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aula de recursos naturais 22 10

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Recursos Naturais e Fontes de 
Energia
2
UNIDADE 1
AMBIENTALISMO E DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
Objetivos
3
✓ identificar os principais acontecimentos do movimento ambientalista ao final do século 
XX e início do século XXI;
✓ conhecer os conceitos de Ecodesenvolvimento e Desenvolvimento Sustentável, 
observando suas principais diferenças;
✓ compreender o conceito de Agroecologia, algumas de suas técnicas e seu papel diante 
de uma perspectiva de desenvolvimento socioambiental e econômico responsável;
✓ estabelecer o conceito do termo Direito Ambiental (DA);
✓ reconhecer as competências do poder público em matéria de meio ambiente, além dos 
principais marcos legais do DA brasileiro;
✓ caracterizar a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), o SISNAMA (Sistema 
Nacional do Meio Ambiente), seus objetivos, bem como, alguns dos instrumentos da 
referida política: padrões de qualidade ambiental, zoneamento ambiental, a avaliação de 
impacto ambiental e o licenciamento ambiental;
✓ conceituar o termo Espaços Territoriais Especialmente Protegidos, além de conhecer 
suas categorias principais;
O CONCEITO DE MEIO AMBIENTE
Conforme avançamos em
nossos estudos, você perceberá
que o tema, MEIO AMBIENTE
aparece constantemente em
nosso texto. Desta forma, não
podemos perder de vista, o seu
conceito, a sua definição!
Portanto, antes de seguir em frente, discuta com seus colegas e
Tutor Externo: o que seria MEIO AMBIENTE (MA)?
De acordo com o Artigo 3º, da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei
6.938/81), o MA pode ser definido enquanto, “ o conjunto de condições,
leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que
permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
Esta definição apresenta-se um tanto restrita, pois define o MA somente
em seu aspecto natural, não considerando também, os meios artificial e
cultural, por exemplo.
O CONCEITO DE MEIO AMBIENTE
O autor Silva (2004, p. 21) apresenta um conceito mais amplo ao pontuar
que:
“É a interação do conjunto de elementos naturais, artificiais e culturais
que propiciem o desenvolvimento equilibrado da vida em todas as suas
formas [...] é a associação em valorar um objeto e propiciar o
desenvolvimento equilibrado da vida como preocupação máxima do ser
humano”.
Note que esta definição é mais ampla, ao considerar os espaços
urbanos e culturais como parte deste meio, além da própria interação da
espécie humana com o meio que a cerca.c
O CONCEITO DE MEIO AMBIENTE
Agora que definimos o termo, meio ambiente, passemos agora ao
estudo dos principais acontecimentos do ambientalismo mundial:
HISTÓRICO DO AMBIENTALISMO
Principais acontecimentos ligados à questão ambiental 
Década/Ano Acontecimento Resultado
60 Publicação do livro, “Primavera 
Silenciosa” (Rachel Carson)
Limite do crescimento 
econômico x 
disponibilidade de 
recursos naturais
70 (1972) 1ª Conferência das Partes (COP-1);
Relatório Limites do Crescimento;
Intituído o Programa das Nações 
Unidas para o Meio Ambiente (PNMA)
Alerta sobre 
degradação ambiental 
(perigo para o planeta)
80 Criação Comissão Mundial sobre Meio 
Ambiente e Desenvolvimento (CMMA)
Publicação do relatório: “Nosso Futuro 
Comum”
É estabelecido o 
conceito de 
desenvolvimento 
sustentável
90 Cúpula da Terra (Rio-92) Agenda 21 
(compromisso 
ambiental)
2000 Rio+20 Sem medidas efetivas
para problemas (por
exemplo: combate ao
desmatamento,
erradicação da
pobreza)
HISTÓRICO DO AMBIENTALISMO
Principais acontecimentos ligados à questão ambiental 
Década/Ano Acontecimento Resultado
AMBIENTALISMO NA ATUALIDADE 
A questão da imigração em massa para a Europa pode ser trazida às
nossas discussões. Quais serão as medidas a médio e longo prazos que
os países europeus realizarão para enfrentar esta situação?
Estas pessoas serão acolhidas?
De que forma esta 
situação tão atual se 
relaciona com o tripé 
das sustentabilidade?
