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HISTÓRIA DA ARTE

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definição, aspectos e períodos
HISTÓRIA DA ARTE
A história da arte é vista como uma área do conhecimento que aborda as diversas manifestações artísticas do ser humano ao longo de sua trajetória no planeta.
Podemos dizer que tais manifestações se dão por meio da dança, música, teatro, artes visuais e outras expressões que têm a intenção de transmitir emoções, ideias e visões de mundo.
A arte está relacionada às primeiras formas de expressão humana e, dependendo do local e momento histórico, se manifestou de diferentes maneiras.
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Importante ressaltar também que esse campo do saber está em constante construção, não sendo algo estático, mas sim arquitetado a todo momento pelas diversas demonstrações artísticas que surgem na sociedade.
Antropólogos e historiadores utilizam a arte como uma poderosa ferramenta para o entendimento dos povos, culturas e organizações sociais.
Para tornar seu estudo e compreensão mais acessíveis, a arte foi então organizada por períodos, movimentos e vertentes.
Arte na Pré-história
Ainda no período pré-histórico, ou seja, antes da invenção da escrita, o ser humano já produzia a arte pré-histórica.
Tudo o que sabemos sobre essas civilizações foi descoberto por pesquisadores através da análise de objetos e pinturas desses povos.
Esse período da humanidade foi bastante longo e, portanto, dividido em 3 fases: Paleolítico Inferior (500 mil a.C.); Paleolítico Superior (30 mil a.C.) e Neolítico (10 mil a.C.).
Foi na época do Paleolítico Superior que se descobriu as primeiras expressões artísticas, como a arte rupestre das cavernas de Lascaux (França) e Altamira (Espanha).
A Arte no Período Paleolítico (Idade da Pedra Lascada) designa a arte produzida durante o primeiro período da pré-história, conhecido (junto ao Neolítico) de “Idade da Pedra”, ou seja, abrange desde o surgimento da humanidade, por volta de 4,4 milhões de anos, até de 8000 a.C.. Trata-se de um dos maiores períodos da história, sendo, portanto dividido em:
Paleolítico Inferior (2000000 a 40000 a.C.)
Paleolítico Superior (40000 a 10000 a.C.)
A arte no período paleolítico é considerada a arte mais antiga da humanidade, majoritariamente desenvolvida pelos povos primitivos durante o paleolítico superior. Note que essas primeiras manifestações artísticas da humanidade foram localizadas por meio de escavações arqueológicas realizadas a partir do século XX sobretudo na Ásia, África e Europa.
Em grande parte, a arte nesse período era produzida nas cavernas, local onde os homens nômades, caçadores e coletores, se protegiam das intempéries e dos animais selvagens.
No entanto, além das pinturas, eles também produziram objetos decorados e esculturas de formas humanas, sobretudo de formas femininas volumosas (supostamente indicando a fertilidade), feitas com rochas, ossos ou madeira. Acredita-se que as formas femininas eram utilizadas em rituais associados à fertilidade e à sexualidade. Outros tipos de figuras abstratas foram encontradas, por exemplo, riscos e linhas emaranhadas.
ARTE RUPESTRE
Chamada de Arte Rupestre os homens desse período utilizavam resíduos vegetais, sangue, carvão, argila, terra ou excrementos humanos, para fazer impressões nas pedras, seja figuras (humanas e animais), relevos ou desenhos abstratos (riscos, símbolos, etc.). Era comum encontrar figuras de homens caçando os animais (bisontes, cervos, cavalos, etc.).
Note que a arte no paleolítico está intimamente relacionada ao campo espiritual, de modo que os homens já buscavam explicações sobrenaturais para a vida na Terra. Segundo pesquisas, o artista era considerado um “ser superior”, que possuía poderes mágicos, o qual fazia uma mediação entre a realidade e a arte divina.
Arte na Antiguidade
Arte na Antiguidade
A partir da invenção da escrita, temos a Antiguidade, que vai até as primeiras expressões da arte cristã. Nessa época, as civilizações eram bastante marcadas pela simbologia.
