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FACULDADE SENAC FLORIANÓPOLIS 
 
SENAC SAÚDE E BELEZA 
 
Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniela Eni Conforte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTOS ESTÉTICOS APLICADOS EM UMA CLÍNICA ESCOLA: EFICÁCIA 
DO TRATAMENTO TÓPICO COM ZINCO E OUTROS OLIGOMINERAIS E ORAL 
COM EXTRATO DE OLIVA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FLORIANÓPOLIS 
2019 
 
 
 
Daniela Eni Conforte 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTOS ESTÉTICOS APLICADOS EM UMA CLÍNICA ESCOLA: EFICÁCIA 
DO TRATAMENTO TÓPICO COM ZINCO E OUTROS OLIGOMINERAIS E ORAL 
COM EXTRATO DE OLIVA. 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao SENAC Saúde e Beleza como 
requisito parcial para obtenção de título de Tecnólogo em 
Estética e Cosmética. 
 
Orientador Conteudista: Rafaela Coelho Minsky 
Orientador da prática: Roselene Kroth 
Orientador Metodológico: Msc. Renato Claudino 
 
 
 
 
 
 
 
 
FLORIANÓPOLIS 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha de identificação da obra 
 
A ficha catalográfica deve ser elaborada pelo bibliotecário, 
conforme o Código de Catalogação Anglo-Americano 
 
 
 
 
 
 
 
Daniela Eni Conforte 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTOS ESTÉTICOS APLICADOS EM UMA CLÍNICA ESCOLA: EFICÁCIA 
DO TRATAMENTO TÓPICO COM ZINCO E OUTROS OLIGOMINERAIS E ORAL 
COM EXTRATO DE OLIVA. 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao SENAC Saúde e Beleza como 
requisito parcial para obtenção de título de Tecnólogo em 
Estética e Cosmética. 
 
Orientador Conteudista: Rafaela Coelho Minsky 
Orientador da prática: Roselene Kroth 
Orientador Metodológico: Msc. Renato Claudino 
 
Banca: 
 
 
______________________________________ 
Rafaela Coelho Minsky - Unidade vinculada SENAC Saúde e Beleza 
 
 
 
 
 
 
______________________________________ 
Renato Claudino - Unidade vinculada SENAC Saúde e Beleza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a minha família – Carla, 
Daniel, Bruna e Thay – pelo eterno apoio 
incondicional. 
RESUMO 
 
Introdução: O melasma é uma hiperpigmentação cutânea adquirida, caracterizada 
por manchas simétricas, com tonalidades acastanhadas, que acomete principalmente 
mulheres, sendo passível de gerar transtornos psicológicos. Devido a sua 
fisiopatologia desconhecida, os tratamentos normalmente não são eficazes e resultam 
em piora das lesões ou recidivas. A estética ortomolecular, através da utilização de 
zinco a 10%, extrato de oliva e outros oligominerais torna-se uma alternativa devido 
sua biodispobilidade com a pele. Objetivo: avaliar a eficácia da utilização tópica do 
zinco e outros oligominerais juntamente com o uso oral do extrato de oliva para o 
tratamento de melasma. Metodologia: estudo de caso do tipo descritivo e 
exploratório, com delineamento longitudinal e abordagem quali-quantitativa, com 
avaliador cego, realizado nas dependências do Senac Saúde e Beleza. O estudo 
obteve participação de duas mulheres, com presença de melasma epidérmico, que 
foram avaliadas com os seguintes instrumentos: ficha de avaliação, Melasma Area 
and Severity Index (MASI), Melasma Quality of Life Scale (MELASQoL-PB), Patient 
Acceptable Sympton State (PASS), Registro Fotográfico, Registro Recordatório e Luz 
de Wood. A terapia consistiu em aplicação semanal de ativos ortomoleculares, além 
da utilização do zinco a 10% diariamente, e, para uma das participantes, a 
suplementação oral com extrato de oliva. Resultados: A utilização do zinco a 10% e 
outros oligominerais apresentou benefícios para o tratamento do melasma, mas a 
suplementação oral com extrato de oliva não apresentou resultados satisfatórios a 
abordagem utilizada. Obteve-se resultados positivos quanto a melhora do MASI, 
MELASQoL-PB e PASS em ambas participantes, além do que pode ser observado 
através do registro fotográfico. 
 
Palavras-chave: Melasma. Ortomolecular. Zinco. Extrato de oliva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Background: Melasma is an acquired cutaneous hyperpigmentation, characterized 
by symmetrical patches, with brownish tones, which mainly affects women and is likely 
to cause psychological disorders. Due to their unknown pathophysiology, treatments 
are usually not effective and result in worsening of injuries or relapses. Orthomolecular 
aesthetics with the use of 10% zinc, olive extract and other oligominerals becomes an 
alternative due to its bioavailability with the skin. Aim: evaluate the effectiveness of 
topical use of zinc and other oligominals along with oral use of olive extract for the 
treatment of melasma. Methods: descriptive and exploratory case study, with 
longitudinal design and qualitative and quantitative approach, with blind evaluator, 
realized in Senac Health and Beauty. The study was attended by two women with 
epidermal melasma who were evaluated with the following instruments: evaluation 
form, Melasma Area and Severity Index (MASI), Melasma Quality of Life Scale 
(MELASQoL-PB), Patient Acceptable Sympton State. (PASS), Photographic Record, 
Recall Record and Wood Light. The therapy consisted of weekly application of 
orthomolecular actives, in addition to the daily use of 10% zinc, and, for one of the 
participants, oral supplementation with olive extract. Results: The use of 10% zinc and 
other oligominerals showed benefits for the treatment of melasma, but oral 
supplementation with olive extract did not give satisfactory results to the approach 
used. Positive results were obtained regarding the improvement of MASI, MELASQoL-
PB and PASS in both participants, besides what can be observed through the 
photographic record. 
 
Key words: Melasma. Orthomolecular. Zin. Olive Extract. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9 
1.1 Objetivos ......................................................................................................... 10 
1.1.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 10 
1.1.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 10 
2 REVISÃO TEÓRICA ........................................................................................ 12 
2.1 Pele .................................................................................................................. 12 
2.1.1 Epiderme .......................................................................................................... 12 
2.1.2 Sistema Melânico ............................................................................................. 13 
2.1.3 Derme ............................................................................................................... 15 
2.2 Melasma .......................................................................................................... 16 
2.2.1 Histologia .......................................................................................................... 17 
2.2.2 Aspectos Epidemiológicos ................................................................................ 18 
2.2.3 Qualidade de Vida ............................................................................................ 19 
2.3 Tratamentos .................................................................................................... 19 
2.4 Estética ortomolecular ................................................................................... 21 
2.4.1 Zinco................................................................................................................. 21 
2.4.2 Extrato de Oliva ................................................................................................ 23 
2.4.3 Argilas ..............................................................................................................24 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ......................................................... 25 
3.1 Características da pesquisa .......................................................................... 25 
3.2 Característica dos participantes ................................................................... 25 
3.3 Critérios de inclusão e exclusão ................................................................... 25 
3.4 Instrumentos de coleta de dados.................................................................. 26 
3.4.1 Ficha da Avaliação ........................................................................................... 26 
3.4.2 Melasma Area and Severity Index (MASI) ........................................................ 26 
3.4.3 Melasma Quality of Life Scale (MELASQoL-PB) .............................................. 26 
3.4.4 Patient Acceptable Sympton State (PASS) ...................................................... 27 
3.4.5 Registro Fotográfico ......................................................................................... 27 
3.4.6 Registro Recordatório....................................................................................... 27 
3.4.7 Luz de Wood .................................................................................................... 27 
3.5 Procedimentos de coleta ............................................................................... 28 
4 RESULTADOS ................................................................................................. 30 
5 DISCUSSÃO .................................................................................................... 34 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 37 
 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 38 
 APÊNDICE A – FICHA DE AVALIAÇÃO ADAPTADA ................................... 43 
 APÊNDICE B - TCLE ....................................................................................... 45 
 ANEXO A - MELASMA AREA AND SEVERITY INDEX (MASI) ..................... 47 
 ANEXO B - MELASQOL-PB ........................................................................... 48 
 ANEXO C – PATIENT ACCEPTABLE SYMPTON STATE (PASS) ................ 49 
 ANEXO D – FICHA DE AVALIAÇÃO .............................................................. 50 
 
