RESUMO - GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

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1 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA – 10º BIMESTRE 
SEM 1 – FINANÇAS PÚBLICAS 
GESTÃO FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA: “DO NASCIMENTO À MORTE, NOSSAS VIDAS SÃO 
AFETADAS DE INÚMERAS MANEIRAS PELAS ATIVIDADES DO GOVERNO. NASCEMOS EM 
HOSPITAIS SUBSIDIADOS, QUANDO NÃO PÚBLICOS... MUITOS DE NÓS RECEBEMOS UMA 
EDUCAÇÃO PÚBLICA... VIRTUALMENTE TODOS NÓS, EM ALGUM MOMENTO DE NOSSAS VIDAS, 
RECEBEMOS DINHEIRO DO GOVERNO, COMO CRIANÇAS – POR EXEMPLO, ATRAVÉS DE BOLSAS 
DE ESTUDO –; COMO ADULTOS, SE ESTAMOS DESEMPREGADOS 
OU INCAPACITADOS; OU COMO APOSENTADOS; E TODOS NÓS NOS BENEFICIAMOS DOS 
SERVIÇOS PÚBLICOS”. JOSEPH STIGLITZ. 
PORQUE PAGAMOS MAIS IMPOSTOS DO QUE O VALOR QUE NÓS CONSIDERAMOS “JUSTO”, OU 
PORQUE OS SERVIÇOS PÚBLICOS DEIXAM A DESEJAR... ENTRETANTO, OS GOVERNOS SÃO 
FATOS DA VIDA: ELES SÃO NECESSÁRIOS, DA MESMA FORMA QUE AS INSTITUIÇÕES, PARA 
REGULAR O FUNCIONAMENTO DE UMA SOCIEDADE. 
AS RAZÕES PARA A EXISTÊNCIA DO GOVERNO: SEM CONSIDERAÇÃO DE ASPECTOS POLÍTICOS 
OU IDEOLÓGICOS, A EXISTÊNCIA DO GOVERNO É NECESSÁRIA, POIS, CORRIGE E COMPLEMENTA 
O SISTEMA DE MERCADO. 
ESCASSEZ DE RECURSOS: ESCASSEZ INDICA QUE OS RECURSOS SÃO LIMITADOS DENTRO DE 
UMA ECONOMIA, MAS AS NECESSIDADES DAS PESSOAS SÃO ILIMITADAS, GERANDO UM 
PROBLEMA ECONÔMICO. 
POLÍTICA FISCAL: CONTROLA A ARRECADAÇÃO E OS GASTOS DO GOVERNO 
POLÍTICA MONETÁRIA: CONTROLA A QUANTIDADE DE MOEDA EM CIRCULAÇÃO E A INFLAÇÃO. 
O BANCO CENTRAL DO BRASIL É O ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO DA POLÍTICA 
MONETÁRIA E CAMBIAL. TENDO COMO OBJETIVO REGULAR O MONTANTE DA MOEDA, CRÉDITO, 
TAXAS DE JUROS E CÂMBIO. 
DE FORMA COMPATÍVEL COM O NÍVEL DE ATIVIDADE ECONÔMICA E O EQUILÍBRIO DE 
PAGAMENTOS. 
INFLAÇÃO: REPRESENTA UM AUMENTO NO NÍVEL GERAL DE PREÇOS. 
PIB: SIGA PARA PRODUTO INTERNO BRUTO. REPRESENTA A RIQUEZA DE UM PAÍS EM TERMOS 
QUANTITATIVOS E MEDE O CRESCIMENTO ECONÔMICO. 
IDH: SIGLA PARA ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO. MEDIDA CRIADA PELA ONU QUE MEDE 
A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO, LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO A EDUCAÇÃO, A 
EXPECTATIVA DE VIDA E A RENDA PER CAPITA. 
FALHA DE MERCADO: SITUAÇÃO NA QUAL O MERCADO, SOZINHO, NÃO CONSEGUE DEFINIR UMA 
ALOCAÇÃO EFICIENTE DOS RECURSOS ECONÔMICOS DISPONÍVEIS E É NECESSÁRIA A 
INTERVENÇÃO DO GOVERNO NA ECONOMIA. 
EXTERNALIDADE POSITIVA: OCORRE QUANDO O CONSUMO OU PRODUÇÃO DE UM BEM 
PROVOCA UM BENEFÍCIO PARA UM TERCEIRO. 
TEORIA DAS FINANÇAS PÚBLICAS 
FINANÇAS PÚBLICAS: COMPREENDE A FORMULAÇÃO DE TEORIAS, DE MODELAGENS E 
INSTRUMENTAÇÃO TÉCNICA QUE ORGANIZA, EXPLICA E FAZ GERIR O DINHEIRO E OS HAVERES 
DO PODER PÚBLICO DE FORMA A ATENDER AS DEMANDAS SOCIAIS EM NÍVEIS CADA VEZ MAIS 
EXIGENTES DE APERFEIÇOAMENTOS. 
TODO E QUALQUER GOVERNO QUE VIDA EM CONDIÇÕES MÍNIMAS DE CIVILIDADE SE UTILIZA 
DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA FISCAL PARA INTERFERIR NA ALOCAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, 
ESTABILIZAÇÃO E REGULAÇÃO DE SUAS ECONOMIAS. SEU OBJETIVO É PROPORCIONAR BEM-
ESTAR SOCIAL, PONDO À DISPOSIÇÃO DE SEUS GOVERNADOS OS BENS E SERVIÇOS 
NECESSÁRIOS. ENTRE ELES, ESTÃO OS DENOMINADOS BENS PÚBLICOS, OS QUAIS SE FOSSEM 
REALIZADOS UNICAMENTE PELAS FORÇAS DE MERCADO, CERTAMENTE NÃO SERIAM 
PRODUZIDOS NOS NÍVEIS DEMANDADOS, DE FORMA A ATENDER A TODOS OS RECLAMOS DA 
SOCIEDADE. 
A POLÍTICA FISCAL DE UM GOVERNO, QUANDO GUIADA POR INSTRUMENTOS SÓLIDOS E 
FUNDAMENTADA EM BASES CONSISTENTES, É DECISIVA PARA A ESTABILIZAÇÃO DA ECONOMIA. 
EXEMPLO: É PELA FUNÇÃO DISTRIBUTIVA QUE O PODER PÚBLICO PROCURA TRIBUTAR MAIS 
AOS QUE GANHAM MAIS, PARA DISTRIBUIR ESSES RECURSOS ÀS CAMADAS SOCIAIS MAIS 
CARENTES. 
UM DOS FUNDAMENTOS DA TEORIA DAS FINANÇAS PÚBLICAS É A EXISTÊNCIA DAS “FALHAS DE 
MERCADO”. É EM RAZAÕ DESTAS FALHAS QUE O PODER PÚBLICO SE VÊ OBRIGADO A INTERVIR 
NA ECONOMIA. 
O ESTUDO DAS FUNÇÕES DE GOVERNO, POR EXEMPLO, ELEVA O APROFUNDAMENTO DOS 
ESTUDOS SOBRE AS QUESTÕES TRIBUTÁRIAS, ALÉM DO APRIMORAMENTO CADA VEZ MAIS 
EXIGIDO DA QUALIDADE DAS DESPESAS PÚBLICAS, NESTE ÚLTIMO CASO, POR EXIGÊNCIA DA 
SOCIEDADE. 
 
 
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TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA – 10º BIMESTRE 
FALHAS DE MERCADO: SÃO FATOS QUE IMPEDEM A ECONOMIA DE ALCANÇAR UM ESTADO DE 
BEM-ESTAR SOCIAL PELAS REGRAS DO LIVRE MERCADO, OU SEJA, SEM A INTERFERÊNCIA DO 
PODER PÚBLICO. A INTERVENÇÃO DO PODER ESTATAL OCORRE QUANDO OS MERCADOS NÃO 
ESTÃO FUNCIONANDO PERFEITAMENTE.” 
SÃO CONSIDERADAS PRINCIPAIS FALHAS DE MERCADO, EM RAZÃO DO NÃO ATENDIMENTO 
PLENO ÀS NECESSIDADES DA SOCIEDADE, DENTRO OUTRAS: 
BENS PÚBLICOS 
BENS PÚBLICOS: CONSUMO OU USO É INDIVISÍVEL OU “NÃO RIVAL- TODOS SE BENEFICIAM 
DESSES BENS PÚBLICOS, EVENTUALMENTE ALGUNS MAIS DO QUE OS OUTROS”; SÃO AQUELES 
CUJA UTILIZAÇÃO POR PARTE DE QUALQUER CIDADÃO NÃO PREJUDICA O MESMO USO PELOS 
DEMAIS. OS REFERIDOS BENS SÃO DE CONSUMO NÃO DIVISÍVEL E NÃO EXCLUDENTE, COMO AS 
VIAS DE ACESSO PÚBLICO, RUAS, ESTRADAS, TERRAS PÚBLICS, ENFIM, OS SERVIÇOS PÚBLICOS 
POSTOS À DISPOSIÇÃO DOS CIDADÃOS. 
OS BENS PÚBLICOS DEVEM SER DE UTILIZAÇÃO INDIVISÍVEL, OU SEJA, DE USO NÃO 
EXCLUDENTE; TODOS TÊM O MESMO DIREITO. EXEMPLOS: AS VIAS DE ACESSO PÚBLICO, RUAS, 
ESTRADAS, TERRAS PÚBLICAS, ENFIM, OS SERVIÇOS PÚBLICOS POSTOS À DISPOSIÇÃO DOS 
CIDADÃOS. 
UMA VEZ CONSTRUÍDOS E DISPONIBILIZADOS, OS BENS PÚBLICOS BENEFICIARÃO A TODOS OS 
INDIVÍDUOS, INDEPENDENTEMENTE DE TEREM PARTICIPADO OU NÃO DO SEU FINANCIAMENTO 
TRIBUTÁRIO. 
VEJAM QUE A CARACTERÍSTICA MAIS IMPORTANTE DE UM BEM PÚBLICO É O FATO DE NÃO SER 
POSSÍVEL IMPEDIR A SUA UTILIZAÇÃO POR QUALQUER CIDADÃO NO PLENO EXERCÍCIO DOS 
SEUS DIREITOS, PRINCÍPIO ESTE, COMO ACIMA JÁ CITADO, “DA NÃO EXCLUSÃO”. PORTANTO, SE 
DETERMINADO GOVERNO REALIZA O RECAPEAMENTO ASFÁSLTICO DE UMA VIA PÚBLICA, TODOS 
OS CIDADÃOS QUE A UTILIZAM SÃO BENEFICIÁRIOS, DE FORMA NÃO EXCLUSIVA, DESTE 
CONFORTO. 
AS EXTERNALIDADES 
EXTERNALIDADE: A AÇÃO DE UM INDIVÍDUO OU UMA EMPRESA AFETA DIRETAMENTE OU 
INDIRETAMENTE OS AGENTES DO SISTEMA ECONÔMICO; SÃO AÇÕES CONSEQUENTES DO 
TRABALHO DOS AGENTES ECONÔMICOS, TANTO NAS PESSOAS, COMO NOS MERCADOS, 
QUANTO NO MEIO AMBIENTE EM GERAL. A GERAÇÃO DE EMPREGOS POR UMA INDÚSTRIA É 
CONSIDERADA UMA EXTERNALIDADE. 
SÃO TODAS AS CONSEQUÊNCIAS DAS AÇÕES DESENCADEADAS PELO TRABALHO DOS AGENTES 
ECONÔMICOS EM RELAÇÃO A PESSOAS, AO MERCADO E AO MEIO AMBIENTE EM GERAL. A 
GERAÇÃO DE EMPREGOS POR UMA INDÚSTRIA É CONSIDERADA UMA EXTERNALIDADE. 
DA MESMA FORMA, OS DEJETOS DESSA MESMA INDÚSTRIA LANÇADOS EM UMA BACIA 
HIDROGRÁFICA, COM GRAVES CONSEQUÊNCIAS PARA O MEIO-AMBIENTE, TAMBÉM SÃO 
CONSIDERADOS EXTERNALIDADES. 
OBSERVE QUE O PRIMEIRO EXEMPLO REPRESENTA UMA EXTERNALIDADE POSITIVA, ENQUANTO 
O SEGUNDO, NEGATIVA. 
O PODER PÚBLICO TEM O DEVER INSTITUCIONAL DE TRABALHAR PARA EVITAR A INCIDÊNCIA DE 
EXTERNALIDADES NEGATIVAS E DE PROMOVER A REALIZAÇÃO DAS POSITIVAS, QUE SÃO: 
EXTERNALIDADES POSITIVAS – AÇÕES DE PESSOAS OU EMPRESAS QUE GERAM 
BENEFÍCIOS DIRETOS OU INDIRETOS PARA OUTRAS. 
EXTERNALIDADE NEGATIVAS – AÇÕES DE PESSOAS OU EMPRESAS QUE PREJUDICAM 
DIRETA OU INDIRETAMENTE OUTRAS. 
OS MONOPÓLIOS NATURAIS 
COMPREENDEM, POR EXEMPLO, O FORNECIMENTO E ÁGUA POTÁVEL; EXTRAÇÕES DE MINÉRIOS 
DESDE O OURO E OUTROS METAIS NOBRES ATÉ O PETRÓLEO; A PRODUÇÃO, A TRANSMISSÃO E 
A DISTRIBUIÇÕES DE ENERGIA ELÉTRICA, ENTRE OUTROS. 
É A PROBABILIDADE DE GANHOS EM ESCALA QUE A ATIVIDADE ECONÔMICA PROPICIA PELA SUA 
EXPLORAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO POTENCIAL QUE MOTIVA A OCORRÊNCIA DOS MONOPÓLIOS. 
DESTA FORMA, O PODER PÚBLICO TENDE A INTERVIR NESSE MERCADO, ASSUMINDO A 
ATIVIDADE, A FIM DE EVITAR O DESVIO DE CONDUTAS NESTA EXPLORAÇÃO SEM LIMITES, JUNTO 
AOS CIDADÃOS CONSUMIDORES. 
FALHAS DE MERCADO: 
 BENS PÚBLICOS: CONSUMO INDIVISÍVEL OU “NÃO RIVAL”; 
 EXTERNALIDADES: AÇÃO INDIVIDUAL AFETA OUTRO AGENTES; 
 MONOPÓLIOS NATURAIS: SÃO CARACTERIZADOS PELOS RETORNOS CRESCENTES DE 
ESCALA; AÇÃO, REGULAÇÃO OU PRODUÇÃO; 
 MERCADOS INCOMPLETOS: AUSÊNCIA DE OFERTA DE BEM/SERVIÇO; 
 FALHAS DE INFORMAÇÃO: MERCADO NÃO OFERECE DADO (CONSUMIDOR NÃO PODE TOMAR 
DECISÃO); 
 
