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TEORIA DA NORMA JURÍDICA

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TEORIA DA NORMA JURÍDICA
O Direito é responsável por regulamentar as relações sociais, determinando normas de conduta e de organização da sociedade. Sendo assim, a norma jurídica é elemento integrante do direito, ou seja, é o instrumento que efetivamente rege os diversos aspectos da vida social, caracterizando-se como o meio através do qual o Direito opera.
As normas jurídicas  têm como finalidade essencial proibir, permitir ou informar, de acordo com o contexto ao qual se aplicam, e devem observar alguns requisitos específicos, como validade, vigência e eficácia.
Para que seja considerada no ordenamento, a norma jurídica deve atender seus requisitos essenciais: validade, vigência e eficácia. Entenda um pouco mais sobre esses conceitos:​​​​​​​
As normas jurídicas manifestam requisitos e características específicas, bem como podem apresentar conteúdos diversos, seguindo as necessidades de cada contexto ao qual se aplicam.
As normas jurídicas são imperativas, e as normas de conduta também podem ser chamadas de normas primárias. As normas de organização, de estrutura e instrumentais são sinônimos de normas secundárias.
"É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidirem sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender." (Art. 9 da Constituição Federal). A alternativa que indica uma norma secundária refere-se à organização e cumpre a função de regular a aplicação de outras normas. As normas que referem-se a condutas humanas são normas primárias.
A Vacatio legis da norma é o que determina sua capacidade prática de produzir efeitos. Para que seja considerada apta a ser aplicada, deve atender requisitos de ordem técnica, fática e social. A palavra que melhor completa o texto acima é:
A eficácia diz respeito à possibilidade real de uma norma produzir efeitos e desdobra-se em três aspectos: técnico, fático e social. Validade e vigência não se referem aos efeitos da norma, assim como vacância e vacatio legis, que dizem respeito à vigência da norma.
Sobre o período de tempo entre a publicação da lei, ou seja, quando ela se torna válida no ordenamento jurídico, e o início da efetiva produção de seus efeitos, é correto afirmar que:
O prazo para que a lei comece a viger é de 30 dias após a publicação, salvo se a lei dispuser prazo diferenciado, limitado a 45 dias.
Após 45 dias da publicação, a lei entra em vigor, salvo disposição em contrário no próprio texto legal. O Código Civil de 2002, por exemplo, entrou em vigor um ano após a sua publicação.
Sobre validade e eficácia, considere as afirmativas a seguir:
I – O aspecto da norma que se refere à sua integração no ordenamento é indicada pela sua validade.
II – Para verificar a validade material da norma, é necessário analisar o seu conteúdo textual para saber se não é contraditório com relação ao conteúdo de outras normas jurídicas.
III – Em tese, a vigência de uma lei diz respeito à sua condição de ser aplicada na sociedade.
Sendo assim, o cliente poderá viver em liberdade, pois, de acordo com o inciso XL do Artigo 5.º da Constituição Federal, "a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu": trata-se de uma norma de organização, que regula a aplicação de outra norma e que, nesse caso, especifica limites de tempo e permite que a norma penal retroaja para beneficiar o condenado.
CAUSAS E FORMAS DE CESSAÇÃO DE VALIDADE, ESPÉCIES DE REVOGAÇÃO E REPRISTINAÇÃO
Uma vez concluído o processo legislativo, a lei passa a viger. A vigência da lei é o aspecto fundamental para compreender sua função no ordenamento jurídico, considerando que, ao ultrapassar as fases necessárias para sua incorporação ao meio legal, torna-se um comando obrigatório para toda a sociedade. É importante destacar que a vigência de uma lei também pode ter um fim: por meio da sua própria constituição, quando se tratar de uma lei temporária, pela incidência das espécies de revogação ou, ainda, por decisão judicial, em casos específicos de controle de constitucionalidade.
A revogação consiste na cessação da vigência das leis, podendo se manifestar de diversas formas.
A lei possui três etapas essenciais: início, que se caracteriza por seu processo legislativo, vigência, que inicia após a publicação, ou em outro prazo estabelecido, e a cessação de sua eficácia, que se dá de diversas formas.
