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RESUMO - TEORIA DA CONSTITUIÇÃO - 1ª PROVA

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Unidade I: Introdução à Teoria da Constituição - Breno Tito de Freitas 
1.1 – Conceito, objeto e significado da Teoria da Constituição 
Teoria da Constituição entre as disciplinas jurídico-constitucionais 
Direito Constitucional: 
>Positivo ou Particular 
>Comparado 
>Direito Constitucional ou Teoria da Constituição 
DIREITO CONSTITUCIONAL POSITIVO PARTICULAR: 
“É o que tem por objeto de estudo os princípios e normas de uma constituição concreta, de um Estado determinado” (José 
Afonso da Silva) 
Ou seja, pega a constituição e estuda o texto. Realiza o estudo de uma determinada constituição de um país “x”. 
DIREITO CONSTITUCIONAL COMPARADO: 
“É aquele cuja missão é o estudo teórico das normas jurídico-constitucionais positivas (mas não necessariamente vigentes)
 de vários Estados, preocupando-se em destacar as singularidades e os contrastes entre eles ou entre grupos deles.” 
-Ou seja, pega duas ou mais constituições e faz comparações (semelhanças e diferenças) entre estas constituições, sem bus
car quaisquer explicações. Não precisam estar em vigor. 
(Manuel Garcia-Pelayo) 
DIREITO CONSTITUCIONAL OU TEORIA DA CONSTITUIÇÃO (surge em 1928): 
(Manoel Garcia-Pelayo) 
“É aquela disciplina que delineia uma série de princípios, de conceitos e de instituições, que se acham em vários direitos po
sitivos ou em grupos deles, para classifica-los e sistematiza-los numa visão unitária.” 
(Afonso Arings) 
“É uma ciência que visa generalizar os princípios teóricos do Direito Constitucional Particular e, ao mesmo tempo, constatar
 pontos de contato e interdependência no Direito Constitucional Positivo dos vários Estados que adotam formas semelhant
es de governo.” 
1.2 CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES: 
a) José Afonso Silva: 
-Quanto ao conteúdo: 
Materiais e Formais 
-Quanto à forma: 
Escritas e não-escritas 
-Quanto ao modo de elaboração: 
Dogmáticas e históricas 
-Quanto à origem: 
Promulgadas e outorgadas 
-Quanto à estabilidade: 
Rígidas, semirrígidas ou semiflexíveis e flexíveis 
OBS.: Nenhuma das 5 formas é a mais certa ou errada. São formas diferentes de ver o mesmo fenômeno. 
QUANTO AO CONTEÚDO – MATERIAL E FORMAL: 
1787 – EUA 
Primeira constituição no sentido moderno, porque trata da organização do Estado e de direitos e garantias fundamentais. 
MATERIAL: 
O que é materialmente constitucional: 
Organização do Estado e/ou Direitos e Garantias Fundamentais. 
Apesar dos dois temas serem tipicamente constitucionais, os mesmos, por si só, não terão a capacidade (em quase todos o
s casos) para determinar o que terá status constitucional, no instante em que, em uma constituição escrita, podem entrar a
ssuntos estranhos a estes temas, bem como ficarem de fora assuntos pertinentes. 
EX.: 
art. 242, § 2º CF: O Colégio Pedro II, localizado na cidade de Rio de Janeiro, será mantido na órbita Federal. 
Todos os critérios são antagônicos (opostos), entretanto, não existe este antagonismo entre o material e o formal. Como es
te não está tratando do material, usa-se o formal. 
FORMAL: 
O que estiver dentro do arcabouço jurídico formal constitucional terá status constitucional, independente do conteúdo. 
Assim, o que está dentro da Constituição tem status constitucional, o que não está não tem. 
O erro é dizer que é possível chegar ao formal por meio do conteúdo. 
QUANTO À FORMA – ESCRITA E NÃO-ESCRITA: 
O único país no mundo que a constituição é não escrita é o Reino Unido (Grã-Bretanha). Todos os outros são escritos. 
Common Law (anglo-saxônico) > nasceu na Grã-Bretanha. 
Fonte principal – Costumes, tradição. 
Civil Law (Romano-Germânico) > nasceu no Império Romano. 
Fonte principal – lei escrita. 
A Grã-Bretanha: não deixa de ter leis escritas, mas não corresponde à sua fonte principal. 
Assim, na escrita há um único arcabouço jurídico formal. 
Na não escrita existem várias fontes, fontes esparsas (doutrinas, leis, etc.) 
Todo uso e costume, a jurisprudência terá natureza constitucional. 
Assim, na não-escrita não há critério formal. Só existe o material. 
QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO – DOGMÁTICAS E HISTÓRICAS: 
Toda constituição dogmática vai ser escrita (e vice-versa). 
Toda constituição histórica vai ser não escrita (e vice-versa). 
Não escrita: acúmulo de experiências ao longo dos séculos. 
Depois de um golpe ou revolução no Estado, na sequência nasce uma Constituição. 
QUANTO À ORIGEM – PROMULGADA E OUTORGADA: 
PROMULGADA: 
Oriunda de uma constituinte (ou seja, aceita pela sociedade). 
OUTORGADA: 
Imposta pelo governante. 
QUANTO À ESTABILIDADE – RÍGIDAS, SEMIRRÍGIDAS OU SEMIFLEXÍVEIS, FLEXÍVEIS: 
QUORUM: quantidade mínima obrigatória de membros presentes ou formalmente representados, para que uma assemblei
a possa deliberar e tomar decisões válidas. 
Maioria simples ou relativa: número inteiro imediatamente superior à metade do número de presentes. ½ + 1; 
Maioria absoluta: número inteiro imediatamente superior à metade do número de componentes. ½ + 1; 
Maioria qualificada: qualquer fração acima da absoluta. 
Se o Quorum for o mesmo para mudar a constituições e as normas infraconstitucionais, ela é flexível. 
Se o Quorum para mudar a constituição for mais difícil do que para as outras leis, é rígida. EX.: se a constituição for absolut
a e as outras forem simples ou relativas. 
Se em uma mesma constituição, parte dos artigos tem critério flexível e outros rígidos, ela é semirrígida ou semiflexível. 
(Alejandro Silva Bascuñan) 
“Essa diversidade de órbita entre o que é constitucional só na esfera formal e aquilo que o é em sentido substancial, logica
mente só se produz nas constituições escritas, desde que nas consuetudinárias unicamente a interpretação racional determ
ina quais as regras do sistema jurídico tem caráter constitucional.” 
Substancial: sentido material. 
Consuetudinária: baseada nos usos e costumes. 
 
