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GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI DE LICITACOES - CONCURSOPROSFORTES

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Prévia do material em texto

GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020
 
SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 
 
APRESENTAÇÃO 
 
E aí, gente! Como vocês estão? 
Aqui quem fala, melhor dizendo, quem escreve é a professora Marcela 
Carvalho, criadora do perfil @concursoprosfortes. 
Sou defensora pública do DF, mas pouco tempo atrás estava bem aí, na 
mesma posição que você! Sentada na cadeira, isolada do mundo, 
estudando por horas a fio e com o coraçãozinho que era tipo um misto de 
aflição, ansiedade e esperança <3. 
Gostaria de dizer que tudo na vida passa, ou seja, tudo são fases! E 
essa é só mais uma fase que, se você resistir e não desistir, te levará ao 
cargo dos sonhos! Porque tudo é possível! Portanto, sem pessimismo por 
aqui... Ok? 
Mas isso é conversa pra outra LIVE! “Bora” falar do que importa  
Até que enfim saiu esse material prometido referente à LIVE realizada 
pelos perfis do instagram @concursoprosfortes e @iurisdicas, hein? :P 
Tive um “probleminha tecnológico” , mas deu tudo certo e consegui 
cumprir o prazo de envio do material (08/08/20) para todos os e-mails 
cadastrados no link da bio do meu perfil e para quem tivesse interesse. 
Esse material é gratuito e se tiver alguém revendendo pode brigar 
feio com esse povo! RAM! 
Outra coisinha... Esse guia tá tão bonitinho que serve para qualquer 
concurso e para qualquer banca quando o estudante possui 
dificuldades no aprendizado do tema! 
E, também, é indicado para as pessoas que querem sair desse 
“decoreba” barato e dos macetes chatinhos, pois é certo que qualquer 
fuga do “script” nas questões da banca, com uso de outra terminologia ou 
sinônimos, induz a erro o estudante que não compreendeu a essência do 
instituto!  
Eu tenho certeza absoluta que se vocês lerem esse material com a 
leizinha do lado acompanhando, fazendo anotações e grifinhos - nada 
https://www.instagram.com/concursoprosfortes
https://www.instagram.com/concursoprosfortes/
https://www.instagram.com/concursoprosfortes/
https://www.instagram.com/iurisdicas/
GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020
 
SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 
básicos - Vai tá pra nascer examinador que vai enrolar vocês novamente, 
Bicho!  
Portanto, chega de decorar, vamos entender licitações! Vamos 
raciocinar e aprender a racionar o direito de forma dedutiva. 
 
PARA QUEM TÁ DE OLHO NOS EDITAIS ABERTOS DE AGENTE PCDF E ANALISTA DPDF 
DA BANCA CESPE/CEBRASPE... 
 
No concurso público de AGENTE da PCDF a lei de licitações veio bem 
delimitada, sendo ótimo pra gente, né? Veja: 
Licitações. 5.1 Princípios. 5.2 Contratação direta, dispensa e 
inexigibilidade. 5.3 Modalidades, tipos e procedimentos. 
Já para ANALISTA da DPDF, a Lei nº 8.666/93 só aparece citada nos cargos 
2, 8, 10 e 11.1 
Como não houve um detalhamento, subtende-se que tem que ler a lei por 
inteiro. Oh, céus! Oh, vida! 
Mas calma aí! Não criemos pânico! 
O que a banca CESPE/CEBRASPE costuma cobrar é exatamente o que foi 
descrito no edital de AGENTE da PCDF! Pois são os assuntos mais relevantes que 
qualquer estudante de Direito Administrativo tem que ter na mente quando se 
tratar de licitações. Não criemos pânico! :P 
Já aviso logo que a minha aposta para as duas provas é a contratação 
direta/sem licitação (dispensa e inexigibilidade), pelo fato de que nos últimos 
três anos a banca em comento exigiu o conhecimento desse ponto em quase que 
95% das provas aplicadas! Podem ficar chocados! boquiabertos! Que eu deixo! 
E o melhor de tudo nessa vida concursística: foi exigido pela 
CESPE/CEBRASPE esse mesmo ponto para qualquer cargo, ou seja, pra nossa 
banca querida do coração tanto faz se eram provas de carreiras jurídicas ou de 
outras áreas, se eram provas para cargos com exigência de ensino superior ou de 
ensino médio... O tema esteve marcando presença! 
Por isso, se você não tiver tempo para nada nessa vida e eu te compreendo 
muito bem, leia pelo menos os seguintes artigos: art. 3º, art. 17, incisos I e II, 
art. 24, art. 25 e art. 26. 
 
1
 ATENÇÃO: ANALISTA DA ÁREA JURÍDICA NÃO POSSUI PREVISÃO NO EDITAL DE COBRANÇA DO TEMA. 
https://www.instagram.com/concursoprosfortes
GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020
 
SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 
Pronto, já facilitei pros apressadinhos de plantão!  
 
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ANTES DE DESTRINCHAR A LEI... 
Em primeiro lugar eu quero que vocês tirem todo o preconceito com relação a 
essa matéria e com outras do edital, tirem agora todos os entraves e todo esse 
pessimismo que te bloqueia de aprender! 
Não tem mais espaço para pensamentos do tipo: “essa matéria é chata” ou 
“essa matéria é ruim”, porque toda matéria é importante para nossa aprovação! 
Muitas das vezes aquele ponto que faltava para alcançar a nota de corte, 
aquele mísero ponto que te colocava no rol dos aprovados e na calçada da 
fama , vem exatamente daquela “matéria chata” que você negligenciou e não 
quis estudar com afinco porque ficou fazendo birra e criando bloqueios mentais 
desnecessários! 
Não seja um “aluno criado a leite com pêra, criado com ovomaltine e a 
pão com mortadela”! Célebre colocação do nosso renomado professor de direito 
Gilmar Brother2 proferida em sala de aula (oh, saudades do programa Hermes e 
Renato da MTV! ) 
Acorda galera! Estamos em tempos modernos! Ser concurseiro virou 
profissão! Então, cada ponto importa SIM! Cada matéria importa SIM! Mude 
a cabeça, ok? 
MANDAMENTO DO ESTUDANTE: “NÃO NEGLIGENCIARÁS MATÉRIA ALGUMA” 
Também preciso compartilhar com vocês que, durante minha jornada de 
estudos, descobri que o nosso inimigo é só a gente mesmo... Pois é a nossa cabeça 
que cria mil paranoias e insiste em não querer viver o presente. 
É evidente que o pensamento de um estudante para concursos públicos ou se 
encontra no passado (arrependimento de não ter começado a estudar antes) ou já 
está lá na frente, no futuro, com questionamentos sem respostas que só causam 
ansiedades e bloqueios, quais sejam: 
“Quando isso termina?” 
“Quando vou ocupar um cargo público?” 
A verdade é que não sabemos, não temos bola de cristal e não somos 
adivinhos. Aceite esse fato logo e seja feliz! 
 
2
 https://www.youtube.com/watch?v=fEriFeIODGU 
https://www.instagram.com/concursoprosfortes
https://www.youtube.com/watch?v=fEriFeIODGU
GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020
 
SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 
Portanto, como não podemos controlar o tempo das coisas e nem o modo como 
tudo irá acontecer na nossa vida, devemos nos forçar a aprender a viver um dia de 
cada vez e a pensar só no que temos que fazer no dia de hoje! 
A sua única preocupação é o que está no seu controle. Beleza? 
 
 “CHEGA DESSE CONVERSEIRO TODO PELO AMOR DE DEUS, PROFESSORA! VAMOS PARA LEI 
DE LICITAÇÕES QUE O TEMPO É CURTO!” 
 
Tá bom! Vejo vocês na próxima página. :P 
 
MAS SE PREPAREM EMOCIONALMENTE PORQUE VAI SER ESTILO “SENTA QUE LÁ 
VEM HISTÓRIA...”  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.instagram.com/concursoprosfortes
GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020
 
SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 
COMO ESTUDAR A LEI DE LICITAÇÕES? 
A pergunta de um milhão de reais, não é mesmo? :P 
Digo pra vocês que, antes de pegar a lei de licitações e ficar tentando 
decorar o texto dos artigos igual um bobo da corte, é necessário ter 
conhecimento prévio do assunto, ou seja, compreender a essência do que a 
lei trata, bem como a função do instituto para vocês não se embananarem. 
FICA A DICA: 
QUEM DECORA SEM ENTENDER A ESSÊNCIA DO 
TEMA TEM MAIS PROBABILIDADE DE ERRAR AS 
QUESTÕES! POIS BASTARIA QUE A BANCA 
APERTASSEUM POUQUINHO SÓ, OU SEJA, QUE 
FUGISSE DA LITERALIDADE DO TEXTO LEGAL 
AO EMPREGAR VÁRIOS SINÔNIMOS NOS 
ENUNCIADOS, BEM COMO COBRAR CASOS 
CONCRETOS, PARA QUE O CANDIDATO ENTRE 
EM PÂNICO NA PROVA. 
 