A Lei Geral da Copa é um exemplo de lei temporária, pois possui um prazo de vigência estabelecido no seu próprio texto. É uma das formas de cessação da vigência legal.
Sobre a revogação, considere o seguinte texto:
Em termos jurídicos, a revogação legal poderá ser total ou parcial. À revogação total da lei, dá-se o nome de Ab-rogação enquanto à revogação parcial do texto legal dá-se o nome de derrogação. Ambas as espécies podem ser de maneira expressa ou tácita.
Ab-rogação é a revogação total da lei e derrogação é a revogação parcial. Supressão e extinção podem ser usados para se referir ao texto de lei, mas não são termos especificamente jurídicos.
A revogação tácita das leis é a forma mais comum de cessação da vigência legal. O princípio da incompatibilidade é a diretriz para a revogação tácita, de maneira que duas leis não podem coexistir se forem contraditórias. Da mesma forma, lei geral poderá revogar lei especial, assim como lei posterior revoga lei anterior, expressa ou tacitamente.
A declaração de inconstitucionalidade não é caso de revogação, mas se caracteriza como uma hipótese especial de cessação da eficácia da lei. A declaração de inconstitucionalidade poderá ser feita em controle difuso, efetuado por todos os juízes e tribunais, com efeitos apenas entre as partes; ou em controle concentrado, de responsabilidade do Supremo Tribunal Federal, com efeitos para toda a sociedade –apenas de leis federais e estaduais. Caberá ao Senado Federal suspender a execução de lei declarada inconstitucional, nos termos do inciso X, do artigo 52.º da Constituição Federal.
A repristinação consiste em uma lei revogadora de outra lei revogadora restaurar automaticamente a primeira lei revogada. A repristinação não é aceita no País, salvo por disposição expressa. Contudo, o efeito repristinatório, que nem sempre decorre de repristinação, é verificado com a declaração de inconstitucionalidade de uma lei pelo Supremo Tribunal Federal, ou seja, é retirada a eficácia do ato normativo desde que passou a ter existência jurídica, a menos que o próprio STF restrinja os efeitos da declaração.
JURISPRUDÊNCIA E SISTEMAS JURISPRUDENCIAIS: HISTÓRIA
​​​​​​​E ACEPÇÕE
Jurisprudência é um termo utilizado no meio jurídico, que significa o conjunto de decisões e interpretações da legislação, pelos juízes e tribunais, aplicadas ao caso sob julgamento. É também conhecida como a ciência do direito e o estudo das leis, sendo que a etimologia da palavra refere-se ao latim “juris”, que é justo, e “prudentia”, que é prudência. Com origens no direito romano, a jurisprudência exerce diferentes funções de acordo com os sistemas nos quais se aplica, como o common law e o civil law, resultado de diferentes circunstâncias políticas e culturais que permitiram a formação de contextos jurídicos diferentes, caracterizados por institutos e conceitos particulares.
A jurisprudência pode ser compreendida sob diversas perspectivas e não se confunde com precedente, decisão judicial e súmula. No infográfico a seguir, você vai conhecer os conceitos de cada um desses elementos jurídicos.​​​​​​​
As origens da jurisprudência remetem ao desenvolvimento do direito romano, com a forte atuação dos jurisconsultos, a partir do século I a. C, até o governo de Justiniano, em 530 d. C. Os sistemas jurisprudenciais operam de maneiras diversas, considerando as características próprias do common law e do civil law, o que interfere diretamente na atuação do advogado.
Sobre o conceito de jurisprudência, considere as afirmativas a seguir:
I - A jurisprudência é uma decisão judicial sobre determinado tema, que norteia casos semelhantes 
II - Súmula é a uniformização da jurisprudência de cada tribunal, que
consolida um entendimento sobre determinado tema;
III - A súmula vinculante se torna um entendimento obrigatório que vincula todos os tribunais, juízes e a Administração Pública.
Justiniano, imperador romano do século IV, atribuiu a um grupo de juristas a elaboração de uma compilação das melhores decisões da história do direito romano. Como é chamado esse documento?
 Digesto é a compilação das melhores decisões do direito romano até o império de Justiniano. Codex, Novellae e Institutas são obras importantes solicitadas por Justiniano, que formam o Corpus Iuris Civilis.
