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Infecção de Corrente Sanguínea (Sepse)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO
Fernanda Luiza Benedita da Silva
Letícia Xavier de Oliveira Sousa
Thais Muniz Gonçales
INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA (SEPSE)
São Paulo
2020
Fernanda Luiza Benedita da Silva SPGR009123
Letícia Xavier de Oliveira Sousa SPGR009578
Thais Muniz Gonçales SPGR007755
INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA (SEPSE)
Trabalho realizado como requisito para aprovação parcial da unidade curricular de Projeto Integrador V do Curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo, sob a orientação da Prof.ª Ms. Lucia Tobase.
São Paulo
2020
SUMÁRIO
Introdução	4
Metodologia 	13
Objetivos	14
Resultados 	15
Discussão 	18
Conclusão 	21
Referências	22
INTRODUÇÃO
As infecções primárias da corrente sanguínea (IPCS), são aquelas de consequências sistêmicas graves, bacteremia ou sepse, com alta morbidade e mortalidade (ANIVSA, 2009). As infecções relacionadas ao acesso vascular (IAV) são as infecções que ocorrem no sítio de inserção do cateter, sem repercussões sistêmicas. A maioria das infecções dessa natureza são infecções relacionadas ao acesso vascular central (IAVC) (ANIVSA, 2009). 
Os microrganismos atingem o acesso vascular de diversas maneiras: durante a inserção através da colonização da pele, contaminação das conexões, soluções contaminadas usadas para manter permeável o cateter, via hematogênica de um foco infeccioso á distância ou no caso de monitorização hemodinâmica, pela utilização de transdutores contaminados (ANIVSA, 2009).
A principal fonte de contaminação nos cateteres de curta duração (permanecem até 10 dias) é a microbiota cutânea do paciente, movendo-se por capilaridade através da superfície externa do cateter. Nos cateteres implantáveis ou de longa duração, (permanecem acima de três semanas), geralmente a contaminação se dá a partir do canhão e move-se pela superfície endoluminal do cateter. A flora predominante nesta contaminação é das mãos da equipe de saúde (ANIVSA,2009). 
(CECISS).
Os principais agentes etiológicos envolvidos nas infecções relacionadas ao acesso vascular dependem do tipo de acesso e da fonte de contaminação. Nos cateteres periféricos, os principais agentes são: Staphylococcus coagulase negativo, Staphylococcus aureus e Candida spp. Nos cateteres venosos centrais, além dos agentes citados, temos: enterobactérias, micobactérias e fungos (ANIVSA,2009).
As principais complicações relacionadas ao acesso venoso vascular são: celulite periorificial, celulite peribolsa do cateter implantável, infecção do túneo subcutâneo, infecção do segmento intravascular, tromboflebite séptica, sepse e infecções metastáticas (pneumonia, endoftalmite e endocardite) (ANIVSA,2009). 
Os acessos vasculares centrais são dispositivos intravasculares cuja extremidades localiza-se no coração ou próximo dele, em um grande vaso. Os grandes vasos incluem as artérias aorta e pulmonar, as veias cavas superior e inferior, braquiocefálicas, jugulares internas, subclávias, ilíaca externa, ilíaca comum e femoral; e em recém nascidos a artéria e veia umbilicais (ANIVSA,2009).
O sítio de inserção ou o tipo de dispositivo não definem se o acesso é considerado central. Qualquer dispositivo com extremidade no coração ou próximo dele, qualifica-se como acesso vascular central. Sendo assim os acessos femorais, os cateteres centrais e inserção periférica (PICC) e os cateteres arteriais também são considerados acessos vasculares centrais (ANIVSA,2009).
As infecções da corrente sanguínea podem ser dividias naquelas com hemocultura positiva, e naquelas somente com critérios clínicos, ou seja, subdivididas entre as IPCS laboratoriais e as IPCS clínicas (ANIVSA,2009). 
A IPCS laboratorial é aquela que preenche um dos seguintes critérios descritos a seguir: (ANIVSA,2009)
• Critério 1: Paciente com uma ou mais hemoculturas positivas coletadas preferencialmente de sangue periférico, e o patógeno não está relacionado com infecção em outro sítio.
• Critério 2: Pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: febre (>38ºC), tremores, oligúria (volume urinário <20ml/h), hipotensão (pressão sistólica_90mmHg), e esses sintomas não estão relacionados com infecção em outro sítio. E duas ou mais hemoculturas (em diferentes punções com intervalo máximo de 48h) com contaminante comum de pele (ex.: difteróides, Bacillus spp, Propionibacterium spp, estafilococos coagulase negativo, micrococos) 