OS PILARES DO CONHECIMENTO 
 
O que é licitação? (natureza jurídica, função, objeto) 
 
Licitação possui a natureza jurídica de procedimento administrativo3 
obrigatório por meio do qual os entes da Administração Pública e aqueles por ela 
controlados selecionam a melhor proposta (mais vantajosa) dos interessados 
(competitividade) para ao final: 
 
 Celebrar um contrato; ou 
 Obter o melhor trabalho técnico, artístico ou científico. 
 
SIMPLIFICANDO: Licitação é o meio utilizado pela Administração Pública para 
contratar obras, serviços, compras e alienações, ou seja, a licitação é a forma como 
a Administração Pública pode comprar e vender pra evitar o mal gasto do dinheiro 
público. 
 
3
 
Há autores que afirmam ser processo administrativo. Não é algo que você deva se preocupar! Tá tudo 
certo! “Processo licitatório” é também adotado pelos sites oficiais da Administração Pública. 
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GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020
 
SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 
Lembre-se que constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão 
ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda 
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou 
haveres das entidades, como, por exemplo, frustrar a licitude de processo 
licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com 
entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente4. 
 
“MAS, POR QUE, PROFESSORA?”  
 
Por causa das pedras que fundam o regime jurídico administrativo: 
 
 A SUPREMACIA DO INTERESSO PÚBLICO SOBRE O 
PRIVADO 
 A INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO 
 
O dinheiro é publico! Vem dos nossos impostos! Não seria viável o 
administrador público gastar esse dinheiro não observando os princípios da 
impessoalidade, da moralidade, da probidade, da legalidade, beneficiando seus 
amigos e familiares, frustrando a competitividade da licitação e descartando, 
consequentemente, a proposta mais vantajosa para Administração Pública só 
porque estava com vontade ou porque “estava afim”. O interesse público é 
indisponível, ou seja, não está à mercê dos agentes públicos. 
A máquina estatal não é a “casa da mãe Joana”.  
Não existe isso do administrador público querer gastar o dinheiro 
público como bem entender e na hora que ele quiser. Combinado? 
 Se você vê na prova alguma situação nesse sentido... 
DESCONFIE, pois essa hipótese é equivocada! 
 
MAS ATENÇÃO COM O CANTO DA SEREIA DOS EXAMINADORES... 
A banca tenta te iludir, criando uma história bonita, falando que os preços 
praticados pelo melhor amigo do servidor público são melhores que os preços dos 
participantes da licitação, que seria mais vantagem contratar o melhor amigo do 
servidor público do que passar pelo estresse de um procedimento licitatório... NÃO 
CAIA NESSA!!! 
 
4
 art. 10, VIII, da Lei de Improbidade Administrativa. 
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GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020
 
SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 
Ressalta-se que, além de ser um ato de improbidade administrativa (esfera 
cível), é crime!!! Dá cana! (esfera penal) E ainda sofre um processo administrativo 
(esfera administrativa)! Independência das instâncias5, bebê!  #linkmental 
#tátudoligado 
NÃO SE ESQUEÇAM TAMBÉM DESSE MEGA PRINCÍPIO QUE VAI REGER A 
SUA VIDA INTEIRA QUANDO ESTIVER TRABALHANDO NO CARGO PÚBLICO 
ALMEJADO, AMÉM? 
 
 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ESTRITA. O agente público só 
pode fazer o que está permitido em lei, certo? Sua atuação é 
vinculada! 
 
 Até mesmo com relação aos ATOS DISCRICIONÁRIOS o 
princípio da legalidade é observado, porque a lei também 
delimita a margem de atuação do agente público. 
“oportunidade e conveniência” não são bagunça, oras 
bolas! 
 
Portanto, não pode o administrador público sair fazendo o que lhe “der na telha”, 
mesmo que seja um ato discricionário, pois o agente público deve atuar dentro da 
moldura delimitada pela lei! Como se fosse um quadro em branco! Só pode pintar 
na tela, não pode pegar a moldura que fica feio. :P 
Já temos #linkmental com outros dois princípios essenciais para a atuação 
escorreita (certinha) dos agentes públicos: razoabilidade e proporcionalidade. 
 
CONCLUSÃO: SE A LEI OBRIGA A REALIZAR O PROCEDIMENTO LICITATÓRIO 
PARA CONTRATAR OBRAS, SERVIÇOS, COMPRAS E REALIZAR ALIENAÇÕES DE 
BENS PÚBLICOS, ESSE PROCEDIMENTO DEVE SER RESPEITADO! E NÃO 
ADIANTA O ADMINISTRADOR PÚBLICO ESPERNIAR! :P 
 
 
EXCEÇÕES: HIPÓTESES DE CONTRATAÇÃO DIRETA (SEM LICITAÇÃO) 
AUTORIZADAS NO TEXTO DA LEI Nº 8.666/93: 
 
 LICITAÇÃO DISPENSADA – art. 17, I e II 
 LICITAÇÃO DISPENSÁVEL – art. 24 
 INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO – art. 25 
 
 
5
 As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. 
 
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GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020
 
SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 
FIQUE LIGADO: Na contratação direta há a necessidade de se instaurar um 
processo administrativo contendo a justificativa do administrador público, ou seja, 
ele deve relatar os motivos de não poder realizar o procedimento licitatório em 
cada caso, comprovando, assim, a situação fática com a devida subsunção6, igual 
direito penal, nas hipóteses previstas na Lei nº 8.666/93.7 
 
Calma que iremos detalhar esse ponto mais pra frente! Agora é só a essência, 
meninos!  
 
OUTRO PONTO FUNDAMENTAL SÃO AS FINALIDADES DO PROCEDIMENTO 
LICITATÓRIO... 
No art. 3º da Lei nº 8.666/93 você consegue visualizar bem essas finalidades. 
Veja: 
A licitação destina-se: 
 a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia 
(pra não frustrar a competitividade e a impessoalidade); 
 a seleção da proposta mais vantajosa para a administração; 
e 
 a promoção do desenvolvimento nacional sustentável 
(a banca relaciona essa finalidade ao tratamento diferenciado 
para microempresas, empresas de pequeno porte, bem como 
com os critérios de desempate na licitação8). 
 
Atualmente, muitos autores e o próprio governo estão relacionando a finalidade 
de desenvolvimento nacional sustentável ao termo “licitação verde” ou 
“licitação sustentável”, sendo a que observa os alicerces do direito ambiental e a 
legislação pertinente ao ramo. 
Nesse sentido, são preferidas empresas participantes da licitação que apliquem 
boas práticas ambientais no desenvolvimento de suas atividades e na fabricação de 
produtos/prestação de serviços. 
A ideia é equilibrar o desenvolvimento nacional com a sustentabilidade, ou seja, 
vamos crescer economicamente? SIM!  Mas degradando o mínimo possível do 
 
6
 Quando o caso concreto se enquadra à norma legal em abstrato. 
7
 Art. 26 da Lei n. 8.666/93. 
8
Art. 3º, §2º - Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, 
sucessivamente, aos bens e serviços: II - produzidos no País; III - produzidos ou prestados por empresas 
brasileiras. IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no 
desenvolvimento de tecnologia no País. V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem 
cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da 
Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.https://www.instagram.com/concursoprosfortes
GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020
 
SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 
meio ambiente, pois o meio ambiente ecologicamente equilibrado é direito 
fundamental de todos, né?9 #linkmental #constitucional 
CURIOSIDADE: O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão criou um sítio 
sobre Contratações Públicas Sustentáveis, com artigos, dicas, cartilhas e demais 
informações para orientar o uso do poder de compra na potencialização do 
desenvolvimento sustentável. Legal isso, não é mesmo? Eu gostei! <3 
 
PRONTO, PAREI!  VOCÊS JÁ PEGARAM A ESSÊNCIA DO TEMA! AGORA DÁ PRA BRINCAR 
UM POUCO MAIS =P 
 
Aprofundando um pouco mais... 
 
Após a compreensão do tema, ou seja, a natureza jurídica, a finalidade e o 
objeto do instituto, maiores detalhes são necessários nesse momento para garantir 
todos os pontos de prova... Estão preparados? Espero que sim! 
 
Qualquer coisa respire um pouco, tome um cafezinho, coma um chocolate pra 
acordar! Se respeite! Respeite seu ritmo, ok?  
 
Quem é competente pra legislar sobre licitações? Quem é obrigado a seguir 
essa lei? Tem previsão na Constituição Federal? 
 
A competência para legislar sobre licitações e contratos administrativos é 
privativa da União, ou seja, compete à união editar as normas gerais, possuindo 
caráter nacional a Lei n. 8.666/93 e obrigando os demais entes federativos. 
 
Os outros entes federativos podem editar leis específicas que respeitem a Lei n 
8.666/93, não podendo, assim, ir contra o disposto em seu texto legal. 
 
As leis específicas visam atender as peculiaridades de cada ente federativo, pois 
pense bem... O território brasileiro é imenso, cada região vive uma realidade 
diferente, logo é necessário adaptar as normas gerais em consonância com as 
especificidades de cada local. 
 
SIMPLIFICANDO: a União padroniza um modelo geral de procedimento licitatório 
que deve ser observado por todos, mas os entes federativos, como, por exemplo, o 
Distrito Federal, estão habilitados para editar leis suplementares visando atender 
suas próprias necessidades. Aí fica bom pra todo mundo, não é mesmo?  
 
