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Historia do Direito - Perguntas respondidas

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Nome: Felipe Silva Stein 
 
Escolha livremente ao menos 10 questões para copiar, responder e 
postar a questão respondida em arquivo digitalizado em formato 
PDF no sistema AVA, dentro do prazo previsto. 
O arquivo PDF deve ser menor do que 2 MB. 
 
QUESTÃO 1 - Paolo Grossi defende a historicidade da experiência jurídica medieval que 
não pode ser analisada pelo prisma estatalista contemporâneo, na medida em que este 
deturpa a visão do fenômeno jurídico e o vincula exclusivamente à lei. Assinale a 
alternativa CORRETA acerca da ordem jurídica medieval: 
A. A Igreja medieval, instituição que detinha o monopólio da cultura letrada, era a principal 
responsável pelas normas sociais; 
B. o direito medieval apresentava-se como dependente de uma estrutura política 
centralizada nas mãos do rei o que resultava em um direito régio; 
C. o homem estava no centro da ordem cósmica criada por Deus e sua vontade era 
explicitada em normas de conduta social; 
D. a factualidade (direito se constituía a partir dos fatos; a validez cede à efetividade) 
e historicidade eram duas de suas características principais; 
E. o direito canônico funcionava como uma espécie de ius commune na medida em que 
tinha validade em todos os territórios cristãos. 
 
 
QUESTÃO 2 - O período da primeira modernidade, ou do Antigo Regime (XVI-XVIII) é 
caracterizado por ter inúmeras permanências medievais, particularmente no que diz 
respeito à cultura jurídica. Sobre a cultura jurídica do período assinale a alternativa 
INCORRETA: 
A. o regime do "ius commune" insere o componente régio no pluralismo jurídico moderno, 
herdeiro do medievo; 
B. a cidadania que até então vinculava a pessoa a seu grupo comunal (particularmente as 
cidades) agora ganhava novo vínculo, o régio; 
C. Igreja e Estado Nacional eram entes de poder e de prestígio, controlando as 
populações a partir de suas leis; 
D. as coisas ainda estavam no centro da lógica jurídica e o indivíduo que nasce nesse 
contexto ainda não era forte o suficiente para se colocar no centro do direito; 
E. a justiça ainda era a equidade de origem tomista-aristotélica, mantendo cada qual em 
seu devido lugar (a cada um o que lhe é devido); 
 
 
QUESTÃO 3 - "A modernidade tem raízes bem remotas. O historiador do direito as pode 
vislumbrar naquele século XIV, que é extraordinariamente rico de novos fermentos e no 
qual começam a ser desmentidos os velhos valores da civilização medieval. Enquanto 
nesta os pilares da ordem são representados pela naturesza cósmica (o mundo das 
coisas) e das várias comunidades nas quais o sujeito singular encontra proteção e 
possibilidade de existência, agora, no século XIV, a nova sociedade começa a direcionar-
se para o indivíduo e sobre suas forças individuais. A tentativa é de libertar o indivíduo dos 
velhos condicionamentos e fazer dele o pilar da nova ordem."(GROSSI, Paolo. Para além 
do subjetivismo moderno.p.19.) Assinale e alternativa que NÃO pertence ao contexto de 
constituição do individualismo moderno: 
A. A reforma religiosa pretendeu liberar o sujeito da opressão da sociedade sacra, 
instaurando um diálogo direto do sujeito com a divindade e com os textos revelados; 
B. o conjunto literário do século XV e XVI, que pretendia a destruição do seu horizonte 
cultural dos inconvenientes do ambiente medieval, retomando o helenismo e o latinismo 
clássicos onde o sujeito-indivíduo campeia em toda a sua autonomia vital; 
C. jusnaturalismo que busca um resgate das ideias aristotélico-tomistas, 
concebendo a realidade como um dado natural, centrando por isso a lógica jurídica 
na equidade, ou seja, em dar a cada um o que é seu; 
D. os novos juristas que, sem nenhuma compreensão com o trabalho construtor da ciência 
jurídica medieval, refutando as manipulações dos bizantinos, tentam desenhar um vulto 
autêntico do direito romano-clássico; 
E. a rotação política que, liberando-se dos decrépitos universalismos eclesiais e imperiais, 
aponta para uma nova individualidade, qual seja o sujeito forte "Estado", ensimesmado 
naquele modelo de homem que é o novo príncipe. 
 
