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Biologia I/A Mol?cula da Vida.pdf
A Molécula da Vida
Os cromossomos de células eucarióticas são formado por DNA associado a moléculas de histona,
que são proteínas básicas. É na molécula de DNA que estão contidos os genes, responsáveis pelo
comando da atividade celular e pelas características hereditárias. Cada molécula de DNA contém vários
genes dispostos linearmente ao longo da molécula. Cada gene, quando em atividade, é transcrito em
moléculas de outros ácidos nucléicos denominados ribonucléicos, que comandarão a síntese de proteínas.
Estrutura
A molécula de DNA é constituída por uma seqüência de nucleotídeos, que por sua vez é formado por três
diferentes tipos de moléculas:
· um açúcar (pentose = desoxirribose)
· um grupo fosfato
· uma base nitrogenada
Devido a esta conformação, a cadeia de DNA fica com uma direção
determinada, isto é, em uma extremidade temos livre a hidroxila do
carbono-5 da primeira pentose e na outra temos livre a hidroxila do
carbono-3 da última pentose.
Isto determina que o crescimento do DNA se faça na direção de 5' para 3'.
Sabendo-se como são feitas as ligações entre os nucleotídeos, formando assim a fita de DNA, podemos
analisar a estrutura tridimensional do DNA.
James Watson e Francis Crick postularam um modelo tridimensional para a estrutura do DNA baseando-se
em estudos de difração de raio-X.
O DNA consiste de duas cadeias helicoidais de DNA, enroladas ao longo de um mesmo eixo, formando
uma dupla hélice de sentido rotacional à direita.
Ainda com base nestes estudos, concluiu-se que na dupla hélice as duas fitas de DNA estão em direção
opostas, isto significa que são anti-paralelas. O termo anti-paralelas deve-se ao fato de que uma das fitas
tem a direção exata da sua síntese (5'è3') enquanto que a outra está invertida (3'è5').
Esta conformação em fitas anti-paralelas levará à necessidade de mecanismos especiais para a replicação
do DNA.
Com base na estrutura de dupla hélice do DNA e
nas características de hidrofobicidade das
moléculas, a estrutura do DNA fica da seguinte
forma:
· O grupo fosfato e o açúcar (parte
hidrofílica) - estão localizados na parte
externa da molécula.
· As bases nitrogenadas (parte
hidrofóbica) - estão localizadas na parte
interna da molécula.
· A relação espacial entre as duas fitas cria um sulco principal e um sulco secundário.
O pareamento das bases de cada fita se dá de maneira padronizada, sempre uma purina com uma
pirimidina, especificamente: adenina com timina e citosina com guanina.
A proximidade destas bases possibilita a formação de pontes de hidrogênio, sendo que adenina forma duas
pontes de hidrogênio com a timina e a citosina forma três pontes com a guanina.
A dupla hélice é mantida unida por duas forças:
· Por pontes de hidrogênio formadas pelas bases complementares e por interações hidrofóbicas, que
forçam as bases a se "esconderem" dentro da dupla hélice.
Propriedades físicas e químicas do DNA
è Soluções de DNA, em pH = 7,0 e temperatura ambiente, são altamente viscosas;
è A altas temperaturas ou pH extremos o DNA sofre desnaturação, isto porque ocorre ruptura das pontes
de hidrogênio entre os pares de bases. Esta desnaturação faz com que diminua a viscosidade da solução
de DNA;
è Durante a desnaturação nenhuma ligação covalente é desfeita, ficando portanto as duas fitas de DNA
separadas;
è Quando o pH e a temperatura voltam ao normal, as duas fitas de DNA espontaneamente se enrolam
formando novamente o DNA dupla fita. Este processo envolve duas etapas:
è A primeira é mais lenta pois envolve o encontro casual das fitas complementares de DNA, formando um
curto segmento de dupla hélice.
è A segunda etapa é mais rápida e envolve a formação das pontes de hidrogênio entre as bases
complementares reconstruindo a conformação tridimensional.
· Duplicação do DNA
· Replicação do DNA é o processo de duplicação do material genético
mantendo assim o padrão de herança ao longo das gerações.
Teoria semi-conservativa: Cada fita do DNA é duplicada formando
uma fita híbrida, isto é, a fita velha pareia com a fita nova formando
um novo DNA; de uma molécula de DNA formam-se duas outras
iguais a ela. Cada DNA recém formado possui uma das cadeias da
molécula mãe, por isso o nome semi-conservativa.
A molécula do DNA vai-se abrindo ao meio, por ação de uma enzima
chamada DNA polimerase. Essa enzima quebra as ligações de pontes
de hidrogênio existentes entre as duas bases nitrogenadas das
cadeias complementares de nucleotídeos.
Ao mesmo tempo que o DNA polimerase vai abrindo a molécula de
DNA, outra enzima chamada DNA ligase vai ligando um grupo de
nucleotídeos que se pareiam com os nucleotídeos da molécula mãe.
Além da capacidade de duplicação o DNA também é responsável pela
síntese de outro ácido nucléico muito importante para a célula: o ácido
ribonucléico ou RNA. Da mesma forma que o DNA, o RNA também é
uma molécula grande formada por várias partes menores chamadas nucleotídeos. Por isso diz-se que tanto
DNA como RNA são
polinucleotídeos.
Mutações Gênicas
Em 1941, os pesquisadores Beadle e Tatum, fazendo experiências com um tipo de bolor de pão, a
Neurospora sp, observaram que nem sempre a autoduplicação do DNA ocorria de modo perfeito. O bolor
crescia num meio de cultura contendo açúcar e diversos sais inorgânicos. Seus esporos eram submetidos
a raios X e alguns deles passavam depois a produzir bolores com novas características. Por exemplo,
alguns perdiam a capacidade de fabricar lisina e só conseguiam sobreviver quando aquele aminoácido era
acrescentado ao meio de cultura. Essa incapacidade foi relaciona com a falta de uma enzima necessária
para a síntese de lisina. Concluíram, então, que os raios X teriam danificado a formação daquele tipo
específico de enzima.
Como a produção de uma enzima depende de informação codificada no DNA, a conclusão daqueles
pesquisadores ficou conhecida como a relação "um gene è uma enzima". Atualmente, fala-se, com maior
precisão, na relação "um gene - uma cadeia polipeptídica".
A modificação genética induzida através dos raios X é conhecida como mutação. As mutações podem
resultar de uma alteração na seqüência dos nucleotídeos, ou de quebras e mudanças de posição dos
fragmentos da molécula de DNA. Portanto são mutações as alterações numéricas e estruturais dos
cromossomos, que persistem através das autoduplicações, transmitindo-se às células-filhas. Existem
também erros que ocorrem no RNA, no momento das transcrições ou das traduções, e afetam somente a
própria célula.