Sobre o civil law, ou sistema codificado, adotado pelo Brasil, é correto afirmar que: No sistema civil law, a lei escrita é a fonte primária do direito, cabendo ao juiz apenas interpretá-la e aplicá-la, sendo permitido às partes recorrer das decisões a um tribunal superior.
O sistema common law  caracteriza-se principalmente pela resolução dos conflitos por meio de sentenças judiciais anteriores, em vez de preceitos legais codificados. Nesse sistema, a função do advogado consiste essencialmente na pesquisa e no estudo de casos semelhantes já julgados.
O sistema common law é adotado pelos Estados Unidos e caracteriza-se pelo embasamento na jurisprudência para a resolução de conflitos, o que impacta no trabalho do advogado, que requer a pesquisa e o estudo de casos já julgados.
Qual é o papel da jurisprudência no Brasil, considerando o sistema civil law?
No sistema civil law, a jurisprudência é uma fonte secundária do direito, mas de grande relevância para o ordenamento jurídico. Possui a função de manter a coerência das decisões sobre casos semelhantes e pode se tornar súmula vinculante, cujo enunciado obriga todos o entes a seguir mesmo entendimento.
DO PROCESSO LEGISLATIVO COMO FONTE LEGAL: ETAPAS
​​​​​​​E PROCEDIMENTOS
A lei é o preceito jurídico documentado, emanado pelo legislador, que se impõe em caráter geral e obrigatório na sociedade. É a principal fonte do direito, pois prevê a maioria das situações de conflito verificadas em um grupo social, com a intenção de solucioná-las, caracterizando o nosso sistema jurídico como civil law, ou sistema codificado. Para a elaboração das leis, é necessária a observância de um processo legislativo complexo, que compreende várias etapas e envolve, principalmente, o Congresso Nacional e o Presidente da República, ressalvadas as especificidades de cada espécie normativa.
O processo legislativo da lei ordinária é paradigma para o processo legislativo das outras espécies normativas. Composto pelas fases introdutória, constitutiva e complementar, é formado por diversas etapas. Na imagem a seguir, é apresentado o fluxo desse processo.
O primeiro passo para a elaboração de uma lei é a iniciativa. A iniciativa popular é um instrumento legal, possível em um regime de governo democrático, que permite à população a apresentação de projetos de lei. 
Em atenção à forma de organização política de cada país, o processo legislativo segue diferentes padrões. No Brasil, o povo escolhe seus representantes, que recebem atribuições para decidir sobre os assuntos de sua competência. Esse processo legislativo é chamado de: Indireto. No Brasil, o processo legislativo é indireto, ou seja, ocorre por meio de representantes eleitos pelo povo. O processo autocrático concentra-se no governante. Já o direto se dá diretamente pelo povo e o semidireto se manifesta por meio de um referendo popular
Quanto ao processo legislativo, são exemplos de instrumento normativo elaborado pelo procedimento especial: A lei ordinária é formada sob o procedimento comum, sendo ela o tipo normativo mais comum no ordenamento jurídico brasileiro. As emendas constitucionais, as leis complementares, as leis delegadas, as medidas provisórias e o decreto legislativo são espécies formadas sob o procedimento especial. Já os projetos de lei que o Presidente da República solicita urgência são de procedimento sumário.
No processo legislativo ordinário, se um projeto de lei for aprovado na Câmara dos Deputados, por exemplo, seguirá para _________, que exercerá o papel de Casa Revisora. Se for aprovado também na Casa Revisora, o projeto seguirá para __________ , quando poderá ser vetado ou sancionado. Se vetado, será enviado para ________, onde será apreciado e votado. Senado Federal, Presidente da República, Congresso Nacional.
Quando o projeto de lei inicia na Câmara dos Deputados, este seguirá para o Senado Federal. Se for aprovado no Senado Federal, seguirá para o Presidente da República, que, ao vetá-lo, enviará o projeto de lei para o Congresso Nacional para apreciação e votação.
Qual das alternativas a seguir indica um assunto que poderá ser objeto de emenda constitucional?
 A emenda constitucional 97 estabelece normas de acesso aos recursos do fundo partidário, pois, trata-se de matéria passível de regulamentação por emenda constitucional. A forma federativa de Estado, o voto direto, a separação dos poderes e os direitos e garantias individuais não podem ser objeto de emenda constitucional.