Arte na Antiguidade
manifestações artísticas do período:
Arte Mesopotâmica
Arte Egípcia
Arte Celta e Germânica
Arte Egeia
Arte Fenícia
Arte Etrusca
Arte Grega
Arte Romana
Arte Paleocristã ou Cristã Primitiva
ARTE MESOPOTAMICA 
ARTE MESOPOTÂMICA
No mesmo período, na Mesopotâmia, na cultura fundada pelos sumérios em 4.000 a.C., desenvolve-se igualmente o senso de proporções e ornamentação que tiraria a linguagem visual do estágio tosco da pré-história.
No entanto, a sofisticação técnica não chega ali ao nível atingido no Egito Antigo. Falta-lhe a capacidade de realizar a simetria axial – a transcrição volumétrica – que os egípcios detinham. Mesmo assim, com seu grau maior de estilização e planificação, a arte mesopotâmica produz obras de grande qualidade estética, sobretudo no que se refere à variedade de motivos introduzidos para ornamentar estátuas e selos.
Império assírio – Ao norte da Mesopotâmia tem início a dominação assíria, cujo período de apogeu ocorre entre 1.000 a.C. e 612 a.C. e atinge grandes resultados artísticos com o desenvolvimento da estruturação da superfície. O baixo-relevo em calcário Assurnasipal na caça ao leão (880 a.C.?-860 a.C.?), que se pode ver no Museu Britânico de Londres, é uma obra dotada de enorme poder de síntese e dinâmica.
Império babilônico – Um último florescimento da arte no Antigo Oriente se dá no império babilônico, de 612 a.C. a 539 a.C. São construídos palácios e templos, que unem a tradição mesopotâmica e a egípcia, onde não há monumentalidade, e o que mais chama a atenção é o rebuscamento decorativo.
A Arte no Egito
A Arte no Egito
A arte egípcia estava intimamente ligada à religião, por isso era bastante padronizada, não dando margens à criatividade ou à imaginação pessoal, pois a obra devia revelar um perfeito domínio das técnicas e não o estilo do artista.
A arte egípcia caracteriza-se pela representação da figura humana sempre com o tronco desenhado de frente, enquanto a cabeça, as pernas e os pés são colocados de perfil. O convencionalismo e o conservadorismo das técnicas de criação voltaram a produzir esculturas e retratos estereotipados que representam a aparência ideal dos seres, principalmente dos reis, e não seu aspecto real.
Após a morte de Ramsés II, o poder real tornou-se muito fraco. O Egito foi invadido sucessivamente pelos etíopes, persas, gregos e, finalmente, pelos romanos. A sua arte, que influenciada pela dos povos invasores, vai perdendo sua características.
A pintura egípcia teve seu apogeu durante o império novo, uma das etapas históricas mais brilhantes dessa cultura. Entretanto, é preciso esclarecer que, devido à função religiosa dessa arte, os princípios pictóricos evoluíram muito pouco de um período para outro.
A arte no egito
Contudo, eles se mantiveram sempre dentro do mesmo naturalismo original. Os temas eram normalmente representações da vida cotidiana e de batalhas, quando não de lendas religiosas ou de motivos de natureza escatológica.
As figuras típicas dos murais egípcios, de perfil mas com os braços e o corpo de frente, são produto da utilização da perspectiva da aparência. Os egípcios não representaram as partes do corpo humano com base na sua posição real, mas sim levando em consideração a posição de onde melhor se observasse cada uma das partes: o nariz e o toucado aparecem de perfil, que é a posição em que eles mais se destacam; os olhos, braços e tronco são mostrados de frente.
Essa estética manteve-se até meados do império novo, manifestando-se depois a preferência pela representação frontal. Um capítulo à parte na arte egípcia é representado pela escrita. Um sistema de mais de 600 símbolos gráficos, denominados hieróglifos, desenvolveu-se a partir do ano 3300 a.C. e seu estudo e fixação foi tarefa dos escribas. O suporte dos escritos era um papel fabricado com base na planta do papiro.
 escrita e a pintura estavam estreitamente vinculadas por sua função religiosa. As pinturas murais dos hipogeus e as pirâmides eram acompanhadas de textos e fórmulas mágicas dirigidas às divindades e aos mortos.
É curioso observarque a evolução da escrita em hieróglifos mais simples, a chamada escrita hierática, determinou na pintura uma evolução semelhante, traduzida em um processo de abstração. Essas obras menos naturalistas, pela sua correspondência estilística com a escrita, foram chamadas, por sua vez, de Pinturas Hieráticas.