 
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TECNOLOGIA EM GESTÃOPÚBLICA – 10º BIMESTRE 
 ALTOS NÍVEIS DE DESEMPREGO E INFLAÇÃO: MERCADO NÃO SOLUCIONA PROBLEMA; 
 MUSGRAVE E MUSGRAVE (1980), STIGLITZ (1986): (PODE HAVER RELACIONAMENTO ENTRE 
AS FALHAS: ALTERNANDO-SE EXTERNALIDADES); 
GERAÇÃO DE EMPREGO, CRESCIMENTO ECONÔMICO E ESTABILIDADE. 
SÃO ATIVIDADES BÁSICAS, IMPRESCINDÍVEIS PARA O BEM-ESTAR SOCIAL DE ECONOMIA RICA E 
POBRE, PRINCIPALMENTE DE NAÇÕES POBRES E EMERGENTES. NÃO SE PODE ESQUECER QUE 
EMPREGO E RENDA EM NÍVEIS COMPATÍVEIS ALAVANCAM O CRESCIMENTO E A ESTABILIDADE 
ECONÔMICA. 
IMPORTANTE: “UMA ECONOMIA SEM A INTERVENÇÃO DE GOVERNO PODE GERAR ALTOS NÍVEIS 
DE DESEMPREGO E INFLAÇÃO.” 
CONCEITO DE FINANÇAS PÚBLICAS 
FINANÇAS PÚBLICAS COMPREENDEM A FORMULAÇÃO DE TEORIAS, DE MODELAGENS E 
INSTRUMENTAÇÃO TÉCNICA QUE EXPLICA, ORGANIZA E FAZ GERIR O DINHEIRO EO PATRIMÔNIO 
PÚBLICOS, DE FORMA A ATENDER AS DEMANDAS SOCIAIS EM NÍVEIS CADA VEZ MAIS EXIGENTES 
DE APERFEIÇOAMENTOS. PARA ALIOMAR BALEEIRO, A ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO É: 
A ATIVIDADE POR MEIO DA QUAL O ESTADO CAPTA, GERA E DESPENDE RECURSOS 
PÚBLICOS COM O OBJETIVO DE ATENDER ÀS NECESSIDADES PÚBLICAS E DE PROVER OS 
SERVIÇOS TIPICAMENTE ESTATAIS. 
O PODER POLÍTICO ATUA EM DEFESA DA SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES DA COLETIVIDADE, 
POR MEIO DA PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS, PARA O ATENDIMENTO DAS DEMANDAS 
REPRIMIDAS. PARA TANTO, O MAIOR DESAFIO DO PROFISSIONAL DE FINANÇAS PÚBLICAS ESTÁ 
EM CONCILIAR TAIS INTERESSES E APONTAR OS CAMINHOS PARA A BUSCA DOS RECURSOS 
DISPONÍVEIS DESTINADOS À SATISFAÇÃO DESSAS DEMANDAS. 
ASSIM, NESSA CONDIÇÃO, O GOVERNO SE VÊ NA CONTIGÊNCIA DE OBTER TAIS FUNDOS, SEJA 
PELA VIA DA TRIBUTAÇÃO, ISTO É, COM AUMENTO OU CRIAÇÃO DE IMPOSTOS, PELA EMISSÃO 
DE MOEDA, PELO ENDIVIDAMENTO PÚBLICO OU, AINDA, FAZENDO PARCERIAS COM A INICIATIVA 
PRIVADA, COMO A LEI RECENTEMENTE REGULAMENTOU O REGIME DAS PARCERIAS PÚBLICO-
PRIVADAS, HOJE TÃO EM EVIDÊNCIA. 
TRATA-SE DE MATÉRIA MULTIFACETADA E MUITO RICA EM SEUS CONCEITOS E DEFINIÇÕES. NÃO 
É TAREFA FÁCIL DISCORRER SOBRE O CONCEITO DE FINANÇAS PÚBLICAS. MAS, DE FORMA 
SIMPLES, PROCURA-SE ADOTAS O CONCEITO CONSIDERADO MAIS CONSISTENTE E USUAL. 
FINANÇAS PÚBLICAS E DOUTRINA 
INICIALMENTE, É INTERESSANTE DIZER QUE AS FINANÇAS PÚBLICAS, APESAR DO SEU 
EMBASAMENTO ECONÔMICO E JURÍDICO, AS SUAS AÇÕES E SUA FINALIDADE ESTÃO VOLTADAS 
PARA O ATENDIMENTO DAS NECESSIDADES DO EQUILÍBRIO, DA BOA CONVIVÊNCIA E DO BEM-
ESTAR SOCIAL. 
AS FINANÇAS PÚBLICAS TÊM A SUA DOUTRINA BASEADA NOS PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS DA 
TEORIA ECONÔMICA, DO ORDENAMENTO JURÍDICO, NOTADAMENTE NOS SEGMENTOS DO 
DIREITO TRIBUTÁRIO, FINANCEIRO E ADMINISTRATIVO, SEM NENHUM DESPREZO PELOS 
IMPERATIVOS DO EXERCÍCIO DA CIÊNCIA POLÍTICA. 
O ESTUDO CIENTÍFICO DAS FINANÇAS DO ESTADO SEMPRE AMPLIARÁ O SEU CAMPO AOS 
DOMÍNIOS E ÀS METODOLOGIAS PRÓPRIAS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS, PELA AÇÃO NATURAL E 
EVOLUTIVA DOS PADRÓES DE CONVIÊNCIA HUMANA ATUALMENTE CONCEBIDOS. 
NESTES ÚLTIMOS ANOS, TEM-SE VIVIDO ESTADOS DE CRISES MUNDIAIS SUCESSIVAS. NESSAS 
CRISES, VERIFICOU-SE GRANDE EVOLUÇÃO E O ENRIQUECIMENTO DA RENOVADA CIÊNCIA DAS 
FINANÇAS E DEMONSTROU-SE QUE A ATIVIDADE FINANCEIRA DEVE, OBRIGATORIAMENTE, SER 
ANALISADA TAMBÉM PELA PERSPECTIVA COMPLEXA E MULTIDISCIPLINAR DO SEU ASPECTO 
HUMANITÁRIO. 
OPORTUNAMENTE, É BOM DESTACAR UM DOS GRANDES FORMULADORES DO PENSAMENTO 
ECONÔMICO DO SÉCULO PASSADO, GASTON JEZE, QUE RESUMIU O CONCEITO DE FINANÇAS 
PÚBLICAS COM A PRECISÃO E A PERTINÊNCIA REQUERIDAS PARA ESTE MOMENTO: 
É O ESTUDO DOS MEIOS PELOS QUAIS O ESTADO PROMOVE A OBTENÇÃO DOS 
RECURSOS NECESSÁRIOS À COBERTURA DAS DESPESAS PÚBLICAS E REPARTE O 
CORRESPONDENTE ENCARGO PELSO CIDADÃOS. 
O SETOR PÚBLICO FINANCEIRO 
COM O CRESCIMENTO POPULACIONAL E SUAS IMPLICAÇÕES DIRETAS NO DESENVOLVIMENTO 
ECONÔMICO E SOCIAL, AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVAS DA GESTÃO DAS FINANÇAS 
PÚBLICAS TAMBÉM ESTÃO SENDO OBRIGADAS A SE ADAPTAREM ÀS NOVAS REALIDADES QUE 
SURGEM. ALGUNS ECONOMISTAS, GRANDES ESTUDIOSOS, TÊM VISLUMBRADO UMA 
ESTRUTURAÇÃO PARA O SETOR PÚBLICO FINANCEIRO SEGMENTADA EM DOIS GRANDES 
BLOCOS: 
 ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO 
 ECONOMIA DO SETOR PRIVADO 
 
 
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SEGUNDO ESTA CORRENTE DE PENSADORES, AS FINANÇAS PÚBLICAS, ATUALMENTE, NÃO 
PODERIAM SER TRATADAS PELO PODER PÚBLICO APENAS COMO ATIVIDADE ESTATAL, UMA VEZ 
QUE AS QUESTÕES ENVOLVIDAS REQUISITAM O INTERESSE DA INICIATIVA PRIVADA DE UM 
LADO, E O PÚBLICO, DE OUTRO. 
INTERVENÇÃO DO GOVERNO NA ECONOMIA 
INTERVENÇÃO DO GOVERNO NA ECONOMIA: O ESTADO SEMPRE PROCUROU ATUAR EM RAZAÕ 
DAS FALHAS DE MERCADO, OU SEJA, PELOS INSUCESSOS DA INICIATIVA PRIVADA NA ALOCAÇÃO 
DOS BENS E SERVIÇOS À SOCIEDADE. ELE INTERVÉM PELA NECESSIDADE DE GARANTIR AOS 
INDIVÍDUOS O ACESSO AOS SERVIÇOS BÁSICOS, ASSEGURADOS PELA CONSTITUIÇÃO, POR 
MEIO DAS SEGUINTES FUNÇÕES: ALOCATIVA; DISTRIBUTIVA; ESTABILIZADORA. E REGULADORA; 
É VERDADEIRO E MERECEDOR DE DESTACADA ATENÇÃO O CRESCIMENTO DA ATUAÇÃO DO 
ESTADO NOS DIVERSOS SEGMENTOS NA NAÇÃO, ALÉM DAS ÁREAS DE EDUCAÇÃO, SEGURANÇA 
E SAÚDE PÚBLICAS. 
OS GASTOS GOVERNAMENTAIS NESSES E NOS DEMAIS SETORES AUMENTARAM 
CONSIDERAVELMENTE NOS ÚLTIMOS TEMPOS, NÃO SÓ PELA EXPANSÃO DAS POPULAÇÕES, 
MAS TAMBÉM PELO AUMENTO DOS NÍVEIS DE QUALIDADE A QUE SÃO DEMANDADOS. É O QUE 
SE CONSTATA EM TODAS AS PARTES DO MUNDO. 
OS INSUCESSOS DA INICIATIVA PRIVADA PARA PRODUZIR E DISPONIBILIZAR OS BENS E 
SERVIÇOS À SOCIEDADE SÃO A RAZÃO PARA A INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA OU 
NOS MERCADOS PRODUTORES. ESTE SEMPRE PROCUROU ATUAR EM RAZÃO DESSAS “FALHAS 
DE MERCADO”. 
NESSE SENTIDO, O ESTADO INTERVÉM PELA NECESSIDADE DE GARANTIR AOS CIDADÃOS O 
ACESSO AOS SERVIÇOS BÁSICOS, CONFORME ASSEGURADOS, VIA DE REGRA, PELAS 
RESPECTIVAS CONSTITUIÇÕES. 
APENAS A TÍTULO DE ILUSTRAÇÃO TEÓRICA, SERÃO CITADAS MAIS DUAS OUTRAS “FALHAS DE 
MERCADO”, ALÉM DAQUELAS JÁ DISCORRIDAS, QUE SÃO: 
 MERCADOS INCOMPLETOS – CARACTERIZADOS POR FALHAS NA OFERTA DE ALGUNS 
BENS E SERVIÇOS. 
 FALHAS DE INFORMAÇÃO – CARACTERIZADAS PELA TRANSMISSÃO FALHA OU 
INTERPRETAÇÃO DETURPADA, MANIFESTAMENTE, DE INTERESSES ESPECÍFICOS DE 
MERCADO. 
INFORMAÇÃO DE CONJUNTURA 
A INSERÇÃO DE COMENTÁRIOS DE EXPERIENTE ECONOMISTA DO FINANCIAL TIMES, A SEGUIR, 
ILUSTRA A FORMA MAIS EXEMPLAS DE INTERVENÇÃO DE GOVERNOS NA ECONOMIA, COM 
RESULTADOS EXITOSOS, MEDIANOS, NEUTROS OU RUINS, PARA AS RESPECTIVAS 
COLETIVIDADES. VEJAM O RESUMO DA MATÉRIA: 
EXPANSÃO FISCAL EM PAÍSES COM PROBLEMAS ESTRUTURAIS SÓ GERA INFLAÇÃO 
MARTIN WOLF, DIRETOR DO FINANCIAL TIMES, RECENTEMENTE CONCEDEU ENTREVISTA AO 
JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO, ONDE DESTACOU ASPECTOS ATUAIS DA SITUAÇÃO 
ECONÔMICA E FINANCEIRA DO BRASIL, DOS ESTADOS UNICOS, DA UNISÃO EUROPEIA E DO 
MUNDO. 
SOBRE O BRASIL, DESTACA O DOUTOR WOLF: “QUE OS ESTÍMULOS FISCAL E MONETÁRIO 
REALIZADOS COM FORÇA, PELO GOVERNO, NOS ÚLTIMOS ANOS, NÃO FORAM UMA BOA IDEIA. O 
BRASIL VIVEU UMA “DESACELERAÇÃO PREVISÍVEL” NOS ÚLTIMOS ANOS, E A RESPOSTA NÃO 
DEVERIA TER SIDO A EXPANSÃO DOS GASTOS E A REDUÇÃO FORÇADA DAS TAXAS DE JUROS.” 
AINDA NA SUA AVALIAÇÃO, O ECONOMISTA AFIRMA QUE “AO INVÉS DE ESTÍMULOS, O REMÉDIO 
AMARGO TALVEZ FOSSE O CAMINHO PARA A ECONOMIA BRASILEIRA, UMA VEZ EUE O BRASIL 
NÃO TEVE CRISE, A EXEMPLO DE MUITOS PAÍSES DA EUROPA E OS ESTADOS UNIDOS.” 
PORTANTO, “EXPANSÃO FISCAL EM PAÍSES COM PROBLEMAS ESTRUTURAIS SÓ GERA 
INFLAÇÃO, E NÃO CRESCIMENTO”, DISSE WOLF. 
ESSE É MAIS UM CASO TÍPICO EM QUE O ESTADO, EM BUSCA DE EQUACIONAR OS SEUS 
PROBLEMAS CONJUNTURAIS OU ESTRUTURAIS, SE UTILIZA DO PODER PÚBLICO QUE LHE É 
PROPRIO PARA A BUSCA DE SOLUÇÕES, NEM SEMPRE EXITOSAS. 
FUNÇÃO ALOCATIVA 
NO CONTEXTO DO PENSAMENTO DE GOVERNO, OU SEJA, NO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO 
PÚBLICO, ENTENDE-SE A FUNÇÃO ALOCATIVA COMO A SELEÇÃO DE QUAIS BENS E SERVIÇOS 
(BENS PÚBLICOS), E SUAS RESPECTIVAS QUANTIDADES E PADRÕES DE QUALIDADE SERÃO 
OFERECIDOS OU DISPONIBILIZADAS PARA OS CIDADÃOS. 
É SEMPRE BOM DIZER QUE OS BENS PÚBLICOS SÃO TODOS AQUELES QUE PODEM E DEVEM 
SER USADOS PORTODAS AS PESSOAS, INDEPENDENTEMENTE DO FATO DE SEREM OU NÃO 
CONTRIBUINTES DE TRIBUTOS. EXEMPLO: VIAS PÚBLICAS (RUAS, ESTRADAS, PONTES), PRAIAS, 
ILUMINAÇÃO PÚBLICA, ENTRE OUTROS. 
 
 
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TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA – 10º BIMESTRE 
OUTRO ASPECTO IMPORTANTE É QUE PARA SEREM BENS PÚBLICOS, ESTES NÃO PRECISAM, 
NECESSARIAMENTE, SER FORNECIDOS PELO ESTADO. ELES POSSUEM CARACTERÍSTICAS DE 
NÃO RIVALIDADE E NÃO EXCLUSÃO DE CONSUMO. ISTO QUER DIZER QUE TODOS OS CIDADÃOS, 
CONTRIBUINTES OU NÃO, TÊM ASSEGURADO O DIRIETO DE USO DESSES BENS, 
CONCOMITANTEMENTE OU NÃO, OBSERVADAS AS REGRAS DO DIREITO CIVIL. 
OS BENS SEMIPÚBLICOS SÃO CONSIDERADOS, NESTE CASO, OS SERVIÇOS DE SAÚDE E 
EDUCAÇÃO, ATIVIDADES QUE PODEM SER EXERCIDAS PELO SETOR PÚBLICO E PELA INICIATIVA 
PRIVADA. 
OS BENS PRIVADOS EM GERAL, SÃO TODOS AQUELES QUE, SENDO OFERTADOS PELO SETOR 
PRIVADO, NÃO IMPORTA SE COM FINANCIAMENTO TOTAL OU PARCIAL DE GOVERNO, EXIGEM O 
PAGAMENTO DE UM PREÇO PELO CONSUMIDOR. 
IMPORTANTE: UM EXEMPLO DE FUNÇÃO ALOCATIVA É A DECISÃO DE O GOVERNO CONSTRUIR 
UMA RODOVIA LIGANDO LOCALIDADES CARENTES DE INTEGRAÇÃO COM O RESTANTE DO PÁIS; 
OU A CONSTRUÇÃO DE UM HOSPITAL DE GRANDE PORTE PARA ATENDIMENTO DA COMUNIDADE 
CARENTE; OU A CONSTRUÇÃO DE ESCOLAS, BIBLIOTECAS PÚBLICAS, CRECHES, ENFIM, TODA 
FORMA DE ALOCAÇÃO DE RECURSOS NOS ORÇAMENTOS PÚBLICOS PARA O BENEFÍCIO DA 
SOCIEDADE. 
FUNÇÃO DISTRIBUTIVA 
A FUNÇÃO DISTRIBUTIVA TEM POR FINALIDADE A INTERVENIÊNCIA DO PODER PÚBLICO PARA 
EQUALIZAR E AJUSTAR A DISTRIBUIÇÃO DA RENDA NACIONAL DA FORMA MAIS JUSTA POSSÍVEL. 
ESTÁ RELACIONADA COM O PROPÓSITO DE SE CONSTRUIR UMA SOCIEDADE MAIS HOMOGÊNEA, 
MAIS EQUILIBRADA, NO QUE TANGE AOS ESTOQUES DE RIQUEZA E DISTRIBUIÇÃO DE RENDA 
NACIONAL. EM OUTRAS PALAVRAS, É A FORMA DE SE DISTRIBUIR O PRODUTO INTERNO BRUTO 
(PIB), ESTENDENDO A TODOS OS CIDADÃOS O DIREITO AO ACESSO A ESCOLAS DE QUALIDADE, 
À SAÚDE PÚBLICA EFICIENTE E AO EMPREGO AUTOSSUSTENTÁVEL. 
A FUNÇÃO DISTRIBUITIVA, COMO INTERVENÇÃO DO ESTADO, CORRESPONDE, NA VERDADE, À 
AÇÃO TÃO DISCUTIDA E TÃO SONHADA DA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA DO PAÍS. 
IMPORTANTE: UM EXEMPLO DE FUNÇÃO DISTRIBUITIVA É A POLÍTICA DO GOVERNO DESTINADA 
A ALTERAR AS ALÍQUOTAS DO IMPOSTO DE RENDA, TAXANDO MAIS AOS QUE GANHAM MAIS – 
COM ALÍQUOTA PROGRESSIVA – E APLICANDO TAIS RECURSOS NA CONSTRUÇÃO DE ESCOLAS E 
HOSPITAIS EM COMUNIDADES CARENTES. 
FUNÇÃO ESTABILIZADORA 
A FUNÇÃO ESTABILIZADORA DIZ RESPEITO À IMPLEMENTAÇÃO DE PLANOS E POLÍTICAS COM O 
OBJETIVO DE COMBATER OS NÍVEIS INFLACIONÁRIOS, OU DOS PREÇOS ALTOS EM GERAL – 
PELO CONTROLE DOS JUROS E DA DEMANDA E OFERTA DE PRODUTOS, POR EXEMPLO -, À 
ESTABILIZAÇÃO DOS PREÇOS, AO AUMENTO DO NÍVEL DE EMPREGO E RENDA, AO 
CRESCIMENTO ECONÔMICO, DENTRE OUTRAS CONDIÇÕES CONJUNTURAIS QUE SE 
APRESENTAM PASSÍVEIS DE SEREM CONTORNADAS. 
ESTA FUNÇÃO UTILIZA, NA FORMULAÇÃO DE SUS POLÍTICAS, DIVERSOS RECURSOS E 
INSTRUMENTOS, TAIS COMO; A TAXAÇÃO DOS JUROS SELIC PELO COMITÊ DE POLÍTICA 
MONETÁRIA (COPOM); O AUMENTO OU A REDUÇÃO DO RECOLHIMENTO DO DEPÓSITO 
COMPULSÓRIO PELOS BANCOS; A EXPANSÃO OU RETRAÇÃO DA OFERTA DE CRÉDITO; A 
TAXAÇÃO DO IOF EM SUAS MÚLTIPLAS MODALIDADE, ALÉM DE OUTROS INSTRUMENTOS. 
TODOS ESSES RECURSOS E INSTRUMENTOS UTILIZADOS POR ESSAS POLÍTICAS, TÍPICOS DA 
EXECUÇÃO DA FUNÇÃO ESTABILIZADORA, SÃO CLASSIFICADOS EM FISCAIS E MONETÁRIOS: 
IMPORTANTE: UM EXEMPLO BEM-SUCEDIDO DA FUNÇÃO ESTABILIZADORA FOI A IMPLANTAÇÃO 
DO PLANO REAL, QUE, EM 1994, ACABOU COM A HIPERINFLAÇÃO ATÉ ENTÃO EXISTENTE, E QUE 
ABRANGEU O EMPREGO DE RECURSOS OU INSTRUMENTOS FISCAIS E MONETÁRIOS, COMO 
CITADOS ANTERIORMENTE. 
 INSTRUMENTOS FISCAIS: POLÍTICA FISCAL: DA EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO – AS 
COMPRAS E VENDA GOVERNAMENTAIS, - VIA TRIBUTOS – COM OS TRIBUTOS 
CONSTITUCIONALMENTE PERMITIDOS PARA A REGULAÇÃO NESTE CASO, POR EXEMPLO: 
SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS, SOBRE A IMPORTAÇÃO, SOBRE A EXPORTAÇÃO, 
SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS, SOBRE A POLÍTCA DE SUBSÍDIOS, DENTRE 
OUTROS. 
 INSTRUMENTOS MONETÁRIOS: CONTROLE DA EXPANSÃO OU RETRAÇÃO DA OFERTA DE 
PAPEL-MOEDA, DEPÓSITOS COMPULSÓRIOS DO SETOR FINANCEIRO, TAXA DE JUROS, 
EXPANSÃO OU RETRAÇÃO DO CRÉDITO, ALÉM DE OUTROS INSTRUMENTOS. 
OBJETIVOS PARA POLÍTICA FISCAL E AS FUNÇÕES DO GOVERNO 
 FUNÇÃO ALOCATIVA: FORNECIMENTO DE BENS PÚBLICOS; 
 FUNÇÃO DISTRIBUTIVA: AJUSTES NA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA; 
 FUNÇÃO ESTABILIZADORA: POR MEIO DA POLÍTICA ECONÔMICA INTERFERIR NA TAXA DE 
EMPREGO, INFLAÇÃO E CRESCIMENTO. 
 