b) Karl Loewenstein: 
Ontologia das constituições. 
ontos = ser 
Estuda a essência das constituições. 
3 Classificações das Constituições: 
-Normativas 
-Nominais 
-Semânticas 
Normativas: Constituição corresponde à realidade. 
Nominais: Constituição não corresponde à realidade. 
Semânticas: Constituição foi elaborada para atender aos interesses do governante. 
OBS.: NENHUMA Constituição, segundo o autor, é exclusivamente uma das 3. Tem pelo menos 2. 
1.3 Conceito material e formal de ‘Constituição’ 
(Hans Kelsen – Teoria Geral do Estado) 
Conceito material: 
“Por constituição em sentido material se entendem as normas referentes aos órgãos superiores e às relações dos súditos c
om o poder estatal.” 
Conceito formal: 
“Fala-se de Constituição em sentido formal quando se faz a distinção entre as leis ordinárias e aquelas outras que exigem c
ertos requisitos especiais para sua criação e reforma. Dentro do constitucionalismo formal, a diferença não é de conteúdo 
e sim se está ou não na constituição, nas dificuldades de sua modificação.” 
OBS.: para Kelsen, a Constituição só pode ser rígida. 
1.4 Introdução à compreensão constitucional 
(Luiz Roberto Barroso) 
A norma constitucional (Escrita) se distingue das infraconstitucionais por 4 motivos. São esses: 
1. Superioridade hierárquica; 
2. Natureza da linguagem; 
3. Conteúdo específico; 
4. Caráter político. 
1. Superioridade hierárquica: 
A Constituição é a norma hierarquicamente superior. 
Observação do professor: na prática, a supremacia constitucional só será garantida com a existência de um eficaz sistema d
e controle de constitucionalidade. 
2. Natureza da linguagem: 
As normas infraconstitucionais, em regra, tem uma linguagem mais direta, menos abstrata, mais objetiva. 
Ex.: matar alguém. (CP) 
Ao contrário, a norma constitucional tem uma linguagem mais abstrata. 
Observação do professor: não é uma amplitude interpretativa escancarada. Toda constituição moderna é um ideal de const
ituição. 
3. Conteúdo específico: 
a) Normas de conduta; 
b) Normas de organização; 
c) Normas programáticas.a) Normas de conduta 
Possuem estrutura dúplice. São dúplices pois tem uma estrutura de duas pontas. Uma relação de causa e consequência. 
b) Normas de organização: 
“Não se destinam à disciplinar o condutas de indivíduos ou grupos; tem um caráter instrumental e precedem, logicamente 
a incidência das demais” 
Tem uma dupla característica: cria as regras de elaboração das normas infraconstitucionais e de eventuais mudanças da co
nstituição. 
c) Normas programáticas: 
“Possuem disposições indicadoras de valores a serem preservados e de fins sociais a serem alcançados.” 
As normas pragmáticas indicam o fim a ser alcançado, sem, entretanto, apontar qual caminho deve ser perseguido. 
4. Caráter político: 
“São políticas quanto a sua origem, quanto ao seu objeto e quanto aos resultados de sua aplicação.” 
Origem: desde o século 18, desde um golpe ou uma revolução, tem-se uma nova constituição. Ou seja, o que dá origem à u
ma nova constituição é algo extremamente político. 
Objeto: cuida da gestão do Estado e relação do Estado com a sociedade (direitos e garantias fundamentais). Também é algo
 político. 
Resultados de sua aplicação (jurisdição constitucional): a aplicação da constituição no mundo é feita por meio da jurisdição 
constitucional. Quando o judiciário trata da constituição, há impacto político. 
1.5 Os paradigmas de Estado e o Constitucionalismo Moderno 
 