 
9 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O melasma é uma hiperpigmentação cutânea adquirida, caracterizada por 
manchas simétricas, com tonalidades acastanhadas (MIOT, 2009), que acomete 
ambos os gêneros e etnias, mas possui maior incidência em mulheres (97,5%) em 
idade fértil e fototipos III e IV (76%) na escala de Fitzpatrick (HEXCEL et al., 2014), 
sendo que a prevalência da afecção em mulheres latino-americanas varia de 1,5 a 
33,3%, e estima-se que nas gestantes, este número esteja entre 50 e 80% (POLLO, 
2018). Um estudo realizado no Brasil mostrou que o melasma representa o terceiro 
principal motivo de consultas dermatológicas (8,4%), variando de 5,9 a 9,1%, de 
acordo com as diferentes regiões do país (SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
DERMATOLOGIA, 2006). 
A condição inestética provocada pelo melasma pode acarretar transtornos 
emocionais e de autoestima, e apesar de ser uma doença dermatológica de fácil 
diagnóstico, tem como característica seu estado crônico, com recidivas frequentes, 
além de ser resistente a tratamentos existentes (MIOT, 2009). Sua fisiopatologia é 
desconhecida, mas diversos fatores podem estar correlacionados com o seu 
desenvolvimento, não podendo, apenas um deles ser considerado fator 
desencadeante (TAMEGA et al., 2012). Desta forma, vários são os fatores para o 
acometimento: predominância da influência genética (NEWMANN, 2011), exposição 
à radiação ultravioleta (COSTIN; BIRLEA, 2006), gravidez (RODRIGUES; GUEDES, 
2009), terapias hormonais (NICOLAIDOU, 2014), cosméticos (DUARTE, 2007), 
endocrinopatias (MIOT, 2009), fatores emocionais (MASCENA, 2016), drogas 
fototóxicas e medicações anti-convulsionantes (PANDYA; GUEVARA, 2000). 
Devido a sua etiologia desconhecida, diversos tipos de tratamentos vêm sendo 
examinados, entretanto na sua grande maioria, mostraram-se insuficientes pela 
recorrência das lesões e pelo fato de que não existe uma forma definitiva de 
clareamento da hiperpigmentação (MIOT, 2009). Diversos tratamentos para 
hipercromias estão alicerçados no clareamento das lesões, bem como a prevenção e 
redução das áreas afetadas, com o menor efeito colateral possível (MASCENA, 2016). 
Normalmente, são utilizados os seguintes recursos: aplicação tópica de hidroquinona, 
ácido retinóico (TOURLAKI, 2014), coumestrol (HWANG, 2017) e ácido tranexâmico 
(NA et al., 2013), além de tratamentos baseados na utilização da fototerapia com 
lasers de alta potência (BARBOSA, 2018) e luz intensa pulsada (HUSAIN, 2016). 
10 
 
Antagônico aos tratamentos com efeitos colaterais, surge a possibilidade da aplicação 
tópica de zinco (SHARQUIE, 2008) e outros oligominerais, bem como a utilização do 
extrato de oliva via oral (BAGATIN, 2018). 
A estética ortomolecular se baseia na utilização tópica e oral de oligoelementos 
minerais, visando a correção de macro e micromoléculas do sistema, por meio de 
minerais, vitaminas, aminoácidos e cosmecêuticos antioxidantes (FERREIRA, 2017). 
Um estudo realizado em três mulheres para tratar envelhecimento cutâneo utilizando 
sérum com silício, obteve resultado satisfatório, onde percebeu-se a melhora do tônus, 
elasticidade e viço da pele após 12 sessões de atendimento (LIMA; SOUZA; MAZONI, 
2016). No tratamento de melasma, Sharquie et al., (2008) apontam que a utilização 
tópica de zinco a 10% é uma solução efetiva e segura, onde obtiveram queda de 
49,78% a partir da escala Melasma Area and Severity Index (MASI) com aplicações 
diárias de gel com o mineral durante dois meses. Além disso, a utilização de 
suplementação via oral do extrato de oliva, um potente antioxidante, promoveu a 
diminuição das reações oxidativas da melanogênese, auxiliando na diminuição da 
hiperpigmentação e uniformização do tom da pele (RENDON et al., 2010; GUARATINI 
et al., 2007). 
Desta forma, a estética ortomolecular tem se mostrado como uma alternativa 
vantajosa por reduzir os efeitos colaterais. Isto se justifica pelo fato dos ativos que 
contemplam a oligoterapia estarem mais biodisponíveis quando comparados aos 
sintéticos. Com isso, o presente estudo possui objetivo de avaliar a eficácia da 
utilização tópica do zinco e outros oligominerais juntamente com o uso oral do extrato 
de oliva para o tratamento de melasma. 
 
1.1 Objetivos 
 
1.1.1 Objetivo Geral 
 
Avaliar a eficácia da utilização tópica do zinco e outros oligominerais 
juntamente com o uso oral do extrato de oliva para o tratamento de melasma. 
 
1.1.2 Objetivos Específicos 
 
- Descrever os mecanismos do desenvolvimento do melasma; 
11 
 
- Citar prováveis fatores que favorecem o desenvolvimento do melasma; 
- Caracterizar a amostra da pesquisa a partir da ficha de avaliação adaptada; 
- Acompanhar o consumo do antioxidante oral a partir de um recordatório 
alimentar adaptado; 
- Quantificar o MASI da amostra antes e após o tratamento; 
- Verificar a qualidade de vida a partir do MELASQoL-PB; 
- Verificar a satisfação do tratamento oferecido após o uso do zinco e extrato 
de oliva, através da escala PASS; 
- Comparar a partir de registros fotográficos o atendimento ofertado. 
 
 
12 
 
2 REVISÃO TEÓRICA 
 
2.1 Pele 
 
A pele é o maior sistema do corpo humano, representando aproximadamente 
15% do peso corporal do indivíduo (AZULAY, 2013). Nela, estão presentes diversas 
estruturas, como: glândulas sudoríparas, terminações nervosas, vasos sanguíneos, 
receptores sensoriais táteis, térmicos e dolorosos, entre outros.Suas funções são de 
proteção contra agentes físicos, químicos e biológicos, regulação da temperatura do 
organismo, excreção, sensibilidade tátil e produção de vitamina D e melanina 
(GUIRRO; GUIRRO, 2004). 
Possuindo espessura de 0,5 a 4 milímetros (GUIRRO; GUIRRO 2004), a pele 
está dividida por camadas, sendo dois grupos principais: epiderme, camada mais 
superficial composta por células epiteliais unidas; e derme, camada mais profunda 
composta de tecido conjuntivo denso irregular. Não existe um limite regular que 
separe as duas camadas, mas ele é caracterizado pela presença de saliências e 
reentrâncias que se ajustam, formando as papilas dérmicas (KEDE; SABOTOVICH, 
2009). 
 
2.1.1 Epiderme 
 
A epiderme é constituída fundamentalmente por um epitélio estratificado 
pavimentoso queratinizado (GUIRRO; GUIRRO 2004), isto é, por células justapostas, 
sedimentadas, constituídas de queratina planas, assemelhando-se com escamas. 
Sua divisão dá-se pelas seguintes camadas: germinativa (basal), espinhosa, 
granulosa, lúcida e córnea, sendo esta, a mais externa. A renovação celular da 
epiderme ocorre em um período médio de 21 a 28 dias (GUIRRO; GUIRRO 2004). 
Sua porção mais profunda – basal – é constituída de células epiteliais que se 
proliferam continuamente, e a medida que estas se dividem, são empurradas para a 
superfície. Por não conter vasos sanguíneos, as células da epiderme alimentam-se 
por meio da difusão dos leitos capilares da derme, porém, quanto mais longe da derme 
estão alocadas, menos suprimentos recebem, e em decorrência, acabam morrendo. 
Com isto, seu citoplasma é gradualmente substituído por queratina, formando assim, 
as camadas mais externas da epiderme (AZULAY, 2013). 
13 
 
Ao seu final, no estrato córneo, as células apresentam-se mortas e intimamente 
ligadas, visto que, houve a substituição do citoplasma pela queratina. Estas células 
mortas são aludidas como corneificadas, formando uma cobertura ao redor do corpo 
com o intuito de proteger o organismo contra invasões de microrganismo, além de 
restringir a perda de água (GUIRRO; GUIRRO 2004). 
Além dos queratinócitos, fazem parte da estrutura da epiderme o sistema 
melânico, formado pelos melanócitos; células de Langherans, que possuem função 
imunológica; e células de Merkel, ligadas ao sistema nervoso. Por fim, anexos 
cutâneos como: folículo pilossebáceo, glândulas apócrinas, glândulas sudoríparas 
écrinas, glândulas sudoríparas apoécrinas e unhas também estão presentes nesta 
porção da pele (AZULAY, 2013). 
 
Figura 1. Epiderme estratificada com representação de um melanócito e seus 
dendritos sobre os queratinócitos 
 
Fonte: adaptado de NATARAJAN et al., 2014. 
 