As mutações são produzidas por agentes mutagênicos, que compreendem principalmente vários tipos de
radiação, dentre os quais os raios ultravioleta, os raios X e substâncias que interferem na autoduplicação
do DNA ou na transcrição do RNAm, determinando erros nas seqüências dos nucleotídeos.
A lista das substâncias mutagênicas tem aumentado muito nos últimos anos, sendo bastante conhecidos o
gás mostarda, o ácido nitroso, a bromouracila, o formaldeído, a nicotina. Vários tipos de câncer podem ser
produzidos por alterações ocorridas nos ácido nucléicos; por isso os mesmos agentes mutagênicos podem
ser também cancerígenos.
RNA
O RNA (ácido ribonucléico) é o ácido nucléico formado a partir de um modelo de DNA.
Os nuçleotídeos do RNA possuem os mesmos constituintes fundamentais do DNA:
· uma molécula de ácido fosfórico;
· uma molécula de açúcar;
· uma base nitrogenada.
O açúcar do RNA também é uma pentose, mas não a desoxirribose e sim a ribose.
As bases púricas do RNA são as mesmas que as do DNA; quanto às bases pirimídicas, o RNA
possui a citosina, porém não possui a timina. Em vez da timina, possui uma outra base pirimidica, chamada
uracila (U).
Assim, o DNA e o RNA diferem quanto à pentose e quanto às bases nitrogenadas do nucleotideo.
DNA RNA
Bases púricas Adenina (A)
Guanina (G)
Adenina (A)
Guanina (G)
Bases Pirimídicas Citosina (C)
Timina (T)
Citosina (C)
Uracila (U)
Pentose Desoxirribose Ribose
A molécula de RNA é formada por uma única cadeia de nudeotídeos, não tendo,
portanto, aspecto
de dupla hélice.
Essa cadeia de nucleotídeos pode, porém, em determinados pontos, enrolar-se sobre si mesma,
assumindo o aspecto de espiral. Quando isto ocorre, as bases complementares pareiam e se ligam através
de pontes de hidrogênio.
O pareamento é semelhante ao que acontece no DNA: o nucleotideo que possui C pareia com o
que possui G e o nucleotideo que possui A, como não pode parear com T, pois esta base não existe no
RNA, pareia com a outra base, que é U.
DNA RNA
A = T
C = G
A = U
C = G
O DNA não é molde direto da síntese de proteínas. Os moldes para síntese de proteínas são moléculas de
RNA. Os vários tipos de RNA transcritos do DNA são responsáveis pela síntese de proteínas no
citoplasma.
Existem três tipos de RNAs:
RNA mensageiro: Contêm a informação para a síntese de proteínas.
Os RNAm representam cerca de 4% do RNA celular total.
RNA transportador: Transporta aminoácidos para que ocorra a síntese de proteínas.
Os RNAt correspondem a 10% do RNA total da célula, e são denominados de adaptadores.
RNA ribossômico: Componentes da maquinaria de síntese de proteínas presente nos ribossomos.
Os RNAr correspondem a 85 % do RNA total da célula, e são encontrados nos ribossomos (local onde
ocorre a síntese protéica).
Todas as formas de RNA são sintetizadas por enzimas (RNA polimerases) que obtêm informações em
moldes de DNA.
O RNAr é produzido pelo DNA da região organizadora do nucléolo e, associado a proteínas, vai constituir
os nucléolos. Depois passa ao citoplasma para formar os ribossomos.
O RNAm leva para o citoplasma as informações para a síntese das proteínas. Existe um tipo de RNAm
para cada tipo de cadeia polipeptídica, que vai constituir uma proteína. O RNAm transporta a informação
genética na forma de códons, copiados do DNA; um códon consiste em uma seqüência de três
nucleotídeos.
O RNAt move-se do núcleo para o citoplasma, onde se liga a aminoácidos, e deslocando-se até os
ribossomos. Apresenta regiões com pareamento de bases, que lhe conferem um aspecto de "trevo de três
folhas".
Cada molécula de RNAt apresenta uma extremidade que se liga a diferentes tipos de aminoácidos e uma
região com uma seqüência de três nucleotídeos, o anticódon, que pode parear com um dos códons do
RNAm.
TRANSCRIÇÃO
A síntese de RNA ocorre no núcleo e é denominada transcrição. Nesse processo, uma parte da
molécula de DNA é tomada como molde, sendo transcrita, ou copiada, em moléculas de RNA.
A molécula de DNA abre-se em determinados pontos, através da ação de uma enzima denominada
RNA polimerase. Inicia-se, a seguir, o pareamento de novos nucleotideos, complementares aos do DNA,
dando origem ao RNA. Terminada sua transcrição, o RNA solta-se do DNA, que volta a apresentar o
aspecto inicial de dupla hélice. Esquematicamente pode-se representar a formação de um RNA do seguinte
modo:
Biossíntese das proteínas (TRADUÇÃO)
Um gene é uma seqüência de nucleotídeos da
molécula de DNA, que transcreve.
Nos eucariontes, quando há necessidade de uma determinada proteína, forma-se,
por transcrição do gene no DNA, um RNAm que contém a "mensagem" para aquela
proteína. Os vários tipos de RNA, transcritos do DNA, que vão participar da síntese
de proteínas, deslocam-se do núcleo para o citoplasma.
Produzido no núcleo, o RNAm dirige-se para o citoplasma e se liga aos
ribossomos. Nestes, existem três sítios: o sítio A (relacionado à entrada de
aminoácidos), o sítio P (relacionado à formação do polipeptídio) e o sítio onde se liga
o RNAm.
O RNAt carrega os aminoácidos, levando-os até o ribossomo, onde penetram através do sítio A.
O aminoácido que chega ao ribossomo deve ser reconhecido pelo RNAm para ser incorporado à
proteína que está sendo sintetizada. Se não for reconhecido, o aminoácido não será incorporado ao
polipeptídio (sítio P).
O aminoácido só será incorporado se o RNAm tiver um código para ele. Esse código depende da
seqüência de bases nitrogenadas do DNA que formou o RNAm.
O RNAr, inicialmente armazenado nos nucléolos,
passa para o citoplasma e , associado a
proteínas, forma os ribossomos, que se prendem
às membranas do retículo endoplasmático. Os
ribossomos dispõem-se enfileirados, constituindo
os polirribossomos ou polissomos, junto dos
quais as proteínas vão ser sintetizadas. Cada
polissomo é também denominado unidade de
tradução, pois permite a síntese de um tipo de
polipeptídeo.
CÓDON E CÓDIGO GENÉTICO
A seqüência das bases que codificam um aminoácido no RNAm é chamada códon e é composta
por três bases nitrogenadas. Cada códon codifica apenas um aminoácido. Entretanto, um mesmo
aminoácido pode ser codificado por mais de um códon, existindo, assim, códons sinônimos.
1 CÓDONè 1 AMINOÁCIDO
1 AMINOÁCIDOè 1 OU MAIS
CÓDONS
Em função da existência de códons sinônimos é que se diz que o código genético é degenerado.