 
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TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA – 10º BIMESTRE 
EXEMPLO EM RELAÇÃO A PANDEMIA: ALOCATIVA – DISTRIBUIÇÃO DOS 600 REAIS PARA OS QUE 
TIVERAM DIFICULDADES EM OBTER A SUA RENDA. DISTRIBUTIVA – OS GOVERNO ESTA 
DISPONIILIZANDO UMA QUANTIDADE GRANDE DE RECURSOS PARA ESTADOS, MUNICÍPIOS PARA 
FINALIDADE DE REPOR OS RECURSOS OU AUMENTAR. ESTABILIZADORA – O GOVERNO ESTA 
PENSANDO NA DIMINUIÇÃO NA TAXA DE JUROS PARA REGULAR. 
FUNÇÃO REGULADORA 
A FUNÇÃO REGULADORA É A DISCIPLINADA, A NORMATIZAÇÃO E A FISCALIZAÇÃO DAS REGRAS 
DA ATIVIDADE ECONÔMICA MEDIANTE LEIS E DISPOSITIVOS ADMINISTRATIVOS, COMO O 
ESTABELECIMENTO DO CONTROLE DE PREÇOS, A REGULAÇÃO DOS MERCADOS, A PROTEÇÃO 
DOS CONSUMIDORES ETC. 
COM A REFORMA ECONÔMICA A PARTIR DA DÉCADA DE 1990, ESSA FUNÇÃO SE TORNA MAIS 
IMPORTANTE A PARTIR DAS PRIVATIZAÇÕES EM QUE O ESTADO TRANSFORMOU A SUA 
CONDIÇÃO DE PRODUTOS PARA A DE REGULADOR DE MERCADO, O QUE, VERDADEIRAMENTE, 
VEIO LEGITIMAR ESSA FUNÇÃO, QUE É A DE FAZER APENAS A INTERVENÇÃO, MEDIANTE AÇÕES 
DE REGULAR, DISCIPLINAR E FISCALIZAR OS MERCADOS. 
IMPORTANTE: A FUNÇÃO REGULADORA TEM COMO EXEMPLO A CRIAÇÃO DE AGÊNCIAS 
REGULADORAS, POR FORÇA DA TRANSFERÊNCIA DE ALGUMAS ATIVIDADES DO SETOR PÚBLICO 
PARA A INICIATIVA PRIVADA, EM FACE DA PRIVATIZAÇÃO, INCLUSIVE COM A PARTICIPAÇÃO DE 
CAPITAL ESTRANGEIRO; 
 TELECOMUNICAÇÕES: A VENDA DE TODO O SISTEMA DE TELEFONIA PARA A INICIATIVA 
PRIVADA – HOJE REGULADO E FISCALIZADO PELA ANATEL; 
 DEFESA DO CONSUMIDOR: FISCALIZADA PELO SISTEMA PROCON EM TODOS OS ESTADOS. 
OBSERVE QUE ESTUDAR AS FINANÇAS PÚBLICAS É O MESMO QUE BUSCAR COMPREENDER A 
ESSÊNCIA DAS ATRIBUIÇÕES DO ESTADO NO PLANO ECONÔMICO, OU SEJA, O RESULTADO 
DAQUILO QUE SE ARRECADA EM RECURSOS ORIUNDOS DOS CIDADÃOS CONTRIBUINTES E DOS 
CONSEQUENTES USOS DESSES FUNDOS APLICADOS DIRETA OU INDIRETAMENTE, LEGÍTIMA, 
JUSTA E MORALMENTE EM BENEFÍCIO DE TODOS AQUELES QUE, GEOGRÁFICA, POLÍTICA E 
SOCIALMENTE SÃO INTEGRANTES DA NAÇÃO. 
FONTES DE FINANCIAMENTEO DO SETOR PÚBLICO 
CONSTITUEM FONTES QUE FINANCIAM O PODER PÚBLICO BRASILEIRO OU SEJA O ESTADO 
BRASILEIRO É FINANCIADO PELAS SEGUINTES FONTES: 
 FONTE TRIBUTÁRIA; 
 ENDIVIDAMENTO PÚBLICO; 
 EMISSÃO DE MOEDAS; 
 MISSÃO DE MOEDA COOPERAÇÃO EXTERNA – DOAÇÕES ESTRANGEIRAS RECEBIDAS. 
A FONTE COOPERAÇÃO EXTERNA, MEDIANTE A DOAÇÃO DE PAÍSES ESTRANGEIROS AO BRASIL, 
EM FACE DAS CRISES GLOBAIS QUE ACONTECERAM NOS ÚLTIMOS ANOS, REGISTRA UM 
VOLUME BEM REDUZIDO JUNTO AO GOVERNO BRASILEIRO. 
INFORMAÇÃO DE CONJUNTURA 
PARA AJUDAR A COMPREENDER DA MELHOR FORMA A DIMENSÃO DO PODER DA ECONOMIA NO 
SETOR PÚBLICO, ESPECIALMENTE AS INTERVENÇÕES DO GOVERNO NESTE SETOR, SERÃO 
DISPOSTAS A SEGUIR TREZES ALTERAÇÕES ALTAMENTE SIGNIFICATIVAS NO CENÁRIO 
ECONÔMICO, IMPLEMENTADAS A PARTIR DE 2003, QUE FORAM PUBLICADOS PELA REVISTA 
CONJUNTURA ECONÔMICA DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. 
DE ACORDO COM O ECONOMISTA-PESQUISADOR SAMUEL PESSOA, QUE ASSINA O ARTIGO, AS 
TREZES ALTERAÇÕES CONSTITUEM UMA ESPÉCIE DE NOVA MATRIZ ECONÔMICA DO ATUAL 
GOVERNO QUE TEVE INÍCIO A PARTIR DE 2003, COMO SE PODE VER A SEGUIR: 
PRIMEIRA – O REGIME DE CÂMBIO PASSOU DE FLUTUANTE PARA FORTEMENTE ADMINISTRADO, 
COM MOMENTOS DE CÂMBIO FIXO; 
SEGUNDA – MAIOR TOLERÂNCIA COM A INFLAÇÃO; 
TERCEIRA – ADOÇÃO RECORRENTE DE ARTIFÍCIOS PARA CUMPRIR META DE SUPERÁVIT 
PRIMÁRIO, REDUZINDO A TRANSPARÊNCIA FISCAL, ALÉM DE FORTÍSSIMA QUEDA DO 
RESULTADO EM SI; 
QUARTA – CONTROLE DE PREÇOS COMO TENTATIVA DE CONTER A INFLAÇÃO, VISÍVEL NOS 
COMBUS-TÍVEIS, DESONERAÇÕES TRIBUTÁRIAS, TARIFAS DE TRANSPORTES COLETIVOS E 
TARIFAS ELÉTRICAS; 
QUINTA – TENTATIVA DE FORÇAR QUEDA NOS JUROS REAIS PELA ADOÇÃO DE TEORIAS 
HETERO- DOXAS, COMO EQUILÍBRIO MÚLTIPLO OU A IDEIA DE QUE O IMPACTO DOS JUROS NA 
ATIVIDADE DEPENDE DA VARIAÇÃO E NÃO DO NÍVEL; 
SEXTA – DESONERAÇÕES E ESTÍMULOS AO CRÉDITO DE FORMA SELETIVA E NÃO EQUITATIVA, 
PARA SUSTENTAR O CONSUMO DE DETERMINADOS BENS OU ESTIMULAR SETORES 
ESPECÍFICOS, COMO NO CASO DOS AUTOMÓVEIS E LINHA BRANCA (RESULTADO EM 
ANTECIPAÇÃO DE CONSUMO E FORTES OSCILAÇÕES DE PRODUÇÃO E ESTOQUES; 
 
 
7 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA – 10º BIMESTRE 
SÉTIMA – GRANDE EXPANSÃO DO PAPEL DO BNDES NA INTERMEDIAÇÃO DO INVESTIMENTO, 
COM DIRECIONAMENTO A SETORES ESCOLHIDOS; 
OITAVA – TENDÊNCIA DE FECHAMENTO DA ECONOMIA AO COMÉRCIO INTERNACIONAL, JÁ 
PARCIALMENTE REVERTIDA, MAS MANTIDA NO CASO DO SETOR AUTOMOBILÍSTICO; 
NONA – AUMENTO DO PAPEL DO ESTADO E DA PETROBRAS NO SETOR PETRÓLEO; 
DÉCIMA – INTERVENÇÃO NO SETOR ELÉTRICO PARA BAIXAR TARIFAS E RENOVAR ANTECIPADA- 
MENTE CONCESSÕES; 
DÉCIMA-PRIMEIRA – USO DOS BANCOS PÚBLICOS DE FORMA ARRISCADA, PARA FORÇAR A 
QUEDA DO SPREAD BANCÁRIO (JÁ HÁ SINAIS DE AUMENTOS SIGNIFICATIVOS DA INADIMPLÊNCIA 
NOS BAN- COS PÚBLICOS NO SEGMENTO DO CRÉDITO LIVRE); 
DÉCIMA-SEGUNDA – DIFICULDADE IDEOLÓGICA DE ATRAIR O SETOR PRIVADO PARA A OFERTA 
DE SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA E INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA EM GERAL; 
DÉCIMA-TERCEIRA – ADOÇÃO INDISCRIMINADA DA POLÍTICA DE CONTEÚDO NACIONAL E DE 
ESTÍMULO À PRODUÇÃO LOCAL, SEM PREOCUPAÇÃO COM O CUSTO DE OPORTUNIDADE DOS 
RECURSOS SOCIAIS; 
BENS PÚBLICOS DEFINIDOS 
BENS PÚBLICOS SÃO NÃO RIVAIS E NÃO EXCLUDENTES NO CONSUMO. ASSIM, CADA PESSOA 
CONSOME A MESMA QUANTIA, MAS NÃO NECESSARIAMENTE A QUANTIA PREFERIDA, DO BEM 
PÚBLICO. 
 O CONSUMO DO BEM É NÃO RIVAL – UMA VEZ FORNECIDO, O CUSTO ADICIONAL DO 
RECURSO PARA O CONSUMO DO BEM POR OUTRA PESSOA É ZERO. 
 O CONSUMO DO BEM É NÃO EXCLUDENTE – IMPEDIR ALGUÉM DE CONSUMIR O BEM É MUITO 
CARO OU IMPOSSÍVEL. 
VÁRIOS ASPECTOS DE NOSSA DEFINIÇÃO DE BEM PÚBLICO SÃO DIGNOS DE NOTA. 
o MESMO QUE TODO MUNDO CONSUMA A MESMA QUANTIDADE DO BEM, ELE NÃO DEVE SER 
IGUALMENTE VALORIZADO POR TODOS. 
o A CLASSIFICAÇÃO COMO BEM PÚBLICO NÃO É ABSOLUTA; DEPENDE DE CONDIÇÕES DE 
MERCADO E DO ESTADO DA TECNOLOGIA. 
 BEM PÚBLICO PURO: BEM PÚBLICO PURO, É UM BEM CUJO CONSUMO NÃO É RIVAL E 
CUJA EXCLUSÃO NÃO É DESEJÁVEL. A NÃO RIVALIDADE É A CARACTERÍSTICA DE 
DOIS OU MAIS CONSUMIDORES PODEREM CONSUMIR UMA MESMA UNIDADE DO BEM, 
OU SEJA, O CONSUMO DO BEM POR UM CONSUMIDOR NÃO REDUZ A QUANTIDADE 
DISPONÍVEL PARA CONSUMO DESSE BEM POR OUTRO CONSUMIDOR. 
 BEM PÚBLICO IMPURO: UM BEM QUE É RIVAL E/OU EXCLUENTE ATÉ CERTO PONTO 
o UMA COMMODITY PODE SATISFAZER PARTE DA DEFINIÇÃO DE BEM PÚBLICO E NÃO 
SATISFAZER OUTRA PARTE. 
o ALGUMAS COISAS QUE NÃO SÃO CONVENCIONALMENTE CONSIDERADAS COMMODITIES TÊM 
CARACTERÍSTICA DE BENS PÚBLICOS 
o OS BENS PRIVADOS NÃO SÃO SEMPRE FORNECIDOS EXCLUSIVAMENTE PELO SETOR 
PRIVADO. 
 BENS PRIVADOS FORNECIDOS DE MODO PÚBLICO: COMMODITIES RIVAIS E 
ESCLUDENTES QUE SÃO FORNECIDOS POR GOVERNOS. 
 BENS PÚBLICOS FORNECIDOS PUBLICAMENTE: COMMODITIES RIVAIS E 
EXCLUDENTES QUE SÃO FORNECIDAS POR GOVERNOS. 
o O FORNECIMENTO POR PARTE DO GOVERNO DE UM BEM NÃO SIGNIFICA NECESSARIAMENTE 
QUE ESSE BEM DEVE SER PRODUZIDO PELO GOVERNO. 
FORNECIMENTO EFICIENTE DE BENS PÚBLICOS 
O FORNECIMENTO EFICIENTE DE BENS PÚBLICOS EXIGE QUE A SOMA DAS TMSs INDIVIDUAIS 
SEJA IGUAL À TMT, AO CONTRÁRIO DOS BENS PRIVADOS, PARA OS QUAIS A EFICIÊNCIA EXIGE 
QUE CADA UMA DAS TMSs SEJA IGUAL À TMT. 
o ADIÇÃO HORIZONTAL: PROCESSO DE CRIAR UMA CURVA DE DEMANDA DO MERCADO POR 
MEIO DA ADIÇÃO DAS QUANTIDADES DEMANDAS POR CADA INDIVÍDUO A CADA PREÇO. 
o ADIÇÃO VERTICAL: PROCESSO DE CRIAR UMA CURVA DE DEMANDA AGREGADA PARA UM 
BEM PÚBLICO POR MIO DA ADIÇÃO DOS PREÇOS QUE CADA INDIVÍDUO ESTÁ DISPOSTO A 
PAGAR POR UMA DADA QUANTIDADE DO BEM. 
A QUANTIDADE EFICIENTE É ENCONTRADA ONDE A DISPOSIÇÃO TOTAL EM PAGAR (DERIVADA 
POR MEIO DA ADIÇÃO VERTICAL DAS CURVAS DE DEMANDAS DOS INDIVÍDUOS) INTERCEPTA A 
CURVA DE OFERTA. 
O MERCADO PRIVADO PROVAVELMENTE NÃO É CAPZ DE FORNECER BENS NÃO RIVAIS DE MODO 
EFICIENTE, AINDA QUE ELES SEJAM EXCLUDENTES. 
FREE RIDER: INCENTIVO PARA DEIXAR OUTRAS PESSOAS PAGAREM POR UM BEM PÚBLICO 
ENQUANTO VOCÊ APROVEITA OS BENEFÍCIOS. 
 