• Critério 3: Para crianças > 28 dias e < 1 ano, pelo menos um dos seguintes sinais e sintomas: febre (>38ºC), hipotermia (<36ºC), bradicardia ou taquicardia (não relacionados com infecção em outro sítio) e duas ou mais hemoculturas (em diferentes punções com intervalo máximo de 48h) com contaminante comum de pele (ex.: difteróides, Bacillus spp, Propionibacterium spp, estafilococos coagulase negativo, micrococos)
A IPCS clínica é aquela que preenche um dos seguintes critérios a seguir: (ANIVSA,2009)
• Critério 1: Pelo menos um dos seguintes sinais e sintomas: febre (>38ºC), tremores, oligúria (volume urinário <20ml/h), hipotensão (pressão sistólica_90mmHg) ou (não relacionados com infecção em outro sítio) e todos os seguintes 
a) Hemocultura negativa ou não realizada 
b) Nenhuma infecção aparente em outro sítio 
c) Médico institui terapia antimicrobiana para sepse
• Critério 2: Para crianças >28 dias e <1 ano pelo menos um dos seguintes sinais e sintomas: febre (>38ºC), hipotermia (<36ºC), bradicardia ou taquicardia (não relacionados com infecção em outro sítio) e todos os seguintes: 
a) Hemocultura negativa ou não realizada
b) Nenhuma infecção aparente em outro sítio 
c) Médico institui terapia antimicrobiana para sepse.
Bundle é um grupo de intervenções baseadas em evidências cientificas que quando adotadas juntas resultam em melhores resultados do que adotadas individualmente. 
O conceito de Bundles teve início em 2001, porém passou a ser amplamente difundido a partir de 2004 com a campanha para salvar cem mil vidas, lançada pela organização não governamental americana Institute for Healthcare Improvement (IHI) (BERWICK ET AL., 2006)
Em 2006, outra campanha foi lançada, com o objetivo de salvar cinco milhões de vidas no período de dezembro de 2006 a dezembro de 2008. A implementação das medidas preventivas de infecção da corrente sanguínea foram sugeridas nas duas campanhas (INSTITUTE FOR HEALTHCARE IMPROVEMENT, 2012). 
BLUNDE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUINEA (ICS) (BRASIL, 2009; INSTITUTE FOR HEALTHCARE IMPROVEMENTE, 2012). 
• Higienização das mãos 
• Barreira máxima de proteção
- Paramentação completa (avental estéril, gorro, máscara simples, luvas estéreis, campos estéreis grandes)
- Quem estiver auxiliando o procedimento deve usar máscara simples. 
• Antissepsia da pele com clorexidina 
- Preparar a pele com clorexidina degermante 2% e remover;
- Friccionar a solução alcoólica por, pelo menos 30 segundos, deixar secar completamente antes de puncionar (+/- 2 min). 
• Escolha do sítio de inserção adequado, com preferência para a veia jugular nos casos de cateteres de diálise. 
• Reavaliação diária de necessidade de manutenção do cateter, com pronta remoção daqueles desnecessários.
- Risco aumenta com o tempo de permanência;
- Troca de cateter de rotina não se justifica para dispositivos bem funcionantes e sem evidências de complicações locais ou sistêmicas. 
• Seleção do sítio de inserção:
- Adultos: O uso do sítio da subclávia está associado ao menor risco infeccioso, porém outros sítios podem ter riscos de complicações mecânicas menores. O requisito do protocolo para a melhor seleção do sítio de inserção sugere que outros fatores sejam considerados na decisão, como potencial de complicações mecânicas, risco de estenose da veia subclávia (em dialíticos e portadores de insuficiência renal), e habilidade do médico além de evitar o sítio femoral se possível ((BRASIL, 2009; INSTITUTE FOR HEALTHCARE IMPROVEMENTE, 2012). 
- Pacientes Pediátricos: A inserção de cateteres venosos em crianças pode ser mais desafiadora que em adultos. Na seleção do sítio de inserçãodevem ser considerados: o conforto do paciente, os fatores específicos do paciente (como cateteres preexistentes, irregularidades na hemostasia, anomalias anatômicas), risco de complicações (como sangramento ou pneumotórax), risco de infecção, potencial para deambulação, e experiencia do médico. Decisão final sobre o sítio de inserção de um cateter venoso central em uma criança deve se basear nas necessidades individuais do paciente, e análise do risco benéfico em cada situação clínica especifica. A questão se algum sítio esta relacionado a menor taxa de infecção na pediatria ainda permanece inconclusiva. Nos adolescentes as considerações na seleção do sítio de inserção podem ser aplicadas de forma semelhante aos pacientes adultos ((BRASIL, 2009; INSTITUTE FOR HEALTHCARE IMPROVEMENTE, 2012). 
