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GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 APRESENTAÇÃO E aí, gente! Como vocês estão? Aqui quem fala, melhor dizendo, quem escreve é a professora Marcela Carvalho, criadora do perfil @concursoprosfortes. Sou defensora pública do DF, mas pouco tempo atrás estava bem aí, na mesma posição que você! Sentada na cadeira, isolada do mundo, estudando por horas a fio e com o coraçãozinho que era tipo um misto de aflição, ansiedade e esperança <3. Gostaria de dizer que tudo na vida passa, ou seja, tudo são fases! E essa é só mais uma fase que, se você resistir e não desistir, te levará ao cargo dos sonhos! Porque tudo é possível! Portanto, sem pessimismo por aqui... Ok? Mas isso é conversa pra outra LIVE! “Bora” falar do que importa Até que enfim saiu esse material prometido referente à LIVE realizada pelos perfis do instagram @concursoprosfortes e @iurisdicas, hein? :P Tive um “probleminha tecnológico” , mas deu tudo certo e consegui cumprir o prazo de envio do material (08/08/20) para todos os e-mails cadastrados no link da bio do meu perfil e para quem tivesse interesse. Esse material é gratuito e se tiver alguém revendendo pode brigar feio com esse povo! RAM! Outra coisinha... Esse guia tá tão bonitinho que serve para qualquer concurso e para qualquer banca quando o estudante possui dificuldades no aprendizado do tema! E, também, é indicado para as pessoas que querem sair desse “decoreba” barato e dos macetes chatinhos, pois é certo que qualquer fuga do “script” nas questões da banca, com uso de outra terminologia ou sinônimos, induz a erro o estudante que não compreendeu a essência do instituto! Eu tenho certeza absoluta que se vocês lerem esse material com a leizinha do lado acompanhando, fazendo anotações e grifinhos - nada https://www.instagram.com/concursoprosfortes https://www.instagram.com/concursoprosfortes/ https://www.instagram.com/concursoprosfortes/ https://www.instagram.com/iurisdicas/ GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 básicos - Vai tá pra nascer examinador que vai enrolar vocês novamente, Bicho! Portanto, chega de decorar, vamos entender licitações! Vamos raciocinar e aprender a racionar o direito de forma dedutiva. PARA QUEM TÁ DE OLHO NOS EDITAIS ABERTOS DE AGENTE PCDF E ANALISTA DPDF DA BANCA CESPE/CEBRASPE... No concurso público de AGENTE da PCDF a lei de licitações veio bem delimitada, sendo ótimo pra gente, né? Veja: Licitações. 5.1 Princípios. 5.2 Contratação direta, dispensa e inexigibilidade. 5.3 Modalidades, tipos e procedimentos. Já para ANALISTA da DPDF, a Lei nº 8.666/93 só aparece citada nos cargos 2, 8, 10 e 11.1 Como não houve um detalhamento, subtende-se que tem que ler a lei por inteiro. Oh, céus! Oh, vida! Mas calma aí! Não criemos pânico! O que a banca CESPE/CEBRASPE costuma cobrar é exatamente o que foi descrito no edital de AGENTE da PCDF! Pois são os assuntos mais relevantes que qualquer estudante de Direito Administrativo tem que ter na mente quando se tratar de licitações. Não criemos pânico! :P Já aviso logo que a minha aposta para as duas provas é a contratação direta/sem licitação (dispensa e inexigibilidade), pelo fato de que nos últimos três anos a banca em comento exigiu o conhecimento desse ponto em quase que 95% das provas aplicadas! Podem ficar chocados! boquiabertos! Que eu deixo! E o melhor de tudo nessa vida concursística: foi exigido pela CESPE/CEBRASPE esse mesmo ponto para qualquer cargo, ou seja, pra nossa banca querida do coração tanto faz se eram provas de carreiras jurídicas ou de outras áreas, se eram provas para cargos com exigência de ensino superior ou de ensino médio... O tema esteve marcando presença! Por isso, se você não tiver tempo para nada nessa vida e eu te compreendo muito bem, leia pelo menos os seguintes artigos: art. 3º, art. 17, incisos I e II, art. 24, art. 25 e art. 26. 1 ATENÇÃO: ANALISTA DA ÁREA JURÍDICA NÃO POSSUI PREVISÃO NO EDITAL DE COBRANÇA DO TEMA. https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 Pronto, já facilitei pros apressadinhos de plantão! ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ANTES DE DESTRINCHAR A LEI... Em primeiro lugar eu quero que vocês tirem todo o preconceito com relação a essa matéria e com outras do edital, tirem agora todos os entraves e todo esse pessimismo que te bloqueia de aprender! Não tem mais espaço para pensamentos do tipo: “essa matéria é chata” ou “essa matéria é ruim”, porque toda matéria é importante para nossa aprovação! Muitas das vezes aquele ponto que faltava para alcançar a nota de corte, aquele mísero ponto que te colocava no rol dos aprovados e na calçada da fama , vem exatamente daquela “matéria chata” que você negligenciou e não quis estudar com afinco porque ficou fazendo birra e criando bloqueios mentais desnecessários! Não seja um “aluno criado a leite com pêra, criado com ovomaltine e a pão com mortadela”! Célebre colocação do nosso renomado professor de direito Gilmar Brother2 proferida em sala de aula (oh, saudades do programa Hermes e Renato da MTV! ) Acorda galera! Estamos em tempos modernos! Ser concurseiro virou profissão! Então, cada ponto importa SIM! Cada matéria importa SIM! Mude a cabeça, ok? MANDAMENTO DO ESTUDANTE: “NÃO NEGLIGENCIARÁS MATÉRIA ALGUMA” Também preciso compartilhar com vocês que, durante minha jornada de estudos, descobri que o nosso inimigo é só a gente mesmo... Pois é a nossa cabeça que cria mil paranoias e insiste em não querer viver o presente. É evidente que o pensamento de um estudante para concursos públicos ou se encontra no passado (arrependimento de não ter começado a estudar antes) ou já está lá na frente, no futuro, com questionamentos sem respostas que só causam ansiedades e bloqueios, quais sejam: “Quando isso termina?” “Quando vou ocupar um cargo público?” A verdade é que não sabemos, não temos bola de cristal e não somos adivinhos. Aceite esse fato logo e seja feliz! 2 https://www.youtube.com/watch?v=fEriFeIODGU https://www.instagram.com/concursoprosfortes https://www.youtube.com/watch?v=fEriFeIODGU GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 Portanto, como não podemos controlar o tempo das coisas e nem o modo como tudo irá acontecer na nossa vida, devemos nos forçar a aprender a viver um dia de cada vez e a pensar só no que temos que fazer no dia de hoje! A sua única preocupação é o que está no seu controle. Beleza? “CHEGA DESSE CONVERSEIRO TODO PELO AMOR DE DEUS, PROFESSORA! VAMOS PARA LEI DE LICITAÇÕES QUE O TEMPO É CURTO!” Tá bom! Vejo vocês na próxima página. :P MAS SE PREPAREM EMOCIONALMENTE PORQUE VAI SER ESTILO “SENTA QUE LÁ VEM HISTÓRIA...” https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 COMO ESTUDAR A LEI DE LICITAÇÕES? A pergunta de um milhão de reais, não é mesmo? :P Digo pra vocês que, antes de pegar a lei de licitações e ficar tentando decorar o texto dos artigos igual um bobo da corte, é necessário ter conhecimento prévio do assunto, ou seja, compreender a essência do que a lei trata, bem como a função do instituto para vocês não se embananarem. FICA A DICA: QUEM DECORA SEM ENTENDER A ESSÊNCIA DO TEMA TEM MAIS PROBABILIDADE DE ERRAR AS QUESTÕES! POIS BASTARIA QUE A BANCA APERTASSEUM POUQUINHO SÓ, OU SEJA, QUE FUGISSE DA LITERALIDADE DO TEXTO LEGAL AO EMPREGAR VÁRIOS SINÔNIMOS NOS ENUNCIADOS, BEM COMO COBRAR CASOS CONCRETOS, PARA QUE O CANDIDATO ENTRE EM PÂNICO NA PROVA. OS PILARES DO CONHECIMENTO O que é licitação? (natureza jurídica, função, objeto) Licitação possui a natureza jurídica de procedimento administrativo3 obrigatório por meio do qual os entes da Administração Pública e aqueles por ela controlados selecionam a melhor proposta (mais vantajosa) dos interessados (competitividade) para ao final: Celebrar um contrato; ou Obter o melhor trabalho técnico, artístico ou científico. SIMPLIFICANDO: Licitação é o meio utilizado pela Administração Pública para contratar obras, serviços, compras e alienações, ou seja, a licitação é a forma como a Administração Pública pode comprar e vender pra evitar o mal gasto do dinheiro público. 