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Prescrição 19-04-2016 NP2

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EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
 2º Bimestre NP2 19 Abr. 2016
PRESCRIÇÃO: 
O estado, como ente dotado de soberania, detém exclusivamente, o direito de punir (jus puniendi). Tratando-se de manifestação de poder soberano, tal direito é exclusivo e indelegável, mesmo na ação penal de iniciativa privada, o particular possui apenas a prerrogativa de dar início ao processo, por meio de queixa. No entanto, o jus puniendi continua com o estado, tanto que é possível a este conceder anistia em crime de ação privada (ora, só quem detém o jus puniendi pode a ele renunciar). Esse direito existe abstratamente, independente de vi a ser praticado a infração penal, e se impõe a todos indistintamente, o estado não tem o direito de punir fulano ou beltrano, mas simplesmente tem o poder de punir, (qualquer eventual infrator). No momento em que um crime é praticado, esse direito abstrato e impessoal se concretiza e se volta especificamente contra a pessoa do delinquente, nesse instante, de direito passa a pretensão. Pretensão é a disposição de submeter um interesse alheio a um interesse próprio. O estado passa a ter o interesse de submeter o direito de liberdade daquele criminoso ao seu direito de punição. Surge uma relação jurídica punitiva com o delinquente, pela qual o direito de punir sai do plano abstrato e se concretiza, voltando-se contra o autor da infração penal. Essa pretensão individual e concreta, na qual o direito abstrato se transformou, denomina-se punibilidade. Punibilidade é a possibilidade de efetivação concreta de pretensão punitiva. Para satisfaze-la, o estado deve agir dentro de prazos determinados, sob pena de perde-la. Há um prazo para satisfazer a pretensão punitiva e outra para executar a punição imposta. Prescrição é justamente, a perda da pretensão concreta de punir o criminoso ou de executar a punição, devido a inércia do estado durante determinado período de tempo.
PRESCRIÇÃO: Perda do direito-poder-dever de punir do estado em fase do não exercício da pretensão punitiva (interesse de aplicar a pena) ou da pretensãoexecutória (interesse de executa-la) durante certo tempo.
NATUREZA JURÍDICA: A prescrição é um instituto de direito penal, estando elencado pelo CP como causa de extinção de punibilidade (art. 107 CP § IV). Embora leve também à extinção do processo, esta é mera consequência da perda do direito de punir, em razão do qual se instaurou a relação processual. 
ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO: O estado possui duas pretensões: a de punir e a de executar a punição do delinquente. Por conseguinte, só podem existir duas extinções. Existem, portanto, apenas duas espécies de prescrição: 
A). Prescrição de pretensão punitiva (PPP)
B). Prescrição de pretensão executória (PPE) 
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA: perda do poder-dever de punir, em fase da inércia do estado durante determinado lapso de tempo.
Efeitos: 
A) Impede o início (trancamento do inquérito policial) ou interrompe a persecução penal em juízo.
B) Afasta todos os efeitos, principais e secundários, penais e extrapenais, da condenação.
C) A condenação não pode constar de folha de antecedentes, exceto quando requisitada por juiz criminal.
Oportunidade para declaração: nos termos do art. 61, caput, do CPP, a prescrição da pretensão punitiva pode ser declarada a qualquer momento da ação penal, de ofício ou mediante requerimento de qualquer das partes.
Juiz que condena: não pode, a seguir, declarar a prescrição, uma vez que, após prolatar a sentença, esgotou sua atividade jurisdicional.
Dependendo do momento processual em que o estado perde seu direito de aplicar a pena, e de acordo com o mérito para o cálculo do prazo, a prescrição da pretensão punitiva se divide-se em:
ABSTRATA E CONCRETA.
ABSTRATA: a pena máxima culminada ao tipo penal.
CONCRETA: efetivamente aplicada (art. 59 CP) princípio da individualidade da pena.
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
LIMITES TEMPORAL: Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;
VI - em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um ano.
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).
PRESCRIÇÃO ANTECIPADA (VIRTUAL) não existe no nosso ordenamento jurídico.
CONCEITO ETÁRIO: é um conceito objetivo é o mais simples dos conceitos.
TERMO INICIAL DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA: art. 111, I, II, III, IV, V, do CP: 
A) A partir da consumação do crime.
B) No caso de tentativa, no dia em que cessou a atividade.
C) Nos crimes permanentes, a partir da cessação permanente.
D) Nos crimes de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento de registro civil.
E) Nos crimes continuados.
F) Nos casos de concurso material e formal.
G) Nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes.