9
CF/88 – art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum 
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de 
defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. 
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GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020
 
SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 
 
NOSSA CONSTITUIÇÃO FEDERAL<3 
 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, 
para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para 
as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, 
§1º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998). 
 
OLHA AÍ OBRIGATORIEDADE DO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO, MEU POVO: 
De novo a Constituição Federal entrega de “mão beijada” a resposta 
para gente: 
 
Art. 37, XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, 
serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de 
licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os 
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas 
as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as 
exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do 
cumprimento das obrigações. 
 
A própria Lei n. 8.666/1993 destaca novamente a obrigatoriedade de 
licitação, mas vem com mais detalhes para não ficar dúvida alguma no ar: 
 
Art. 1º - Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos 
administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, 
alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. 
 
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da 
administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações 
públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais 
entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios. 
 
Art. 2º - As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, 
concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas 
com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as 
hipóteses previstas nesta Lei. 
 
RESUMO DA ÓPERA: Devem licitar todas as entidades e órgãos públicos 
pertencentes aos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, ou seja, a ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA de todos os entes 
federativos. 
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GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020
 
SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 
 
TÁ, PROFESSORA, JÁ ENTENDI! MAS TEM EXCEÇÃO? 
Claro que tem! O que seria do direito sem as exceções, meus amores? 
 
As empresas públicas e as sociedades de economia mista quando estão 
competindo no mercado com as empresas privadas não podem se “dar o luxo” de 
licitar tudo que envolve a atividade-fim, porque aí seria impossível entrar na 
competição, ficando no páreo com as empresas particulares, pois estas podem 
contratar obras/serviços, alienar bens livremente, a qualquer hora e quando 
quiserem, sem precisar fazer um procedimento licitatório cheio de “mimimi”, 
formalismo e burocracia. 
 
Só erra agora se quiser! Porque a nossa queridinha e amada 
Constituição Federal também nos entrega essa questão manjada de prova: 
 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos 
imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme 
definidos em lei. 
 
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de 
economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de 
produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo 
sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive 
quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, 
observados os princípios da administração pública; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com 
a participação de acionistas minoritários; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
 
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos 
administradores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
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SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar 
de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. 
 
REGIME JURÍDICO DE DIREITO PRIVADO, MAS RESPEITANDO OS PRINCÍPIOS 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – O NOSSO LIMPE10 DE CADA DIA! 
 
§ 3º A lei regulamentará as relações da empresapública com o Estado e a 
sociedade. 
 
§ 4º - lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos 
mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. 
 
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa 
jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições 
compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e 
financeira e contra a economia popular. 
 
AGORA CUIDADO... A EXCEÇÃO DA EXCEÇÃO: 
Se a empresa pública ou a sociedade de economia mista presta serviço 
público, seu regime jurídico está mais para o Estado (público) do que para os 
particulares (privado)... 
 
Veja que nessa situação não se está querendo competir ou ficar no páreo com as 
empresas privadas! Destaca-se, também, que não se quer intervir no domínio 
econômico e muito menos existe pretensão de regular o mercado... 
 
LOGO, VAI TER QUE LICITAR SIM! E não adianta reclamar, ok? :P 
 
]E a Constituição Federal também já manda o recado nos casos em que o Estado 
não tá afim de prestar o serviço público diretamente, ou seja, não quer usar 
ninguém da máquina estatal para fazer isso. Nesses casos também é obrigatório 
licitar: 
 
 
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime 
de concessão ou permissão (indiretamente), sempre através de licitação, a 
prestação de serviços públicos. 
 
Parágrafo único. A lei disporá sobre: 
 
 
10
 LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE E EFICIÊNCIA. 
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I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços 
públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as 
condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; 
 
 
Vocês se lembram da lei 8987/9511? E do Código de Defesa do Consumidor 
aplicado nas relações entre a concessionária/permissionária e o usuário desse 
serviço aqui? Tá tudo interligado minha gente! #linkmental 
 
 
II - os direitos dos usuários; 
 
III - política tarifária; 
 
IV - a obrigação de manter serviço adequado. 
 
TÁ BOM! MAS E AS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS E AS ORGANIZAÇÕES DA 
SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO, PROFESSORA? 
Gente, uma organização social pertence a um particular, pessoal jurídica de 
direito privado, ou seja, a organização social não é do Estado, nem da 
administração direta e nem da indireta. 
É um ente PARAESTATAL, ou seja, trabalha ao lado do Estado. As organizações 
da sociedade civil de interesse público seguem a mesma linha de raciocínio, 
certinho? 
 
O.S E OSCIP - TERCEIRO SETOR – ENTIDADES PARAESTATAIS #linkmental 
 
Então, em regra, NÃO PRECISAM LICITAR QUANDO SÃO ELAS QUE ESTÃO 
CONTRATANDO OS SERVIÇOS/OBRAS E AFINS! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agora se for a própria O.S que está contratando, ela não tem que licitar não! 
 
MAS TEM EXCEÇÃO QUE É CARINHA DE PROVA... 
 
11
 Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos. 
A dispensa de licitação que aparece no art. 24, XXIV, da 
Lei n. 8.666/93 é para a administração pública, sobre a 
realização de procedimento licitatório para a 
celebração de contratos de prestação de serviços com 
as organizações sociais. 
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Quando essas entidades paraestatais contratam com o dinheiro público! O nosso 
rico dinheirinho dos impostos repassados pela União... 
 
Vish... Aí vocês já sabem! TOCOU NO DINHEIRO PÚBLICO JÁ ERA, rola até 
improbidade administrativa se não usar direito, né? #tudoligado 
 
GUARDEM NO CORAÇÃO <3 
 
Mesmo não que não esteja previsto expressamente no edital esse tema, o 
CESPE/CEBRASPE ama as entidades do terceiro setor/paraestatais/OS/OSCIP e 
também ama cruzar com outros assuntos, como, por exemplo, licitações e 
improbidade administrativa. 
 
E não adianta recorrer, porque o tema está dentro de organização administrativa 
de modo geral e também aparece na Lei n. 8.666/93 na hipótese de dispensa de 
licitação com O.S e, ainda, tem relação com a Lei de Improbidade Administrativa. 
 
PARA NÃO TER DÚVIDAS: 
 
O art. 1º do Decreto n. 5.504/2005 afirma ser obrigatória a realização de 
licitação para obras, compras, serviços e alienações contratados por entidades 
com os recursos ou bens repassados voluntariamente pela União. 
 
 Veja que não importa a natureza jurídica da entidade, se tocou 
dinheiro público, se vai gastar o dinheiro público, vai ter que licitar 
SIM! Salvo, nas hipóteses de contratação direta, dispensa e inexigibilidade 
de licitação. 
RESUMO DA ÓPERA: 
NÃO PRECISA LICITAR QUANDO SÃO ESSES SUJEITOS QUE CONTRATAM: 
Empresas privadas 
Concessionários de serviços públicos (a adm. pub licita para contratar eles) 
Permissionários de serviços públicos (a adm. pub licita para contratar eles) 
Organizações sociais, SALVO contratações com verbas públicas oriundas de 
repasses voluntários da União. 
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, SALVO contratações com 
verbas públicas oriundas de repasses voluntários da União. 
OAB – ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – ENTE SUI GENERIS – NÃO LICITA 
#tabeladobem #colanaretina #gravenocoracao 
 
Agora chega desse assunto porque já deu, né?  Até eu cansei! 
 
Ocorre que as bancas no geral possuem fixação em cobrar esse ponto de quem 
deve licitar ou não! E eu não poderia nunca negligenciar o tema com vocês. 
 
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SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 
QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS12 GERAIS E ESPECÍFICOS QUE REGEM AS LICITAÇÕES? 
Esses princípios salvam nossa vida na prova! 
Meus queridos, a maioria dos princípios fica concentrada no art. 37, caput, da 
CF/88 (famoso LIMPE dos estudantes) e no art. 3º, caput, da Lei nº 8.666/93. Ok? 
Sem muitos mistérios. 
 
Ademais, a doutrina inventa uns princípios específicos relativos ao procedimento 
licitatório, mas eu já coloquei eles aqui pra facilitar! 
 
Não precisa mais procurar em lugar algum, tá tudo resumidinho aqui!  
 
 
 Em caso de não saber a resposta tente encaixar a questão com os 
princípios abaixo. #FICAADICA 
 
 
PRINCÍPOS GERAIS 
 
 
 Princípios da Legalidade: A licitação objetiva garantir a observância do 
princípio constitucional da Isonomia e a selecionar a proposta mais 
vantajosa para a Administração, de maneira a assegurar oportunidade igual 
a todos interessados e possibilitar o comparecimento ao certame do maior 
número possível de concorrentes. 
 
 Princípios da Isonomia (Igualdade): Significa dar tratamento igual a 
todos os interessados na licitação. É condição essencial para garantir 
competição em todos os procedimentos licitatórios. 
 