3 Há autores que afirmam ser processo administrativo. Não é algo que você deva se preocupar! Tá tudo certo! “Processo licitatório” é também adotado pelos sites oficiais da Administração Pública. https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 Lembre-se que constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades, como, por exemplo, frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente4. “MAS, POR QUE, PROFESSORA?” Por causa das pedras que fundam o regime jurídico administrativo: A SUPREMACIA DO INTERESSO PÚBLICO SOBRE O PRIVADO A INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO O dinheiro é publico! Vem dos nossos impostos! Não seria viável o administrador público gastar esse dinheiro não observando os princípios da impessoalidade, da moralidade, da probidade, da legalidade, beneficiando seus amigos e familiares, frustrando a competitividade da licitação e descartando, consequentemente, a proposta mais vantajosa para Administração Pública só porque estava com vontade ou porque “estava afim”. O interesse público é indisponível, ou seja, não está à mercê dos agentes públicos. A máquina estatal não é a “casa da mãe Joana”. Não existe isso do administrador público querer gastar o dinheiro público como bem entender e na hora que ele quiser. Combinado? Se você vê na prova alguma situação nesse sentido... DESCONFIE, pois essa hipótese é equivocada! MAS ATENÇÃO COM O CANTO DA SEREIA DOS EXAMINADORES... A banca tenta te iludir, criando uma história bonita, falando que os preços praticados pelo melhor amigo do servidor público são melhores que os preços dos participantes da licitação, que seria mais vantagem contratar o melhor amigo do servidor público do que passar pelo estresse de um procedimento licitatório... NÃO CAIA NESSA!!! 4 art. 10, VIII, da Lei de Improbidade Administrativa. https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 Ressalta-se que, além de ser um ato de improbidade administrativa (esfera cível), é crime!!! Dá cana! (esfera penal) E ainda sofre um processo administrativo (esfera administrativa)! Independência das instâncias5, bebê! #linkmental #tátudoligado NÃO SE ESQUEÇAM TAMBÉM DESSE MEGA PRINCÍPIO QUE VAI REGER A SUA VIDA INTEIRA QUANDO ESTIVER TRABALHANDO NO CARGO PÚBLICO ALMEJADO, AMÉM? PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ESTRITA. O agente público só pode fazer o que está permitido em lei, certo? Sua atuação é vinculada! Até mesmo com relação aos ATOS DISCRICIONÁRIOS o princípio da legalidade é observado, porque a lei também delimita a margem de atuação do agente público. “oportunidade e conveniência” não são bagunça, oras bolas! Portanto, não pode o administrador público sair fazendo o que lhe “der na telha”, mesmo que seja um ato discricionário, pois o agente público deve atuar dentro da moldura delimitada pela lei! Como se fosse um quadro em branco! Só pode pintar na tela, não pode pegar a moldura que fica feio. :P Já temos #linkmental com outros dois princípios essenciais para a atuação escorreita (certinha) dos agentes públicos: razoabilidade e proporcionalidade. CONCLUSÃO: SE A LEI OBRIGA A REALIZAR O PROCEDIMENTO LICITATÓRIO PARA CONTRATAR OBRAS, SERVIÇOS, COMPRAS E REALIZAR ALIENAÇÕES DE BENS PÚBLICOS, ESSE PROCEDIMENTO DEVE SER RESPEITADO! E NÃO ADIANTA O ADMINISTRADOR PÚBLICO ESPERNIAR! :P EXCEÇÕES: HIPÓTESES DE CONTRATAÇÃO DIRETA (SEM LICITAÇÃO) AUTORIZADAS NO TEXTO DA LEI Nº 8.666/93: LICITAÇÃO DISPENSADA – art. 17, I e II LICITAÇÃO DISPENSÁVEL – art. 24 INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO – art. 25 5 As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 FIQUE LIGADO: Na contratação direta há a necessidade de se instaurar um processo administrativo contendo a justificativa do administrador público, ou seja, ele deve relatar os motivos de não poder realizar o procedimento licitatório em cada caso, comprovando, assim, a situação fática com a devida subsunção6, igual direito penal, nas hipóteses previstas na Lei nº 8.666/93.7 Calma que iremos detalhar esse ponto mais pra frente! Agora é só a essência, meninos! OUTRO PONTO FUNDAMENTAL SÃO AS FINALIDADES DO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO... No art. 3º da Lei nº 8.666/93 você consegue visualizar bem essas finalidades. Veja: A licitação destina-se: a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia (pra não frustrar a competitividade e a impessoalidade); a seleção da proposta mais vantajosa para a administração; e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável (a banca relaciona essa finalidade ao tratamento diferenciado para microempresas, empresas de pequeno porte, bem como com os critérios de desempate na licitação8). Atualmente, muitos autores e o próprio governo estão relacionando a finalidade de desenvolvimento nacional sustentável ao termo “licitação verde” ou “licitação sustentável”, sendo a que observa os alicerces do direito ambiental e a legislação pertinente ao ramo. Nesse sentido, são preferidas empresas participantes da licitação que apliquem boas práticas ambientais no desenvolvimento de suas atividades e na fabricação de produtos/prestação de serviços. A ideia é equilibrar o desenvolvimento nacional com a sustentabilidade, ou seja, vamos crescer economicamente? SIM! Mas degradando o mínimo possível do 6 Quando o caso concreto se enquadra à norma legal em abstrato. 7 Art. 26 da Lei n. 8.666/93. 8 Art. 3º, §2º - Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços: II - produzidos no País; III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras. IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 meio ambiente, pois o meio ambiente ecologicamente equilibrado é direito fundamental de todos, né?9 #linkmental #constitucional CURIOSIDADE: O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão criou um sítio sobre Contratações Públicas Sustentáveis, com artigos, dicas, cartilhas e demais informações para orientar o uso do poder de compra na potencialização do desenvolvimento sustentável. Legal isso, não é mesmo? Eu gostei! <3 PRONTO, PAREI! VOCÊS JÁ PEGARAM A ESSÊNCIA DO TEMA! AGORA DÁ PRA BRINCAR UM POUCO MAIS =P Aprofundando um pouco mais... Após a compreensão do tema, ou seja, a natureza jurídica, a finalidade e o objeto do instituto, maiores detalhes são necessários nesse momento para garantir todos os pontos de prova... Estão preparados? Espero que sim! Qualquer coisa respire um pouco, tome um cafezinho, coma um chocolate pra acordar! Se respeite! Respeite seu ritmo, ok? Quem é competente pra legislar sobre licitações? Quem é obrigado a seguir essa lei? Tem previsão na Constituição Federal? A competência para legislar sobre licitações e contratos administrativos é privativa da União, ou seja, compete à união editar as normas gerais, possuindo caráter nacional a Lei n. 8.666/93 e obrigando os demais entes federativos. Os outros entes federativos podem editar leis específicas que respeitem a Lei n 8.666/93, não podendo, assim, ir contra o disposto em seu texto legal. As leis específicas visam atender as peculiaridades de cada ente federativo, pois pense bem... O território brasileiro é imenso, cada região vive uma realidade diferente, logo é necessário adaptar as normas gerais em consonância com as especificidades de cada local. SIMPLIFICANDO: a União padroniza um modelo geral de procedimento licitatório que deve ser observado por todos, mas os entes federativos, como, por exemplo, o Distrito Federal, estão habilitados para editar leis suplementares visando atender suas próprias necessidades. Aí fica bom pra todo mundo, não é mesmo? 