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CURSO DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS DANIEL UINDISSON BOAVENTURA - 4º P ADM MARÍLIA RODRIGUES DA SILVA - 4º P CONT VITÓRIA MARINHEIRO DE OLIVEIRA - 3º P ADM PROJETO INTEGRADOR III GLOBALIZAÇÃO E OS IMPACTOS NA (E DA) COVID-19 ANÁPOLIS - GO NOVEMBRO,2020 DANIEL UINDISSON BOAVENTURA MARÍLIA RODRIGUES DA SILVA VITÓRIA MARINHEIRO DE OLIVEIRA GLOBALIZAÇÃO E OS IMPACTOS NA (E DA) COVID-19 Trabalho apresentado ao corpo docente do curso de Administração e Ciências Contábeis, para composição de nota na disciplina de Projeto Integrador III. Orientador: Prof. Álvaro Geraldo ANÁPOLIS-GO NOVEMBRO, 2020 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................4 2 GLOBALIZAÇÃO E IMPACTOS DA COVID-19..............................................5 3 CONCEITO DE GLOBALIZAÇÃO... .............................................................. 6 4 A ORIGEM DA GLOBALIZAÇÃO.........................................................................7 5 BENEFÍCIOS E DESVANTAGENS DA GLOBALIZAÇÃO..................................7 6 VANTAGENS DA GLOBALIZAÇÃO.....................................................................8 7 DESVANTAGENS DA GLOBALIZAÇÃO..............................................................8 8 A GLOBALIZAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM O MEIO EMPRESARIAL..........10 9 TENDÊNCIAS E PROJEÇÕES DA GLOBALIZAÇÃO.........................................12 10 ANÁLISE DE CENÁRIO........................................................................................13 11 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................19 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................20 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo, analisar a expansão do COVID-19 mediante viés geoeconômico, tendo como ponto de partida, a análise do avanço e intensificação do meio técnico-científico-informacional, o processo de globalização e a realidade do mundo presente mediante os impactos dessa guerra contra um inimigo invisível a olho nu. Interrogo o período da globalização a partir das iniquidades que foram promovidas em todo o mundo, com especial atenção para a periferia do sistema, e o seu ocaso com a chegada da pandemia do Covid-19. Teoricamente tomo a pandemia como um evento geográfico, porque ele é datado e geografado e podemos analisar sua escala de origem, de onde parte o vetor difusor, sua escala de impacto, onde o vetor se horizontaliza. Nesse período de transição para uma outra “globalização”, o Estado Globalizado e o Estado de Direito são constantemente confrontados. GLOBALIZAÇÃO E IMPACTOS DA COVID-19 A crise provocada pela covid-19 vem gerando um panorama de grande estresse para a população mundial. Hoje, empresas e nações estão descobrindo o quão vulneráveis são e questionando o que está por vir na globalização pós-pandemia. O processo de globalização sempre foi alvo de muitas análises mundo afora, principalmente no que diz respeito aos impactos positivos ou negativos que ela gera para a sociedade. Se, por um lado, ela é vista como uma solução para o desenvolvimento econômico e acesso a todas as facilidades do mundo moderno, por outro, são-lhe atribuídos os problemas climáticos e o estresse no dia a dia dos grandes centros urbanos. Mas, independentemente de qual seja o melhor posicionamento, o fato é que, após várias décadas no mercado, o modelo enfrenta uma crise sem precedentes. Seria este o fim da globalização? O covid-19 provocou o fechamento de fábricas mundo afora. Suspensões de atividades já estão interrompendo as cadeias de suprimentos globais. O primeiro setor atingido foi o de tecnologia, pois parte de seus insumos é produzida na China, primeiro epicentro da pandemia. Diante deste cenário, os segmentos, de modo geral, que estão sendo prejudicados: • montadoras; • fabricantes de tecidos; • varejistas; • turismo; • fabricantes de insumos hospitalares. O mundo parou na tentativa de combater a covid-19, mas a lição que fica não é que a globalização falhou e chegou ao fim, porém nos deixa evidente que o sistema é frágil. Isso porque, durante várias décadas os esforços se voltaram para que as empresas eliminassem redundância. A regra era produzir mais, utilizando