 Princípios da Impessoalidade: Esse princípio obriga a Administração a 
observar nas suas decisões critérios objetivos previamente estabelecidos, 
afastando a discricionariedade e o subjetivismo na condução dos 
procedimentos das licitações. 
 
 Princípio da Moralidade e da Probidade Administrativa: A conduta dos 
licitantes e dos agentes públicos tem de ser, além de lícita, compatível com 
a moral, a ética, os bons constumes e as regras da boa administração. 
 
 Princípios da Publicidade13: Qualquer interessado deve ter acesso às 
licitações públicas e seu controle, mediante divulgação dos atos praticados 
pelos administradores em todas as fases da licitação. Tal princípio assegura 
a todos os interessados a possibilidadede fiscalizar a legalidade dos atos. 
 
 
12
 https://www.licitacao.net/principios_da_licitacao.asp acesso em 06/08/2020. 
13
 MP nº 896, de 6/9/2019 – tentou acabar com a exigência de publicação dos atos da administração 
pública nos jornais de grande circulação e etc, para que ficasse a publicação só nos sites de internet, 
aqueles oficiais, só que o Congresso não analisou essa MP. Logo, perdeu a eficácia. 
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PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DAS LICITAÇÕES 
 
 
 Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório: No ato 
convocatório constam todas as normas e critérios aplicáveis à licitação. É 
por meio dele que o Poder Público chama os potenciais interessados em 
contratar com ele e apresenta o objeto a ser licitado, o procedimento 
adotado, as condições de realização da licitação, bem como a forma de 
participação dos licitantes. Nele devem constar necessariamente os critérios 
de aceitabilidade e julgamento das propostas, bem como as formas de 
execução do futuro contrato. O instrumento convocatório apresenta-se de 
duas formas: edital e convite. O primeiro é utilizado nas modalidades 
concorrência, pregão, concurso, tomada de preços e leilão. Já a segunda é a 
apenas utilizado na modalidade convite. 
 
 Princípio do Julgamento Objetivo: Esse princípio significa que o 
administrador deve observar critérios objetivos definidos no ato 
convocatório para o julgamento das propostas. Afasta a possibilidade de o 
julgador utilizar-se de fatores subjetivos ou de critérios não previstos no ato 
convocatório, mesmo que em benefício da própria Administração. Princípio 
relacionado aos tipos de licitação: menor preço, melhor técnica, técnica 
e preço e maior lance (leilão). 
 
 Princípio da Celeridade: Este princípio, consagrado pela Lei nº 10.520 
de 2002, como um dos norteadores de licitações na modalidade pregão, 
busca simplificar procedimentos, de rigorismos excessivos e de formalidades 
desnecessárias. As decisões, sempre que possível, devem ser tomadas no 
momento da sessão. 
 
 Princípio da Competitividade: O administrador público não pode adotar 
medidas que frustram o caráter competitivo do certame. Nesse sentido, o 
art. 37, XXI, da CF determina que as exigências de qualificação técnica e 
econômica devem limitam-se ao estritamente indispensável para garantia do 
cumprimento das obrigações. 
 
 Princípio da indistinção: Previsto no art. 3º, § 1º, I, da Lei n. 8.666/93, 
que afirma que o administrador público não pode estipular preferências 
quanto à naturalidade, à sede e ao domicílio dos licitantes, como, por 
exemplo, o Governo do Distrito Federal não pode publicar edital de licitação 
afirmando que os licitantes devem morar na cidade satélite de Ceilândia-DF 
e que não irá aceitar mais morador de local algum. Aí já fazemos o link com 
o princípio da isonomia, tá vendo? Tudo ligado! 
 
 Princípio da inalterabilidade do edital: Depois de publicado o edital a 
Administração Pública não pode chegar do nada e mudar as regras do jogo! 
Vamos evitar o efeito surpresa! As pessoas se preparam e gastam dinheiro e 
mão de obra pra atender o que tá no edital... Não é justo chegar do nada e 
alterar o edital! É falta até de boa-fé essa conduta! Portanto, se precisar 
alterar o edital deve ter AMPLA PUBLICIDADE e DEVOLUÇÃO DO PRAZO PRA 
APRESENTAR AS PROPOSTAS, porque aqui ninguém é palco pra palhaço, 
né? Hahahaha 
 
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 Princípio do sigilo das propostas: A licitação é pública! Mas as propostas 
dos interessados é sigilosa até a abertura dos envelopes pra evitar aquela 
competição sangrenta/desleal e possíveis ajustes entre as partes por baixo 
dos panos, ou seja, a combinação de preços e etc. Veja o momento 
adequado da abertura das propostas previsto na nossa lei de licitações: 
 
Art. 44, §1º A abertura dos envelopes contendo a documentação para 
habilitação e as propostas será realizada sempre em ato público 
previamente designado, do qual se lavrará ata circunstanciada, assinada 
pelos licitantes presentes e pela Comissão. 
 
 Princípio da Adjudicação Compulsória: Adjudicação é o ato pelo qual a 
Administração atribuiu ao licitante vencedor o objeto da licitação. Também 
pode ser usado para descrever a última fase do processo de licitação que 
nada mais é do que o ato que dá a expectativa de direito ao vencedor da 
licitação, ficando a Administração obrigada a contratar exclusivamente com 
aquele adjudicado. Entretanto, mesmo a empresa sendo adjudicada 
vencedora, não existe obrigatoriedade de contratação ou compra por parte 
da administração. 
 
 Princípio do Formalismo (temperado pela jurisprudência)14: A 
licitação é um procedimento formal que deve ser observado pelo agente 
público, mas no caso de descumprimento de qualquer formalidade no 
decorrer da licitação só será declarada nula se houver comprovação do 
prejuízo. 
 
Um procedimento licitatório envolve gastos, tempo, mão de obra! 
Não se pode jogar tudo fora por causa de uma bobagem que não prejudicou 
o procedimento, não prejudicou os participantes e nem prejudicou terceiros. 
 
MEU FECHAMENTO É VOCÊS <3 
 
Com esses princípios vocês conseguirão responder tanta pergunta desse 
tema... Olha, que não está no gibi! E até pra chutar as questões que tiverem 
dúvidas vai ser bem melhor. O chute vai ser certeiro em qualquer banca de 
qualquer prova de concurso público. Acredite na força dos princípios! 
 
Já estou oficialmente abrindo a seguinte campanha: 
 
NÃO NEGLIGENCIEM OS PRINCÍPIOS! 
 
 
Partiu??? :P 
 
 
OK, PROFESSORA! MAS E AS MODALIDADES E TIPOS DE LICITAÇÃO? 
 
14
 Pas de nullité sans grief (não há nulidade sem prejuízo). 
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GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020
 
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Os tipos de licitação estão relacionados com o princípio do julgamento 
objetivo, logo são critérios de julgamento para escolher a melhor proposta, melhor 
dizendo, a proposta mais vantajosa para a administração pública. 
 
Essa escolha tem que ser impessoal e, portanto, nada melhor que já ter um 
critério estabelecido em lei. Dessa forma o agente público não irá se utilizar de 
argumento subjetivo ou de opiniões pessoais para a escolha do vencedor da 
licitação. 
 
Veja os critérios de julgamento (tipos de licitação): 
 
Art. 45. (...) 
§ 1o Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na 
modalidade concurso15: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 
I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa 
para a Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a 
proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor 
preço; 
II - a de melhor técnica; 
III - a de técnica e preço. 
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão 
de direito real de uso (modalidade leilão). 
 
 Para contratação de bens e serviços de informática o art. 45, § 4º determina 
a utilização obrigatória do tipo de licitação técnica e preço, permitindo o 
emprego de outro tipo de licitação nos casos indicados em decreto do Poder 
Executivo 
 
 No caso do PREGÃO a definição da proposta vencedora é baseada no 
critério do menor lance ou oferta (art. 4º, X, da Lei n. 10.520/2002). 
 
E SE DER EMPATE NA LICITAÇÃO? 
 
