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Pares cranianos Antomia

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10/04/20 
1 
 
Pares Cranianos 
Os pares cranianos conduzem dois tipos de fibras: 
1. Fibras eferentes 
- Somáticas (mm miotômicos): demais pares cranianos que 
não são especiais. 
- Viscerais: 
o Especiais (mm braquiométricos): 
V: mm da mastigação e ventre anterior do digástrico; 
VII: mm mímica, ventre posterior do digástrico e estapédio; 
IX: mm estilofaríngeo e constritor superior da faringe; 
X: mm constritor médio e inferior da faringe e mm da 
laringe. 
o Gerais (mm involuntários ou glândulas) – sistema 
parassimpático. 
 
2. Fibras aferentes 
- Somáticas: 
o Gerais: exteroceptivas e proprioceptivas – 
temperatura, dor, pressão, tato e propriocepção. 
o Especiais: visão, audição e equilíbrio. 
- Viscerais: 
o Gerais: dor visceral. 
o Especiais: gustação e olfação.1 
Dez dos doze núcleos dos nervos cranianos estão 
localizados no tronco encefálico, dos outros dois um se 
localiza no telencéfalo e outro no diencéfalo. 
A origem aparente consiste na saída do par 
craniano do encéfalo, ou seja, em uma vista anteroinferior 
do encéfalo o local onde cada um desses pares emerge. 
Apesar do termo “saída” ser utilizado, há algumas fibras 
que na verdade são direcionadas para o encéfalo. 
Nervo Olfatório (I) 
Exceto o tato, o olfato é considerado 
evolutivamente mais importante do que a visão, audição e 
gustação. 
Tem início no bulbo que consiste em uma região 
inicial mais alargada e dilatada do nervo olfatório que 
apresenta continuação até a base do lobo frontal. O bulbo 
está localizado sobre uma parte do osso etmoide cheio de 
furos denominada de lâmina crivosa ou lâmina cribriforme 
do osso etmoide. No teto da cavidade nasal está 
localizada a mucosa olfativa onde estão imersas as 
radículas ou raízes do nervo olfatório que irão captar as 
partículas olfativas e direcioná-las para o bulbo do nervo 
olfatório. A passagem das raízes ou radículas ocorre através 
dos forames cribriformes da lâmina crivosa. 
Do bulbo do nervo olfatório ocorrerá sinapses com 
os glomérulos e partirão aferências olfativas através do 
nervo olfatório. 
O nervo olfatório se divide em duas estrias 
olfatórias: 
1. Estria olfatória medial: direcionada para a parte 
medial do encéfalo. Está relacionada com os 
ferormônios que são partículas odoríferas que cada 
um dos indivíduos exala. 
2. Estria olfatória lateral: se direciona para o córtex 
olfativo - uncus (principalmente) e giro para-
hipocampal. As percepções olfativas se localizam no 
paleocórtex, mas podem desencadear emoções 
 
1 Importante saber o trajeto, local de passagem no crânio, 
quem inerva e localização dos núcleos. 
devido à proximidade do córtex olfativo com o corpo 
amigdaloide ou complexo amigdaloide. 
A habênula ou trígono da habênula (epitálamo) é 
considerada o centro reflexo olfativo. Antes da existência 
do telencéfalo e, consequentemente do uncus, as 
percepções olfativas terminavam na habênula. 
Nervo Óptico (II) 
Visão geral: a luz entra na pupila e incide em uma 
hemi-retina localizada na parte posterior do globo ocular. 
Das células ganglionares da retina são transmitidas 
informações visuais através do nervo óptico até o quiasma 
óptico. No quiasma óptico ocorre o cruzamento de 
algumas fibras para o lado oposto, enquanto outras 
seguem homolateralmente. Após o quiasma, o 
aglomerado de fibras é denominado de trato óptico. As 
fibras do trato óptico se direcionam para o corpo 
geniculado lateral, que antigamente era uma estrutura do 
metatálamo e, do corpo geniculado lateral algumas fibras 
se direcionam para o colículo superior, considerado o 
centro reflexo da visão e, 80% das fibras se direciona para 
o córtex visual primário localizado no lobo occiptal ao 
longo do sulco calcarino. 
O canal óptico localizado no interior da órbita 
consiste na abertura do crânio que permite a passagem do 
nervo óptico. Somente duas estruturas anatômicas 
possuem passagem pelo canal óptico, são elas: nervo 
óptico e artéria oftálmica. 
O córtex visual primário é responsável por formar 
apenas a imagem (“foto”), para a percepção do 
movimento é necessário a ação das áreas de associação 
secundárias o feixe dorsal (movimento dos objetos) e o 
feixe ventral (reconhecimento facial). 
 
