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10/04/20 1 Pares Cranianos Os pares cranianos conduzem dois tipos de fibras: 1. Fibras eferentes - Somáticas (mm miotômicos): demais pares cranianos que não são especiais. - Viscerais: o Especiais (mm braquiométricos): V: mm da mastigação e ventre anterior do digástrico; VII: mm mímica, ventre posterior do digástrico e estapédio; IX: mm estilofaríngeo e constritor superior da faringe; X: mm constritor médio e inferior da faringe e mm da laringe. o Gerais (mm involuntários ou glândulas) – sistema parassimpático. 2. Fibras aferentes - Somáticas: o Gerais: exteroceptivas e proprioceptivas – temperatura, dor, pressão, tato e propriocepção. o Especiais: visão, audição e equilíbrio. - Viscerais: o Gerais: dor visceral. o Especiais: gustação e olfação.1 Dez dos doze núcleos dos nervos cranianos estão localizados no tronco encefálico, dos outros dois um se localiza no telencéfalo e outro no diencéfalo. A origem aparente consiste na saída do par craniano do encéfalo, ou seja, em uma vista anteroinferior do encéfalo o local onde cada um desses pares emerge. Apesar do termo “saída” ser utilizado, há algumas fibras que na verdade são direcionadas para o encéfalo. Nervo Olfatório (I) Exceto o tato, o olfato é considerado evolutivamente mais importante do que a visão, audição e gustação. Tem início no bulbo que consiste em uma região inicial mais alargada e dilatada do nervo olfatório que apresenta continuação até a base do lobo frontal. O bulbo está localizado sobre uma parte do osso etmoide cheio de furos denominada de lâmina crivosa ou lâmina cribriforme do osso etmoide. No teto da cavidade nasal está localizada a mucosa olfativa onde estão imersas as radículas ou raízes do nervo olfatório que irão captar as partículas olfativas e direcioná-las para o bulbo do nervo olfatório. A passagem das raízes ou radículas ocorre através dos forames cribriformes da lâmina crivosa. Do bulbo do nervo olfatório ocorrerá sinapses com os glomérulos e partirão aferências olfativas através do nervo olfatório. O nervo olfatório se divide em duas estrias olfatórias: 1. Estria olfatória medial: direcionada para a parte medial do encéfalo. Está relacionada com os ferormônios que são partículas odoríferas que cada um dos indivíduos exala. 2. Estria olfatória lateral: se direciona para o córtex olfativo - uncus (principalmente) e giro para- hipocampal. As percepções olfativas se localizam no paleocórtex, mas podem desencadear emoções 1 Importante saber o trajeto, local de passagem no crânio, quem inerva e localização dos núcleos. devido à proximidade do córtex olfativo com o corpo amigdaloide ou complexo amigdaloide. A habênula ou trígono da habênula (epitálamo) é considerada o centro reflexo olfativo. Antes da existência do telencéfalo e, consequentemente do uncus, as percepções olfativas terminavam na habênula. Nervo Óptico (II) Visão geral: a luz entra na pupila e incide em uma hemi-retina localizada na parte posterior do globo ocular. Das células ganglionares da retina são transmitidas informações visuais através do nervo óptico até o quiasma óptico. No quiasma óptico ocorre o cruzamento de algumas fibras para o lado oposto, enquanto outras seguem homolateralmente. Após o quiasma, o aglomerado de fibras é denominado de trato óptico. As fibras do trato óptico se direcionam para o corpo geniculado lateral, que antigamente era uma estrutura do metatálamo e, do corpo geniculado lateral algumas fibras se direcionam para o colículo superior, considerado o centro reflexo da visão e, 80% das fibras se direciona para o córtex visual primário localizado no lobo occiptal ao longo do sulco calcarino. O canal óptico localizado no interior da órbita consiste na abertura do crânio que permite a passagem do nervo óptico. Somente