Aí o administrador público usa os critérios sucessivos previstos no art.3º, § 2º, 
da Lei n. 8.666/93: 
Art. 3º, § 2º - Em igualdade de condições, como critério de desempate, será 
assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços: 
I - produzidos no País; 
II - produzidos no País; 
 
15
 Concurso é modalidade de licitação que escolhe o melhor trabalho técnico, científico ou artístico, 
como, por exemplo, o concurso realizado para escolher o melhor projeto de engenharia e arquitetura 
para construção de Brasília/DF, a nova capital do Brasil. 
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III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras. 
IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no 
desenvolvimento de tecnologia no País. 
V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de 
reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado 
da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na 
legislação. 
O art. 45, § 2° salienta que se esses critérios sucessivos de desempate não 
resolver nada, o agente público deve partir para o desempate por sorteio. Ok? 
Essa parte de tipos de licitação e, também, as modalidades de licitação é tudo 
leitura de lei! Não invente moda, não complique sua vida. Combinado? 
COMPREENDENDO AS MODALIDADES DE LICITAÇÃO... 
As modalidades de licitação consistem no rito, ou seja, no procedimento 
escolhido para realizar a licitação, devendo ser observado e respeitado pelo agente 
público responsável. 
Gente! É igual processo penal que possui o rito dos juizados especiais criminais, 
além dos ritos previstos no CPP, tem também i rito da Lei de drogas e por aí vai... 
A depender do caso agente público escolhe o rito mais adequado. 
Portanto, as modalidades de licitação é o que comanda e organiza as etapas, ou 
seja, a forma que irá ser conduzida a licitação para realizar ao final a contratação 
do licitante vencedor. 
E como a gente escolhe o licitante vencedor? Já aprendemos, hein? Ai ai ai! 
O licitante vencedor é escolhido pelo tipo de licitação, aqueles critérios de 
julgamento de propostas de forma impessoal. 
SIMPLIFICANDO PARA VOCÊS NUNCA MAIS ESQUECEREM 
Conclui-se, então, que, enquanto os tipos são os critérios de julgamento das 
propostas, as modalidades são as espécies de procedimentos (os ritos) que regem 
todo o andamento da licitação do início ao fim! 
Vejam que os tipos de licitação só aparecem na hora de julgar a proposta mais 
vantajosa para administração, levando em considerando o tipo/critério determindo 
no edital! 
Se for escolhido o tipo “melhor técnica”, a proposta mais vantajosa para 
administração pública será a melhor técnica apresentada, independentemente do 
preço. 
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GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020
 
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Mas se o tipo escolhido for o ”menor preço”, a proposta mais vantajosa é aquela 
que cumpre o exigido no edital e que tem o preço mais em conta ao comparar com 
as empresas concorrentes. 
Pronto, chega de tipos de licitação! :P 
 
FOCO TOTAL AGORA NAS MODALIDADES DE LICITAÇÃO16 
Olha aí um “resuminho supimpa” de todas as modalidades de licitação que o 
ordenamento jurídico prevê para realizar o procedimento: 
 
 CONCORRÊNCIA - Lei n. 8.666/93 
 
Concorrência é a modalidade de licitação mais complexa e rigorosa da Lei 
nº 8.666/93, sendo utilizada para contratações que envolvem grandes 
quantias. Envolve quaisquer interessados e exige uma publicidade maior. 
Nesta espécie, os interessados deverão, já na fase inicial da habilitação 
preliminar, comprovar que possuem os requisitos mínimos de qualificação 
exigidos no edital para execução de seu objeto. 
 
 TOMADA DE PREÇOS - Lei n. 8.666/93 
 
Tomada de preços é uma modalidade de licitação menos rigorosa que a 
concorrência e mais complexa que a carta-convite. 
Nesta espécie, a competição ocorre entre interessados devidamente 
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para 
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das 
propostas, observada a necessária qualificação. 
 
 CONVITE - Lei n. 8.666/93 
 
Convite é a modalidade de licitação destinada para contratações de 
menor valor. Nesta espécie, é a administração que envia cartas-convite 
para, pelo menos, 3 empresas do ramo, a fim de que apresentem suas 
propostas. 
 
 CONCURSO - Lei n. 8.666/93 
 
Concurso é a modalidade de licitação para escolher trabalho técnico, 
científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração 
aos vencedores. A comissão técnica não precisa ser formada só por 
 
16
Fonte https://www.buscadordizerodireito.com.br/dodpedia acesso em 06/08/2020. 
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GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020
 
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agentes públicos, podendo participar técnicos e especialistas para julgar 
os concorrentes. 
 
 LEILÃO - Lei n. 8.666/93 
 
Leilão é a modalidade de licitação utilizada quando a Administração 
Pública quer vender: 
a) bens móveis inservíveis para a administração (até R$ 650 mil); 
b) produtos legalmente apreendidos ou penhorados; 
c) bens imóveis, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais 
ou de dação em pagamento. 
 
 CONSULTA - Lei n. 9.472/97 
 
É rito exclusivo da ANATEL, assim, o estudante só precisa saber que 
existe a CONSULTA! Mas se vocês pretenderem estudar pra concurso 
público da ANATEL com certeza você vai ter que ler a Lei n. 9.472/97. 
 
 
 PREGÃO - Lei n. 10.520/2002 
 
O pregão é uma modalidade de licitação, disciplinada pela Lei n. 
10.520/2002, sendo utilizada para a aquisição de bens e serviços 
comuns, independentemente do valor contratado. Bens e serviços 
comuns são aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam 
ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais 
no mercado. Ex: caneta esferográfica de tinta azul. 
 
Agora que vocês já compreenderam o que são os tipos de licitações e o que são 
as modalidades de licitação é importantíssima a leitura dos artigos 20 a 23 e dos 
artigos 45 a 48 da Lei n. 8.666/93. Não menospreze a lei seca... 
Também, não há espaço no guia para copiar e colar a lei na íntegra! 
Por isso bem no comecinho eu frisei a importância de se estudar com a lei do 
lado, ok? 
NOVIDADES QUE AS BANCAS AMAM 
Com a finalidade de atualizar os valores das modalidades de licitação, fora 
publicado o Decreto nº 9.412, de 18 de junho de 2018 alterando o art. 23 da Lei 
nº 8.666, de 21 de junho de 1993. 
OLHA O DECRETO NA ÍNTEGRA AÍ, MEU POVO! 
Zero tempo a perder com busca no google, né?  #SEMTEMPOIRMAO 
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GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020
 
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Art. 1º. Os valores estabelecidos nos incisos I e II do caput do art. 23 da Lei nº 
8.666, de 21 de junho de 1993, ficam atualizados nos seguintes termos: 
I - para obras e serviços de engenharia: 
a) na modalidade convite - até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais); 
b) na modalidade tomada de preços - até R$ 3.300.000,00 (três milhões e 
trezentos mil reais); e 
c) na modalidade concorrência - acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e 
trezentos mil reais); e 
II - para compras e serviços não incluídos no inciso I: 
a) na modalidade convite - até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais); 
b) na modalidade tomada de preços - até R$ 1.430.000,00 (um milhão, 
quatrocentose trinta mil reais); e 
c) na modalidade concorrência - acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão, 
quatrocentos e trinta mil reais). 
 Art. 2º. Este Decreto entra em vigor trinta dias após a data de sua publicação. 
 
AVISO AOS NAVEGANTES 
 
A banca CESPE/CEBRASPE não possui o perfil de ficar cobrando a literalidade 
desses valores em prova para averiguar se o candidato decorou ou não, sendo uma 
postura mais da FCC e das bancas “menorzinhas”, tipo a QUADRIX. 
Mas você tem que ter uma noção desses valores, pois se o examinador der a 
louca e obrar já temos um norte, não é mesmo? 
 
MODALIDADE DE CONCORRÊNCIA OBRIGATÓRIA – VALOR NÃO IMPORTA 
#temarecorrente #semprecai #examinadorAMA 
 
A concorrência é obrigatória e não estamos nem aí para o valor nessas 
hipóteses: 
 
 compras e alienações de imóveis**; 
 concessões de direito real de uso; 
 licitações internacionais; 
 contratos de empreitada integral; 
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 concessões de serviço público. 
 
**EXCEÇÃO PARA INCREMENTAR O ESTUDO: 
 
Imóveis oriundos de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento pode 
ser leilão ou concorrência. 
TÁ TUDO NA LEI! BASTA LER  
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de 
procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados 
por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras: 
 
I - avaliação dos bens alienáveis; 
II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação; 
III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou 
leilão. 
 
 
AVISO AOS NAVEGANTES - II 
 
REGISTRO DE PREÇOS NÃO É MODALIDADE DE LICITAÇÃO. 
E muita gente boa na hora da prova se confunde e erra  
O registro de preços é um sistema utilizado para compras, obras ou serviços 
rotineiros, como, por exemplo, resmas de papel e tinta para impressora das 
repartições públicas! São coisas que estão sempre precisando comprar e aí não é 
jogo para administração pública ficar realizando licitação toda vez que acaba o 
papel, né? Cadê a eficiência nisso? 
 
Bora, então, resumir esse babado forte: 
 
O agente público realiza licitação na modalidade de concorrência, sendo que a 
proposta vencedora fica registrada e disponível quando houver 
necessidade de contratação. 
 
Também a administração pública não é obrigada a contratar com a empresa 
registrada, mas essa empresa goza de preferência na contratação em igualdade 
de condições. #questaodeprova 
 
REGRINHAS BÁSICAS DO SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS 
 A administração pública deve possuir um sistema de controle/atualização 
dos preços. 
 O registro de preços só vale por no máximo um ano (1 ano). 
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SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 
 O registro de preços deve ser publicado trimestralmente na imprensa 
oficial. 
 O agente público deve utilizar a modalidade de concorrência no 
procedimento licitatório para registrar o preço, salvo se couber o pregão. 
 
ÚLTIMOS APONTAMENTOS SOBRE REGISTRO DE PREÇOS... 
 
LICITAÇÃO CARONA: Consiste na contratação oriunda do sistema de registro de 
preços que ainda está vigente no momento, só que envolve entidade estatal que 
não participou da licitação desse registro e preço, ou seja, essa entidade “pega 
carona” na ata de registro de preços alheio. 
 
