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Artigo Rebeca - Correção

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1
15
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR [footnoteRef:1] [1: Este artigo apresenta alguns dos elementos estudados no Curso “Docência do Ensino Superior” e foi apresentado ao final do curso Docência do Ensino Superior sob a orientação do Prof. MSc. xxxxxxxxx. ] 
Rebeca Mendes Santana [footnoteRef:2] [2: Breve descrição da titulação e atuação profissional (5 linhas) que o(s) qualifique na área de conhecimento do artigo. O currículo, bem como o endereço eletrônico, devem aparecer em rodapé indicado por asterisco na página de abertura. Não deve ultrapassar 5 linhas.] 
	
Resumo
Este trabalho tem por objetivo analisar a Educação Inclusiva no Ensino Superior. Foi realizada uma pesquisa de cunho bibliográfico para identificar as dificuldades por que passam as pessoas com deficiências; isto em nível de família, escola, comunidade e sociedade. Para tanto, foram analisados documentos que abordam o assunto, tais como a Declaração de Salamanca, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e a Constituição Federal Brasileira para melhor compreensão do que existe de concreto referente aos direitos e sua aplicação eficaz para o desenvolvimento desses sujeitos. Na análise dessa pesquisa, foi levada em conta também, a preocupação que os professores de todos os níveis escolares têm quanto ao melhor atendimento e técnicas de ensino a serem aplicados a cada caso específico.
palavras-chave
Educação Inclusiva. Ensino Superior. Dificuldades. Preocupação dos professores.
	
introdução
Historicamente as pessoas com deficiência sempre foram excluídas da sociedade, colocadas à margem e impedidas de frequentar ambientes tais como escolas, universidades, supermercados, cinemas, bancos, dentre outros ambientes, que fazem parte da vida do cidadão comum, devido ao preconceito, às barreiras arquitetônicas, às dificuldades de transporte e/ou de comunicação que dificultam a inserção e o convívio dessas pessoas com as pessoas sem deficiência.
Assim, culturalmente, a população passa por diversas transformações na educação proporcionadas pelos episódios históricos e sociais, comprovando ainda mais a diversidade, e energizando o padrão da inclusão, a partir da democratização do ensino.
A Constituição Federal de 1988, no Art. 206, passa a garantir o ensino para todos em igualdade de condições, complementado pelo Art. 207, que diz ser dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, entre outras coisas, o direito à educação, à cultura, ao respeito, além de colocá-los a salvo de discriminação e violência. (BRASIL, 1988)
Assim, no decorrer da década de 1990 ocorreu no Brasil grandiosas mudanças referentes aos relatos sobre a inclusão de alunos com deficiência nas instituições de ensino regular, ou seja, fazendo com que dentro do contexto das questões políticas haja uma preparação nas escolas regulares para que todos os alunos deficientes sejam aceitos pelos profissionais da educação como são aceitos pela sociedade. Ganhando assim, resultados satisfatórios da formação de um bom profissional da educação.
A palavra inclusão no ensino regular está voltada não só para as deficiências dos alunos, mas também na resistência dos profissionais da educação em aceitá-los em suas salas de aulas para atingir uma educação de qualidade sem resistência à aprendizagem dos mesmos. 
Assim, a política de inclusão desses alunos na rede regular, consta na existência do campo educacional que vem sendo enfrentado desde os meados de 90. Portanto, a partir dessa realidade, as escolas necessitam de se prepararem melhor para que juntos recebam e trabalham nesse contesto com diferenças de forma natural mostrando que o diferencial da escola está priorizado no cuidado com a qualidade de ensino.
A necessidade de diminuição das desigualdades é um dos temas mais polêmicos e intrigantes da atualidade, não se pode mais conceber que em plena era moderna e do mundo globalizado não se consiga transpor a barreira das diferenças.
A mobilização de vários segmentos da sociedade em função das demandas das pessoas com deficiência vem contribuindo para o desenvolvimento de políticas públicas que impulsionem o processo de uma sociedade mais justa e igualitária.