 
 
 
Visão binocular: ambos os olhos enxergam uma área 
central em comum. 
Há dois tipos de hemi-retinas em ambos os olhos: 
retina nasal (medial) e retina temporal (lateral). No campo 
visual lateral direito a luz entra na pupila e incide na hemi-
retina nasal. As fibras das retinas nasais sempre cruzam no 
quiasma óptico para o lado oposto (visão binocular). No 
campo visual medial direto a luz entra na pupila e incide na 
hemi-retina temporal. As fibras da retina temporal não 
cruzam no quiasma, mas se direcionam homolateralmente 
até o corpo geniculado lateral. 
O núcleo supraquiasmático e a glândula pieneal 
afetam outros núcleos do tronco encefálico. Estes núcleos 
estabelecem o ritmo circadiano, o qual afeta: taxa 
metabólica, função endócrina, pressão sanguínea, 
atividades digestivas, ciclo sono-vigília e outros processos 
fisiológicos. 
Defeitos do campo visual 
o Lesões no nervo óptico: perda completa da visão no 
lado do nervo óptico lesionado. 
Relembrando: corpo geniculado lateral (metatálamo) 
se comunica com o colículo superior que consiste no 
centro reflexo da visão (teto do mesencéfalo). 
 
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o Lesões no quiasma óptico: visão em túnel – indivíduo 
não enxerga as laterais, mas apenas a região central 
devido ao não cruzamento das fibras no quiasma 
óptico. 
o Lesões no trato óptico: lesão no trato óptico direto, por 
exemplo, haverá a perda visual na retina temporal do 
olho direito e retina nasal do olho esquerdo. 
Nervo Oculomotor (III) 
Tem passagem pela fissura orbital superior e 
atravessa o seio cavernoso. 
Motor somático e proprioceptivo para 5 músculos 
extrínsecos da órbita (reto superior, reto inferior, reto 
medial, oblíquo inferior e levantador da pálpebra superior) 
– responsável pelos movimentos do globo ocular em 
direção ao foco. 
Motor visceral de inervação parassimpática para 
os músculos esfíncter da pupila (constrição pupilar – miose) 
e músculo ciliar (arredonda a lenta possibilitando enxergar 
de perto). 
A origem aparente do nervo oculomotor é na 
fossa interpeduncular, ou seja, entre os pedúnculos 
cerebrais. 
Quando o músculo esfíncter da pupila contrai 
ocorre a miose (contração da pupila). Se houver lesão no 
nervo oculomotor ocorre a dilatação da pupila, ou seja, a 
midríase devido a inervação parassimpática. 
 
 
 
Lesões no nervo oculomotor ocasionam: 
- Impossibilidade de mover o olho – oculomotor é 
responsável por movimentar cinco dos sete músculos; 
- Estrabismo divergente (olho para fora) – não há o tônus 
do músculo reto medial ficando sob ação do músculo reto 
lateral; 
- Pupila dilatada (midríase) – perde a ação de constrição 
da pupila; 
- Perda do reflexo pupilar ipsilateral; 
- Queda da pálpebra superior (ptose palpebral). 
Nervo Troclear (IV) 
Motor somático e proprioceptivo para o músculo 
oblíquo superior responsável pela movimentação lateral e 
inferior do globo ocular. É o único par craniano que 
apresenta origem aparente dorsal (posterior) no tronco 
encefálico sendo proveniente da região inferior ao colículo 
inferior contornando o pedúnculo cerebral e alcançando 
a região anterior para inervar o músculo oblíquo superior. 
Apresenta esse nome porque o músculo oblíquo 
superior passa pela tróclea e, portanto, o nervo responsável 
por sua inervação passou a ser denominado de nervo 
troclear. 
Lesões do nervo troclear tonam o indivíduo 
incapaz de movimentar o olho. 
Nervo Trigêmeo (V) 
Sua denominação não é devido aos seus três 
principais ramos, mas devido à presença de três núcleos 
localizados no tronco encefálico 
 
