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Resumo Rana EPIDEMIO DEFINIÇÃO: ‘’ O estudo da distribuição e dos determinantes de estados ou eventos relacionados à saúde em populações específicas, e sua aplicação na prevenção e controle dos problemas de saúde”. Ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle, ou erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde. · Descrição de quadros clínicos · Características prognósticas · Identificação de Síndromes e classificação de doenças · Planejamento e organização dos serviços de saúde · Avaliação de tecnologias, programas e serviços de saúde. · Análise crítica de trabalhos científicos. TRIADE: Vetor> hospedeiro<>agente<>ambiente se interligam, a doença não necessariamente ocorrerá apenas com a presença do agente e do hospedeiro, o ambiente precisa de condições para que isso ocorra. Hospedeiro: Ser vivo que oferece, em condições naturais, subsistência ou alojamento a um agente infeccioso. Definitivo: atinge maturidade ou passa da fase assexuada Intermediário: se encontra na fase larval ou assexuada Resistência: conjunto de mecanismos do organismo que servem de defesa contra a invasão ou multiplicação de agentes infecciosos ou contra efeitos nocivos de seus produtos tóxicos e depende da nutrição, da capacidade de reação a estímulos do meio, de fatores genéticos, da saúde geral, estresse, ou da imunidade. Resistência Natural: independe de anticorpos ou de reação específica dos organismos. Resultante de fatores intrínsecos do hospedeiro (genética, adquirida, permanente ou temporária). Imunidade: é um subtipo de resistência, específica, associada à presença de anticorpos que possuem ação específica sobre o microorganismo responsável por uma doença infecciosa ou sobre suas toxinas. Suscetibilidade: é medida de fragilidade, a possibilidade adoecimento por determinado agente, fator de risco ou conjunto de causas. COMUNICANTE: Indivíduo que esteve em contato com um reservatório (doente, portador ou infectado) ou com ambiente contaminado, tendo a oportunidade de adquirir o agente etiológico de uma doença. AGENTES • Biológicos: M.O. infecciosos, alérgenos, vacinas, antibióticos, alimentos. • Químicos: mercúrio, poliuretano. • Físicos: radiação, frio, calor, barulho, eventos com energia cinética (traumas fechados). Os agentes são os causadores das doenças: Patógenos Fatores que perturbam o ser diretamente em suas funções vitais produzindo a doença Outros: genes, poluentes químicos, etc AGENTE ETIOLÓGICO X HOSPEDEIRO Infectividade: capacidade de certos organismos (agentes) de penetrar, se desenvolver e/ou se multiplicar em um outro (hospedeiro) ocasionando uma infecção. Exemplo: Gripe (alta) - Fungos (baixa) Patogenicidade: capacidade do agente, uma vez instalado, de produzir sintomas e sinais. Ex: Sarampo (alta) - Poliomielite (baixa) Virulência: capacidade do agente de produzir efeitos graves ou fatais. Produção de toxinas, multiplicação, etc. Ex: baixa virulência = vírus da gripe e do sarampo alta virulência = vírus da raiva e HIV. Imunogenicidade: capacidade do agente de, após a infecção, induzir a imunidade no hospedeiro. Ex: Alta = vírus da rubéola, sarampo, caxumba Baixa = do vírus da gripe, dengue, shiguelas, salmonelas (imunidade relativa e temporária). Ambiente: Influencia a probabilidade e as circunstâncias do contato entre o hospedeiro e o agente. Inclui Fatores Sociais, Políticos e Econômicos. Sazonalidade: É a propriedade de um fenômeno considerado periódico (cíclico) de repetir-se sempre na mesma estação (sazão) do ano. Variação sazonal de doenças com aumentos periódicos em determinadas épocas do ano, geralmente relacionados ao seu modo de transmissão. VETORES : Seres vivos que veiculam o agente desde o reservatório até o hospedeiro potencial. Vetores mecânicos: transportadores de agentes, carreiam nas patas, probóscides, asas ou