2.1.2 Sistema Melânico 
 
O sistema melânico está localizado na camada basal da epiderme, e 
ocasionalmente, na derme, sendo responsável por conferir pigmentação para a pele 
e pelos, além de exercer função de proteção aos danos causados pela radiação 
ultravioleta, através dos melanócitos (AZULAY, 2013). Estes, são células dendríticas, 
que se originam da crista neural, e apresentam-se como células claras, com núcleo 
14 
 
pequeno hipercromático e citoplasma transparente. Seus dendritos possuem 
numerosos prolongamentos longos e ramificados, que se relacionam com células 
espinhosas suprajacentes (RIVITTI, 2014). 
A densidade de melanócitos irá variar em função das diferentes áreas do corpo, 
porém, não varia em relação às raças, e sim, pelo seu grau de atividade – síntese de 
melanina –, pela proporção dos subtipos de melanina (feomelanina e eumulanina) e 
por fatores ambientais, como a exposição solar (RIVITTI, 2014). 
Nos melanossomos – organelas elípticas e especializadas que ficam 
localizadas no citoplasma do melanócito – ocorre a síntese e a deposição da melanina 
por meio do armazenamento de tirosinase sintetizada pelos ribossomos (KEDE, 
2009). A síntese de melanina origina-se pelo processo biossintético da tirosina, um 
aminoácido essencial, onde há atuação química da tirosinase, complexo enzimático 
cúprico-proteico, sintetizado nos ribossomos e transferidos, através do retículo 
endoplasmático para o Aparelho de Golgi, sendo aglomerado nos melanossomos. A 
tirosina incorporada pela célula penetra nos melanossomos e, então, com a presença 
de oxigênio molecular, é oxidada e convertida em 3,4-diidroxifenilalanina (DOPA), e 
esta, em dopaquinona, que, após várias reações bioquímicas será convertida à 
melanina. Quando cessa a atividade tirosinásica, o melanossomo é transformado em 
grânulo de melanina, havendo transferência da mesma para os queratinócitos dos 
estratos espinhoso e granuloso, onde ficará localizada em posição supranuclear, 
formando um capuz protetor sobre os núcleos dessas células (RIVITTI, 2014). 
Os queratinócitos influenciam a proliferação, no número de dendritos e na 
produção melânica dos melanócitos. Além dele, outros fatores que interferem nesta 
atividade são: hormônios (MSH e sexuais), mediadores de inflamação e vitamina D3 
(KEDE, 2009). Este processo genético é denominado de produção de melanina 
construtiva, quando nossos genes são os responsáveis pela produção do pigmento. 
Porém, também possuímos a produção de melanina facultativa, que ocorre em 
resposta a exposição solar, como forma de proteção ao nosso DNA, e é por este fator, 
que se observa o escurecimento da pele em contato com a radiação ultravioleta 
(RIVITTI, 2014). 
 
 
 
 
15 
 
Figura 2. Representação do ciclo da melanogênese, com suas principais enzimas 
 
Fonte: adaptado de LEE, BAEK & NAM, 2016. 
 
É sabido que a radiação solar é um dos principais fatores que estimulam o 
aumento da síntese de melanina, pois ela irá agir como proteção do epitélio a danos 
que possam ser causados ao DNA (LIN & FISHER, 2007). A exposição solar 
prolongada tem consequências prejudiciais, visto que ativa reações pró-oxidativas de 
alta intensidade energética, além de apresentar potencial genotóxico cumulativo às 
células epiteliais e ativar uma cascata inflamatória mediada pelo estresse oxidativo e 
formação de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio (NATARAJAN et al., 2014). 
Além dos raios ultravioletas, outros fatores contribuem para o estímulo da 
melanogênese, são os principais: fator genético – todas as etapas da melanogênese 
estão sob controle genético, onde as características dos melanossomas são 
codificadas pelos genes de pigmentação; e fatores hormonais – a MSH, hormônio 
envolvido em diversas funções neurológicas, possui efeito de estimular a 
melanogênese, bem como estrogênio e progestetona (FURTADO & OLIVEIRA, 2017). 
 
2.1.3 Derme 
 
A derme é a camada de tecido conjuntivo sobre a qual a epiderme está apoiada. 
É nesta divisão que estão as estruturas da pele, onde encontramos composições 
elásticas e reticulares, fibras de colágeno, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e 
16 
 
nervos, além de glândulas especializadas e órgãos de sentido. Ela está subdividida 
em duas camadas, sendo: camada papilar, a mais superficial; e camada reticular, mais 
profunda (AZULAY, 2013). 
A camada papilar é constituída por tecido conjuntivo frouxo, sendo que, as 
papilas dérmicas – saliências que se encaixam na epiderme – são sua parte mais 
importante. Sua principal função é aumentar a zona de contato derme-epiderme, 
resultando em maior resistência para a pele, sendo que, muitas das papilas contêm 
alas capilares, enquanto outras contêm receptores sensoriais especializados 
(GUIRRO; GUIRRO 2004). 
Já a camada reticular, mais profunda do que a anterior, é constituída por tecido 
conjuntivo denso, e a principal característica que a difere da anterior é quanto seu 
conteúdo de capilares. 
 
2.2 Melasma 
 
O melasma é uma patologia da pele, pertencente ao grupo das discromias, que 
acomete principalmente mulheres, em idade reprodutiva. É caracterizada por máculas 
acastanhadas, com bordas irregulares, reticuladas, simétricase assintomáticas 
(KEDE; SABOTOVICH, 2009), e comumente afeta testa, malar e parte superior do 
lábio (VICTOR; GELBER; RAO, 2004). Seu desenvolvimento é caracterizado pela 
hiperatividade melanócita local, com aumento dos melanossomas e de seu grau de 
maturidade, causando hiperpigmentação em todas as camadas epidérmicas 
(TAMEGA et al., 2012). 
A fisiopatologia do melasma ainda é desconhecida, porém, sabe-se que pode 
ter influência de fatores genéticos (NEWMANN, 2011), exposição à radiação 
ultravioleta (COSTIN; BIRLEA, 2006), gravidez – devido a variação estrogênica e de 
progesterona (RODRIGUES; GUEDES, 2009), terapias hormonais (NICOLAIDOU, 
2014), cosméticos (DUARTE, 2007), endocrinopatias (MIOT, 2009), fatores 
emocionais (MASCENA, 2016), drogas fototóxicas e medicações anti-
convulsionantes, como o difenil-hidantoína (PANDYA; GUEVARA, 2000). Dentre os 
fatores citados, a influência genética e a exposição à radiação ultravioleta, são os que 
mais corroboram para o surgimento e piora do quadro (KEDE; SABOTOVICH, 2009). 
O melasma é classificado clínica e histologicamente. Clinicamente, ele pode 
ser distribuído em: padrão centro-facial, padrão malar e padrão mandibular (VICTOR; 
17 
 
GELBER; RAO, 2004). Histologicamente, a divisão é feita de acordo com a 
profundidade do pigmento melânico: epidérmico, dérmico, misto e indefinido. No 
melasma epidérmico, a melanina está disposta na camada basal e/ou suprabasais, 
podendo afetar todas as camadas. Neste caso, a lesão normalmente apresenta cor 
marrom clara. No tipo dérmico, a lesão ocorre na derme superficial e/ou profunda, 
sendo que os macrófagos carregados de melanina estão em uma localização 
perivascular e a mancha assume cores cinza-azuladas. A disposição da melanina em 
ambas camadas da pele caracteriza o tipo misto de melasma, podendo ou não haver 
contraste entre as cores em algumas áreas da lesão, sendo predominantemente na 
cor marrom profundo. Por fim, no tipo indefinido, a mancha possui cor cinza claro e a 
disposição da melanina ocorre principalmente na derme (KANG, 2002; SANCHEZ et 
al., 1981). 
A área mais comum do aparecimento do melasma é a malar (70,4%), sendo 
também a localização mais frequente da inestética (90,1%), seguido por: frontal 
(53,3%), lábios superiores (52,2%), nariz (34,2), queixo (25,6%), têmporas (20,7%), 
maxilar (20,5%) e pálpebra (9,5%). 
Além do exame visual, utiliza-se a luz de Wood visando obter um diagnóstico 
mais preciso sobre o tipo de melasma, onde avalia-se o contraste da mancha em 
relação ao restante da pele. Quando epidérmico, observa-se um contraste bem 
definido entre a pele afetada e seu restante. Já no melasma dérmico, o contraste de 
cores é menor quando exposto a luz. No melasma misto, os dois tipos de contraste 
são vistos, e no indefinido, não há contraste visível, visto que, acomete indivíduos de 
fototipo acima de V (KEDE; SABOTOVICH, 2009). 
 