cada vez menos, sempre nos limites que acompanhavam o fluxo de demandas. Porém, pouca folga torna o sistema mais frágil em tempos de crise, a margem de segurança é muito apertada caso ocorra algum desequilíbrio na cadeia de suprimentos. E é justamente esse problema que os gestores estão enfrentando agora. Ao pensar nas consequências da pandemia do covid-19, sobretudo seus efeitos a longo prazo, a conclusão é de que as empresas e os governos precisam encontrar novos caminhos para se protegerem. https://inteligencia.rockcontent.com/teoria-cisne-negro-coronavirus/ CONCEITO DE GLOBALIZAÇÃO Globalização é um dos termos mais empregados para descrever a atual conjuntura do sistema capitalista e sua consolidação mundial. Na prática, é vista como a total ou parcial integração entre diferentes localidades do planeta e maior instrumentalização proporcionada pelos sistemas de comunicação e transporte O conceito de globalização é dado por diferentes maneiras conforme os mais diversos autores em Geografia, Ciências Sociais, Economia, Filosofia e História que se pautaram em seu estudo. Em uma tentativa de síntese, podemos dizer que a globalização é entendida como a integração com maior intensidade das relações socioespaciais em escala mundial, instrumentalizada pela conexão entre as diferentes partes do globo terrestre. No entanto, esse conceito não se refere simplesmente a uma ocasião ou acontecimento, mas a um processo. A principal característica da globalização é o fato de ela estar em constante evolução e transformação, de modo que a integração mundial por ela gerada é cada vez maior ao longo do tempo. É um processo de integração social, econômica e cultural entre as diferentes regiões do planeta, permitindo em tese, uma maior integração entre as diferentes áreas do planeta. Há um século, por exemplo, a velocidade da comunicação entre diferentes partes do planeta até existia, porém era muito menos rápida e eficiente que a dos dias atuais, que, por sua vez, poderá ser considerada menos eficiente em comparação com as prováveis evoluções técnicas que ocorrerão nas próximas décadas. Podemos dizer, então, que o mundo se encontra cada dia mais globalizado. O avanço realizado nos sistemas de comunicação e transporte, responsável pelo avanço e consolidação da globalização atual, propiciou uma integração que aconteceu de tal forma que tornou comum a expressão “aldeia global”. O termo “aldeia” faz referência a algo pequeno, onde todas as coisas estão próximas umas das outras, o que remete à ideia de que a integração mundial no meio técnico-informacional tornou o planeta metaforicamente menor. A ORIGEM DA GLOBALIZAÇÃO Não existe total consenso sobre a origem do processo de globalização. O termo em si, só veio a ser elaborado a partir da década de 1980, tendo uma maior difusão após a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria. No entanto, são muitos os autores que defendem que a globalização tenha se iniciado a partir da expansão marítimo-comercial europeia, no final do século XV e início do século XVI, momento no qual o sistema capitalista iniciou sua expansão pelo mundo. De toda forma, ela foi gradativamente apresentando evoluções, recebendo incrementos substanciais com as transformações tecnológicasproporcionadas pelas três revoluções industriais. Cabendo um destaque especial para a última delas, também chamada de Revolução Técnico-Científica-Informacional, iniciada a partir de meados do século XX e que ainda se encontra em fase de ocorrência. Nesse processo, intensificaram- se os avanços técnicos no contexto dos sistemas de informação, destacando a difusão dos aparelhos eletrônicos e da internet, além de uma maior evolução nos meios de transporte. Portanto, podemos considerar que, se a globalização iniciou-se há cerca de cinco séculos aproximadamente, ela consolidou-se de forma mais elaborada e desenvolvida ao longo dos últimos 50 anos, a partir da segunda metade do século XX em diante. BENEFICIOS E DESVANTAGENS DA GLOBALIZAÇÃO O processo de Globalização encontra-se, a cada dia mais avançado, intensificando-se e difundindo-se por todo o mundo. Tal fenômeno representa a integração, em nível mundial, das diferentes localidades através dos avanços promovidos no campo das comunicações e nos transportes, proporcionando