QUESTÃO DE PROVA: É vedada aos órgãos públicos federais a adesão à ata de 
registro de preços quando a licitação tiver sido realizada pela Administração Pública 
estadual, municipal ou do Distrito Federal, bem como por entidades paraestatais. 
 
E aí, entendeu? 
 
MUDANDO DE ASSUNTO... O QUE SÃO AS FASES DA LICITAÇÃO, PROFESSORA? 
E vamos de procedimento bem basiquinho :P 
É a forma que encontramos de explicar o procedimento da licitação, dividindo-o 
em 2 fases distintas, quais sejam: 
 
A fase interna relacionada aos atos preparatórios da administração pública 
antes de soltar o edital na praça, como, por exemplo, a justificativa e a 
comprovação da necessidade da contratação, a previsão orçamentária compatível 
com PPA, a elaboração de um projeto básico se for caso de obras/serviços de 
engenharia, a necessidade de se designar uma comissão licitante, ou seja, essas 
coisas bem interna corporis. 
 
QUESTÃO DE PROVA: não precisa ter dinheiro em conta para licitar, mas precisa 
ter previsão orçamentária. Segura isso no coração! 
 
Já a fase externa é tudo que vem após a publicação do edital: 
 
- instrumento convocatório – “o edital é a lei da licitação” 
 
- habilitação - os interessados devem comprovar a satisfação das exigências de 
qualificação formuladas no instrumento convocatório. 
 
- classificação – realiza a abertura das propostas e o julgamento das propostas 
dos habilitados, depois classifica para ver quem se saiu melhor nessa  
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- homologação – verifica-se a regularidade da licitação, se esta seguiu tudo 
certinho conforme determina a lei. Se tiver tudo ok a autoridade superior 
homologa! 
 
- adjudicação – aqui é divulgado o resultado final, não consistindo em direito 
líquido e certo de ser contratado pela administração pública, pois o vencedor possui 
mera expectativa de direito. Mas o bom é que se a administração pública resolver 
fechar contrato não vai poder preterir a ordem de classificação. Esse licitante 
vencedor fica vinculado à sua proposta por 60 dias, não podendo depois de ter 
ganhado a licitação querer alterar os preços (leia o art. 64, §3º e art. 89). 
 
A leitura do art. 38 a 52 da Lei n. 8.666/93 é essencial para você internalizar e 
fixar o procedimento da licitação. Certinho? 
 
Não quero vocês com medo ou com ranço da lei nessa parte! Com a nossa 
explicação e com tudo que já falamos até agora, vocês são totalmente capazes de 
compreender tudo! Confiem no taco de vocês! Vocês são fortes ou são um saco de 
batatas? Hein? :P 
 
Já estamos no final! Graças a Deus! Ufa! Olha, tentar resumir isso tudo e 
colocando em uma linguagem acessível não foi uma tarefa nada fácil. Precisei de 
umas três noites em claro na minha conta, né? :P Mas valeu muito! 
 
Agora vamos para o tema campeão de cobrança em provas, o tema que é rei 
dos temas, o tema que é a obsessão da banca CESPE/CEBRASPE... 
 
CONTRATAÇÃO DIRETA. COMO DIFERENCIAR PARA NÃO ERRAR? 
A contratação direta nada mais é que: 
 
 A possibilidade da administração pública contratar sem ter a 
obrigatoriedade de licitar! 
 
Portanto, todas as hipóteses previstas na Lei n. 8.666/93 que permitem a 
contratação de obras, serviços, compra de bens e alienações sem ter que realizar o 
procedimento formal de licitação são espécies do gênero: contratação direta! 
Simples assim! Não complique o que não é pra ser complicado! Não invente 
moda! 
 
QUESTÃO DE PROVA: O STJ entende que a dispensa fraudulenta de licitação gera 
dano in re ipsa, presumindo-se, neste caso, o prejuízo ao erário e o consequente 
ato de improbidade administrativa, vejamos: “3. A indevida dispensa de licitação, 
por impedir que a administração pública contrate a melhor proposta, causa dano in 
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re ipsa, descabendo exigir do autor da ação civil pública prova a respeito do tema. 
Precedentes da Segunda Turma. (STJ. REsp 817.921/SP) 
 
Agora vamos entender a essência das espécies de contratação direta para 
quando vocês pegarem a lei Tudo ficar blue, bem azul da cordo mar, sem a 
necessidade de surtos psicóticos na reta final pra prova. Beleza?  
A Lei de Licitações (Lei nº 8.666/93) prevê três grupos de situações em que a 
contratação ocorrerá sem licitação prévia. Trata-se das chamadas licitações 
dispensadas, dispensáveis e inexigíveis.17 
 
Dispensada Dispensável Inexigível 
Art. 17 Art. 24 Art. 25 
Rol taxativo Rol taxativo Rol exemplificativo 
A lei determina a não 
realização da licitação, 
obrigando a contratação 
direta. 
A lei autoriza a não 
realização da licitação. 
Mesmo sendo dispensável, 
a Administração pode 
decidir realizar a licitação 
(discricionariedade). 
Como a licitação é uma 
disputa, é indispensável 
que haja pluralidade de 
objetos e pluralidade de 
ofertantes para que ela 
possa ocorrer. Assim, a 
lei prevê alguns casos em 
que a inexigibilidade se 
verifica porque há 
impossibilidade jurídica 
de competição. 
Ex.: quando a 
Administração Pública 
possui uma dívida com o 
particular e, em vez de 
pagá-la em espécie, 
transfere a ele um bem 
público desafetado, como 
forma de quitação do 
débito. A isso chamamos 
de dação em pagamento 
(art. 17, I, "a"). 
Ex.: compras de pequeno 
valor (inciso II). 
O §2º estabelece exceções 
(situações de dispensa em 
razão do valor contada em 
dobro). Com efeito, alguns 
entes da Administração 
Pública têm dispensa de 
licitação para contratações 
no percentual de até 20% 
do valor do convite. São 
eles: 
- Empresas públicas; 
- Sociedades de economia 
mista; 
- Agências executivas; 
- Consórcios públicos. 
Ex.: contratação de 
artista consagrado pela 
crítica especializada ou 
pela opinião pública para 
fazer o show do 
aniversário da cidade. 
 
 
17
 https://www.buscadordizerodireito.com.br/ acesso em 07/08/2020 
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LICITAÇÃO DISPENSADA18 
As hipóteses de ocorrência de licitação dispensada estão dispostas no art. 17, 
incs. I e II da Lei nº. 8.666/93, que se apresentam por meio de uma lista que 
possui caráter exaustivo, não havendo como o administrador público criar outras 
figuras. Ademais, destaca-se que nem se o administrador público quisesse realizar 
o procedimento licitatório não poderia, pois a lei obriga a contratação direta e 
vincula a atuação da administração pública nesse sentido. 
 
As principais hipóteses de licitação dispensada estão voltadas para os institutos 
da dação em pagamento, da doação, da permuta, da investidura, da alienação de 
alguns itens, da concessão do direito real de uso, da locação e da permissão de 
uso. Além desses incisos, o art. 17 apresenta, ainda, o § 2º, que dispõe sobre a 
possibilidade de licitação dispensada quando a Administração conceder direito real 
de uso de bens imóveis, e esse uso se destinarem a outro órgão ou entidade da 
Administração Pública. 
 
ATENÇÃO: qualquer alienação, tanto de bens móveis, quanto de bens imóveis, 
deve ser precedida de uma avaliação prévia da Administração, com a definição de 
um valor mínimo, para fim de orientar os procedimentos, sem ferir o interesse 
público, nem tampouco a legalidade. 
 
DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO 
 
A dispensa, juntamente com inexigibilidade, são formas anômalas de 
contratação por parte da Administração Pública e devem ser tidas como exceções a 
serem utilizadas somente nos casos imprescindíveis. 
 
Destaca-se que a dispensa é instituto que isenta a Administração do regular 
procedimento licitatório, mesmo que seja viável a competição. 
 
Nesse sentido, o agente público realiza o procedimento formal se quiser, se for 
conveniente e oportuno, pois o rol do art. 24 possibilita a dispensa, cabendo a 
Administração Pública analisar a opção pela dispensa ou pela promoção da licitação. 
Tudo vai depender da conveniência de caso, ou seja, se vale o custo x benefício ou 
não. 
Por fim, frisa-se a taxatividade do rol do art. 24, não podendo, assim, o 
administrador público inovar ou criar novas hipóteses de dispensa não previstas na 
lei. 
 
Já a inexigibilidade de licitação envolve a ideia de inviabilidade de 
competição, podendo ser caracterizada tanto em casos de exclusividade do 
produto ou para serviço técnico em que haja inviabilidade de seleção de proposta 
mais vantajosa através de critérios objetivos, consistentes no esforço humano, de 
 
18
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SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 
difícil comparação, sendo alguns citados, em rol exemplificativo, no art. 25 da Lei 
n.º 8.666/93. 
 
