As Renúncias Revelam Valores

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As Renúncias Revelam Valores
Mateus 16.24-26; 6.33
Até que ponto você está disposto a ir por algo que você tanto quer, por algo que tanto deseja?
Uma senhora crente dona de uma lanchonete voltou-se para o seu pastor durante um período de campanha política em sua cidade e disse-lhe: “Meu pastor, estou completamente decepcionada com a nossa igreja, com os nossos irmãos! Não esperava isso, nunca pensei que veria irmãos deixando de vir à igreja, abandonando os ministérios da igreja e seu compromisso com Deus por causa de política.”. O pastor, calmamente asssentado retrucou-lhe, por que a senhora está assim tão surpresa e revoltada? É pelo fato de terem deixado seus ministérios, seu compromisso com Deus e com a igreja ou por que fizeram isso a troco da política? Aquela senhora sem entender nada indagou o pastor: “não entendi o que o senhor quis dizer com essa pergunta!”. O pastor prosseguiu e disse-lhe: Que é mais bizarro pessoas que abandonam a igreja, não priorizam Deus nem seu ministério no Reino ou pessoas que fazem isso a troco de um interesse pessoal, individualista, particular e terreno? Por fim o pastor esclareceu-lhe: Minha amada irmã, o que quero dizer é que ao passo que a senhora condena estes que abandonaram a igreja durante todo o período de campanha política, enquanto a senhora julga estes que se ausentaram por esse motivo a senhora não percebe que vive fazendo a mesma coisa! A senhora tem uma lanchonete, mas não é capaz de fechá-la nem sequer em dias especiais na igreja! A senhora não se compromete com sequer um trabalho da igreja porque está tão comprometida com a sua vida terrena que não tem espaço para sua vida espiritual, para o envolvimento com a igreja e o Reino de Jesus. Antes que a senhora pudesse condenar aqueles irmãos por fazerem isso por causa da política PARE DE FAZER ISSO POR CAUSA DE SEUS INTERESSES HUMANOS, TERRENOS E MERAMENTE MATERIAIS! 
Jesus disse “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós. E por que vês o argueiro no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão”. (Mateus 7:1-5).
É muito fácil julgar o outro. Mas como será que nós mesmos nos comportamos, como tratamos as responsabilidades e obrigações do Reino de Deus? Será se não somos apanhados naquilo que nós mesmos condenamos? O nome disso é LEGALISMO e hipocrisia! Cobrar do outro aquilo que nós mesmos não fazemos! Exigir de outros o que eu não sou! Como fazer discípulos se não os temos sido? A religiosidade vã e falsa nos faz ser hipócritas, insensíveis e desumanos! Como cobrarei que você venha para a igreja se eu sou o primeiro a não vir, como cobrarei que você seja fiel a Deus se eu não sou dizimista, não participo das campanhas de ofertas e de missões da igreja! Como poderei cobrar um maior envolvimento seu se eu mesmo permaneço distante do Reino!
Filomena, uma mãe cristã disse à Joaquina, uma outra mãe que deixaria seu filho em casa com a babá, pois estava se sentindo constrangida na igreja, pois seu filho não se aquietava e não a deixava participar do culto. Joaquina disse-lhe que não deveria fazer isso, afinal, seu filho deveria crescer na igreja, aprender a priorizar o Reino de Deus e se envolver, como ela fazia com toda a sua família! Meses depois Joaquina, que tanto cobrara Filomena passou a não só ausentar-se dos trabalhos, como também deixava a filha em casa com familiares, afinal, sua filha não estava se comportando!
Uma senhora que tanto combatia a bebida, que tanto ensinou a outros que não se bebesse, lutou por ver outros fora da bebida se tornou uma alcóolatra de carteirinha.
Não é suficiente apenas ter-se um belo discurso, mas uma prática que confirme o discurso! Se tem algo que nos falta nestes dias é de referenciais! Nossos filhos precisam de referenciais, nossas crianças precisam de referenciais, essa nova geração precisa de referenciais!