Código genético universal: estabelecido pelas trincas de bases do RNAm (códons), transcritas do
DNA. É constituído for 64 trincas diferentes (códons e seus aminoácidos correspondentes). Uma trinca
codifica apenas um aminoàcido, mas um mesmo aminoácido pode ser codificado por mais de uma trinca,
havendo, portanto, códons sinônimos. Dos 64 códons, apenas 3 não especificam aminoácidos particulares,
representando sinais de parada que determinam o final da cadeia polipeptidlca.
phe = fenilalanina
leu = leucina
ile = isoleucina
met = metionina
val = valina
ser = serina
pro = pralina
thr = treonina
ala = alanina
tyr = tirosina
his = histidina
glu = glutamina
asn = aspargina
lys = lisina
asp = aspartato
cys = cisterna
trp = triptofano
arg = arginina
gly = glicina
Suponha um gene no cromossomo que codifique uma proteína hipotética, através da seguinte
seqüência de bases nitrogenadas no DNA: TTTTCTAAAGAC. O RNAm formado por transcrição dessa
parte da molécula do DNA apresentará a seguinte seqüência de bases: AAAAGAUUUCUG. Cada três
bases no RNAm (códon) determinará um aminoácido específico, e a proteína formada apresentará a
seqüência de aminoácidos de acordo com a ordem estabelecida pelos códons no RNAm. Neste exemplo, a
proteína será constituída pelos seguintes aminoácidos dispostos na seguinte seqüência: lisina, arginina,
fenilalanina e leucina.
Caso ocorra uma substituição incorreta de uma base nitrogenada durante a duplicação do DNA,
pode-se ter a formação de uma proteína diferente ou, então, da mesma proteína, pois um mesmo
aminoácido pode ser codificado por mais de um códon.
ANTICÓDON
Os códons do RNAm são reconhecidos pelo RNAt. Todo RNAt tem um filamento livre de sua
molécula composto pela seguinte seqüência de bases nitrogenadas: ACC. É nesse local que ocorre a
associação com o aminoácido. Em outra região da molécula existe uma seqüência de três bases,
denominada anticòdon, que reconhece a posição do aminoácido no RNAm, unindo o seu anticódon ao
còdon do RNAm.
O RNAt desloca-se para o citoplasma, onde se liga a aminoácidos, deslocando-os até pontos de síntese
protéica. Numa determinada região, a molécula de RNAt apresenta um trio especial de nucleotídeos, o
anticódon, correspondente a um códon do RNAm. Uma das extremidades da molécula de RNAt só se liga a
um tipo de aminoácido.
Sobre um mesmo RNAm podem se deslocar vários ribossomos, que mantêm entre si uma
determinada distância.
Dessa forma, podem ser formadas várias proteínas iguais sobre o mesmo RNAm.
A duplicação do DNA, sua transcrição em RNA e a tradução do RNAm em proteínas constituem o
Princípio Básico da Biologia.
BIBLIOGRAFIA:
LOPES, SÔNIA. Bio- volume único. 5ª ed., São Paulo, Ed. Saraiva, 1996.
http://www.vestibular1.com.br
http://www.vestibular1.com.br
Biologia I/Aberra??es Cromossomicas.pdf
Aberrações Cromossomicas 
Cada planta e animal se caracteriza por um conjunto de cromossomos, representado uma vez em 
células haplóides (por exemplo gametas e esporos) e duas vezes em células diplóides. 
Cada espécie  tem um número específico de cromossomos. Mas, as vezes ocorre  irregularidades 
na divisão nuclear, ou podem
acontecer "acidentes" (como os de radiação) nos cromossomos de 
interfase de modo que se podem formar células ou organismos inteiros com genomas aberrantes. 
Tais aberrações cromossômicas podem  incluir genomas  inteiras,  cromossomos  isolados  inteiros, 
ou só partes de cromossomos. As aberrações cromossômicas podem ser numéricas ou estruturais 
e  envolver  um  ou  mais  autossomos,  cromossomos  sexuais  ou  ambos.  As  aberrações 
cromossômicas  numéricas  incluem  os  casos  em  que  há  aumento  ou  diminuição  do  número  do 
cariótipo normal da espécie humana, enquanto as aberrações cromossômicas estruturais incluem 
os  casos  em que  um ou mais  cromossomos  apresentam alterações  de  sua  estrutura Assim,  os 
citologistas reconhecem: 
(1)Alterações no Número de Cromossomos (Heteroploidia) 
(2)Alterações na Estrutura dos Cromossomos. 
A heteroploidia pode atingir conjuntos inteiros de cromossomos (euploidia) ou perda ou adição de 
cromossomos  inteiros  isolados  (aneuploidia).  Todas  essas  alterações  tem  um  importante  efeito 
sobre  o  desenvolvimento,  pois  ao  alterar  a  estrutura  nuclear  normal  podem  produzir  alterações 
fenotípicas. 
Alterações no número de cromossomos 
As  variações  numéricas  são  de  dois  tipos:  as  euploidias,  que  originam  células  com  número  de 
cromossomos múltiplo do número haplóide, e as aneuploidias, que originam células onde há falta 
ou  excesso  de  algum(ns)  cromossomo(s).  Assim,  euploidias  são  alterações  de  todo  genoma; 
quanto  a  esse  aspecto  os  indivíduos  podem  ser  haplóides  (n),  diplóides  (2n),  triplóides  (3n), 
tetraplóides (4n), enfim, poliplóides (quando há vários genomas em excesso). Euploidias são raras 
em  animais,  mas  bastante  comuns  e  importantes  mecanismos  evolutivos  nas  plantas.  Não  se 
conhecem  pessoas  que  sejam  totalmente  euplóides,  mas  existem  abortos  3n  e  4n.  Células 
poliplóides  cujo  número  de  cromossomos  alcança  16n  são  encontradas  na  medula  óssea,  no 
fígado e nos rins normais, além de ocorrerem em células de tumores sólidos e leucemia. A figura 1 
mostra o cariótipo de uma célula teraplóide(4n) humana. 
As aneuploidias devem­se à não separação (ou não­segregação) de um (ou mais) cromossomo(s) 
para  as  células­filhas  durante  a meiose  ou  durante  as mitoses  do  zigoto  A  não­segregação  na 
mitose  decorre  do  não­rompimento  do  centrômero  no  início  da  anáfase  ou  da  perda  de  algum 
cromossomo por não ter ele se ligado ao fuso. 
A  não­segregação  na  meiose  é  devida  a  falhas  na  separação  dos  cromossomos  ou  das 
cromátides, que se separam ao acaso para um pólo ou outro. Na meiose a não­segregação tanto 
pode  ocorrer  na  primeira  divisão  como  na  Segunda.  No  primeiro  caso,  o  gameta  com  o 
cromossomo em excesso, em lugar de ter apenas um dos cromossomos de um dado par, ou seja, 
terá  um  cromossomo  paterno  e  um  materno.  No  segundo,  o  gameta  com  o  cromossomo  em 
excesso terá dois cromossomos paternos ou dois maternos. 