HORA DE FIXAR A INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO: 
 
- Ausência de pluralidade de alternativas; 
- Impossibilidade de fixar-se critério objetivo de disputa de preços; 
- Características peculiares do objeto determinam a escolha do contratado 
 
FICA LIGADO: os casos de inexigibilidade são os mais cobrados pela banca 
CESPE/CEBRASPE. Logo, se você compreender quando é cabível a inexigibilidade de 
licitação (art. 25) e quando é caso de licitação dispensada (art. 17, I e II), tudo que 
for diferente há grande probabilidade de ser licitação dispensável (art. 24 ). 
 
Digo para vocês que eu nunca precisei decorar todos os incisos previstos no art. 
24! Tudo é questão de estratégia! Basta vocês fixarem bem os artigos menores 
(art. 17, I e II, e art. 25), pois são específicos e fáceis de lembrar. 
 
E aí, depois, façam uma boa leitura do art. 24, sem cobranças, grifando as 
palavras chaves de cada inciso. Desse jeitinho: 
 
 guerra ou grave perturbação da ordem 
 comprometimento da segurança nacional 
 propostas preços manifestamente superiores 
 impressão diários oficiais e formulários padronizados 
 restauração de obras de arte e objetos históricos 
RESUMO DA ÓPERA: 
Licitação dispensada - Modalidade de contratação por meio da qual a Lei de 
Licitações desobriga a administração do dever de licitar. Abarca as alienações de 
bens móveis e imóveis previstas no artigo 17 da lei 8.666/1993. 
Licitação dispensável - Modalidade de contratação por meio da qual a Lei de 
Licitações desobriga a administração do dever de licitar. Compreende 
exclusivamente as situações previstas no artigo 24 da lei 8.666/1993. 
Inexigibilidade de licitação - Modalidade de contratação direta por meio da qual 
a administração está desobrigada de realizar o procedimento licitatório, por 
inviabilidade de competição. 
 
Acho que agora já deu, né? Ufa! Cansei... 
Vamos para as últimas picuinhas de prova! Prometo ser breve ou não, 
né? Quem sabe? :P 
 
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QUAL A DIFERENÇA ENTRE A LICITAÇÃO FRACASSADA E A LICITAÇÃO DESERTA? 
Licitação fracassada19 é aquela em que comparecem interessados, mas 
nenhum atende às necessidades da Administração, caso em que deve ser reaberto 
um prazo de oito dias úteis para apresentação de nova documentação ou 
melhoria das propostas (art. 48, § 3º, da Lei n. 8.666/93). 
 
Já na licitação deserta, publica-se o edital, mas não aparece nenhum 
interessado, sendo autorizada a contratação direta por dispensa de licitação, 
justificadamente, se não puder ser repetido o certame sem prejuízo para a 
Administração, mantidas, nesse caso, todas as condições preestabelecidas (art. 24, 
V, da Lei n. 8.666/93). 
 
RAPIDINHAS: LICITAÇÕES SIMULTÂNEAS X LICITAÇÕES SUCESSIVAS X LICITAÇÕES DE 
ALTA COMPLEXIDADE 
Licitações simultâneas -Aquelas com objetos similares e que ocorram 
em intervalos inferiores ou iguais a 30 dias. 
Licitações sucessivas - Aquelas com objetos similares, em que o edital 
subsequente tenha data anterior a 120 dias após o término do contrato 
resultante da licitação antecedente. 
Licitação de alta complexidade técnica - Aquela que envolve alta 
especialização, como fator de extrema relevância para garantir a execução 
do objeto a ser contratado, ou que possa comprometer a continuidade da 
prestação de serviços públicos essenciais. 
 
OS ARTIGOS MAIS COBRADOS PELA BANCA CESPE/CEBRASPE NOS ÚLTIMOS 
TRÊS ANOS 
Eu realizei a análise das provas aplicadas pela banca para todos os cargos que 
cobravam a Lei n. 8.666/93. Fui da magistratura ao cargo de técnico 
administrativo, vasculhei também todas as provas de analistas e de outras carreiras 
jurídicas (MP, DPE, PGM, PGE), passando até pelas provas de engenheiro e para 
cargos de informática/TI. 
Portanto, é uma pesquisa bem segura e confiável sobre o que a 
CESPE/CEBRASPE gosta de exigir dos candidatos de modo geral. 
 
19
 FUCs do https://www.ciclosmetodo.com.br/ acesso em 07/08/2020 
https://www.instagram.com/concursoprosfortes
do%20https:/www.ciclosmetodo.com.br
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Saliento que essa pesquisa é muito útil para os cargos de agente da PCDF e 
analista da DPDF (cargos 2, 8, 10 e 11), bem como para qualquer outro edital 
que a CESPE/CEBRASPE cobre o tema licitações! Divirtam-se: 
CF/88: 
art. 22, XXVII; art. 37, XXI, art. 170, IX; e art. 173, § 1º, III. 
Lei n. 8.666/93: 
art.1º; art. 2º; 
 
art. 3º REI DAS PROVAS (princípios + §§1º, 2º, 3º, 5º, 7º, 8º), 
 
art. 4º, § único, art. 5º-A, art. 6º, VIII, as alíneas, 
 
art. 7º(§§ 3º, 4º, 5º, 6º), art. 8º § único, art.9º, art. 15 §3º e 4º, 
 
art. 17, I e II REI DAS PROVAS, 
 
art. 21, art. 22, art. 23, 
 
art. 24 REI DAS PROVAS, 
 
art. 25 O CAMPEÃO DE TODOS, 
 
art. 26, art. 39, art. 41, art. 43(§§ 1º, 3º, 5º, 6º), 
 
art. 44, art. 45, art. 46 caput., art. 49 e art. 50. 
 
JURISPRUDÊNCIA SELECIONADA 
O credenciamento é uma hipótese de inexigibilidade de licitação na qual “a 
Administração aceita como colaborador todos aqueles que, atendendo as 
motivadas exigências públicas, manifestem interesse em firmar contrato 
ou acordo administrativo.” (TORRES, Ronny Charles Lopes de. Leis de 
Licitações Públicas comentadas. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 348). 
Desse modo, o credenciamento é um procedimento por meio do qual a 
Administração Pública anuncia que precisa de pessoas para fornecer determinados 
bens ou para prestarem algum serviço e que irá contratar os que se enquadrem nas 
qualificações que ela exigir. Após esse chamamento público, os interessados podem 
se habilitar para serem contratados. Fala-se que é uma hipótese de inexigibilidade 
de licitação porque não haverá competição (disputa) entre os interessados. Todos 
os interessados que preencham os requisitos anunciados serão considerados 
“credenciados” e estarão aptos a serem contratos. O Banco do Brasil publicou edital 
para credenciamento de advogados para prestar serviços advocatícios. Ocorre que 
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o edital de credenciamento publicado previu um critério de pontuação, de forma 
que os advogados e escritórios que se inscrevessem iriam ser avaliados e 
organizados segundo uma ordem de classificação baseada no currículo, experiência 
etc. O TCU e o STJ entendem que isso não é válido. O estabelecimento de critérios 
de classificação para a escolha de licitantes em credenciamento é ilegal. O 
credenciamento é considerado como uma espécie de inexigibilidade de licitação 
justamente pelo fato de não ser possível, em tese, a competição entre os 
interessados. Logo, a previsão de critérios de pontuação entre os interessados 
contraria a natureza do processo de credenciamento. Assim, no credenciamento só 
se admite a existência de requisitos mínimos. Se o interessado preencher, ele está 
credenciado; se não atender, encontra-se eliminado. Os critérios permitidos são, 
portanto, meramente eliminatórios (e não classificatórios). STJ. 1ª Turma. REsp 
1.747.636-PR, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 03/12/2019 (Info 662). 
O estabelecimento de critérios de classificação para a escolha de licitantes 
em credenciamento é ilegal 
O credenciamento é uma hipótese de inexigibilidade de licitação na qual “a 
Administração aceita como colaborador todos aqueles que, atendendo as motivadas 
exigências públicas, manifestem interesse em firmar contrato ou acordo 
administrativo.” (TORRES, Ronny Charles Lopes de. Leis de Licitações Públicas 
comentadas. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 348). Desse modo, o credenciamento é 
um procedimento por meio do qual a Administração Pública anuncia que precisa de 
pessoas para fornecer determinados bens ou para prestarem algum serviço e que 
irá contratar os que se enquadrem nas qualificações que ela exigir. Após esse 
chamamento público, os interessados podem se habilitar para serem contratados. 
Fala-se que é uma hipótese de inexigibilidade de licitação porque não haverá 
competição (disputa) entre os interessados. Todos os interessados que preencham 
os requisitos anunciados serão considerados “credenciados” e estarão aptos a 
serem contratos. O Banco do Brasil publicou edital para credenciamento de 
advogados para prestar serviços advocatícios. Ocorre que o edital de 
credenciamento publicado previu um critério de pontuação, de forma que os 
advogados e escritórios que se inscrevessem iriam ser avaliados e organizados 
segundo uma ordem de classificação baseada no currículo, experiência etc. O TCU e 
o STJ entendem que isso não é válido. O estabelecimento de critérios de 
classificação para a escolha de licitantes em credenciamento é ilegal. O 
credenciamento é considerado como uma espécie de inexigibilidade de licitação 
justamente pelo fato de não ser possível, em tese, a competição entre os 
interessados. Logo, a previsão de critérios de pontuação entre os interessados 
contraria a natureza do processo de credenciamento. Assim, no credenciamento só 
se admite a existência de requisitos mínimos. Se o interessado preencher, ele está 
credenciado; se não atender, encontra-se eliminado. Os critérios permitidos são, 
portanto, meramente eliminatórios (e não classificatórios). STJ. 1ª Turma. REsp 
1747636-PR, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 03/12/2019 (Info 662). 
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Na concorrência para a venda de bens imóveis, é vedada, à Administração 
Pública, a fixação de caução em valor diverso do estabelecido no art. 18 da 
Lei nº 8.666/93 
O art. 18 da Lei nº 8.666/93 estabelece o valor da caução, na fase de habilitação 
de concorrência pública para venda de bens imóveis, no percentual de 5% da 
avaliação do imóvel. É proibido que a Administração Pública fixe caução em valor 
diverso do estabelecido em lei. Não cabe, assim, estabelecer percentual diverso ou 
mesmo aceitar valor de caução inferior a 5% da avaliação do imóvel, em face do 
princípio da legalidade. STJ. 2ª Turma. REsp 1617745-DF, Rel. Min. Og Fernandes, 
Rel. Acd. Min. Assusete Magalhães, julgado em 22/10/2019 (Info 669). 
Comentários do julgado por @dizerodireito 
A Administração Pública pode alienar seus bens? 
SIM, mas desde que cumpridos os requisitos previstos na lei. 
O tema é tratado, de forma genérica, nos arts. 17 a 19 da Lei nº 8.666/93. 
Vale ressaltar que, no caso das empresas públicas e sociedades de 
economia mista,existem requisitos específicos previstos nos arts. 49 e 50 
da Lei nº 13.303/2016. 
Alienação de bens imóveis 
O art. 17 da Lei nº 8.666/93 prevê que a alienação de bens imóveis da 
Administração Pública exige o cumprimento dos seguintes requisitos: 
a) existência de interesse público devidamente justificado; 
b) prévia avaliação; 
c) autorização legislativa em caso de bens pertencentes a órgãos da 
administração direta e entidades autárquicas e fundacionais; e 
d) licitação na modalidade de concorrência (em regra). 
Fase de habilitação 
O art. 18 afirma que, na licitação para a venda de bens imóveis, a única 
exigência que é feita na fase de habilitação é a comprovação de que o 
interessado recolheu uma caução de 5% do valor da avaliação do bem: 
Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis, a fase de 
habilitação limitar-se-á à comprovação do recolhimento de quantia 
correspondente a 5% (cinco por cento) da avaliação. 
É possível que a Administração Pública, com o objetivo de 
aumentar a participação de interessados, fixe a caução em valor 
menor do que foi estabelecido no art. 18 da Lei nº 8.666/93? Esse 
art. 18 deve ser interpretado no sentido de que a Administração 
Pública pode exigir uma caução de até 5% (podendo ser exigido 
um percentual inferior)? 
NÃO. 
É proibido que a Administração Pública fixe caução em valor 
diverso do estabelecido em lei. 
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SERVE PARA TODAS AS PROVAS DE TODAS AS BANCAS QUE COBRAM A LEI N. 8.666/93 
Não cabe, assim, estabelecer percentual diverso ou mesmo aceitar 
valor de caução inferior a 5% da avaliação do imóvel, em face do 
princípio da legalidade. 
STJ. 2ª Turma. REsp 1.617.745-DF, Rel. Min. Og Fernandes, Rel. Acd. Min. 
Assusete Magalhães, julgado em 22/10/2019 (Info 669). 
 