Fonte: Disponível em: g1.globo.com. Acesso em: 22 jun. 2016.
A “REVOLUÇÃO VERDE”
Revolução Verde – Década de 60! Utilização em massa de agroquímicos
(agrotóxicos/fertilizantes) e maquinário pesado. Homogeneização do pro
Objetivo: aumento da produtividade!
Fonte: Disponível em: br.monografias.com. Acesso em: 22 jun. 2016.
Consequências – sérios
impactos ambientais:
envenenamento dos
recursos naturais e
alimentos; destruição dos
solos; assoreamento dos
rios.
CRÍTICAS À “REVOLUÇÃO VERDE”
Fonte: Disponível em: marianeturismo.blogspot.com. Acesso em: 22 jun. 2016.
Livro: “Primavera silenciosa”, obra publicada em
1962, da autora Rachel Carson (bióloga e escritora).
Perigos da utilização
indiscriminada de
agrotóxicos! Perigos à
saúde humana e para
as outras espécies
existentes!
Especialmente, o
agrotóxico DDT:
A AGROECOLOGIA: UMA POSSIBILIDADE 
ALTERNATIVA
“A Agroecologia é uma vertente agronômica que engloba técnicas
ecológicas de cultivo com sustentabilidade social. Ela também
incorpora fontes alternativas de energia e sua principal preocupação
é “sistematizar todos os esforços num modelo tecnológico
socialmente justo, economicamente viável e ecologicamente
sustentável”. (AMBIENTE BRASIL, 2016).
Note no slide seguinte, algumas características da Agroecologia! 
A AGROECOLOGIA: UMA POSSIBILIDADE 
ALTERNATIVA
Fonte: Disponível em: www.ambientelegal.com.br. Acesso em: 22 jun. 2016.
Ciclo construtivo da Agroecologia
O DIREITO AMBIENTAL COMO FERRAMENTA DE 
PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO
Conforme Édis Milaré (2011, p. 1607), o DA é definido enquanto, “o
complexo de princípios jurídicos e normas reguladoras das atividades
humanas que, direta ou indiretamente, possam afetar a sanidade do
ambiente em sua dimensão global, visando à sua sustentabilidade para as
presentes e futuras gerações”.
Por que as
condutas/ações
humanas precisam ser
reguladas?
O DIREITO AMBIENTAL COMO FERRAMENTA DE 
PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO
A foto que aparece neste slide pode exemplificar a necessidade de 
regularização das atividades e condutas humanas!
Fonte: Disponível em: www.infoescola.com. Acesso em: 27 jun. 2016.
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE: MARCO 
AMBIENTAL BRASILEIRO
A PNMA foi instituída pela Lei número 6.938, de 31 de agosto de 1981. 
Inclusive, neste ano de 2016 são comemorados 35 anos da criação da 
PNMA!
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE: MARCO 
AMBIENTAL BRASILEIRO
São objetivos da PNMA (Art. 4º):
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da
qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao
equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Territórios e dos Municípios;
III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas
relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o
uso racional de recursos ambientais;
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE: MARCO 
AMBIENTAL BRASILEIRO
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e
informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a
necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização
racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio
ecológico propício à vida;
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar
os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos
ambientais com fins econômicos.
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE: MARCO 
AMBIENTAL BRASILEIRO
Mas, como colocar estes objetivos em prática? Isto se fará por meio dos Instrumentos
da PNMA (Art. 9º):
• Padrões de Qualidade;
• Zoneamento Ambiental;
• Avaliação de Impactos Ambientais;
• Licenciamento Ambiental;
• Criaçãode Espaços Protegidos;
• Cadastro Técnico Federal;
• Penalidades por Crimes Ambientais;
• Relatório de Qualidade Ambiental;
• Sistema Nacional de Informação;
• Cadastro de Atividades Poluidoras.
INSTRUMENTOS DA PNMA: Destaque para AIA
✓ AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA:
A AIA (Avaliação de Impactos Ambientais) apresenta caráter preventivo visando
garantir que um possível empreendimento possa ocasionar impactos ambientais e
que o potencial dano seja considerado para o processo de aprovação/reprovação de
licença ambiental. Todas as medidas efetuadas devem assegurar o emprego de ações
de proteção, caso a atividade em questão seja aprovada (ÂMBITO JURÍDICO, 2016).