uma relação global em níveis econômicos, culturais, políticos e, consequentemente, sociais. Existem, dessa forma, muitos daqueles que admiram e consideram importante o fenômeno de mundialização das sociedades, havendo, por outro lado, aqueles críticos que a consideram prejudicial. Fala-se, portanto, da existência de vantagens e desvantagens da Globalização, embora a definição do que seria cada um desses “lados” dependa de quem promove a sua análise. Em um esforço de síntese das várias conclusões já realizadas, destacaremos, então, as principais vantagens e desvantagens da globalização respectivamente. Vale esclarecer, contudo, que essa análise não é um consenso geral, podendo haver discordâncias sobre qualquer um dos elementos apresentados. https://brasilescola.uol.com.br/geografia/guerra-fria.htm https://brasilescola.uol.com.br/geografia/processos-globa.htm VANTAGENS DA GLOBALIZAÇÃO Entre as vantagens da Globalização, a primeira e mais óbvia de todas é a diminuição das distâncias e do tempo, assinalando um fenômeno que David Harvey chamou de “compressão espaço-tempo”. Isso ocorreu devido aos avanços tecnológicos no campo da comunicação e dos meios de transporte, que estão cada vez mais rápidos e eficientes, fruto principalmente da Revolução Técnico-Científica-Informacional. Tal configuração permitiu a difusão de notícias e conhecimentos de forma mais rápida, transpondo barreiras físicas e políticas em todo o mundo. Outro aspecto que pode ser considerado positivo é a redução do preço médio dos produtos, embora essa não seja uma característica constante. Através da maior integração na política mundial, entre outros elementos (como a formação dos Blocos Econômicos), muitos produtos tornaram-se mais baratos e também mais abundantes, sendo largamente difundidos em todo o planeta. Em muitos casos, produtos industrializados têm seus processos produtivos descentralizados em várias partes do mundo, o que contribui para a diminuição dos custos. Os avanços no campo científico e do conhecimento, também são notórios. Atualmente, por exemplo, se há uma nova descoberta realizada em algum país no campo da medicina, o restante do mundo passar a ter conhecimento dessa novidade quase em tempo real. Informações diversas sobre dados econômicos, políticos e sociais também se dispersam rapidamente, o que contribui para o avanço de muitas áreas do saber. Não por acaso, o sociólogo espanhol Manuel Castells afirma que estamos vivendo na “sociedade do conhecimento”. No campo financeiro, também apresenta aquilo que podemos considerar como vantagens. Destacando-se, nesse ínterim, os investimentos mais facilitados e que podem difundir-se por todo o globo; a maior disponibilidade de meios para gerir empresas e governos; a possibilidade de maiores e mais amplos tipos de financiamentos de dívidas fiscais; a integração do sistema bancário mundial, entre outros aspectos. DESVANTAGENS DA GLOBALIZAÇÃO Entre as desvantagens da Globalização, é preciso lembrar que, muitas delas, são creditadas não somente a esse processo em si, mas também, e principalmente ao sistema capitalista, ao qual a globalização está intrinsecamente ligada. Na verdade, para o mundo, ela é apenas a mundialização do sistema capitalista e a difusão de valores dominantes para toda a sociedade global, concepção esta, que fundamenta boa parte das críticas promovidas. A primeira grande desvantagem do processo de globalização, na visão de críticos, é a forma desigual com que ela se expande, beneficiando, quase sempre, as localidades economicamente mais desenvolvidas e chegando “atrasada” ou de forma “incompleta” a outras regiões, tornando-as dependentes economicamente. Outra desvantagem, também referente à desigualdade, está no ritmo e no direcionamento dos fluxos de informações. Algumas regiões, principalmente aquelas pertencentes a países desenvolvidos, conseguem expandir mais facilmente seus valores e suas informações, algo que não ocorre com regiões mais periféricas. Assim, por exemplo, as culturas, francesa, americana ou inglesa são facilmente reconhecidas em todo o planeta, já outras culturas são marginalizadas ou até relegadas ao ostracismo, porque seus locais de origem não conseguem transmiti-las pelos meios de expansão da globalização. No campo