Quando  em  conseqüência  desses  processos  de  não­segregação  falta  um  cromossomo  de  um 
dado  par,  isto  é,  quando  o  número  de  cromossomos  da  célula  é  2n  ­  1,  diz­se,  que  a  célula 
apresenta monossomia para este cromossomo. Se faltam os dois elementos do mesmo par 2n ­ 2, 
tem­se  nulisomia.  Se,  pelo  contrário,  houver  aumento  do  número  de  cromossomos  de  um 
determinado par, a célula será polissômica para o cromossomo em questão; ela será  trissômica, 
tetrassômica,  pentassômica  etc.,  conforme  tiver  1,  2  ou  3  cromossomos  a mais,  sendo,  nesses 
casos, o seu número cromossômico designado por (2n + 1), (2n + 2), (2n + 3) etc. 
Euplodias
Células portadoras de euploidias possuem quantidade de cromossomos que difere da normal em 
números inteiros e de lotes n. Na espécie humana, a ocorrência das euploidias é incompatível com 
o desenvolvimento do embrião, determinando a ocorrência do aborto. Casos em que a quantidade 
de cromossomos for de três ou mais lotes cromossômicos completos (3n, 4n, etc...) são chamados 
de poliploidias. 
Origem das Aneuploidias 
As aneuploidias podem se originar de anomalias ocorridas na meiose (isto é, serem pré­zigóticas) 
ou nas mitoses do zigoto (pós­zigóticas). 
Quando  a  não­segregação  é  pré­zigótica,  ela  pode  ter  ocorrido  na  espermatogênese  ou  na 
ovulogênese. Na origem de indivíduos com dois cromossomos X e um Y, a contribuição feminina é 
maior do que a masculina ; por outro lado, 77% dos casos onde há apenas um X tem origem em 
erros  ocorridos  na  espermatogênese.  Nas  aneuploidias  autossômicas,  a  influência  da  idade 
materna  leva a supor  que a participação  feminina é maior do que a masculina. As aneuploidias 
produzidas  por  erros  na  mitose  do  zigoto  ou  na  segmentação  dos  blastômeros  são  menos 
freqüentes. 
Aneuploidias dos cromossomos sexuais 
Síndrome devida a uma aberração cromossômica,  caracterizada por  fenótipo  feminino, nanismo, 
infantilismo  genital,  disgenesia  das  gônadas  (ovários  reduzidos)  e  malformações  diversas.  O 
cariótipo  é  45,  X  em  60%  dos  casos.  As  meninas  com  esta  síndrome  são  identificadas  ao 
nascimento ou antes da puberdade por suas características fenotípicas distintivas. 
As anormalidades envolvem baixa estatura, disgenesia gonadal, pescoço alado,  tórax  largo com 
mamilos  amplamente  espaçados  e  uma  freqüência  elevada  de  anomalias  renais  e 
cardiovasculares. 
Síndrome de Klinefelter 47­XXY 
Síndrome que associa no homem jovem um desenvolvimento anormal dos seios  (ginecomastia), 
atrofia  testicular,  ausência  de  formação  de  espermatozóides  (azoospermia)  e  uma  elevação  da 
concentração  do  hormônio  hipofisário  FSH.  (O  cariótipo mais  comum é  47, XXY. Na  sua  forma 
habitual,  porém  não  de  regra,  a  síndrome  de  Klinefelter  pode  ser  acompanhada  de  deficiência 
intelectual. As demais variantes cromossômicas são  as  responsáveis por uma debilidade mental 
bem mais grave). A Síndrome caracteriza­se pela presença do cariótipo 47, XXY ou em mosaicos. 
Os pacientes são altos e magros, com membros inferiores relativamente longos. Após a puberdade 
os  sinais  de  hipogonadismo  se  tornam  óbvios.  Os  testículos  permanecem  pequenos  e  os 
caracteres sexuais secundários continuam subdesenvolvidos. 
Aneuploidias Autossômicas 
Síndrome de Down 
Doença  congênita  caracterizada  por  malformações  dos  órgãos  (coração,  rins),  retardamento 
mental de moderado a severo,  língua espessa, pés e mãos de pequenas dimensões, alterações 
nas  feições.  É  resultante  de  uma  anormalidade  na  constituição  cromossômica:  os  indivíduos 
afetados apresentam um cromossomo extra ­ que se acrescenta ao par de número 21 ­ em suas 
células (por esta razão a doença é também denominada trissomia do 21). O termo mongolismo é 
um sinônimo usual: a presença de fendas palpebrais oblíquas faz lembrar os indivíduos das raças 
orientais.  A  freqüência  com que  esta  síndrome  se manifesta  é  de  uma  para  cada  500  crianças 
nascidas  vivas  e  é  superior  para  concepções  em mulheres  com  idade  acima  de  40  anos.  Esta 
síndrome foi descrita em 1866 pelo médico  inglês John Langdon Haydon Down (1828 ­ 1896). A 
Sindrome de Down ou trissomia do 21, é sem dúvida o distúrbio cromossômico mais comum e a 
mais  comum  forma  de  deficiência  mental  congênita.  Geralmente  pode  ser  diagnosticada  ao
nascimento  ou  logo  depois  por  suas  características  dismórficas,  que variam entre  os  pacientes, 
mas produzem um fenótipo distintivo. 
Os  pacientes  apresentam  baixa  estatura  e  o  crânio  apresenta  braquicefalia,  com  o  occipital 
achatado. O pavilhão das orelhas é pequeno e dismórfico. A face é achatada e arredondada, os 
olhos mostram fendas palpebrais e exibem manchas de Brushfield ao redor da margem da íris. A 
boca é aberta, muitas vezes mostrando a língua sulcada
e saliente. As mãos são curtas e largas, 
freqüentemente com uma única prega palmar transversa ("prega simiesca"). 
Trissomia do 13 ­Patau 
A  trissomia  do  13  é  clinicamente  grave  e  letal  em quase  todos  os  casos  que  sobrevivem até  6 
meses de  idade. O cromossomo extra provém de não­disjunção da meiose  I materna e cerca de 
20% dos casos resultam de uma translocação não­balanceada. 
O  fenótipo  inclui  malformações  graves  do  sistema  nervoso  central  como  arrinencefalia.  Um 
retardamento  mental  acentuado  está  presente.  Em  geral  há  defeitos  cardíacos  congênitos  e 
defeitos  urigenitais.  Com  freqüência  encontram­se  fendas  labial  e  palatina,  anormalidades 
oculares, polidactilia, punhos cerrados e as plantas arqueadas. 