Importante: A AIA comumente está associada a alguma forma de processo de tomada
de decisão, como o licenciamento ambiental.
A AIA E O EIA 
(ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL)
✓ O EIA foi introduzido dentro da Política Nacional do Meio Ambiente, por meio da
Resolução do CONAMA, n.º 001/86 de 23 de janeiro de 1986;
✓ Trata-se de um documento técnico onde são mensuradas as consequências
ambientais resultantes de determinada atividade a ser realizada. No EIA estão
identificados e avaliados os impactos de este projeto poderá gerar no meio
ambiente, além de compreender ações para mitigar estes impactos.
✓ A realização do EIA e do consequente Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) é
sempre necessária?
INSTRUMENTOS DA PNMA: 
Destaque para a criação dos ETEP
✓ Os Espaços Territoriais Especialmente Protegidos (ETEP) são definidos enquanto
áreas geográficas, públicas ou privadas, que apresentem aspectos ambientais que
necessitem de demarcação legal, por parte do Poder Público, que resulte em um
espaço que, praticamente não possa ser modificado e sua utilização seja
sustentada. (SILVA, 2000).
A criação dos ETEP: as Áreas de Preservação 
Permanente (APP’s)
✓ Conforme o Código Florestal (Art. 3º), da Lei no 12.651/2012, tratam-se de áreas
protegidas, cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de
preservar recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a
biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar
o bem- estar das populações humanas.
Áreas de Preservação Permanente (APP’s): 
Finalidades 
Preservação dos Recursos Hídricos
Disponível em: meioambiente.culturamix.com. Acesso em: 28 jun. 2016
Proteção dos Topos de Morro
Disponível em: www.panoramio.com. Acesso em: 28 jun. 2016
Áreas de Preservação Permanente (APP’s): 
Finalidades 
Preservação da paisagem e da 
estrutura geológica
Disponível em: www.vitruvius.com.br. Acesso em: 28 jun. 2016
Preservação da biodiversidade
Disponível em:. biodiversityconferences.com. Acesso em: 28 jun. 2016
Tratam-se de áreas protegidas criadas pelo Poder Público, com
características naturais relevantes, com objetivo principal de
conservação e preservação dos recursos naturais.
A criação dos ETEP: as Unidades de 
Conservação (UC’s)
UC’s são dividas em 
Duas Categorias
Proteção Integral
• Utilização indireta dos recursos
naturais.
• É permitido apenas: Pesquisa,
Recreação, Educação Ambiental
e Turismo.
Uso Sustentável
• Utilização indireta dos recursos
naturais.
• É permitido apenas: Ocupação
Humana, Desenvolvimento
Sustentável, Pesquisa, Recreação,
Educação Ambiental e Turismo.
A criação dos ETEP: as Unidades de 
Conservação (UC’s)
UC’s são dividas em 
Duas Categorias
Proteção Integral
• Parque
• Estação Ecológica
• Reserva Biológica
• Refúgio da Vida Silvestre
• Monumento Natural
Uso Sustentável
• Área de Proteção Ambiental – APAs
• Áreas de Relevante Interesse
Ecológico
• Reservas Extrativistas
• Florestas Estaduais
• RPPN (Reserva Particular do
Patrimônio Natural).
“O desejo do homem de controlar 
totalmente a natureza é concebido 
como arrogância e o desequilíbrio dos 
processos metabólicos e mutações 
preços altos a serem pagos para não 
se ter pernilongos”. 
Rachel Carson
PARA REFLETIR...
AMBIENTE BRASIL. Agroecologia. Disponível em: <ambientebrasil.com.br>. Acesso em:
22 jun. 2016.
ÂMBITO JURÍDICO. Política Nacional do Meio Ambiente e a eficácia de seus instrumentos.
Disponível em: < http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500>. Acesso em: 1º jun.
2016.
MILARÉ, E. Direito do Ambiente: A gestão ambiental em foco. 7. ed. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2011.
SILVA, José Afonso da. Direito ambiental constitucional. 5. ed. São Paulo: Malheiros, 2004.
REFERÊNCIAS

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