2 Não passa pelo gânglio trigeminal, mas acompanha 
ramos do nervo mandibular. 
É sensitivo geral de exterocepção para a pele, 
conjuntiva, dentes, dura-máter (via trigeminal da dor – 
cabeça)e de propriocepção para os músculos da 
mastigação e articulação temporomandibular. 
Origem aparente do nervo trigêmeo é entre a 
ponte e o pedúnculo cerebelar médio. Apresenta uma 
grande raiz sensitiva e uma pequena raiz motora (fibra do 
nervo mandibular2). A raiz motora inerva os músculos da 
mastigação (temporal, masseter, pterigoideo lateral e 
pterigoideo medial), músculo milo-hióideo (mm supra-
hióideo), músculo do ventre anterior do digástrico (mm 
supra-hióideo), músculo tensor véu palatino (mm palato 
mole) e músculo tensor do tímpano (mm palato mole). 
Há três áreas de inervação sensitiva do nervo 
trigêmeo: 
1. Oftálmica: nervo oftálmico – passa pela fissura orbital 
superior; 
2. Maxilar: nervo maxilar – passa pelo forame redondo 
do crânio; 
3. Mandibular: nervo mandibular – passa pelo forame 
oval do crânio. 
Essas três divisões provenientes da periferia se 
direcionam para o gânglio trigeminal ou gânglio 
semilunar, ou seja, gânglio do nervo trigêmeo localizado 
na fossa trigeminal do crânio. Nesse gânglio, após a 
sinapse outro axônio (neurônio pseudounipolar) se 
direciona para a região entre a ponte e o pedúnculo 
cerebelar médio. 
Regiões inervadas por cada ramo: 
1. Nervo oftálmico: supre a córnea, conjuntiva superior, 
mucosa da cavidade nasal anterossuperior, seios 
frontal e etmoidal, dura-máter anterior e 
supratentorial, pele do dorso do nariz, pálpebra 
superior, fronte e couro cabeludo. 
2. Nervo maxilar: supra a dura-máter anterior da fossa 
média do crânio, conjuntiva da pálpebra inferior e 
pálpebra inferior, mucosa da cavidade nasal póstero-
inferior e pele da região lateral do nariz, seio maxilar, 
palato e parte anterior do vestíbulo oral superior, 
dentes maxilares, parte anterior da bochecha e lábio 
superior. 
3. Nervo mandibular: mucosa 2/3 anteriores da língua, 
assoalho da boca e vestíbulo oral inferior posterior e 
anterior, dentes mandibulares, pele do lábio inferior 
das regiões bucal, parotídea e temporal da face e 
orelha externa. 
Lesões do nervo trigêmeo: 
o Perturbações motoras – paralisia da musculatura 
mastigatória (desvio da mandíbula contralateral); 
o Perda do reflexo corneano e do espirro; 
o Anestesia da face (ipsilateral). 
Nervo Abducente (XI) 
Motor somático e proprioceptivo para o músculo 
reto lateral – movimentação para lateral do olho. 
Localizado na altura do clivo no crânio. Apresenta um 
trajeto pelo seio cavernoso e pela fissura orbital superior. A 
origem aparente do nervo abducente é no sulco bulbo-
pontino localizado entre a pirâmide bulbar e a ponte. 
Músculos extrínsecos do olho: reto superior, reto 
inferior, reto medial, reto lateral, oblíquo superior 
(tróclea), oblíquo inferior e levantador da pálpebra 
superior. 
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Lesões do nervo abducente: 
- Impossibilidade de abduzir o olho; 
- Estrabismo convergente – reto medial e demais músculos 
continuarão a apresentar tônus e, por este motivo o olho é 
tracionado para a medial; 
- Visualização dupla de objetos (diplopia). 
Nervo Facial (VII) 
Motor somático: 
- mm mímica; 
- mm estilo-hioideo, ventre posterior do digástrico e 
estapédio. 
Motor visceral: 
- Gânglio pterigopalatino: glândulas lacrimais; 
- Gânglio submandibular: glândulas submandibulares e 
glândulas lacrimais. 
Sensitivo (especial): 
- Paladar para 2/3 anteriores da língua; 
- Palato mole. 
Sensitivo (geral): 
- Pele próxima do poro meato acústico externo. 
Faz um trajeto pela parte petrosa do osso temporal 
entra pelo poro acústico interno, percorre o meato 
acústico interno, faz uma curva abrupta para posterior no 
interior do processo mastoideo no gânglio geniculado 
(gânglio do nervo facial - aferências) e se exterioriza do 
crânio pelo forame estilo-mastoideo (entre o processo 
estiloide e o processo mastoide do temporal). 
