍDAS ........................................................................................................................... 198
2.3.1 Modalidade de venda à vista ............................................................................................. 198
2.3.1.1 Contabilizações considerando o critério “sem adoção de custo orçado” .............. 199
2.3.1.2 Contabilizações considerando o critério “com adoção de custo orçado” ............. 205
2.3.2 Modalidade de venda a prazo ........................................................................................... 206
2.3.2.1 Contabilizações de vendas a prazo considerando o critério “sem adoção 
 de custo orçado” ............................................................................................................ 206
2.3.2.2 Contabilizações de vendas a prazo considerando o critério “com adoção 
 de custo orçado” ............................................................................................................ 214
2.4 DIFERENÇAS ENTRE CUSTO ORÇADO E CUSTO REALIZADO ..................... 217
2.4.1 Venda à vista ou pagamento total dentro do mesmo exercício da venda ................... 217
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 225
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 226
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 229
XII
1
UNIDADE 1
CONTABILIDADE RURAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade tem por objetivos:
• identificar as diferenças contábeis existentes entre a cultura permanente e 
a cultura temporária;
• aplicar, através de lançamentos contábeis, o fluxo contábilna atividade 
agrícola;
• identificar as principais diferenças existentes entre: investimentos e gastos 
em melhorias, na atividade agropecuária;
• identificar as culturas agrícolas, nas quais deverão ser calculadas e conta-
bilizadas: depreciação, exaustão e/ou amortização.
• identificar as diferenças conceituais e de cálculo, entre os métodos de cus-
to e a valor de mercado na pecuária;
• calcular, com base nos métodos de custo e a valor de mercado, de acordo 
com critérios apresentados:
- Lucro ou prejuízo contábil.
- Valor das insubsistências e superveniências ativas após um determinado 
período.
- Saldo das respectivas contas de estoques.
• identificar em quais circunstâncias a depreciação, a exaustão e a amortiza-
ção serão contabilizadas como custos ou despesas administrativas.
Esta unidade está dividida em sete tópicos. Você encontrará, no final de cada 
um deles, atividades que contribuirão para a compreensão dos conteúdos 
explorados.
TÓPICO 1 – INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
TÓPICO 2 – NOVOS PROJETOS AGROPECUÁRIOS E OS GASTOS DE 
MELHORIAS
TÓPICO 3 – DEPRECIAÇÃO, EXAUSTÃO E AMORTIZAÇÃO
TÓPICO 4 – ATIVIDADE PECUÁRIA
TÓPICO 5 – VALORIZAÇÃO DOS ESTOQUES PELO MÉTODO DE 
CUSTO
TÓPICO 6 – VALORIZAÇÃO DOS ESTOQUES PELO MÉTODO A VALOR 
DE MERCADO
TÓPICO 7 – CONVERGÊNCIA CONTÁBIL
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
1 INTRODUÇÃO
Neste primeiro tópico, daremos início aos estudos da contabilidade 
rural. Para que tenhamos um bom aproveitamento, é necessário conhecermos 
um pouco sobre a atividade rural, quais os tipos de empresas e formas jurídicas 
existentes neste segmento e o que é efetivamente a contabilidade rural, quais as 
particularidades e diferenças ou semelhanças entre esta contabilidade e aquela 
que estudamos em outras disciplinas.
2 CONCEITO SOBRE A ATIVIDADE RURAL
Para conhecermos e entendermos a aplicação da contabilidade rural é 
essencial que entendamos também alguns pontos importantes sobre o que é e 
como se classifica a atividade rural. 
A atividade rural engloba a exploração da terra, a criação de animais 
e também a transformação dos produtos da terra e da produção animal. Na 
verdade, pode-se dizer que é uma atividade genérica até certo ponto, pois pode 
ser subdividida em três outras atividades mais expressivas. São elas: 
• Atividade agrícola. 
• Atividade zootécnica. 
• Atividade agroindustrial.
Cada uma dessas atividades engloba outras mais específicas, conforme 
demonstramos no quadro que segue, porém todas elas se resumem, basicamente, 
na produção vegetal, animal e agroindustrial.
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
4
PRODUÇÃO 
VEGETAL
ATIVIDADE AGRÍCOLA
 • Cultura hortícola e forrageira:
 - cereais (feijão, soja, arroz, milho, trigo etc.);
 - hortaliças (verduras, tomate, pimentão, couve-flor etc.);
 - tubérculos (batata, mandioca, cenoura etc.);
 - plantas oleaginosas (mamona, amendoim, girassol etc.);
 - especiarias (cravo, canela etc.);
 - fibras (algodão, pinho etc.);
 - floricultura, forragens, plantas industriais etc.
 • Arboricultura:
 - florestamento (eucalipto, pinho etc.);
 - pomares (manga, laranja, maçã, pera, abacate etc.);
 - vinhedos, olivais, seringais etc.
PRODUÇÃO 
ANIMAL
ATIVIDADE ZOOTÉCNICA (criação de animais)
 • apicultura (criação de abelhas);
 • avicultura (criação de aves);
 • cunicultura (criação de coelhos);
 • pecuária (criação de gado);
 • piscicultura (criação de peixes);
 • ranicultura (criação de rãs);
 • sericicultura (criação de bicho-da-seda);
 • bubalinocultura (criação de búfalos);
 • ovinocultura (criação de ovelhas);
 ........
 • outros pequenos animais.
QUADRO 1 – SUBDIVISÕES DA ATIVIDADE RURAL
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
5
INDÚSTRIA 
RURAL
ATIVIDADE AGROINDUSTRIAL
• beneficiamento do produto agrícola (arroz, soja, mandioca, 
batata etc.); 
 
• transformação de produtos zootécnicos (mel, laticínios, casulos 
da seda etc.);
 • transformação de produtos agrícolas:
 - cana-de-açúcar em álcool e aguardente;
 
- soja em óleo; uvas em vinho e vinagre; moagem de trigo e 
milho etc.;
 - produção de sucos de frutas;
 ........
 • produção de carvão vegetal;
 • produção de lenha com árvores da propriedade rural.
FONTE: O autor
A atividade rural como um todo ainda reserva outras particularidades 
importantes. Com relação à atividade agroindustrial, temos três segmentos 
distintos: beneficiamento, processamento e transformação, cujos detalhes 
veremos no quadro a seguir. Ainda em relação às agroindústrias, podemos dividi-
las em: agroindústrias não alimentares (fibras, couros, óleos não comestíveis etc.) 
e agroindústrias alimentares (líquidos e sólidos, como: sucos, polpas, extratos 
etc).
