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Semiologia de pequenos animais- exame fisico geral

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Semiologia de pequenos animais
Conceitos gerais 
Exame clínico geral / exame físico geral de todos os sistemas 
· Resenha 
· Anamnese – informações de interesse medico, passadas e atuais, é responsável por 50% do diagnóstico. Depende muito de tutor, e do médico veterinário. Saber filtrar quais as informações uteis, exigir a presença do tutor. Temos que ter noção que a anamnse é semelhante a pediatria humano, importância a troca de informçoes com o tutor. Ter cuidado com a omissão de informações do tutor, buscar informações que ele não fornece. Principal mentira – qual o tempo de evolução? Fundamental filtrar informações. Não intimidar o tutor, se ele que medicou, talvez fique receoso, evitar vocabulário técnico, linguagem informal. Variar o vocabulário para melhor entendimento. Não induzir o diagnóstico, começar a fazer perguntas focado num sistema, o tutor leva ao diagnóstico e deixa de prestar atenção em outros sistemas. 
Para uma ótima anamnese Ouvir atentamente o tutor, evitar aglomerações, fazer com tempo, não desvalorizar as informações, não deixar levar pelo o que o tutor esta pensando, não demostrar sentimentos para o tutor, não pode ficar triste, raiva, porque podei influenciar no que o proprietário ta te contando, saber fazer as perguntas, saber os conceitos sobre as enfermidades. 
Objetivos Estabelecer aspectos do exame físicos que merecem atenção, definir estratégia a ser seguida em cada paciente quanto aos exames complementares, escolher terapêuticos adequados. 
Começar por: Qual foi o objetivo da vinda ao veterinário e a queixa principal, utilizar as palavras usadas pelo tutor, nem sempre pode expressar o real problema que o animal tem.
História medica recente alterações recentes que o animal teve. Detalhar queixa principal. Perguntas que devemos fazer: Quando ocorreu? O que ocorreu? Já foi tratado? Qual tratamento? Melhorou? Quando tomou a ultima medicação? Como está agora? 
Temos que avaliar o comportamento dos órgãos, revisão dos sistemas as vezes esquecidos ou ignorados, reconhecer enfermidades que não estão relacionadas com a história recente. Comportamento dos órgãos: sistema digestório, sistema cardiorrespiratório, sistema geniturinário, sistema nervoso, sistema locomotor e pele e anexos. 
	Sistema digestório: O que come? Come bem? Bebe água normalmente? Está defecando? Como está fezes? Apresenta vômito? Qual aspecto do vomito? Horário que aparece? Tem relação com a ingestão de alimentos? Tem alimentos não digeridos? Sangue? 
	Sistema cardiorrespiratório: É ativo? Cansa-se com facilidade? Tosse? Seca ou produtiva? Qual a frequência? Piora a noite ou após o exercícios? Qual aspecto da expectoração (cor,odor,volume)? Elimina sangue pelas narinas? Observou edema ou inchaço em alguma parte do corpo (época que apareceu, evolução, região que predomina)? 
	Sistema geniturinário: Está urinando? Qual frequência? Qual a coloração? Qual o odor? Aparecem formigas no local que o animal urina? Aparentemente, sente dor quando urina (posição de micção, gemidos, emissão lenta e vagarosa)? O animal já pariu alguma vez? O parto foi normal? Ultimo cio? Percebeu alguma secreção vaginal ou peniana? Qual o comportamento sexual dos reprodutores? Apresentam exposição peniana prolongada? 
	Sistema nervoso: Apresentou mudanças de comportamento (agressividade)? Apresenta convulsões? Apresenta dificuldade para andar? Tem dificuldade para subir escadas? Anda em círculos? Apresenta tropeços ou quedas quando caminha? 
	Sistema locomotor: Está mancando? De que membro? Observou trauma? 
	Pele e anexos: Se coça? Muito ou pouco? O prurido é intenso? Chega se automutilar? Balança a cabeça? Está apresentando queda de pelos? 
	História medica pregressa: Avaliação geral da saúde do animal, antes da ocorrência da doença atual. Como era a saúde do animal antes da doença? Estado geral de saúde, doenças prévias, cirurgias previas, imunizações, vermifugações...