econômico, novamente a questão da desigualdade emerge como cerne das críticas direcionadas à globalização. A expansão das empresas multinacionais – apesar de conseguir diminuir os preços – são um duro golpe à livre concorrência, haja vista que poucas instituições passam a controlar boa parte do mercado mundial. Além disso, o deslocamento das fábricas permite a aquisição de matérias-primas mais baratas e o emprego de mão de obra mais em conta, reduzindo os salários e contribuindo para a desregulamentação progressiva das leis trabalhistas. A Globalização também apresenta desvantagens no campo financeiro, principalmente na forma com que ela consegue disseminar, rapidamente, crises econômicas especulativas. A crise imobiliária dos Estados Unidos de 2008, por exemplo, foi rapidamente sentida na Europa e, por extensão, em várias outras partes do mundo, provocando um colapso total dos sistemas de especulação em todo o planeta, ampliando taxas de desemprego e de dívidas públicas. Por fim, cita-se também como desvantagem da globalização a questão ambiental, pois o ritmo consumista cada vez mais intenso que se estabeleceu no mundo, contribuiu para uma maior exploração dos recursos naturais, além de uma progressiva aceleração do processo de poluição do ar, das águas e dos meios produtivos, como o solo. O aquecimento global ou a devastação de florestas são argumentos constantes quanto a esse fator. Atualmente, existem muitos movimentos antiglobalização que centram suas críticas a essas desvantagens apresentadas e também a outros aspectos, como o protecionismo comercial e o imperialismo político-econômico dos países desenvolvidos. Entre esses movimentos e organizações, cabe destaque ao Occupy Wall Street e ao Fórum Social Mundial. https://brasilescola.uol.com.br/geografia/movimentos-antiglobalizacao.htm https://brasilescola.uol.com.br/geografia/forum-social-mundial.htm https://brasilescola.uol.com.br/geografia/forum-social-mundial.htm A GLOBALIZAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM O MEIO EMPRESARIAL A importância da globalização mundo afora aumenta significativamente, para as empresas brasileiras, essa tendência possui várias vantagens, tanto para as organizações, quanto para seus stakeholders (pessoas ou grupos que têm interesse pela empresa). Contudo, muitos empresários e gestores brasileiros não vislumbraram, ainda, os inúmeros benefícios advindos de tal oportunidade. O gestor deve sempre estar atento a essas mudanças e tendências, pois sua empresa está inserida em uma competitividadeglobal, esse é uns dos impactos da globalização. Todas as fortes tendências influenciam poderosamente as organizações e seu estilo de administrar as pessoas." O mundo globalizado é realidade, junto com este acontecimento veio à concorrência nas vendas, nos serviços, por colaboradores, fazendo que as empresas se preocupem mais com as pessoas. Um dos desafios deste tipo de gestão é reter, é desenvolver profissionais com competência e qualidade para trabalhar na empresa. A globalização trouxe avanços na tecnologia, um grande número de informações, a famosa era do conhecimento, ênfase em clientes, produtividade em grande quantidade e com qualidade, tudo isso só é possível ser feito por causa da existência do homem, que é o protagonista da organização. Algumas das características marcantes do processo de globalização são a "grande circulação de capitais em nível mundial; grande quantidade de investimento diretos, originários dos países desenvolvidos e a consequente abertura das economias nacionais". A exemplo dos fluxos comerciais intrazonas do Mercosul, as relações oriundas desse processo, por um lado são contínuas e céleres, por outro, os conflitos emergidos dessas relações devem igualmente ser tratados de forma breve, constante, mas, sobretudo, econômica. Célere, porque "a ansiedade e a pressão por um resultado rápido e imediato é elemento constante, e fator decisivo e prioritário nas questões empresariais". Contínua, pois, na medida em que as relações comerciais vão se expandindo, é notável o aparecimento de controvérsias acerca dos contratos empresariais e as relações consumistas, tanto que a atuação de árbitros ou mediadores é constante na intenção de pacificar e facilitar as interações. No contexto, atual de grandes