Beneficiamento
Tratamento dado aos produtos agrícolas com a intenção 
de melhorar seu aspecto, torná-lo comercializável, sem 
alterar suas características in natura. Ex.: arroz, soja, batata, 
entre outros. 
Processamento
São cuidados especiais dados aos produtos, ou aplicações 
feitas a estes, que os tornam mais atraentes e mais 
prontamente disponíveis aos consumidores, garantindo e, 
por vezes, melhorando sua qualidade, como, por exemplo: 
a pasteurização do leite; o pré-cozimento de algumas 
verduras e tubérculos, os cortes da carne etc.
QUADRO 2 – SEGMENTOS DA ATIVIDADE AGROINDUSTRIAL
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
6
IMPORTANT
E
Nosso estudo da contabilidade rural estará voltado às pessoas jurídicas e às 
pessoas físicas de grande porte – equiparadas às pessoas jurídicas.
3 FORMAS JURÍDICAS DE EXPLORAÇÃO NA AGROPECUÁRIA
Na atividade rural existem basicamente duas formas de exploração: a 
realizada pela pessoa jurídica e a realizada pela pessoa física, que é a forma mais 
comum encontrada em nosso país, haja vista que, segundo o regulamento do 
Imposto de Renda, é menos onerosa que a primeira. A agricultura desenvolvida 
no Brasil é feita em sua maioria em propriedades familiares, o que muitas vezes 
justifica a exploração ser feita por pessoa física e não jurídica.
Por definição, pessoa física é o indivíduo, a pessoa humana, cuja existência 
se encerra pela morte. Já a pessoa jurídica é uma entidade formada legalmente 
pela união, através de um documento, de duas ou mais pessoas, com o objetivo 
de explorar uma atividade, com ou sem fins lucrativos.
Em relação à exploração da atividade pela pessoa física, podemos 
classificá-la (a pessoa física) em pequeno, médio ou grande produtor, sendo 
que o pequeno e médio não estão obrigados, para fins de Imposto de Renda, 
a escriturar regularmente os livros contábeis, podendo então utilizar um livro-
caixa para efetuar a escrituração de modo simplificado. Porém, as pessoas físicas 
consideradas de grande porte estarão equiparadas às pessoas jurídicas para fins 
contábeis e, por este motivo, estarão obrigadas a manter escrituração contábil 
regular, feita por profissional tecnicamente habilitado, à impressão e guarda dos 
livros fiscais e legais.
Transformação
Este processo resulta em mudança das características 
iniciais do produto in natura, levando, na maioria das 
vezes, à obtenção de um produto diferente, sendo que o 
produto in natura, durante o processo, poderá sofrer essa 
transformação com a ajuda da mistura de outros produtos 
ou incorporação de aditivos. Como exemplo, podemos 
citar a produção de queijos, a fabricação de óleo, de 
aguardente, confecção de calçados de couro, de cordas etc. 
FONTE: O autor
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
7
4 FORMAS ECONÔMICAS DE EXPLORAÇÃO NA 
AGROPECUÁRIA
Na exploração agropecuária é comum encontrarmos duas personalidades 
distintas: 
a) O dono da propriedade, que é composta de terras, edifícios, edificações rurais, 
benfeitorias, culturas permanentes, pastos etc., ou seja, os recursos fixados à 
terra e que dela não podem ser retirados sem prejuízo, a isso damos o nome 
de Capital Fundiário. Segundo Marion (2007, p. 8), “O capital fundiário, 
na agropecuária, representa aquilo que nas indústrias transformadorascorresponde aos edifícios e seus anexos”.
b) O empresário, que podendo ser o proprietário da terra ou não, será o 
provedor do capital de exercício, que se resume em recursos aplicados para o 
funcionamento do negócio e pode ser traduzido em: máquinas e equipamentos, 
animais para o trabalho e/ou para reprodução, recursos financeiros e/ou valores 
que serão transformados em dinheiro ou consumidos a curto prazo. 
Com base nessas duas personalidades, é possível uma série de associações 
na exploração agropecuária, conforme descreveremos a seguir.
4.1 EMPRESÁRIO/INVESTIDOR AGROPECUÁRIO COM A 
PROPRIEDADE DA TERRA
Neste caso o capital fundiário e o capital de exercício são fornecidos pela 
mesma pessoa, ou seja, o dono da terra providencia capital fundiário, que são 
os recursos permanentes vinculados à terra, e também o capital de exercício, 
que são os recursos aplicados na propriedade para o funcionamento do negócio. 
Conforme afirma Oliveira (2008, p. 21), “Verifica-se que nessa situação, o 
proprietário, além de possuir a terra, também investe em capital de exercício e 
administra a propriedade”.
FONTE: O autor
4.2 PARCERIA
Parceria é um termo bastante utilizado nos dias de hoje e tem a mesma 
compreensão no que diz respeito à associação agropecuária. Em suma, trata-
se de um acordo de risco entre duas partes, em que uma delas, normalmente o 
proprietário da terra e administrador do empreendimento, entra com os capitais 
fundiário e de exercício e a outra parte, o terceiro responsável pela execução do 
trabalho, será considerada o parceiro. Nesta associação, tanto os lucros quanto 
os possíveis prejuízos serão distribuídos conforme acordo de risco previamente 
definido, que pode ser, por exemplo: à meia (divisão igualitária – metade ao 
proprietário e metade ao parceiro), à quarta parte (¾ para o proprietário e ¼ para 
o parceiro) ou outra medição correspondente.
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
8
4.3 ARRENDAMENTO
Nesta maneira de associação, o proprietário da terra aluga a um terceiro 
seu capital fundiário e, se for de interesse de ambos, também o capital de exercício, 
o que não é muito usual, mas perfeitamente possível. Por meio de contrato, por 
prazo determinado ou não, o arrendatário (terceiro) remunerará o arrendador 
(proprietário) por um valor justo e contratado (denominado aluguel) à utilização 
dos capitais fundiário e de exercício (quando for o caso) para a exploração da 
atividade agropecuária.