	História ambiental e manejo: Local onde vive, contato com alergenos, trauma, contato com outros animais, frequência de alimentação, frequência de banho. 
	Histórico familiar: consanguinidade, doenças congênitas, família já teve alguma doença assim? 
· Exame físico – Importância – impossibilidade de comunicação com o paciente, permite avaliar o estado de saúde atual do paciente, noção melhor do animal, avaliar outros sistemas. Nem sempre ele pode ser tão detalhado, animais em emergência não temos tempo hábil para ver todos os sistemas, animais não colaborativos bravos, irritados, fazer o historio antes de sedar, animais silvestres so sobre sedação. Avaliação: 
· Nível de consciência – Estímulos que provocamos, através da inspeção, depois classificamos – coma, apático, normal, excitado. Temos que considerar a espécie e seu comportamento e seu temperamento. 
· 
· Postura e locomoção – posição que o animal esta em estação, como esta o decúbito, como esta caminhando. 
- Postura de cão sentado/foca- sugerem alteração de coluna, fratura de pelve. 
- Postura de cavalete (animal com membros rígidos) tétano. 
- Postura de reza – dor abdominal, pancreatite. 
· Observar em repouso e em movimento
· Condição corporal – Estado nutricional – considera espécie e raça, caquético, magro, normal, sobrepeso e obeso. Avaliar por inspeção e palpação (animais peludos). 
- Magro por que? Nutrição inadequada, doença. 
- Obeso por que? Endógeno – distúrbio endócrino (hipotireoidismo); Exógeno – superalimentação ou alimentação mal orientada. 
· Avaliação geral da pele – Bom indicador de saúde física, tanto com relação ao estado nutricional quanto ao manejo a que esse animal é submetido. Podemos ter uma noção do grau de hidratação (prega cutânea); Fatores que interferem: espécie (gato com pele flácida) raça (sharpay com suas dobras) idade (animais idosos com pele mais flácida) condição corporal (animais magros, ficam mais lento para voltar ou obesos é difícil de fazer a prega); 
Observar o local que irá fazer a prega: o local ideal para fazer é num local com pele mais lisa, como dorso. 
· Formato abdominal 
· Características respiratórias – avaliação de parâmetros vitais – frequência cardíaca, respiratória, temperatura corporal – taquicardia, taquipnéia, febre.
Depende o porte, maior porte, menor parâmetro, menor porte maior parâmetro. 
Exame de mucosas – oculopalpebrais, nasal, bucal, vulvar, prepucial, anal. Iremos avaliar: coloração, TPC, aspecto. Conferir em mais de uma mucosa. 
 Coloração – qualidade e quantidade de sangue circulante (pálido – anemia), eficácia nas trocas gasosas (cianótico), existência ou não de hemoparasitas (petequeias), função hepática adequada (ictérico), da medula óssea e outros. Normal – rosa claro, úmida e brilhante. O neonato saudável tem uma mucosa mais pálida. Fêmea em cio possui uma mucosa mais hiperemica. 
- Tonalidades de coloração palidez – branco rosa até o porcelana. Congestão – vermelho discreto até o vermelho-tijolo. 
- A palidez no tecido pode nos trazer duas suspeitas hipoperfusão ou anemia, fazer o TPC e hematócrito. Com a palidez demais, talvez não há o contraste adequado. 
TPC Tempo de preenchimento capilar. Tempo elevado pode classificar uma desidratação ou vasoconstrição periférica, porém possui baixa sensibilidade é bem comum em animais com doenças graves possuir o TPC normal. 
Anemia palidez nas mucosas, intolerância ao exercício, taquicardia, aumento da intensidade de bulha cardíaca (hiperfonese) e apatia. 
- Investigação da anemia – o animal está sendo medicado? Qual medicação e dose? Alteração nas fezes? Coloração na urina? Vermifugação? 
Congestão Associado a processo inflamatório local ou sistêmico, podemos confirmar olhando outras mucosas e outros exames. Ela pode ser difuso (todo vermelho-intoxicação). Ramiforme (em ramos – comum em dispneia). 