trato gastro-intestinal contaminados. Não há multiplicação ou modificação do agente. Vetores biológicos: Os agentes desenvolvem nestes alguma etapa do seu ciclo vital antes de serem disseminados ou inoculados no hospedeiro. VEÍCULOS: Fontes secundárias, intermediárias entre o reservatório e o hospedeiro como objetos e materiais (alimentos, água, roupas, instrumentos cirúrgicos, etc.). DOENÇA: Falta ou perturbação da Saúde, moléstia, mal, enfermidade Doença = do latim dolentia, padecimento = designa em medicina e outras ciências da saúde um distúrbio das funções de um órgão, da psique ou do organismo como um todo, que está associado a sinais e sintomas específicos. Forma Manifesta: apresenta sinais e/ou sintomas clássicos de determinada doença. Forma Inaparente ou Sub-Clínica: indivíduo que não apresenta nenhum sinal ou sintoma (ou muito poucos), apesar de estar com a doença presente (revelada às vezes somente através de exames laboratoriais). Forma Abortiva ou Frustra é aquela que desaparece rapidamente após poucos sinais ou sintomas. Forma Fulminante é aquela que leva rapidamente a óbito. Período de Incubação: intervalo de tempo decorrente desde a penetração do agente etiológico no hospedeiro, até o aparecimento dos sinais e sintomas da doença (PPP). Período de Transmissibilidade: é aquele em que o indivíduo é capaz de transmitir a doença, esteja ou não com sintomas. Causalidade Modelo antigo: Um único agente —> necessário e suficiente para causar uma doença. Modelo contemporâneo: • Conceito de Multicausalidade das doenças • Modelos ecológicos • Idéia de fatores de risco Maioria das doenças tem fatores genéticos e ambientais (físicos, químicos, biológicos, psicológicos, econômicos e culturais). CAUSA NECESSÁRIA: A doença somente se desenvolve na presença da causa. (ex. agente infeccioso) CAUSA SUFICIENTE: Conjunto de condições ou eventos mínimos que inevitavelmente produzem ou iniciam uma doença. • Diversos componentes: dificilmente conhecem-se todos. • Contém uma causa necessária (um dos componentes). Doenças crônico-degenerativas: • Diferentes causas para uma mesma doença. • Ex. Infarto Agudo do Miocárdio: Diabetes + Hipertensão + Tabagismo + Dislipidemia Ou Sedentarismo + Hipertensão + Obesidade + Menopausa RISCO: probabilidade de que indivíduos expostos a certos fatores (“fatores de risco”) adquiram uma determinada doença. • Fator de proteção: característica associada à diminuição da probabilidade de ocorrência de uma determinada doença. Multicausalidade: processo pelo qual as inúmeras presenças (Fatores, Agentes ou Determinantes), tendo acesso ao homem, interagem e podem provocar determinados agravos. Princípios de Causalidade • Força da associação — qual a magnitude do risco relativo? • Temporalidade — a exposição precede a doença? • Consistência — em diferentes tipos de estudo, populações e circunstâncias os resultados são similares? • Especificidade — uma causa, um efeito • Gradiente biológico — o aumento da exposição ocasiona ("dose-resposta") um aumento do risco de doença? • Plausibilidade biológica — associação é consistente com o conhecimento sobre a patogenia da doença? • Evidência experimental — foi realizado estudo de intervenção? • Reversibilidade — a remoção da exposição faz o risco de doença se aproximar ao dos não expostos? Categorias das Causas B -Fatores Ecológico E -Fatores Biológicos e comportamentais I -Fatores Imunológicos N -Fatores Nutricionais G -Fatores Genéticos S- Fatores Sociais Relação Causal: associação estatística significativa, quando uma ocorrência pode ser atribuída a determinado fator ou fatores. Ex: associação hábito de fumar e câncer do pulmão. Relação não Causal: quando a ocorrência não pode ser atribuída a determinado fator ou fatores apesar de ter numa associação estatística significativa. Ex: associação entre manchas escuras nos dedos (e ou dentes) e câncerde