Ainda segundo Crepaldi (1998, p. 28): 
Arrendamento Rural é o contrato agrário pelo qual uma pessoa se 
obriga a outra, por tempo determinado ou não, ao uso e gozo de 
imóvel rural, parte ou partes do mesmo, incluindo ou não outros 
bens, benfeitorias e facilidades, com o objetivo de nele ser exercida 
atividade de exploração agrícola, pecuária, agroindustrial, extrativa 
ou mista, mediante certa retribuição ou aluguel, observados os limites 
percentuais da lei.
4.4 COMODATO
O proprietário da terra cede seu capital a um terceiro pelo tempo e 
condições preestabelecidos, sem remuneração, ou seja, de forma gratuita, para 
que este desenvolva atividade específica também preestabelecida.
Esta situação ocorre normalmente, quando as terras estão temporariamente 
improdutivas e não há interesse ou mesmo possibilidade de o proprietário fazer 
investimentos para torná-las produtivas. Desta maneira, o comodatário utiliza 
a propriedade e, em troca, conserva-a, tornando-a novamente produtiva e 
valorizada.
Parceria rural é o contrato agrário pelo qual uma pessoa se obriga 
a ceder a outra, por tempo determinado ou não, o uso específico 
do imóvel rural, de parte ou partes do mesmo, incluindo, ou não, 
benfeitorias, outros bens e/ou facilidades, com o objetivo de nesse ser 
exercida atividade de exploração agrícola, pecuária, agroindustrial, 
extrativa vegetal ou mista; e/ou lhe entrega animais para cria, recria, 
invernagem, engorda ou extração de matérias-primas de origem 
animal, mediante partilha de riscos do caso fortuito e de força maior 
do empreendimento rural e dos frutos, produtos ou lucros havidos 
nas proporções que estipularem, observados os limites percentuais da 
lei. (CREPALDI, 1998, p. 35).
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
9
4.3 ARRENDAMENTO
4.4 COMODATO
4.5 CONDOMÍNIO
5 CONTABILIDADE RURAL
É a propriedade em comum ou copropriedade. Este termo é muito 
conhecido no meio urbano, através dos prédios de apartamentos, comerciais ou 
residenciais. Analogamente à situação, neste ponto, a divisão de riscos é feita 
proporcionalmente à área pertencente a cada condômino. Assim, na atividade 
rural, trata-se de propriedades utilizadas por proprietários condôminos, que 
trabalharão de forma muito parecida à parceria, porém com a divisão de riscos e 
resultados proporcional à parte que lhes cabe no condomínio.
As formas de exploração econômica na agropecuária dependerão da 
vontade das personalidades aqui estudadas e também do tipo de exploração 
a ser feita. De acordo com Oliveira (2008, p. 22), “Verifica-se que na atividade 
agropecuária podem existir várias formas de exploração e cada uma com suas 
especificidades, devendo ser analisada pelo proprietário a que melhor se adapta 
ao tipo de exploração desejada”.
A Contabilidade é a ciência que estuda a formação e a variação do 
patrimônio das entidades. Esta afirmação é genérica para todo tipo de entidade, 
ou seja, a contabilidade registrará e demonstrará toda a variação patrimonial das 
entidades, sem distinção em relação ao porte da empresa ou ao segmento a que 
ela pertença, seja empresa privada ou pública, independentemente de sua forma 
jurídica de constituição, seja com ou sem fins lucrativos.
 Apesar da possibilidade de atendermos a essa finalidade genericamente, 
sabemos que existem diferenças práticas entre os diversos segmentos da economia, 
que devem ser considerados no momento da avaliação contábil do patrimônio. 
Assim nasce o que chamamos de contabilidade aplicada, ou seja, a mesma 
contabilidade que conhecemos, com os mesmos princípios, porém com algumas 
regras práticas voltadas para um segmento específico. Neste contexto está 
inserida a contabilidade rural, que, atendendo a todos os princípios contábeis 
e à finalidade primordial de registrar e demonstrar a formação e variação do 
patrimônio para a tomada de decisão, o fará com a implementação de algumas 
regras específicas que dizem respeito à realidade deste segmento em particular. 
Em relação ao segmento em questão, vimos que está dividido em Atividade 
Agrícola e Atividade Pecuária e, portanto, a contabilidade também se divide em 
Contabilidade Agrícola e Contabilidade Pecuária, considerando que algumas 
regras específicas de uma podem não se aplicar da mesma maneira à outra.
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
10
5.1 ANO AGRÍCOLA VERSUS EXERCÍCIO SOCIAL
Em se tratando de especificidade das contabilidades aplicadas, na 
contabilidade agrícola uma questão se coloca talvez como uma das mais 
importantes e específicas, devendo ser inclusive a primeira questão a ser 
respondida antes mesmo de iniciarmos nosso estudo detalhado da contabilidade 
agrícola: Qual o período (mês) ideal a ser fixado para o encerramento do exercício 
social para a apuração do resultado? Vamos entender primeiro a importância 
deste questionamento. Sabemos que todo exercício social deve ser composto 
de 12 meses, salvo exceções previstas, tais como: encerramento das atividades, 
início das atividades, reestruturações societárias (fusão, cisão, incorporação) etc. 
Sabemos também que o encerramento do exercício é definido pelos sócios através 
do contrato social ou estatuto social. No Brasil, a maioria das empresas encerra 
seu exercício social em 31 de dezembro, basicamente motivadas pelo fato de a 
legislação de Imposto de Renda exigir que seja encerrado um balanço naquela 
data para apuração desta obrigação (I.R.P.J.). Assim, se uma empresa definir seu 
encerramento de exercício para 31 de maio de cada ano, será obrigada a elaborar 
outro balanço patrimonial(de ajuste) em 31 de dezembro, para cumprir as 
exigências do fisco.
Posto isto, poderemos concluir que encerrar o exercício social, levantando 
um balanço patrimonial em 31 de dezembro, poderá ser uma decisão menos 
onerosa e mais eficiente operacionalmente, pois todos os procedimentos de 
encerramento de exercício seriam feitos uma única vez no ano. Ocorre que a 
contabilidade, como já vimos anteriormente, deve ser executada com vistas a 
seu principal objetivo, que é demonstrar a formação e a variação do patrimônio 
para tomada de decisões. Deste modo, o período de abrangência da apuração 
de resultado deve ser aquele em que o ciclo operacional da empresa esteja 
completamente inserido. Neste contexto, o simples encerramento do exercício 
social em 31 de dezembro poderá trazer dificuldades de análise na atividade 
agrícola, haja vista que o ano agrícola não necessariamente se encerra em 31 de 
dezembro. 