Ademais, a plena participação social das pessoas com deficiência é fundamental e envolve o acesso ao mercado de trabalho, a viabilização para este acesso começa na escola e se consolida, sobretudo, no ensino profissionalizante sendo inegável o papel da educação para a elaboração e efetivação de políticas inclusivas.
Apesar de toda a legislação existente, incluindo a Lei Brasileira de Inclusão nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (BRASIL, 2015), no sentido da garantia de direitos, concordamos com Martins e Leite (2014) ao pontuarem a necessidade de reconhecermos uma dada evolução na formulação de políticas que norteiam a perspectiva inclusiva em educação, porém, o que encontramos na prática é que as necessidades apresentadas pelos alunos, para concretizar um progresso acadêmico, estão para além dos dispostos normativos.
Segundo a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, criada pelo Ministério da Educação em 2008, os estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, segmentos que compõem o público alvo da Educação Especial, têm o direito a frequentar a sala de aula comum e, quando necessário, receber atendimento educacional especializado no período inverso ao da escolarização. Historicamente, essas pessoas foram excluídas do sistema educacional ou encaminhadas para escolas e classes especiais (OBSERVATÓRIO DO PNE, 2013). 
No ano seguinte, em 2009, a Resolução nº 4/2009 institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado, na Educação Básica. Dessa maneira, percebe-se que a partir da implantação das políticas supracitadas, houve um crescimento considerável de matrículas de alunos da educação especial nas classes comuns da rede regular de ensino, no entanto, isso não tem representado a efetividade de uma cultura inclusiva nas escolas do Brasil, como apontam os estudos de Bezerra (2012; 2017) e Barros, Silva e Costa (2015).
Deve-se ressaltar que a população com necessidades especiais não é homogênea, mas apresenta uma grande diversidade dependendo de diferentes variáveis entre as quais podemos colocar a origem familiar, e o sentimento de pertencer a um grupo de pessoas com necessidades especiais, desse modo, relatar como desenvolve o fazer pedagógico com o apoio de o coordenador da instituição é uma parte importante deste trabalho.
O objetivo deste estudo é analisar a Educação Inclusiva no Ensino Superior. Assim como: conceituar a inclusão escolar como meio de mudança e conhecer as possibilidades de Inclusão no ensino superior.
Diante desse contexto, iniciou-se o interesse pelo tema após ter percebido que temos certeza de que a família é a peça fundamental no desenvolvimento das pessoas com deficiência, mas ela não precisa lutar sozinha, deve buscar apoio e encarar essa missão com pensamento positivo. Nesse rol de pessoas preocupadas com as pessoas com deficiência encontram-se professores e tutores que necessitam de melhor qualificação para lidar com esses protagonistas especiais; por isso esse assunto foi escolhido para despertar as pessoas com deficiência e incentivá-las a lutar pelos seus direitos e levar a sociedade a refletir sobre como está sendo sua atitude de acolhimento e defesa das pessoas com deficiência.
É no contexto entorno da educação inclusiva que será desenvolvido este trabalho seguindo uma sequência lógica que determinará desde as leis que rege essa inclusão até os fatores que a envolvem. Dentre esta sequência lógica, parte de uma introdução, que apresenta as finalidades e todo contexto do trabalho em desenvolvimento que atribui ao entendimento de como desenvolver uma educação inclusiva e o papel do coordenador pedagógico nesta função.
2	INCLUSÃO ESCOLAR: vontade para mudar
Sassaki (2010, p.126 - 127) relaciona quatro fases na história da educaçãopara pessoas com deficiência: 
Da exclusão, em que as pessoas deficientes eram consideradas “possuídas por maus espíritos ou vítimas da sina diabólica e feitiçaria”. Por esse motivo, não recebiam atenção educacional, nem outros serviços. 
Da segregação institucional, em que as pessoas com deficiência eram atendidas em instituições religiosas ou filantrópicas. Daí surgiu nos países em desenvolvimento, a ‘educação especial’ para crianças com deficiência. Foi também nessa fase, que a sociedade começou a admitir que as pessoas com deficiência pudessem ser produtivas caso recebessem escolarização e treinamento profissional. Com isso, nasceram às escolas especiais, centros de reabilitação e oficinas protegidas de trabalho. 