9 CF/88 – art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 NOSSA CONSTITUIÇÃO FEDERAL<3 Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, §1º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998). OLHA AÍ OBRIGATORIEDADE DO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO, MEU POVO: De novo a Constituição Federal entrega de “mão beijada” a resposta para gente: Art. 37, XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. A própria Lei n. 8.666/1993 destaca novamente a obrigatoriedade de licitação, mas vem com mais detalhes para não ficar dúvida alguma no ar: Art. 1º - Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Art. 2º - As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei. RESUMO DA ÓPERA: Devem licitar todas as entidades e órgãos públicos pertencentes aos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, ou seja, a ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA de todos os entes federativos. https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 TÁ, PROFESSORA, JÁ ENTENDI! MAS TEM EXCEÇÃO? Claro que tem! O que seria do direito sem as exceções, meus amores? As empresas públicas e as sociedades de economia mista quando estão competindo no mercado com as empresas privadas não podem se “dar o luxo” de licitar tudo que envolve a atividade-fim, porque aí seria impossível entrar na competição, ficando no páreo com as empresas particulares, pois estas podem contratar obras/serviços, alienar bens livremente, a qualquer hora e quando quiserem, sem precisar fazer um procedimento licitatório cheio de “mimimi”, formalismo e burocracia. Só erra agora se quiser! Porque a nossa queridinha e amada Constituição Federal também nos entrega essa questão manjada de prova: Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 § 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. REGIME JURÍDICO DE DIREITO PRIVADO, MAS RESPEITANDO OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – O NOSSO LIMPE10 DE CADA DIA! § 3º A lei regulamentará as relações da empresapública com o Estado e a sociedade. § 4º - lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. § 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular. AGORA CUIDADO... A EXCEÇÃO DA EXCEÇÃO: Se a empresa pública ou a sociedade de economia mista presta serviço público, seu regime jurídico está mais para o Estado (público) do que para os particulares (privado)... Veja que nessa situação não se está querendo competir ou ficar no páreo com as empresas privadas! Destaca-se, também, que não se quer intervir no domínio econômico e muito menos existe pretensão de regular o mercado... LOGO, VAI TER QUE LICITAR SIM! E não adianta reclamar, ok? :P ]E a Constituição Federal também já manda o recado nos casos em que o Estado não tá afim de prestar o serviço público diretamente, ou seja, não quer usar ninguém da máquina estatal para fazer isso. Nesses casos também é obrigatório licitar: Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão (indiretamente), sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Parágrafo único. A lei disporá sobre: 10 LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE E EFICIÊNCIA. https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; Vocês se lembram da lei 8987/9511? E do Código de Defesa do Consumidor aplicado nas relações entre a concessionária/permissionária e o usuário desse serviço aqui? Tá tudo interligado minha gente! #linkmental II - os direitos dos usuários; III - política tarifária; IV - a obrigação de manter serviço adequado. TÁ BOM! MAS E AS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS E AS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO, PROFESSORA? Gente, uma organização social pertence a um particular, pessoal jurídica de direito privado, ou seja, a organização social não é do Estado, nem da administração direta e nem da indireta. É um ente PARAESTATAL, ou seja, trabalha ao lado do Estado. As organizações da sociedade civil de interesse público seguem a mesma linha de raciocínio, certinho? O.S E OSCIP - TERCEIRO SETOR – ENTIDADES PARAESTATAIS #linkmental Então, em regra, NÃO PRECISAM LICITAR QUANDO SÃO ELAS QUE ESTÃO CONTRATANDO OS SERVIÇOS/OBRAS E AFINS! Agora se for a própria O.S que está contratando, ela não tem que licitar não! MAS TEM EXCEÇÃO QUE É CARINHA DE PROVA... 11 Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos. A dispensa de licitação que aparece no art. 24, XXIV, da Lei n. 8.666/93 é para a administração pública, sobre a realização de procedimento licitatório para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais. https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 Quando essas entidades paraestatais contratam com o dinheiro público! O nosso rico dinheirinho dos impostos repassados pela União... Vish... Aí vocês já sabem! TOCOU NO DINHEIRO PÚBLICO JÁ ERA, rola até improbidade administrativa se não usar direito, né? #tudoligado GUARDEM NO CORAÇÃO <3 Mesmo não que não esteja previsto expressamente no edital esse tema, o CESPE/CEBRASPE ama as entidades do terceiro setor/paraestatais/OS/OSCIP e também ama cruzar com outros assuntos, como, por exemplo, licitações e improbidade administrativa. E não adianta recorrer, porque o tema está dentro de organização administrativa de modo geral e também aparece na Lei n. 8.666/93 na hipótese de dispensa de licitação com O.S e, ainda, tem relação com a Lei de Improbidade Administrativa. PARA NÃO TER DÚVIDAS: O art. 1º do Decreto n. 5.504/2005 afirma ser obrigatória a realização de licitação para obras, compras, serviços e alienações contratados por entidades com os recursos ou bens repassados voluntariamente pela União. Veja que não importa a natureza jurídica da entidade, se tocou dinheiro público, se vai gastar o dinheiro público, vai ter que licitar SIM! Salvo, nas hipóteses de contratação direta, dispensa e inexigibilidade de licitação. RESUMO DA ÓPERA: NÃO PRECISA LICITAR QUANDO SÃO ESSES SUJEITOS QUE CONTRATAM: Empresas privadas Concessionários de serviços públicos (a adm. pub licita para contratar eles) Permissionários de serviços públicos (a adm. pub licita para contratar eles) Organizações sociais, SALVO contratações com verbas públicas oriundas de repasses voluntários da União. Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, SALVO contratações com verbas públicas oriundas de repasses voluntários da União. OAB – ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – ENTE SUI GENERIS – NÃO LICITA #tabeladobem #colanaretina #gravenocoracao Agora chega desse assunto porque já deu, né? Até eu cansei! Ocorre que as bancas no geral possuem fixação em cobrar esse ponto de quem deve licitar ou não! E eu não poderia nunca negligenciar o tema com vocês. https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS12 GERAIS E ESPECÍFICOS QUE REGEM AS LICITAÇÕES? Esses princípios salvam nossa vida na prova! Meus queridos, a maioria dos princípios fica concentrada no art. 37, caput, da CF/88 (famoso LIMPE dos estudantes) e no art. 3º, caput, da Lei nº 8.666/93. Ok? Sem muitos mistérios. Ademais, a doutrina inventa uns princípios específicos relativos ao procedimento licitatório, mas eu já coloquei eles aqui pra facilitar! Não precisa mais procurar em lugar algum, tá tudo resumidinho aqui! Em caso de não saber a resposta tente encaixar a questão com os princípios abaixo. #FICAADICA PRINCÍPOS GERAIS Princípios da Legalidade: A licitação objetiva garantir a observância do princípio constitucional da Isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração, de maneira a assegurar oportunidade igual a todos interessados e possibilitar o comparecimento ao certame do maior número possível de concorrentes. Princípios da Isonomia (Igualdade): Significa dar tratamento igual a todos os interessados na licitação. É condição essencial para garantir competição em todos os procedimentos licitatórios. Princípios da Impessoalidade: Esse princípio obriga a Administração a observar nas suas decisões critérios objetivos previamente estabelecidos, afastando a discricionariedade e o subjetivismo na condução dos procedimentos das licitações. Princípio da Moralidade e da Probidade Administrativa: A conduta dos licitantes e dos agentes públicos tem de ser, além de lícita, compatível com a moral, a ética, os bons constumes e as regras da boa administração. Princípios da Publicidade13: Qualquer interessado deve ter acesso às licitações públicas e seu controle, mediante divulgação dos atos praticados pelos administradores em todas as fases da licitação. Tal princípio assegura a todos os interessados a possibilidadede fiscalizar a legalidade dos atos. 12 https://www.licitacao.net/principios_da_licitacao.asp acesso em 06/08/2020. 