Diferentemente de outros segmentos, a atividade agrícola tem uma 
produção essencialmente sazonal e concentra-se em determinado período, que 
pode ser alguns dias de um determinado mês do ano ou ao longo de 12 meses, 
no caso de outras atividades que produzem e comercializam seus produtos. Na 
atividade agrícola, recomenda-se que o exercício social seja encerrado no término 
do ano agrícola, considerando conceitualmente que ano agrícola é o período em 
que se planta, colhe e normalmente se comercializa a safra, ou seja, o período em 
que o ciclo operacional se completa. Se por algum motivo a comercialização da 
safra não ocorrer imediatamente após a colheita, o ano agrícola deverá ter seu 
encerramento no momento do término da colheita.
Caso o término do ano agrícola seja diferente de 31 de dezembro e, 
mesmo assim, o empreendimento encerre seu exercício social nesta data (31 de 
dezembro), as dificuldades apresentadas serão as seguintes:
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
11
5.1 ANO AGRÍCOLA VERSUS EXERCÍCIO SOCIAL • as receitas apuradas no exercício serão respectivas aos custos da safra anterior, 
dificultando a análise da relação Custo x Receita, na safra;
• a cultura que estiver sendo produzida estará em fase de crescimento e, na 
maioria das vezes, será quase que impossível mensurá-la contabilmente 
para registrá-la como ‘cultura em andamento’, que equivale ao “produto em 
processo” na indústria.
Havendo na propriedade o cultivo de mais de uma cultura com períodos 
de colheita diferentes, deveremos considerar o ano agrícola da cultura que tiver 
maior representatividade econômica e não aquela que ocupa o maior espaço 
plantado. Esta definição será usada para culturas conjugadas ou não.
IMPORTANT
E
Note que estamos falando de uma única contabilidade, a mesma que você vem 
estudando ao longo deste curso, porém algumas regras que utilizaremos para registrar as 
variações patrimoniais dizem respeito somente a este tipo de segmento, sendo diferentes 
na aplicação e valorização de outros segmentos, tais como: comercial, industrial, bancário, 
público etc. Da mesma maneira, os demonstrativos produzidos nesta contabilidade aplicada 
seguem as mesmas regras de elaboração de demonstrativos contábeis que conhecemos, 
com diferenciação apenas para algumas contas e grupos de contas.
6 FLUXO CONTÁBIL NA ATIVIDADE AGRÍCOLA
Agora que estamos mais familiarizados com a contabilidade rural, vamos 
entender mais detalhadamente como é o fluxo contábil desta atividade. O fluxo 
contábil nada mais é do que a determinação da forma de contabilização de cada 
etapa de produção, estocagem e comercialização da safra, ou seja, a contabilização 
que ocorre durante o ano agrícola. Na contabilidade rural, o detalhamento 
dos procedimentos contábeis ficará por conta do tipo de cultura que se estiver 
trabalhando, dividindo-a em cultura temporária e cultura permanente. Desta 
maneira, é necessário que entendamos, primeiramente, estes tipos de cultura e 
como se desenvolvem durante o ano agrícola, para, então e concomitantemente, 
entendermos as formas de contabilização.
6.1 CULTURAS TEMPORÁRIAS
As culturas temporárias são aquelas em que o plantio acontece uma vez 
a cada safra, ou seja, ao final de cada safra a planta é arrancada do solo e, para 
que tenhamos uma nova produção, uma nova safra, é necessário que se faça o 
replantio da cultura. Como exemplo, podemos citar algumas bem conhecidas, 
como: arroz; feijão; soja; milho etc. 
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
12
CULTURA FASE CONTA
Soja
Plantio
Colheita
Após Colheita
Cultura Temporária em Formação – soja
Cultura Temporária em Formação – soja 
Produto Agrícola – soja
Milho
Plantio
Colheita
Após Colheita
Cultura Temporária em Formação – milho
Cultura Temporária em Formação – milho
Produto Agrícola – milho
FONTE: O autor
QUADRO 3 – SUBCONTAS ESPECÍFICAS
Estas culturas, por terem um prazo de vida curto, serão contabilizadas 
no ativo circulante, no grupo de estoques, como se fosse um estoque de produto 
em processo, como temos na indústria, por exemplo. Assim, todos os custos 
diretos e indiretos, de plantio e colheita, aplicados à cultura serão contabilizados 
em uma conta denominada “Cultura Temporária em Formação”. Estes custos de 
produção, contabilizados na conta “Cultura Temporária em Formação”, referem-
se então ao plantio e à colheita da safra. Como exemplos de custos podemos 
citar: sementes; mudas; fertilizantes; mão de obra; energia elétrica; combustível; 
depreciação de máquinas, implementos agrícolas e equipamentos utilizados; 
serviços agronômicos etc. 
Vale lembrar que custos são todos os gastos identificáveis direta ou 
indiretamente com o produto (cultura). Caso na propriedade tenhamos apenas 
uma cultura, todos os custos serão diretos.
Todos os gastos que não são identificáveis com o produto (cultura) são 
considerados despesas operacionais e comumente se dividem em: despesas 
administrativas (pessoal do escritório, pró-labore etc.); despesas comerciais 
(comissões sobre vendas, fretes de envio, propaganda etc.) e despesas financeiras 
(juros sobre empréstimos e financiamentos, multas etc.). Estas despesas serão 
contabilizadas diretamente na apuração do resultado do exercício, não na conta 
de estoques.
 
Após o término da colheita, devemos transferir o saldo da conta “Cultura 
Temporária em Formação” para a conta “Produtos Agrícolas”. Dessa maneira, 
estaremos reconhecendo a transferência de um produto em elaboração para um 
produto acabado, transferindo assim todo o seu custo. Como é comum a existência 
de mais de uma cultura numa única propriedade, recomenda-se a criação de uma 
subconta, denominando a cultura específica, como, por exemplo, se houver na 
mesma safra a cultura de soja e de milho, teremos duas contas de reconhecimento 
do produto em elaboração e do produto acabado, como demonstramos no quadro 
a seguir.
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
13
Ao transferirmos os custos de produção para a conta Produtos Agrícolas, 
estamos reconhecendo o término da colheita, mas não quer dizer que o produto 
já está pronto para ser comercializado, pois, na maioria das vezes, ainda faltam 
custos de acabamento, tais como beneficiamento, acondicionamento e outros, que 
contribuirão para deixar o produto em condições de ser vendido, consumido ou 
reaplicado. Estes custos serão então adicionados diretamente à conta de Produto 
Agrícola.