Tem origem aparente no sulco bulbo-pontino. 
Apresenta uma grande raiz motora (nervo facial 
propriamente dito) e uma pequena raiz intermédia (nervo 
intermédio localizado entre a raiz motora “nervo facial” e o 
par vestibulococlear). O nervo intermédio conduz fibras 
motoras viscerais e fibras sensitivas fazendo a inervação 
parassimpática para os gânglios submandibular (glândulas 
submandibular e sublingual) e pterigopalatino (glândulas 
lacrimais). A raiz motora inerva os músculos da expressão 
facial ou mímica (músculos estapédio, ventre posterior do 
digástrico e estilo-hioideo). 
O gânglio pterigopalatino está relacionado com a 
inervação parassimpática. A comunicação do gânglio 
geniculado com o gânglio pterigopalatino se dá através 
do nervo petroso maior que se torna o nervo do canal 
pterigoideo para alcançar o gânglio pterigopalatino – 
inervação parassimpática do músculo estapédio. O 
músculo estapédio evita uma oscilação muito aguda dos 
ossículos da audição na janela oval. 
O nervo facial ao sair pelo forame estilo-mastoide 
apresenta uma divisão anterior e uma divisão posterior. A 
divisão posterior apresenta apenas um ramo denominado 
de auricular posterior que se direciona para a parte 
posterior da aurícula e inerva o ventre occiptal do músculo 
occipto-frontal. A divisão anterior passa por dentro da 
glândula parótida e emite cinco ramos para a face e 
pescoço: ramo temporal, ramo zigomático, ramo bucal, 
ramo marginal da mandíbula e ramo cervical (mm 
platisma). 
O nervo lingual que é um ramo do nervo 
mandibular que, por rua vez, é um ramo do nervo trigêmeo 
que se direciona para a língua. Porém, o nervo facial é 
responsável pela inervação dos 2/3 anteriores da língua 
graças a uma ponte existente entre o nervo lingual e o 
nervo facial denominada de nervo corda do tímpano. 
Lesões no nervo corda do tímpano prova a perda da 
gustação dos 2/3 anteriores da língua. 
Através do gânglio pterigopalatino o nervo facial 
será responsável pela inervação das glândulas lacrimais 
(lágrimas) e através do gânglio submandibular será 
responsável pela inervação das glândulas salivares 
sublingual e submandibular. Apesar de passar pela 
glândula parótida não a inerva. 
Lesões no nervo facial: 
Perto da origem: 
- Perda das funções motoras ipsolaterais – paralisia de 
músculos na hemi-face homolateral (periférica); 
- Perda gustativa. 
Central (SNC): 
- Paralisia de músculos na região inferior da face 
contralateral (ângulo da boca caído). 
Em resumo, o VII par é: 
o Motor somático (músculos da mímica, estilo-hioideo, 
ventre posterior do digástrico e estapédio); 
o Motor visceral – parassimpático 
- Gânglio pterigopalatino (glândula lacrimal) 
-Gânglio submandibular (glândulas salivares 
submandibular e sublingual); 
o Sensitivo geral (somático): pele próximo ao poro 
acústico externo; 
o Sensitivo especial: gustação dos 2/3 anteriores da 
língua. 
Nervo Vestibulococlear (VIII) 
Também realiza a passagem pelo poro acústico 
interno e apresenta uma característica única, já que é o 
único par craniano que não sai de dentro do crânio, ou 
seja, permanece no interior do osso temporal. 
Apresenta uma inervação auditiva para a cóclea 
e uma função de equilíbrio na sua parte vestibular. Sua 
origem aparente é no sulco bulbo-pontino localizado ao 
lado do nervo intermédio do facial. 
Possui dois ramos: o nervo coclear relacionado a 
audição e o nervo vestibular que se direciona para o 
aparelho vestibular relacionado ao equilíbrio. 
Na parte petrosa do osso temporal está localizado 
o aparelho vestibular que possui os canais semicirculares 
contendo líquido que são utilizados para monitorar a 
movimentação da cabeça na direção horizontal, 
longitudinal e diagonal, além disso, o utrículo serve para 
detectar a gravidade e o sáculo para detectar aceleração 
linear. Os núcleos cocleares estão relacionados a audição. 
Lesões do nervo vestibular: 
- Zumbido; 
- Vertigem; 
- Comprometimento ou perda da audição. 
Nervo Glossofaríngeo (IX) 