e velozes mudanças, com cenários internos e externos cada vez mais inconstantes, a conflitualidade é cada vez mais presente, necessitando de urgente intervenção de mediadores. A arbitragem e a mediação, nesse contexto empresarial globalizado, tomam importante função integrativa e restaurativa, pois nos elos comerciais, rotineiramente, os empresários, ao defenderem suas posições em meio a controvérsias, expõe aspectos subjetivos que emergem no conflito em questão. Entre esses aspectos, está sua perspectiva particular a respeito da lide, influenciada por sentimentos e emoções que não são objetivamente transcritos em contratos ou acordos comerciais, merecendo a mesma atenção que a negociação econômica costuma se valer. A questão econômica, por sua vez, avança sempre, quer seja de forma positiva quer de forma negativa. "Por isso, eventuais descumprimentos contratuais ocorrem por força de não atenderem ao dinamismo exigido pela economia a que estão intrinsicamente ligados". As relações comerciais visam o fortalecimento econômico, produtivo e tecnológico das empresas. A intervenção de um terceiro facilitador para o estabelecimento de um diálogo entre duas ou mais nações, parte da premissa da administração do conflito por intermédio do pressuposto óbvio de que não há como modificar o passado, mas sim o presente, a partir do advento da controvérsia. A dinâmica das relações comerciais é pautada na cadeia produtiva do setor em que a empresa irá atuar. Sendo assim, essas empresas precisarão de "produtos e serviços para seus processos internos ou para revender ao consumidor final, e assim acontece o Business to Business, ou seja, a venda direta entre empresas". O Business to Business apresenta algumas características próprias, diferentes da venda entre empresas e consumidores finais como: relacionamento mais formal, existência de um comprador profissional e a possibilidade de especialização para atender um nicho específico. Negociar com outras empresas pode ser mais vantajoso para o planejamento financeiro do negócio, pois é possível fazer contratos de longo prazo. À medida que os direitos patrimoniais disponíveis são acordados por meio da arbitragem, para a satisfação das partes em termos financeiros, também serão preservados os laços pessoais subjetivos, condizentes à confiabilidade, urbanidade, pacificação e cordialidade, logo que se lançar mão da mediação como método de resolução de conflitos complementar à arbitragem. Desta forma, tem-se que esses instrumentos não são mutuamente excludentes, mas sim consolidam os resultados um do outro. E ainda, dentro desse universo contíguo, destaca-se a influência íntima de resistência pessoal em não ser derrotado frente a um polo oposto ao seu, isto é, cria-se uma postura ofensiva, que oculta um temor subjacente em sair com o "status" de perdedor, proveniente da tradicional cultura judicializadora e condenatória da atividade jurisdicional. Assim, sempre que possível, recomenda-se a associação desses métodos, afim de que a solução do conflito não se dê apenas parcial ou superficialmente, através de flutuantes acordos meramente formais e valor ativos, mas que alcancem a gênese da controvérsia e contemplem todos os aspectos humanos envolvidos, por vezes não aparentes, e que, implicitamente, são os responsáveis por fundamentar e patrocinar interesses de ordem prática e objetiva externados pelo fator econômico. TENDÊNCIAS E PROJEÇÕES DA GLOBALIZAÇÃO Com as novas gerações na liderança, é provável que a nova economia mundial siga tecnologias como inteligência artificial, Internet das Coisas e todas as hiper tecnologias que fazem parte da Quarta Revolução Industrial, mas deficiências do modelo "tradicional" de globalização, como a alta concentração da produção em um pequeno número de países, o consumo desordenado e as crescentes ameaças ambientais também precisão ser abordadas. Agora, a tecnologia está dando a chance de colocar pequenas cidades também como protagonistas, pois às vezes é mais fácil implementar políticas públicas em cidades menores. E mais, em realidades menos complexas, novas soluções podem ser mais eficazes no que diz respeito à resiliência. A pandemia do covid-19 acabou sendo o catalisador que faltava para imprimir essa velocidade que faltava às mudanças. Bem- vindo