De integração, dando início às classes especiais dentro das escolas comuns, não por motivos humanitários, mas para impedir que as crianças com deficiência “interferissem no ensino”, não “absorvessem as energias do professor”, e, por conseguinte, não o impedissem de ensinar os demais alunos da classe. 
E a fase da inclusão, que veio para questionar as políticas e a organização da educação especial, e regular o conceito de mainstreaming. 
A meta principal da inclusão deve ser a de não deixar nenhuma criança fora do ensino regular, desde o início da escolarização. As escolas inclusivas devem constituir o sistema educacional de forma a atender as necessidades de todos os alunos e de estruturar-se pensando neles. A escola inclusiva muda toda sua perspectiva educacional, quando deve atender não apenas aos alunos com dificuldades, mas a todos que fazem parte do cenário educacional: professores, alunos e pessoal administrativo (BATISTA, 2006). 
Na escola inclusiva professores e alunos devem conhecer e entender que o ser humano possui diferentes inteligências para desenvolver e trabalhar melhor com as diversidades dentro e fora da sala de aula (GLAT, 2007). 
Boaventura (2008) descreve as diferentes habilidades que cada um pode ter em decorrência das características próprias das inteligências. A educação de qualidade, cujo paradigma é o da inclusão, atende a essa diversidade humana que existe no ambiente escolar, respeitando o estilo de aprendizagem - a maneira como cada um aprende melhor - e às múltiplas aprendizagens – diferentes tipos de inteligência.
Nessa compreensão há duas abordagens diferentes: a tradicional, em que se busca conhecer as dificuldades dos alunos. E a inclusiva, em que se busca saber quais são as habilidades dos alunos e após identificar o estilo de aprendizagem e as inteligências múltiplas de cada um, o professor pode desenvolver estratégias diversas para garantir o sucesso dos alunos. O princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças devam aprender juntas, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter:
A ideia de uma sociedade inclusiva se fundamenta numa filosofia que reconhece e valoriza a diversidade, como característica inerente à constituição de qualquer sociedade. Partindo desse princípio e tendo como horizonte o cenário ético dos Direitos Humanos, sinaliza a necessidade de se garantir o acesso e a participação de todos, a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social (LIMA 2005, p. 8).
Este é o grande desafio: encontrar mudanças na organização pedagógica para que as diferenças sejam reconhecidas e valorizadas permitindo que o acesso e a permanência dos alunos com necessidades educacionais sejam uma realidade nas instituições educacionais (LIMA, 2005). 
Para que possamos alcançar uma educação inclusiva de qualidade, alguns questionamentos são necessários, tais como: que adaptações são necessárias para uma escola inclusiva? Como ajudar alunos com necessidades especiais de educação a se adaptarem em uma escola que não foi feita pensando nelas? Quais mudanças no que se refere aos aspectos humanos, tecnológicos e físicos serão necessários para que realmente possamos vir a ser uma escola inclusiva?
Há muitas inquietações. Mas a solução só virá se todos entendermos que: 
A indiferença às diferenças está acabando, passando da moda. Nada mais desfocado da realidade atual do que ignorá-las. Nada mais regressivo do que discriminá-las e isolá-las em categorias genéricas, típicas da necessidade moderna de agrupar os iguais, de organizar pela abstração de uma característica qualquer, inventada, e atribuída de fora. Mas é preciso estar atento, pois combinar igualdade e diferenças no processo escolar é andar no fio da navalha. O certo, porém, é que os alunos jamais deverão ser desvalorizados e inferiorizados pelas suas diferenças, seja nas escolas comuns, seja nas especiais (MANTOAN et al., 2006, p. 22).
É nesse “fio da navalha” que iremos à procura de respostas ou talvez, mais inquietações que surgem nos discursos sobre a escola inclusiva. Em se tratando do nível Superior de Ensino, a situação não é diferente; há a necessidade imperativa de adequação das instituições para integração e inclusão socioeconômica das pessoas com necessidades educacionais especiais, assunto tratado no item seguinte. 