Cianose coloração azulada em pele e mucosa. Causada pelo aumento de quantidade absoluta de hemoglobina não oxidada no sangue, indica algum problema da hematose, há alguma coisa errada nas trocas gasosas, que está acumulando Co2. Isso pode nos fazer pensar que pode ser uma alteração
no pulmão ou coração. Pode ser algum problema nas trocas gasosas ou no transporte de O2. Não esquecer de avaliar a anemia ou desidratação ou choque, a cianose pode estar causada pode estar sendo causada pela anemia, pela dificuldade no transporte de O2. Se o animal está desidratado, existe uma diminuição na perfusão tecidual nos tecidos periféricos que pode levar os tecidos ficarem azulados. O animal em choque pode ter uma perfusão cutânea extremamente baixa. Não esquecer de realizar um exame completo, não focar apenas no pulmão. Animais com hemorragia não é encontrado, isso acontece porque a hemoglobina também esta saindo junto.
Para que a alteração na coloração da mucosa seja percebida, o quadro patológico do animal deverá estar bem avançado, caso contrario, pouca ou nenhuma alteração será observada. 
	Icterícia – Retenção de bilirrubina nos tecidos, é importante diferenciar de outras alterações amarelas; Pode acontecer por doença hepática, alteração do sistema biliar ou afecções hemolíticas. 
Ciclo da bilirrubina: Cerca de 80% da bilirrubina produzida origina-se da degradação da hemoglobina a partir da remoção dos eritrócitos da circulação; Os 20% restantes são originados na medula pela eritropoese. Uma vez na circulação, a maior parte da bilirrubina liga-se à albumina, soltando se no sinusoide hepático, e transportada até o retículo endoplasmático liso, onde é conjugada ao ácido glicurônico, transformada em bilirrubina direta (BD), também denominada de conjugada. BD é eliminada pela bile, vai ao intestino e, no íleo e no cólon, é transformada em urobilinogênio. A maior parte do urobilinogênio formado é eliminada pelas fezes e o restante retorna para a circulação sistêmica, sendo grande parte eliminada pelos rins. Uma parte do urobilinogênio fecal volta ao fígado pela circulação êntero-hepática. 
Icterícia: Doenças hemolíticas – ocorre porque o fígado não consegue excretar ou conjugar toda hemoglobina que é formada (babesia). Lesões hepáticas, ocorre em doenças bacterianas ou por uso de substancias hepatoxicas. Obstrução dos ductos biliares: quando a bilirrubina ao invés de ser excretar, chega a corrente sanguínea por reabsorção. 
Corrimentos quantidade, aspecto, uni (trato respiratório superior) ou bilateral. Fluido, seroso, catarral, purulento, sanguinolento. 
Avaliação dos linfonodos: Ele faz parte do conjunto do sistema linfático. Todos tecidos possuem os canais linfoides. Um decimo do liquido intersticial voltar por meio de vias linfáticas. Importante para absorção de lipídeos e de nutrientes a partir do sistema gastrointestinal. Ainda também, pode servir como proteção contra bactérias. Linfonodos possuem formato de rim e fazem a filtração da linfa. Cada linfonodo participa dos processos patológicos da região que se encontram. Podendo ser sistêmicas ou regionais. 
- A avaliação pode ser feita por inspeção, palpação ou biopsia. Ver o tamanho, consistência, mobilidade, temperatura. Fazer bilateral. Importante saber a localização dos linfonodos. Em cães e gatos é possuem palpar: 
- Submandibular
- Pré-escapular se localiza na face lateral distal do pescoço ficam em uma fossa formada pelos músculos trapézio, branquiocefalico e omotranverso. Drenam pavilhão auricular, pescoço, os membros torácicos e o terço proximal do tórax. Podem ser segurados em forma de pinça. 
- Axilar 
- Inguinal Localizados caudo-lateral a mama 5 em cadelas, drenam porção caudal da cadeia mamária e membros pélvicos. 
- Poplíteo Localizado na origem do musculo gastrocnêmico, entre o musculo bíceps femoral e semitendineo, caudal a articulação femorotíbio-patelar. Drenam pele, músculos, tendões e articulações dos membros pélvicos. 
Avaliação é complicada, porque não possuímos um parâmetro, pois temos animais de diversos tamanhos, por isso fazemos avaliação bilateral. Animais jovens também os linfonodos tende a ser maior do que animal adulto, porque o animal jovem tem muito contato antigênico. O tamanho pode variar por conta do estado nutricional, obesos pode aparecer que sumiu em magro pode parecer que está aumentado. 