duas estruturas anatômicas possuem passagem pelo canal óptico, são elas: nervo óptico e artéria oftálmica. O córtex visual primário é responsável por formar apenas a imagem (“foto”), para a percepção do movimento é necessário a ação das áreas de associação secundárias o feixe dorsal (movimento dos objetos) e o feixe ventral (reconhecimento facial). Visão binocular: ambos os olhos enxergam uma área central em comum. Há dois tipos de hemi-retinas em ambos os olhos: retina nasal (medial) e retina temporal (lateral). No campo visual lateral direito a luz entra na pupila e incide na hemi- retina nasal. As fibras das retinas nasais sempre cruzam no quiasma óptico para o lado oposto (visão binocular). No campo visual medial direto a luz entra na pupila e incide na hemi-retina temporal. As fibras da retina temporal não cruzam no quiasma, mas se direcionam homolateralmente até o corpo geniculado lateral. O núcleo supraquiasmático e a glândula pieneal afetam outros núcleos do tronco encefálico. Estes núcleos estabelecem o ritmo circadiano, o qual afeta: taxa metabólica, função endócrina, pressão sanguínea, atividades digestivas, ciclo sono-vigília e outros processos fisiológicos. Defeitos do campo visual o Lesões no nervo óptico: perda completa da visão no lado do nervo óptico lesionado. Relembrando: corpo geniculado lateral (metatálamo) se comunica com o colículo superior que consiste no centro reflexo da visão (teto do mesencéfalo). 10/04/20 2 o Lesões no quiasma óptico: visão em túnel – indivíduo não enxerga as laterais, mas apenas a região central devido ao não cruzamento das fibras no quiasma óptico. o Lesões no trato óptico: lesão no trato óptico direto, por exemplo, haverá a perda visual na retina temporal do olho direito e retina nasal do olho esquerdo. Nervo Oculomotor (III) Tem passagem pela fissura orbital superior e atravessa o seio cavernoso. Motor somático e proprioceptivo para 5 músculos extrínsecos da órbita (reto superior, reto inferior, reto medial, oblíquo inferior e levantador da pálpebra superior) – responsável pelos movimentos do globo ocular em direção ao foco. Motor visceral de inervação parassimpática para os músculos esfíncter da pupila (constrição pupilar – miose) e músculo ciliar (arredonda a lenta possibilitando enxergar de perto). A origem aparente do nervo oculomotor é na fossa interpeduncular, ou seja, entre os pedúnculos cerebrais. Quando o músculo esfíncter da pupila contrai ocorre a miose (contração da pupila). Se houver lesão no nervo oculomotor ocorre a dilatação da pupila, ou seja, a midríase devido a inervação parassimpática. Lesões no nervo oculomotor ocasionam: - Impossibilidade de mover o olho – oculomotor é responsável por movimentar cinco dos sete músculos; - Estrabismo divergente (olho para fora) – não há o tônus do músculo reto medial ficando sob ação do músculo reto lateral; - Pupila dilatada (midríase) – perde a ação de constrição da pupila; - Perda do reflexo pupilar ipsilateral; - Queda da pálpebra superior (ptose palpebral). Nervo Troclear (IV) Motor somático e proprioceptivo para o músculo oblíquo superior responsável pela movimentação lateral e inferior do globo ocular. É o único par craniano que apresenta origem aparente dorsal (posterior) no tronco encefálico sendo proveniente da região inferior ao colículo inferior contornando o pedúnculo cerebral e alcançando a região anterior para inervar o músculo oblíquo superior. Apresenta esse nome porque o músculo oblíquo superior passa pela tróclea e, portanto, o nervo responsável por sua inervação passou a ser denominado de nervo troclear. Lesões do nervo troclear tonam o indivíduo incapaz de movimentar o olho. Nervo Trigêmeo (V) Sua denominação não é devido aos seus três principais ramos, mas devido à presença de três núcleos localizados no tronco