Trissomia do 18­Edwards 
A  maioria  dos  pacientes  apresentam  com  a  trissomia  do  cromossomo  18  apresenta  trissomia 
regular sem mosaicismo, isto é , cariótipo 47, XX ou XY, +18. Entre os restantes, cerca de metade 
é  constituída  por  casos  de  mosaicismo  e  outro  tanto  por  situações  mais  complexas,  como 
aneuploidias duplas, translocações. 
As manifestações da trissomia do 18 sempre incluem retardamento mental e atraso do crescimento 
e,  às  vezes  malformações  graves  no  coração.  O  crânio  é  excessivamente  alongado  na  região 
occipital. O pavilhão das orelhas é dismórfico, com poucos sulcos. A boca é pequena. O pescoço é 
curto. Há uma grande distância intermamilar. Os genitais externos são anômalos. O dedo indicador 
é maior do que os outros e flexionado sobre o dedo médio. Os pés têm as plantas arqueadas. As 
unhas costumam ser hipoplásticas. 
Síndrome do Duplo Y ­ 47­XYY 
É um dos cariótipos mais freqüentemente observados. Despertou grande interesse após observar­ 
se  que  a  proporção  era  bem  maior  entre  os  detentos  de  uma  prisão  de  segurança  máxima, 
sobretudo entre os mais altos, do que na população em geral. 
Trissomia do Triplo­X 47­XXX 
As mulheres com trissomia do X não são fenotipicamente anormais. Nas células 47, XXX, dois dos 
cromossomos X são inativados e de replicação tardia. Quase todos os casos resultam de erros na 
meiose materna. 
Algumas mulheres com trissomia do X são  identificadas em clínicas de  infertilidade e outras em 
instiuições para retardados mentais, mas provavelmente muitas permanecem sem diagnóstico. 
Alterações na estrutura dos cromossomos 
São alterações que não modificam a quantidade de cromossomos de uma célula, mas determinam 
o aparecimento de cromossomos anormais. As aberrações que vamos descrever a seguir quase 
sempre implicam em problemas sérios , inclusive na formação de gametas . Isso porque durante a 
meiose, o cromossomo com a deficiência pareia de  forma anômola com seu homólogo que não
sofreu alteração, afetando o andamento , do processo meiótico. A gravidade das manifestações de 
uma deficiência depende dos genes ausentes. Um exemplo humano é a sindrome de cri du chat, 
em que falta um fragmento do braço curto do cromossomo 5. Outro exemplo é o cromossomo 22 
curto ("cromossomo Filadélfia"), associado a uma forma de leucemia. As duplicações são menos 
graves  que  as  deficiências  porque  não  provocam  falta  de  informações  genéticas.  Exemplos,  a 
seguir: 
Deficiência ou Deleção 
Um  pedaço  de  cromossomo  é  perdido  neste  tipo  de  anomalia  ,  que  implica  a  perda  de muitos 
genes . Deficiências são percebidas durante o pareamento de cromossomos na meiose . 
Síndrome do miado de gato 
Caracterizada por retardo mental, microcefalia, aspecto arredondado da face, presença de dobras 
epicânticas nos olhos e de choro semelhante a um miado de gato. (É provocada por uma deleção 
do braço curto do cromossomo 5.) 
Inversão 
Um pedaço de cromossomo se quebra , sofre rotação de 180º e solda­se novamente em posição 
invertida. Por causa da alteração da ordem dos genes, o pareamento dos homólogos na meiose. 
Translocação 
Trata­se da troca de pedaços entre cromossomos não­homólogos , diferentemente do que ocorre 
no  crossing­over,  fenômeno  normal  e  corriqueiro.  Fala­se  em  translocaçào  reciproca  e 
heterozigota,  em  que  apenas  um  elemento  de  cada  par  sofre  a  troca.  Na  hora  do  pareameto 
meiótico  ,  ocorre  uma  figura  em  forma  de  cruz  .  É  possível  que  a  translocação  tenha  sido  um 
mecanismo  de  formação  de  novas  espécies.  Há  umas  hipóteses  sobre  algumas  espécies  de 
drosófilas  ,  todas com um numero diferente de cromossomos , que poderiam ter se originado de 
uma espécie ancestral , a partir de translocações de diversos tipos 
Diagnóstico das Anomalias : 
Amniocentese 
Punção da cavidade amniótica através da parede abdominal, feita numa mulher grávida; permite a 
retirada de certa quantidade de  líquido amniótico para  fins de análise. A amniocentese precoce, 
praticada entre 16° e 18° semana de gestação, permite fazer o diagnóstico de anomalias fetais que 
podem conduzir a um aborto; também é possível detectar se a criança é portadora de mongolismo, 
anencefalia ou outra anormalidade genética. A amniocentese  tardia, feita no  terceiro trimestre da 
gravidez, serve para evidenciar se há sofrimento fetal crônico. 
Herança autossomica dominante 
Na  herança  autossômica  dominante  um  fenótipo  é  expressado  da  mesma  maneira  em 
homozigotos  e  heterozigotos.  Toda  pessoa  afetada  em  um  heredograma  possui  um  genitor 
afetado, que por sua vez possui um genitor
Nos  casamentos  que  produzem  filhos  com  uma  doença  autossômica  dominante,  um  genitor 
geralmente é heterozigotico para a mutação e o outro genitor é homozigótico para o alelo normal. 
Pode­se escrever os genótipos dos pais como: 
Cada filho desse casamento  tem uma chance de 50% de receber o alelo anormal  (A) do genitor 
afetado e, portanto ser afetado (A/a), e uma chance de 50% de receber o alelo normal (a) e, assim 
não ser afetado (a/a). 
Critérios da Herança Autossômica Dominante 
1  ­  O  fenótipo  aparece  em  todas  as  gerações,  e  toda  pessoa  afetada  tem  um  genitor  afetado. 
2  ­  Qualquer  filho  de  genitor  afetado  tem  um  risco  de  50%  de  herdar  o  fenótipo. 
3  ­  Familiares  fenotipicamente  normais  não  transmitem  o  fenótipo  para  seus  filhos. 
4 ­ Homens e Mulheres têm a mesma probabilidade de transmitir o fenótipo aos filhos de ambos os 
sexos. 
Exemplos de Herança Autossômica Dominante 
Doença de Huntington  (DHq) ® É uma doença neurodegenerativa  fatal de herança autossômica 
dominante caracterizada por movimentos involutários e demência progressiva. O aparecimento da 
doença se dá entre os 30­50 anos de idade sendo 38 a idade média de aparecimento. O gene foi 
mapeado no cromossomo 4p16 em 1981 por técnicas de genética molecular. É possível identificar 
os indivíduos portadores do gene. 
Neurofibromatose  de  Von  Recklinghausen  (NF1)  ®  É  um  distúrbio  comum  do  sistema  nervoso 
caracterizado por manchas café­com­leite e tumores cutâneos fibromatosos. 