Neste momento poderão ocorrer duas exceções:
• Algumas culturas são consideradas prontas para a comercialização no 
momento exato da colheita, saindo do campo diretamente para as unidades de 
comercialização. Como exemplo, podemos citar o caso das hortaliças ou a cana-
de-açúcar, que no momento em que é ceifada de imediato é transportada para 
as usinas de açúcar e álcool. Especificamente neste caso, os custos de produção 
não são transferidos à conta Produto Agrícola, baixando diretamente para o 
resultado como Custo do Produto Vendido.
• Alguns custos de armazenagem do produto acabado acontecem com o único 
objetivo de guardar o produto até que os preços de venda sejammais atrativos, 
ou seja, o produtor não vende a safra imediatamente após a colheita e aguarda 
um período de especulação. Os gastos nesta situação devem ser considerados 
como despesas comerciais e não custo do produto, assim, tais valores irão 
diretamente para o resultado sem passar pela conta Produtos Agrícolas.
Apesar de o fluxo ser muito parecido com o fluxo de produção de uma 
indústria, o fato de ser um produto de crescimento natural pode dificultar a 
identificação do momento exato de se fazer as devidas contabilizações.
Com o intuito de melhorar ainda mais o entendimento prático do fluxo 
contábil das culturas temporárias, faremos a seguir um exemplo de contabilização 
deste fluxo, esclarecendo alguns pontos importantes e necessários:
Exemplo de contabilização de Culturas Temporárias – os valores e 
as informações técnicas sobre plantio e colheita são meramente didáticos, não 
tendo relação com a realidade. A Cia. Milharal prepara muitos hectares para 
plantar milho doce, voltado para produtos alimentícios. Sabendo-se que o ciclo 
vegetativo do milho não ultrapassa 180 dias, que o período de semeadura será 
entre setembro e novembro e que o ano agrícola, consequentemente o exercício 
social, está fixado para 31/03, os custos para a referida cultura foram:
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
14
DESCRIÇÃO CUSTO EM $
Adubo 58.000
Semente 122.800
Outros Custos 36.000
Mão de obra – serviços de terceiros: 
Lavra, plantação, desbaste, capina, colheita
Debulha (destacar o grão da espiga)
21.000
4.200
 De janeiro a março  armazenamento em paiol (aluguel) 6.500
A colheita totalizou 20.400 sacas. Em 25/03 a produção foi totalmente 
vendida, à vista, a 20,00 a saca. Considerando-se que todos os custos acima foram 
à vista e que a empresa contraiu despesas operacionais no período, também à 
vista, no total de 120.060,00, apurar o Lucro Operacional do período, sabendo-se 
que a situação patrimonial ao final de agosto era:
ATIVO PASSIVO
Circulante
 Disponível 510.000,00
 Cultura em Formação -0-
 Produtos Agrícolas 25.000,00
Não Circulante 
Permanente 1.800.000,00
 Imobilizado 1.800.000,00
Circulante - x - 
Não Circulante 
Patrimônio Líquido
 Capital 2.000.000,00
 Lucros Acumulados 335.000,00
TOTAL 2.335.000,00 TOTAL 2.335.000,00
Observações:
a) Como nesse exercício se solicita apenas o Lucro Operacional, não será feita a 
Provisão para Imposto de Renda.
b) Pede-se: contabilizar as operações apresentadas e apresentar as demonstrações 
financeiras.
c) O estoque de produtos agrícolas no valor de $ 25.000,00 deve permanecer no 
balanço. Para este item não se dará tratamento mais aprofundado.
d) Admite-se que não houve depreciação e que todo Imobilizado é composto de 
terrenos.
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
15
e) Normalmente, no encerramento do balanço patrimonial, o saldo da conta 
“Cultura em Formação” é zero, pois o balanço é levantado após a colheita 
(ano agrícola). Podem ocorrer situações em que haja cultura secundária em 
formação, por ocasião do término do ano agrícola da cultura principal. Todavia, 
o valor da cultura em formação deverá ser pouco relevante.
RESOLUÇÃO:
1) Contabilização dos custos de plantio
DÉBITO Cultura Temporária em formação – milho doce (AC – Estoques)
Adubo.........................58.000,00
Semente...................122.800,00
Outros Custos............36.000,00
216.800,00
CRÉDITO Disponível (Caixa e/ou bancos (pagamento à vista)) 216.800,00
2) Contabilização dos custos com colheita
3) Término da colheita
DÉBITO Cultura Temporária em formação – milho doce (AC – 
Estoques)
Desbaste, capina, colheita
21.000,00
CRÉDITO Disponível (Caixa e/ou bancos (pagamento à vista)) 21.000,00
DÉBITO Produto agrícola – milho doce 237.800,00
CRÉDITO Cultura Temporária em formação – milho doce (AC – 
Estoques)
Transferência do saldo desta conta, para produto agrícola 
– milho doce
237.800,00
4) Contabilização dos custos de preparação do produto
DÉBITO Produto agrícola – milho doce
Debulha (destacar o grão da espiga)
4.200,00
CRÉDITO Disponível (Caixa e/ou bancos (pagamento à vista)) 4.200,00
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
16
5) Contabilização do custo de armazenagem
6) Contabilização da venda
7) Contabilização da apropriação do custo da venda
8) Contabilização do pagamento da despesa operacional
DÉBITO Produto agrícola – milho doce
Aluguel de janeiro a março
6.500,00
CRÉDITO Disponível (Caixa e/ou bancos (pagamento à vista)) 6.500,00
DÉBITO Disponível (Caixa e/ou bancos (recebimento à vista)) 408.000,00
CRÉDITO Receita bruta com vendas 408.000,00
DÉBITO Custo do produto vendido 248.500,00
CRÉDITO Produto agrícola – milho doce
Venda de 100% do que foi colhido
248.500,00
DÉBITO Despesas administrativas 120.060,00
CRÉDITO Disponível (Caixa e/ou bancos (pagamento à vista)) 120.060,00
IMPORTANT
E
Os lançamentos de números 1 e 2 referem-se ao plantio e colheita e por este 
motivo são debitados à conta de Cultura Temporária em Formação. Após a colheita é ne-
cessário transferir o saldo da conta Cultura Temporária em Formação para a conta Produto 
Agrícola, lançamento número 3, antes de contabilizar os custos de acabamento e estoca-
gem, feitos pelos lançamentos números 4 e 5. Por fim, a contabilização da venda foi feita 
pelos lançamentos números 6 e 7 e a despesa operacional administrativa pelo lançamento 
número 8.