O aumento do linfonodo pode estar relacionado: 
Reação inflamatória de caráter defensivo, oriunda de processos inflamatórios, infecciosos e/ou neoplásicos, localizados ou disseminados. Essa hiperplasia é decorrente da absorção e da fagocitose de bactérias, toxinas e da produção de linfócitos e anticorpos que ocorre dentro do linfonodo. 
· Vasos – linfangites - aumento
· Linfonodos – adenite – aumento 
· Ambos – linfadenite – aumento 
Aumento exagerado pode comprimir estruturas vizinhas. Comparar tamanho com estruturas do diárias (caroço de azeitona, azeitona, limão, ovo de galinha) ou medir.
Sensibilidade 
· Processos inflamatórios/crônicos (normal) e/ou infecciosos agudos (sensibilidade aumentada) 
· Linfadenopatia reativa (dor) ou neoplásica (sem dor). Fazer por ultimo se há indicio de dor. 
Consistência 
· Geralmente firmes 
· Processos agudos geralmente não se alteram 
· Processos crônicos podem ser duros 
· Flutuante ou mole nas infecções.
Mobilidade 
· Possuem boa mobilidade 
· Pode alterar em infecções bacterianas agudas.
Temperatura 
· Mesma temperatura corporal 
· Quando aumentados, geralmente acompanhados de dor à palpação
Avaliação da temperatura corporal 
· Pouco invasivo, baixo custo e rápido
· Animais domésticos são homeotermos – sem variar a temperatura com o ambiente. 
· Peixes, répteis anfíbios podem variar com a temperatura ambiente.
Animal está em repouso, calor é gerado por fígado e o coração. No exercício, os músculos esqueléticos produzem cerca de 80% do calor corporal.
Geralmente relativa à infecção. Associar avaliação da temperatura à avaliação dos linfonodos, tentar ver se é localizada ou sistêmica. Dado extra do exame físico, não tratar como doença, determinar a causa da febre.
Avaliação manual 
· Dorso da mão 
· Preferência por regiões com pouco pelo 
· Abdômen – hipertermia – mais calor 
· Membros – hipotermia – menos calor 
· Há algumas falhas, pois nossa temperatura é maior que a deles, então pode ser que atrapalhe. No inverno, a temperatura pode aparecer maior ainda. 
Uso do termômetro 
· Contenção do paciente 
· Lubrificação 
· Desvio lateral, em direção à mucosa retal 
· Aferir em momentos distintos, principalmente se der alterado, esperar uns minutos e fazer de novo. 
· Reto, ouvido, vulva e prepúcio.
Fatores fisiológicos × temperatura corporal – que podem alterar a temperatura. 
· Variação nictemeral (circadiana) – em relação as horas do dia. 
· Temperatura interna decresce a partir da noite até o amanhecer, alcançando, pela manhã, a temperatura mínima, e chegando ao seu valor máximo à tarde. Os animais que são ativos durante a noite apresentam variação de temperatura inversa. 
· A variação entre as temperaturas matinais e vespertinas pode ser entre 0,5 e 1,5°C.
Ingestão de alimentos 
· Em virtude do aumento do metabolismo basal dos indivíduos (maior atividade das glândulas digestivas) e dos movimentos mastigatórios, a temperatura pode ser cerca de 1 a 9 décimos acima do normal após a ingestão de alimentos.
Idade 
· Quanto mais jovem o animal, mais elevada é a sua temperatura interna, em virtude do centro termorregulador não estar completamente desenvolvido e pelo elevado metabolismo que esses animais apresentam.
Sexo 
· Fêmeas no cio e em gestação apresentam temperatura mais elevada. 
Gestação 
· No terço final da gestação, pode ocorrer diminuição de até 0,5°C nas 24 a 48h antecedentes ao parto, acompanhada, posteriormente, de discreta elevação da temperatura durante a parturição, em virtude das contrações musculares e uterina.
Estado nutricional 
· Animais desnutridos tendem a apresentar temperatura discretamente menor, em virtude da diminuição do metabolismo basal.