2.2.1 Histologia 
 
O melasma é reconhecido como uma hipermelanose de fatores etiológicos 
variados e patogênese desconhecida. Apesar disso, a pele lesionada com melasma 
apresenta características bem distintas da não afetada. 
Kang et al., (2002) realizaram um estudo envolvendo 56 mulheres de origem 
coreana, onde foram coletados e enviados para a biópsia fragmentos de tecido 
afetado e de regiões adjacentes ao melasma para análise histológica, por meio da 
utilização de produtos químicos e imunocoloração para melanócitos. Os resultados 
mostraram que as peles lesionadas continham quantidades maiores de melanina, 
18 
 
além de maior número de melanócitos e aumento de melanossomos em estágio IV – 
última etapa de maturação dos mesmos, sendo que somente os estágios III e IV 
possuem capacidade de síntese de melanina (VICTOR; GELBER; RAO, 2004). Por 
fim, também foi descoberto que os melanócitos da pele lesionada possuíam 
incremento no número de organelas, como: mitocôndrias, complexo de Golgi, retículo 
endoplasmático rugoso, ribossomos e dendritos, o que sugere aumento da 
capacidade de produção celular (KANG et al., 2002). 
No mesmo estudo, a pele lesionada também apresentou diferenças quando 
exposta a imuno-histoquímica, onde observou-se aumento da TRP-1 – proteína 
relacionada a atividade enzimática da tirosinase, com função de síntese da 
eumelanina, manter a estabilidade da tirosinase e dos melanossomos, além de afetar 
a proliferação dos melanócitos e morte celular. Além disso, também foi encontrado 
aumento na quantidade de cisternas e vesículas do complexo de Golgi, o que sugere 
maior síntese de tirosinase (KANG et al., 2002). 
 
2.2.2 Aspectos Epidemiológicos 
 
O melasma atinge principalmente pessoas com descendência hispânica e 
asiática, bem como populações que vivem em locais com grande radiação solar, como 
Índia, Paquistão, Oriente Médio e área mediterrânea. Dentre as mulheres latino-
americanas, a prevalência varia de 1,5 a 33,3% (POLLO, 2018). No Brasil, poucos 
estudos mostram a distribuição da inestética, mas em inquérito realizado com 
funcionários de uma instituição pública no interior de São Paulo, 22% deles 
apresentavam a disfunção (ISHIY, SILVA, PENHA et al, 2014). 
Um estudo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (2006) que visava analisar 
o perfil nosológico das consultas dermatológicas no país, mostrou que os transtornos 
de hiperpigmentação são a terceira causa mais frequente de visita aos consultórios 
(8,1%), sendo que 61,88% são referentes a melasma. A proporção pela procura varia 
de acordo com as regiões do país, sendo: Norte (5,85%), Nordeste (7,67%), Sudeste 
(8,65%), Sul (8,06%) e Centro-Oeste (9,12%). A idade média para o surgimento do 
melasma é de 29,8 (±8,8) anos. Justificado pela etiologia da inestética, o sexo mais 
acometido é o feminino (97,5%), e entre os fototipos de Fitzpatrick há prevalência no 
III e IV, com 36,9 e 39,7%, respectivamente. (HEXCEL et al., 2014). 
 
19 
 
 
 
 
2.2.3 Qualidade de Vida 
 
Para a medicina, o melasma não possui grande significado clínico, visto que, 
não existem taxas de mortalidade relacionadas ao seu aparecimento. Entretanto, a 
condição inestética provocada pelo melasma pode acarretar transtornos emocionais 
e de autoestima, podendo influenciar negativamente as atividades dos pacientes, 
limitando seu cotidiano (SANCHEZ et al., 1981). 
Devido ao fato da subjetividade da inestética, onde a percepção de paciente e 
médico pode variar significativamente, surgiu a necessidade de utilização de 
instrumentos padronizados, validados e com resultados reproduzíveis, para avaliar 
mais objetivamente os aspectos da relação do paciente com o melasma. 
Para isso, em 2003, Balkrishnan et al., desenvolveram e validaram o Melasma 
Quality of Life Scale (MELASQoL), um questionário com dez itens que visam medir a 
qualidade de vida de mulheres com melasma. A partir disso, pode-se demonstrar de 
forma objetiva as implicações do melasma no dia a dia das pessoas, bem como, 
documentar a eficácia clínica dos tratamentos. Visando a utilização do questionário 
em países de Língua Portuguesa, Cestari et al. (2006) realizaram a tradução e 
validação do instrumento para o português. 
O MELASQoL é composto por dez questões relacionadas a aspectos de vida, 
onde o entrevistado deve responder como se sente em relação a cada um dos itens 
em uma escala de 1 (nem um pouco incomodado) a 7 (incomodado o tempo inteiro). 
Seu índice pode variar de 7 a 70, sendo os que os valores mais altos indicam pior 
qualidade de vida. As questões são divididas em três grupos: o primeiro, sobre como 
a pessoa se sente em relação a condição de sua pele; o segundo, em como a 
condição da pele afeta sua relação com outras pessoas; e, por fim, como a condição 
da pele interferem em outros aspectos da vida cotidiana. 
 
2.3 Tratamentos 
 
Diversos tratamentos para hipercromias estão alicerçados no clareamento das 
lesões, bem como a prevenção e redução das áreas afetadas,com o menor efeito 
colateral possível (MASCENA, 2016). Para isto, alguns ativos despigmentantes são 
20 
 
destinados a esse propósito, sendo que a ação de cada um dos ativos ocorre com 
diferentes mecanismos de ação, visando atingir áreas onde ocorra a síntese de 
melanina e/ou transferência da sua produção. Isto é, os ativos podem atuar inibindo a 
formação da melanina, no transporte de grânulos, alterando quimicamente a 
melanina, inibindo a biossíntese da tirosina, destruindo melanócitos e também na 
inibição da formação de novos melanossomas (RIVITTI, 2007). 
A hidroquinona é apontada como o despigmentante mais eficiente dentre os 
tratamentos tópicos, em dosagens de 2 a 4%. O ativo é inibidor da tirosinase e da 
conversarão de DOPA em melanina. Entretanto, seu uso está associado ao 
desenvolvimento de ocronoses – hiperpigmentação assintomática que acomete a face 
– piorando o quadro e dificultando ainda mais seu tratamento (VICTOR; GELBER; 
RAO, 2004). Outro ativo bastante utilizado é o ácido retinóico, que atua na dispersão 
dos grânulos do pigmento nos queratinócitos, interferência na transferência dos 
melanossomos e aceleração do turnover celular. Magalhães et al. (2011) compararam 
o uso do ácido retinóico a 5% e o ácido retinóico a 10% no tratamento do melasma de 
30 pacientes, avaliadas através do MAIS e pelo MELASQoL. Não houve diferença 
estatística entre ambos os ácidos, mas quando avaliados isoladamente, foram 
capazes de produzir melhora clínica em todas as pacientes. 
Hwang et al. (2017) avaliaram os efeitos de coumestrol para o tratamento de 
malanogênese/hiperpigmentação cutânea. Eles apontam que o ativo suprime os 
níveis da tirosinase, ocasionando degradação da proteína. Estudos mais recentes 
investigam a utilização do ácido tranexâmico, apontando que ele atua na diminuição 
de eritemas e na redução de vasos e mastócitos, que consequentemente, irão inibir a 
melanina em decorrência da interação entre melanócitos e queratinócitos (NA et al., 
2013). 
Além dos tratamentos com ativos cosméticos, as eletroterapias também 
surgem como possibilidade para o tratamento do melasma. A eficiência do laser 
fracionado Ruby Q-switched de 694nm foi utilizada para o tratamento de mulheres 
coreanas por 6 semanas. Ao final do estudo, concluiu-se que a técnica contribuiu para 
a diminuição da área afetada e redução da pigmentação (JANG, 2018). Em 
contrapartida, Trivedi et al. (2017), apontam que apesar dos resultados positivos com 
a técnica, a taxa de recorrência é alta – em torno de 64-81% após 3 meses do 
tratamento. Outro estudo mostrou a eficácia de luz pulsada para o desaparecimento 
do melasma (HUSAIN, 2016). 
21 
 
 
2.4 Estética ortomolecular 
 
A estética ortomolecular se baseia no princípio de correção de macro e 
micromoléculas do nosso organismo, por meio da utilização tópica e oral de ativos 
antioxidantes, vitaminas, minerais e aminoácidos. O corpo humano é composto por 
diversos elementos, onde os dividimos entre: macroelementos, sendo mais 
abundantes (cerca de 99% do peso corporal) e microelementos, composto por 
vitaminas e minerais, responsáveis por desempenhar diversos processos metabólicos 
(WADA, 2014). 
Os minerais que fazem parte do grupo dos microelementos são: ferro (Fe), 
zinco (Zn), flúor (F), manganês (Mn), cobalto (Co), molibdénio (Mo), selênio (Se), 
crômio (Cr), vanádio (V), silício (Si), níquel (Ni) e arsênio (As) (UNDERWOOK, 2012). 
Grande parte destes elementos são obtidos por meio da alimentação, e quando estão 
em falta ou excesso no nosso organismo, desencadeiam diversos prejuízos para o 
mesmo, principalmente associados as doenças funcionais, como irritabilidade, 
transtorno de sono, indisposição, bem como diversos sintomas vagos e inespecíficos, 
e que somente serão resolvidos quando reestabelecido o equilíbrio destes nutrientes. 
Na estética, os oligoelementos têm como objetivo neutralizar os radicais livres, 
formados a partir da oxidação que ocorre naturalmente no organismo, prejudicando o 
funcionamento das células. Para isso, eles são utilizados em produtos de uso tópico, 
como cremes e máscaras, buscando atuação no organismo, além da suplementação 
oral (DUARTE, 2015). 
A aplicação da ortomolecular na estética surge como alternativa para 
tratamentos que não possuem tanta biocompatibilidade, e em se tratar de melasma, 
onde os casos de recidiva são bastante frequentes em resposta a tratamentos 
agressivos (MIOT, 2009), apresenta-se como forma de amenizar estes riscos e 
promover melhora das manchas. 
 