13 MP nº 896, de 6/9/2019 – tentou acabar com a exigência de publicação dos atos da administração pública nos jornais de grande circulação e etc, para que ficasse a publicação só nos sites de internet, aqueles oficiais, só que o Congresso não analisou essa MP. Logo, perdeu a eficácia. https://www.instagram.com/concursoprosfortes https://www.licitacao.net/principios_da_licitacao.asp GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DAS LICITAÇÕES Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório: No ato convocatório constam todas as normas e critérios aplicáveis à licitação. É por meio dele que o Poder Público chama os potenciais interessados em contratar com ele e apresenta o objeto a ser licitado, o procedimento adotado, as condições de realização da licitação, bem como a forma de participação dos licitantes. Nele devem constar necessariamente os critérios de aceitabilidade e julgamento das propostas, bem como as formas de execução do futuro contrato. O instrumento convocatório apresenta-se de duas formas: edital e convite. O primeiro é utilizado nas modalidades concorrência, pregão, concurso, tomada de preços e leilão. Já a segunda é a apenas utilizado na modalidade convite. Princípio do Julgamento Objetivo: Esse princípio significa que o administrador deve observar critérios objetivos definidos no ato convocatório para o julgamento das propostas. Afasta a possibilidade de o julgador utilizar-se de fatores subjetivos ou de critérios não previstos no ato convocatório, mesmo que em benefício da própria Administração. Princípio relacionado aos tipos de licitação: menor preço, melhor técnica, técnica e preço e maior lance (leilão). Princípio da Celeridade: Este princípio, consagrado pela Lei nº 10.520 de 2002, como um dos norteadores de licitações na modalidade pregão, busca simplificar procedimentos, de rigorismos excessivos e de formalidades desnecessárias. As decisões, sempre que possível, devem ser tomadas no momento da sessão. Princípio da Competitividade: O administrador público não pode adotar medidas que frustram o caráter competitivo do certame. Nesse sentido, o art. 37, XXI, da CF determina que as exigências de qualificação técnica e econômica devem limitam-se ao estritamente indispensável para garantia do cumprimento das obrigações. Princípio da indistinção: Previsto no art. 3º, § 1º, I, da Lei n. 8.666/93, que afirma que o administrador público não pode estipular preferências quanto à naturalidade, à sede e ao domicílio dos licitantes, como, por exemplo, o Governo do Distrito Federal não pode publicar edital de licitação afirmando que os licitantes devem morar na cidade satélite de Ceilândia-DF e que não irá aceitar mais morador de local algum. Aí já fazemos o link com o princípio da isonomia, tá vendo? Tudo ligado! Princípio da inalterabilidade do edital: Depois de publicado o edital a Administração Pública não pode chegar do nada e mudar as regras do jogo! Vamos evitar o efeito surpresa! As pessoas se preparam e gastam dinheiro e mão de obra pra atender o que tá no edital... Não é justo chegar do nada e alterar o edital! É falta até de boa-fé essa conduta! Portanto, se precisar alterar o edital deve ter AMPLA PUBLICIDADE e DEVOLUÇÃO DO PRAZO PRA APRESENTAR AS PROPOSTAS, porque aqui ninguém é palco pra palhaço, né? Hahahaha https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 Princípio do sigilo das propostas: A licitação é pública! Mas as propostas dos interessados é sigilosa até a abertura dos envelopes pra evitar aquela competição sangrenta/desleal e possíveis ajustes entre as partes por baixo dos panos, ou seja, a combinação de preços e etc. Veja o momento adequado da abertura das propostas previsto na nossa lei de licitações: Art. 44, §1º A abertura dos envelopes contendo a documentação para habilitação e as propostas será realizada sempre em ato público previamente designado, do qual se lavrará ata circunstanciada, assinada pelos licitantes presentes e pela Comissão. Princípio da Adjudicação Compulsória: Adjudicação é o ato pelo qual a Administração atribuiu ao licitante vencedor o objeto da licitação. Também pode ser usado para descrever a última fase do processo de licitação que nada mais é do que o ato que dá a expectativa de direito ao vencedor da licitação, ficando a Administração obrigada a contratar exclusivamente com aquele adjudicado. Entretanto, mesmo a empresa sendo adjudicada vencedora, não existe obrigatoriedade de contratação ou compra por parte da administração. Princípio do Formalismo (temperado pela jurisprudência)14: A licitação é um procedimento formal que deve ser observado pelo agente público, mas no caso de descumprimento de qualquer formalidade no decorrer da licitação só será declarada nula se houver comprovação do prejuízo. Um procedimento licitatório envolve gastos, tempo, mão de obra! Não se pode jogar tudo fora por causa de uma bobagem que não prejudicou o procedimento, não prejudicou os participantes e nem prejudicou terceiros. MEU FECHAMENTO É VOCÊS <3 Com esses princípios vocês conseguirão responder tanta pergunta desse tema... Olha, que não está no gibi! E até pra chutar as questões que tiverem dúvidas vai ser bem melhor. O chute vai ser certeiro em qualquer banca de qualquer prova de concurso público. Acredite na força dos princípios! Já estou oficialmente abrindo a seguinte campanha: NÃO NEGLIGENCIEM OS PRINCÍPIOS! Partiu??? :P OK, PROFESSORA! MAS E AS MODALIDADES E TIPOS DE LICITAÇÃO? 14 Pas de nullité sans grief (não há nulidade sem prejuízo). https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 Os tipos de licitação estão relacionados com o princípio do julgamento objetivo, logo são critérios de julgamento para escolher a melhor proposta, melhor dizendo, a proposta mais vantajosa para a administração pública. Essa escolha tem que ser impessoal e, portanto, nada melhor que já ter um critério estabelecido em lei. Dessa forma o agente público não irá se utilizar de argumento subjetivo ou de opiniões pessoais para a escolha do vencedor da licitação. Veja os critérios de julgamento (tipos de licitação): Art. 45. (...) § 1o Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso15: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço; II - a de melhor técnica; III - a de técnica e preço. IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso (modalidade leilão). Para contratação de bens e serviços de informática o art. 45, § 4º determina a utilização obrigatória do tipo de licitação técnica e preço, permitindo o emprego de outro tipo de licitação nos casos indicados em decreto do Poder Executivo No caso do PREGÃO a definição da proposta vencedora é baseada no critério do menor lance ou oferta (art. 4º, X, da Lei n. 10.520/2002). E SE DER EMPATE NA LICITAÇÃO? Aí o administrador público usa os critérios sucessivos previstos no art.3º, § 2º, da Lei n. 8.666/93: Art. 3º, § 2º - Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços: I - produzidos no País; II - produzidos no País; 15 Concurso é modalidade de licitação que escolhe o melhor trabalho técnico, científico ou artístico, como, por exemplo, o concurso realizado para escolher o melhor projeto de engenharia e arquitetura para construção de Brasília/DF, a nova capital do Brasil. https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras. IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação. O art. 45, § 2° salienta que se esses critérios sucessivos de desempate não resolver nada, o agente público deve partir para o desempate por sorteio. Ok? Essa parte de tipos de licitação e, também, as modalidades de licitação é tudo leitura de lei! Não invente moda, não complique sua vida. Combinado? COMPREENDENDO AS MODALIDADES DE LICITAÇÃO... As modalidades de licitação consistem no rito, ou seja, no procedimento escolhido para realizar a licitação, devendo ser observado e respeitado pelo agente público responsável. Gente! É igual processo penal que possui o rito dos juizados especiais criminais, além dos ritos previstos no CPP, tem também i rito da Lei de drogas e por aí vai... A depender do caso agente público escolhe o rito mais adequado. Portanto, as modalidades de licitação é o que comanda e organiza as etapas, ou seja, a forma que irá ser conduzida a licitação para realizar ao final a contratação do licitante vencedor. E como a gente escolhe o licitante vencedor? Já aprendemos, hein? Ai ai ai! O licitante vencedor é escolhido pelo tipo de licitação, aqueles critérios de julgamento de propostas de forma impessoal. SIMPLIFICANDO PARA VOCÊS NUNCA MAIS ESQUECEREM Conclui-se, então, que, enquanto os tipos são os critérios de julgamento das propostas, as modalidades são as espécies de procedimentos (os ritos) que regem todo o andamento da licitação do início ao fim! Vejam que os tipos de licitação só aparecem na hora de julgar a proposta mais vantajosa para administração, levando em considerando o tipo/critério determindo no edital! Se for escolhido o tipo “melhor técnica”, a proposta mais vantajosa para administração pública será a melhor técnica apresentada, independentemente do