 
 
 
 
Consagração do Direito: reconhecimento formal de um direito na Constituição. 
O surgimento de uma nova geração de direitos não anula a geração anterior. No máximo dá uma nova roupagem à mesma. 
DIREITOS DE 1ª GERAÇÃO: 
Direitos individuais e políticos. São concernentes à pessoa, são próprios de cada um. Ex.: direito à vida, à liberdade, à propri
edade, etc. 
DIREITOS DE 2ª GERAÇÃO: 
Direitos sociais. Ex.: direito à habitação, saúde, educação, etc. 
Tenta diminuir as diferenças entre classes. Na própria utopia socialista, até mesmo acabar com as diferenças. 
DIREITOS DE 3ª GERAÇÃO: 
Direitos difusos. Ele não tem um único titular e muito menos um grupo que seja titular deste direito. Ele é da humanidade, 
vale para todos nós e inclusive para as gerações futuras. 
Sistema “checks and balances” (freios e contrapesos): 
Cada função fiscaliza a outra (tripartição de funções), para que um não queria suprir o outro. Há uma descentralização do p
oder e, portanto, menos chance de esmagar os outros. 
 
ESTADO SOCIAL 
ESTADO NEOLIBERAL 
ESTADO LIBERAL 
1ª GERAÇÃO 
ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO 
ESTADO SOCIALISTA 3ª GERAÇÃO 
2ª GERAÇÃO

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