 
8 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA – 10º BIMESTRE 
A OBSERVAÇÃO INFORMAL E OS ESTUDOS DE LABORATÓRIO INDICAM QUE AS PESSOAS NÃO 
EXPLORAM POSSIBILIDADES DO FREE RIDER COMPLETAMENTE. NÃO OBSTANTE, EM CERTOS 
CASOS, O FREE RIDER É UM PROBLEMA IMPORTANTE. 
DISCRIMINAÇÃO DE PREÇOS PERFEITA: QUANDO UM PRODUTOR COBRA DE CADA PESSOA O 
MÁXIMO QUE ESSA PESSOA ESTÁ DISPOSTA A PAGAR POR UM BEM. 
PRIVATIZAÇÃO 
PRIVATIZAÇÃO: QUER DIZER TOMAR SERVIÇOS QUE SÃO FORNECIDOS PELO GOVERNO E 
CONCEDÊ-LOS AO SETOR PRIVADO PARA SEU FORNECIMENTO OU PRODUÇÃO. PAÍSES DO 
MUNDO INTEIRO DEBATEM AS VIRTUDES DA PRIVATIZAÇÃO DE FUNÇÕES DO GOVERNO. NESTA 
SEÇÃO, PRIMEIRAMENTE VAMOS EXAMINAR ASSUNTOS RELACIONADOS AO FORNECIMENTO E, 
EM SEGUIDA, À PRODUÇÃO. É O PROCESSO DE CONCEDER SERVIÇOS QUE SÃO FORNECIDOS 
PELO GOVERNO AO SETOR PRIVADO PARA PRODUÇÃO OU PROVISÃO. 
FORNECIMENTO PÚBLICO OU PRIVADO? 
ÀS VEZES BENS FORNECIDOS PELO PODER PÚBLICO PODEM SER OBTIDOS DE FONTES 
PRIVADAS. 
SALÁRIO RELATIVO E CUSTOS MATERIAIS: SE OS SETORES PÚBLICO E PRIVADO PAGAM 
QUANTIAS DIFERENTES POR TRABALHO E MATERIAIS, ENTÃO O SETOR MENOS CARO DEVE SER 
PREFERIDO EM TERMOS DE EFICIÊNCIA, TUDO O MAIS CONSTANTE. 
CUSTOS ADMINISTRATIVOS: NO ÂMBITO DO FORNECIMENTO PÚBLICO, TODOS OS CUSTOS 
ADMINISTRATIVOS FIXOS PODEM SER DISTRIBÚIDOS SOBRE UM GRANDE GRUPO DE 
INDIVÍDUOS. EM VEZ DE TODO O MUNDO PASSAR TEMPO DISCUTINDO UM CONTRATO DE 
RECOLHIMENTO DO LIXO, A NEGOCIAÇÃO É FEITA POR UM ESCRITÓRIO, PARA TODOS. QUANTO 
MAIOR A COMUNIDADE, MAIOR SERÁ A VANTAGEM EM SER CAPAZ DE DISTRIBUIR ESSES 
CUSTOS. DA MESMA FORMA, UM SISTEMA DE ESCOLA PÚBLICA QUE FORNECE A MESMA 
EDUCAÇÃO EM TODAS AS ESCOLAS POUPA AOS PAIS O TEMPO E O ESFORÇO ENVOLVIDOS NA 
PESQUISA DE ESCOLAS PARA SE SABER QUAIS SÃO AS BOAS. 
DIVERSIDADE DE GOSTOS: FAMÍLIAS COM E SEM FILHOS TÊM VISÕES DIFERENTES SOBRE O 
DESEJO DE UMA EDUCAÇÃO DE ALTA QUALIDADE. AS PESSOAS QUE ARMAZENAM JÓIAS EM 
CASA PODEM ESTIMAR A PROTEÇÃO DA PROPRIEDADE MAIS QUE AS PESSOAS QUE NÃO O 
FAZEM. NA MEDIDA EM QUE ESSA DIVERSIDADE ESTÁ PRESENTE, O FORNECIMENTO PRIVADO É 
MAIS EFICIENTE, PORQUE AS PESSOAS PODEM AJUSTAR SEU CONSUMO AOS PRÓPRIOS 
GOSTOS. 
PROBLEMAS DE DISTRIBUIÇÃO: AS NOÇÕES E EQUIDADE QUE A COMUNIDADE TEM PODEM 
EXIGIR QUE ALGUMAS COMMODITIES SEJAM DISPONIBILIZADAS PARA TODOS, UMA NOÇÃO ÀS 
VEZES CHAMADA DE IGUALITARISMO DE COMMODITY. 
o IGUALITARISMO DE COMMODITY: A IDEIA DE QUE ALGUMAS COMMODITIES DEVEM SER 
DISPONIBILIZADAS PARA TODOS. 
PRODUÇÃO PÚBLICA OU PRIVADA? 
O DEBATE DESTACA O FATO DE AS PESSOAS PODEREM CONCORDAR QUE O FORNECIMENTO 
PÚBLICO DE CERTOS SERVIÇOS FAZ SENTIDO, MAS CONTINUAM A DISCORDAR QUANTO O FATO 
DE ESSES SERVIÇOS DEVEREM SER PRODUZIDOS PÚBLICA OU PRIVADAMENTE. PARTE DA 
CONTROVÉRSIA VEM DAS DIFERENÇAS FUNDAMENTAIS RELATIVAS AO QUANTO O GOVERNO 
DEVE INTERVIR NA ECONOMIA. PARTE SE DEVE A OPINIÕES DIFERENTES SOBRE OS CUSTOS 
RELATIVOS DAS PRODUÇÕES PÚBLICA E PRIVADA. ALGUNS ARGUMENTAM QUE 
ADMINISTRADORES DO SETOR PÚBLICO, AO CONTRÁRIO DE SUAS CONTRAPARTES DO SETOR 
PRIVADO, NÃO TÊM DE SE PREOCUPAR COM LUCRO NEM COM A POSSIBILIDADE DE A EMPRESA 
EM QUE TRABALHAM SER ADQUIRIDA OU IR À FALÊNCIA. POR CONTA DISSO, ELES SÃO POUCO 
INCENTIVADOS A CONTROLAR COM CUIDADO AS ATIVIDADES DE SUAS EMPRESAS. ESSA NOÇÃO 
VEM DE MUITO TEMPO. EM 1776, ADAM SMITH ESCREVEU: 
EM TODA GRANDE MONARQUIA DA EUROPA, A VENDA DAS TERRAS DA COROA GERARIA 
UMA SOMA MUITO GRANDE DE DINHEIRO, A QUAL, SE APLICADA NO PAGAMENTO DAS 
DÍVIDAS PÚBLICAS, LIVRARIA DE HIPOTECA UMA RENDA MUITO SUPERIORA QUALQUER 
RENDA QUE ESSAS TERRAS JAMAIS PROPORCIONARIAM À COROA... QUANDO AS TERRAS 
DA COROA SE TORNASSEM PROPRIEDADE PRIVADA, NO PRAZO DE ALGUNS ANOS 
ESTARIAM MELHORADAS E BEM CULTIVADAS. 
CONTRATOS INCOMPLETOS: O GOVERNO PODE SIMPLESMENTE REDIGIR UM CONTRATO COM O 
FORNECEDOR PRIVADO, ESPECIFICANDO EM TODOS OS DETALHES A QUALIDADE DO SERVIÇO 
QUE O GOVERNO DESEJA. HART, SHLEIFER E VISHNY (1997), ÀS VEZES É IMPOSSÍVEL REDIGIR 
UM CONTRATO QUE PREVINA TODAS AS SITUAÇÕES, POIS NÃO É POSSÍVEL ESPECIFICAR 
ANTECIPADAMENTE TODAS AS CONTIGÊNCIAS PROVÁVEIS. OS DEFENSORES DA PRIVATIZAÇÃO 
ACREDITAM QUE, AINDA QUE SEJA IMPOSSÍVEL REDIGIR UM CONTRATO COMPLETO, HÁ OUTROS 
MECANISMOS PARA FAZER COM QUE AS EMPRESAS PRIVADAS NÃO ECONOMIZEM ESFORÇOS 
OU CUSTOS. NA MEDIDA EM QUE OS PRÓPRIOS CONSUMIDORES COMPRAM O BEM E VÁRIOS 
 
 
9 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA – 10º BIMESTRE 
FORNECEDORES ESTÃO DISPONÍVEIS, ELES PODEM TROCAR DE FORNECEDOR SE O ATUAL 
OFERECE SERVIÇO DE MÁ QUALIDADE. 
AMBIENTE DE MERCADO: O AMBIENTE DE MERCADO EM QUE A EMPRESA PÚBLICA OU PRIVADA 
OPERA. UM MONOPÓLIO DE POSSE PRIVADA PODE PRODUZIR RESULTADO MUITO INEFICIENTE 
DO POSTO DE VISTA DA SOCIEDADE, ENQUANTO UMA OPRAÇÃO DE PROPRIEDADE PÚBLICA QUE 
ENFRENTA MUITA COMPETIÇÃO PODE PRODUZIR DE MODO MUITO EFICIENTE. 
BENS PÚBLICOS E ESCOLHA PÚBLICA 
O USO DA PALAVRA PÚBLICO PARA DESCREVER COMMODITIES QUE SÃO NÃO RIVAIS E NÃO 
EXCLUDENTES QUASE PARECE PREJULGAR A QUESTÃO DE SE ELAS DEVEM SER FORNECIDAS 
PELO SETOR PÚBLICO. DE FATO, MOSTRAMOS QUE OS MERCADOS PRIVADOS PROVAVELMENTE 
NÃO CONSEGUEM GERAR BENS PÚBLICOS PUROS EM QUANTIDADES COM EFICIÊNCIA DE 
PARETO. ISSO IMEDIATAMENTE LEVANTA À PERGUNTA DE SE ALGUM TIPO DE PROCESSO 
COLETIVO DE TOMADA DE DECISÃO PODE FAZER MELHOR. CONSEQUENTEMENTE, AS 
QUESTÕES DE BENS PÚBLICOS E ESCOLHA PÚBLICA ESTÃO INTIMAMENTE LIGADAS. 
BENS PÚBLICOS PODEM SER FORNECIDOS DE MODO PRIVADO, E BENS PRIVADOS PODEM SER 
FORNECIDOS DE MODO PÚBLICO. 
MESMO QUANDO O FORNECEIMENTO PÚBLICO DE UM BEM É SELECIONADO, A ESCOLHA ENTRE 
A PRODUÇÃO PÚBLICA E A PRIVADA DEVE SER FEITA. UM FATOR FUNDAMENTAL NA 
DETERMINAÇÃO DE SE A PRODUÇÃO PÚBLICA OU PRIVADA SERÁ MAIS EFICIENTE É O AMBIENTE 
DE MERCADO. OUTRA QUESTÃO IMPORTANTE É EM QUE MEDIDA CONTRATOS COMPLETOS 
PODE SER REDIGIDA COM PROVEDORES DE SERVIÇOS DO SETOR PRIVADO. 
CURVA DE LAFFER 
CONSIDERADA UMA DAS TEORIAS MAIS CONHECIDAS NA ECONOMIA MUNDIAL, A CURVA DE 
LAFFER FOI DIFUNDIDA POR ARTHUR LAFFER, ECONOMISTA NORTE-AMERICANO QUE FEZ PARTE 
DA EQUIPE DO GOVERNO REAGAN. 
A CURVA DE LAFFER DIZ RESPEITO A UMA INTERPRETAÇÃO GRÁFICA DOS VALORES DE 
TRIBUTAÇÃO DE UM GOVERNO E SUA ARRECADAÇÃO EM ALÍQUOTAS DIFERENTES. A SUA 
APLICAÇÃO ILUSTRA O CONCEITO DE “ELASTICIDADE DA RECEITA TAXÁVEL” E CALCULA A 
CARGA TRIBUTÁRIA RELACIONADA AO VALOR REAL QUE O GOVERNO ARRECADA DESSES 
TRIBUTOS. 
PARA ENTENDER A CURVA DE LAFFER DE FORMA SIMPLES E DIDÁTICA INICIAMOS COM O 
EXEMPLO 0% A 100% DE TRIBUTAÇÃO: 
SE O GOVERNO NÃO POSSUI TRIBUTAÇÃO ALGUMA, A TRIBUTAÇÃO É DE 0 E A ARRECADAÇÃO 
TAMBÉM SERÁ 0, OBVIAMENTE. NO CASO DE A ALÍQUOTA DE TRIBUTAÇÃO PASSAR PARA 100%, 
SEGUNDO A CURVA DE LAFFER, TAMBÉM NÃO HAVERÁ NENHUMA ARRECADAÇÃO, JÁ QUE O 
CONTRIBUINTE NÃO TERÁ INCENTIVO PARA ELE CONSEGUIR TAL VALOR. 
EXERCÍCIO DE APOIO 
PERGUNTA 1 
AS CHAMADAS “FALHAS DE MERCADO” REPRESENTAM FATOS QUE IMPEDEM A ECONOMIA DE 
ALCANÇAR 
UM ESTADO DE BEM-ESTAR SOCIAL PELAS REGRAS DO LIVRE MERCADO, OU SEJA, SEM A 
INTERFERÊNCIA DO PODER PÚBLICO. A INTERVENÇÃO DO PODER ESTATAL OCORRE QUANDO 
OS MERCADOS NÃO ESTÃO FUNCIONANDO PERFEITAMENTE. PORTANTO, OS ECONOMISTAS 
ATRIBUEM A ESSES EVENTOS A NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL. APONTE 
ABAIXO A ALTERNATIVA CORRETA PARA OS PRINCIPAIS TIPOS DE “FALHAS DE MERCADO”: 
RESPOSTA: EXISTÊNCIA DE BENS PÚBLICOS, MONOPÓLIOS NATURAIS, EXTERNALIDADES, 
GERAÇÃO DE EMPREGOS, CRESCIMENTO ECONÔMICO, ESTABILIDADE. 
PERGUNTA 2 
ROSEN E GAYER (2015) INDAGAM: “QUAL A DIFERENÇA ENTRE A DEFESA NACIONAL E UMA 
PIZZA? A PERGUNTA PARECE RIDÍCULA, MAS PENSAR SOBRE ELA LEVA A UMA ESTRUTURA ÚTIL 
PARA DETERMINAR SE O FORNECIMENTO PÚBLICO OU PRIVADO... FAZ SENTIDO”. 
CONSIDERANDO O CONCEITO ECONÔMICO DE “BENS PÚBLICOS”, INDIQUE ABAIXO A 
ALTERNATIVA CORRETA: 
RESPOSTA: SÃO AQUELES CUJO CONSUMO É INDIVISÍVEL, NÃO HÁ COMO RESTRINGIR SEU USO, 
SÃO BENS DE CONSUMO COLETIVO, NÃO ESTÃO SUJEITOS AO PRINCÍPIO DA EXCLUSÃO, É O 
PODER PÚBLICO QUEM OS OFERECE. 
PERGUNTA 3 
“ESTIMATIVAS APONTAM QUE O BRASIL DEIXA DE ARRECADAR MAIS DE R$ 500 BILHÕESEM 
IMPOSTOS POR ANO. ESSE VALOR SONEGADO CORRESPONDE A APROXIMADAMENTE 10% DO 
PIB NACIONAL. PARADOXALMENTE, O BRASIL TAMBÉM É UM DOS PAÍSES COM A MAIOR CARGA 
TRIBUTÁRIA. DE ACORDO COM O SONEGÔMETRO 
(HTTP://WWW.QUANTOCUSTAOBRASIL.COM.BR/) , PLACAR DIGITAL CRIADO PELO SINDICATO 
NACIONAL DOS PROCURADORES DA FAZENDA NACIONAL – SINPROFAZ, QUE FAZ ESSA MEDIÇÃO 
ESTIMADA, ATÉ JULHO DESTE ANO JÁ FORAM SONEGADOS MAIS DE R$ 337 BILHÕES”. 
 
 
10 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA – 10º BIMESTRE 
FONTE: HTTP://WWW.BLBBRASIL.COM.BR/ARTIGOS/CURVA-DE-LAFFER-SONEGACAO-NO-BRASIL/ 
(HTTP://WWW.BLBBRASIL.COM.BR/ARTIGOS/CURVA-DE-LAFFER-SONEGACAO-NO-BRASIL/) . 
APONTE ABAIXO A ALTERNATIVA QUE INDICA CORRETAMENTE AS FONTES DE FINANCIAMENTO 
DO SETOR PÚBLICO: 
RESPOSTA: FONTE TRIBUTÁRIA, ENDIVIDAMENTO PÚBLICO, EMISSÃO DE TRIBUTOS DA DIVIDA 
PÚBLICA. 
PERGUNTA 4 
“NA PRÁTICA, O QUE SE VIU É QUE O PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA ULTRAPASSOU OS LIMITES DO 
DEBATE ACADÊMICO E SE INSTALOU DEFINITIVAMENTE NA VIDA PÚBLICA NACIONAL. A PARTIR 
DELE, SOB O ESCOPO LEGAL, ABRIU-SE A POSSIBILIDADE DE SE PRATICAR A ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA COM EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE. OS PRESSUPOSTOS DA MODERNA TEORIA 
GERENCIAL PODEM SER ADOTADOS POR QUALQUER GOVERNO, SEJA NOS PLANOS FEDERAL, 
ESTADUAL OU MUNICIPAL”. O TRECHO ACIMA CONCLUÍ O TRABALHO DO AUTOR RODRIGO 
BATISTA DE CASTRO EM ARTIGO PARA O ENANPAD 2006, ENCONTRADO EM: 
HTTP://WWW.ANPAD.ORG.BR/ENANPAD/2006/DWN/ENANPAD2006-APSA-1840.PDF 
(HTTP://WWW.ANPAD.ORG.BR/ENANPAD/2006/DWN/ENANPAD2006-APSA-1840.PDF) . 
APONTE ABAIXO OS MOTIVOS PELOS QUAIS HÁ NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO 
GOVERNAMENTAL NA ECONOMIA: 
RESPOSTA: OS INSUCESSOS DA INICIATIVA PRIVADA PARA PRODUZIR A DISPONIBILIZAR OS 
BENS E SERVIÇOS À SOCIEDADE SÃO A RAZÃO PARA INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA 
OU NOS MERCADOS PRODUTORES. 
PERGUNTA 5 
GIAMBIAGI E ALÉM (2016) FAZEM UMA DISTINÇÃO ENTRE “PRODUÇÃO” E “PROVISÃO”, OS 
AUTORES APONTAM UMA DIFERENCIAÇÃO, MAS ATRIBUINDO AO GOVERNO A FUNÇÃO DE ZELAR 
PELA GARANTIA DA OFERTA DO SERVIÇO, MESMO NÃO SENDO O RESPONSÁVEL PELA SUA 
“PRODUÇÃO”. NESSE SENTIDO, APONTE A ALTERNATIVA CORRETA, CONSIDERANDO AS 
FUNÇÕES BÁSICAS DE GOVERNO, PARA AQUELA QUE DEFINE A ESCOLHA DE QUAIS BENS 
PÚBLICOS SERÃO OFERECIDOS PARA A COLETIVIDADE: 
RESPOSTA: ALOCATIVA 
SEM 2 – FONTES DE FINANCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO 
GESTÃO FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA 
QUAIS SÃO AS MANEIRAS QUE O ENTE GOVERNAMENTAL SE UTILIZA PARA OBTER RECURSOS? 
NA ESFERA FEDERAL PODE SER REALIZADA POR TRÊS POSSIBILIDADES: 
 FONTE TRIBUTÁRIA; PRINCIPAL FONTE DE ARRECADAÇÃO 
 EMISSÃO DE MOEDA; 
 ENDIVIDAMENTO PÚBLICO; 
A ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA É A PRINCIPAL FONTE DE RECURSOS/RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS, 
QUE SÃO ORIGINADAS PELOS TRIBUTOS. 
E A POLÍTICA DA FISCALIZAÇÃO O GOVERNO O FAZ POR MEIO DAS FINANÇAS PÚBLICAS QUE É A 
PRINCIPAL ESTRATÉGIA. SABENDO-SE QUE A TRIBUTAÇÃO PODE SER DIRETA OU INDIRETA. 
SENDO QUE OS TRIBUTOS DIRETOS INCIDEM SOBRE O INDIVÍDUO E OS TRIBUTOS INDIRETOS 
INCIDEM SOBRE AS ATIVIDADES DE CONSUMO, VENDAS OU PROPRIEDADES. 
JÁ AS BASES DE INCIDÊNCIA DOS TRIBUTOS SÃO A RENDA, O PATRIMÔNIO E O CONSUMO. 
CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS: 
OS TRIBUTOS SE CLASSIFICAM QUANTO A: 
ESPÉCIES: IMPOSTOS, TAXAS, CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA, CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO 
PÚBLICA, EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS E CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS; 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA: FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL; 
VINCULAÇÃO DO FATO GERADOR: O CONTRIBUINTEÉ OBRIGADO A PAGAR AO ESTADO NA 
MEDIDA DE ALGUMA ATIVIDADE QUE ESTE DIRIJA ÀQUELE, TAIS COMO A REALIZAÇÃO DE 
SERVIÇOS PÚBLICOS (TAXAS) OU A REALIZAÇÃO DE OBRAS PÚBLICAS (NO CASO DE 
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA); 
VINCULAÇÃO DO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO: PODEM SER DE PRODUTOS VINCULADOS E NÃO 
VINCULADOS; 
FUNÇÃO: DE ORIGENS FISCAL, DE ORIGEM EXTRAFISCAL E DE ORIGEM PARAFISCAL; 
REPERCUSSÃO DO ENCARGO: PODEM SER DIRETOS OU INDIRETOS 
OBJETIVIDADE/SUBJETIVIDADE DA INCIDÊNCIA: ELES SÃO REAIS QUANTO ATINGEM OBJETOS 
(IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES, ETC) OU ELES SÃO PESSOAIS 
(IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE, ETC). 
OS DEBATES POLÍTICOS AMERICANOS SOBRE O SISTEMA TRIBUTÁRIO SÃO DOMINADOS PELA 
QUESTÃO DE SABER SE O SEU PESO É DISTRIBUÍDO DE FORMA JUSTA. UMA DISCUSSÃO 
SENSATA DESSA QUESTÃO NORMATIVA REQUER ALGUMA COMPREENSÃO DA QUESTÃO 
POSITIVA DE COMO OS IMPOSTOS AFETAM A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA. UMA MANEIRA SIMPLES 
DE DETERMINAR COMO OS IMPOSTOS ALTERAM A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA SERIA A 
http://www.blbbrasil.com.br/ARTIGOS/CURVA-DE-LAFFER-SONEGACAO-NO-BRASIL/
http://www.anpad.org.br/enanpad/2006/dwn/enanpad2006-apsa-1840.pdf
 
