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Folha n1-teoria

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Bases de dados 
Aspectos genéricos 
O formato típico de um ficheiro de uma base de dados é já nosso conhecido: Um conjunto de 
registos estruturados em campos. 
 
 
Na sua forma mais simples, um ficheiro de dados corresponde a um arquivo de fichas, em 
que cada ficha corresponde a um registo de uma entidade ( pessoa, organização, produto, etc.), 
e em que cada registo contém um determinado conjunto de campos de informação, 
correspondentes aos atributos da entidade em questão. 
 
No Excel, uma base de dados consiste numa tabela em que: 
- As colunas correspondem aos campos da base de dados; 
- As linhas correspondem aos registos da base de dados. 
Este género de programas, que operam com uma única tabela de cada vez, designam-se 
por sistemas de bases de dados Flat-file ou monotabela. 
Este tipo de base de dados pode ser suficiente para registar informação que possa ser 
estruturada numa única tabela: Uma lista de nomes, moradas e telefones; arquivo de livros de 
uma biblioteca, uma coleção de CD`s, etc. No entanto é limitativa e inadequada para 
estruturas de informação mais complexas. 
limitação: 
Numa estrutura mais complexa podemos ter redundância de informação ( repetição, 
“desnecessária”, de informação ). 
Numa base de dados situações como esta resolvem-se através da definição de 
várias tabelas: 
O relacionamento é 
estabelecido a partir dos 
campos comuns. 
Em termos genéricos um SGBD ( sistema de gestão de bases de dados ) é uma colecção de 
ficheiros de dados inter-relacionados e um conjunto de programas ou rotinas que permitem aos 
utilizadores o acesso à informação assim armazenada, bem como à sua alteração quando 
necessário. 
Os três diferentes níveis de arquitectura de um SGBD 
Um SGBD tem, associadas à sua estrutura, as seguintes linguagens: 
• - Linguagem de Definição de Dados ( LDD ou DDL )- Permite efectuar operações de 
definição e alteração da estrutura de uma base de dados (exemplos: criação de uma nova 
base de dados; criação de um novo ficheiro ou tabela; alteração da estrutura de campos de 
uma tabela, etc.) 
• - Linguagem de Manipulação de dados ( LMD ou DML )- Permite efectuar operações 
de manipulação de dados, sem alteração da estrutura da base de dados. ( exemplos: 
consultas ou pesquisas de dados; inserção de novos dados; alteração ou eliminação de 
dados existentes ). 
• Linguagem hospedeira ( Host Language ) – Permite efectuar o desenvolvimento de 
aplicações para tornar mais fácil ao utilizador final o trabalho com uma base de dados. 
Esquema e instância de uma base de dados: 
O esquema ( concepção ) de uma base de dados consiste no design ou estrutura lógica 
com que a base de dados é definida. 
Uma instância de uma base de dados refere-se aos dados concretos que a base de dados 
contém em cada momento. 
Modelos de bases de dados 
• Modelos baseados em objectos: 
• Os modelos baseados em objectos têm em comum o facto de procurarem representar a 
realidade através de objectos. O modelo que mais se destaca neste grupo é o modelo Entidade 
Relacionamento E-R. Este modelo procura criar uma simulação ou representação da realidade 
através dos conceitos de entidade e de relacionamento. 
• Exemplo: Uma base de dados representando os fornecedores de uma loja, as encomendas e 
os produtos. 
Entidades, atributos, valores e domínios: 
Relacionamento entre entidades 
 
Podemos ter várias situações consoante o número de entidades que estão envolvidas: 
Modelos de bases de dados 
• Modelos baseados em registos: 
• Os modelos baseados em registos têm em comum o facto de procurarem representar a 
realidade através de registos. Estes registos equivalem aos registos utilizados em 
programação. 
• Dentro deste agrupamento de modelos de bases de dados incluem-se tradicionalmente três 
modelos: 
• - Modelo hierárquico; 
• - Modelo em rede; 
• - Modelo relacional. 
• O modelo que mais se destaca é o modelo relacional, pois é o modelo mais difundido sendo o 
Microsoft Acess um SGBD do tipo relacional. 
• Ainda que a maioria dos SGBD actuais utilize o modelo relacional isso não inviabiliza que o 
modelo E-R não seja igualmente utilizado ao nível da primeira fase de concepção, pois o 
modelo E-R revela-se até bastante útil. 
Modelo relacional 
Os elementos fundamentais de uma base de dados relacional são as tabelas – em que a 
informação é estruturada em campos e registos. 
 
Propriedades das tabelas e regras para a sua construção: 
-A ordem pela qual se dispõem as colunas ( campos ou atributos ) da tabela ( relação ) pode ser 
alterada. 
-A ordem pela qual se dispõem as linhas ( registos ou tuplos ) da tabela pode ser alterada. 
Regras que uma tabela deve respeitar, segundo o modelo relacional, para que esteja 
correctamente constituída: 
1- Não pode haver duas colunas ( campos ou atributos ) com o mesmo nome; 
2- Não deve haver campos vazios: caso o valor de um campo seja desconhecido deve ser 
preenchido com com um valor nulo especial; 
3- O domínio de cada atributo deve ser constituído por valores atómicos; não é permitido incluir 
mais do que um valor em cada campo por registo; 
4- Cada linha da tabela representa uma entidade ou ocorrência única, por isso, não podem existir 
registos ( tuplos ) duplicados. 
Modelo relacional: conceito de chave de uma tabela 
A tabela está bem constituída segundo o modelo relacional. 
O problema que se coloca é o seguinte: Algum dos atributos 
ou campos da tabela permite-nos identificar de modo 
unívoco ( sem ambiguidades ) cada registo de uma tabela? 
A resposta é negativa pois em qualquer campo aparecem 
valores repetidos. 
Assim uma chave é atributo ou conjunto de atributos 
que permite identificar de modo único ou unívoco cada 
registo de uma tabela. 
Chave simples: chave constituída por um único atributo; 
Chave composta: chave constituída por mais do que um atributo. 
Solução: Todas as chaves possíveis de uma 
tabela ou entidade – simples ou 
compostas – são designadas chaves 
candidatas. 
Entre as chaves candidatas 
existentes uma delas será a mais 
indicada ou a escolhida para 
desempenhar o papel de chave- essa 
será designada por chave primária. 
Relacionamentos e chaves externas 
A característica essencial do modelo relacional é a de permitir estabelecer relacionamentos entre 
as tabelas. Esses relacionamentos são estabelecidos entre os campos que desempenham o papel 
de chaves primárias. 
Exemplo: Seja a seguinte base de dados representando os produtos e os fornecedores desses 
produto. Para poder saber, por exemplo, Quais os 
produtos fornecidos pelo fornecedor x 
teremos que estabelecer um relacionamento 
entre duas entidades ou tabelas de entidades: 
Enquanto Fornecedores e 
Produtos representam 
entidades e correspondem 
a tabelas de entidades, 
ForneceProdutos 
representa ocorrências de 
relacionamentos, 
corresponde portanto a 
uma tabela de 
relacionamento. 
Chave externa é um atributo que é chave primária de outra 
tabela e que vai aparecer como atributo de uma outra tabela. 
A integridade referencial impõe que um valor de uma chave externa tem obrigatoriamente 
de existir como elemento da chave primária da tabela relacionada com aquela chave externa.

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