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Guia deGlauco Legat, CFA Analista emissor do relatório 
Analista-chefe
André Perfeito 
Economista-chefe 
Equipe Análise Necton
Gabriel Machado 
Analista
Edson Kina, CNPI 
Analista
Marcel Zambello, FMVA 
Analista
>
>Oportunidades na 
 bolsa pós Sell Off
O Ibovespa foi de 87 mil pontos ao final de 2018 para cerca de 115 mil pontos ao final de 2019, com o número de 
investidores pessoas físicas evoluindo de 813 mil para mais de 1,6 milhões no mesmo período. Esse movimento de 
“Bull Market” atrelado ao andamento das reformas, juros nas mínimas históricas e inflação sob controle, favoreceram 
para as perspectivas mais otimistas sobre o mercado em 2020, com as projeções agregadas do mercado para o 
PIB no início deste ano em 2,3% segundo o boletim Focus. Entretanto, o cenário mudou com a intensificação da 
propagação do coronavírus pelo mundo, levando os países ao isolamento como forma de contenção do vírus. A crise 
provocada pelo Covid-19 neste ano levou a uma queda na bolsa brasileira muito mais rápido que a de 2008, apesar da 
queda até o momento ser relativamente menor, conforme demonstrado no gráfico abaixo:
O surto de coronavírus provocou um sell-off histórico na bolsa brasileira, com uma queda de cerca de 36% desde o 
topo histórico em 119 mil pontos. Logo, a percepção de que todos os ativos estão “baratos” pode se tornar equivocada, 
uma vez que os impactos do coronavirus podem se pendurar por mais tempo do que o originalmente pensado e as 
empresas sofrerão com isso, reduzindo sua escala produtiva. Nesse sentido, buscamos desenvolver esse relatório no 
intuito de identificar os ativos mais resilientes sob o cenário de crise advindo do Covid-19.
Destacamos também a queda dos principais setores desde o período pré-crise do coronavírus, até hoje. Os setores 
foram divididos nos grupos apresentados abaixo:
Comparação de Crises: SUBPRIME (2008) VS Coronavírus (2020)
-8,74%
-22,64%
-59,96%
-2,5%
-46,8%
-38,57%
-70,00%
-60,00%
-50,00%
-40,00%
-30,00%
-20,00%
-10,00%
0,00%
Va
ria
çã
o 
(%
)
Número de Dias Úteis
Comparação de Crises: SUBPRIME (2008) VS Coronavírus (2020)
Subprime (2008) COVID-19 (2020)
Fonte: Bloomberg, Necton.
Fonte: Bloomberg, Necton.
Oportunidades na bolsa pós Sell Off | 002
Queda por setor (23/01/2020 até 30/03/2020)
Conforme comentamos, o cenário para as empresas mudou, antes destacávamos como a alta do Ibovespa era 
sustentado pelo aumento dos lucros em paralelo com a alta alavancagem operacional das empresas que abriria 
espaço para mais um forte crescimento no ano de 2020, uma vez que as empresas que possuem uma alta 
alavancagem operacional podem obter melhor escala nos seus negócios.
Entretanto, com a mudança de cenário, agora as empresas que apostaram em um “Guidance” de crescimento robusto, 
vão sofrer mais no curto e médio prazo, uma vez que os custos fixos irão permanecer os mesmos, a receita tenderá a 
diminuir e as margens serão penalizadas. 
Fonte: Economatica.
13,1
6,9
6,5 6,2 6,0 5,7
5,0
4,4
4,0 3,8 3,7 3,5 3,4 3,3 3,2 3,2 3,2 3,1 3,0 3,0 3,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
Grau de Alavancagem Operacional
Fonte: Economatica.
Grau de Alavancagem Operacional
Oportunidades na bolsa pós Sell Off | 003
Stock Screening 
Quais empresas estão com baixa alavancagem financeira?
Stock Screening 
Quais empresas apresentam sólidos fundamentos?