 
11 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA – 10º BIMESTRE 
REALIZAÇÃO DE UMA PESQUISA EM QUE SE PERGUNTASSE ÀS PESSOAS QUANTOS DÓLARES 
ELAS PAGAM DE IMPOSTOS A CADA ANO. MANEIRA SIMPLES, MAS GERALMENTE ERRADA. UM 
EXEMPLO DEMONSTRA QUE AVALIAR CORRETAMENTE A CARGA FISCAL É MUITO MAIS 
COMPLICADO. 
SUPONHA QUE O PREÇO DE UMA GARRAFA DE VINHO É DE US$ 10. O GOVERNO IMPÕE UM 
IMPOSTO DE US$ 1 POR GARRAFA, PARA SER RECOLHIDO DA SEGUINTE FORMA: TODA VEZ QUE 
UMA GARRAFA É COMPRADA, O COBRADOR DE IMPOSTOS (QUE ESTÁ À ESPREITA, NA LOJA) 
RETIRA UM DÓLAR DA MÃO DO VENDEDOR DO VINHO ANTES QUE O DINHEIRO SEJA COLOCADO 
NA CAIXA REGISTRADORA. UM OBSERVADOR CASUAL PODERIA CONCLUIR QUE O VENDEDOR DE 
VINHO ESTÁ PAGANDO O IMPOSTO. 
NO ENTANTO, SUPONHA QUE ALGUMAS SEMANAS APÓS A SUA APLICAÇÃO, O IMPOSTO INDUZA 
A UM AUMENTO DE PREÇO PARA US$ 11 POR GARRAFA. CLARAMENTE, O PROPRIETÁRIO 
RECEBE A MESMA QUANTIDADE POR GARRAFA QUE RECEBIA ANTES DO IMPOSTO. O IMPOSTO 
APARENTEMENTE NÃO O FEZ LUCRAR MENOS. OS CONSUMIDORES PAGAM A TOTALIDADE DO 
IMPOSTO NA FORMA DE PREÇOS MAIS ALTOS. POR OUTRO LADO, SUPONHA QUE, APÓS O 
IMPOSTO, O PREÇO SOBE PARA APENAS US$ 10,30. NESTE CASO, O PROPRIETÁRIO MANTÉM 
APENAS US$ 9,30 POR CADA GARRAFA VENDIDA; ELE FICA COM 70 CENTAVOS A MENOS POR 
GARRAFA. OS CONSUMIDORES TAMBÉM ESTÃO EM PIOR SITUAÇÃO, POIS TÊM DE PAGAR 30 
CENTAVOS A MAIS POR GARRAFA NESSE CASO, OS PRODUTORES E OS CONSUMIDORES 
PARTILHAM O FARDO DO IMPOSTO. OUTRA POSSIBILIDADE É, APÓS A INSTITUIÇÃO DO IMPOSTO, 
O PREÇO FICAR EM US$ 10. SE ISSO ACONTECER, O CONSUMIDOR NÃO PAGA MAIS, ENQUANTO 
O VENDEDOR FICA COM O ÔNUS TOTAL DO IMPOSTO. 
A INCIDÊNCIA LEGAL DE UM IMPOSTO INDICA QUEM É LEGALMENTE RESPONSÁVEL POR ESSE 
IM- POSTO. TODOS OS TRÊS CASOS DO PARÁGRAFO ANTERIOR SÃO IDÊNTICOS, NO SENTIDO DE 
QUE A INCIDÊNCIA LEGAL SE DÁ COM O VENDEDOR. MAS AS SITUAÇÕES DIFEREM 
DRASTICAMENTE EM RELAÇÃO A QUEM REALMENTE FICA COM O ÔNUS. UMA VEZ QUE OS 
PREÇOS PODEM MUDAR EM REAÇÃO AO IMPOSTO, O CONHECIMENTO DA INCIDÊNCIA LEGAL 
NADA DIZ SOBRE QUEM REALMENTE O PAGA. EM CONTRASTE, A INCIDÊNCIA ECONÔMICA DE UM 
IMPOSTO É A MUDANÇA NA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA REAL PRIVADA INDUZIDA PELO IMPOSTO. 
NOSSO FOCO NESTE CAPÍTULO SE DETÉM NAS FORÇAS QUE DETERMINAM A MEDIDA EM QUE A 
INCIDÊNCIA LEGAL E ECONÔMICA DIFEREM ENTRE SI: A QUANTIDADE DE DESLOCAMENTO DA 
CARGA FISCAL. 
INCIDÊNCIA LEGAL: INDICA QUEM É LEGALMENTE RESPONSÁVEL POR UM IMPOSTO. 
INCIDÊNCIA ECONÔMICA: MUDANÇA NA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA REAL INDUZIDA POR UM 
IMPOSTO. 
DESLOCAMENTO DA CARGA FISCAL: DIFERENÇA ENTRE A INCIDÊNCIA LEGAL E A INCIDÊNCIA 
ECONÔMICA. 
INCIDÊNCIA DE IMPOSTOS: OBSERVAÇÕES GERAIS 
VÁRIAS OBSERVAÇÕES DEVEM SER MANTIDAS EM MENTE EM QUALQUER DISCUSSÃO SOBRE 
COMO OS IMPOSTOS AFETAM A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA. 
SOMENTE AS PESSOAS PODEM ARCAR COM IMPOSTOS 
EM UMA DISCUSSÃO SOBRE UM PROJETO DE LEI FISCAL CERTA VEZ REALIZADA PELO 
CONGRESSO, UM COLUNISTA DO WALL STREET JOURNAL OBSERVOU QUE “O SENADO VOTOU 
PARA APROVAR UMA GRANDE REFORMULAÇÃO NA LEI FISCAL QUE INCIDE PRINCIPALMENTE 
SOBRE AS EMPRESAS, MAS OS LEGISLADO- RES TAMBÉM APROVARAM MUDANÇAS 
IMPORTANTES QUE IRÃO BENEFICIAR MUITAS PESSOAS” (HERMAN, 2004A). AO TRAÇAR UMA 
NÍTIDA DISTINÇÃO ENTRE “EMPRESAS” E “PESSOAS”, A DECLARAÇÃO REFLETE UMA FALÁCIA 
COMUM: AS EMPRESAS TÊM UMA CAPACIDADE INDEPENDENTE DE ARCAR COM UM IMPOSTO. É 
VERDADE QUE O SISTEMA JURÍDICO DOS EUA TRATA CERTAS INSTITUIÇÕES, COMO AS 
CORPORAÇÕES, COMO SE ELAS FOSSEM PESSOAS. EMBORA PARA MUITOS PROPÓSITOS ISSO 
SEJA UMA FICÇÃO CONVENIENTE, ÀS VEZES CRIA UMA CONFUSÃO. DO PONTO DE VISTA DE UM 
ECONOMISTA SÃO AS PESSOAS - ACIONISTAS, TRABALHADORES, PROPRIETÁRIOS, 
CONSUMIDORES - QUE ARCAM COM OS IMPOSTOS. UMA EMPRESA NÃO É CAPAZ DE FAZER 
ISSO. 
TENDO EM CONTA QUE APENAS AS PESSOAS PODEM ARCAR COM IMPOSTOS, COMO ELAS 
DEVEM SER CLASSIFICADAS PARA FINS DE ANÁLISE DE INCIDÊNCIA? MUITAS VEZES, O SEU 
PAPEL NA PRODUÇÃO - QUE INSUMOS ELAS FORNECEM PARA O PROCESSO DE PRODUÇÃO - É O 
ELEMENTO UTILIZADO (OS INSUMOS GERALMENTE SÃO CHAMADOS DE FATORES DE 
PRODUÇÃO). O FOCO INCIDE SOBRE A FORMA COMO O SISTEMA TRIBUTÁRIO ALTERA A 
DISTRIBUIÇÃO DE RENDA ENTRE CAPITALISTAS, TRABALHADORES E PROPRIETÁRIOS. ISSO É 
CONHECIDO COMO DISTRIBUIÇÃO FUNCIONAL DA RENDA. 
CONDUZIR A ANÁLISE DESSA FORMA PARECE UM POUCO ANTIQUADO. TALVEZ NO SÉCULO 18 
OS PROPRIETÁRIOS NA INGLATERRA NUNCA TRABALHASSEM, E OS TRABALHADORES JAMAIS 
POSSUÍSSEM PRO- PRIEDADES. MAS, NOS ESTADOS UNIDOS DE HOJE, MUITAS PESSOAS QUE 
 
 
12 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA – 10º BIMESTRE 
RETIRAM A MAIOR PARTE DE SUA RENDA DO TRABALHO TAMBÉM TÊM CONTAS DE POUPANÇA 
E/OU AÇÕES ORDINÁRIAS (MUITAS VEZES ESSES ATIVOS SÃO DETIDOS POR INDIVÍDUOS NA 
FORMA DE PENSÕES). DA MESMA FORMA, ALGUMAS PESSOAS POSSUEM GRANDES 
QUANTIDADES DE CAPITAL E TAMBÉM TRABALHAM EM TEMPO INTEGRAL. ASSIM, PARECE MAIS 
RELEVANTE ESTUDAR COMO OS IMPOSTOS AFETAM A MANEIRA PELA QUAL A RENDA TOTAL É 
DISTRIBUÍDA ENTRE AS PESSOAS: O TAMANHO DA DISTRIBUIÇÃO DA RENDA. FORNECIDAS AS 
INFORMAÇÕES SOBRE QUAL A PROPORÇÃO DE RENDA DAS PESSOAS É DE CAPITAL, TERRA E 
TRABALHO, AS MUDANÇAS NA DISTRIBUIÇÃO FUNCIONAL PODEM SER TRADUZIDAS EM 
ALTERAÇÕES NA DISTRIBUIÇÃO DE TAMANHO. POR EXEMPLO, UM IMPOSTO QUE REDUZ O 
RETORNO RELATIVO DO CAPITAL TENDE A PREJUDICAR OS QUE ESTÃO NO TOPO DA 
DISTRIBUIÇÃO DE RENDA, PORQUE UMA PROPORÇÃO RELATIVAMENTE ALTA DOS 
RENDIMENTOS DOS RICOS É DE CAPITAL. 
OUTROS ESQUEMAS DE CLASSIFICAÇÃO PODEM SER INTERESSANTES PARA PROBLEMAS 
ESPECÍFICOS. QUANDO É PROPOSTO UM AUMENTO DO IMPOSTO FEDERAL SOBRE OS 
CIGARROS, A INCIDÊNCIA POR REGIÃO RECEBE UMA GRANDE QUANTIDADE DE ATENÇÃO (AS 
PESSOAS DOS ESTADOS PRODUTORES DE TABACO VÃO SOFRER DANOS 
DESPROPORCIONAIS?). POR OUTRO LADO, QUANDO SÃO FEITAS PROPOSTAS PARA MUDAR A 
TRIBUTAÇÃO DE TERRENOS EM ÁREAS URBANAS, OS ANALISTAS MUITAS VEZES OLHAM PARA A 
INCIDÊNCIA POR RAÇA. É FÁCIL IMAGINAR OUTROS EXEMPLOS COM BASE EM SEXO, IDADE E 
ASSIM POR DIANTE. 
DISTRIBUIÇÃO FUNCIONAL DE RENDA: MODO COMO A RENDA É DISTRIBUÍDA ENTRE AS 
PESSOAS QUANDO ELAS SÃO CLASSIFICADAS DE ACORDO COM OS INSUMOS QUE FORNECEM 
AO PROCESSO DE PRODUÇÃO (POR EXEMPLO, PROPRIETÁRIOS, CAPITALISTAS, 
TRABALHADORES); 
TAMANHO DA DISTRIBUIÇÃO DA RENDA: MODO COMO A RENDA TOTAL É DISTRIBUÍDA ENTRE AS 
CLASSES DE RENDA. 
AS FONTES E AS APLICAÇÕES DA RENDA DEVEM SER CONSIDERADAS 
NO EXEMPLO ANTERIOR DO IMPOSTO SOBRE O VINHO, É NATURAL SUPOR QUE OS EFEITOS 
DISTRIBUTIVOS DO IMPOSTO DEPENDEM CRUCIALMENTE DOS PADRÕES DE GASTOS DAS 
PESSOAS. NA MEDIDA EM QUE O PREÇO DO VINHO AUMENTA, AS PESSOAS QUE TENDEM A 
CONSUMIR GRANDES QUANTIDADES DE VINHO FICAM EM PIOR SITUAÇÃO. NO ENTANTO, SE O 
IMPOSTO REDUZ A DEMANDA POR VINHO, OS FATORES EMPREGADOS NA PRODUÇÃO DE VINHO 
PODEM SOFRER PERDAS DE RENDIMENTO.ASSIM, O IMPOSTO TAMBÉM PODE ALTERAR A 
DISTRIBUIÇÃO DA RENDA, AFETANDO AS FONTES DE RENDA. SUPONHA QUE AS PESSOAS 
POBRES GASTEM UMA PROPORÇÃO RELATIVAMENTE GRANDE DA SUA RENDA EM VINHO, MAS 
QUE OS VINHEDOS TENDAM A SER DE PROPRIEDADE DOS RICOS. QUANTO ÀS APLICAÇÕES DO 
LADO DAS RECEITAS, O IMPOSTO REDISTRIBUI A RENDA PARA LONGE DOS POBRES, MAS DO 
LADO DAS FONTES REDISTRIBUI A RENDA PARA LONGE DOS RICOS. A INCIDÊNCIA GERAL 
DEPENDE DE COMO AS FONTES E AS APLICAÇÕES DA RENDA SÃO AFETADAS. UM BOM 
EXEMPLO DESTA DISTINÇÃO É O DEBATE SOBRE A PROPOSTA DO EX-VICE-PRESIDENTE 
AMERICANO AL GORE PARA LIMPAR O PARQUE EVERGLADES, NA FLÓRIDA. A ECOLOGIA DOS 
EVERGLADES É PREJUDICADA PELA ENXURRADA QUE VEM DOS CANAVIAIS, POR ISSO AL GORE 
DEFENDEU QUE OS PRODUTOS PROVENIENTES DO AÇÚCAR ESTIVESSEM SUJEITOS A UM 
IMPOSTO ESPECIAL, SENDO OS RECURSOS UTILIZADOS PARA FINANCIAR A LIMPEZA. A 
OPOSIÇÃO NÃO VEIO APENAS DOS GRUPOS DE CONSUMIDORES QUE ESTAVAM PREOCUPADOS 
COM O PREÇO DOS PRODUTOS PROVENIENTES DO AÇÚCAR, MAS TAMBÉM DE TRABALHADORES 
DA FLÓRIDA QUE PERCEBERAM QUE, AO REDUZIR A DEMANDA POR AÇÚCAR, O IMPOSTO IRIA 
PREJUDICAR SEUS RENDIMENTOS. 
NA PRÁTICA, OS ECONOMISTAS GERALMENTE IGNORAM OS EFEITOS SOBRE O LADO DAS 
FONTES QUANDO SE CONSIDERA UM IMPOSTO SOBRE UMA MERCADORIA E IGNORAM O LADO 
DOS EMPREGOS QUANDO SE ANALISA UM IMPOSTO SOBRE UM INSUMO. ESSE PROCEDIMENTO 
É APROPRIADO SE A MAIORIA DOS EFEITOS SISTEMÁTICOS DE UM IMPOSTO SOBRE 
COMMODITIES INCIDE SOBRE OS USOS DA RENDA E AQUELES DE UM IMPOSTO DE FATOR 
SOBRE AS FONTES DE RENDA. A SUPOSIÇÃO SIMPLIFICA ANÁLISES, MAS SUA CORREÇÃO DEVE 
SER CONSIDERADA A CADA CASO. 
A INCIDÊNCIA DEPENDE DE COMO OS PREÇOS SÃO DETERMINADOS 
 TEMOS ENFATIZADO QUE O PROBLEMA DA INCIDÊNCIA É FUNDAMENTALMENTE DETERMINAR 
COMO OS IMPOSTOS ALTERAM OS PREÇOS. OBVIAMENTE, OS DIFERENTES MODELOS DE 
DETERMINAÇÃO DE PREÇOS PODEM DAR RESPOSTAS BEM DIFERENTES PARA A PERGUNTA DE 
QUEM REALMENTE ARCA COM UM IM- POSTO. ESSE CAPÍTULO CONSIDERA VÁRIOS MODELOS 
DIFERENTES E COMPARA OS RESULTADOS. 
A QUESTÃO ESTREITAMENTE RELACIONADA É A DIMENSÃO TEMPORAL DA ANÁLISE. A 
INCIDÊNCIA DEPENDE DE MUDANÇAS NOS PREÇOS, MAS A MUDANÇA LEVA TEMPO. NA MAIORIA 
DOS CASOS, AS RESPOSTAS SÃO MAIORES NO LONGO PRAZO DO QUE NO CURTO PRAZO. 
 