pulmão. EPIDEMIA : É a ocorrência em uma comunidade ou região de casos de natureza semelhante, claramente excessiva em relação ao esperado. Alteração, espacial e cronologicamente delimitada, do estado de saúde-doença de uma população, caracterizada por uma elevação inesperada e descontrolada dos coeficientes de incidência de determinada doença, ultrapassando valores do limiar epidêmico preestabelecido para aquela circunstância e doença. POPULAÇÃO : Conjunto de indivíduos ou objetos que apresentam em comum determinadas características definidas para o estudo. Ex. População de cães internados no HUV- UNISO Finita e pequena: Fácil conhecer todos os elementos. Finita mas incontável ou infinita —> epidemiologia —> AMOSTRA! • Subconjunto da população. • Conjunto de elementos de uma população selecionados sob algum critério. AMOSTRA SISTEMÁTICA: Seleciona-se qualquer unidade amostral e, a partir desta, escolhem-se as seguintes segundo o intervalo de seleção. População Amostra Ex. Preciso de 1 carta de cada naipe. AMOSTRA ESTRATIFICADA: Uma amostra pode ser estratificada de acordo com algum fator —> Sexo, idade, espécie. Exemplo: 1. População de Manga Largas no ESP, estratificados por sexo 2. Separa-se machos e fêmeas 3. Escolhe-se amostra casual dentro de cada estrato. FREQUÊNCIA • Medida epidemiológica fundamental > frequência de ocorrência do evento na população estudada. • Pode ser medida de diversas maneiras com diferentes denominadores. • Depende do propósito da pesquisa • Depende dos dados disponíveis. MORBIDADE = Conjunto dos indivíduos que adquirem doenças (ou determinadas doenças) num dado intervalo de tempo em uma determinada população. A morbidade mostra o comportamento das doenças e dos agravos à saúde na população. Indicadores de Morbidade: incidência, prevalência, taxa de ataque e distribuição proporcional. Refere-se ao conjunto dos indivíduos que morreram num dado intervalo do tempo. Representa o risco ou probabilidade que qualquer pessoa na população apresenta de poder vir a morrer ou de morrer em decorrência de uma determinada doença. LETALIDADE • LETALIDADE ou FATALIDADE ou TAXA DE LETALIDADE —> relaciona o número de óbitos por determinada causa e o número de pessoas que foram acometidas por tal doença. • Esta relação nos dá idéia da gravidade do agravo, pois indica o percentual de pessoas que morreram por tal doença • Pode informar sobre a qualidade da assistência médica oferecida à população. PREVALÊNCIA • Casos prevalentes • Prevalência no ponto: no de pessoas acometidas em um ponto do tempo (ex. no início do inquérito). • Prevalência no período: no de pessoas acometidas em qualquer tempo dentro de um intervalo de tempo específico. Fatores podem influenciar a prevalência: • severidade da doença (se muitas pessoas que desenvolvem a doença morrem, a prevalência diminui). • duração da doença (se uma doença é de curta duração, sua prevalência é menor do que a de uma com longa duração). • número de casos novos (se muitas pessoas contraem da doença, sua prevalência é maior do que se poucas pessoas contraírem). casos prevalentes/pop susceptível Fatores que podem significar o aumento da prevalência: • maior duração da doença; • aumento da sobrevida sem a cura; • aumento da incidência; • imigração de casos; • emigração de pessoas sadias; • imigração de pessoas suscetíveis; • melhora dos recursos diagnósticos (melhora do sistema de informação) Fatores que podem significar a diminuição da prevalência: • menor duração da doença; • maior letalidade; • diminuição da incidência; • imigração de pessoas sadias; • emigração de casos; • aumento da taxa de cura da doença. casos prevalentes/pop susceptível INCIDÊNCIA: A incidência cumulativa é a probabilidade ou o risco de um indivíduo da população desenvolver a doença durante um período específico.
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