Herança Autossômica Recessiva 
Os  distúrbios  autossômicos  recessivos  expressam­se  apenas  em  homozigotos,  que,  portanto, 
devem ter herdado um alelo mutante de cada genitor. Desse modo: 
O risco de seus filhos receberem o alelo recessivo de cada genitor, e serem afetados é de 1/4. A 
maioria  dos  genes  dos  distúrbios  autossômicos  recessivos  está  presente  em  portadores  dos 
genes. Eles podem ser transmitidos nas famílias por numerosas gerações sem jamais aparecer na 
forma  homozigótica.  A  chance  de  isto  acontecer  é  aumentada  se  os  pais  forem aparentados. A 
consangüinidade dos genitores de um paciente com um distúrbio genético é uma forte evidência 
em favor da herança autossômica recessiva daquela afecção. 
Critérios da Herança Autossômica Recessiva 
1  ­  O  fenótipo  é  encontrado  tipicamente  apenas  na  irmandade  do  probando  e  o  fenótipo  salta 
gerações. 
2  ­  O  risco  de  recorrência  para  cada  irmão  do  probando
é  de  1  em  4. 
3  ­  Os  pais  do  indivíduo  afetados  em  alguns  casos  são  consangüíneos. 
4 ­ Ambos os sexos têm a mesma probabilidade se serem afetados. 
Exemplos de Herança Autossômica Recessiva 
Fibrose  Cística  Doença  autossômica  recessiva  caracterizada  por  doença  pulmonar  crônica, 
insuficiência pancreática exócrina, aumento da concentração de cloreto no suor. O defeito básico é 
uma  mutação  do  gene  que  codifica  a  proteína  reguladora  da  fibrose  cística,  provavelmente 
envolvida no transporte de ânions através da membrana celular. 
Doença  de  TAY­SACHS  Distúrbio  neurológico  degenerativo,  autossômico  recessivo,  que  se 
desenvolve quando a criança tem 6 meses de idade. Há uma deterioração mental e física intensa 
desde a  lactância, a morte ocorre entre 2 e 3 anos de  idade. O defeito básico são mutações no
lócus  da  subunidade  a  da  hexosaminidase  A.  A  deficiência  ou  ausência  da  subunidade  a  da 
hexosaminidase A leva ao acúmulo do gangliosídeo GM2, principalmente nos neurônios. 
Mutações Gênicas 
Em 1941, os pesquisadores Beadle e Tatum, fazendo experiências com um tipo de bolor de pão, a 
Neurospora sp, observaram que nem sempre a autoduplicação do DNA ocorria de modo perfeito. 
O bolor crescia num meio de cultura contendo açúcar e diversos sais  inorgânicos. Seus esporos 
eram  submetidos  a  raios  X  e  alguns  deles  passavam  depois  a  produzir  bolores  com  novas 
características.  Por  exemplo,  alguns  perdiam  a  capacidade  de 
fabricar lisina e só conseguiam sobreviver quando aquele aminoácido era acrescentado ao meio de 
cultura. Essa incapacidade foi relaciona com a falta de uma enzima necessária para a síntese de 
lisina. Concluíram, então, que os raios X teriam danificado a formação daquele tipo específico de 
enzima. 
Como  a  produção  de  uma  enzima  depende  de  informação  codificada  no  DNA,  a  conclusão 
daqueles  pesquisadores  ficou  conhecida  como  a  relação  "um gene  ­  uma  enzima".  Atualmente, 
fala­se, com maior precisão, na relação "um gene ­ uma cadeia polipeptídica". 
A modificação  genética  induzida  através  dos  raios  X  é  conhecida  como mutação.  As mutações 
podem resultar de uma alteração na seqüência dos nucleotídeos, ou de quebras e mudanças de 
posição dos  fragmentos da molécula de DNA. Portanto são mutações as alterações numéricas e 
estruturais  dos  cromossomos,  que  persistem  através  das  autoduplicações,  transmitindo­se  às 
células­filhas. Existem também erros que ocorrem no RNA, no momento das  transcrições ou das 
traduções, e afetam somente a própria célula. 
Agentes Mutagênicos 
As mutações são produzidas por agentes mutagênicos, que compreendem principalmente vários 
tipos de radiação, dentre os quais os raios ultravioleta, os raios X e substâncias que interferem na 
autoduplicação  do  DNA  ou  na  transcrição  do  RNAm,  determinando  erros  nas  seqüências  dos 
nucleotídeos. Os agentes mutagênicos são fatores que podem elevar a freqüência das mutações. 
Em 1920, Hermann J. Muller descobriu quem submetendo drosófilas ao raio X, a  freqüência das 
mutações aumentava cerda de cem vezes em  relação à população não exposta. O aumento na 
taxa de mutações pode ser obtido pelo emprego de numerosos agentes físicos e químicos. 
A  lista  das  substâncias  mutagênicas  tem  aumentado  muito  nos  últimos  anos,  sendo  bastante 
conhecidos o gás mostarda, o ácido nitroso, a bromouracila, o formaldeído, a nicotina. Vários tipos 
de câncer podem ser produzidos por alterações ocorridas nos ácido nucléicos; por isso os mesmos 
agentes mutagênicos podem ser também cancerígenos. Porém, a mais importante dentre eles são 
as  radiações.  Quando  uma  célula  recebe  radiação,  as  moléculas  podem  ser  quebradas  ou 
alteradas  em  suas  estruturas. Quando  as  alterações  são muito  grandes,  podem  interferir  com o 
metabolismo e divisão celular, e a célula morre. Quando ela sobrevive à radiação, as modificações 
são duplicadas e transmitidas para as células das gerações sucessivas. 
Entre  os  agentes  físicos,  os  mais  conhecidos  são  as  radiações,  bem  como  o  raio  X.  O  calor 
também  aumente  a  incidência  das  mutações:  na  espécie  humana,  sua  freqüência  em 
trabalhadores de altos­fornos de usinas siderúrgicas, os quais permanecem muito tempo em locais 
de temperatura elevada, é mais alta que na população geral. 
Substancias químicas, como o "gás mostarda" e o ácido nitroso (HNO2), também podem aumentar 
a  freqüência de mutações. Aerossóis, corantes alimentares e alguns componentes da  fumaça do 
cigarro  são  capazes  de  alterar  o  patrimônio  genético  de  uma  célula,  podendo  levar  ao 
desenvolvimento de diversas formas de mutações e câncer. 
Todos  os  seres  vivos  estão  submetidos,  diariamente,  a  vários  desses  agentes.  Entretanto,  as 
mutações  permanecem  como  eventos  não muito  freqüentes.  A  relativa  estabilidade  do material 
genético  deve­se  à  existência  de  um  grupo  de  enzimas  de  reparação,  que  "patrulham" 
permanentemente as moléculas de DNA à caça de alterações na seqüência de seus nucleotideos. 