Do império antigo conservam-se as famosas pinturas Ocas de Meidun e do império novo merecem menção os murais da tumba da rainha Nefertari, no Vale das Rainhas, em Tebas.
A pirâmide foi criada durante a dinastia III, pelo arquiteto Imhotep, e essa magnífica obra lhe valeu a divinização. No início as tumbas egípcias tinham a forma de pequenas caixas; eram feitas de barro, recebendo o nome de mastabas(banco). Foi desse arquiteto a idéia de superpor as mastabas, dando-lhes a forma de pirâmide.
Também se deve a Imhotep a substituição do barro pela pedra, o que sem dúvida era mais apropriado, tendo em vista a conservação do corpo do morto. As primeiras pirâmides foram as do rei Djeser, e elas eram escalonadas. As mais célebres do mundo pertencem com certeza à dinastia IV e se encontram em Gizé: Quéops, Quéfren e Miquerinos, cujas faces são completamente lisas.
A regularidade de certas pirâmides deve-se aparentemente à utilização de um número áureo, que muito poucos arquitetos conheciam. Outro tipo de construção foram os hipogeus, templos escavados nas rochas, dedicados a várias divindades ou a uma em particular.
Normalmente eram divididos em duas ou três câmaras: a primeira para os profanos; a segunda para o faraó e os nobres; e a terceira para o sumo sacerdote. A entrada a esses templos era protegida por galerias de estátuas de grande porte e esfinges. Quanto à arquitetura civil e palaciana, as ruínas existentes não permitem recolher muita informação a esse respeit
A escultura egípcia foi antes de tudo animista, encontrando sua razão de ser na eternização do homem após a morte. Foi uma estatuária principalmente religiosa. A representação de um faraó ou um nobre era o substituto físico da morte, sua cópia em caso de decomposição do corpo mumificado. Isso talvez pudesse justificar o exacerbado naturalismo alcançado pelos escultores egípcios, principalmente no império antigo.
Com o passar do tempo, a exemplo da pintura, a escultura acabou se estilizando. As estatuetas de barro eram peças concebidas como partes complementares do conjunto de objetos no ritual funerário. Já a estatuária monumental de templos e palácios surgiu a partir da dinastia XVIII, como parte da nova arquitetura imperial, de caráter representativo.
Paulatinamente, as formas foram se complicando e passaram do realismo ideal para o amaneiramento completo. Com os reis ptolemaicos, a grande influência da Grécia revelou-se na pureza das formas e no aperfeiçoamento das técnicas. A princípio, o retrato tridimensional foi privilégio de faraós e sacerdotes.
Com o tempo estendeu se a certos membros da sociedade, como os escribas. Dos retratos reais mais populares merecem menção os dois bustos da rainha Nefertite, que, de acordo com eles, é considerada uma das mulheres mais belas da história universal. Ambos são de autoria de um dos poucos artistas egípcios conhecidos, o escultor Thutmosis, e encontram-se hoje nos museus do Cairo e de Berlim.
Igualmente importantes foram as obras de ourivesaria, cuja maestria e beleza são suficientes para testemunhar a elegância e a ostentação das cortes egípcias. Os materiais mais utilizados eram o ouro, a prata e pedras.
As jóias sempre tinham uma função específica (talismãs), a exemplo dos objetos elaborados para os templos e as tumbas. Os ourives também colaboraram na decoração de templos e palácios, revestindo muros com lâminas de ouro e prata lavrados contendo inscrições, dos quais restaram apenas testemunho.
ARTE Celta
A etnia celta se concentrou numa área bastante ampla da Europa ocidental: norte da Península Ibérica, França, Ilhas Britânicas e parte da Europa central (Sul da Alemanha, Hungria e República Tcheca). Sua estrutura social estava articulada em tribos, as quais eram dotadas de um chefe e no contexto de guerra, formavam uma espécie de federação através de alianças e se subordinavam a um chefe comum, dotado do título equivalente de rei.
Desenvolveram um padrão arquitetônico que demonstrou sua fixação perene num território com o uso de construções de pedra especialmente para muralhas, optando no caso das moradias por cabanas de madeira e telhado de palha, fato que não impediu a organização de cidades de pequeno e médio porte e que posteriormente, com a dominação romana se transformaram em núcleos importantes, como Lutécia, que se transformou em Paris.