Os valores do Reino são uma contracultura, eles se contrapõem à sabedoria convencional! Jesus não quer membros, Jesus espera DISCÍPULOS, imitadores de seu MESTRE! (Mateus 10,24-25a): Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “O discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do seu senhor. Para o discípulo, basta ser como o seu mestre, e para o servo, ser como o seu senhor”. Nenhum de nós deve querer ser maior que Jesus, melhor que Jesus, basta ser como Ele!
Então Jesus disse aos seus discípulos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa, a encontrará. Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma? (Mateus 16:24-26)
Jesus esclarece a natureza do discipulado. Seguir Jesus implica aceitar NÃO SER O PRIMEIRO! É preciso aceitar a sua liderança! É aceitar ir de garupa e quem está na garupa NÃO TOMA AS RÉDEAS! É aceitar que Ele é quem está no comando. É não fugir ao sofrimento, é estar disposto a perder, se render, entregar e renunciar. É estar disposto a abrir mão de direitos e razões!
1. A Renuncia revela o lugar do Reino em nossa vida e o lugar que temos no Reino. (vs. 24)
a) Renunciar a primazia (“se quiser seguor-me”)
Naturalmente o ser humano sempre quer estar em evidência, o que faz é mais por por ser visto que por uma atitude de serviço. Quer se defender, se justificar e preservar os seus direitos humanos e materiais e terrenos. Mas o problema é que essas são atitudes naturais e nunca espirituais! (Contexto).
b) Negar a Si mesmo. O ego quer se afirmar, prevalecer, fazer sua vontade, controlar, dominar. Negar-se implica ceder, abrir mão, mortificar a vontade própria, submeter-se!
c) Tomar a sua Cruz. Sempre se acha que a cruz é o que mais irrita ou aquilo que não gostamos. A cruz vai além. Se o ego busca satisfação, paz, saúde, alegria, harmonia, sucesso, apreciação, aceitação... A cruz implica o sacrifício de tudo isso. Implica abnegação, doação, entrega de recursos, de tempo, implica sofrimento, autossacrifício.
d) Siga-me. O ego quer saber de tudo, direcionar o caminho, as decisões, a vida. Seguir a Cristo implica está disposto a obedecer mesmo quando não concordar, confiar mesmo em meio ao perigo, trabalha mesmo quando ferido, perdoar mesmo que o coração esteja duro, servir mesmo ofensores.
Que você tem renunciado: o Reino de Deus em troca de suas gratificações carnais, humanas e terrenas à semelhança do jovem rico, ou tem renunciado as paixões e prazeres do mundo pelo Reino? 
2. O autossacrifício é o caminho da identidade. (vs. 25)
Só descobrimos nossa verdadeira identidade quando empregamos nossa vida a servir. Não basta deixar de fazer o mal apenas, É PRECISO FAZER O BEM, fazer o certo. Não basta condenar o erro, precisamos acertar. Só descobrimos a nossa identidade quando entregamos a vida ao Reino de Deus! Você sabe qual o seu dom ou ministério espiritual? Sabe para o que Deus te separou? Não foi por acaso que Deus nos salvou, Ele tem propósitos a cumprir! Encontramos vida na entrega ao Senhor!
3. O Valor atribuído é revelado pelo sacrifício realizado. (vs. 26; Mt 13.44-46)
É o sacrifício que fazemos, as entregas que praticamos reveladas nas escolhas que temos que aponta e demonstra o valor que atribuímos ao Reino. Quanto se está disposto para salvar a vida de um ente querido? O que você daria para ver um filho, a mãe, o pai, marido ou esposa salva? O valor que atribuimos à vida destes será demonstrado nos sacrifícios e renuncias que fazemos.
Quanto vale o reino de Deus para você? Quanto vale a sua salvação? Que renúncias, que sacrifícios vêm sendo feito que demonstram esse grande valor do Reino? Vejo irmãos que amam a EBD, mas chegam atrasados sempre, sem contar nos dias que se ausentam. Que amam evangelismo e oReino mas nunca participam quando a igreja sai às ruas. O valor atribuído ao Reino é revelado PELOS SACRIFÍCIOS REALIZADOS!
Quanto vale a sua vida? Quanto vale a sua salvação? Quanto você está disposto a ir, a dar, a renunciar, a entregar para ser salvo? Para ver o Reino de Deus crescer? Para ver vidas sendo salvas?