• Cuidado ao sítio e ao cateter: 
- Após a fixação do acesso vascular central, nas primeiras 24 horas, recomenda-se a realização de curativo com gaze estéril e, posteriormente, com filme estéril transparente semipermeável. Não devem ser utilizados antibióticos tópicos nos sítios de inserção (cremes ou pomadas), exceto em cateteres de diálise. Coberturas impregnadas com antibióticos podem ser indicadas se as taxas de Infecção de Corrente Sanguínea não apresentarem queda após a implementação das medidas preventivas básicas. Substitua as coberturas se apresentarem frouxidão, umidade ou sujidade visível. As coberturas de cateteres de curta permanência devem ser trocadas a cada 7 dias no caso de coberturas transparentes ou a cada 2 dias no caso de gaze estéril. Luvas estéreis e técnica asséptica devem ser utilizadas nas trocas de cobertura ((BRASIL, 2009; INSTITUTE FOR HEALTHCARE IMPROVEMENTE, 2012). 
A infecção é a 2º causa de mortalidade entre pacientes portadores de IRC e representa, aproximadamente, 14% dos óbitos entre os mesmos, precedida somente de eventos cardiovasculares (CDC, 2001). Aproximadamente 90% das ICS ocorrem em pacientes com cateteres centrais (MERMEL, 2000)
Um estudo identificou as complicações das infecções da corrente sanguínea, sendo elas sepse (37,2%) e endocardite (28,7%), dos quais 15 pacientes evoluíram a óbito (MERMEL,2000).
A sepse é uma causa importante de hospitalização e a principal causa de morte em unidades de terapia intensiva (UTI). Os pacientes com sepse exigem maior tempo de internação na UTI resultando em um maior custo de tratamento comparado a outros pacientes. (SANTOS, et al 2015)
 	Atualmente, instituições de mais de 20 países já aderiram à Surviving Sepsis Campaign, lançada por três grandes sociedades (Sociedades Americana e Européia de Terapia Intensiva e o International Sepsis Forum) onde se dividiu em três grandes pilares a terapia do choque séptico: o suporte hemodinâmico, para estabilização da pressão arterial; a antibioticoterapia e o controle do foco infeccioso; e a tentativa de interrupção da disfunção de múltiplos órgãos, e o objetivo foi de tentar reduzir a mortalidade em 25% em cinco anos. No Brasil essa campanha é coordenada pelo Instituto Latino Americano para estudos da sepse. O entendimento da fisiopatologia do processo séptico facilita a detecção e tratamento precoce da infecção sistêmica e contribui para a padronização dos estudos clínicos designados a elaborar terapias novas e convencionais para a sepse. (SANTOS, et al 2015)
O conceito de sepse abrange as situações nas quais se estabelece síndrome de resposta inflamatória sistêmica desencadeada por infecção suspeita ou confirmada. Do ponto de vista clínico, a apresentação da sepse se relaciona às múltiplas possibilidades de interação entre homem e microrganismos, distinguindo-se, desta feita, situações como infecção, SIRS, sepse, sepse grave, choque séptico e disfunção de múltiplos órgãos e sistemas. O desenvolvimento da sepse depende das relações estabelecidas entre o microrganismo e o hospedeiro, destacando-se que muitos dos elementos relativos ao desencadeamento desta entidade nosológica permanecem obscuros, provavelmente pela falta de uma compreensão mais adequada das interseções entre imunidade, inflamação e coagulação (SANTOS, et al 2015).
A interação patógeno/hospedeiro inicia pelo reconhecimento das substâncias do agente etiológico que seriam os padrões moleculares relacionados aos patógenos (PMRP) as quais são cruciais para a sobrevivência do agente. Os PMRP são indentificados pelos receptores de reconhecimento padrão(RRP), os quais são expressos por células do sistema imune inato. (BATISTA, et al 2011)
As endotoxinas de bactérias gram-negativas- derivadas da parede celular destas células e formadas principalmente por lipopolissacarídeos (LPS) essa moléculas são transferidas aos receptores CD14 e TLR4(que é um representante da família Toll-like)- exitentes na superfice de monócitos, macrófagos, células dentriticas e neutrófilos. O TLR4 parece também estar envolvido no reconhecimento de algumas proteínas virais e do ácido lipoteicoico(staphylococcus aureus). De modo similar, outras moléculas da família Toll-like estão implicadas neste primeiro momento da resposta imune inata, como o TLR3(relacionado à identificação de RNA de dupla hélice), TLR5(capaz de indentifcar flagelina) e TLR9 (responsável por distinguir sequencias CpG não- metiladas do DNA bacteriano) após essa face de reconhecimento, sucedem-se vários eventos de ativação celular e produção de citocinas, cujo resultado é a SIRS (síndrome da resposta inflamatória sistêmica). (BATISTA, et al 2011)