2.4.1 Zinco 
 
Dentro da estética ortomolecular, o zinco desempenha papel fundamental, 
principalmente no que tange o funcionamento do sistema imunológico, crescimento e 
desenvolvimento físico, saúde reprodutiva, sensorial e desenvolvimento 
22 
 
neurocomportamental (MOGADDAM et al, 2017). Sua deficiência é um grave 
problema em todo o mundo, inclusive em países desenvolvidos, sendo sua 
prevalência global estimada em 17,3% (WESSELLS, 2012), e está relacionada com 
deficiência alimentar, presença de compostos quelantes nos alimentos, distúrbios no 
processo de absorção gastrointestinal ou aumento na excreção urinária (HAMBIDGE 
et al., 2008). Para Prasad (1982), o uso tópico de zinco possui efeitos benéficos para 
patologias cutâneas severas, devido ao seu potencial anti-inflamatório, adstringente e 
antioxidante. Outros pesquisadores associam a deficiência do zinco com diversas 
afecções dermatológicas, como: acne vulgar, rosácea, psoríase, vitiligo, hanseníase, 
verrugas cutâneas, leishmaniose, entre outras (GUPTA et al., 2014; MOGADDAM et 
al., 2017). 
 Mogaddam et al. (2017) comprovaram que existe relação entre a deficiência 
de zinco e o melasma. Seu estudo foi realizado com 118 voluntários com melasma e 
outros 118 compuseram o grupo de controle. Foram solicitados exames laboratoriais 
que detectassem o nível sérico de zinco dos participantes e após análise estatística, 
concluiu-se que os grupos possuíam diferença significativa nos níveis de zinco, sendo 
que o grupo controle, apresentava maior índice e os participantes com melasma, 
apresentavam déficit do mineral. 
Um estudo realizado por Sharquie et al. (2008) em Bagdá com 28 participantes, 
mostrou que o uso tópico de zinco a 10% foi um agente efetivo para o tratamento de 
melasma, utilizando o MASI como parâmetro para avaliar os resultados. As 
participantes fizeram o uso do oligomineral durante dois meses, duas vezes ao dia, e 
o porcentual de melhora ao final do tratamento foi de 49,78%. A terapia não mostrou 
efeitos colaterais significativos, onde apenas foi relatado por alguns participantes uma 
leve ardência, que cessou com o uso contínuo do creme, não precisando interromper 
o tratamento. Como conclusão, os escritores afirmam que o zinco é uma ótima 
alternativa, atribuindo os resultados ao efeito de peeling, antioxidante e protetor solar 
natural. 
Outro estudo, realizado no Iraque com 60 mulheres e 10 homens, testou a 
diferença de resultados entre dois grupos: um utilizando creme com zinco a 10% e 
outro, creme com 6% de ácido lático. O grupo que utilizou o zinco foi orientado a 
utilizar o creme duas vezes ao dia, enquanto no grupo do ácido lático os participantes 
começaram utilizando o produto em noites alternadas, durante uma semana, e 
passaram a utilizar todas as noites após este período. O tratamento durou dois meses, 
23 
 
e os pacientes eram reavaliados a cada duas semanas, e mensalmente após o 
término do mesmo, por dois meses, para avaliar recidivas nos resultados. Ambos os 
grupos obtiveram redução no MASI, sendo a do ácido lático de 41,5% e do zinco de 
49,7%, não tendo diferença significativa entre os dois grupos. Apesar disso, duas 
pessoas do grupo do ácido obtiveram piora após o uso, enquanto nenhuma piora foi 
constatada no grupo do zinco (KHALIFA et al., 2015). 
Além do zinco, outros oligominerais possuem atividadeno processo de 
melanogênese. O selênio possui propriedades antioxidantes, e na pele humana é 
capaz de alterar a dose mínima de eritema de Ultravioleta (UVB), além de induzir a 
glutationa peroxidase e a peroxidação lipídica induzida pela radiação ultravioleta, o 
dano ao DNA e a apoptose (DRAELOS, 2005). 
 
2.4.2 Extrato de Oliva 
 
Com a crescente busca por tecnologias na área da estética, que visam auxiliar 
os tratamentos propostos na prática clínica, surgem novas classes de produtos, como 
os nutricosméticos (DEDEREN, 2006). Segundo Mellage (2008), nutricosméticos são 
produtos de administração oral, formulados e comercializados especificamente para 
propósito de beleza, comercializados em forma de cápsulas, alimentos, líquidos ou 
comprimidos. 
Dentro desta classe de produtos, o mercado começa a explorar os benefícios 
do uso oral do extrato de oliva, produzido por agricultura orgânica na Tunísia, região 
sul do Mediterrâneo. Seu principal ativo é o hidroxitirosol (HT), que possui capacidade 
antioxidante devido ao composto fenólico. De acordo com Rendon et al. (2010), a ação 
antioxidante auxilia na diminuição de hiperpigmentações, pois diminui e retarda as 
reações oxidativas da melanogênese, além de diminuir os efeitos da radiação 
ultravioleta sobre a pele (RAFEHI et al., 2012). 
Como antioxidante, o HT apresenta-se como superior até mesmo a Vitamina C 
e E, sendo então, indicado para tratamentos de rejuvenescimento, discromias leves, 
hiperpigmentações pós-inflamatórias e melasma (LA FUENTE et al., 2004). É sabido 
que os antioxidantes reduzem a formação de melanina por interferirem nas reações 
oxidativas necessárias para a formação do pigmento. Além disso, antioxidantes 
reduzem os radicais livres, conhecidos como agentes estimulantes dos melanócitos 
(GUARATINI et al., 2007). 
24 
 
 
2.4.3 Argilas 
 
Por conterem grande quantidade de minerais, as argilas fazem parte do arsenal 
de produtos utilizados dentro da estética ortomolecular. Sua definição é dada como 
“um aglomerado mineral de textura finíssima, composta de minerais de argila, 
podendo conter minerais como quartzo, mica, hematita, e além de tudo, uma estrutura 
cristalográfica bem definida” (MEDEIROS, 2013, p. 15). A argila é o resultado da 
fragmentação de rochas, como feldspato e mica, que devido a variações atmosféricas 
e das rochas em questão, darão a argila características físico-químicas diferentes. 
Serão estas características que definem as cores da argila, e consequentemente, 
suas propriedades terapêuticas (MEDEIROS, 2013). 
Devido a suas propriedades, as argilas são empregadas tanto na saúde como 
na estética. Sua utilização responde positivamente ao alivio de quadros álgicos, 
inflamatórios, para desintoxicação, tratamento de ferimentos, lesões superficiais, 
revitalização do corpo, processos digestórios, entre outros. A inter-relação entre a pele 
e a argila se dá pela instabilidade de íons gerada na argila após adicionado água. Em 
contato com a pele, estes íons ficam vulneráveis a ligações com os íons instáveis da 
pele, ocorrendo a transferência dos minerais para a mesma e liberação de resíduos 
da pele para a argila (MEDEIROS, 2013). 
A argila branca é composta por óxido de silício, e tem indicação para peles 
delicadas, visto que é uma argila suave. O silício possui função na formação de 
colágeno e elastina, e por esse motivo, é bastante empregada em tratamentos de 
linhas de expressão e rugas. Além disso, possui atuação em manchas de pele 
causadas pela exposição solar inadequada. Já a argila vermelha, composta 
principalmente por ferro, silício, cobre e cromo, possui ação de estímulo a circulação 
e aceleração de processos de supuração, além de ser indicada para processos que 
já estão na pele e necessitam cicatrizar. 
 