3	ENSINO SUPERIOR: Da Exclusão à Possibilidade de Inclusão
A inclusão de alunos com deficiência no ensino superior vem acontecendo de forma constante, ou seja, os impactos de alunos com deficiência nas as instituições têm sido recebidas de forma natural, sem nenhuma resistência, ou seja, na verdade o Estado vem sendo cada vez mais insistente no ensino de qualidade para com a instituição. Portanto, vale ressaltar que, as notícias referentes à exclusão de alunos com deficiência surgem relatos de que tudo isso são erros (THOMA, 2006).
No Brasil, o conflito da palavra exclusão vem sendo discutido com urgência por pequenos grupos em serviços para com a educação, o qual vem ganhando maior magnitude na sociedade.
Segundo Thoma (2006) menciona ainda que exclusão pode ser considerada como princípios sociais que são típicos da sociedade brasileira, havendo assim, uma relação que só poder-se-á ser pensada na presença demasiada do sentido da exclusão no ensino.
De forma geral do termo, discriminar o ser humano é notar seu diferencial, sem fazer discernimento no sentido mais decorrente baseado na aceitação desse aluno de forma natural, para que o aluno deficiente se sinta seguro no ambiente em que está. Sendo de forma positiva em alguns casos, ser favorável como nos casos da chamada discriminação positiva de certas categorias sociais perante a sociedade (GONSALES, 2007).
Pereira (2007) discorre que a exclusão é, assim, uma prática decorrente da
discriminação, levando-a ao ápice da máxima separação no diferencial para que assim, haja redução mínima no contato entre eles.
Todavia, a exclusão dentro da instituição de ensino superior representa a culminância do processo da insociabilidade e da incivilidade. Salienta que a conformidade referente à exclusão no pensamento da articulação na medida em que o sentimento das pessoas de se sentirem importantes, cabendo às políticas públicas tentar juntá-las seguidamente (PEREIRA, 2007).
Segundo Thoma (2006) menciona que, hoje estamos vivendo de duelos, falsas expectativas relacionado à exclusão de alunos nas instituições de ensino tanto regular quanto no ensino superior, porém, percebe-se que a maioria da sociedade exclui mostrando o desrespeito ao próximo devido sua condição de vida. Portanto, podemos ressaltar que uma melhor participação da população mostrando à importância que a inclusão tem para o ensino superior existe tanto para o aluno como também para o aluno com alguma deficiência.
Na visão de Perini (2006) desde os meados de 60, a relação da deficiência vem sendo discutida e mostrada com veracidade nos debates sociais, incluindo a normalidade e a desinstitucionalização no parâmetro educacional. Portanto, com as mudanças as influências na institucionalização vêm fracassando cada vez na funcionalidade dos indivíduos, nas relações pessoais juntamente com sua inserção na sociedade, para que haja assim, aceitabilidade diante da situação no trabalhoe no estudo, iniciando desde o mundo ocidental e o movimento pela desinstitucionalização.
Discorre diante do fator, da ação baseada na ideologia da normalização e defendida a necessidade de incluir a pessoa com deficiência na sociedade, procurando sempre ajudá-la a adquirir condições e os padrões de vida no nível mais próximo do considerado normal. Portanto, ressalta que com os parâmetros da Institucionalização, com as mudanças devem-se amparar ideias de reorganização, criando conceitos de globalização de acordo com cada necessidade de mudanças nas pessoas com algum tipo de deficiência podendo mostrar ao mesmo que tenha condições suficientes de participar o máximo possível, aos demais, para ser inserida e integrada no convívio social (PERINI, 2006).
Reporta que, mencionar que qualquer indivíduo com algum tipo de deficiência não deve passar como despercebido, ou seja, nota-se que, o conceito de normalidade é muito relativo e impalpável diante da situação, chegando assim, a concluir que a sociedade também possui uma parcela de contribuição aos princípios de aceitabilidade das pessoas com deficiência e os sistemas sociais que, durante séculos, não contemplaram as necessidades específicas provenientes das deficiências humanas, teriam de se transformar de modo a atender a todos de maneira igual (PEREIRA, 2007).