O processo inflamatório difuso da sepse grave causa dilatação dos vasos sanguíneos, provocando uma queda da pressão arterial, que, em casos graves, pode levar a um estado de choque séptico. Os mediadores químicos inflamatórios também provocam um aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos, facilitando o extravasamento de líquidos para órgãos como pele e pulmões (BATISTA, et al 2011).
Essas alterações de permeabilidade dos vasos sanguíneos e da pressão arterial provocam uma redução do aporte de oxigênio e nutrientes aos tecidos, levando a hipóxia e falência dos mesmos. O sistema de coagulação também pode ser afetado. Um dos eventos mais dramáticos da sepse é a coagulação intravascular disseminada (CIVD), um processo no qual o sistema de coagulação fica descontrolado, ocorrendo simultaneamente tromboses e hemorragias (ILAS, 2017).
Há uma grande dificuldade na identificação e diagnóstico de Sepse devido seus sinais e sintomas serem confundidas com outras patologias. Assim a falta de conhecimento adequados dos profissionais de saúde que lidam com tal patologia. Este déficit de conhecimento pode ser por diversos fatores, como por exemplo, falta de protocolos adequados em algumas instituições, ou até mesmo déficit na formação acadêmica (ILAS, 2017).
Grande parte dos estudos mostra que quanto mais rápido o diagnóstico, mais eficaz será seu tratamento, evitando o aumento no número de mortalidade ou sequelas subsequentes. Para que isso seja possível, é imprescindível a implementação de rotinas e protocolos para o atendimento adequado, principalmente se tratando da equipe de enfermagem, que muitas vezes tem o primeiro acesso ao paciente, e que também permanece mais tempo próximo a ele. Por isso se torna der extrema importância o reconhecimento precoce dos sinais e sintomas, e implementação de intervenções específicas para o tratamento (ILAS, 2017).
Sintomas de Sepse são: (ILAS, 2017) 
- Temperatura corporal maior que 38ºC ou menor que 35ºC 
- Frequência cardíaca maior que 90 batimentos por minuto
- Frequência respiratória maior que 20 incursões por minuto
- No hemograma: Leucócitos acima de 12,000 ou abaixo de 4000 cel/mm3.
Considera-se sepse grave aquelas que apresentam: 
- Hipotensão ou choque circulatório 
- Piora da função dos rins 
- Queda no número de plaquetas
- Alteração do estado de consciência 
- Dificuldade respiratória 
- Alterações de coagulação 
- Diminuição da função do coração 
O tratamento inicial da sepse é com antibióticos para eliminar as bactérias no sangue e interromper o fator de estímulo ao processo inflamatório. Se houver sinaisde queda da pressão arterial, é essencial a imediata reposição de líquidos por via intravenosa para reverter a hipotensão (ILAS, 2017).
Nos casos de choques sépticos pode ser necessário uso de medicamentos para estabilizar a pressão arterial, devem ser tratados preferencialmente em uma unidade de terapia intensiva (UTI) (ILAS, 2017). 
METODOLOGIA 
Este projeto delimita uma revisão bibliográfica da literatura de natureza qualitativa. A pesquisa de revisão bibliográfica consiste em um estudo que tem como dados às produções científicas e literárias investigando as relações a uma intervenção específica científica (PITTA; CASTRO, 2006).
As bases de dados utilizadas foram, Manual de Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada a Assistência à Saúde, Protocolo Clínico: Prevenção de Infecção Primária de Corrente Sanguínea Relacionado a Acesso Vascular Central e SCIELO (Scientific Electronic Library Online). 
Para realizar a busca dos artigos foram utilizadas palavras chaves como: SEPSE, ENFERMAGEM, UTI. Os critérios de inclusão foram determinados por artigos publicados no período de 2007 até 2017, que estavam disponíveis na íntegra e publicada na língua do português.
OBJETIVOS
Objetivo Geral: Realizar pesquisa para aprofundamento sobre Infecção de Corrente Sanguínea (Sepse)
Objetivo Específico: 
- Investigar os principais agravos infecciosos que acometem adultos e crianças.
- Identificar os principais sinais e sintomas.
- Soluções de tratamentos para melhoria da saúde do paciente.
- Pesquisar métodos de prevenção 
RESULTADOS:
Tabela: 1
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Dias de permanência do cateter:
	 com infecção %
	sem infecção %
	total: %
	
