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BRESSER PEREIRA

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Há fatores que num sistema econômico são fundamentais para analisar suas perspectivas de desenvolvimento, potencialidades e como, no tempo, esse sistema se sustenta e se fortalece. O autor Luiz Carlos Bresser Pereira, apresenta uma análise sistemática de como o desenvolvimento no sistema capitalista tende a ser “automático e autônomo”, considerando os incentivos que os mecanismos de mercado injetam a fim de expandir estoque de capital e conhecimentos técnicos. É orientado nesse mesmo processo de avanço do capitalismo a existência historicamente de uma correlação de forças desigual, nações as quais utilizam o estado e o mercado em concomitância, entende-se por mercado a dinâmica microeconômica, oferta de bens e serviços e demanda; tende a promover um desenvolvimento mais sustentáveis no tempo, contudo países que não o fazem acabam, substancialmente, não avançando em setores estratégicos que são fundamentais ao crescimento da economia. Embora o autor considere o movimento automático, apresenta algumas condições importantes que garantem esse processo, para considera-los analisaremos como se deu o processo histórico do desenvolvimento a partir do século IX que é por onde o autor inicia sua análise.
	A acumulação de capital e o progresso tecnológico entre as sociedades pré-capitalista e a que se consolida imediatamente após a revolução industrial toma contornos bem definidos quando se chega a uma definição econômica final sobre desenvolvimento no século XX nos anos de 1940. Fica claro que o avanço tecnológico bem como o acumulo de capital, entendidos positivamente, com a ação dos estados que assumindo papel normativo, a fim de organizar instrumentos de ação coletiva, favorece o processo de desenvolvimento. Isso porque a taxa de acumulação de capital em relação ao produto interno de um país e a capacidade de incorporação de progressos técnicos à produção utilizados como ferramentas de estratégia nacional é resultante positivo da aceleração do desenvolvimento capitalista. Nações que não utilizam desse mecanismo acabam não avançando ou até mesmo estagnando ou regredindo do modo que “ocorreu com a argentina no século XX e vem ocorrendo com Brasil desde 1980”. Isso significa que uma economia cresce quando os setores internos – governo, empresários, técnicos e trabalhadores – estão em um funcionamento harmonioso, qualquer forma de desequilíbrio nesses setores representa uma rota contrária ao desenvolvimento econômico. 
	Para identifica o porquê do processo como resultado histórico, basta analisar o movimento espontâneo que é produzido na Europa do século IX, uma transformação vital que ficou conhecida como Revolução Agrícola mudou, a partir de avanços tecnológicos, a logica de produção no campo. A produção de um excedente de mão de obra, quem num primeiro momento foi transferido para o setores como manutenção de palácios, catedrais e no comércio de bens de luxo, a princípio na Europa, Norte da África e Oriente médio, foi fundamental para a transformação da logica produtiva e toma proporções mundiais dando origem à Revolução Comercial. Dessa maneira impulsiona o surgimento os Estados nacionais onde a figura de um rei forte e interventor se torna garantidor dos avanços econômicos, mas só se fortalecem quando a burguesia local se associa aos aristocratas formando os grandes estados absolutistas, que envolto em crises fortalece a necessidade de um estado-nação independentes, sendo palco dessas revoluções os EUA em 1776, a Revolução Francesa, em 1789 e por fim, a Revolução Industrial em 1760. Como se nota todas elas na segunda metade do século XVIII, como resultado mais avançado da revolução burguesa que ocorrera oito séculos atrás. Essa condição criou uma situação de positiva para que a competição entre os mercados fosse ampliada, o que por sua vez favoreceu a acumulação de capital, o progresso tecnológico e configurou um “efetivo desenvolvimento econômico”. 
	Dois momentos foram centrais para a marcar a ideia de desenvolvimento como a compreendemos hoje. O primeiro deles, então, foi a revolução comercial e a posteriori a Revolução Industrial, ambos trazendo a característica de racionalização dos objetivos do desenvolvimento, este marcado pela necessidade de obtenção de lucro, aquele pela acumulação de capital. 
	O fato é que os níveis de desenvolvimento de uma economia, está ligado a fatores institucionais, aos planos estratégicos que resultaram em um fomento a novas tecnologias industriais, manutenção dos mercados e fortalecimento dos estados na competitividade internacional que, por sua vez representa melhorias no padrão de vida, contudo esse processo não se desenvolve de maneira concreta entre todos os países, derivando dessa relação países que vivem em situação de subdesenvolvimento, e nações consideradas de primeiro mundo. É preciso considerar os processos históricos que protagoniza cada nação para assim identificar os modelos de desenvolvimento os quais estão sendo usados, o que por sua vez resultará em expansão do padrão e qualidade de vida, ou acentuação das desigualdades e baixo IDH.

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