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
17
5) Contabilização do custo de armazenagem
6) Contabilização da venda
7) Contabilização da apropriação do custo da venda
8) Contabilização do pagamento da despesa operacional
Após todos os lançamentos, teremos os seguintes Demonstrativos 
Contábeis: 
Demonstrativo de Resultado do Exercício
DRE 31-03-x1 
Receita Bruta Vendas 408.000,00 
 (-) CPV (248.500,00)
Lucro Bruto 159.500,00 
(-) Despesas Operacionais (120.060,00)
Lucro Antes I.R. 39.440,00 
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Circulante
 Disponível 549.440,00
 Cultura em Formação -0-
 Produtos Agrícolas 25.000,00
Não Circulante 
Permanente 1.800.000,00
 Imobilizado 1.800.000,00
Circulante - x - 
Não Circulante 
Patrimônio Líquido
 Capital 2.000.000,00
 Lucros Acumulados 374.440,00
TOTAL 2.374.440,00 TOTAL 2.374.440,00
6.2 CULTURAS PERMANENTES
Cultura permanente é aquela cujas safras acontecem sem a necessidade 
de replantio, ou seja, uma vez formada, a cultura proporcionará seguidas safras 
(colheitas), sem a necessidade de fazer um novo plantio. São culturas de longa 
duração, mas, via de regra, se proporcionar mais de uma safra sem a necessidade 
de replantio já é considerada cultura permanente. Podemos citar como exemplo: 
café; laranja; cana-de-açúcar etc.
No caso das culturas permanentes, como não são de curta duração e o 
plantio proporciona mais de uma safra, é necessário contabilizar as fases em 
contas distintas. Assim, o plantio será contabilizado no ativo permanente, no 
grupo imobilizado, na conta que tenha o nome da cultura, como, por exemplo, 
cultura permanente em formação – café. É utilizada a conta cultura permanente 
em formação para indicar um Imobilizadoque ainda não está pronto para 
utilização. Analogamente, podemos pensar como uma máquina na indústria, 
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
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máquina essa que ainda não está em funcionamento, produzindo, e por isso está 
em andamento, sem a possibilidade de ser depreciada, por exemplo. 
No caso da contabilidade agrícola, acontece a mesma coisa. Enquanto a 
cultura não estiver pronta para iniciar a primeira colheita, estará contabilizada na 
conta que representa um imobilizado em andamento, recebendo débito relativo 
a todos os custos desta fase. Quando houver a informação de que a cultura está 
pronta para iniciar a primeira colheita, o saldo da conta cultura permanente em 
formação deverá ser transferido para a conta cultura permanente formada, conta 
essa que também está classificada no Ativo Imobilizado, mas que já pode ser 
depreciada. O momento exato desta contabilização deverá ser informado pelo 
técnico agrícola, agrônomo ou um especialista que possa, com precisão, indicar 
que a cultura está formada. São exemplos de custos de formação da cultura: 
adubação, formicidas, forragem, fungicidas, herbicidas, mão de obra, encargos 
sociais, manutenção, arrendamento de equipamentos, preparo do solo, serviços 
de terceiros, depreciação de equipamentos etc.
Ao transferir o saldo da conta cultura permanente em formação para 
cultura permanente formada, nada mais poderá ser contabilizado nesta conta, 
pois os fatos seguintes estarão ligados à colheita (uma nova fase) e não ao plantio. 
Cabe salientar que poderá existir uma exceção a esta regra. Trata-se de gastos que 
contribuirão para o aumento da vida útil da cultura ou aumento significativo da 
produtividade. Nestes casos específicos é possível acrescentar mais valores na 
conta cultura permanente formada, mas só nestas circunstâncias. 
Após esta fase de formação da cultura, inicia-se a fase de colheita, que 
compreende normalmente o ciclo de floração, formação e maturação do fruto, 
que, na maioria das vezes, é longo. Neste momento a contabilização de custos 
será diretamente no ativo circulante, no grupo estoques, na conta colheita em 
andamento (com o respectivo nome da cultura), pois se trata de custos de produção 
do fruto, que será o objeto de comercialização da entidade. Como exemplo dos 
custos incorridos nesta fase, segundo Oliveira (2008, p. 32), podemos citar: 
[...] a mão de obra e os respectivos encargos sociais (poda, capina, 
aplicação de herbicida, desbrota e raleação), produtos químicos (para 
manutenção da árvore, das flores e dos frutos), custo com irrigação 
(energia elétrica, transporte de água e depreciação dos motores), custo 
do combate a formigas e outros insetos, secagem da colheita e serviços 
de terceiros. 
Além dos custos elencados, ainda temos que calcular e contabilizar como 
principal custo de colheita a depreciação ou exaustão da cultura permanente 
formada, que está contabilizada no Imobilizado. Novamente, fazendo uma 
analogia com a indústria, a depreciação ou exaustão da cultura permanente 
formada e sua respectiva contabilização como custo de produção (colheita) 
se assemelha à depreciação da máquina e sua contabilização como custo de 
produção, agregando valor ao produto. A depreciação é o reconhecimento da 
perda da capacidade produtiva da cultura a cada safra.
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
19
À medida que a colheita acontece, os frutos serão contabilizados, ou 
melhor, transferidos para a conta produtos agrícolas, no grupo estoques, 
no ativo circulante. Assim, quando a colheita terminar, todo o saldo da conta 
colheita em andamento terá sido transferido para a conta produto agrícola 
(com o nome específico da cultura em questão). Vale lembrar que entre o final 
da colheita e a comercialização dos frutos acontecem gastos de beneficiamento, 
acondicionamento e outros para que o produto fique pronto para a venda. Estes 
custos serão contabilizados diretamente na conta produtos agrícolas.
Agora, com o produto acabado, pronto para a venda, é feita a 
comercialização. Neste momento, baixa-se a quantidade de produto vendido em 
valor correspondente, contra a conta de custo dos produtos vendidos.