encefálico 2 Não passa pelo gânglio trigeminal, mas acompanha ramos do nervo mandibular. É sensitivo geral de exterocepção para a pele, conjuntiva, dentes, dura-máter (via trigeminal da dor – cabeça)e de propriocepção para os músculos da mastigação e articulação temporomandibular. Origem aparente do nervo trigêmeo é entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio. Apresenta uma grande raiz sensitiva e uma pequena raiz motora (fibra do nervo mandibular2). A raiz motora inerva os músculos da mastigação (temporal, masseter, pterigoideo lateral e pterigoideo medial), músculo milo-hióideo (mm supra- hióideo), músculo do ventre anterior do digástrico (mm supra-hióideo), músculo tensor véu palatino (mm palato mole) e músculo tensor do tímpano (mm palato mole). Há três áreas de inervação sensitiva do nervo trigêmeo: 1. Oftálmica: nervo oftálmico – passa pela fissura orbital superior; 2. Maxilar: nervo maxilar – passa pelo forame redondo do crânio; 3. Mandibular: nervo mandibular – passa pelo forame oval do crânio. Essas três divisões provenientes da periferia se direcionam para o gânglio trigeminal ou gânglio semilunar, ou seja, gânglio do nervo trigêmeo localizado na fossa trigeminal do crânio. Nesse gânglio, após a sinapse outro axônio (neurônio pseudounipolar) se direciona para a região entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio. Regiões inervadas por cada ramo: 1. Nervo oftálmico: supre a córnea, conjuntiva superior, mucosa da cavidade nasal anterossuperior, seios frontal e etmoidal, dura-máter anterior e supratentorial, pele do dorso do nariz, pálpebra superior, fronte e couro cabeludo. 2. Nervo maxilar: supra a dura-máter anterior da fossa média do crânio, conjuntiva da pálpebra inferior e pálpebra inferior, mucosa da cavidade nasal póstero- inferior e pele da região lateral do nariz, seio maxilar, palato e parte anterior do vestíbulo oral superior, dentes maxilares, parte anterior da bochecha e lábio superior. 3. Nervo mandibular: mucosa 2/3 anteriores da língua, assoalho da boca e vestíbulo oral inferior posterior e anterior, dentes mandibulares, pele do lábio inferior das regiões bucal, parotídea e temporal da face e orelha externa. Lesões do nervo trigêmeo: o Perturbações motoras – paralisia da musculatura mastigatória (desvio da mandíbula contralateral); o Perda do reflexo corneano e do espirro; o Anestesia da face (ipsilateral). Nervo Abducente (XI) Motor somático e proprioceptivo para o músculo reto lateral – movimentação para lateral do olho. Localizado na altura do clivo no crânio. Apresenta um trajeto pelo seio cavernoso e pela fissura orbital superior. A origem aparente do nervo abducente é no sulco bulbo- pontino localizado entre a pirâmide bulbar e a ponte. Músculos extrínsecos do olho: reto superior, reto inferior, reto medial, reto lateral, oblíquo superior (tróclea), oblíquo inferior e levantador da pálpebra superior. 10/04/20 3 Lesões do nervo abducente: - Impossibilidade de abduzir o olho; - Estrabismo convergente – reto medial e demais músculos continuarão a apresentar tônus e, por este motivo o olho é tracionado para a medial; - Visualização dupla de objetos (diplopia). Nervo Facial (VII) Motor somático: - mm mímica; - mm estilo-hioideo, ventre posterior do digástrico e estapédio. Motor visceral: - Gânglio pterigopalatino: glândulas lacrimais; - Gânglio submandibular: glândulas submandibulares e glândulas lacrimais. Sensitivo (especial): - Paladar para 2/3 anteriores da língua; - Palato mole. Sensitivo (geral): - Pele próxima do poro meato acústico externo. Faz um trajeto pela parte petrosa do osso temporal entra pelo poro acústico interno, percorre o meato acústico interno, faz uma curva abrupta para posterior no interior do processo mastoideo no gânglio geniculado (gânglio do nervo