Na maioria das vezes, essas alterações são detectadas e consertadas.
Biologia I/Adapta??o.pdf
Adaptação 
Etimologicamente,  uma  adaptação  possibilita  a  seu  possuidor  a  fazer  algo.  Na  fisiologia  esta 
palavra é empregada para descrever o ajustamento do ser vivo ao seu ambiente. Para a biologia 
evolutiva,  uma  adaptação  é  uma  característica  que,  devido  ao  aumento  que  confere  no  valor 
adaptativo,  foi  moldada  por  forças  específicas  de  seleção  natural  atuando  sobre  a  variação 
genética. Mas a conceituação dessa palavra na biologia atual é muito complexa e mal feita. 
No entanto, o estudo das adaptações dos organismos é o objetivo central dos estudos em biologia. 
As principais explicações às adaptações são duas: ela foi herdada do seu ancestral direto, ou seja 
é uma conseqüência da sua genealogia evolutiva ou; a adaptação se desenvolveu durante a vida 
do  organismo.  A  especiação  não  implica  em  “adaptar”  o  organismo,  mas  ela  provoca 
conseqüências para a adaptação e para a evolução a longo prazo. Ao cortar o fluxo gênico entre 
duas  ou  mais  populações,  cada  uma  delas,  dependendo  do  organismo  e  da  sua  estrutura 
populacional,  vão  tender  a  se  diferenciar  geneticamente,  esta  diferenciação  é  muitas  vezes 
influenciada e condicionada pelo novo ambiente em que estão vivendo. 
Ao  longo  do  tempo,  e  se  permanecerem  isoladas  o  tempo  suficiente,  cada  população  pode 
desenvolver características próprias, que as capacitam a sobreviver e se reproduzir no ambiente 
onde vivem. No entanto, a dificuldade que existe em estudar qualquer característica que um grupo 
de organismos de um determinado local possua, desde o ponto de vista de adaptação ao ambiente 
é quase impossível, pois a relação de uma população com seu ambiente pode não ser mensurável. 
Uma enzima que capacita um inseto a digerir seu alimento mais eficientemente pode capacitá­lo a 
produzir mais ovos e,  ser  favorecido pela seleção, embora a população pode não aumentar  sua 
densidade se é limitada pela predação. 
Darwin  valeu­se  muito  do  método  comparativo  para  obter  idéias  sobre  a  adaptação, 
correlacionando as diferenças entre as espécies e os diferentes fatores ecológicos aos quais estão 
submetidas. Utilizando esse método podemos inferir, por exemplo, que a ausência de folhas é uma 
adaptação das plantas para ambientes com pouca água, porque este é um traço apresentado por 
muitas plantas não relacionadas genealogicamente mas que vivem nesses ecossistemas. Estudos 
de  correlação  entre  as  características  dos  organismos  e  os  fatores  ambientais  aos  quais  estão 
submetidos  fornecem evidências sobre o valor adaptativo das características, mas as evidências 
direta  deve  vir  de  estudos  experimentais.  A  hipótese  sobre  a  coloração
de  advertência  de  um 
organismo pode ser testada alterando sua coloração e estudando as conseqüências. 
Podemos obter informações sobre evolução de um caracter dentro de um grupo, estudando a sua 
filogenia, observando se ele esta presente em vários grupos fortemente relacionados, quantas 
vezes ele aparece e desaparece e as condições ambientais às que está associado.
Biologia I/Algas marinhas.pdf
Algas marinhas 
O  termo  Alga  engloba  diversos  grupos  de  vegetais  fotossintetizantes,  pertencentes  a  reinos 
distintos, mas  tendo  em  comum o  fato  de  serem desprovidos  de  raízes,  caules,  folhas,  flores  e 
frutos.  São  plantas  avasculares,  ou  seja,  não  possuem mecanismos  específicos  de  transporte  e 
circulação de  fluidos, água, sais minerais, e outros nutrientes, como ocorre com as plantas mais 
evoluídas. Não possuem seiva. São portanto, organismos com estrutura e organização simples e 
primitiva.  As  algas  podem  ser  divididas  didaticamente  em  dois  grandes  grupos:  microalgas  e 
macroalgas. 
As  microalgas  são  vegetais  unicelulares,  algumas  delas  com  algumas  características  das 
bactérias,  como  é  o  caso  das  cianofíceas  ou  algas  azuis,  as  quais  têm  núcleos  celulares 
indiferenciados  e  sem  membranas  (carioteca).  A  maioria  delas  tem  flagelos  móveis,  os  quais 
favorecem o deslocamento. 
Existem  vários  grupos  taxonômicos  de  microalgas  marinhas,  no  entanto,  as  principais  são  as 
diatomaceas e os dinoflagelados. Estes são os principais componentes do fitoplâncton marinho, ou 
plâncton vegetal. Estas microalgas se desenvolvem na água do mar apenas na região onde há a 
penetração  de  luz  (zona  fótica),  ou  seja,  basicamente  até  os  200 metros  de  profundidade. São 
responsáveis pela bioluminescência observada ao se caminhar na areia das praias durante a noite. 
As  marés  vermelhas,  na  verdade  são  explosões  populacionais  de  certos  tipos  de  algas 
(dinoflagelados),  as  quais  mudam  a  coloração  da  água.  Estas  algas  liberam  toxinas  perigosas 
inclusive para o ser humano. 
As algas marinhas são o verdadeiro pulmão do mundo, uma vez que produzem mais oxigênio pela 
fotossíntese do que precisam na respiração, e o excesso é liberado para o ambiente. A Amazônia 
libera muito menos  oxigênio  para  a  atmosfera  em  termos mundiais,  pois  a maior  parte  do  gás 
produzido é consumido na própria floresta. 
As microalgas pertencentes ao fitoplâncton marinho são basicamente as algas azuis, algas verdes, 
euglenofíceas,  pirrofíceas,  crisofíceas,  dinoflagelados  e  diatomaceas.  A  classificação  destes 
grupos é bastante problemática devido ao  fato de apresentarem características  tanto de animais 
como de vegetais. 
As macroalgas marinhas  são mais  populares  por  serem maiores  e visíveis  a  olho  nu. As várias 
centenas de espécies existentes nos mares, ocorrem principalmente fixas às rochas, podendo no 
entanto  crescer  na  areia,  cascos  de  tartarugas,  recifes  de  coral,  raízes  de mangue,  cascos  de 
barcos,  pilares  de  portos, mas  sempre  em ambientes  com a  presença  de  luz  e  nutrientes.  São 
muito abundantes na zona entre­marés, onde formam densas faixas nos costões rochosos. Estas 
algas  são  representadas  pelas  algas  verdes,  pardas  e  vermelhas,  podendo  apresentar  formas 
muito variadas (foliáceas, arborescentes, filamentosas, ramificadas, etc). As laminarias (Kelp beds) 
são algas verdes gigantes que podem, chegar a várias dezenas de metros de comprimento). 