Quais são as melhores empresas do IBRX-100?
O coronavírus representará um choque de demanda, com redução significativa de receitas no curto prazo pela 
paralização da atividade econômica e pressionará as dívidas de curto prazo das companhias. Em nosso levantamento, 
o IBRX 110 tem 73 empresas com sólida posição de caixa no curto prazo (caixa/dívidas de curto prazo>1) e 69 
empresas com baixa alavancagem financeira (Dívida Líquida/EBITDA<3) no longo prazo. 
De maneira geral, a alavancagem das empresas brasileiras está sólida e não causa preocupações, mas preferimos 
ficar de fora de empresas que não atendem esses patamares mínimos de solvência em caso de agravamento do surto 
de coronavírus no curto prazo.
Utilizamos o ROIC (Retorno sobre o capital investido) como métrica de rentabilidade e o wacc (custo médio ponderado 
de capital) como prêmio de risco. Empresas que apresentam ROIC>WACC já criam valor para os acionistas hoje e tem 
melhores taxas de reinvestimento do capital, contribuindo para um maior valuation. Da nossa amostra, 33 empresas 
apresentam spread positivo.
Preferimos não escolher empresas de forte crescimento e com volatilidade dos earnings em um momento de maior 
prêmio de risco nos ativos pela propagação do coronavírus.
OBS: Para bancos usamos o ROE como parâmetro de rentabilidade.
Com base nos critérios aplicados, escolhemos 22 empresas que consideramos de alta qualidade, baixa alavancagem 
e com sólidos fundamentos. Utilizamos também critérios qualitativos na nossa análise e excluímos papéis que 
enfrentam problemas de governança, contábeis e financeiros.
Alavancagem de curto prazo 
(caixa e aplicações financeiras / dívida de curto prazo>1)
Alavancagem de longo prazo
Dívida Líquida/ EBITDA<3
Oportunidades na bolsa pós Sell Off | 004
Saúde Bancos
Financeiro Alimentose bebidas
Energia
Transporte
Saneamento
Indústria
Consumo
e varejo
Vestuário
Telecon
Educação
Oportunidades na bolsa pós Sell Off | 005
O grande destaque do estudo a é o setor de saúde (5), seguido por bancos (3) e financeiro (2). As empresas da 
amostra somam R$ 1,3 trilhão de valor de mercado hoje e não temos nenhuma small cap (empresas com Market 
cap de até 5 bilhões e maior volatilidade na crise). Em nossa visão, temos um grupo diversificado e heterogêneo 
de companhias, resilientes e com histórico de boa capacidade de execução, sendo muitas delas líderes no seu 
respectivo segmento de atuação.
O IBOVESPA sofreu uma forte correção pós corona vírus, movimento no qual o fluxo de investimentos desrespeitou 
qualquer racionalidade econômica e o valor intrínseco dos ativos, caracterizado por um forte sell off de ativos de risco. 
Observamos, porém, que algumas ações do principal índice da bolsa brasileira podem ter exagerado em suas 
correções. Com isso, filtramos ativos sólidos, que tem maior capacidade de enfrentar com resiliência a crise atual, com 
menores riscos de estresse financeiro, caso a crise seja agravada por um lockdown mais longo. Vale ressaltar que, de 
maneira geral, as empresas selecionadas não são caracterizadas como empresas de “crescimento”, ou empresas que 
necessitem de algum processo de “turn around” nas suas operações.
Considerando o forte desconto que observamos em algumas ações brasileiras, provocado pelo forte movimento de 
aversão ao risco, essa lista traz ótimas oportunidades para investidores fundamentalistas e com visão de longo prazo 
na bolsa brasileira.
Amostra por setores
Oportunidades na bolsa pós Sell Off | 006
Este relatório foi elaborado pela Necton Investimentos S.A. CVMC (“Necton”), para uso exclusivo e intransferível do seu destinatário, não podendo 
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Oportunidades na bolsa pós Sell Off | 007

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