preço. https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 Mas se o tipo escolhido for o ”menor preço”, a proposta mais vantajosa é aquela que cumpre o exigido no edital e que tem o preço mais em conta ao comparar com as empresas concorrentes. Pronto, chega de tipos de licitação! :P FOCO TOTAL AGORA NAS MODALIDADES DE LICITAÇÃO16 Olha aí um “resuminho supimpa” de todas as modalidades de licitação que o ordenamento jurídico prevê para realizar o procedimento: CONCORRÊNCIA - Lei n. 8.666/93 Concorrência é a modalidade de licitação mais complexa e rigorosa da Lei nº 8.666/93, sendo utilizada para contratações que envolvem grandes quantias. Envolve quaisquer interessados e exige uma publicidade maior. Nesta espécie, os interessados deverão, já na fase inicial da habilitação preliminar, comprovar que possuem os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. TOMADA DE PREÇOS - Lei n. 8.666/93 Tomada de preços é uma modalidade de licitação menos rigorosa que a concorrência e mais complexa que a carta-convite. Nesta espécie, a competição ocorre entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. CONVITE - Lei n. 8.666/93 Convite é a modalidade de licitação destinada para contratações de menor valor. Nesta espécie, é a administração que envia cartas-convite para, pelo menos, 3 empresas do ramo, a fim de que apresentem suas propostas. CONCURSO - Lei n. 8.666/93 Concurso é a modalidade de licitação para escolher trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores. A comissão técnica não precisa ser formada só por 16 Fonte https://www.buscadordizerodireito.com.br/dodpedia acesso em 06/08/2020. https://www.instagram.com/concursoprosfortes https://www.buscadordizerodireito.com.br/dodpedia GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 agentes públicos, podendo participar técnicos e especialistas para julgar os concorrentes. LEILÃO - Lei n. 8.666/93 Leilão é a modalidade de licitação utilizada quando a Administração Pública quer vender: a) bens móveis inservíveis para a administração (até R$ 650 mil); b) produtos legalmente apreendidos ou penhorados; c) bens imóveis, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento. CONSULTA - Lei n. 9.472/97 É rito exclusivo da ANATEL, assim, o estudante só precisa saber que existe a CONSULTA! Mas se vocês pretenderem estudar pra concurso público da ANATEL com certeza você vai ter que ler a Lei n. 9.472/97. PREGÃO - Lei n. 10.520/2002 O pregão é uma modalidade de licitação, disciplinada pela Lei n. 10.520/2002, sendo utilizada para a aquisição de bens e serviços comuns, independentemente do valor contratado. Bens e serviços comuns são aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. Ex: caneta esferográfica de tinta azul. Agora que vocês já compreenderam o que são os tipos de licitações e o que são as modalidades de licitação é importantíssima a leitura dos artigos 20 a 23 e dos artigos 45 a 48 da Lei n. 8.666/93. Não menospreze a lei seca... Também, não há espaço no guia para copiar e colar a lei na íntegra! Por isso bem no comecinho eu frisei a importância de se estudar com a lei do lado, ok? NOVIDADES QUE AS BANCAS AMAM Com a finalidade de atualizar os valores das modalidades de licitação, fora publicado o Decreto nº 9.412, de 18 de junho de 2018 alterando o art. 23 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. OLHA O DECRETO NA ÍNTEGRA AÍ, MEU POVO! Zero tempo a perder com busca no google, né? #SEMTEMPOIRMAO https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 Art. 1º. Os valores estabelecidos nos incisos I e II do caput do art. 23 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, ficam atualizados nos seguintes termos: I - para obras e serviços de engenharia: a) na modalidade convite - até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais); b) na modalidade tomada de preços - até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); e c) na modalidade concorrência - acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); e II - para compras e serviços não incluídos no inciso I: a) na modalidade convite - até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais); b) na modalidade tomada de preços - até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentose trinta mil reais); e c) na modalidade concorrência - acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais). Art. 2º. Este Decreto entra em vigor trinta dias após a data de sua publicação. AVISO AOS NAVEGANTES A banca CESPE/CEBRASPE não possui o perfil de ficar cobrando a literalidade desses valores em prova para averiguar se o candidato decorou ou não, sendo uma postura mais da FCC e das bancas “menorzinhas”, tipo a QUADRIX. Mas você tem que ter uma noção desses valores, pois se o examinador der a louca e obrar já temos um norte, não é mesmo? MODALIDADE DE CONCORRÊNCIA OBRIGATÓRIA – VALOR NÃO IMPORTA #temarecorrente #semprecai #examinadorAMA A concorrência é obrigatória e não estamos nem aí para o valor nessas hipóteses: compras e alienações de imóveis**; concessões de direito real de uso; licitações internacionais; contratos de empreitada integral; https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 concessões de serviço público. **EXCEÇÃO PARA INCREMENTAR O ESTUDO: Imóveis oriundos de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento pode ser leilão ou concorrência. TÁ TUDO NA LEI! BASTA LER Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras: I - avaliação dos bens alienáveis; II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação; III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão. AVISO AOS NAVEGANTES - II REGISTRO DE PREÇOS NÃO É MODALIDADE DE LICITAÇÃO. E muita gente boa na hora da prova se confunde e erra O registro de preços é um sistema utilizado para compras, obras ou serviços rotineiros, como, por exemplo, resmas de papel e tinta para impressora das repartições públicas! São coisas que estão sempre precisando comprar e aí não é jogo para administração pública ficar realizando licitação toda vez que acaba o papel, né? Cadê a eficiência nisso? Bora, então, resumir esse babado forte: O agente público realiza licitação na modalidade de concorrência, sendo que a proposta vencedora fica registrada e disponível quando houver necessidade de contratação. Também a administração pública não é obrigada a contratar com a empresa registrada, mas essa empresa goza de preferência na contratação em igualdade de condições. #questaodeprova REGRINHAS BÁSICAS DO SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS A administração pública deve possuir um sistema de controle/atualização dos preços. O registro de preços só vale por no máximo um ano (1 ano). https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 O registro de preços deve ser publicado trimestralmente na imprensa oficial. O agente público deve utilizar a modalidade de concorrência no procedimento licitatório para registrar o preço, salvo se couber o pregão. ÚLTIMOS APONTAMENTOS SOBRE REGISTRO DE PREÇOS... LICITAÇÃO CARONA: Consiste na contratação oriunda do sistema de registro de preços que ainda está vigente no momento, só que envolve entidade estatal que não participou da licitação desse registro e preço, ou seja, essa entidade “pega carona” na ata de registro de preços alheio. QUESTÃO DE PROVA: É vedada aos órgãos públicos federais a adesão à ata de registro de preços quando a licitação tiver sido realizada pela Administração Pública estadual, municipal ou do Distrito Federal, bem como por entidades paraestatais. E aí, entendeu? MUDANDO DE ASSUNTO... O QUE SÃO AS FASES DA LICITAÇÃO, PROFESSORA? E vamos de procedimento bem basiquinho :P É a forma que encontramos de explicar o procedimento da licitação, dividindo-o em 2 fases distintas, quais sejam: A fase interna relacionada aos atos preparatórios da administração pública antes de soltar o edital na praça, como, por exemplo, a justificativa e a comprovação da necessidade da contratação, a previsão orçamentária compatível com PPA, a elaboração de um projeto básico se for caso de obras/serviços de engenharia, a necessidade de se designar uma comissão licitante, ou seja, essas coisas bem interna corporis. QUESTÃO DE PROVA: não precisa ter dinheiro em conta para licitar, mas precisa ter previsão orçamentária. Segura isso no coração! Já a fase externa é tudo que vem após a publicação do edital: - instrumento convocatório – “o edital é a lei da licitação” - habilitação - os interessados devem comprovar a satisfação das exigências de qualificação formuladas no instrumento convocatório. - classificação – realiza a abertura das propostas e o julgamento das propostas dos habilitados, depois classifica para ver quem se saiu melhor nessa https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 - homologação – verifica-se a regularidade da licitação, se esta seguiu tudo certinho conforme determina a lei. Se tiver tudo ok a autoridade superior homologa! - adjudicação – aqui é divulgado o resultado final, não consistindo em direito líquido e certo de ser contratado pela administração pública, pois o vencedor possui mera expectativa de direito. Mas o bom é que se a administração pública resolver fechar contrato não vai poder preterir a ordem de classificação. Esse licitante vencedor fica vinculado à sua proposta por 60 dias, não podendo depois de ter ganhado a licitação querer alterar os preços (leia o art. 64, §3º e art. 89). A leitura do art. 38 a 52 da Lei n. 8.666/93 é essencial para você internalizar e fixar o procedimento da licitação. Certinho? Não quero vocês com medo ou com ranço da lei nessa parte! Com a nossa explicação e com tudo que já falamos até agora, vocês são totalmente capazes de compreender tudo! Confiem no taco de vocês! Vocês são fortes ou são um saco de batatas? Hein? :P Já estamos no final! Graças a Deus! Ufa! Olha, tentar resumir isso tudo e colocando em uma linguagem acessível não foi uma tarefa nada fácil. Precisei de umas três noites em claro na minha conta, né? :P Mas valeu muito! Agora vamos para o tema campeão de cobrança em provas, o tema que é rei dos temas, o tema que é a obsessão da banca CESPE/CEBRASPE... CONTRATAÇÃO DIRETA. COMO DIFERENCIAR PARA NÃO ERRAR? A contratação direta nada mais é que: A possibilidade da administração pública contratar sem ter a obrigatoriedade de licitar! Portanto, todas as hipóteses previstas na Lei n. 8.666/93 que permitem a contratação de obras, serviços, compra de bens e alienações sem ter que realizar o procedimento formal de licitação são espécies do gênero: contratação direta! Simples assim! Não complique o que não é pra ser complicado! Não invente moda! QUESTÃO DE PROVA: O STJ entende que a dispensa fraudulenta de licitação gera dano in re ipsa, presumindo-se, neste caso, o prejuízo ao erário e o consequente ato de improbidade administrativa, vejamos: “3. A indevida dispensa de licitação, por impedir que a administração pública contrate a melhor proposta, causa dano in https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 re ipsa, descabendo exigir do autor da ação civil pública prova a respeito do tema. Precedentes da Segunda Turma. (STJ. REsp 817.921/SP) Agora vamos entender a essência das espécies de contratação direta para quando vocês pegarem a lei Tudo ficar blue, bem azul da cordo mar, sem a necessidade de surtos psicóticos na reta final pra prova. Beleza? A Lei de Licitações (Lei nº 8.666/93) prevê três grupos de situações em que a contratação ocorrerá sem licitação prévia. Trata-se das chamadas licitações dispensadas, dispensáveis e inexigíveis.17 Dispensada Dispensável Inexigível Art. 17 Art. 24 Art. 25 Rol taxativo Rol taxativo Rol exemplificativo A lei determina a não realização da licitação, obrigando a contratação direta. A lei autoriza a não realização da licitação. Mesmo sendo dispensável, a Administração pode decidir realizar a licitação (discricionariedade). Como a licitação é uma disputa, é indispensável que haja pluralidade de objetos e pluralidade de ofertantes para que ela possa ocorrer. Assim, a lei prevê alguns casos em que a inexigibilidade se verifica porque há impossibilidade jurídica de competição. Ex.: quando a Administração Pública possui uma dívida com o particular e, em vez de pagá-la em espécie, transfere a ele um bem público desafetado, como forma de quitação do débito. A isso chamamos de dação em pagamento (art. 17, I, "a"). Ex.: compras de pequeno valor (inciso II). O §2º estabelece exceções (situações de dispensa em razão do valor contada em dobro). Com efeito, alguns entes da Administração Pública têm dispensa de licitação para contratações no percentual de até 20% do valor do convite. São eles: - Empresas públicas; - Sociedades de economia mista; - Agências executivas; - Consórcios públicos. Ex.: contratação de artista consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública para fazer o show do aniversário da cidade. 17 https://www.buscadordizerodireito.com.br/ acesso em 07/08/2020 https://www.instagram.com/concursoprosfortes https://www.buscadordizerodireito.com.br/ GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 LICITAÇÃO DISPENSADA18 As hipóteses de ocorrência de licitação dispensada estão dispostas no art. 17, incs. I e II da Lei nº. 8.666/93, que se apresentam por meio de uma lista que possui caráter exaustivo, não havendo como o administrador público criar outras figuras. Ademais, destaca-se que nem se o administrador público quisesse realizar o procedimento licitatório não poderia, pois a lei obriga a contratação direta e vincula a atuação da administração pública nesse sentido. As principais hipóteses de licitação dispensada estão voltadas para os institutos da dação em pagamento, da doação, da permuta, da investidura, da alienação de alguns itens, da concessão do direito real de uso, da locação e da permissão de uso. Além desses incisos, o art. 17 apresenta, ainda, o § 2º, que dispõe sobre a possibilidade de licitação dispensada quando a Administração conceder direito real de uso de bens imóveis, e esse uso se destinarem a outro órgão ou entidade da Administração Pública. ATENÇÃO: qualquer alienação, tanto de bens móveis, quanto de bens imóveis, deve ser precedida de uma avaliação prévia da Administração, com a definição de um valor mínimo, para fim de orientar os procedimentos, sem ferir o interesse público, nem tampouco a legalidade. DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO A dispensa, juntamente com inexigibilidade, são formas anômalas de contratação por parte da Administração Pública e devem ser tidas como exceções a serem utilizadas somente nos casos imprescindíveis. Destaca-se que a dispensa é instituto que isenta a Administração do regular procedimento licitatório, mesmo que seja viável a competição. Nesse sentido, o agente público realiza o procedimento formal se quiser, se for conveniente e oportuno, pois o rol do art. 24 possibilita a dispensa, cabendo a Administração Pública analisar a opção pela dispensa ou pela promoção da licitação. Tudo vai depender da conveniência de caso, ou seja, se vale o custo x benefício ou não. Por fim, frisa-se a taxatividade do rol do art. 24, não podendo, assim, o administrador público inovar ou criar novas hipóteses de dispensa não previstas na lei. Já a inexigibilidade de licitação envolve a ideia de inviabilidade de competição, podendo ser caracterizada tanto em casos de exclusividade do produto ou para serviço técnico em que haja inviabilidade de seleção de proposta mais vantajosa através de critérios objetivos, consistentes no esforço humano, de 18 https://www.administradores.com.br acesso em 07/08/2020. https://www.instagram.com/concursoprosfortes https://www.administradores.com.br GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 difícil comparação, sendo alguns citados, em rol exemplificativo, no art. 25 da Lei n.