 
13 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA – 10º BIMESTRE 
ASSIM, A INCIDÊNCIA DE UM IMPOSTO A CURTO E A LONGO PRAZO PODE VARIAR, E O PERÍODO 
DE TEMPO QUE É RELEVANTE PARA UMA DETERMINADA QUESTÃO POLÍTICA DEVE SER 
ESPECIFICADO. 
A INCIDÊNCIA DEPENDE DA DISPOSIÇÃO DAS RECEITAS FISCAIS 
A INCIDÊNCIA DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO CALCULA OS EFEITOS COMBINADOS DA 
COBRANÇA DE IMPOSTOS E DOS GASTOS GOVERNAMENTAIS FINANCIADOS POR ESSES 
IMPOSTOS. EM GERAL, O EFEITO DISTRIBUTIVO DE UM IMPOSTO DEPENDE DA FORMA COMO O 
GOVERNO GASTA O DINHEIRO. GASTOS COM PESQUISA DA AIDS TÊM UM IMPACTO 
DISTRIBUTIVO MUITO DIFERENTE DO QUE OS GASTOS COM ALIMENTAÇÃO PARA ALUNOS DE 
ESCOLAS. ALGUNS ESTUDOS SUPÕEM QUE O GOVERNO GASTA A RECEITA FISCAL EXATAMENTE 
COMO OS CONSUMIDORES O FARIAM, SE TIVESSEM RECEBIDO O DINHEIRO. ISSO É 
EQUIVALENTE A DEVOLVER A RECEITA COMO UM MONTANTE FIXO E DEIXAR QUE OS 
CONSUMIDORES A GASTEM. 
AS RECEITAS FISCAIS GERALMENTE NÃO SE DESTINAM A DESPESAS PARTICULARES. É, 
PORTANTO, DESEJÁVEL SER CAPAZ DE ABSTRAIR A QUESTÃO DE COMO O GOVERNO GASTA O 
DINHEIRO. A IDEIA É EXAMINAR COMO A INCIDÊNCIA DIFERE QUANDO UM IMPOSTO É 
SUBSTITUÍDO POR OUTRO, MANTENDO A CONSTANTE DO ORÇAMENTO DO GOVERNO. ISSO É 
CHAMADO DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA DIFERENCIAL. A APARÊNCIA DA INCIDÊNCIA DIFERENCIAL 
MUDA DE ACORDO COM OS IMPOSTOS, POR ISSO É NECESSÁRIO UM PONTO DE REFERÊNCIA. O 
HIPOTÉTICO “OUTRO IMPOSTO” USADO COMO BASE DE COMPARAÇÃO É MUITAS VEZES 
ASSUMIDO COMO UM IMPOSTO DE MONTANTE FIXO - O IMPOSTO PARA O QUAL A 
RESPONSABILIDADE DO INDIVÍDUO NÃO DEPENDE DO COMPORTAMENTO (POR EXEMPLO, UM 
IMPOSTO DE RENDA DE 10% NÃO É UM IMPOSTO DE MONTANTE FIXO, POIS DEPENDE DE 
QUANTO A PESSOA GANHA; MAS UM IMPOSTO POR CABEÇA DE US$ 500 INDEPENDENTE DE 
LUCROS É UM IMPOSTO DE MONTANTE FIXO). POR FIM, A INCIDÊNCIA ABSOLUTA DE IMPOSTO 
EXAMINA OS EFEITOS DE UM IMPOSTO QUANDO NÃO HÁ NENHUMA MUDANÇA EM QUAISQUER 
OUTROS IMPOSTOS OU DESPESAS PÚBLICAS. ESSE TIPO DE INCIDÊNCIA É DE MAIOR INTERESSE 
NOS MODELOS MACROECONÔMICOS EM QUE OS NÍVEIS DE TRIBUTA- ÇÃO SÃO EM FUNÇÃO DE 
OBJETIVOS DE ESTABILIZAÇÃO ECONÔMICA. 
OS CONCEITOS DE EQUIDADE E PROGRESSIVIDADE 
PELO CONCEITO DE EQUIDADE, CADA CONTRIBUINTE DEVE CONTRIBUIR COM UMA PARCELA 
“JUSTA” PARA COBRIR OS CUSTOS DO GOVERNO. MAS COMO DEFINIR QUAL É ESTA PARCELA 
JUSTA? NESTE SENTIDO, EXISTEM DUAS ABORDAGENS PRINCIPAIS NA TEORIA DO SETOR 
PÚBLICO: A DO “PRINCÍPIO DO BENEFÍCIO” E A DA “CAPACIDADE DE PAGAMENTO”. 
A) O “PRINCÍPIO DO BENEFÍCIO” SEGUNDO O “PRINCÍPIO DO BENEFÍCIO”, CADA INDIVÍDUO 
DEVERIA CONTRIBUIR COM UMA QUANTIA PROPORCIONAL AOS BENEFÍCIOS GERADOS 
PELO CONSUMO DO BEM PÚBLICO. ESSE MÉTODO DE CÁLCULO NÃO É DE FÁCIL 
IMPLEMENTAÇÃO, POIS A AVALIAÇÃO DOS INDIVÍDUOS SOBRE OS BENEFÍCIOS GERADOS 
PELO CONSUMO DOS BENS PÚBLICOS NÃO É CONHECIDA PELO GOVERNO E PRECISA 
SER REVELADA ATRAVÉS DE UM PROCESSO ELEITORAL. ALÉM DISSO, LEVANDO EM 
CONSIDERAÇÃO QUE AS PREFERÊNCIAS DIFEREM ENTRE OS INDIVÍDUOS, NÃO SE PODE 
APLICAR QUALQUER FÓRMULA TRIBUTÁRIA GERAL À SOCIEDADE COMO UM TODO. 
DE QUALQUER FORMA, UMA APLICAÇÃO PARCIAL DO PRINCÍPIO DO BENEFÍCIO É 
POSSÍVEL EM SITUAÇÕES EM QUE O FINANCIAMENTO DO SERVIÇO PÚBLICO OCORRE 
DIRETAMENTE ATRAVÉS DO PAGAMENTO DE ENTRADAS, TARIFAS OU TAXAS DE 
UTILIZAÇÃO, COMO NO CASO DAS TARIFAS DE TRENS URBANOS. A UTILIZAÇÃO DESTE 
PRINCÍPIO É PARTICULARMENTE VIÁVEL E DESEJÁVEL PARA VIABILIZAR O 
FINANCIAMENTO DE BENS/OU SERVIÇOS PRIVADOS – PARA OS QUAIS O CONSUMO SEJA 
RIVAL E POSSA SE APLICAR O PRINCÍPIO DA EXCLUSÃO – FORNECIDOS PELO GOVERNO. 
ISTO PORQUE, NESTE CASO, OS BENEFÍCIOS PODEM SER ASSOCIADOS A UM INDIVÍDUO 
EM PARTICULAR QUE DEVERÁ PAGAR POR AQUELES. OU SEJA, QUANDO OS BENEFÍCIOS 
SÃO INTERNALIZADOS, O GOVERNO PODE ATUAR SIMILARMENTE AO SETOR PRIVADO, 
UTILIZANDO OS MESMOS PRINCÍPIOS DE DETERMINAÇÃO DE PREÇOS. 
UM EXEMPLO DA ADOÇÃO DE UM IMPOSTO BASEADO NO PRINCÍPIO DO BENEFÍCIO PODE 
SER A APLICAÇÃO DE UM TRIBUTO SOBRE COMBUSTÍVEIS, CUJA ARRECADAÇÃO SEJA 
DIRECIONADA PARA O FINANCIAMENTO DA MANUTENÇÃO E/OU CONSTRUÇÃO DE 
RODOVIAS. A PRINCÍPIO, ESTE TIPO DE IMPOSTO É PAGO EXATAMENTE POR AQUELES 
QUE MAIS SE BENEFICIAM DOS RECURSOS COM ISSO ARRECADADOS – OS MOTORISTAS 
QUE USAM AS ESTRADAS CONSTRUÍDAS COM OS RECURSOS DOS IMPOSTOS. 
ENTRETANTO, É QUESTIONÁVEL SE O “PRINCÍPIO DO BENEFÍCIO” É ATINGIDO NO QUE DIZ 
RESPEITO A CADA MOTORISTA EM PARTICULAR. ISTO PORQUE CADA MOTORISTA PODE 
TER UM PERFIL DIFERENTE, COM ALGUNS TENDO HÁBITO DE VIAJAR MAIS DO QUE 
OUTROS, POR EXEMPLO. 
 
 
14 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA – 10º BIMESTRE 
AS CONTRIBUIÇÕES PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL SÃO UM OUTRO EXEMPLO DE 
TRIBUTAÇÃO PELO “PRINCÍPIO DO BENEFÍCIO”. NESTE CASO, AS PENSÕES A SEREM 
RECEBIDAS À ÉPOCA DA APOSENTADORIA – ISTO É, OS BENEFÍCIOS – PELOS 
TRABALHADORES TÊM UMA ESTREITA RELAÇÃO COM AS CONTRIBUIÇÕES – OU SEJA, A 
TAXAÇÃO – SOBRE O SEU SALÁRIO PAGAS AO LONGO DE SUA VIDA PROFISSIONAL. 
B) O “PRINCÍPIO DA CAPACIDADE DE PAGAMENTO” COMO VIMOS NA SEÇÃO ANTERIOR, 
AINDA QUE O “PRINCÍPIO DO BENEFÍCIO” POSSA SER UTILIZADO DIRETAMENTE PARA O 
FINANCIAMENTO DE ALGUNS BENS PROVIDOS PELO SETOR PÚBLICO, ELE NÃO É 
SUFICIENTE PARA A FORMULAÇÃO DE UMA REGRA GERAL PARA A ESTRUTURA 
TRIBUTÁRIA. O TOTAL DE GASTOS QUE PODEM SER FINANCIADOS A PARTIR DE 
IMPOSTOS ESPECÍFICOS É LIMITADO E GRANDE PARTE DA ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA 
NÃO É GERADA A PARTIR DESTE TIPO DE TRIBUTO, QUE PODE SER COERENTE COM O 
“PRINCÍPIO DO BENEFÍCIO”. ADEMAIS, ESTE PRINCÍPIO, AINDA QUE EM CONDIÇÕES 
IDEAIS, SÓ PODE SER ASSOCIADO COM O FINANCIAMENTO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS – 
OU SEJA, COM A FUNÇÃO ALOCATIVA – E NUNCA COM A FUNÇÃO DISTRIBUTIVA DO 
PROCESSO DE IMPOSTOS E TRANSFERÊNCIAS.SENDO ASSIM, HÁ A NECESSIDADE DE 
UMA FORMA ALTERNATIVA DE CÁLCULO DOS IMPOSTOS QUE LEVE EM CONSIDERAÇÃO A 
QUESTÃO DA EQUIDADE NA TRIBUTAÇÃO. 
TAL FORMA ALTERNATIVA DE CALCULAR O QUANTO CADA INDIVÍDUO DEVE PAGAR DE 
IMPOSTOS SEGUE O PRINCÍPIO DA CAPACIDADE DE PAGAMENTO, QUE, AO CONTRÁRIO 
DO ANTERIOR, PERMITE A FORMULAÇÃO DE UMA REGRA GERAL DE TRIBUTAÇÃO PARA A 
SOCIEDADE COMO UM TODO. SEGUNDO ESTE PRINCÍPIO, O ÔNUS TRIBUTÁRIO DEVE SER 
TAL QUE GARANTA AS EQUIDADES HORIZONTAL E VERTICAL. CONFORME A PRIMEIRA, 
OS CONTRIBUINTES COM MESMA CAPACIDADE DE PAGAMENTO DEVEM PAGAR O MESMO 
NÍVEL DE IMPOSTOS. JÁ DE ACORDO COM O SEGUNDO CONCEITO, AS CONTRIBUIÇÕES 
DOS INDIVÍDUOS DEVEM DIFERENCIAR-SE CONFORME SUAS DIVERSAS CAPACIDADES DE 
PAGAMENTO. 
ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA: PRINCIPAL FONTE DE RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS 
(TRIBUTOS); SÃO ORIGINADAS DOS TRIBUTOS; SE FAZ POR MEIO DA EXECUÇÃO DE 
ESTRATÉGICAS DA POLÍTICA FISCAL; 
POLÍTICA FISCAL: SÃO EXECUTADAS AS ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DAS FINANÇAS 
PÚBLICAS; 
A PARTIR DA ESCOLHA DO PRINCÍPIO DA CAPACIDADE DE PAGAMENTO COMO MELHOR 
CRITÉRIO DE CÁLCULO DOS IMPOSTOS NA ECONOMIA, SURGE A QUESTÃO DE QUAL 
SERIA O MELHOR INDICADOR DESTA CAPACIDADE: UM DE FLUXO – RENDA OU CONSUMO 
– OU UM DE ESTOQUE – RIQUEZA. 
EM RELAÇÃO AOS FLUXOS, A RENDA – CALCULADA A PARTIR DA SOMA DE TODOS OS 
RENDIMENTOS DA ECONOMIA – REPRESENTA UMA BASE MAIS AMPLA DO QUE O 
CONSUMO PARA AVALIAR A CAPACIDADE DE PAGAMENTO. SOB ESTE PONTO DE VISTA, A 
RENDA SERIA UM INDICADOR MAIS ADEQUADO. ENTRETANTO, PARA OS DEFENSORES 
DO CONSUMO COMO MELHOR BASE DE CÁLCULO, A TRIBUTAÇÃO DA RENDA COMO UM 
TODO ACABA LEVANDO À INCIDÊNCIA DE IMPOSTOS SOBRE A POUPANÇA E O 
INVESTIMENTO, CONSIDERADOS ATOS QUE TRAZEM BENEFÍCIOS AO SISTEMA 
ECONÔMICO. POR ESTE RACIOCÍNIO, SÓ OS ATOS DE CONSUMO, CONSIDERADOS 
“EGOÍSTAS”, DEVERIAM SER TRIBUTADOS. ENTRETANTO, A RENDA PARECE SER UM 
MELHOR INDICADOR DO QUE O CONSUMO QUANDO SE CONSIDERAM AS IMPLICAÇÕES 
DISTRIBUTIVAS DO SISTEMA TRIBUTÁRIO. ISTO PORQUE OS IMPOSTOS SOBRE A RENDA 
PODEM SER APLICADOS EM UMA BASE PESSOAL, COM ISENÇÕES E ALÍQUOTAS 
PROGRESSIVAS DEFINIDAS A PARTIR DAS CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS DE CADA 
CONTRIBUINTE, ENQUANTO OS TRIBUTOS SOBRE O CONSUMO NÃO GERAM UMA 
TAXAÇÃO PROGRESSIVA, PELO FATO DE TODOS OS INDIVÍDUOS PAGAREM A MESMA 
ALÍQUOTA. 
E A RIQUEZA, NÃO PODERIA SER UM INDICADOR MELHOR DO QUE A RENDA? PARA OS 
DEFENSORES DA RENDA COMO MELHOR INDICADOR DA CAPACIDADE DE PAGAMENTO, A 
TRIBUTAÇÃO SOBRE A RIQUEZA NÃO É NECESSÁRIA SE TODAS AS FORMAS DE 
RENDIMENTO JÁ TIVEREM SIDO SUJEITAS A PAGAMENTO DE UM IMPOSTO DE RENDA 
ABRANGENTE. SE O IMPOSTO SOBRE A RIQUEZA FOR CONSIDERADO SIMPLESMENTE UM 
TRIBUTO SOBRE A RENDA QUE SE GERA A PARTIR DESTA RIQUEZA, A TRIBUTAÇÃO 
SOBRE ESSA RENDA JÁ REPRESENTARIA PER SE UM ÔNUS TRIBUTÁRIO PARA OS 
DETENTORES DESSE PATRIMÔNIO. 
AINDA QUE SE OPTE PELA RENDA COMO MELHOR INDICADOR DE CAPACIDADE DE 
PAGAMENTO, A VERDADE É QUE, EM MUITOS CASOS, É DIFÍCIL A APLICAÇÃO DE UM 
IMPOSTO DE RENDA REALMENTE ABRANGENTE. A PASSAGEM DA TEORIA PARA A 
 