QUESTÃO 4 - "As assim chamadas cartas setecentistas dos direitos e a majestosa 
edificação codificadora de todos os ramos da ordem jurídica, ou se devem aos fervores de 
cientistas e legisladores de clara matriz iluminista, ou têm por pressupostas as escolhas 
iluministas de fundo." (GROSSI, Paolo. Para além do subjetivismo jurídico moderno. p. 22) 
Sobre o iluminismo jurídico e suas antinomias, assinale a alternativa INCORRETA: 
A. a idealização do príncipe e, ao mesmo tempo, o seu agigantamento, a plena confiança 
colocada nele enquanto sujeito superior acima das paixões, a confiança conferida a ele na 
tarefa delicadíssima de ler a natureza das coisas e traduzi-las em regras jurídicas; 
B. o novo príncipe, moderno, nasce do iluminismo jurídico, e aqui começa a transfigurar-se 
com relação à velha e refutada imagem medieval: o seu poder não se identifica mais com 
a iurisdictio e seu núcleo aparente não é mais a aequitas. 
C. o novo soberano tira de si todo o velho manto universalista e reclama para si uma 
individualidade perfeita e a independência de qualquer potentado terreno, pretendendo 
criar ele mesmo o direito no próprio Estado; 
D. o soberano iluminado e iluminante do século XVIII é herdeiro desta nova configuração 
do Príncipe, com a diferença de que não é mais uma questão de arbítrio e de desejo, mas 
sim de uma latitude de poderes legitimada pela sua penetrantíssima capacidade de visão, 
de leitura das regras naturais; 
E. as incipientes compilações jurídicas do Antigo Regime refletem essa nova 
configuração do Príncipe, colocando-se como a principal fonte do direito, impondo-
se aos particularismos e superando as configurações do ius commune. 
 
QUESTÃO 5 - "A paisagem jurídica da modernidade é simples, aliás simplíssima. Com o 
imediato esclarecimento de que a simplicidade é fruto de uma drástica redução, que a 
complexidade própria à toda ordem jurídica foi obrigada a contrair-se em um cenário onde 
atores são unicamente os sujeitos individuais. (GROSSI, Paolo. Para além do subjetivismo 
jurídico. p. 24.) Sobre a redução da paisagem jurídica moderna assinale a alternativa 
INCORRETA: 
A. no plano do macro-sujeito não se exaure a vontade do titular do poder supremo, 
manifestando-se como ordem, em um direito que nasce das raízes do social mas 
que é apenas interpretado pelo soberano; 
B. tende-se à eliminação das sociedades intermédias. Para a perfeita realização de um tal 
projeto sócio/político/jurídico, estas são inevitavelmente um inconveniente impedimento 
que, encarnado em filtros medievais entre indivíduo físico e Estado/pessoa, condicionam 
um e outro e atenuam a expressão de ambos; 
C. a sociedade, em sua globalidade e complexidade, está ali e não poderia deixar de estar, 
mas resta como um pano de fundo inerte do qual se retirou toda a possibilidade de 
manifestar-se e de exprimir-se juridicamente; 
D. as fontes fecham-se em uma pirâmide rigidamente hierárquica, com a completa 
eliminação de toda expressão pluralista. O monismo jurídico exclui o material 
consuetudinário, a ciência e a jurisprudência; 
E. no plano do micro-sujeito, o direito se dissocia em múltiplas facetas num feixe de 
posições rigorosamente individuais: simples interesses que se concretizam em simples 
faculdades, interesses tidos como de importância vital que se concretizam em situações 
qualificadas. 
 
QUESTÃO 6 - A colonização do Brasil é objeto de uma série de análises que variam em 
relação ao seu caráter e à sua configuração. o fato é que pouca ou nenhuma atenção foi 
dada ao fenômeno jurídico do período. Sobre o direito colonial na América Portuguesa 
assinale a alternativa CORRETA: 
A. como colônia de exploração, não houve desenvolvimento jurídico no Brasil colonial, 
sendo que os proprietários de terras ditavam as normas e controlavam o direito; 
B. o direito na América Portuguesa foi estruturado como no restante do Império 
colonial,de forma plural e particularista, com destaque para as Câmaras e para os 
juízes ordinários. 
C. fruto de uma colonização realizada por um Estado Absolutista, a norma se 
caracterizava como a vontade soberana do rei que impunha suas normas às colônias; 
D. o direito colonial abriu caminho para o controle do jurídico pelo Estado na medida em 
que o positivismo se consolida com as Ordenações Filipinas que estabeleciam as regras 
para o Império colonial; 
E. as estruturas político-jurídicas de Portugal foram trazidas para o Brasil e montaram uma 
administração da justiça centrada nas cortes, como a Casa de Suplicação e a Mesa da 
Consciência e Ordens; 
 