ao novo e superdinamico "NORMAL”. Para nós, está bem claro que a crise causada pela pandemia provocará uma profunda reestruturação econômica, social e organizacional. Hoje, as empresas estão preocupadas com sua sobrevivência imediata. É o instinto de sobrevivência falando mais alto. E isto vale para todas as espécies vivas, e claro, para as empresas também. Mas as que vencerão no pós-crise (toda crise passa!) serão as que, mesmo voando dentro de nuvens, sem instrumentos, pensam no mundo que virá depois. Como será este novo mundo e que papel desempenharei nele? Da mesma forma que classificamos o ambiente de negócios em uma era antes e depois da Internet, que gerou muitos negócios e empresas, que já estão valendo na casa do trilhão de dólares, o que era impensável há duas décadas atrás, agora devemos ter em mente que o Covid-19 vai provocar esta mesma situação: teremos a era antes e depois da pandemia. O “new business as usual” pós- pandemia será bem diferente do de antes. A eclosão da pandemia e a paralisação da economia foi uma ação sem precedentes. Tivemos pandemias anteriores, mas a economia global nunca foi desligada nesta escala. O grande desafio é que podemos paralisar a economia de forma fácil, através de decretos e portarias. Mas ela não é religada por portaria. Em resumo, desligar é fácil, religar não! A retomada econômica é uma incerteza, pois nunca passamos por desligar o planeta como fizemos dessa vez. Alguns países e setores poderão ser reativados mais rapidamente que outros. Por outro lado, alguns setores não têm demanda reprimida e, portanto, o máximo que poderão chegar em determinado tempo é atingir a sua antiga capacidade de produção. ANÁLISE DE CENÁRIO 1- Podemos afirmar (principalmente em relação a globalização)que este processo contribuiu para a disseminação do coronavírus, levando a pandemia que estamos vivendo no momento atual? Sim. Dentro de um cenário globalizado, o mundo dos negócios praticamente perdeu as suas fronteiras geográficas, ou seja, uma empresa pode comprar e vender em qualquer parte do planeta, o rápido fluxo internacional de capitais, informações, produtos e serviços, comunicação e pessoas, o que gerou inúmeras viagens internacionais para tratativas de contratos, parcerias, negociações, turismo. Isto tornou a disseminação do vírus inevitável mundo afora. 2- No cenário econômico atual (no Brasil e no mundo), quais são os impactos desta crise para o ambiente de negócios (setor privado) nacional e internacional? Estamos frente a mais uma crise econômica global, talvez a pior de toda a história, considerando que 60% da produtividade global depende do comércio internacional. O que não vemos são as formas infinitamente complexas pelas quais as estruturas produtivas dependem de mercados que funcionem sem problemas e que podem vir a enfrentar profundas perturbações. Restaurantes, bares, shows, eventos esportivos, todo o setor de entretenimento e turismo foram sendo diretamente atingidos com o avanço da doença. De toda forma, cadeias de suprimentos foram interrompidas, remessas de alimentos, remédios, produtos acabados e matérias primas ainda aguardam por tempo indeterminado nos portos ou mesmo nos depósitos das fábricas para serem despachados. O mundo literalmente parou. 3- Como neste cenário, o profissional da área de gestão, poderia fazer para minimizar estes impactos, tanto por parte do estado (governo) como do setor privado, principalmente o setor industrial? As respostas governamentais à crise, tem sido desde a oferta de subsídios e empréstimos a juros baixos às empresas, até a tomada de participações acionárias e o apoio direto às indústrias, medidas nas áreas de tributação, política monetária, financiamento e legislação trabalhista para ajudar as empresas a resistirem à queda da atividade econômica causada pela pandemia. Já no setor privado, os gestores tem tentado garantir o suprimento de itens primordiais para a contenção da crise, fazendo a disponibilização de logística para entregar itens básicos aos locais mais afetados, usando plantas fabris para a reconversão de linhas de produção e fabricação de kit´s preventivos, ou até mesmo pela doação de insumos e equipamentos de proteção necessárias às equipes de saúde e coordenação de uma rede nacional de reparos a respiradores mecânicos. 