Brasil (2006) expõe que a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº. 9.394/96, pela primeira vez, reservou um capítulo exclusivamente para o tratamento da Educação Especial, no artigo 59, preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades, assegura-se a terminalidade específica àqueles que não atingiram o nível exigido para a conclusão do Ensino Fundamental, em virtude de suas deficiências. Portanto, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) vislumbram a Educação Especial de uma forma ampla, indo além de simples atendimento especializado.
Enfim, deve-se abranger a questão da educação escolar, da mesma maneira voltada para a formação de cada indivíduo, ou seja, focando no desenvolvimento da cidadania, que de acordo com as orientações deve ser indispensável dentro do regimento educacional, valendo lembrar que se deve atender e respeitar a diferença de cada um dos alunos, exigindo assim, diferenciações nos processos pedagógicos, de maneira que todas as necessidades voltadas para a educação possam ser realizadas com sucesso. Nesta análise, embora a Educação Especial exija ações diferenciadas, não deve ser realizada de forma isolada, mas sim como parte interativa da educação geral (BRASIL, 2006).
Divulga ainda, que dentro dos parâmetros do PCNs, houve mudanças na compreensão do desenvolvimento da educação inclusiva, buscando uma educação de qualidade passando assim, a promover uma melhoria na proposta pedagógica da rede regular, onde proporcionaria um atendimento de qualidade e que seja para atender alunos especiais, com algum tipo de transtornos e também superdotação. Assim, discorre que dentre outros fatores, mostra-se uma Educação Especial atuante na sociedade de forma articulada com o ensino comum, mas também orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais desses alunos (THOMA, 2006).
Menciona que em 1999, o Decreto nº. 3.298, que regulamenta a Lei nº. 7.853/89, ao dispor sobre a Política Nacional com a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, objetiva a operacionalização de tudo o que antes estava na definição geral da Constituição Brasileira de 1988 (AZEVEDO, 2004).
De acordo com as necessidades, as mudanças vieram surgindo dia após dia, onde apolítica nacional tornou-se um grande acontecimento na integração da educação pública, onde a sociedade objetiva as orientações normativas, dando autenticidade ao exercício dos direitos sociais e culturais que cada indivíduo, independente se tem algum tipo ou não de deficiência. 
Assim, pode-se classificar a Educação Especial como uma circunstância a todos os níveis e modalidades de ensino, enfatizando assim, a atuação primordial da Educação Especial ao Ensino Regular (AZEVEDO, 2004).
É importante salientar que, em 1996, as Instituições de Ensino Superior receberam o Aviso Circular n°. 277 do Ministério da Educação/Gabinete Ministerial (MEC/GM) que sugere andamento para o ingresso dos alunos com necessidades especiais no Ensino Superior, conquanto, mesmo com os vestibulares, não deixa de chamar a atenção para as Instituições desenvolverem ações que possibilitem a estabilização dos serviços educacionais, de infraestrutura, de capacitação de recursos humanos, de modo que promovam uma permanência de qualidade de ensino a esses alunos (BRASIL, 2007).
Rodrigues (2007) ressalta que há surge novas determinações oficiais dentro da Portaria MEC n°. 1.679/1999, o qual dispõe sobre os requisitos de acessibilidade a pessoas com deficiências para instruir processos de autorização e de reconhecimento de cursos e decredenciamento de instituições. Em 2003, é implementado pelo MEC o Programa Educação inclusiva, que proporciona maior direito nas diversidades, tendo como princípio fundamental o apoio na transformação do sistema de ensino inclusivo, promovendo uma formação de gestores e principalmente educadores nos municípios brasileiros para a garantia do direito de acesso de todos à escolarização.
Impulsionando-se assim, a inclusão educacional e social, o Decreto nº. 5.296/04regulamentou as Leis nº. 10.048/00 e nº. 10.098/00, estabelecendo normas e critérios para a promoção da acessibilidade às pessoas com deficiência.
Diante deste contexto, o Programa Brasil Acessível, do Ministério das Cidades, é desenvolvido com o objetivo de promover a acessibilidade urbana e apoiar ações que garantam o acesso universal aos espaços públicos (RODRIGUES, 2007).
O cenário na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com deficiência, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2006 e da qual o Brasil é considerado um cenário que estabelece os Estados-Partes devendo assim, assegurar dentro das divergências do sistema de educação inclusiva em todos os níveis de ensino, seja em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e também social (PEREIRA, 2007).