 
15 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA – 10º BIMESTRE 
PRÁTICA É COMPLEXA, TENDO EM VISTA A NECESSIDADE DE SE ADAPTAR A LEGISLAÇÃO 
TRIBUTÁRIA ÀS REALIDADES DO SISTEMA ECONÔMICO. SENDO ASSIM, AINDA QUE SE 
ADOTE A RENDA COMO PRINCIPAL BASE PARA O PAGAMENTO DOS IMPOSTOS, A 
EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL, NA PRÁTICA, TEM MOSTRADO A IMPORTÂNCIA DA 
ADOÇÃO DE IMPOSTOS COMPLEMENTARES SOBRE O CONSUMO E A RIQUEZA PARA A 
GARANTIA DA VALIDADE DO PRINCÍPIO DA CAPACIDADE DE PAGAMENTO. 
AQUI DEVE SER INTRODUZIDA A DEFINIÇÃO DO CONCEITO DE PROGRESSIVIDADE DOS 
TRIBUTOS. UM IMPOSTO É PROGRESSIVO QUANDO A ALÍQUOTA DE TRIBUTAÇÃO SE 
ELEVA QUANDO AUMENTA O NÍVEL DE RENDA. A IDEIA QUE JUSTIFICA UMA TRIBUTAÇÃO 
PROGRESSIVA É A DE QUE QUEM RECEBE MAIS RENDA DEVE PAGAR UMA PROPORÇÃO 
MAIOR DE IMPOSTOS RELATIVAMENTE ÀS PESSOAS DE BAIXA RENDA. EM 
CONTRAPOSIÇÃO, UM IMPOSTO REGRESSIVO É AQUELE QUE IMPLICA UMA 
CONTRIBUIÇÃO MAIOR DA PARCELA DA POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA RELATIVAMENTE 
AO SEGMENTO DE RENDA MAIS ALTA. POR EXEMPLO, UM PAÍS A, ONDE A TRIBUTAÇÃO 
SOBRE A RENDA OCORRA ATRAVÉS DA IMPOSIÇÃO DE ALÍQUOTAS CRESCENTES COM O 
AUMENTO DO NÍVEL DE RENDA, ADOTA UM SISTEMA TRIBUTÁRIO MAIS PROGRESSIVO DO 
QUE UM PAÍS B, ONDE EXISTE APENAS UMA ALÍQUOTA PARA A COBRANÇA DO IMPOSTO 
DE RENDA. 
SISTEMA TRIBUTÁRIO IDEAL; 
EQUÂMINE: A DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DEVE SER EQUITATIVA NA SOCIEDADE; 
PROFRESSIVO: DEVE TRIBUTAR MAIS QUEM TEM RENDA MAIS ALTA; 
NEUTRO: OS TRIBUTOS DEVEM MINIMIZAR OS POSSÍVEIS IMPACTOS NEGATIVOS SOBRE A 
EFICIÊNCIA ECONÔMICA; 
SIMPLES: DEVE SER DE FÁCIL COMPREENSÃO PARA O CONTRIBUINTE E DE FÁCIL 
ARRECADAÇÃO. 
O CONCEITO DA NEUTRALIDADE 
O OBJETIVO DA NEUTRALIDADE É QUE O SISTEMA TRIBUTÁRIO NÃO PROVOQUE UMA 
DISTORÇÃO DA ALOCAÇÃO DE RECURSOS, PREJUDICANDO, DESTA FORMA, A EFICIÊNCIA DO 
SISTEMA. POR EXEMPLO, NO CASO DO IMPOSTO DE RENDA, A REDUÇÃO DA RENDA DISPONÍVEL 
DOS INDIVÍDUOS DIMINUI DE FORMA HOMOGÊNEA AS SUAS POSSIBILIDADES DE CONSUMO, NÃO 
CAUSANDO NENHUM VIÉS EM RELAÇÃO AO CONSUMO – E, CONSEQUENTEMENTE, À PRODUÇÃO 
– DE NENHUM BEM ESPECÍFICO. NESTE CASO, O IMPOSTO É ATÉ CERTO PONTO NEUTRO, À 
MEDIDA QUE NÃO AFETA A EFICIÊNCIA NAS DECISÕES DE ALOCAÇÃO DE RECURSOS PARA A 
PRODUÇÃO E O CONSUMO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS. ENTRETANTO, NO CASO DOS 
IMPOSTOS SELETIVOS SOBRE O CONSUMO, NÃO HÁ NEUTRALIDADE DO TRIBUTO, O QUE PODE 
LEVAR A UMA REDUÇÃO DO CONSUMO – E, CONSEQUENTEMENTE, DA PRODUÇÃO – DE UM 
DETERMINADO BEM EM DETRIMENTO DE OUTROS. STIGLITZ (1986) CITA O EXEMPLO DA 
IMPOSIÇÃO DE UMA TAXA SOBRE JANELAS NA INGLATERRA, QUE TERIA LEVADO À CONSTRUÇÃO 
DE DIVERSAS CASAS SEM JANELAS. 
VALE RESSALTAR QUE A IMPOSIÇÃO DE UM IMPOSTO SELETIVO SOBRE O CONSUMO PODE, DE 
FATO, CUMPRIR UM PAPEL POSITIVO NO SENTIDO DE CORRIGIR UMA FALHA DE MERCADO. POR 
EXEMPLO, A COBRANÇA DE IMPOSTOS SOBRE O CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS PODE 
CONTRIBUIR PARA O COMBATE ÀS EXTERNALIDADES NEGATIVAS GERADAS POR MOTORISTAS 
QUE DIRIJAM EMBRIAGADOS, COLABORANDO, DESTA FORMA, PARA A REDUÇÃO DA 
PROBABILIDADE DE ACIDENTES NO TRÂNSITO. 
O CONCEITO DE SIMPLICIDADE 
FINALMENTE, O CONCEITO DE SIMPLICIDADE RELACIONA-SE COM A FACILIDADE DA 
OPERACIONALIZAÇÃO DA COBRANÇA DO TRIBUTO. POR UM LADO, É IMPORTANTE QUE O 
IMPOSTO SEJA DE FÁCIL ENTENDIMENTO PARA QUEM TIVER QUE PAGÁ-LO. POR OUTRO, A 
COBRANÇA E A ARRECADAÇÃO DO IMPOSTO, BEM COMO O PROCESSO DE FISCALIZAÇÃO, NÃO 
DEVEM REPRESENTAR CUSTOS ADMINISTRATIVOS ELEVADOS PARA O GOVERNO. 
A CURVA DE LAFFER 
A RELAÇÃO AMBÍGUA EXISTENTE ENTRE AUMENTOS DE ALÍQUOTAS E AUMENTOS DE RECEITA É 
EXPRESSA NO QUE A LITERATURA DENOMINA “CURVA DE LAFFER”. OS PRINCÍPIOS BÁSICOS 
DESSA CONSTRUÇÃO TEÓRICA SÃO DE QUE: A) COM UMA ALÍQUOTA TRIBUTÁRIA NULA, A 
RECEITA OBVIAMENTE É NULA E B) COM UMA ALÍQUOTA DE 100%, A RECEITA TAMBÉM É NULA, 
POIS NINGUÉM IRIA TRABALHAR PARA QUE O GOVERNO SE APROPRIASSE DE TODA A RENDA. 
ASSIM, HÁ UM NÍVEL DE ALÍQUOTA QUE MAXIMIZA A RECEITA. A PARTIR DESSE PONTO, NO 
“LADO ERRADO DA CURVA” – ISTO É, O DIREITO –, AUMENTOS DE ALÍQUOTAS SÃO 
CONTRAPRODUCENTES, POIS PRODUZEM UMA EVASÃO E/OU UM DESESTÍMULO ÀS ATIVIDADES 
FORMAIS QUE SUPERAM O AUMENTO DA ALÍQUOTA, GERANDO UMA PERDA DE RECEITA. 
 
 
16 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA – 10º BIMESTRE 
 
CURVA DE LAFFER: EXPRESSA A RELAÇÃO AMBÍGUA EXISTENTE ENTRE AUMENTOS DE 
ALÍQUTOAS E AUMENTOS DE RECEITA. 
QUEM É QUE DE FATO PAGA OS IMPOSTOS? 
NA ANÁLISE DA TRIBUTAÇÃO, UMA QUESTÃO QUE SURGE É SE A PESSOA SOBRE A QUAL O 
IMPOSTO INCIDE É REALMENTE AQUELA QUE ARCA COM O ÔNUS TRIBUTÁRIO. A EXISTÊNCIA DE 
IMPOSTOS ALTERA OS PREÇOS RELATIVOS DA ECONOMIA E É A RESPOSTA DO MERCADO A 
ESTAS MUDANÇAS QUE DETERMINA QUEM DE FATO PAGA OS TRIBUTOS. SENDO ASSIM, A 
ESTRUTURA DO MERCADO E AS ELASTICIDADES-PREÇO DA OFERTA E DA DEMANDA SÃO 
CRUCIAIS PARA A DETERMINAÇÃO DE QUEM REALMENTE ARCA COM O IMPOSTO. 
TOMEMOS O EXEMPLO HIPOTÉTICO DE UM DETERMINADO IMPOSTO QUESEJA COBRADO SOBRE 
A FOLHA SALARIAL PARA FINANCIAR UM PROGRAMA SOCIAL, SUPONDO QUE, PELA LEGISLAÇÃO, 
O EMPREGADOR E O TRABALHADOR DEVAM ARCAR CADA UM COM METADE DO ÔNUS 
TRIBUTÁRIO. O PROBLEMA É QUE, NA PRÁTICA, O EMPREGADOR PODE AGIR DE DUAS FORMAS 
DIFERENTES A FIM DE REDUZIR O SEU ÔNUS TRIBUTÁRIO. 
POR UM LADO, O EMPREGADOR PODE REDUZIR SUA DEMANDA POR TRABALHADORES. NESTE 
CASO, SE ISSO RESULTAR EM UMA TENDÊNCIA DE REDUÇÃO SALARIAL, PODE-SE DIZER QUE O 
ÔNUS TRIBUTÁRIO ESTÁ RECAINDO DE FORMA MAIS “PESADA” SOBRE OS TRABALHADORES 
QUE, PELA EXISTÊNCIA DO IMPOSTO, ACABAM RECEBENDO SALÁRIOS MENORES. POR OUTRO, 
OS EMPREGADORES PODEM DECIDIR REPASSAR O IMPOSTO PARA OS PREÇOS FINAIS DE SEUS 
PRODUTOS. HAVENDO UM AUMENTO DOS PREÇOS COMO RESULTADO DA INCIDÊNCIA DO 
IMPOSTO, PODE-SE CONSIDERAR QUE PARTE DO ÔNUS TRIBUTÁRIO QUE DEVERIA SER DO 
PRODUTOR ESTARÁ RECAINDO SOBRE OS CONSUMIDORES. 
ADOTANDO-SE, POR SIMPLIFICAÇÃO, A EXISTÊNCIA DE MERCADOS COMPETITIVOS, O NÍVEL DE 
REPASSE DO ÔNUS TRIBUTÁRIO DO PRODUTOR PARA OS PREÇOS, E CONSEQUENTEMENTE 
PARA OS CONSUMIDORES, DEPENDERÁ DAS ELASTICIDADES DAS CURVAS DE DEMANDA E 
OFERTA PELO PRODUTO EM QUESTÃO. 
A ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA MEDE A MUDANÇA PERCENTUAL NA QUANTIDADE 
DEMANDADA DO BEM EM RESPOSTA A UMA ALTERAÇÃO PERCENTUAL DO PREÇO. UMA CURVA 
DE DEMANDA HORIZONTAL É CHAMADA DE PERFEITAMENTE OU INFINITAMENTE ELÁSTICA. 
NESTA SITUAÇÃO, A UMA PEQUENA REDUÇÃO DO PREÇO CORRESPONDE UM AUMENTO 
INFINITAMENTE MAIOR DA QUANTIDADE DEMANDADA. NESTE CASO, A DEMANDA DO PRODUTO É 
EXTREMAMENTE SENSÍVEL A ALTERAÇÕES NO PREÇO. UMA CURVA DE DEMANDA VERTICAL, 
POR SUA VEZ, É CHAMADA DE PERFEITAMENTE OU INFINITAMENTE INELÁSTICA E 
CORRESPONDE A UMA SITUAÇÃO EM QUE A QUANTIDADE DEMANDADA DE UM BEM É 
TOTALMENTE INSENSÍVEL À VARIAÇÃO DOS PREÇOS, OU SEJA, A ELASTICIDADE-PREÇO DA 
DEMANDA É IGUAL A ZERO. 
DISTO CONCLUI-SE QUE, QUANTO MAIS PRÓXIMA DA VERTICAL FOR A CURVA DE DEMANDA POR 
UM DETERMINADO BEM, MENOR SERÁ A ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA, ISTO É, MENOR 
SERÁ A REAÇÃO DA QUANTIDADE DEMANDADA EM FUNÇÃO DE UMA VARIAÇÃO DE PREÇOS. E 
QUANTO MAIS INELÁSTICA FOR A DEMANDA POR UM BEM, MAIOR PODERÁ SER O REPASSE DO 
ÔNUS TRIBUTÁRIO PARA OS CONSUMIDORES. NO LIMITE, UMA DEMANDA PERFEITAMENTE 
INELÁSTICA CORRESPONDE A UMA SITUAÇÃO EM QUE OS CONSUMIDORES ESTARÃO 
DISPOSTOS A CONSUMIR SEMPRE A MESMA QUANTIDADE DE UM BEM ESPECÍFICO, 
INDEPENDENTEMENTE DO NÍVEL DE PREÇOS QUE ELE ATINGIR. NESTE CASO, O PRODUTOR 
PODERIA REPASSAR TOTALMENTE O ÔNUS TRIBUTÁRIO PARA OS PREÇOS. ALTERNATIVAMENTE, 
QUANTO MAIS PRÓXIMA DA HORIZONTAL FOR A CURVA DE DEMANDA, MAIOR SERÁ A 
ELASTICIDADE, OU SEJA, MAIOR SERÁ A RESPOSTA DA QUANTIDADE DEMANDADA A UMA 
ALTERAÇÃO DOS PREÇOS. PORTANTO, PODE-SE CONCLUIR QUE, QUANTO MAIS ELÁSTICA FOR A 
DEMANDA POR UM BEM, MENOR PODERÁ SER O REPASSE DO ÔNUS TRIBUTÁRIO, TENDO EM 
VISTA QUE UM AUMENTO DOS PREÇOS LEVARÁ A UMA QUEDA MAIS QUE PROPORCIONAL NA 
 
 
17 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA – 10º BIMESTRE 
QUANTIDADE DEMANDADA, O QUE RESULTARÁ EM UMA PERDA DA RECEITA TOTAL DO 
PRODUTOR. 
A ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA MEDE A VARIAÇÃO PERCENTUAL DA QUANTIDADE 
OFERTADA DE UM PRODUTO ESPECÍFICO EM RESPOSTA A UMA ALTERAÇÃO PERCENTUAL DO 
SEU PREÇO. UMA CURVA DE OFERTA HORIZONTAL REFLETE UMA SITUAÇÃO NA QUAL A 
QUANTIDADE OFERTADA DE UM BEM É EXTREMAMENTE SENSÍVEL A UMA VARIAÇÃO DOS 
PREÇOS OU PERFEITAMENTE ELÁSTICA. UMA VARIAÇÃO MÍNIMA DOS PREÇOS LEVA A UM 
AUMENTO DRÁSTICO DA QUANTIDADE OFERTADA. UMA CURVA DE OFERTA VERTICAL, POR SUA 
VEZ, É CHAMADA DE PERFEITAMENTE OU INFINITAMENTE INELÁSTICA E CORRESPONDE A UMA 
SITUAÇÃO EM QUE A QUANTIDADE OFERTADA DE UM BEM É TOTALMENTE INSENSÍVEL À 
VARIAÇÃO DOS PREÇOS, OU SEJA, A ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA É IGUAL A ZERO. 
QUANTO MAIOR FOR A INCLINAÇÃO DA CURVA DE OFERTA POR UM DETERMINADO BEM, MENOR 
SERÁ A ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA, ISTO É, MENOR SERÁ A REAÇÃO DA QUANTIDADE 
OFERTADA EM FUNÇÃO DE UMA VARIAÇÃO DE PREÇOS. E QUANTO MAIS INELÁSTICA FOR A 
OFERTA DE UM BEM, MENOR SERÁ O REPASSE DO ÔNUS TRIBUTÁRIO PARA OS CONSUMIDORES. 
NO LIMITE, UMA OFERTA PERFEITAMENTE INELÁSTICA CORRESPONDE A UMA SITUAÇÃO EM QUE 
OS PRODUTORES ASSUMIRÃO O ÔNUS TRIBUTÁRIO TOTAL, OU SEJA, NÃO HAVERÁ AUMENTO DO 
PREÇO FINAL DO PRODUTO. ALTERNATIVAMENTE, QUANTO MENOR FOR A INCLINAÇÃO DA 
CURVA DE OFERTA, MAIOR SERÁ A ELASTICIDADE, OU SEJA, MAIOR SERÁ A RESPOSTA DA 
QUANTIDADE OFERTADA A UMA ALTERAÇÃO DOS PREÇOS. SENDO ASSIM, PODE-SE CONCLUIR 
QUE, QUANTO MAIS ELÁSTICA FOR A OFERTA POR UM BEM, MAIOR PODERÁ SER O REPASSE DO 
ÔNUS TRIBUTÁRIO. UMA CURVA DE OFERTA PERFEITAMENTE ELÁSTICA IMPLICARÁ O REPASSE 
TOTAL DO ÔNUS TRIBUTÁRIO AOS CONSUMIDORES VIA AUMENTO DE PREÇOS. 
CONCLUI-SE, ENTÃO, QUE QUANTO MAIS ELÁSTICA A CURVA DE DEMANDA E MENOS ELÁSTICA A 
CURVA DE OFERTA, MAIOR PARCELA DOS IMPOSTOS RECAI SOBRE OS PRODUTORES. QUANTO 
MENOS ELÁSTICA A CURVA DE DEMANDA E MAIS ELÁSTICA A CURVA DE OFERTA, MAIOR SERÁ O 
ÔNUS TRIBUTÁRIO PARA OS CONSUMIDORES. 
RESTA SABER QUAIS SERIAM OS RESULTADOS POSSÍVEIS PARA MERCADOS OLIGOPOLIZADOS, 
CARACTERIZADOS PELA EXISTÊNCIA DE POUCOS PRODUTORES CUJO COMPORTAMENTO É 
ALTAMENTE INTERDEPENDENTE. NESTE CASO, SE CADA PRODUTOR ALTERA O SEU PREÇO OU 
PRODUÇÃO, É DE ESPERAR QUE OS OUTROS POSSAM AGIR DA MESMA FORMA. ENTRETANTO, 
NÃO HÁ COMO SE PREVER AO CERTO QUAL SERÁ O COMPORTAMENTO DE CADA UM. SENDO 
ASSIM, NÃO SE PODE PREVER COM EXATIDÃO O EFEITO SOBRE OS PREÇOS DA EXISTÊNCIA DE 
IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE O PRODUTOR. DE QUALQUER FORMA, UMA POSSIBILIDADE É 
QUE OS PRODUTORES NÃO REPASSEM O ÔNUS TRIBUTÁRIO VIA AUMENTO DOS PREÇOS, 
PORQUE TEMEM QUE SEUS CONCORRENTES POSSAM NÃO FAZER O MESMO, MANTENDO SEU 
PREÇOS INALTERADOS, E, ASSIM, “ROUBAR” A SUA PARCELA DE MERCADO. NESTA SITUAÇÃO, 
OS PRODUTORES ASSUMIRIAM INTEGRALMENTE O ÔNUS TRIBUTÁRIO. ALTERNATIVAMENTE, OS 
PRODUTORES PODEM ACREDITAR QUE TODOS NO MERCADO TENDERÃO A REPASSAR O 
IMPOSTO DE FORMA INTEGRAL VIA AUMENTO DE PREÇOS, O QUE OS MANTERIA NA MESMA 
POSIÇÃO RELATIVA. SENDO ASSIM, HAVERIA UM AUMENTO DE PREÇOS, COM REPASSE DO 
IMPOSTO PARA OS CONSUMIDORES. 
OUTRA QUESTÃO QUE PODE INFLUIR NA AVALIAÇÃO DA REAL INCIDÊNCIA DOS IMPOSTOS DIZ 
RESPEITO AO TIPO DE ANÁLISE TEÓRICA UTILIZADA. ISTO PORQUE O RESULTADO FINAL É 
DIFERENTE QUANDO ANALISAMOS O EFEITO DE UM IMPOSTO INCIDENTE EM APENAS UM 
MERCADO ESPECÍFICO – ASSUMINDO QUE OS PREÇOS E SALÁRIOS DE TODOS OS OUTROS 
MERCADOS PERMANECERÃO CONSTANTES, O QUE EQUIVALE A UMA ANÁLISE DE EQUILÍBRIO 
PARCIAL – DO QUE QUANDO A ANÁLISE LEVA EM CONTA AS CONSEQUÊNCIAS DA TRIBUTAÇÃO 
DE UM SETOR, TANTO SOBRE O DESEMPENHO DESTE QUANTO SOBRE O RESTO DA ECONOMIA – 
O QUE CORRESPONDE A UMA ANÁLISE DE EQUILÍBRIO GERAL. 
OS DIFERENTES TIPOS DE IMPOSTOS 
A TRIBUTAÇÃO PODE SER DIRETA OU INDIRETA. OS IMPOSTOS DIRETOS INCIDEM SOBRE O 
INDIVÍDUO E, POR ISSO, ESTÃO ASSOCIADOS À CAPACIDADE DE PAGAMENTO DE CADA 
CONTRIBUINTE. OS IMPOSTOS INDIRETOS, POR SUA VEZ, INCIDEM SOBRE ATIVIDADES OU 
OBJETOS, OU SEJA, SOBRE CONSUMO, VENDAS OU POSSE DE PROPRIEDADES, 
INDEPENDENTEMENTE DAS CARACTERÍSTICAS DO INDIVÍDUO QUE EXECUTA A TRANSAÇÃO OU 
QUE É O PROPRIETÁRIO. AS BASES DE INCIDÊNCIA DOS IMPOSTOS SÃO A RENDA, O 
PATRIMÔNIO E O CONSUMO. 
 A TRIBUTAÇÃO PODE SER DIRETA OU INDIRETA. 
 OS TRIBUTOS DIRETOS INCIDEM SOBRE O INDIVÍDUO; 
 OS TRIBUTOS INDIRETOS INCIDEM SOBRE ATIVIDADES: SOBRE CONSUMO, VENDAS OU 
PROPRIEDADES. 
 AS BASES DE INCIDÊNCIA DOS TRIBUTOS SÃO A RENDA, O PATRIMÔNIO E O CONSUMO. 
 