	
	
	
	
	1 a 7 
	2,5
	52
	48,9
	
	8 a 14
	17,5
	26,2
	25,7
	
	15 a 21 
	17,5
	18,9
	12,2
	
	mais de 21
	62,5
	9,8
	13,2
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Tabela 1 – Distribuição de frequências dos pacientes com e sem infecção, segundo tempo de permanência do cateter, em 7 UTIs da rede SUS no Distrito Federal, 2003.
	
	
	
	
	
	
	
Observa-se, na Tabela 1, que 62,5% dos pacientes que apresentaram infecção da corrente sanguínea fizeram uso de CVC por mais de 21 dias. A diferença foi altamente significativa do ponto de vista estatístico, quando se compara o tempo de permanência do cateter com a presença de infecção. Mais da metade (52%) dos pacientes que não apresentam infecção fizeram uso do CVC por um período de até 7 dias. (MESSIANO E HAMANN,2007)
Tabela 2: 
	Presença de fatores de risco:
	com infecção %
	sem infecção %
	
	
	
	
	
	Transfusão sanguínea 
	77,5
	45,8
	
	Dreno torácico 
	20
	26,8
	
	Traqueostomia 
	77,5
	16,3
	
	cateter duplo lúmen 
	30
	10,2
	
	Flebotomia 
	27,5
	8,1
	
	Nutrição parenteral total
	10
	4,4
	
Na tabela 2: observa-se que a maioria dos procedimentos invasivos, utilizados nos pacientes de UTIs, mostraram-se associados à infecção da corrente sanguínea com alta significância estatística. Observa-se, nos pacientes traqueostomizados, alta relevância, seguido do uso de cateter de nutrição parenteral e flebotomia .(MESSIANO E HAMANN,2007)
Tabela 3:
	
	
	Agente infeccioso 
	com infecção %
	
	
	