º 8.666/93. HORA DE FIXAR A INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO: - Ausência de pluralidade de alternativas; - Impossibilidade de fixar-se critério objetivo de disputa de preços; - Características peculiares do objeto determinam a escolha do contratado FICA LIGADO: os casos de inexigibilidade são os mais cobrados pela banca CESPE/CEBRASPE. Logo, se você compreender quando é cabível a inexigibilidade de licitação (art. 25) e quando é caso de licitação dispensada (art. 17, I e II), tudo que for diferente há grande probabilidade de ser licitação dispensável (art. 24 ). Digo para vocês que eu nunca precisei decorar todos os incisos previstos no art. 24! Tudo é questão de estratégia! Basta vocês fixarem bem os artigos menores (art. 17, I e II, e art. 25), pois são específicos e fáceis de lembrar. E aí, depois, façam uma boa leitura do art. 24, sem cobranças, grifando as palavras chaves de cada inciso. Desse jeitinho: guerra ou grave perturbação da ordem comprometimento da segurança nacional propostas preços manifestamente superiores impressão diários oficiais e formulários padronizados restauração de obras de arte e objetos históricos RESUMO DA ÓPERA: Licitação dispensada - Modalidade de contratação por meio da qual a Lei de Licitações desobriga a administração do dever de licitar. Abarca as alienações de bens móveis e imóveis previstas no artigo 17 da lei 8.666/1993. Licitação dispensável - Modalidade de contratação por meio da qual a Lei de Licitações desobriga a administração do dever de licitar. Compreende exclusivamente as situações previstas no artigo 24 da lei 8.666/1993. Inexigibilidade de licitação - Modalidade de contratação direta por meio da qual a administração está desobrigada de realizar o procedimento licitatório, por inviabilidade de competição. Acho que agora já deu, né? Ufa! Cansei... Vamos para as últimas picuinhas de prova! Prometo ser breve ou não, né? Quem sabe? :P https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 QUAL A DIFERENÇA ENTRE A LICITAÇÃO FRACASSADA E A LICITAÇÃO DESERTA? Licitação fracassada19 é aquela em que comparecem interessados, mas nenhum atende às necessidades da Administração, caso em que deve ser reaberto um prazo de oito dias úteis para apresentação de nova documentação ou melhoria das propostas (art. 48, § 3º, da Lei n. 8.666/93). Já na licitação deserta, publica-se o edital, mas não aparece nenhum interessado, sendo autorizada a contratação direta por dispensa de licitação, justificadamente, se não puder ser repetido o certame sem prejuízo para a Administração, mantidas, nesse caso, todas as condições preestabelecidas (art. 24, V, da Lei n. 8.666/93). RAPIDINHAS: LICITAÇÕES SIMULTÂNEAS X LICITAÇÕES SUCESSIVAS X LICITAÇÕES DE ALTA COMPLEXIDADE Licitações simultâneas -Aquelas com objetos similares e que ocorram em intervalos inferiores ou iguais a 30 dias. Licitações sucessivas - Aquelas com objetos similares, em que o edital subsequente tenha data anterior a 120 dias após o término do contrato resultante da licitação antecedente. Licitação de alta complexidade técnica - Aquela que envolve alta especialização, como fator de extrema relevância para garantir a execução do objeto a ser contratado, ou que possa comprometer a continuidade da prestação de serviços públicos essenciais. OS ARTIGOS MAIS COBRADOS PELA BANCA CESPE/CEBRASPE NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS Eu realizei a análise das provas aplicadas pela banca para todos os cargos que cobravam a Lei n. 8.666/93. Fui da magistratura ao cargo de técnico administrativo, vasculhei também todas as provas de analistas e de outras carreiras jurídicas (MP, DPE, PGM, PGE), passando até pelas provas de engenheiro e para cargos de informática/TI. Portanto, é uma pesquisa bem segura e confiável sobre o que a CESPE/CEBRASPE gosta de exigir dos candidatos de modo geral. 19 FUCs do https://www.ciclosmetodo.com.br/ acesso em 07/08/2020 https://www.instagram.com/concursoprosfortes do%20https:/www.ciclosmetodo.com.br GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 Saliento que essa pesquisa é muito útil para os cargos de agente da PCDF e analista da DPDF (cargos 2, 8, 10 e 11), bem como para qualquer outro edital que a CESPE/CEBRASPE cobre o tema licitações! Divirtam-se: CF/88: art. 22, XXVII; art. 37, XXI, art. 170, IX; e art. 173, § 1º, III. Lei n. 8.666/93: art.1º; art. 2º; art. 3º REI DAS PROVAS (princípios + §§1º, 2º, 3º, 5º, 7º, 8º), art. 4º, § único, art. 5º-A, art. 6º, VIII, as alíneas, art. 7º(§§ 3º, 4º, 5º, 6º), art. 8º § único, art.9º, art. 15 §3º e 4º, art. 17, I e II REI DAS PROVAS, art. 21, art. 22, art. 23, art. 24 REI DAS PROVAS, art. 25 O CAMPEÃO DE TODOS, art. 26, art. 39, art. 41, art. 43(§§ 1º, 3º, 5º, 6º), art. 44, art. 45, art. 46 caput., art. 49 e art. 50. JURISPRUDÊNCIA SELECIONADA O credenciamento é uma hipótese de inexigibilidade de licitação na qual “a Administração aceita como colaborador todos aqueles que, atendendo as motivadas exigências públicas, manifestem interesse em firmar contrato ou acordo administrativo.” (TORRES, Ronny Charles Lopes de. Leis de Licitações Públicas comentadas. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 348). Desse modo, o credenciamento é um procedimento por meio do qual a Administração Pública anuncia que precisa de pessoas para fornecer determinados bens ou para prestarem algum serviço e que irá contratar os que se enquadrem nas qualificações que ela exigir. Após esse chamamento público, os interessados podem se habilitar para serem contratados. Fala-se que é uma hipótese de inexigibilidade de licitação porque não haverá competição (disputa) entre os interessados. Todos os interessados que preencham os requisitos anunciados serão considerados “credenciados” e estarão aptos a serem contratos. O Banco do Brasil publicou edital para credenciamento de advogados para prestar serviços advocatícios. Ocorre que https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 o edital de credenciamento publicado previu um critério de pontuação, de forma que os advogados e escritórios que se inscrevessem iriam ser avaliados e organizados segundo uma ordem de classificação baseada no currículo, experiência etc. O TCU e o STJ entendem que isso não é válido. O estabelecimento de critérios de classificação para a escolha de licitantes em credenciamento é ilegal. O credenciamento é considerado como uma espécie de inexigibilidade de licitação justamente pelo fato de não ser possível, em tese, a competição entre os interessados. Logo, a previsão de critérios de pontuação entre os interessados contraria a natureza do processo de credenciamento. Assim, no credenciamento só se admite a existência de requisitos mínimos. Se o interessado preencher, ele está credenciado; se não atender, encontra-se eliminado. Os critérios permitidos são, portanto, meramente eliminatórios (e não classificatórios). STJ. 1ª Turma. REsp 1.747.636-PR, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 03/12/2019 (Info 662). O estabelecimento de critérios de classificação para a escolha de licitantes em credenciamento é ilegal O credenciamento é uma hipótese de inexigibilidade de licitação na qual “a Administração aceita como colaborador todos aqueles que, atendendo as motivadas exigências públicas, manifestem interesse em firmar contrato ou acordo administrativo.” (TORRES, Ronny Charles Lopes de. Leis de Licitações Públicas comentadas. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 348). Desse modo, o credenciamento é um procedimento por meio do qual a Administração Pública anuncia que precisa de pessoas para fornecer determinados bens ou para prestarem algum serviço e que irá contratar os que se enquadrem nas qualificações que ela exigir. Após esse chamamento público, os interessados podem se habilitar para serem contratados. Fala-se que é uma hipótese de inexigibilidade de licitação porque não haverá competição (disputa) entre os interessados. Todos os interessados que preencham os requisitos anunciados serão considerados “credenciados” e estarão aptos a serem contratos. O Banco do Brasil publicou edital para credenciamento de advogados para prestar serviços advocatícios. Ocorre que o edital de credenciamento publicado previu um critério de pontuação, de forma que os advogados e escritórios que se inscrevessem iriam ser avaliados e organizados segundo uma ordem de classificação baseada no currículo, experiência etc. O TCU e o STJ entendem que isso não é válido. O estabelecimento de critérios de classificação para a escolha de licitantes em credenciamento é ilegal. O credenciamento é considerado como uma espécie de inexigibilidade de licitação justamente pelo fato de não ser possível, em tese, a competição entre os interessados. Logo, a previsão de critérios de pontuação entre os interessados contraria a natureza do processo de credenciamento. Assim, no credenciamento só se admite a existência de requisitos mínimos. Se o interessado preencher, ele está credenciado; se não atender, encontra-se eliminado. Os critérios permitidos são, portanto, meramente eliminatórios (e não classificatórios). STJ. 1ª Turma. REsp 1747636-PR, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 03/12/2019 (Info 662). https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 Na