Correios podem ser contratados sem licitação, com fundamento no art. 24, 
VIII, da Lei 8.666/93, para a prestação de serviços de logística 
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), empresa pública federal, pode 
ser contratada sem licitação, com fundamento no art. 24, VIII, da Lei nº 8.666/93, 
para a prestação de serviços de logística: Art. 24 (...) VIII - para a aquisição, por 
pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados 
por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado 
para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço 
contratado seja compatível com o praticado no mercado; A ECT preenche todos os 
requisitos legais necessários à possibilidade de sua contratação direta, haja vista 
integrar a Administração e ter sido criada em data anterior à da Lei nº 8.666/93 
para prestação de serviços postais, dentre os quais se incluem os serviços de 
logística integrada. STF. 2ª Turma. MS 34939/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado 
em 19/3/2019 (Info 934). 
Empresa em recuperação judicial pode participar de licitação, desde que 
demonstre a sua viabilidade econômica 
Sociedade empresária em recuperação judicial pode participar de licitação, desde 
que demonstre, na fase de habilitação, a sua viabilidade econômica. STJ. 1ª Turma. 
AREsp 309867-ES, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 26/06/2018 (Info 631). 
Proibição do art. 9º, III, da Lei 8.666/93 permanece mesmo que o servidor 
esteja licenciado 
Se um servidor público for sócio ou funcionário de uma empresa, ela não poderá 
participar de licitações realizadas pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado 
este servidor público (art. 9º, III, da Lei nº 8.666/93). O fato de o servidor estar 
licenciado do cargo não afasta a referida proibição, considerando que, mesmo de 
licença, ele não deixa possuir vínculo com a Administração Pública. Assim, o fato de 
o servidor estar licenciado não afasta o entendimento segundo o qual não pode 
participar de procedimento licitatório a empresa que possuir em seu quadro de 
pessoal servidor ou dirigente do órgão contratante ou responsável pela licitação. 
STJ. 2ª Turma.REsp 1.607.715-AL, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 
7/3/2017 (Info 602). 
É inconstitucional lei estadual que exige nova certidão negativa não 
prevista na Lei 8.666/93 
É inconstitucional lei estadual que exija Certidão negativa de Violação aos Direitos 
do Consumidor dos interessados em participar de licitações e em celebrar contratos 
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GUIA PRÁTICO DE ESTUDO DA LEI Nº 8.666/93 2020
 
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com órgãos e entidades estaduais. Esta lei é inconstitucional porque compete 
privativamente à União legislar sobre normas gerais de licitação e contratos (art. 
22, XXVII, da CF/88). STF. Plenário. ADI 3.735/MS, Rel. Min. Teori Zavascki, 
julgado em 8/9/2016 (Info 838). 
Preferência por “softwares” livres 
O Governo do Rio Grande do Sul editou uma lei estadual determinando que a 
administração pública do Estado, assim como os órgãos autônomos e empresas sob 
o controle do Estado utilizarão preferencialmente em seus sistemas e equipamentos 
de informática programas abertos, livres de restrições proprietárias quanto à sua 
cessão, alteração e distribuição (“softwares” livres). Determinado partido político 
ajuizou uma ADI contra essa lei afirmando que ela teria inconstitucionalidades 
materiais e formais. O STF julgou improcedente a ADI e afirmou que a lei é 
constitucional. A preferência pelo “software” livre, longe de afrontar os princípios 
constitucionais da impessoalidade, da eficiência e da economicidade, promove e 
prestigia esses postulados, além de viabilizar a autonomia tecnológica do País. Não 
houve violação à competência da União para legislar sobre licitações e contratos 
porque a competência da União para legislar sobre licitações e contratos fica 
restrita às normas gerais, podendo os Estados complementar as normas gerais 
federais. A referida lei também não viola o art. 61, II, “b”, da CF/88 porque a 
competência para legislar sobre “licitação” não é de iniciativa reservada ao chefe do 
Poder Executivo, podendo ser apresentada por um parlamentar, como foi o caso 
dessa lei. STF. Plenário. ADI 3059/RS, rel. orig. Min. Ayres Britto, red. p/ o acórdão 
Min. Luiz Fux, julgado em 9/4/2015 (Info 780). 
Termo inicial da punição prevista no art. 7º da Lei 10.520/2002 (Lei do 
Pregão) 
O pregão é uma modalidade de licitação disciplinada pela Lei 10.520/2002. O art. 
7º da Lei prevê que o licitante que for convocado dentro do prazo de validade de 
sua proposta e não celebrar o contrato, deixar de entregar a documentação, 
apresentar documentação falsa, retardar a execução do que contratado, não 
mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de 
modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a 
União, Estados, Distrito Federal ou Municípios pelo prazo de até 5 anos. Esse prazo 
de 5 anos (ou menos) de punição começa a ser contado quando? Inicia-se com a 
publicação da decisão no Diário Oficial ou somente no dia em que é feito o registro 
negativo sobre a empresa no SICAF? Isso é importante porque a inserção dessa 
informação no SICAF pode demorar um tempo para acontecer. Qual é, portanto, o 
termo inicial da sanção? A data da publicação no Diário Oficial. O termo inicial para 
efeito de contagem e detração (abatimento) da penalidade prevista no art. 7º da 
Lei 10.520/2002, aplicada por órgão federal, coincide com a data em que foi 
publicada a decisão administrativa no Diário Oficial da União — e não com a do 
registro no SICAF. STJ. 1ª Seção. MS 20784-DF, Rel. Min. Sérgio Kukina, Rel. para 
acórdão Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 9/4/2014 (Info 561). 
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