facial - aferências) e se exterioriza do crânio pelo forame estilo-mastoideo (entre o processo estiloide e o processo mastoide do temporal). Tem origem aparente no sulco bulbo-pontino. Apresenta uma grande raiz motora (nervo facial propriamente dito) e uma pequena raiz intermédia (nervo intermédio localizado entre a raiz motora “nervo facial” e o par vestibulococlear). O nervo intermédio conduz fibras motoras viscerais e fibras sensitivas fazendo a inervação parassimpática para os gânglios submandibular (glândulas submandibular e sublingual) e pterigopalatino (glândulas lacrimais). A raiz motora inerva os músculos da expressão facial ou mímica (músculos estapédio, ventre posterior do digástrico e estilo-hioideo). O gânglio pterigopalatino está relacionado com a inervação parassimpática. A comunicação do gânglio geniculado com o gânglio pterigopalatino se dá através do nervo petroso maior que se torna o nervo do canal pterigoideo para alcançar o gânglio pterigopalatino – inervação parassimpática do músculo estapédio. O músculo estapédio evita uma oscilação muito aguda dos ossículos da audição na janela oval. O nervo facial ao sair pelo forame estilo-mastoide apresenta uma divisão anterior e uma divisão posterior. A divisão posterior apresenta apenas um ramo denominado de auricular posterior que se direciona para a parte posterior da aurícula e inerva o ventre occiptal do músculo occipto-frontal. A divisão anterior passa por dentro da glândula parótida e emite cinco ramos para a face e pescoço: ramo temporal, ramo zigomático, ramo bucal, ramo marginal da mandíbula e ramo cervical (mm platisma). O nervo lingual que é um ramo do nervo mandibular que, por rua vez, é um ramo do nervo trigêmeo que se direciona para a língua. Porém, o nervo facial é responsável pela inervação dos 2/3 anteriores da língua graças a uma ponte existente entre o nervo lingual e o nervo facial denominada de nervo corda do tímpano. Lesões no nervo corda do tímpano prova a perda da gustação dos 2/3 anteriores da língua. Através do gânglio pterigopalatino o nervo facial será responsável pela inervação das glândulas lacrimais (lágrimas) e através do gânglio submandibular será responsável pela inervação das glândulas salivares sublingual e submandibular. Apesar de passar pela glândula parótida não a inerva. Lesões no nervo facial: Perto da origem: - Perda das funções motoras ipsolaterais – paralisia de músculos na hemi-face homolateral (periférica); - Perda gustativa. Central (SNC): - Paralisia de músculos na região inferior da face contralateral (ângulo da boca caído). Em resumo, o VII par é: o Motor somático (músculos da mímica, estilo-hioideo, ventre posterior do digástrico e estapédio); o Motor visceral – parassimpático - Gânglio pterigopalatino (glândula lacrimal) -Gânglio submandibular (glândulas salivares submandibular e sublingual); o Sensitivo geral (somático): pele próximo ao poro acústico externo; o Sensitivo especial: gustação dos 2/3 anteriores da língua. Nervo Vestibulococlear (VIII) Também realiza a passagem pelo poro acústico interno e apresenta uma característica única, já que é o único par craniano que não sai de dentro do crânio, ou seja, permanece no interior do osso temporal. Apresenta uma inervação auditiva para a cóclea e uma função de equilíbrio na sua parte vestibular. Sua origem aparente é no sulco bulbo-pontino localizado ao lado do nervo intermédio do facial. Possui dois ramos: o nervo coclear relacionado a audição e o nervo vestibular que se direciona para o aparelho vestibular relacionado ao equilíbrio. Na parte petrosa do osso temporal está localizado o aparelho vestibular que possui os canais semicirculares contendo líquido que são utilizados para monitorar a movimentação da cabeça na direção horizontal, longitudinal e diagonal, além disso, o