Os celtas desenvolveram várias formas de produção com a metalurgia, com o domínio do ferro e do bronze (liga metálica de cobre e estanho), além da ourivesaria, voltada para diferentes tipos de adornos (brincos, colares e braceletes) que se relacionavam com a faixa etária, gênero e condição social do usuário.
O encontro de sítios arqueológicos relacionados à antigos povoamentos, necrópoles ou lugares de tradição religiosa permitem explorar a cultura material celta como portadora de uma variedade significativa de técnicas de produção e ornamentação, bem como, a observação do intercâmbio comercial e cultural relacionado ao contato com outras civilizações como os gregos e os etruscos.
O domínio da metalurgia permitiu a elaboração de peças singulares, como o escudo de bronze de Battersea, hoje no acervo do Museu Britânico, datado de 350-50 a.C., que fora jogado no rio Tâmisa, sendo provavelmente destinado a alguma ritual sagrado, uma vez que os escudos de combate eram de madeira e recobertos com couro. Trata-se de uma placa de bronze dourado polida e apresenta uma ornamentação com linhas metálicas e detalhes de esmalte encrustados.
A necrópole encontrada em La Tène, no noroeste da Suíça, datado do século V a.C., revelou a presença de um núcleo de povoamento celta que se articulava entre a região de Champagne na França, nas regiões banhadas pelo Reno na Alemanha e região alpina da Suíça e Áustria.
A presença de diversos objetos como carros de tração animal, armas de cobre e bronze, elmos, escudos, moedas, cerâmicas também estavam acompanhadas de esqueletos de escravos ou prisioneiros sacrificados em honra do morto, bem como a presença de esqueletos de animais, como o javali ou até o de um cavalo.
Os braceletes, elmos e vasos eram adornados com diferentes motivos lineares que constituíam padrões de entrelaçamento, formas abstratas e geométricas e noutras superfícies, produziam também a figuração de cenas do cotidiano, de animais ou das representações de suas divindades.
A cultura celta foi em parte assimilada pelos romanos em algumas regiões, como nas Ilhas Britânicas, que depois da cristianização entre os séculos IV e V d.C., agregou para os padrões ornamentais de manuscritos e relevos os entrelaçados lineares da tradição celta, que as cruzes de pedra em diferentes igrejas e cemitérios e também em manuscritos de relevante importância como o “Livro de Kells”, datado do 800 d.C., que posteriormente ficaram conhecidos como “páginas tapete”, dado que a ornamentação dos entrelaçados celtas.
ARTE EGEIA
A arte Egéia está associada às culturas que floresceram no mar Egeu e que foram principalmente três:
Embora apresentem elementos comuns, a arte dessas culturas não é unitária e apesar das especificidades de cada cultura verifica-se o predomínio da cretense.
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Desde 5.000 a C identificam-se elementos comuns na arte dessas culturas neolíticas em Creta e nas ilhas Cíclades de provável origem Oriental. Entre 2.700 e 2.500 a C, Creta e Cíclades já estão amadurecidas.
ARTE CICLÁDICA
A cultura das ilhas Cíclades é ainda uma grande incógnita, pois dela praticamente pouco restou além de modestas sepulturas em pedra. Em termos de produção artística destaca-se a cerâmica (vasos, taças e cálices) decorada com motivos geométricos lineares, espirais ou curvilíneos.
Outro destaque são osídolos de mármore que são de poucos centímetros ao tamanho natural, num motivo abstrato onde a cabeça é um ovóide e o único relevo é o nariz. Aparecem também pequenas figuras de homens tocando lira ou flauta e mulheres segurando crianças.
RELAÇÃO HISTÓRICA ENTRE A CIVILIZAÇÃO CRETENSE E A MICÊNICA.
Ilha de Creta . é a cultura mais importante, com grande influência; . período de florescimento 3.000 a 1.400 a C; . apogeu de 2.000 a C; . 1.400 a C, domínio micênico.
Região do Peloponeso
– cerca de 1.900 a C, os Aqueus chegam à região do Peloponeso;
-povo de língua grega;
– 1.600 a C: cultura já estabelecida baseada no comércio marítimo.