 
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TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA – 10º BIMESTRE 
O IMPOSTO DE RENDA 
O IMPOSTO DE RENDA – QUE INCIDE SOBRE TODAS AS REMUNERAÇÕES GERADAS NO SISTEMA 
ECONÔMICO, OU SEJA, SALÁRIOS, LUCROS, JUROS, DIVIDENDOS E ALUGUÉIS – É UMA FORMA 
DE TRIBUTAÇÃO DIRETA E CLASSIFICA-SE EM IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA FÍSICA (IRPF) E 
IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA JURÍDICA (IRPJ). 
O IRPF É COBRADO EM BASE PESSOAL, COM ISENÇÕES E ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS, 
DETERMINADAS PELAS CARACTERÍSTICASINDIVIDUAIS DO CONTRIBUINTE. AS ALÍQUOTAS DO 
IMPOSTO SÃO DETERMINADAS SEGUNDO AS DIFERENTES CLASSES DE RENDA, ESTABELECIDAS 
PELA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA. O IMPOSTO SOBRE A RENDA É CALCULADO A PARTIR DE UMA 
ALÍQUOTA INCIDENTE SOBRE A RENDA TRIBUTÁVEL, QUE É O RESULTADO DA RENDA TOTAL DO 
CONTRIBUINTE, DEDUZIDA DO TOTAL DE ABATIMENTOS – POR EXEMPLO, COM DESPESAS 
MÉDICAS E COM DEPENDENTES. 
CABE DIFERENCIAR AQUI AS ALÍQUOTAS NOMINAL E EFETIVA. A PRIMEIRA MEDE A 
PARTICIPAÇÃO DO IMPOSTO DEVIDO SOBRE A RENDA TOTAL, ENQUANTO A SEGUNDA REFLETE 
O PERCENTUAL DO IMPOSTO DEVIDO SOBRE A RENDA TRIBUTÁVEL. A DIFERENÇA ENTRE AS 
DUAS ALÍQUOTAS EXPLICA-SE, PRINCIPALMENTE, PELOS ABATIMENTOS PERMITIDOS PELA 
LEGISLAÇÃO DO IMPOSTO. DESTES, OS REFERENTES A DEPENDENTES BENEFICIAM EM MAIOR 
PROPORÇÃO OS CONTRIBUINTES DE RENDA MAIS BAIXA QUE, NORMALMENTE, POSSUEM UMA 
FAMÍLIA MAIOR. DE FATO, AS DEDUÇÕES POR DEPENDENTES CONSTITUEM A PRINCIPAL FORMA 
DE ABATIMENTOS DA PARCELA DA POPULAÇÃO COM RENDA MAIS BAIXA QUE PAGA IMPOSTO DE 
RENDA. AS DEMAIS FORMAS DE ABATIMENTO, COMO COM DESPESAS MÉDICAS, ASSUMEM 
IMPORTÂNCIA CRESCENTE CONFORME AUMENTA O NÍVEL DE RENDA DOS CONTRIBUINTES. 
O IRPF APRESENTA AS VANTAGENS DE SE BASEAR EM UMA MEDIDA ABRANGENTE DA 
CAPACIDADE DE PAGAMENTO E DE PERMITIR UMA ADAPTAÇÃO ÀS CARACTERÍSTICAS PESSOAIS 
DO CONTRIBUINTE. OU SEJA, ELE É O IMPOSTO PESSOAL POR EXCELÊNCIA E, SENDO ASSIM, É 
AQUELE QUE MAIS SE ADAPTA AOS PRINCÍPIOS DA EQUIDADE E PROGRESSIVIDADE, À MEDIDA 
QUE PERMITE, DE FATO, UMA DISCRIMINAÇÃO ENTRE OS CONTRIBUINTES NO QUE DIZ RESPEITO 
À SUA CAPACIDADE DE PAGAMENTO. 
VALE DESTACAR A IMPORTÂNCIA DOS IMPOSTOS RETIDOS NA FONTE EM TERMOS DA 
SIMPLICIDADE DE ARRECADAÇÃO DO IMPOSTO. NESTE CASO, O IMPOSTO INCIDE SOBRE OS 
ASSALARIADOS QUE, DADA A EXISTÊNCIA DE CONTRATOS FORMAIS DE TRABALHO, 
SIMPLESMENTE NÃO TÊM COMO ESCAPAR AO PAGAMENTO DO IRPF. SENDO ASSIM, É 
IMPORTANTE A PREOCUPAÇÃO DO GOVERNO COM A MELHORIA DO SISTEMA DE FISCALIZAÇÃO 
DA COBRANÇA DO IRPF, PARA QUE NÃO EXISTA UM COMPONENTE DE REGRESSIVIDADE, COM O 
ÔNUS DA ARRECADAÇÃO RECAINDO DE FORMA CONCENTRADA NOS RENDIMENTOS DO 
TRABALHO ASSALARIADO EM DETRIMENTO DE OUTRAS FORMAS DE RENDIMENTO, PASSÍVEIS DE 
UM MAIOR NÍVEL DE SONEGAÇÃO DO IMPOSTO. 
O IRPJ INCIDE SOBRE O LUCRO DAS EMPRESAS, QUE PODE SER CALCULADO A PARTIR DE TRÊS 
MÉTODOS: A) O DO LUCRO REAL; B) O DO LUCRO PRESUMIDO E C) O DO LUCRO ARBITRADO. NO 
PRIMEIRO CASO, O LUCRO É CALCULADO PELA DIFERENÇA ENTRE AS RECEITAS E OS CUSTOS 
DA EMPRESA, O QUE EXIGE QUE ESTA MANTENHA UM SISTEMA DE CONTABILIDADE SEGUNDO 
AS EXIGÊNCIAS DA LEGISLAÇÃO. O MÉTODO DO LUCRO PRESUMIDO, POR SUA VEZ, QUE SE 
BASEIA NA APLICAÇÃO DE UMA ALÍQUOTA SOBRE A RECEITA BRUTA, É O MAIS INDICADO PARA 
PEQUENAS EMPRESAS CUJO CAPITAL SOCIAL E A RECEITA BRUTA ANUAL SEJAM 
SUFICIENTEMENTE REDUZIDOS PARA INVIABILIZAR A IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA CONTÁBIL 
ORGANIZADO DA FORMA EXIGIDA PELA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA. POR ÚLTIMO, O MÉTODO DO 
LUCRO ARBITRADO APLICA-SE A EMPRESAS QUE NÃO APRESENTAM OS REGISTROS CONTÁBEIS 
REQUERIDOS PARA A PRECISA APURAÇÃO DO LUCRO SUJEITO À TRIBUTAÇÃO. NESTE CASO, O 
GOVERNO ARBITRA A BASE DO IMPOSTO, QUE PODE SER CALCULADO COMO UM PERCENTUAL 
DO ATIVO TOTAL, DO CAPITAL OU DA RECEITA BRUTA. 
O PRINCIPAL PROBLEMA INERENTE À COBRANÇA DO IRPJ É QUE ELE PODE CONTRARIAR OS 
PRINCÍPIOS DA EQUIDADE E DA PROGRESSIVIDADE, TENDO EM VISTA QUE NÃO SE PODE TER 
CERTEZA DE QUE O ÔNUS DO IMPOSTO SOBRE O LUCRO RECAIA INTEGRALMENTE SOBRE O 
PRODUTOR. EM OUTRAS PALAVRAS, A LONGO PRAZO, A EMPRESA PODE REAGIR À COBRANÇA 
DO IMPOSTO SOBRE OS LUCROS REPASSANDO-O, PELO MENOS EM PARTE, PARA OS PREÇOS 
FINAIS DE SEUS PRODUTOS, ONERANDO, ASSIM, OS CONSUMIDORES. O GRAU DE REPASSE 
DEPENDE DAS CONDIÇÕES DE CONCORRÊNCIA DO MERCADO DA FIRMA, BEM COMO DA 
EXISTÊNCIA DE BENS SUBSTITUTOS AO BEM PRODUZIDO PELA EMPRESA. 
A POSSÍVEL TRANSFERÊNCIA DOS IMPOSTOS PARA OS PREÇOS TAMBÉM TEM IMPORTANTES 
IMPLICAÇÕES SOBRE A EFICIÊNCIA DO SISTEMA, À MEDIDA QUE, ENCARECENDO O PRODUTO 
NACIONAL, TORNA-O MENOS COMPETITIVO NO MERCADO EXTERNO, O QUE PODE OBRIGAR O 
GOVERNO A ADOTAR MEDIDAS COMPENSATÓRIAS, COMO A IMPLEMENTAÇÃO DE INCENTIVOS 
ÀS EXPORTAÇÕES E/OU UMA MAIOR DESVALORIZAÇÃO DA MOEDA LOCAL. 
 
 
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TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA – 10º BIMESTRE 
OS IMPOSTOS, AS TAXAS E AS CONTRIBUIÇÕES EM GERAL (TRIBUTOS) SÃO SUBMETIDOS A 
DIVERSAS CLASSIFICAÇÕES: 
 ESPÉCIE; 
 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA: FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL. 
 VINCULAÇÃO DO FATO GERADOR; 
 VINCULAÇÃO DO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO: TRIBUTOS VINCULADOS E NÃO VINCULADOS 
 FUNÇÃO: PODEM SER DE ORIGEM FISCAL E EXTRA FISCAL OU TAMBÉM PODE SER DE 
ORIGEM PARA FISCAL; 
 REPERCUSSÃO DO ENCARGO ECONÔMICO: DIRETOS E INDIRETOS; 
 OBJETIVIDADE/SUBJETIVIDADE DA INCIDÊNCIA: REAIS (ICMS, IPTU, IPVA) OU PESSOAIS 
(IMPOSTO DE RENDA); 
O IMPOSTO SOBRE O PATRIMÔNIO 
O IMPOSTO SOBRE O PATRIMÔNIO PODE SER COBRADO REGULARMENTE EM FUNÇÃO DO 
SIMPLES ATO DE POSSE DOS ATIVOS DURANTE UM DETERMINADO PERÍODO, COMO NO CASO 
DO IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO (IPTU) OU DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE 
DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (IPVA). ALTERNATIVAMENTE, A COBRANÇA PODE SE DAR NO 
MOMENTO EM QUE OS ATIVOS MUDAM DE PROPRIEDADE – COMO O IMPOSTO SOBRE A 
TRANSMISSÃO DE PROPRIEDADE. 
O TRIBUTO SOBRE O PATRIMÔNIO MAIS UTILIZADO NO MUNDO É O QUE INCIDE SOBRE A 
PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA. ISTO SE EXPLICA PELA MAIOR FACILIDADE DE COBRANÇA 
DECORRENTE DA IMOBILIDADE DA BASE TRIBUTÁRIA. EM TERMOS DE EQUIDADE E 
PROGRESSIVIDADE, O IMPOSTO SOBRE O PATRIMÔNIO, EM TESE, PRESTA-SE A RESPEITAR TAIS 
PRINCÍPIOS, LEVANDO OS MAIS “RICOS” A PAGAR UM IPTU MAIOR. 
O IMPOSTO SOBRE AS VENDAS 
OS IMPOSTOS SOBRE AS VENDAS DE MERCADORIAS E SERVIÇOS SÃO TRIBUTOS INDIRETOS, 
TAMBÉM CONHECIDOS COMO IMPOSTOS SOBRE CONSUMO. ESTE TIPO DE IMPOSTO PODE SER 
CLASSIFICADO QUANTO: A) À AMPLITUDE DE SUA BASE DE INCIDÊNCIA; B) AO ESTÁGIO DO 
PROCESSO DE PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO SOBRE O QUAL INCIDE E C) À FORMA DE 
APURAÇÃO DA BASE PARA O CÁLCULO DO IMPOSTO. 
QUANTO AO PRIMEIRO PONTO, OS IMPOSTOS SOBRE AS VENDAS PODEM SER GERAIS OU 
ESPECIAIS. OS IMPOSTOS GERAIS SÃO AQUELES QUE INCIDEM ROTINEIRAMENTE SOBRE UMA 
SÉRIE DE TRANSAÇÕES, COMO A COMPRA DE PRODUTOS INDUSTRIAIS OU DE BENS DE 
CONSUMO. TENDO EM VISTA A ESTRUTURA DE ALÍQUOTAS, OS IMPOSTOS GERAIS PODEM SER 
UNIFORMES – AQUELES QUE APRESENTAM UMA ALÍQUOTA ÚNICA – OU SELETIVOS – AQUELES 
COM ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS SEGUNDO A NATUREZA DO PRODUTO. OS TRIBUTOS 
ESPECIAIS, POR SUA VEZ, SÃO COBRADOS SOBRE TRANSAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE 
DETERMINADAS MERCADORIAS E SERVIÇOS. OS IMPOSTOS SOBRE O CONSUMO DE 
COMBUSTÍVEIS E DE BEBIDAS ALCOÓLICAS SÃO EXEMPLOS DESTE TIPO DE IMPOSTO. OS 
IMPOSTOS ESPECIAIS DO PONTO DE VISTA DAS ALÍQUOTAS SÃO SEMPRE SELETIVOS. 
EM RELAÇÃO AO SEGUNDO PONTO, OS IMPOSTOS SOBRE VENDAS PODEM SER COBRADOS DO 
PRODUTOR; DO COMÉRCIO ATACADISTA; DO COMÉRCIO VAREJISTA; OU EM TODAS AS ETAPAS 
DO CICLO. 
FINALMENTE, EM RELAÇÃO À FORMA DE APURAÇÃO, O IMPOSTO SOBRE VENDAS PODE SER 
CALCULADO SOBRE O VALOR TOTAL DA TRANSAÇÃO OU APENAS SOBRE O VALOR ADICIONADO 
PELO CONTRIBUINTE, EM CADA ESTÁGIO DA PRODUÇÃO E DA DISTRIBUIÇÃO. EM TERMOS 
TEÓRICOS, A INCIDÊNCIA DE UM IMPOSTO GERAL E UNIFORME SOBRE O VALOR ADICIONADO NA 
VENDA DE BENS DE CONSUMO CORRESPONDE À COBRANÇA DE UM IMPOSTO GERAL E 
UNIFORME SOBRE AS VENDAS AO CONSUMIDOR FINAL, LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO A 
IGUALDADE CONTÁBIL ENTRE OS FLUXOS DE VALOR ADICIONADO E DE VENDA DE PRODUTOS 
FINAIS EM UMA ECONOMIA. NESTE CASO, O IMPOSTO É NEUTRO EM TERMOS DE EFICIÊNCIA 
ECONÔMICA, NÃO PROVOCANDO DISTORÇÕES NA ALOCAÇÃO DOS RECURSOS DA ECONOMIA. 
ALTERNATIVAMENTE, UM IMPOSTO GERAL SOBRE TRANSAÇÕES – QUE SE CONSTITUI EM UM 
IMPOSTO EM CASCATA OU CUMULATIVO, NO SENTIDO DE QUE INCIDE SOBRE O VALOR TOTAL 
DA TRANSAÇÃO EM CADA ESTÁGIO DA PRODUÇÃO E DA DISTRIBUIÇÃO – TEM IMPLICAÇÕES 
IMPORTANTES EM RELAÇÃO À ALOCAÇÃO DOS RECURSOS, TENDO EM VISTA QUE INTRODUZ UM 
VIÉS CONTRA PRODUTOS