utrículo serve para detectar a gravidade e o sáculo para detectar aceleração linear. Os núcleos cocleares estão relacionados a audição. Lesões do nervo vestibular: - Zumbido; - Vertigem; - Comprometimento ou perda da audição. Nervo Glossofaríngeo (IX) Motor somático e proprioceptivo: músculo estilofaríngeo (sai pelo processo estiloide do crânio e se direciona para faringe – músculo longitudinal da faringe); Motor visceralparassimpática: glândula parótida. Inerva a faringe e apresenta uma relação com a gustação da língua. Apresenta relação com o forame jugular junto com os pares X e XI. A carótida comum se divide em uma carótida externa e uma carótida interna. A carótida interna apresenta uma região mais larga denominada de seio 10/04/20 4 carotídeo onde é detectada a pressão arterial. O nervo do seio carotídeo, ramo no nervo do glossofaríngeo, é responsável pela inervação do seio carotídeo. O glomo carótico localiza-se entre a divisão da carótida interna e carótida interna é responsável pela detecção dos níveis de gases no sangue. Portanto, o seio carotídeo e o glomo carótico informa o hipotálamo sobre as condições de pressão e quantidade de gases no organismo. o Nervo do seio carotídeo: baro/pressorreceptor sensível as alterações na pressão arterial. o Nervo do glomo carótido: quimiorreceptor sensível aos gases do sangue. A inervação parassimpática do glossofaríngeo para a glândula parótida ocorre através do gânglio ótico. Sensitivo especial: paladar do terço posterior da língua. Sensibilidade geral: faringe, fossa tonsilar, tuba auditiva, cavidade da orelha média. A origem aparente do nervo glossofaríngeo é no sulco lateral posterior do bulbo, ou seja, é atrás da oliva bulbar. Lesões no nervo glossofaríngeo: - Paladar ausente no terço posterior da língua; - Reflexo do vômito ausente; - Fraqueza ipsilateral pode causar alteração notável da deglutição. Em resumo, o IX par é: Motor somático: músculo estilofaríngeo; Motor visceral: glândula parótida; Sensitivo especial: gustação terço posterior da língua; Sensitivo geral (somático): músculo estilofaríngeo e terço posterior da língua. Nervo Vago (X) Motor: palato, faringe, laringe, traqueia, árvore brônquica e trato gastrointestinal. Sensitivo: faringe, laringe, árvore brônquica, pulmões, coração e trato gastrointestinal. Nervo vagari ou errante, pois é um par craniano que de inervação parassimpática de quase toda a região do tórax e abdômen. Tem passagem pelo crânio através do forame jugular. A origem aparente é no sulco lateral posterior do bulbo localizado posteriormente as olivas. Da origem aparente passa pelo forame jugular e desce pelo pescoço junto com a carótida interna e com a veia jugular interna. Apresenta dois gânglios que estão relacionados as aferências do nervo vago: - Gânglio jugular ou superior: sensitivo geral (somático); - Gânglio inferior: sensitivo visceral (visceral). Inerva: faringe, laringe, esôfago, pulmão, coração, fígado, pâncreas, baço, estômago, intestino delgado e parte do intestino grosso (ceco, cólon ascendente, cólon transverso e flexura cólica esquerda). Lesões do nervo vago: - Ramos faríngeos: disfagia (dificuldade para engolir) – músculos constritores médio e inferior da faringe; - Nervo laríngeo superior: voz fraca; - Nervo laríngeo recorrente: rouquidão ou disfonia (ambos nervos – afonia e ruído respiratório agudo). Em resumo, X par é: Motor somático: músculo palatoglosso, musculo intrínsecos da faringe (fonação); Motor visceral e sensitivo visceral parassimpático: para vísceras e abdominais; Sensitivo geral (somático): parte inferior da faringe e laringe; Sensitivo especial: a partir da raiz da língua e canalículos gustatórios na epiglote. Nervo Acessório (XI) Motor somático e sensitivo geral: músculo esternocleideomastóideo e músculo trapézio. Entra