	
	Gram negativo 
	Pseudomonas Aeruginosa 
	32,5
	
	Acinetobacter Baumanni
	17,5
	
	Klebisiella Pneumoniae
	2,5
	Gram positivo 
	Staphylococcus Auerus 
	35
	
	Staphylococcus Coagulase Negativa
	7,5
	Fungos 
	Candida Albicans
	5
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Quanto aos agentes infecciosos (Tabela 3), destacam-se os microrganismos gram-positivo Staphyloccus aureus e gram-negativo, Pseudomonas aeruginosa, como os mais freqüentemente isolados, 35% e 32,5%, respectivamente. (MESSIANO E HAMANN,2007)
Tabela 4:
	Desfecho Hospitalar
	Característica do Quadro Séptico:
	 
	 
	
	
	
	 
	
	Sepse n/%
	Sepse grave nº
	Choque séptico nº 
	alta 
	4/13,3
	 03/10
	 03/10
	óbito 
	8/26,6
	 4/13,3
	 8/26,6
Tabela 4: distribuição da amostra estudada segundo a relação desfecho hospitalar do paciente e característica do quadro séptico. Teresina-PI 2013 A tabela 4 apresenta características do quadro dos pacientes que evoluíram para alta e outros para óbito. Pacientes com alta de sepse; sepse grave e choque corresponderam a 10(33,3), e óbitos 20(66,5).
DISCUSSÃO:
Ao analisar os dispositivos, sabe-se que são os principais equipamentos utilizados na medicina moderna e que tem um contato direto com a corrente sanguínea do paciente, sendo assim tendo principal relevância em infecções, porém, nos resultados analisamos o uso de cateteres em geral para diferentes finalidades. Aproximadamente 150 milhões de cateteres são puncionados a cada ano em hospitais e clínicas. Os avanços tecnológicos favorecem a manutenção de acesso vascular por mais tempo e com maior frequência de uso e assim acarretando o aumento de infecções relacionadas a esse procedimento. 
O risco de infecção, relacionado ao acesso vascular está associado à localização do acesso, solução infundida, experiencia do profissional que realiza o procedimento, tempo de permanência, tipo e manipulação do cateter, entre outros. Esses fatores citados constituem pontos estratégicos para ações preventivas dessas infecções. Embora a incidência de infecção da corrente sanguínea seja mais baixa que as outras infecções hospitalares (IH) como as pneumonias, infecções do trato urinário e aqueles do sítio cirúrgico, a infecção da corrente sanguínea tem sua importância por ser causa de substancial morbidade, mortalidade e elevação dos custos hospitalares. 
Apesar de os cateteres venosos centrais serem reconhecidamente importantes para os pacientes, predispõem a complicações infecciosas. Neste estudo, a taxa de infecção encontrada de 6,4% foi associada à duração da internação, ao tempo de permanência do cateter, à localização em veia subclávia direita, uso de cateter duplo lúmen e à presença concomitante de traqueostomia, cateter de nutrição parenteral e cateter duplo lúmen para hemodiálise. Os achados, aqui, são concordantes com outros estudos que apontam a duração da cateterização como fator de risco para a infecção da corrente sanguínea. A efetiva medida para reduzir Infecções da corrente sanguínea foi associada à permanência do cateter, pela criteriosa indicação do uso do cateter, também como uma equipe bem treinada para inserção, manutenção e remoção dos mesmos. O prolongamento da internação, por si só, já favorece o aumento do risco às infecções, a redução da disponibilidade dos leitos e o aumento dos custos hospitalares, entre outros. Quando a inserção do cateter é realizada na emergência pode levar à quebra das técnicas de assepsia, além do risco de lesões traumáticas no vaso. Nesses casos, o cateter deve ser trocado o mais rápido possível. No entanto, com relação à frequência de troca de cateteres centrais, não tem sido observada vantagem na redução das infecções. 
Quando a inserção do cateter venoso central é realizada por equipes próprias, ou pessoal devidamente treinado, observa-se redução das infecções, pois diminui o trauma tecidual e reduz o uso e permanência do cateter venoso central, com nítida vantagem na avaliação custo/benefício. Alerta-se, neste estudo, para a importância da autonomia da equipe na implantação da mudança de comportamento dos profissionais, e a necessidade do apoio dos dirigentes hospitalares. Ressaltando que foi encontrado maiores taxas de ICS em grandes hospitais de ensino (mais de 500 leitos). 