As espécies normativas cujo processo legislativo dispensam a manifestação do Presidente da República são: Decretos legislativos e resoluções.
 Os decretos legislativos disciplinam matérias que são de competência exclusiva do Congresso Nacional e, se aprovados, são promulgados pelo presidente do Senado Federal. Já as resoluções regulamentam as matérias de competência privativa da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e algumas de competência do Congresso Nacional, se aprovadas, serão promulgadas pelo presidente da Casa e, no caso de resolução do Congresso, pelo Presidente do Senado Federal. Assim, não há manifestação do Presidente da República em nenhuma dessas espécies normativas. As leis delegadas e as medidas provisórias são editadas pelo Presidente da República.
ATRIBUTOS, CLASSIFICAÇÕES
​​​​​​​E DIMENSÕES DAS NORMAS JURÍDICAS
A norma é o preceito jurídico documentado e emanado pelo legislador, que se impõe em caráter geral e obrigatório na sociedade, sendo a principal fonte do Direito, pois prevê a maioria das situações de conflito verificadas em um grupo social com a intenção de solucioná-las. Sendo assim, as normas podem ser classificadas sob diversas perspectivas, considerando importantes aspectos que as tornam válidas no ordenamento jurídico, da mesma forma em que se caracterizam por atributos específicos que lhes conferem legitimidade.
As espécies normativas previstas na legislação contam com uma estrutura formal que as organizam e facilitam sua interpretação, sendo um aspecto essencial para compreendê-las e aplicá-las corretamente.
O instituto da competência, que determina qual ente federativo deve elaborar normas que regulamentem determinadas matérias, está relacionado às classificações das normas quanto à hierarquia e extensão territorial.
Quanto à hierarquia, as normas podem ser classificadas de acordo com a flexibilidade ou rigidez com que podem ser elaboradas ou alteradas. Sendo assim, diante da perspectiva da pirâmide de Kelsen, é correto afirmar que:
 As leis ordinárias são inferiores às leis complementares. A Constituição Federal está no topo da pirâmide de Kelsen. Abaixo dela, seguem as leis complementares, as leis ordinárias, as medidas provisórias e as leis delegadas. Por fim, na base da pirâmide, as resoluções e as portarias.
Assinale a alternativa correta quanto à estrutura formal das normas.
Quanto aos artigos, entre o primeiro e o nono, a numeração costuma ser ordinal. A partir do artigo 10.º, a numeração é cardinal. Preâmbulo indica o espírito em que a lei foi criada, enquanto a ementa é um resumo do que trata a lei. Artigos são indicados por numeração ordinal o número 9.º, quando a representação passa a ser cardinal, podendo ser divididos em incisos, representados por números romanos que, por sua vez, podem ser divididos em alíneas, representadas por letras minúsculas.
"Possui duas partes, sendo que uma delas tem o dever jurídico, enquanto que a outra tem o direito subjetivo. Ainda, é possível o uso da força para combater
aqueles que não observam as disposições legais."
Quanto às normas jurídicas, as características citadas no trecho acima, respectivamente, são de:
Bilateralidade e coercibilidade. A característica que se refere às duas faces da norma é a bilateralidade, enquanto a que prevê o uso da força para o cumprimento das disposições é a coercibilidade.
Quanto às normas jurídicas, podemos afirmar que a divisão entre federal, estadual e municipal diz respeito à qual classificação?
 Extensão territorial. No que se refere à extensão territorial, as normas podem ser federais, estaduais e municipais. É uma classificação segundo as matérias que a Constituição Federal atribui à competência das pessoas jurídicas de direito público interno, a União, os estados e os municípios.
Há uma norma que possibilita a nova união, mas impõe obrigatoriamente à adoção do regime de separação de bens para o novo casamento. Quanto à sansão, essa norma se classifica como:
Normas menos que perfeitas são aquelas que trazem apenas uma punição para a pessoa que pratica o ato, mas não o anulam. Márcia não dividiu os bens do casamento anterior e será punida com a imposição do regime de separação de bens para o novo casamento, entretanto, a nova união não será anulada.

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