Em 2007, é lançado o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), através do Decreto nº. 6.094/2007, tendo como principal fator, a formação de professores para a Educação Especial, buscando a implantação de salas de recursos multifuncionais, a acessibilidade dos recintos escolares, o acesso e a permanência das pessoas com deficiência na Educação Superior e dando suporte ao monitoramento do acesso à escola dos favorecidos pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Pinto (2004) salienta que à inclusão de alunos surdos no Ensino Superior encontramos na Portaria Nº 3.284, de 7 de novembro de 2003, no artigo 2 (alínea) item III algumas recomendações:
III - quanto a alunos portadores de deficiência auditiva, compromisso formal da instituição, no caso de vir a ser solicitada e até que o aluno conclua o curso a) de propiciar, sempre que necessário intérprete de língua de sinais/língua portuguesa, especialmente quando da realização e revisão de provas, complementando a avaliação expressa em texto escrito ou quando este não tenha expressado o real conhecimento do aluno; b) de adotar flexibilidade na correção das provas escritas, valorizando conteúdo semântico; c) de estimular o aprendizado da Língua Portuguesa, principalmente na modalidade escrita, para o uso de vocabulário pertinente às matérias do curso em que o estudante estiver matriculado; d) de proporcionar aos professores acesso à literatura e informações sobre a especificidade linguística do portador de deficiência auditiva.
Observa-se que, desde 2003 através da Portaria citada acima já existiam diretrizes quanto à atuação do intérprete, a flexibilização na correção das provas, apresentando o conteúdo semântico, o estímulo à aprendizagem da Língua Portuguesa, na modalidade escrita e também informações aos professores quantoàs especificidades linguísticas dos surdos e mudos (PINTO, 2004).
A universidade inclusiva não aparece de um momento para o outro. Não surge por decreto nem se configura por meio de uma única gestão administrativa. Pelo contrário, desenvolve-se ao longo de um processo de mudança que vai eliminando barreiras de toda ordem, desconstruindo conceitos, preconceitos e concepções segregadoras e excludentes que, muitas vezes camufladas pelo silêncio, parecem não existir. É um processo que nunca está finalizado, mas que coletivamente precisa ser enfrentado. Uma universidade com atitude inclusiva é um grande desafio: sugere a desestabilização do instituído e o reconhecimento de que nossa sociedade é matizada pela diversidade, pela diferença, que o ser humano é pluralidade e não uniformidade (MOREIRA, 2004, p. 200).
Assim, outro documento fundamental para a educação dos alunos surdos é o decreto Nº 5.626 de 2005 que regulamenta a lei Nº 10.436 de 2002 que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS que em seu capítulo VI Art. 23 tratam da garantia do direito à educação das pessoas surdas:
Art. 23. As instituições federais de ensino, de educação básica e superior, devem proporcionar aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de LIBRAS Língua Portuguesa em sala de aula e em outros espaços educacionais, bem como equipamentos e tecnologias que viabilizem o acesso à comunicação, à informação e à educação.
Por decreto pessoas surdas têm direito nas instituições federais de educação superior de receberem os serviços de tradutor e intérprete de LIBRAS. Ainda neste mesmo capítulo no inciso II diz:
§ 2º As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva o acesso à comunicação, à informação e à educação.
Além dos instrumentos legais, portarias e recomendações, o MEC por meio da Secretaria de Educação Especial - SEESP oferece programas, ações e projetos de apoio à educação de alunos surdos, entre eles: o centro de formação de profissionais da educação e de atendimento às pessoas com alguma deficiência (MOREIRA, 2004).
5	CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer dessa discussão temática, pode-se observar a extrema importância da inclusão efetiva e eficaz das pessoas com deficiência em todas as etapas do ensino; enfatizando a modalidade do Ensino Superior como ponto de chegada a uma profissão pautada em conhecimentos científicos e metodológicos. Ponto de partida, mas não de estacionamento, pois o saber é infinito e maravilhoso. Constatam-se as dificuldades e as lutas dessa classe que ainda é marginalizada e discriminada internamente, pela família e, externamente pela sociedade em que está inserida.