Vamos, agora, entender todo o fluxo na prática. Para isso contabilizaremos 
o exemplo a seguir:
 A Fazenda Guaporé S. A. apresenta o seguinte Balanço Patrimonial em 
31-12-X1:
ATIVO PASSIVO
Circulante 
 Disponível 
 Insumos 
 Produtos agrícolas (café) 
Não Circulante 
Permanente 
 Imobilizado 
 Terras 
 Cafeeiro * 
 Trator 
 Bens de escritório 
5.900,00
1.100,00
800,00
4.000,00
30.100,00
30.100,00
14.100,00
10.000,00
2.000,00
4.000,00
Circulante 
Fornecedores 
 Impostos a pagar 
 Contas a pagar 
Não Circulante 
Patrimônio Líquido 
 Capital 
 Res. capital 
 Res. legal 
 Res. reavaliação 
 Lucros acumulados 
6.500,00
4.000,00
1.000,00
1.500,00
29.500,00
20.000,00
5.000,00
1.000,00
2.000,00
1.500,00
TOTAL 36.000,00 TOTAL 36.000,00
* leia-se Cultura Permanente Formada - café
São efetuadas as seguintes operações a partir de 01-01-X2:
a) Início do plantio dos 4.200 hectares de cana-de-açúcar, cujos custos iniciais são:
 Insumo (do estoque) = 700,00; 
 Adubos adquiridos a prazo = 6.800,00; 
 Mão de obra paga = 1.400,00; 
 Outros custos = 1.420,00.
b) Para suportar “outros custos” foi obtido um empréstimo de 1.500,00, para 
pagar em 14-01-X10, com juros totais de 12% ao ano, sendo pago junto com o 
principal.
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
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c) O trator é utilizado na colheita de cana-de-açúcar.
d) Os valores brutos e as respectivas depreciações acumuladas do Imobilizado 
são:
Terrenos Tratores Bens de Escritório
Valor Total 14.100,00 4.000,00 5.000,00
(-) Deprec. acumul. - (2.000,00) (1.000,00)
Dados para cálculo da Depreciação 
(contábil)
Dados para cálculo da Exaustão 
(contábil)
Trator: 10% ao ano;
Bens de escritório: 10% ao ano.
Cana-de-açúcar: (4 colheitas) 25% ao 
ano.
e) As despesas operacionais à vista, além dos juros, são:
 Despesas com vendas 1.200,00
 Despesas administrativa (não inclui depreciação) 800,00
f) Os custos finais (colheita), à vista, foram:
 Mão de obra e encargos 10.080,00; 
 Mão de obra tratorista 3.600,00; 
 Combustível trator 350,00; 
 Manutenção do trator 2.000,00
g) Apurar o resultado do período, sendo que a cana-de-açúcar colhida foi vendida 
à vista por 25.000,00. Foram colhidos 100% da cana-de-açúcar plantada.
h) Apresentar o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício.
RESOLUÇÃO:
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
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ATIVO PASSIVO
31/12/X1 31/12/X2 31/12/X1 31/12/X2
Circulante 5.900 10.850 Circulante 6.500 14.980
Disponível 1.100 6.750 Fornecedores 4.000 10.800
Insumos 800 100 Impostos a pagar 1.000 1.000
Produtos Agrícolas 4.000 4.000 Contas a pagar 1.500 1.500
Colheita em andamento Cana-de-açúcar - Empréstimos a pagar - 1.500
Juros a pagar 180
Permanente
Imobilizado 30.100 36.940 Patrimômio Líquido 29.500 32.810
Terras 14.100 14.100 Capital 20.000 20.000
Cafeeiro 10.000 10.000 Reserva Capital 5.000 5.000
Cana-de-açúcar 7.740 Reserva Legal 1.000 1.000
Trator 2.000 1.600 Reserva Reavaliação 2.000 2.000
Bens escritório 4.000 3.500 Lucros Acumulados 1.500 4.810
TOTAL 36.000 47.790 TOTAL 36.000 47.790
RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO 6
CONTÁBIL
FAZENDA GUAPORÉ S.A.:
Aquisição Insumos:
D - Cultura Permanente em Formação (AP) - Cana-de-açúcar
• Adubos 6.800
• Insumos 700
• Outros Custos 1.420
C - Caixa 1.420
C - Fornecedores 6.800
C - Estoque de Insumos 700
Utilização de Mão de Obra:
D - Cultura Permanente em Formação (AP) - Cana-de-açúcar
• Início do plantio 1.400
C - Caixa 1.400
Empréstimo para cobertura "Outros Custos":
D - Caixa 1.500
C - Empréstimos a pagar 1.500
Juros sobre Empréstimos:
D - Juros 180
C - Juros a Pagar 180
Transferência da Cana-de-Açúcar para Cultura Formada:
D - Cultura Permanente Formada (AP) - Cana 10.320
C - Cultura Permanente em Formação (AP) - Cana 10.320
Depreciação Trator:
D - Colheita em andamento - Cana-de-Açúcar 400
C - Depreciação Acumulada 400
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
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Depreciação Bens Escritório:
D - Despesas Administrativas 500
C - Depreciação Acumulada Bens Escritório 500
Cálculo da Exaustão da Cana-de-Açúcar:
D - Colheita em andamento - cana-de-açúcar 2.580
C - Exaustão Acumulada - cana de açúcar 2.580
Pagamento Despesas Operacionais:
D - Despesas Comerciais 1.200
D - Despesas Administrativas 800
C - Caixa 2.000
Custos finais Cana-de-Açúcar (outros custos):
D - Colheita em andamento - cana-de-açúcar 10.080
C - Caixa 10.080
Outros Custos do Trator:
D - Colheita em andamento - cana-de-açúcar 5.950
C - Caixa 5.950
Colheita Cana-de-Açúcar e transferência para Est. P.A:
D - Colheita Agrícolas - cana-de-açúcar 19.010
C - Colheita em Andamento - cana-de-açúcar 19.010
Venda Cana-de-Açúcar:
D - Caixa 25.000
C - Receita Bruta Vendas 25.000
Custo da Venda Cana-de-Açúcar:
D - CPV 19.010
C - Produtos Agrícolas - cana-de-açúcar 19.010
DRE CONTÁBIL 31/12/X2
Receota Bruta Vendas 25.000
(-) CPV (19.010)
Lucro Bruto 5.990
(-) Despesas Operacionais (2.680)
• Comercial (1.200)
• Administrativa (1.300)
• Financeiras (180)
Lucro Antes I.R. 3.310
1) Aquisição de Insumos
DÉBITO Cultura Permanente em Formação – cana-de-açúcar 10.320,00
CRÉDITO Insumos 700,00
CRÉDITO Fornecedores 6.800,00
CRÉDITO Banco conta movimento 1.420,00
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
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1) Aquisição de Insumos
DÉBITO Cultura Permanente em Formação – cana-de-açúcar 10.320,00
CRÉDITO Insumos 700,00
CRÉDITO Fornecedores 6.800,00
CRÉDITO Banco conta movimento 1.420,00
CRÉDITO Disponível (Caixa e/ou bancos (pagamento à 
vista)) 
1.400,00
2) Empréstimo para cobertura de “Outros Custos”
DÉBITO Disponível (Caixa e/ou bancos) 1.500,00
CRÉDITO Empréstimos a pagar 1.500,00
3) Juros sobre empréstimos
DÉBITO Despesas financeiras (juros) 180,00
CRÉDITO Juros sobre empréstimos a pagar 180,00
4) Transferência do saldo da conta Cultura Permanente em Formação – cana-de-
açúcar, para a conta Cultura Permanente Formada – cana-de-açúcar
DÉBITO Cultura Permanente Formada – cana-de-açúcar 10.320,00
CRÉDITO Cultura Permanente em Formação – cana-de-
açúcar 
10.320,00
5) Depreciação do trator
DÉBITO Colheita em andamento – cana-de-açúcar 400,00
CRÉDITO Depreciação acumulada – trator
Custo do trator x 10% (taxa de depreciação)
400,00
6) Exaustão da cana-de-açúcar
 Para algumas culturas devemos calcular exaustão ao invés de depreciação. 