Fatores fisiológicos × temperatura corporal 
· Mudanças de temperatura ambiente – não possuem pois são de sangue quente, mas pode ter uma alteração menos significativa. 
· Exercícios.
Glossário termométrico 
 Normotermia 
· Ocorre quando os valores da temperatura corporal do animal encontram-se dentro
dos limites estabelecidos para espécie.
 Hipertermia 
· Elevação da temperatura corporal, sem que haja, alteração no termostato hipotalâmico. Ocorre maior produção de calor, sem que haja aumento correspondente em sua perda.
 Hipertermia 
· Temperatura ambiente e umidade do ar elevadas, exercício, convulsões, desidratação, transporte sem ventilação adequada
· Hipertermia por retenção de calor -> quando o animal não consegue dissipar o calor, como em carro fechado. Quando chega no nível muito de umidade, ele não consegue mais. 
· Hipertermia de esforço -> exercícios 
· Hipertermia mista -> não consegue dissipar o calor e exercícios.
Hipertermia: Perda por evaporação, irradiação, condução ou convecção. 
Febre / pirexia:
· É a elevação da temperatura corporal acima de um ponto crítico, e ocorre em decorrência do aparecimento de algumas doenças. Indicador de doença.
· Pode ser benéfica, pois a temperatura corporal elevada estimula a formação de anticorpos e outras reações de defesa e impede, de certo modo, a multiplicação excessiva de alguns microrganismos. Mas, os efeitos são mais nocivos que benéficos, visto que, o aumento de velocidade de todos os processos metabólicos causa rápida depleção do glicogênio hepático e aumento da utilização da proteína endógena, como energia, acentuando a perda de peso, além de a sudorese agravar a perda de líquidos e de eletrólitos, resultando em desidratação e desequilíbrio eletrolítico graves.
 Séptica : Relacionada à processo infeccioso localizado ou sistêmico. Considerar alterações não infecciosas que podem causar febre, bem como doenças infecciosas que não cursam com febre.
 Asséptica :Causada por agentes físicos (queimaduras), mecânicos (traumas) ou químicos (vacinação, alergia, anafilaxia de origem medicamentosa). Incomum. 
 Neurogênica: Resultado de convulsões e contrações musculares (epilepsia, compressão do hipotálamo por neoplasias). O traumatismo da medula espinal, especialmente no nível de região cervical, produz febre de origem irregular, pelo fato de provavelmente afetar as vias sensitivas e efetoras do hipotálamo.
Febre: 
· É uma síndrome 
· Elevação da temperatura 
· Mucosas: congestão de mucosas (vasodilatação). Mucosas secas, sem brilho, em uma tentativa de reter água 
· Pele e focinhos: secos e sem brilho 
· Sistema circulatório: taquicardia. É possível ouvir sopros cardíacos funcionais em virtude da rápida passagem do sangue pelas válvulas 
· Sistema respiratório: taquipneia 
· Sistema digestório: defecação reduzida, desde que a causa da febre não tenha origem digestiva 
· Polidipsia compensatória 
· Sistema urinário: oligúria – retenção de liquido, menos urina. 
· Sistema nervoso: animal deprimido.
· Taquipnéia: Resposta do organismo com duplo objetivo: (1) perda de calor pela respiração e (2) oferta de maior volume de oxigênio às células e aos tecidos, agora mais necessitados, em virtude das combustões orgânicas e eliminação de CO2, pelo aumento do metabolismo.
· Quando a temperatura retal chega a 41°C, a dispneia é acentuada, acompanhada de convulsões e, posteriormente, coma. A morte pode ser observada em animais com temperatura variando entre 41,5 e 42,5°C.
Tipos: 
· Simples ou típica: Temperatura elevada variando pouco 
· Remitente: Permanece elevada na maior parte do dia, diminuindo em intervalo curtos de tempo 
· Intermitente: Febre por um ou vários dias, intercalando períodos normotérmicos ou até mesmo hipotérmicos.
Intensidade - Retorno da temperatura deve ser acompanhado da avaliação de frequência cardíaca e preção.
· Queda com diminuição do pulso e frequência – favorável
· Queda com manutenção do pulso e frequência – reservado
· Queda com aumento do pulso e frequência – desfavorável
Glossário termométrico: 
Hipotermia: Decréscimo da temperatura interna abaixo dos níveis de referência para espécie. 
