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TCA - AV1

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Na arquitetura pré-românica ou carolíngia temos o início da ascensão do cristianismo, e através do Imperador Carlos Magno, logo no início da formação do continente europeu como o conhecemos hoje, em seu processo de domínio foram criados um rede mosteiros que serviam como apoio as expedições do imperador. Nessas estruturas haviam as igrejas, que possuíam uma arquitetura de planta centrada, com uma nave central mais alta, apoiada pela ábside e mais duas naves menores, assim através de uma rede de “cinturões” assegurava-se a segurança da nave central. A simbologia dessa forma era afim de retratar a unicidade de Deus, uma vez que estava se deixando de lado a cultura politeísta oriunda do povo romano. Esse tipo de arquitetura recebeu influências romanas, além de bizantinas, céltico-germânicas, além da conturbação política, em virtude das constantes invasões por outros povos. São construções monumentais, pesadas, austeras, de paredes grossas, pequenas janelas, e exteriores maciços que mostravam sua construção de pedra, portanto tectônica, pois seu intuito maior era também o de defesa. Seu interior era ornamentado com pinturas, mosaicos e baixo-relevos que tinham finalidade didática para evangelizar os povos, de forma simples e clara.
Na arquitetura românica, temos um momento de trégua e a construção das igreja passa a ter inspiração nas basílicas romanas, com supressão de uma das ábsides, para criação de um único acesso através da nave central e a inserção de um transepto, orientando assim um formato de cruz a essa nova construção garantindo sua simbologia. Há também uma nova preocupação com a modulação estrutural, uma vez que o conceito trás a mensagem simbólica do Cristo crucificado e o partido a forma básica que estrutura todo o edifício em formato de cruz latina. Em suas estruturas passam a surgir o sistemas de arco e abóbadas, além de que substituem o sistema antigo das igrejas carolíngias, de massa ativa (parede e cobertura juntas em um único bloco) por sistema de vetores de esforços percorrendo caminhos definidos com a utilização de vigas, pilares e arcos. Esse sistema estrutural é conseguido por meio de contrafortes que suportam o peso, as paredes compactas e ainda de poucas aberturas, as cobertura em abóbada de canhão e abóbada de aresta na nave central surgem substituindo travejamento de madeira. Eram pouco ornamentadas, mas possuíam as rosáceas, as maiores janelas na igreja, que eram grandes vitrais que iluminavam a área central, além de arabescos e baixo-relevos ainda com reflexo didático e evangelizador.
Castrums eram acampamentos montados pelas legiões romanas em seu processo de exploração e domínio de novas áreas. Com distanciamento de um dia de viagem entre os acampamentos, os mesmos eram constituídos por grandes muralhas de proteção, cercadas por fossos e em um formato retangular, cortado por duas vias principais, a Cardo Máximo, sentido norte-sul, e a Decúmano Máximo, sentido-leste oeste, que dividiam o acampamento em quatro áreas iguais e no encontro das duas situava-se o forúm, centro militar do castrum. Paralelo a essas vias principais originavam-se outras ruas, e essas vias principais acabavam em quatro portões, únicos acessos ao interior do acampamento.
Após estabelecidos esses acampamentos representavam segurança, portanto todos queriam se estabelecer dentro do castrum, e esse processo de ocupação perdurou mesmo após o fim do império romano, pois os castrum oferecia a estrutura urbanística planejada pelos romanos, e com seu crescimento muitas cidades se originaram desses acampamentos como as cidades de Bologna, Brescia, Como, Florença, Turim e Vicenza.
O Phartenon apresenta uma arquitetura voltada a vida pública e religiosa. Com um formato baseado no sistema trilítico, com pilares verticais vistos através das colunas unidas por lintéis (arquitraves) horizontais vistos através do seu frontão triangular e entablamento, sua planta era constituída com uma espécie de pórtico (pronaos) , uma nave central, e uma câmara posterior (opistódomos) onde se guardavam oferendas e riquezas destinadas ofertadas) e toda essa estrutura circundada por corredores, sobre uma plataforma elevada, e sem entradas laterais. Foi construído utilizando colunas de ordem arquitetônica dórica, jônica e coríntia, em mármore, granito e pedra calcária, portanto caracterizando uma natureza tectônica na construção. Era uma edificação voltada a Deusa Athenas Partenos, portanto era de acesso restrito, sendo seus rituais feitos ao ar livre, por isso essa edificação tinha um caráter extrovertido, pois sua decoração era totalmente voltada a parte externa do que quanto ao seu interior, tanto que foi aplicado técnicas de correções opticas afim de que sua vista a distância garantisse a sua simetria. Adotava ideais de proporção, harmonia e simetria.
O Panteon já trás as características romanas, que diferente da grega, preocupada com a proporção, harmonia e simetria, aplica nesta edificação uma liberdade nas ordens arquitetônicas e passa a utilizar uma tipologia organizada e sistematizada de acordo com cada tipo de edificação sempre afim demonstrar suntuosidade e poder através da monumentalidade, com a superposição das ordens e utilizando-se de tijolos e concreto, o qual a estrutura sustentavam arcos e abóbodas em um sistema mais eficaz de distribuição de esforços, assim caracterizando uma natureza mais plástica a edificação. Diferente do Phartenon, essa edificação era de caráter introvertido, ou seja, a preocupação estética era muito maior com seu interior do que com seu exterior. Foi construído para que as pessoas pudessem acessá-lo e isolarem-se do mundo exterior.
Rosácea
Torre de fachada
Torre lanterna
Porta tripla
Arcobotante
Contraforte
Pináculo
As construções góticas nascem durante a baixa idade média e trazem como características estruturas monumentais e suntuosas, com temas religiosos, em uma arquitetura de cruz latina, com grande ornamentação através de acostelamentos como grandes vitrais, rosáceas, florões que foram permitidos em virtude de paredes mais finas e leves sustentadas por arcos ogivais, outra característica dessas construções, além de uma verticalização com torres pontiagudas e esguias, que simbolizavam a busca pelo divino, pelos “céus” e que foram possíveis graças a tecnologia de arcobotantes que permitiram o afastamento dos contrafortes das paredes, evolução quanto comparadas as igrejas românicas, permitindo assim que essas estruturas de vidro também criassem um diferencial que eram igrejas mais iluminadas. Outra característica é o aumento do número de portas que passam a ser de 3 na fachada principal.

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