DÉBITO Colheita em andamento – cana-de-açúcar 2.580,00
CRÉDITO Exaustão acumulada – cana-de-açúcar 2.580,00
7) Depreciação bens de escritório
DÉBITO Despesas com depreciação
CRÉDITO Depreciação acumulada bens de escritório
8) Pagamento de despesas operacionais
DÉBITO Despesas administrativas 800,00
DÉBITO Despesas comerciais 1.200,00
CRÉDITO Disponível (Caixa e/ou bancos (pagamento à 
vista)) 
2.000,00
9) Custos finais de colheita
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
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DÉBITO Colheita em andamento – cana-de-açúcar
Mão de obra e encargos 10.080,00 
Mão de obra tratorista 3.600,00 
Combustível trator 350,00 
Manutenção do trator 2.000,00
16.030,00
CRÉDITO Disponível (Caixa e/ou bancos (pagamento à 
vista)) 
16.030,00
10) Término da colheita e transferência para Produto Acabado
DÉBITO Produto Agrícola – cana-de-açúcar 19.010,00
CRÉDITO Colheita em andamento – cana-de-açúcar 19.010,00
11) Venda do produto acabado
DÉBITO Disponível (Caixa e/ou bancos (pagamento à 
vista)) 
25.000,00
CRÉDITO Receita bruta com vendas 25.000,00
12) Apropriação do custo da venda (baixa do estoque)
DÉBITO Custo do produto vendido 19.010,00
CRÉDITO Produto Agrícola – cana-de-açúcar
O valor refere-se ao saldo da conta Produto Agrícola – 
cana-de-açúcar, pois tudo que foi colhido foi vendido
19.010,00
IMPORTANT
E
Os lançamentos seguem a ordem do enunciado. O primeiro lançamento 
refere-se ao plantio da cultura. Por ser uma cultura permanente, a conta será “cultura 
permanente em formação” do subgrupo imobilizado, do grupo Ativo Não Circulante. Os 
valores gastos no plantio serão transferidos da conta “cultura permanente em formação” 
para a conta “cultura permanente formada” no momento imediatamente anterior ao início 
da colheita, sinalizando que a “planta” ou a “árvore” já está formada; esta transferência foi 
efetuada no lançamento no 4. A partir da cultura formada, inicia-se o período de colheita, 
que não significa somente o ato de tirar o fruto do pé ou ceifar o produto, mas todo o 
preparo, floração etc. que acontece neste período. Durante a colheita acontecem vários 
custos, mas o principal custo é o de depreciação, exaustão ou amortização, que deve ser 
calculado e contabilizado para os implementos agrícolas, máquinas e especialmente para 
a própria cultura permanente, que está contabilizada na conta “cultura permanente forma-
da”, no imobilizado. Esta contabilização é feita a débito da conta colheita em andamento 
e está demonstrada nos lançamentos nos 5, 6 e 7. Quando do término da colheita, após 
contabilizados todos os custos inerentes a ela, faremos a transferência do produto para o 
estoque de produto acabado, cuja conta respectiva é “produto agrícola”, utilizando o saldo 
da conta “colheita em andamento” quando a colheita for feita 100%. 
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
25
Abordaremos, de forma mais detalhada, grupos de contas, tanto do 
Balanço Patrimonial quanto da Demonstração de Resultado do Exercício, que 
são mais afetados pelas peculiaridades da atividade agrícola, em comparação à 
contabilidade geral.
Desta maneira, por serem considerados pontos problemáticos na atividade 
agropecuária, será dada ênfase aos itens “estoque” e “imobilizado”, no balanço 
patrimonial, e aos itens “receita” e “custos de produção”, na Demonstração de Resultado.
Resumo dos principais itens que compõem o balanço patrimonial e a DRE 
de uma empresa industrial:
BALANÇO PATRIMONIAL
1. ATIVO 2. PASSIVO
1.1 CIRCULANTE
Disponível
Valores a Receber
Estoques
Matérias-primas
Produtos em Elaboração
Produtos Acabados
Almoxarifado
Despesas do Exercício Seguinte
NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Empréstimos a Coligadas e Controladas
Outros
Investimentos
Imobilizado
Intangível
2.1 CIRCULANTE
2.1.1 Fornecedores
2.1.2 Instituições Financeiras
2.1.3 Folha de Pagamento
2.1.4 Encargos Sociais
2.1.5 Impostos a Pagar
2.1.6 Contas a Pagar
Outros
2.2 NÃO CIRCULANTE
2.2.1 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
2.2.1.1 Financiamentos
2.2.1.2 Outros
3. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
3.1 Capital
3.2 Reserva de Capital
3.3 Reserva de Reavaliação
3.4 Reserva de Lucros
3.5 Lucros Acumulados
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO
4. Receita Bruta com Vendas
5 Custos/Despesas/Deduções
5.1

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