Motor somático e proprioceptivo: músculo estilofaríngeo 
(sai pelo processo estiloide do crânio e se direciona para 
faringe – músculo longitudinal da faringe); 
Motor visceralparassimpática: glândula parótida. 
Inerva a faringe e apresenta uma relação com a 
gustação da língua. Apresenta relação com o forame 
jugular junto com os pares X e XI. 
A carótida comum se divide em uma carótida 
externa e uma carótida interna. A carótida interna 
apresenta uma região mais larga denominada de seio 
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carotídeo onde é detectada a pressão arterial. O nervo do 
seio carotídeo, ramo no nervo do glossofaríngeo, é 
responsável pela inervação do seio carotídeo. O glomo 
carótico localiza-se entre a divisão da carótida interna e 
carótida interna é responsável pela detecção dos níveis de 
gases no sangue. Portanto, o seio carotídeo e o glomo 
carótico informa o hipotálamo sobre as condições de 
pressão e quantidade de gases no organismo. 
o Nervo do seio carotídeo: baro/pressorreceptor 
sensível as alterações na pressão arterial. 
o Nervo do glomo carótido: quimiorreceptor sensível aos 
gases do sangue. 
A inervação parassimpática do glossofaríngeo 
para a glândula parótida ocorre através do gânglio ótico. 
Sensitivo especial: paladar do terço posterior da língua. 
Sensibilidade geral: faringe, fossa tonsilar, tuba auditiva, 
cavidade da orelha média. 
A origem aparente do nervo glossofaríngeo é no 
sulco lateral posterior do bulbo, ou seja, é atrás da oliva 
bulbar. 
Lesões no nervo glossofaríngeo: 
- Paladar ausente no terço posterior da língua; 
- Reflexo do vômito ausente; 
- Fraqueza ipsilateral pode causar alteração notável da 
deglutição. 
Em resumo, o IX par é: 
Motor somático: músculo estilofaríngeo; 
Motor visceral: glândula parótida; 
Sensitivo especial: gustação terço posterior da língua; 
Sensitivo geral (somático): músculo estilofaríngeo e terço 
posterior da língua. 
Nervo Vago (X) 
Motor: palato, faringe, laringe, traqueia, árvore brônquica 
e trato gastrointestinal. 
Sensitivo: faringe, laringe, árvore brônquica, pulmões, 
coração e trato gastrointestinal. 
 Nervo vagari ou errante, pois é um par craniano 
que de inervação parassimpática de quase toda a região 
do tórax e abdômen. Tem passagem pelo crânio através 
do forame jugular. A origem aparente é no sulco lateral 
posterior do bulbo localizado posteriormente as olivas. Da 
origem aparente passa pelo forame jugular e desce pelo 
pescoço junto com a carótida interna e com a veia jugular 
interna. Apresenta dois gânglios que estão relacionados as 
aferências do nervo vago: 
- Gânglio jugular ou superior: sensitivo geral (somático); 
- Gânglio inferior: sensitivo visceral (visceral). 
Inerva: faringe, laringe, esôfago, pulmão, coração, fígado, 
pâncreas, baço, estômago, intestino delgado e parte do 
intestino grosso (ceco, cólon ascendente, cólon transverso 
e flexura cólica esquerda). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lesões do nervo vago: 
- Ramos faríngeos: disfagia (dificuldade para engolir) – 
músculos constritores médio e inferior da faringe; 
- Nervo laríngeo superior: voz fraca; 
- Nervo laríngeo recorrente: rouquidão ou disfonia (ambos 
nervos – afonia e ruído respiratório agudo). 
Em resumo, X par é: 
Motor somático: músculo palatoglosso, musculo intrínsecos 
da faringe (fonação); 
Motor visceral e sensitivo visceral parassimpático: para 
vísceras e abdominais; 
Sensitivo geral (somático): parte inferior da faringe e 
laringe; 
Sensitivo especial: a partir da raiz da língua e canalículos 
gustatórios na epiglote. 
Nervo Acessório (XI) 
Motor somático e sensitivo geral: músculo 
esternocleideomastóideo e músculo trapézio. 
Entra pelo forame magno e sai pelo crânio pelo 
forame jugular. É formado por cinco raízes cervicais e uma 
outra raiz denominada de raiz do nervo vago. As raízes 
cervicais se unem e formam um tronco, esse tronco entra 
pelo forame magno e sobe para sair pelo forame jugular 
junto com os nervos glossofaríngeo e o vago. 
 