-Cidades fortificadas, sendo a maior delas a de Micenas;
– 1.400 a C Micenas torna-se rica e poderosa e conquista Creta;
– 1.300 a C em diante: desordens no Mediterrâneo – queda do comércio e declínio econômico de Micenas que passa a tomar pela força o que não conseguia pelo comércio.
OS CRETENSES
VIDA E SOCIEDADE
Povo marítimo, com economia baseada no comércio de produtos agrícolas e produtos artesanais, possuía domínios de príncipes locais zelosos de sua independência e aparentemente desinteressados de se tornarem soberanos absolutos.
O rei da cidade de Knossos parece que tinha um pouco mais de importância. O rei MINOS. Na verdade Minos foi uma dinastia que tomou conta de Knossos entre 1700 a 1450 a C. e proporcionou um período áureo da civilização cretense. O rei tinha função religiosa mais sua principal função era a de empresário.
A religião era amena e não desempenhou papel determinante na cultura cretense, Culto à deusa-mãe geradora da espécie humana, rainha dos animais e das plantas. Havia um grande número de divindades femininas e um número também grande de representações femininas. Tinham rituais funerários mas não se afligiam por terrores sobrenaturais e nem se esforçavam para preservar os restos mortais, apesar de acreditarem na vida após a morte.
Seus costumes: gostavam de esportes, cultuavam o corpo, danças, tauromaquias, lutas. Os homens usavam tangas no dia-a-dia e saiotes com cinturões ajustados, sandálias ou botas nas ocasiões especiais; cabelos longos e barbas feitas.
As mulheres usavam saias apertadas na cintura, corpetes justos, babados coloridos; às vezes seios à mostra; penteados para cima com cachos soltos na testa e laterais; uso de batons e sombras; às vezes depilação de sobrancelhas. A mulher tinha maior liberdade do que era habitual na época. Muitos atribuem a eles a invenção da dança.
ARQUITETURA
Inexistência de construções funerárias e religiosas de caráter monumental ou colossal, bem como a ausência de uma arquitetura militar significativa. A arquitetura palaciana possui caráter informal ( não existe um esquema pré¬determinando; não tem preocupação com o fausto, imponência e ostentação). Vão se tentando soluções mais adequadas para satisfazer as necessidades práticas.
Há uma preocupação com o conforto e defesa contra o calor, pátios de arejamento e terraço. Construção do palácio articulada em vários planos, tubulações para água e esgoto, bem como a presença de uma sala de banho.
ESCULTURA
É pouco significativa com ausência de composições grandiosas. Constitui-se basicamente de figuras pequenas de argila ou terracota (argila cozida) ou outros materiais locais. Os temas prediletos são: animais e devotos femininos (deusas e sacerdotisas).
Destacam-se ainda os ritons, pequenas vasilhas em pedra, argila ou metal, geralmente com forma de animais divinizados e com função ritualística.
PINTURA E BAIXOS RELEVOS
As pinturas e os relevos conhecidos são em sua maioria de 1.600 a 1450 a C, fase que coincide com o naturalismo na pintura da cerâmica. Influência egípcia quanto à forma com as figuras fortemente contornadas, cores chapadas, lei da frontalidade e influência quanto à técnica com afrescos e relevos pintados.
Mas a pintura difere-se da egípcia pela harmonia decorativa, liberdade de concepção, gosto pelo movimento (ondulatório principalmente) e pelo seu caráter profano. Na pintura cretense identifica-se o uso das cores vivas e contrastantes, o vermelho, azul e branco são as principais, mas também usam o marrom, o amarelo, o verde e às vezes o cinza e o rosa.
Os temas na pintura são variados: cenas da vida palaciana, procissões rituais, acrobacias, esportes e danças, flores exóticas e animais fantásticos. A finalidade era decorativa.
CERÂMICA
Das mais belas do mundo antigo, primoroso acabamento dos vasos, taças e ânforas decoradas com motivos pintados ou gravados.
1ª fase: motivos geométricos (triângulos, retângulos e espirais) e motivos vegetais estilizados.
2ª fase: naturalista com predomínio da temática marinha. Vasos rituais com formas dos animais divinizados.
3ª fase: retorno à estilização geométrica. Composições simétricas.

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