pelo forame magno e sai pelo crânio pelo forame jugular. É formado por cinco raízes cervicais e uma outra raiz denominada de raiz do nervo vago. As raízes cervicais se unem e formam um tronco, esse tronco entra pelo forame magno e sobe para sair pelo forame jugular junto com os nervos glossofaríngeo e o vago. Lesões no nervo acessório: - Fraqueza para girar a cabeça; - Causam fraqueza e atrofia do músculo trapézio (ombro caído). Nervo Hipoglosso (XII) Motor somático: músculos extrínsecos e intrínsecos da língua exceto o músculo palatoglosso (extrínseco), inervado pelo nervo vago. Tem passagem pelo crânio através do canal do nervo hipoglosso. A origem aparente é no sulco lateral anterior do bulbo, ou seja, entre a pirâmide bulbar e a oliva. Os músculos extrínsecos (músculo estiloglosso, músculo hioglosso, músculo genioglosso) são responsáveis por movimentar a língua. Os músculos intrínsecos (músculo longitudinal superior, músculo transverso, músculo vertical e músculo longitudinal inferior) mudam o formato da língua. Ao todo a língua é constituída por 8 músculos em cada lado, ou seja, 16 músculos. Relembrando: o músculo esternocleideomastóideo tem duas cabeças, uma proveniente da clavícula e outra do manúbrio do esterno e se insere no processo mastoideo do osso temporal. O músculo trapézio é assim denominado, pois lembra o formato de um trapézio. Sua inserção proximal é na protuberância occiptal externa, ligamento nucal e processos espinhosos de T1- T12 e a inserção distal é no terço lateral da clavícula, acrômio e espinha da escápula. Possui fibras ascendentes, transversas e descendentes. Relembrando: o nervo vago esquerdo entra na abertura superior do tórax e emite os plexos esofágico, cardíaco e pulmonar e se reorganiza formando o tronco vagal anterior passando para o abdômen. O nervo vago direito entra na abertura superior do tórax e emite os plexos esofágico, cardíaco e pulmonar e se reorganiza formando o tronco vagal posterior. Os troncos vagais anterior e posterior possuem ramos para o abdômen. Relembrando: o tronco vagal anterior é proveniente do nervo vagal esquerdo apresenta os ramos: face anterior do estômago, curvatura gástrica menor do estômago, pilórico ou duodenal e hepático. O tronco vagal posterior apresenta ramos para a face anterior do estômago, curvatura gástrica menor e celíaco (plexo celíaco). 10/04/20 5 Lesões do nervo hipoglosso: - Paralisia da metade ipsilateral da língua. Inervação da Língua Sensibilidade gustativa: gustação Sensibilidade geral: tato, pressão e temperatura. O terço posterior da língua tanto na parte gustativa como na geral é inervado pelo nervo glossofaríngeo. Os dois terços anteriores da língua, a inervação para tato, pressão e temperatura é realizada pelo nervo trigêmeo e a inervação gustativa é realizada pelo nervo facial (nervo corda do tímpano). O nervo hipoglosso inerva todos os músculos extrínsecos e intrínsecos da língua menos o músculo palatoglosso que é inervado pelo nervo vago. O nervo vago está localizado na região posterior na epiglote, pois na epiglote e nas tonsilas linguais estão os botões gustativos do nervo vago e o sabor detectado por essas tonsilas é a água (nervo vago – parte gustativa e motora). Localização dos núcleos dos pares cranianos no tronco encefálico Dos 12 pares cranianos, 10 apresentam núcleos no tronco encefálico, os nervos olfatório e óptico são provenientes do telencéfalo e do prosencéfalo (vesículas ópticas) respectivamente. Mesencéfalo: nervo oculomotor e nervo troclear (nervo trigêmeo) Ponte: nervo trigêmeo, nervo abducente, nervo facial e nervo vestibulococlear. Bulbo: nervo glossofaríngeo, nervo vago, nervo acessório e nervo trigêmeo, (nervo trigêmeo), (nervo facial) e (nervo vestibulococlear).
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