O objetivo inicial de dar voz e somar forças com essa classe que conquistou através de muitas lutas e vem conquistando seu espaço e corpo em nossa era, foi atingido, pois é uma resposta a ela, de que não está sozinha nessa luta e muitos torcem pelo seu protagonismo profissional e pessoal. Deixa-se a disposição das pessoas com deficiência, sabendo que muito há por fazer ainda, principalmente com relação à mentalidade de todos: dos que têm deficiência em se aceitar e dos que não têm de se solidarizar e respeitar e incentivar esses cidadãos de bem.
Definir as metas, as práticas do fazer pedagógico é tarefa fundamental, como também é de total relevância conhecer a fundo o Projeto Pedagógico do Curso da sua instituição para poder segui-lo e desse modo fundamentar suas ações educativas. Diante desta real situação o papel do coordenador pedagógico demonstra uma grande parte da responsabilidade no desempenho e desenvolvimento das aprendizagens no ensino superior.
Para os docentes de Ensino Superior lidar com a questão da inclusão de deficientes, demanda não só uma predisposição para lidar com o novo, mas, supostamente, um reaprender a olhar sobre: o que se ensina como se ensina, o que se aprende como se aprende. Para finalizar, reforçamos que há tensa complexidade no tema pesquisado, ainda várias possibilidades de aprofundar o assunto por outros olhares, assim como há a necessidade de abandonar preconceitos e reescrever novos capítulos da história dos deficientes no Ensino Superior.
Enfim nesse processo educativo de contatos humanos, onde novas práticas de educação inclusiva são implantadas periodicamente, provocando uma diversificação de saberes, o coordenador pedagógico precisa superar as rupturas de fronteiras e enfrentar uma sociedade onde a inclusão passou a ser um dos assuntos mais discutido e importante tanto do âmbito social como no âmbito educacional.
	
Title.
The importance of inclusive education in higher education 
abstract.
This study aims to analyze Inclusive Education in Higher Education. A bibliographical research was carried out to identify the difficulties that people with disabilities are experiencing; this at the level of family, school, community and society. In order to do so, documents were analyzed that address the subject, such as the Declaration of Salamanca, the Law of Guidelines and Bases of Education and the Brazilian Federal Constitution for a better understanding of what exists of concrete regarding the rights and their effective application for the development of these subjects. In the analysis of this research, it was also taken into account the concern that teachers at all school levels have regarding the best attendance and teaching techniques to be applied to each specific case..
keywords.
Inclusive Education, Higher education, Difficulties, Concern of teachers.
.
	
Referências 
AZEVEDO, Paulo Henrique; BARROS, Jônatas de França. O nível de participação do Estado na gestão do esporte brasileiro como fator de inclusão social de pessoas portadoras de deficiência. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Brasília, v. 12, n. 1, p. 77-84, jan./mar. 2004.
BARROS, B.; SILVA, A.M.; COSTA, M. P. R. Dificuldades no processo de inclusão escolar: percepções de professores e de alunos com deficiência visual em escolas públicas. Boletim Academia Paulista de Psicologia, v. 35, n. 88, p. 145-163, 2015.
BEZERRA, F. G. A inclusão escolar de alunos com deficiência: uma leitura baseada em Pierre Bourdieu. Revista Brasileira de Educação, v. 22, n. 69, abr./jun. 2017.
BEZERRA, G. F. Enquanto não brotam as flores vivas: crítica à pedagogia da inclusão. 2012. 270 f. Dissertação (Mestrado em Educação)-Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Paranaíba, 2012. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1988.
________. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA: Estatuto da Pessoa com Deficiência. Diário Oficial da União, 7 jul. 2015.
________. Ministério da Educação - Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, 2007.
________. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Direito à educação: subsídios para a gestão dos sistemas educacionais: orientações gerais e marcos legal. Brasília: MEC/SEESP, 2006.
FERREIRA, Maria Elisa Caputo; GUIMARÃES, Marly. Educação Inclusiva. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
GLAT, R. (Org.) Educação Inclusiva: cultura e cotidiano escolar. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2007.
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