 
 
 
 
 
25 
 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
3.1 Características da pesquisa 
 
O estudo de caso caracteriza-se como uma pesquisa do tipo descritiva e 
exploratória, sendo descritiva, pois visa analisar, observar e registrar aspectos que 
envolvem um fenômeno, e exploratória por proporcionar maior familiaridade com o 
objeto de estudo e, obter uma nova percepção a seu respeito, descobrindo novas 
ideias em relação ao objeto de estudo. Seu delineamento foi longitudinal, destinado a 
estudos ao longo do tempo que visam investigar mudanças (HADDAD, 2004) e de 
abordagem qualitativa e quantitativa, com avaliador cego, ou seja, que não possui 
conhecimento a respeito do grupo e da terapêutica utilizada (CAMPANA, 2001). Este 
estudo foi aprovado pelo comitê de ética sob o número 0203051890005357. 
 
3.2 Característica dos participantes 
 
Foram recrutadas para esta pesquisa 02 participantes, do sexo feminino, com 
faixa etária de 30 a 45 anos, selecionadas nas dependências do Senac Saúde e 
Beleza. A seleção dos participantes da pesquisa ocorreu de forma intencional. Os 
participantes do estudo foram selecionados na região da grande Florianópolis. 
 
3.3 Critérios de inclusão e exclusão 
 
Para este estudo foram selecionados os seguintes critérios de inclusão: clientes 
com presença de melasma, não estejam realizando nenhum tratamento no momento, 
utilizem protetor solar com Fator de Proteção Solar (FPS>30), tenham disponibilidade 
em aceitar fazer a pesquisa e frequentar os atendimentos propostos pelo acadêmico 
e professor e estar disposto a responder todos os questionamentos realizados pelo 
pesquisador principal para a condução da sua pesquisa. Os critérios de exclusão 
foram: qualquer desconforto que vise a integridade física (déficits motores, cognitivos, 
digestivos e intolerante ao uso de oligominerais) que afetem o atendimento proposto, 
e não assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) antes do início 
das coletas. 
 
26 
 
3.4 Instrumentos de coleta de dados 
 
3.4.1 Ficha da Avaliação 
 
Foi utilizada uma ficha de avaliação com o propósito de identificar o sujeito 
através dos dados pessoais e histórico de vida e de saúde, como nome, data de 
nascimento, profissão, histórico de doenças, condições gerais do organismo, 
consumo de alimentos, água e medicamentos, etc. Também foi utilizada uma ficha de 
avaliação adaptada para aplicação em clientes com melasma, abrangendo 
informações quanto a reatividade do participante a exposição solar, aparecimento e 
fatores desencadeantes da inestética, histórico de manchas na família, etc. 
 
3.4.2 Melasma Area and Severity Index (MASI) 
 
A escala MASI foi desenvolvida em 1994 e validada para o português em 2011, 
visando quantificar a gravidade do melasma, através da inspeção visual da face. Para 
isto, a face avaliada é dividida em 4 áreas, sendo: fronte (F), malar direita (MR), malar 
esquerda (ML) e mento (C), com respectiva correspondência de 30%, 30%, 30% e 
10%. Sendo observado os seguintes escores: 1) Porcentagem total de área acometida 
(A): de 0 (pele normal) até 6 (90 a 100% de acometimento); 2) Hiperpigmentação (D): 
de 0 (ausente) até 4 (máxima); e 3) Homogeneidade da hiperpigmentação (H): de 0 
(mínima) até 4 (máxima). Calcula-se o MASI através da seguinte equação: MASI = 
0,3(DF+HF) AF + 0,3(DMR+HMR) AMR + 0,3 (DML+HML) AML + 0,1(DC+HC) AC. 
Sendo que o valor máximo que a fórmula pode atingir é 48, caracterizado pela maior 
gravidade possível do melasma (PANDYA, 2011). 
 
3.4.3 Melasma Quality of Life Scale (MELASQoL-PB) 
 
O MELASQoL foi desenvolvido em 2003 na língua inglesa e em 2006 foi 
validado para a língua portuguesa, sendo o único instrumento específico para 
melasma que visa avaliar a qualidade de vida. Este questionário é constituído por dez 
itens que buscam avaliar o efeito do melasma no estado emocional, relações sociais 
e atividades diárias. Seu escore pode variar de 10 até 70, dependendo do grau em 
que a inestética afeta a qualidade de vida do cliente (CESTARI, 2006). 
27 
 
 
3.4.4 Patient Acceptable Sympton State (PASS) 
 
OPASS é uma forma de avaliação da satisfação do cliente em relação ao seu 
estado atual de saúde, com foco na inestética abordada neste estudo, através de uma 
única questão dicotômica. A análise da satisfação dos indivíduos pesquisados foi 
aplicada antes, na metade e ao final do tratamento proposto, com utilização da escala 
de Likert de 0 a 10, onde 0 = insatisfação plena e 10 = satisfação completa. Esta 
escala já foi utilizada em pacientes de com dores crônicas sendo considerada um 
instrumento valido para verificar satisfação quanto a terapêutica utilizada (TUBACH et 
al., 2006). Este instrumento foi validado para pacientes brasileiros com fibromialgia 
(WENCESLAU 2016) 
 
3.4.5 Registro Fotográfico 
 
O primeiro registo fotográfico foi realizado antes do início do tratamento, em 
data marcada para serem realizadas todas as avaliações, bem como, ao final do 
tratamento, após realização da oitava sessão. As fotos foram feitas com a cliente em 
posição ortostática, em frente a uma parede azul, a uma distância de 50cm entre a 
fotógrafa e a fotografada. O equipamento utilizado foi uma câmera profissional, da 
marca Canon®, linha EOS®, modelo REBEL T3i®, n. de série 412078025198, com 
programação em Grande Plano e foco automático. Estas fotos serão armazenadas 
em computador e ficarão sob responsabilidade do pesquisador principal. 
 
3.4.6 Registro Recordatório 
 
Esta ferramenta foi adaptada de recordatórios alimentares, onde o cliente relata 
seu consumo de alimentos e bebidas durante determinado período (HOLANDA, 
2006), visando observar a correta utilização do antioxidante proposto pelo estudo. Sua 
apresentação foi em formato de tabela, com os dias do mês, onde a cliente preencheu 
diariamente seu consumo, bem como a hora de sua realização. 
 
3.4.7 Luz de Wood 
 
28 
 
A luz de Wood constitui-se como um método de observação e diagnóstico, 
sendo um exame simples feito por iluminação da área com uma lâmpada de luz negra 
que denota fluorescência específica na área observada. Quando a luz ilumina a 
epiderme com grande quantidade de melanina, sua maior parte é absorvida, enquanto 
a pele adjacente, menos pigmentada, reflete luz como de costume, resultando em 
contraste na borda entre as áreas com gradientes distintos de melanização. Já nas 
hiperpigmentações dérmicas, este contraste é menos aparente com a luz 
fluorescente, permitindo assim, avaliar o tipo de melasma presente na cliente 
(SANCHEZ et al., 1981). O equipamento utilizado para avaliação foi uma maleta 
analisadora da marca Estek®. 
 
3.5 Procedimentos de coleta 
 
Inicialmente, foi realizado o contato via telefone pela recepcionista da instituição 
com o intuito de oferecer o atendimento, após o aceite foi marcado o horário nas 
dependências do SENAC Saúde e Beleza. As coletas de dados ocorreram no mês de 
agosto e setembro de 2019. Dessa forma, os indivíduos foram informados dos 
objetivos e procedimentos da pesquisa, e somente participariam deste estudo, após 
formalizarem seu aceite por meio de assinatura do TCLE. 
Após a avaliação inicial por meio das fichas de avalição facial, MASI, 
MELASQoL, PASS, registro fotográfico e luz de Wood foi dado o início do 
procedimento estético. Com a cliente posicionada em decúbito dorsal, iniciou-se o 
processo de higienização da pele. Para isto, foi utilizado sabonete de argila branca, 
com ativos silício e alumínio, ambos oligominerais. Após foram realizadas borrifadas 
de água termal sobre a face, contendo água vulcânica de Jeju, pó de pérola, elastina 
e colágeno hidrolisado, complexo de aminoácidos, silmarina, vitamina C 
nanoencapsulada, vitamina E, extrato de coco, cacau, açaí, alga, chá verde, mel, 
própolis, pepino, melancia, enxofre orgânico, cálcio, magnésio, zinco, cobre, 
manganês, germânio e silício. Após isso foi preparada uma máscara de argila, diluída 
apenas com a água termal supracitada, em recipiente de cerâmica, junto com espátula 
de madeira, realizado movimentos rápidos que se projetaram da fronte para a região 
mentual, deixando agir durante 10 minutos. A argila possui os seguintes ativos: pó de 
pérola, semente de damasco, argila vermelha e argila branca. Por fim, após a retirada 
da argila com água, foi aplicado creme com zinco a 10% e extrato de oliva a 3%, 
29 
 
realizando manobras de massagem superficial iniciando na região frontal até mentual, 
visado a permeação do ativo. Este mesmo ativo foi entregue para as participantes 
para utilização diária em casa respeitando os procedimentos de massagem 
mencionadas. 
A cliente selecionada para fazer a utilização do extrato de oliva via oral passou 
pelos mesmos procedimentos de coleta de dados, entretanto, com sua finalização, 
recebeu a suplementação contendo 60 cápsulas de 300mg do extrato de oliva 
juntamente com duas fichas recordatórias (agosto e setembro de 2019) para 
preenchimento diário de seu consumo. Passados trinta dias de seu uso contínuo, 
retornou para realização dos procedimentos tópicos e recebimento do ativo para 
aplicação em casa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
4 RESULTADOS 
 