CONTAGEM DE PRAZOS PRESCRICIONAL: conta-se de acordo com a regra do art. 10 do CP 
CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVENTES E ATENUANTES: são levadas em consideração na segunda fase de fixação da pena, e também não podem fazer com que a pena saia de seus limites legais. Por mais atenuantes que haja, a pena não pode restar inferior ao mínimo legal; por mais agravantes que existam, não excederá ao máximo. Assim da mesma forma que as circunstâncias judiciais, não são levadas em conta para o cálculo da prescrição pela pena abstrata. Sempre será em função do máximo previsto, independentemente das agravantes e atenuantes.
CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES QUE REDUZEM O PRAZO DA PPP:
A) Ser agente menor de 21 anos na data do fato: é atenuante genérica, mas a lei diz expressamente que, nesse caso, a prescrição é reduzida pela metade. (Art. 115 CP)
B) Ser o agente maior de 70 anos na data da sentença: também é atenuante genérica, mas a lei igualmente determina, nesse caso, a redução do prazo prescricional pela metade. (Art. 115 CP)
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA: extingue o direito de executar a sanção imposta. Só ocorre, portanto, após o transito em julgado da sentença condenatória.
Pergunta: Diante daquilo que estabelece o art. 366 CPP, todo e qualquer crime passa a ser ‘’ imprescritível’’. R: não, ele não torna qualquer tipo penal imprescritível por duas razões: 
1. Porque até o processo ser suspenso o prazo prescritível ocorreu.
2. Quando os crimes for imprescritíveis.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
2º Bimestre NP2 26 Abr. 2016
PRESCRIÇÃO:
CAUSAS: Suspensivas, impeditivas, interruptivas.
CAUSA SUSPENSIVA DA PRESCRIÇÃO: Art. 366 CPP,Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.  (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996) 
Art. 312.  A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. 
CAUSA IMPEDITIVA DA PRECRIÇÃO: Art. 111 A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr:
I - dodia em que o crime se consumou;
II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; 
III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; 
IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido.
V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal.  
 
CAUSAS INTERRUPTIVAS DA PRESCRIÇÃO:    Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: 
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; 
II - pela pronúncia;
III - pela decisão confirmatória da pronúncia;  
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; 
VI - pela reincidência.	
§ 1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles.  
§ 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção. 
 
CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL: Conta-se de acordo com a regra do art. 10 do CP, computando o dia do começo e contando os meses e anos pelo calendário comum.
 Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.
 O prazo e fatal e improrrogável, pouco importando que termine em sábado, domingo, feriado ou período de férias.
CÁLCULO DO PRAZO PRESCRIIONAL: O prazo prescricional é calculado em função da pena privativa de liberdade.
No momento em que a prescrição começa a correr, não se sabe qual a pena que será fixada pelo juiz na sentença. Dessa forma o único jeito de calcular o prazo prescricional é pela maior pena possível que o juiz poderá fixar (também chamada de máximo cominado abstratamente).
O cálculo se faz, portanto, pela pior das hipóteses (na pior das hipóteses, isto é, ainda que juiz fixasse a maior pena possível, correria a prescrição).
Então, para saber qual o prazo prescricional, deve-se observar qual a pena culminada no tipo. Exemplo: crime de furto simples; a pena varia de 1 um a 4 quatro anos de reclusão; 
a maior pena possível e de 4 anos; logo, a prescrição será calculada em função desses 4 anos. 
No art. 109 CP existe uma tabela na qual cada pena tem seu prazo prescricional correspondente. Ressalve-se que a lei n. 12234/2010, que entrou em vigor na data de sua publicação, isso é, em 6-5-2010, promoveu significativa alteração em seu inciso VI, na medida em que o lapso prescricional, no caso de pena inferior a 1 ano, que era de 2 anos, foi aumentada para 3 anos. Desse modo, por se tratar de lei mais gravosa, não poderá retroagir para alcançar os fatos praticados antes de sua entrada em vigor. 
TABELA DO PRAZO PRESCRICIONAL
 Pena Prazo Prescricional
Menor que 1 ano..................................................................3 anos
De 1 até 2 anos.................................................................. 4 anos
Mais de 2 até 4...................................................................8 anos
Mais de 4 até 8.................................................................12 anos
Mais de 8 até 12...............................................................16 anos
Mais de 12..........................................................................20 anos
CIRCINSTÂMCIAS JUDICIAIS: não influem no cálculo da PPP pela pena abstrata: são os critérios gerais de fixação de pena previstos no art. 59 do CP e levados em conta na primeira fase da fixação da pena. Não podem fazer com que a pena saia de seus limites legais. Por mais favoráveis que sejam, não podem levar a pena abaixo do mínimo, e, por piores, não poderão exceder o máximo (CP, art. 59, II). Se a pena não pode, nessa fase, restar superior ao máximo cominado no tipo, tais circunstâncias não serão levadas em consideração para o cálculo da prescrição pela pena abstrata, pois, ainda que todas incidissem para agravá-la, esta não poderia ficar além do máximo cominado. Assim, independentemente de as circunstâncias judiciais serem ou não favoráveis, a prescrição será calculada pelo máximo no tipo incriminador. 
CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVENTES E ATENUANTES: também não influem: as agravantes estão elencadas nos Arts. 61 e 62, e as atenuantes nos Arts. 65 e 66 (circunstâncias atenuante inominada) do CP. Soa levadas em consideração na segunda fase de fixação de pena, e também não podem fazer com que a pena saia de seus limites legais. Por mais atenuante que haja, a pena não pode restar inferior ao mínimo legal; por mais agravantes que existem, não excederá ao máximo. Assim, da mesma forma que as circunstâncias judiciais, não são levadas em conta para o cálculo da prescrição pela pena abstrata. Sempre será calculada em junção do máximo previsto, independentemente das agravantes e atenuantes. 
Exceções:
1ª Circunstâncias atenuantes que reduzem o prazo da PPP:
a) ser o agente menor de 21 anos na data do fato:é atenuante genérica, mas a lei diz expressamente que, nesse caso, a prescrição é reduzida pela metade (art. 115 do CP).
b) ser o agente maior de 70 anos na data da sentença: também é atenuante genérica, mas a lei igualmente determinada, nesse caso, a redução do prazo prescricional pela metade (art. 115).
2ª Circunstância agravante que influi no prazo da PPP: 
A REINCIDÊNCIA: o CP diz que ela aumenta de 1/3 somente o prazo da prescrição da pretensão executória (art. 110, caput); o Superior Tribunal de Justiça chegou a entender, inicialmente, que ela aumenta também em 1/3 a prescrição da pretensão punitiva.
Atualmente, a questão não apresenta mais divergências, pois tanto o STF sustenta quanto o próprio STJ passou a entender (súmula 220): a reincidência não influi no prazo da pretensão punitiva.
Correta esta posição, pois a lei, ao estatuir o aumento decorrente da reincidência, expressamente diz que este se aplica à prescrição, após o trânsito em julgado da sentença condenatória.
CAUSAS DE AUMENTO E DE DIMINUIÇAO: são aquelas que aumenta ou diminuem a pena em proporção fixas, como 1/3, 1/6, 1/2, 2/3, etc. exemplo: tentativa (CP, art. 14, parágrafo único), participação de menor importância (CP, art. 29 § 1º), responsabilidade diminuída (CP, art. 26, parágrafo único), crime continuado (CP, art. 71) e assim por diante. São levadas em consideração na última fase de fixação da pena e podem fazer com que esta saia de seus limites legais, por permitirem que a pena fique inferior ao mínimo ou superior ao máximo, devem ser levadas em conta no cálculo da prescrição pela pena abstrata.
CUIDADO: como se deve buscar sempre a pior das hipóteses, ou seja, a maior pena possível, leva-se em conta a causa de aumento que mais aumente e a causa de diminuição que menos diminua. Exemplo: homicídio simples tentado; a pena varia de 6 a 20 anos de reclusão; leva-se em conta o máximo, independente das circunstâncias judiciais e de agravantes e atenuantes; em seguida, reduz-se pelo mínimo; como na tentativa a pena é reduzida de 1/3 a 2/3, a diminuição se fará por apenas 1/3 (busca-se a maior pena possível para o homicídio tentado); chega-se então à pena de 20 anos diminuída de 1/3, ou seja, 13 anos e 4 meses; a prescrição dar-se-á, segundo a pena abstrata, em 20 anos.
No momento em que o juiz receber a denúncia iniciará o prazo prescricional.
A pena de multa, quando for só pena de multa ele prescreve em 2 anos, e quando for cumulativa ela prescreve junto com a pena privativa de liberdade.