· Perda excessiva de calor ou produção insuficiente 
· Introdução excessiva de toxinas – ruptura de estomago – colapso circulatório 
· Após período de febre muito alta – falha ou colapso circulatório 
· Hemorragias graves 
· Inanição
· Neonatos – são susceptíveis a isso, ambiental ou nutricional
Finalizado o exame físico geral :
Fazer um breve resumo das conclusões da anamnese, na avaliação da postura, do comportamento, do estado nutricional, da condição física, das frequências respiratória e cardíaca, das características dos linfonodos e da coloração de mucosas, bem como da temperatura retal, respondendo a duas perguntas básicas iniciais: Como está a saúde geral do animal (normal, leve, moderada ou gravemente alterada)? O provável local da doença é a pele, o tecido subcutâneo, o sistema linfático, o sistema cardíaco, o sistema respiratório, o sistema digestório, o sistema geniturinário, o sistema locomotor ou o sistema nervoso central?
Suspeita – faremos os próximos passos 
· Exames complementares – complementam a anamnese e o exame físico. Aumentando a possibilidade de acerto no diagnóstico. Há vários testes para cada doença, o que acaba exigido um conhecimento maior dos vets. Antes de solicitar um exame especifico, ter uma suspeita forte. Não devemos pular etapas, ter certeza da onde quero pedir o exame. Formar suspeita primeiro. É para confirmar a ocorrência ou causa da doença, avaliar a gravidade, determinar a evolução, verificar a eficácia do tratamento. 
· Exemplo de exame -> pulsão exploratória: pesquisa de órgãos ou cavidades internas, por meio de passagem de trocarter, agulha, cânula ou similar. Auxilio para ultrassom ou cirúrgia. Retirada de material para ser examinado com relação aos seus aspectos físicos, químico, citológico e bacteriológico. 
· Biopsia- coleta de material fragmentos de tecido ou órgão. Diferenciar entre causas de aumento de volume, diferenciar de neoplasias benignas ou malignas.
· Exames laboratoriais. 
· Inoculações diagnosticas: Inoculação do material proeminente do animal doente em animais de laboratório. – botulismo. 
· Exames de imagem. 
· Diagnóstico – conclusão que o clinico chega após todos os exames citados. 
· Diagnóstico terapêutico – trata-se de uma suspeita, com resposta favorável, fecha-se um diagnóstico. 
· Diagnostico anatômico – ocorre modificações anatômicas e vemos isso, ulcera de córnea. 
· Diagnóstico etiológico – descobrimos o agente e conseguimos tratar ele, que é o fator determinante da doença. 
· Diagnóstico anatopatologico – Exame macro ou micro de peças cirúrgicas biopsias ou exames post mortem, englobando os diagnósticos anatômico e histopatológico. Para definir o diagnóstico. 
· Diagnóstico presuntivo – É uma suspeita. 
· Erros – anamnese incompleta, mal feita, mal informações. Exames físico feito de forma não correta, avaliação precipitada, falta de conhecimento, não saber solicitar o exame correto, impulso de tratar um paciente que tem uma alteração. 
· Para chegar ao diagnóstico definitivo: irei chegar a hipótese e avalia-las 
· Ter uma ficha de plano de diagnóstico. 
· Prognóstico – aquilo que deve acontecer. Provável resultado. 
· Perspectiva de salvar a vida 
· Perspectiva de recuperar a saúde ou de curar o paciente 
· Perspectiva de manter a capacidade funcional do(s) órgão(s) acometido(s).
· Pode ser: Favorável – boa melhora - Reservado- não sabemos, sequelas - Desfavorável – indica morte. 
Tratamento – é o final. É a forma que vamos combater a doença, pode ser medicamentosa, cirúrgica ou dietética. Finalidade pode ser causal (tratar a causa da doença); Sintomáticos ( combater os sintomas – não esta se alimentando – vitaminas e minerais); Patogênica (procura alterar o mecanismo como a doença ocorre – tétano – usamos um soro, antes que a toxinas façam o efeito); Vital ( evitar aparecer complicações que o animal vá óbito – transfusão).

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