O presente estudo contou com a participação de duas mulheres (participante 1 
e 2), que foram avaliadas de acordo com o propósito do mesmo. A participante 1: A. 
L. C. M, 37 anos, bibliotecária, faz quatro refeições ao dia, incluindo carnes vermelha 
e branca, frutas, verduras, leite e derivados, chá, café e sucos, e ingesta hídrica de 
aproximadamente dois litros por dia. Não pratica atividade física, consome 
medicamento regulador da pressão e faz uso de anticoncepcional continuamente. 
Não é tabagista e não faz consumo de bebida alcoólica. Possui um filho de 14 
anos. Sua descendência é de origem indígena, e possui histórico de manchas na 
família. Seu melasma começou a se desenvolver há 5 anos, em decorrência de crises 
de pânico, surgindo na região malar direita, e desde então o melasma vem persistindo 
e agrava-se com a exposição solar. Utiliza protetor solar FPS 30 desde seus 27 anos, 
com reaplicações durante o dia. Além das sessões realizadas em cabine, como 
também do uso tópico do zinco diariamente, a participante utilizou extrato de oliva via 
oral durante 60 dias, segundo recordatório alimentar. 
A participante 2, L.A, 38 anos, professora universitária, faz três refeições ao 
dia, incluindo carnes vermelha e branca, frutas, verduras, leite e derivados, chá, café 
e sucos, e ingesta hídrica de aproximadamente dois litros de água por dia. Pratica 
pilates e corridas diariamente, com duração de uma hora. Faz uso de anticoncepcional 
continuamente. Não é tabagista e faz uso de álcool moderadamente. Possui um filho 
de 14 anos. Sua descendência é de origem europeia e indígena, e não possui histórico 
de manchas na família. Seu melasma surgiu há 15 anos, em decorrência da gestação, 
na região malar, e após frontal e lábios superiores, e desde então, o mesmo mantem-
se inalterado, entretanto, a participante relatou que durante o verão as manchas ficam 
mais salientes. Utiliza protetor solar FPS 50 desde os 15 anos, fazendo reaplicações 
durante o dia. 
Na classificação histológica obtida através da Luz de Wood, constatou-se que 
as participantes 1 e 2 possuem melasma epidérmico. Essa observação é possível em 
decorrência da característica da mácula quando exposta à luz, onde a mesma se 
sobressai em relação ao restante da pele, conforme mostram as figuras 3 e 4. 
 
 
 
31 
 
Figura 3. Imagem da participante A.L.C.M. através da Luz de Wood 
 
Fonte: elaborado pela autora (2019) 
 
Figura 4. Imagem da participante L.A. através da Luz de Wood 
 
Fonte: elaborado pela autora (2019) 
 
Para avaliação da melhora das lesões, foi realizado o cálculo do MASI, por meio 
do auxílio advindo de uma avaliadora cegada, que não possuía vinculo ou interesse 
com o trabalho, sendo obtido valores pré e pós tratamento: participante 1 obteveas 
os valores: 9,9 e 8,1, e participante 2 recebeu os valores 15,3 e 12,6, respectivamente. 
Estes dados apontam melhora da inestética quando analisados os quesitos de 
porcentagem total da área acometida, cor da hiperpigmentação e sua 
homogeneidade. Apesar da participante 1 ter realizado a suplementação oral do 
32 
 
extrato de oliva, a participante 2 foi a que apresentou melhores resultados ao 
tratamento proposto, como pode ser observado nas figuras 5 e 6. 
 
Figura 5. Antes (esquerda) e depois (direita) da participante A.L.C.M 
 
Fonte: elaborado pela autora (2019) 
 
Figura 6. Antes (esquerda) e depois (direita) da participante L.A. 
 
Fonte: elaborado pela autora (2019) 
33 
 
 
O estudo também detectou melhora na qualidade de vida de ambas as clientes, 
sendo que, a participante 1 obteve 37 pontos no MELASQoL-PB antes do início do 
tratamento e 12 após a última sessão. Já a participante 2 obteve 30 pontos antes do 
estudo, e 17 ao final do tratamento. Ambas declararam que o melasma não afetava a 
relação delas com outras pessoas, e sim, com elas mesmas, mas, ao final do estudo, 
este fator afetava muito pouco ou nada em sua autoestima. 
Quanto a satisfação das participantes com o resultado que vinha sendo obtido 
ao decorrer dos atendimentos através do questionário PASS, ambas mostraram 
crescente satisfação, com média de 4,25 para a participante 1 e 2,875 para 
participante 2, conforme aponta o gráfico abaixo. 
 
Gráfico 1. Escala PASS de satisfação da cliente A.L.C.M 
 
Fonte: elaborado pela autora (2019) 
 
Gráfico 2. Escala PASS de satisfação da cliente L.A. 
 
Fonte: elaborado pela autora (2019) 
34 
 
5 DISCUSSÃO 
 
 O melasma é uma disfunção estética, caracterizada por máculas 
acastanhadas, que atinge principalmente mulheres em idade reprodutiva, devido a 
sua etiologia (KEDE; SABOTOVICH, 2009). Seu tratamento é lento, e na grande 
maioria, mostram-se insuficientes pela recorrência das lesões e pelo fato de que não 
existe uma forma definitiva de clareamento da hiperpigmentação, principalmente por 
sua característica de recidivas frequentes (MIOT, 2009). 
Esse estudo permitiu observar que a estética ortomolecular, apesar de pouco 
respaldo científico, vem galgando novos espaços dentro das opções clínicas de 
tratamento para diversas inestéticas. Os resultados de melhora na escala MASI 
obtidos no presente trabalho, com declínio de 1,8 e 2,7 pontos, mostram-se 
satisfatórios, visto que, não foi realizado nenhuma intervenção que pudesse acarretar 
na piora dos quadros. Além disso, observou-se melhora na qualidade de vida a partir 
dos dados coletados através do MELASQoL, onde o índice decresceu 25 pontos na 
participante 1 e 13 na participante 2. Este foi um quesito fundamental pelo melasma 
tratar-se de uma condição que desencadeia transtornos emocionais (CESTARI, 
2006). 
 O tema de estudo possui muita relevância, visto que, a incidência do melasma 
é bastante alta em países latino-americanos (POLLO, 2018), e, apesar de ser um 
assunto bastante mencionado na literatura, o mesmo carece de estudos que envolvam 
técnicas de tratamentos menos invasivas, onde não haja o risco da piora da lesão. 
Trazer diferentes abordagens, tanto de instrumentos de avaliação e escalas, como no 
uso sinérgico de cosméticos e suplementação oral, possivelmente garantiram a 
aderência das participantes, o que contribuiu para os resultados obtidos. 
 Por outro lado, a escassez de literatura também é prejudicial, pois não houve 
total embasamento cientifico nas decisões a respeito dos ativos que seriam utilizados, 
comprometendo e até alterando os resultados que poderiam ser obtidos. Ademais, a 
recém regulamentação da profissão de esteticista no Brasil, nos coloca em atraso 
perante a sociedade acadêmica, gerando também, uma barreira linguística dentro das 
pesquisas, onde a maioria encontra-se no idioma inglês. 
 O desenho do estudo mostrou benefícios, entretanto, se no home care fosse 
solicitada a aplicação do zinco duas vezes ao dia, poderia ter-se obtido a vantagem 
do ativo como protetor solar (SHARQUIE et al 2008), já que o mesmo foi utilizado 
35 
 