CAUSAS INTERRUPTIVAS DA PRESCRIÇÃO: são aquelas que obstam o curso da prescrição, fazendo com que esse se reinicie do zero, desprezando o tempo já decorrido. São, portanto, aquelas que ‘’ zeram’’ o prazo prescricional. São as seguintes:
a) RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OUQUEIXA: a publicação do despacho que recebe a denúncia ou queixa (data em que o juiz entrega em cartório a decisão) interrompe a prescrição. O recebimento do aditamento à denúncia ou à queixa não interrompe a prescrição, a não ser que seja incluído novo crime, caso em que a interrupção só se dará com relação a esse novo crime. A rejeição também não interrompe. Importante lembrar que, por considerarmos o despacho de recebimento da denúncia de cunho decisório, por quanto acolhe ou não a pretensão deduzida pela acusação, quando proferido por juiz incompetente é ineficaz para interromper a prescrição, nos termos do art. 567, primeira parte, do CPP.
b) PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA DE PRONÚNCIA: interrompe a prescrição não apenas par aos crimes dolosos contra a vida, mas também com relação aos delitos conexos. Se o júri desclassifica o crime para não doloso contra a vida, nem por isso a pronúncia anterior perdeu seu efeito interruptivo (súmula 191, de 15-6-1997, do STJ). Exemplo: se a tentativa de homicídio for desclassificada, pelo júri, para delito de periclitação da vida (CP, art. 132), o novo prazo prescricional, acentuadamente reduzido com desclassificação, provocará a nece
ssidade de uma nova recontagem. Sim, porque pode ser que por esse prazo menor tivesse ocorrido a prescrição. No entanto, essa recontagem se fará com obediência aos mesmos marcos interruptivos: 
1) da data do fato até o recebimento da denúncia.
2) do recebimento da denúncia até a pronuncia.
3) desta até a decisão condenatória.
. PRAZO DECADENCIAL: não se interrompe e nem se suspende.
. PRAZO PRESCRICIONAL: se interrompe e se suspende. 
. Prescrição do prazo interruptivo: quando interrompido começa tudo do zero.
. Prescrição do prazo suspensivo: quando interrompido continua de onde parou.
. Ação penal de iniciativa privada: queixa crime, apresentada pela própria vítima que a pessoa ofendida.
. Ação penal de iniciativa pública: quando promovida e movimentada pelo Ministério Público. Nesse contexto, a ação pública é incondicionada quando, para promovê-la, o Ministério Público independe de qualquer manifestação de vontade.
IMPRESCRITIBILIDADE: Só existem duas hipótese em que não ocorrerá a prescrição penal:
a) crime de racismo, assim definido na lei 7. 716/89 (CF, art. 5º, XLII).
B) as ações de grupos armados, civis e militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático, assim definidas na Lei. 7.170/83, a lei de segurança nacional (CF, art. 5º XLIV). 
A constituição consagrou a regra da Prescritibilidade como direito individual do agente. Assim, e direito público subjetivo de índole constitucional de todo acusado o direito à prescrição do crime ou contravenção penal praticada. 
. ESPÉCIE DE PRESCRIÇÃO:
 O Estado possui duas pretensões: a de punir e a de executar a punição do delinquente.
. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA:
. Conceito: perca do poder-dever de punir, em fase da inércia do Estado durante determinado lapso de tempo. 
. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA: 
. Conceito: é a perca do poder-dever de executar a sanção imposta, em fase da inércia do Estado, durante determinado lapso.
A partir do fato temos o termo inicial, a partir do cômputo do prazo prescricional.
Dentre as causas interruptivas o primeiro que vamos encontrar é a data do recebimento da denúncia dos crimes de ação penal de iniciativa pública ou da queixa crime.
A partir do momento de um novo cômputo o prazo inicial passa a iniciar do zero e, despreza o prazo anterior.
. SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA: dependerá do seu trânsito em julgado, que é a coisa julgada soberana, é aquela sentença que não cabe mais recurso nenhum.
SENTENÇA PENAL ABSOLUTÓRIA: A sentença é, então, absolutória quando se julga improcedente a acusação e ocorre nas hipóteses mencionadas no art. 386 do CPP.
De acordo com o mencionado dispositivo, a absolvição será decretada desde que o juiz reconheça “estar provada a inexistência do fato” (inc. I). Tendo ficado comprovado que o fato imputado ao acusado não ocorreu, impõe-se a absolvição.
A prescrição é matéria de direito público, portanto, sua natureza jurídica por ser matéria de direito público, e natureza jurídica prejudicial, proíbe, veda, exame do mérito.
Teste: João no dia 25 de abr. 2012, ofendeu a integridade corporal de José, nele produzindo lesão corporal de natureza leve, art. 129 CP, o denúncia foi oferecida em 23 mai. 2015, tendo sido recebida pelo juiz em 26 abr. 2016.
DIFERENÇA DA CAUSA SUSPENSIVA E INTERRUPTIVA: a suspensiva para e volta tudo do início (zero), a interruptiva, para e continua de onde parou.

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