Cateteres em veia jugular, apesar de menor risco de complicações com a inserção, concorrem para a maior probabilidade de desenvolver infecção. Já em relação as crianças, o sítio mais utilizados para inserção dos cateteres foi a veia jugular interna, seguida pela veia subclávia. Os cateteres centrais podem ser inseridos perifericamente, por punção das veias cefálica ou basílica, uma vez que, favorecidos pela menor colonização, oleosidade e umidade da fossa ante cubital, proporcionam facilidade na manutenção, e maior tempo de permanência e apresentam menor taxa de infecção do que os centrais não implantáveis.Essas vias podem ser opção para o procedimento, inclusive pela alta probabilidade de contaminação do cateter inserido nas veias subclávia e jugular, pela drenagem de secreção respiratória encontrada em pacientes com tubo orotraqueal e traqueostomias que, nesse estudo, representaram importantes fatores de risco para infecção. Quanto à escolha do tipo de cateter em relação ao número de lúmen, deverá ser avaliada a necessidade e ou/gravidade do paciente, quantidade de medicações e suporte nutricional. Referências apontam que cada lúmen aumenta a manipulação em 15 a 20 vezes por dia. Estudo randomizado em pacientes com cateteres na veia subclávia, por mais de uma semana, encontrou incidência de 2,6% de infecção da corrente sanguínea para os de mono lúmen, contra 13,1% nos de triplo lúmen. No entanto, os pacientes mais graves são aqueles, geralmente, que estão internados nas UTIs, usam mais frequentemente cateteres multilúmen e são os que apresentam maior risco de infecção. 
Os germes gram-positivos como Staphylococcus aureus e Staphylococcus coagulasenegativos são os mais freqüentemente envolvidos em infecções do acesso vascular, principalmente em pacientes imunocomprometidos e com cateterização prolongada. Candida spp tem se mostrado patógeno importante e emergente nos últimos anos, aumentando a sua participação nas infecções da corrente sangüínea. Embora não ser um ponto significativo do estudo, os problemas econômicos enfrentados por hospitais certamente contribuem para maior exposição dos pacientes ao risco de infecção.
CONCLUSÃO
Conclui-se que a septicemia no Brasil é preocupante e um problema de saúde publica a ser enfrentando imediatamente, visto que, apesar do grande conhecimento da ciência acerca da fisiopatologia, a sepse ainda permanece sendo um grande desafio e de difícil manejo clínico, levando ao aumento do número de óbitos. Percebe-se uma grande dificuldade em seu reconhecimento precoce, assim como em seu diagnóstico, devido seus sinais e sintomas serem semelhantes a outras patologias.
Podemos identificar que um reconhecimento rápido e tratamento precoce, pode trazer benefícios e diminuição do índice de mortalidade no Brasil. Sendo necessário aprimoramento dos profissionais envolvidos no processo, instalação de protocolos de Bundles adequados para identificação e tratamento, assim como mostrar para todos profissionais envolvidos a importância de tal ação. 
O cenário é ainda mais preocupante em pacientes internados em unidade de terapia intensiva, visto que, a probabilidade de adquirir infecção da corrente sanguínea aumenta em pacientes que fazem uso prolongado de CVC. 
Diante desse quadro, podemos destacar a suma importância a atuação do enfermeiro para realizar intervenções de enfermagem para controle de sepse, reduzindo a morbidade e a mortalidade, bem como melhorar o prognóstico da sepse.
REFERÊNCIAS
ATZINGEN, Marisa Dias Von. Prevenção de Infecção da Corrente Sanguínea Associada à Cateter Venoso Central. Governo do estado do Mato Grosso do Sul, 2016. Disponível em: <http://www.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/2016/12/Bundle-Infeccao-Corrente-Sanguinea.pdf >. Acesso em: 07 de Setembro de 2020.
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