QUESTÃO 7 - O direito criminal e a Inquisição moderna, particularmente em Portugal, teve 
características peculiares por conta da visão de Príncipe e do conceito de justiça. Sobre 
eles assinale a alternativa INCORRETA: 
A. o direito criminal era tão severo quanto a Inquisição, sendo os dois conhecidos 
por suas atrocidades e penas severas; 
B. o direito criminal possuía instrumentos próprios que atenuavam a sua força punitiva, 
como as cartas de seguro e cartas de livramento; 
C. a Inquisição puniu menos que a justiça comum, sendo que seu objetivo principal era a 
reconciliação do fiel; 
D. o Príncipe virtuoso, mais amado que temido, tinha na graça régia (perdão) outro 
elemento de redução da punibilidade; 
E. a Inquisição possuía instrumentos de perdão, como o Édito da Graça, componente 
essencial do Édito de Fé 
 
 
QUESTÃO 8 - António Manuel Hespanha ao tratar dos temas das fontes do direito ou a do 
controle da constitucionalidade das leis, vê o grupo de juristas como participante da luta 
política, na luta pelo poder de dizer o direito. "A questão da criação do direito (ou da 
legitimação de normas de comportamento como normas jurídicas) tinha ganho, no século 
XIX, uma nova centralidade, em virtude do destaque dado a princípios como o de 'primado 
do direito' ou de 'Estado de direito'. (HESPANHA, António Manuel. Um poder pouco mais 
que simbólico: juristas e legisladores em luta pelo poder de dizer o direito.) Sobre o 
processo de consolidação dessa nova configuração do campo jurídico e do papel dos 
juristas e legisladores, assinale a alternativa INCORRETA: 
A. a consolidação do Estado de Direito se dá pelo afastamento das normas religiosas, fruto 
da secularização do poder, em curso desde os meados do século XVIII; 
B. os juristas acolhem a doutrina de que, mais importante é a vontade de quem 
ordena e não o conselho de quem dispõe da autoridade do saber, reforçando a 
supremacia da autoridade das maiorias parlamentares e a autoridade do rei; 
C. um vez que o Estado, agora, era "de direito", e que a política tinha que obedecer aos 
processos jurídicos, os campos político e jurídico aparecem largamente sobrepostos, como 
lugar das lutas simbólicas pela apropriação da competência de constituir direito; 
D. os juristas de sua parte argumentam que o direito é uma razão; que esta corresponde 
ao saber de um corpo de especialistas e que por isso a doutrina seria autônoma em 
relação ao direito parlamentar ou do arbítrio régio; 
E. a simplificação do direito se dá pela superação das normas de ética pessoal e pela 
queda das monarquias providencialistas, eliminando as normas da graça, restando apenas 
o direito como regulador social. 
 
 
QUESTÃO 9 - O Brasil do século XIX inicia a lenta transição para a modernidade jurídica, 
a partir da independência e da estruturação de novas instituições políticas e jurídicas e da 
construção de uma modernização, típica das monarquias oitocentistas. Sobre a 
modernização jurídica brasileira assinale a alternativa CORRETA: 
A. a modernização do direito se consolidou com a Constituição de 1824 que estabeleceu o 
princípio da legalidade; 
B. a modernização foi feita com a transposição, em 1808, das instituições monárquicas 
portuguesas, como Casa de Suplicação; 
C. a fundação em Olinda e São Paulo de Faculdades de Direito em 1827 foi decisivo 
para construir uma cultura jurídica brasileira; 
D. a codificação de todos os ramos do direito no XIX foi o fator determinante da 
modernização jurídica brasileira; 
E. houve a passagem de um jurista eloquente para um cientista já no início do século XIX 
com a Constituição. 
 
QUESTÃO 10 - Sobre a tentativa de instituição da democracia de massas no Brasil no 
período posterior à revolução de 1930, Gilberto Bercovici destaca o engajamento político 
na construção do "Estado Nacional". Sobre esse fenômeno, assinale a alternativa 
INCORRETA: 
A. do ponto de vista da história política, o choque entre as oligarquias estaduais e a cisão 
nas Forças Armadas, aliadas à forte crise econômica que se iniciou com a quebra da bolsa 
de Nova York, causaram a queda do regime da Constituição de 1891; 
B. o Estado brasileiro era plenamente autônomo, tendo exercido papel de árbitro 
regulador das relações sociais, impulsionado pela burocracia em uma direção auto-
determinada; 
C. em todos os estados foram nomeados interventores por Vargas, que nomeariam 
prefeitos para todos os municípios, sempre assistidos por um conselho consultivo, em 
sistema altamente hierarquizado; 
D. os vários segmentos da sociedade passam a buscar o Estado como locus privilegiado 
para garantir ou ampliar seus interesses, a intervenção economicamente minimamente 
planejada, a construção de um aparelho burocrático-administrativo etc. 
E. o desmonte da máquina política da Primeira República teve início com o Decreto 19.398 
que instituía e regulamentava as funções do Governo Provisório formado pelos 
revolucionários vitoriosos.

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