somente a noite. A falta de padronização do local onde as fotos foram tomadas 
influenciou na iluminação, cor e luz dos registros, podendo gerar confusão nos 
resultados. Por fim, uma amostra reduzida não nos permite generalizar os achados, 
sendo necessário que o estudo seja reproduzido com mais participantes. 
Os resultados encontrados corroboram com os estudos anteriormente 
realizados com a utilização de zinco a 10%. Shaquie et al. (2008), em estudo realizado 
em Bagdá com 28 participantes, mostrou que o uso tópico de zinco a 10% foi um 
agente efetivo para o tratamento de melasma, utilizando o MASI como parâmetro para 
avaliar os resultados. As participantes fizeram o uso do oligomineral durante dois 
meses, duas vezes ao dia, e o porcentual de melhora ao final do tratamento foi de 
49,78%. A terapia não mostrou efeitos colaterais significativos, onde apenas foi 
relatado por alguns participantes uma leve ardência, que cessou com o uso contínuo 
do creme, não precisando interromper o tratamento. Como conclusão, os escritores 
afirmam que o zinco é uma ótima alternativa, atribuindo os resultados ao efeito de 
peeling, antioxidante e protetor solar natural. 
Outro estudo, realizado no Iraque com 60 mulheres e 10 homens, testou a 
diferença de resultados entre dois grupos: um utilizando creme com zinco a 10% e 
outro, creme com 6% de ácido lático. O grupo que utilizou o zinco foi orientado a 
utilizar o creme duas vezes ao dia, enquanto no grupo do ácido lático os participantes 
começaram utilizando o produto em noites alternadas, durante uma semana, e 
passaram a utilizar todas as noites após este período. O tratamento durou dois meses, 
e os pacientes eram reavaliados a cada duas semanas, e mensalmente após o 
término do mesmo, por dois meses, para avaliar recidivas nos resultados. Ambos os 
grupos obtiveram redução no MASI, sendo a do ácido lático de 41,5% e do zinco de 
49,7%, não tendo diferença significativa entre os dois grupos. Apesar disso, duas 
pessoas do grupo do ácido obtiveram piora após o uso, enquanto nenhuma piora foi 
constatada no grupo do zinco (KHALIFA et al., 2015). 
Em contrapartida, no presente estudo, o uso oral do extrato de oliva não se 
mostrou relevante, visto que, a participante que fez seu consumo apresentou um 
índice de melhora do MASI inferior à que não o fez, o que difere da literatura, onde 
seu consumo é apontado como eficiente para o tratamento de melasma (LA FUENTE 
et al., 2004). 
Face as lacunas encontradas pela pesquisa, sugere-se para estudos futuros 
um número maior de participantes em cada amostra, com uso de grupo controle e 
36 
 
randomização dos participantes e do tratamento, como também cegamento dos 
participantes e terapeuta, pois não podemos concluir sobre os benefícios do 
tratamento com zinco a 10% ou a ineficácia do uso oral de extrato de oliva levando 
em conta apenas os dados obtidos com duas participantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A utilização do zinco a 10% e outros oligominerais apresentou benefícios para 
o tratamento do melasma. Entretanto, neste estudo, a suplementação oral com extrato 
de oliva não apresentou resultados satisfatórios a abordagem utilizada. 
A qualidade de vida das participantes aumentou, principalmente nos quesitos 
que envolviam a forma como a condição da pele afeta a autoestima das mesmas, fator 
muito importante antes do tratamento proposto. 
 
 
38 
 
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43 
 
APÊNDICE A – FICHA DE AVALIAÇÃO ADAPTADA 
 
Nome:______________________________________________________________ 
 
1) Ascendência familiar: ( ) europeia ( ) africana ( ) asiática ( ) indígena ( ) 
árabe. Outro:___________________________________________________ 
 
2) Após exposição prolongada ao sol sem protetor: 
a. Bronzeia a pele: ( ) sempre ( ) às vezes ( ) nunca 
b. Queima a pele ( ) sempre ( ) às vezes ( ) nunca 
 
3) Já fez bronzeamento artificial: ( ) sim ( ) não  Quantas vezes: _________ 
 
4) Já usou produtos para se bronzear: ( ) sim ( ) não  Qual produto: ______ 
 
5) Familiar com manchas no roso: ( ) sim ( ) não  Quem: _______________ 
 
6) Início do melasma: ______________________________________________ 
 
7) Fator desencadeante: ( ) Exposição Solar ( ) Gravidez ( ) Cosmético 
( ) Emocional ( ) Influência Genética ( ) Terapias Hormonais 
( ) Medicamentos ( ) Endocrinopatias 
 
8) Primeiro local afetado: ____________________________________________ 
 
9) Atual: ( ) Frontal ( ) Malar Direito ( ) Malar Esquerdo ( ) Mento 
Desapareceu de: ___________________________ Quando: ____________ 
 
10) Seu melasma piora com: ( ) Exposição Solar ( ) Medicamentos ( ) 
Estresse. Outro:_________________________________________________ 
 
11) Trabalha: ( ) Indoor ( ) Outdoor Desde: ____________________________ 
 
12) Esporte: ___________________ Horário: ____________ Desde: _________ 
 
44 
 
 
13) Hobby: _____________________ Horário: ____________ Desde: _________ 
 
14) Proteção Solar: ( ) nunca ( ) Praia/Piscina ( ) Todo dia 
Desde que idade: _________ FPS: ______ 
15) Cremes para a face: ( ) não ( ) sim  Quais:__________________________ 
 
45 
 
APÊNDICE B - TCLE 
 
O/A senhor(a) está sendo convidado(a) a participar de um estudo intitulado 
“TRATAMENTOS REALIZADOS EM UMA CLINICA ESCOLA”, o qual tem por objetivo 
geral de analisar os dados das práticas realizadas na clínica escola de estética do 
SENAC – Unidade Saúde e Beleza em Florianópolis/SC. O estudo será realizado 
pelos pesquisadores e docentes do Curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da 
Faculdade Senac Florianópolis, vinculada ao Senac Saúde e Beleza: Rafaela Coelho 
Minsky; Roselene Kroth; e Renato Claudino (pesquisadores principais). 
Durante o estudo serão realizados os seguintes procedimentos: 1) análise da 
ficha de avaliação preenchida previamente e posteriormente ao seu tratamento 
estético; 2) coleta de dados (a seguir serão apresentados os termos e respectivos 
exemplos entre parênteses): dados pessoas (ex.: endereço, telefone...); histórico de 
saúde e hábitos de vida (ex.: hábitos alimentação e de atividade física...); queixa, 
histórico e hábitos na estética facial (ex.: queixa principal, tratamentos prévios 
realizados, uso de cosméticos); exame visual (ex.: presença de melasma, escala 
MASI); classificação da pele (ex.: oleosidade, hidratação, espessura, sensibilidade, 
classificação de coloração da pele após exposição solar); análise da pele com 
equipamentos (ex.: luz de wood); questionário de qualidade de vida (MELASQoL); 
avaliação do nível de satisfação (ex.: PASS); registro fotográfico e plano de tratamento 
proposto. 
Sua participação trará benefícios para a sociedade científica pois permitirá 
aprimorar os conhecimentos teóricos e práticos na área da estética e cosmética, bem 
como contribuir para o desenvolvimento científico, com a publicação do estudo 
realizado. Os riscos dos procedimentos serão médios, pois haverá acesso a dados 
pessoais e consequentemente de identificação podendo gerar constrangimentos ao 
analisar e divulgar informações confidenciais. Para minimizar tais riscos garantimos: 
a integridade do seu prontuário, sendo que o mesmo não será retirado do SENAC – 
Unidade Saúde e Beleza em Florianópolis/SC, assim como não será realizada cópia; 
que não serão divulgadas informações que o/a senhor (a) não deseje; e que o 
profissional que analisará seu prontuário será treinado e capacitado para preservar 
seu anonimato e sigilo dos dados. 
Se ocorrer algum dano à saúde, devidamente comprovado, em decorrência à 
participação no estudo, o/a pesquisador (a) assume o compromisso de indenizá-lo (a). 
Ressalto que sua participação não é obrigatória, e, a qualquer momento, você 
poderá desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum 
prejuízo, pois as informações obtidas até o momento de sua participação não serão 
utilizadas para o presente estudo. Enfatizamos que seu anonimato será mantido e que 
todas as informações serão mantidas em sigilo. Quando da divulgação dos resultados 
nos meios científicos nos deteremos apenas aos resultados encontrados por este 
estudo. 
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Caso concorde com os esclarecimentos realizados acima, solicitamos que 
assine este Termo no espaço reservado apresentado a seguir, bem como rubrique 
cada página deste documento. 
Você poderá receber todas as vias deste termo rubricadas em todas as suas 
páginas. Uma cópia do termo será arquivada pelo (a) pesquisador (a) principal por 
cinco anos, de acordo com os preceitos legais e será incinerada posteriormente a este 
período. 
Caso necessite de mais alguma informação em relação à pesquisa, dúvidas 
e/ou novos esclarecimentos, bem como no caso de você optar por sair deste estudo, 
ou seja, revogar sua participação, você poderá entrar em contato pelos telefones e 
endereço eletrônico do (a) pesquisador(a) apresentado neste documento, ou ainda, 
você poderá fazer contato com o Comitê de Ética em Pesquisa do Senac SC que 
aprovou o desenvolvimento deste estudo. Este documento segue a Resolução 
466/2012, que define as diretrizes para o desenvolvimento de pesquisas envolvendo 
seres humanos no Brasil. 
Agradecemos antecipadamente a sua colaboração. 
 
Pesquisador (a) principal:

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