4- Como no cenário atual, a ciência da administração pode (ou poderia) contribuir para minimizar os danos econômicos e principalmente, salvar vidas? • Estabelecer equipes de tomada de decisões de emergência; • Avaliar os riscos e esclarecer mecanismos de resposta a emergências, planos e divisão de trabalho; • Estabelecer um mecanismo positivo de comunicação de informações para funcionários, clientes e fornecedores, e criar documentos de comunicação padronizados; • Manter o bem-estar físico e mental dos funcionários e analisar a natureza de diferentes negócios e trabalhos para assegurar a adequada retomada desses trabalhos; • Foco em planos de resposta a riscos da cadeia logística de suprimentos; • Desenvolver soluções para riscos de conformidade e manutenção de relacionamento com clientes decorrentes da inabilidade de retomar a produção em curto prazo; • Prática de responsabilidade social e gerenciamento de partes interessadas e incorporação de estratégias de desenvolvimento sustentável às tomadas de decisão; • Criar um plano de gestão de dados dos profissionais, garantindo segurança e confidencialidade de informações; • considerar ajustes em seus orçamentos e planos de implantação, planejamento de fluxo de caixa e mecanismos de notificação prévia para comércio internacional; • Melhoria dos mecanismos de gestão de risco. CONSIDERAÇÕES FINAIS A crise que abala o mundo é a mais recente manifestação de um processo em que o poder dos governos, o papel das empresas, o destino dos empregados e as culturas nacionais foram transformados através da globalização pela integração econômica e tecnológica. Com o avanço das comunicações e a liberdade de fluxos de capitais, movimentação de derivativos, contratos que surgiram com o objetivo para aumentar a segurança de outros investimentos, há décadas eram insignificantes, e hoje têm razões suficientes para transformar todo planeta em questão de segundos, reagindo a boas e más notícias. A globalização não beneficia a todos de maneira uniforme. Uns ganham muitos, outros ganham menos, outros perdem. Na prática exige menores custos de produção e maior tecnologia. O problema não é só individual, é um drama nacional dos países mais pobres, que perdem com a desvalorização e atraso tecnológico. Ao analisarmos essas forças em conjunto com a pandemia do corona vírus, verificamos quanto elas têm mudado as sociedades, as indústrias e as empresas do setor de serviços, afetando departamentos e funções, processos administrativos, posturas, produtos, emprego e desemprego e a própria permanência das empresas no mercado. Essas forças estão impulsionando as empresas a se reinventarem para um novo mundo pós pandemia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Civilização na encruzilhada: Globalização perversa, desigualdades socioespaciais e pandemia. Disponível em https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/tamoios/article/view/50742. Acesso em: 25 outubro 2020. Sistema-mundo e as contradições dos fluxos de mercadorias e pessoas em meio à globalização contemporânea: O caso do BREXIT Disponível em https://www.revistageopolitica.com.br/index.php/revistageopolitica/article/view/298 Acesso em: 25 outubro 2020. Brasil e o mundo diante da Covid-19 e da crise econômica. Disponível em https://www.ufpr.br/portalufpr/wp-content/uploads/2020/07/Brasil-e-o-mundo-diante- da-Covid-19-e-da-crise-economica.pdf Acesso em: 25 outubro 2020. Coronavírus, globalização e as perspectivas econômicas. Disponível em https://domtotal.com/noticia/1427902/2020/03/coronavirus-globalizacao-e-as- perspectivas-economicas/ Acesso em: 27 outubro 2020. Ações da indústria para ajudar no combate ao coronavírus. Disponível em https://www.vidaeacao.com.br/acoes-da-industria-para-ajudar-no-combate-ao- coronavirus/ Acesso em: 27 outubro 2020. 10 ações para empresas diante de uma pandemia Disponível em https://www2.deloitte.com/br/pt/pages/about-deloitte/articles/10-acoes-empresas- pandemia.html# Acesso em: 27 outubro 2020. Covid-19 e a importância da administração pública digital. Disponível em https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/a-importncia-da-psicologia-organizacional/ Acesso em: 27 outubro 2020.
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