 
 
 
 
 
 
Lesões no nervo acessório: 
- Fraqueza para girar a cabeça; 
- Causam fraqueza e atrofia do músculo trapézio (ombro 
caído). 
Nervo Hipoglosso (XII) 
Motor somático: músculos extrínsecos e intrínsecos da 
língua exceto o músculo palatoglosso (extrínseco), 
inervado pelo nervo vago. 
 Tem passagem pelo crânio através do canal do 
nervo hipoglosso. A origem aparente é no sulco lateral 
anterior do bulbo, ou seja, entre a pirâmide bulbar e a oliva. 
 Os músculos extrínsecos (músculo estiloglosso, 
músculo hioglosso, músculo genioglosso) são responsáveis 
por movimentar a língua. Os músculos intrínsecos (músculo 
longitudinal superior, músculo transverso, músculo vertical e 
músculo longitudinal inferior) mudam o formato da língua. 
 Ao todo a língua é constituída por 8 músculos em 
cada lado, ou seja, 16 músculos. 
 
Relembrando: o músculo esternocleideomastóideo 
tem duas cabeças, uma proveniente da clavícula e 
outra do manúbrio do esterno e se insere no processo 
mastoideo do osso temporal. O músculo trapézio é 
assim denominado, pois lembra o formato de um 
trapézio. Sua inserção proximal é na protuberância 
occiptal externa, ligamento nucal e processos 
espinhosos de T1- T12 e a inserção distal é no terço 
lateral da clavícula, acrômio e espinha da escápula. 
Possui fibras ascendentes, transversas e descendentes. 
Relembrando: o nervo vago esquerdo entra na abertura 
superior do tórax e emite os plexos esofágico, cardíaco e 
pulmonar e se reorganiza formando o tronco vagal 
anterior passando para o abdômen. O nervo vago direito 
entra na abertura superior do tórax e emite os plexos 
esofágico, cardíaco e pulmonar e se reorganiza 
formando o tronco vagal posterior. Os troncos vagais 
anterior e posterior possuem ramos para o abdômen. 
Relembrando: o tronco vagal anterior é proveniente do 
nervo vagal esquerdo apresenta os ramos: face 
anterior do estômago, curvatura gástrica menor do 
estômago, pilórico ou duodenal e hepático. O tronco 
vagal posterior apresenta ramos para a face anterior 
do estômago, curvatura gástrica menor e celíaco 
(plexo celíaco). 
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Lesões do nervo hipoglosso: 
- Paralisia da metade ipsilateral da língua. 
Inervação da Língua 
Sensibilidade gustativa: gustação 
Sensibilidade geral: tato, pressão e temperatura. 
O terço posterior da língua tanto na parte 
gustativa como na geral é inervado pelo nervo 
glossofaríngeo. 
Os dois terços anteriores da língua, a inervação 
para tato, pressão e temperatura é realizada pelo nervo 
trigêmeo e a inervação gustativa é realizada pelo nervo 
facial (nervo corda do tímpano). O nervo hipoglosso inerva 
todos os músculos extrínsecos e intrínsecos da língua 
menos o músculo palatoglosso que é inervado pelo nervo 
vago. 
O nervo vago está localizado na região posterior 
na epiglote, pois na epiglote e nas tonsilas linguais estão os 
botões gustativos do nervo vago e o sabor detectado por 
essas tonsilas é a água (nervo vago – parte gustativa e 
motora). 
Localização dos núcleos dos pares cranianos no tronco 
encefálico 
Dos 12 pares cranianos, 10 apresentam núcleos no 
tronco encefálico, os nervos olfatório e óptico são 
provenientes do telencéfalo e do prosencéfalo (vesículas 
ópticas) respectivamente. 
Mesencéfalo: nervo oculomotor e nervo troclear (nervo 
trigêmeo) 
Ponte: nervo trigêmeo, nervo abducente, nervo facial e 
nervo vestibulococlear. 
Bulbo: nervo glossofaríngeo, nervo vago, nervo acessório e 
nervo trigêmeo, (nervo trigêmeo), (nervo facial) e (nervo 
vestibulococlear).

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