concorrência para a venda de bens imóveis, é vedada, à Administração Pública, a fixação de caução em valor diverso do estabelecido no art. 18 da Lei nº 8.666/93 O art. 18 da Lei nº 8.666/93 estabelece o valor da caução, na fase de habilitação de concorrência pública para venda de bens imóveis, no percentual de 5% da avaliação do imóvel. É proibido que a Administração Pública fixe caução em valor diverso do estabelecido em lei. Não cabe, assim, estabelecer percentual diverso ou mesmo aceitar valor de caução inferior a 5% da avaliação do imóvel, em face do princípio da legalidade. STJ. 2ª Turma. REsp 1617745-DF, Rel. Min. Og Fernandes, Rel. Acd. Min. Assusete Magalhães, julgado em 22/10/2019 (Info 669). Comentários do julgado por @dizerodireito A Administração Pública pode alienar seus bens? SIM, mas desde que cumpridos os requisitos previstos na lei. O tema é tratado, de forma genérica, nos arts. 17 a 19 da Lei nº 8.666/93. Vale ressaltar que, no caso das empresas públicas e sociedades de economia mista,existem requisitos específicos previstos nos arts. 49 e 50 da Lei nº 13.303/2016. Alienação de bens imóveis O art. 17 da Lei nº 8.666/93 prevê que a alienação de bens imóveis da Administração Pública exige o cumprimento dos seguintes requisitos: a) existência de interesse público devidamente justificado; b) prévia avaliação; c) autorização legislativa em caso de bens pertencentes a órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais; e d) licitação na modalidade de concorrência (em regra). Fase de habilitação O art. 18 afirma que, na licitação para a venda de bens imóveis, a única exigência que é feita na fase de habilitação é a comprovação de que o interessado recolheu uma caução de 5% do valor da avaliação do bem: Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis, a fase de habilitação limitar-se-á à comprovação do recolhimento de quantia correspondente a 5% (cinco por cento) da avaliação. É possível que a Administração Pública, com o objetivo de aumentar a participação de interessados, fixe a caução em valor menor do que foi estabelecido no art. 18 da Lei nº 8.666/93? Esse art. 18 deve ser interpretado no sentido de que a Administração Pública pode exigir uma caução de até 5% (podendo ser exigido um percentual inferior)? NÃO. É proibido que a Administração Pública fixe caução em valor diverso do estabelecido em lei. https://www.instagram.com/concursoprosfortes https://www.dizerodireito.com.br/ GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 Não cabe, assim, estabelecer percentual diverso ou mesmo aceitar valor de caução inferior a 5% da avaliação do imóvel, em face do princípio da legalidade. STJ. 2ª Turma. REsp 1.617.745-DF, Rel. Min. Og Fernandes, Rel. Acd. Min. Assusete Magalhães, julgado em 22/10/2019 (Info 669). Correios podem ser contratados sem licitação, com fundamento no art. 24, VIII, da Lei 8.666/93, para a prestação de serviços de logística A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), empresa pública federal, pode ser contratada sem licitação, com fundamento no art. 24, VIII, da Lei nº 8.666/93, para a prestação de serviços de logística: Art. 24 (...) VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; A ECT preenche todos os requisitos legais necessários à possibilidade de sua contratação direta, haja vista integrar a Administração e ter sido criada em data anterior à da Lei nº 8.666/93 para prestação de serviços postais, dentre os quais se incluem os serviços de logística integrada. STF. 2ª Turma. MS 34939/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 19/3/2019 (Info 934). Empresa em recuperação judicial pode participar de licitação, desde que demonstre a sua viabilidade econômica Sociedade empresária em recuperação judicial pode participar de licitação, desde que demonstre, na fase de habilitação, a sua viabilidade econômica. STJ. 1ª Turma. AREsp 309867-ES, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 26/06/2018 (Info 631). Proibição do art. 9º, III, da Lei 8.666/93 permanece mesmo que o servidor esteja licenciado Se um servidor público for sócio ou funcionário de uma empresa, ela não poderá participar de licitações realizadas pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado este servidor público (art. 9º, III, da Lei nº 8.666/93). O fato de o servidor estar licenciado do cargo não afasta a referida proibição, considerando que, mesmo de licença, ele não deixa possuir vínculo com a Administração Pública. Assim, o fato de o servidor estar licenciado não afasta o entendimento segundo o qual não pode participar de procedimento licitatório a empresa que possuir em seu quadro de pessoal servidor ou dirigente do órgão contratante ou responsável pela licitação. STJ. 2ª Turma.REsp 1.607.715-AL, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 7/3/2017 (Info 602). É inconstitucional lei estadual que exige nova certidão negativa não prevista na Lei 8.666/93 É inconstitucional lei estadual que exija Certidão negativa de Violação aos Direitos do Consumidor dos interessados em participar de licitações e em celebrar contratos https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 com órgãos e entidades estaduais. Esta lei é inconstitucional porque compete privativamente à União legislar sobre normas gerais de licitação e contratos (art. 22, XXVII, da CF/88). STF. Plenário. ADI 3.735/MS, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 8/9/2016 (Info 838). Preferência por “softwares” livres O Governo do Rio Grande do Sul editou uma lei estadual determinando que a administração pública do Estado, assim como os órgãos autônomos e empresas sob o controle do Estado utilizarão preferencialmente em seus sistemas e equipamentos de informática programas abertos, livres de restrições proprietárias quanto à sua cessão, alteração e distribuição (“softwares” livres). Determinado partido político ajuizou uma ADI contra essa lei afirmando que ela teria inconstitucionalidades materiais e formais. O STF julgou improcedente a ADI e afirmou que a lei é constitucional. A preferência pelo “software” livre, longe de afrontar os princípios constitucionais da impessoalidade, da eficiência e da economicidade, promove e prestigia esses postulados, além de viabilizar a autonomia tecnológica do País. Não houve violação à competência da União para legislar sobre licitações e contratos porque a competência da União para legislar sobre licitações e contratos fica restrita às normas gerais, podendo os Estados complementar as normas gerais federais. A referida lei também não viola o art. 61, II, “b”, da CF/88 porque a competência para legislar sobre “licitação” não é de iniciativa reservada ao chefe do Poder Executivo, podendo ser apresentada por um parlamentar, como foi o caso dessa lei. STF. Plenário. ADI 3059/RS, rel. orig. Min. Ayres Britto, red. p/ o acórdão Min. Luiz Fux, julgado em 9/4/2015 (Info 780). Termo inicial da punição prevista no art. 7º da Lei 10.520/2002 (Lei do Pregão) O pregão é uma modalidade de licitação disciplinada pela Lei 10.520/2002. O art. 7º da Lei prevê que o licitante que for convocado dentro do prazo de validade de sua proposta e não celebrar o contrato, deixar de entregar a documentação, apresentar documentação falsa, retardar a execução do que contratado, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios pelo prazo de até 5 anos. Esse prazo de 5 anos (ou menos) de punição começa a ser contado quando? Inicia-se com a publicação da decisão no Diário Oficial ou somente no dia em que é feito o registro negativo sobre a empresa no SICAF? Isso é importante porque a inserção dessa informação no SICAF pode demorar um tempo para acontecer. Qual é, portanto, o termo inicial da sanção? A data da publicação no Diário Oficial. O termo inicial para efeito de contagem e detração (abatimento) da penalidade prevista no art. 7º da Lei 10.520/2002, aplicada por órgão federal, coincide com a data em que foi publicada a decisão administrativa no Diário Oficial da União — e não com a do registro no SICAF. STJ. 1ª Seção. MS 20784-DF, Rel. Min. Sérgio Kukina, Rel. para acórdão Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 9/4/2014 (Info 561). https://www.instagram.com/concursoprosfortes GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020 SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS
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