Todas  estas macroalgas mantém  uma  fauna  bastante  diversificada,  a  qual  vive  protegida  entre 
seus filamentos. Esta fauna habitante das algas é chamada de Fital. 
As  algas  marinhas  têm  uma  função  primordial  no  ciclo  da  vida  do  ambiente  marinho.  São 
chamados  organismos  produtores,  pois  produzem  tecidos  vivos  a  partir  da  fotossíntese.  Fazem 
parte do primeiro nível da cadeia alimentar e por isso sustentam todos os animais herbívoros. 
Estes  sustentam os carnívoros e assim por diante. Portanto, as características mais  importantes 
das  algas  são:  consumem  gás  carbônico  para  fazer  fotossíntese,  produzem  oxigênio  para  a 
respiração  de  toda  a  fauna,  são  utilizadas  como  alimento  pelos  animais  herbívoros  (peixes, 
caranguejos, moluscos, etc),  filtradores  (ascídias, esponjas, moluscos,  crustáceos), e animais do 
plâncton (zooplâncton). São um grupo muito diverso, contribuindo significativamente para elevar a 
biodiversidade marinha.
Macroalga
Biologia I/Alimentos Trang?nicos.pdf
Alimentos Trangênicos 
Atualmente,  três  plantas  transgênicas  –  extraídas  de  vegetais  geneticamente  modificados  em 
laboratório – são plantadas em larga escala nos países do Hemisfério Norte: a soja, o milho e o 
arroz. Nos Estados Unidos (EUA), as áreas tomadas por soja e milho alterados são praticamente 
iguais às das culturas tradicionais e, de acordo com o Ministério da Agricultura norte­americano, os 
primeiros  animais  geneticamente  modificados  devem  chegar  ao  mercado  até  2004.  O  trigo 
modificado ainda ocupa uma área relativamente pequena, mas na América do Sul, na África e na 
Ásia em pouco tempo devem ser comercializadas a mandioca, a batata e a banana. Com o plantio 
autorizado  nos  EUA  desde  1993,  e  na  Europa  logo  em  seguida,  os  alimentos  transgênicos 
permanecem no centro de uma antiga polêmica. 
Desde o final da década de 70, pesquisadores do mundo inteiro aprenderam a transferir genes de 
um organismo para outro, seja ele animal ou vegetal, alterando suas características naturais. Com 
isso, tornaram possível criar porcos com menos gordura na carne, plantar feijão com mais proteína 
nos grãos ou soja resistente a herbicidas. O lançamento da soja transgênica no mercado aquece a 
polêmica sobre a biotecnologia em 1999. Essa planta tem em suas células um gene que não faz 
parte do organismo de nenhum vegetal. Retirado de uma bactéria, a agrobacterium, ele controla a 
fabricação de uma proteína, conhecida pela sigla EPSPS, que bloqueia a ação dos herbicidas. Isso 
permite eliminar o mato sem risco de prejudicar a planta cultivada. Os críticos dos alimentos 
geneticamente alterados dizem que a ciência não tem controle total sobre o funcionamento dos 
genes. Para eles, as pesquisas devem ser aprofundadas antes que os novos produtos sejam 
liberados. No caso da soja modificada, existe o temor de que a substância EPSPS provoque 
efeitos inesperados no organismo dos consumidores, como alergias ou outro tipo de doença. 
Mesmo que o gene tenha sido preparado em laboratório para funcionar apenas nas folhas, e não 
nos grãos – a parte comestível da planta –, não há como garantir que eles atuarão da forma 
programada. Além da aplicação da biotecnologia pela indústria alimentícia, plantas e animais vêm 
sendo alterados para outras finalidades, como a produção de tecidos. Uma das mais recentes 
novidades desse campo, lançada em 1999 nos EUA, é um algodão que nasce colorido – verde, 
vermelho ou amarelo –, conforme o interesse do produtor. Outra linha de pesquisa avançada é a 
da modificação de organismos para a produção de medicamentos. Na Escócia, o Instituto Roslin – 
o mesmo que fez a clonagem da ovelha Dolly – cria carneiros em cujo leite é gerada uma droga 
que estimula a coagulação do sangue. Chamada de Fator IX, ela deverá ser empregada no 
combate à hemofilia.
Biologia I/Ameba.pdf
Ameba 
As  amebas  são  protozoários  pertencentes  ao  Filo  Sarcomastigophora  e  ao  sub­filo  Sarcodina. 
Como  os  outros  sarcodinos,  uma  das  principais  características  das  amebas  são  seus 
pseudópodos,  extensões  do  corpo  relacionados  à movimentação  e  à  obtenção  de  alimento.  Os 
pseudópodos formam­se a partir de uma movimentação do fluido interno da célula, o endoplasma, 
que  origina  uma  projeção  na  célula.  Em dado momento,  o  ectoplasma  que  envolve  tal  projeção 
adquire  uma
consistência  gelatinosa,  não mais  líquida,  e  assim,  constitui­se  o  pseudópode.  As 
amebas, freqüentemente chamadas de rizópodes, são protozoários bastante familiares aos leigos, 
e  distinguem­se  dos  outros  sarcodinos  por  não  apresentarem  em  nenhuma  fase  de  seu 
desenvolvimento  flagelos. São encontradas nos vários ambientes aquáticos e no solo, ou outros 
ambientes úmidos. 
Sua forma pode ser bastante variável, e muitas vezes indeterminada, já que seu corpo gelatinoso 
assume formas diversas, em alguns casos. Várias espécies de ameba de água doce, de solos 
úmidos ou de musgos, possuem carapaças, sendo denominadas de tecamebas. A carapaça é às 
vezes secretada pelo citoplasma, constituindo uma cobertura de sílica ou quitina, mas também 
pode ser composta por materiais estranhos em suspensão no ambiente, os quais ficam unidos por 
uma matriz produzida pelo organismo. Em geral, as amebas alimentam­se de bactérias, 
diatomáceas, algas, rotíferos e outros protozoários, porém há espécies parasitas. O alimento é 
capturado por fagocitose a partir da emissão de pseudópodes que o circundam. No caso das 
tecamebas os pseudópodes saem através de grande aberturas em uma das extremidades da 
carapaça. Entre as amebas parasitas pode­se citar a Entamoeba histolytica que, espalhando­se 
através de alimentos e água contaminados, provoca a disenteria nos seres humanos. Em nenhuma 
espécie de amebas ocorre a produção de gametas. A reprodução é assexuada, por divisão celular 
mitótica.
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BiologiaIV/plantas.pdf
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PLANTAS
BRIÓFITAS
Primeiros vegetais que se adaptaram à vida terrestre, apresentando tecidos
verdadeiros, porém não possuem tecidos de condução (são avasculares) ou
flores. Seus orgãos reprodutores são os anterídios e os arquegônios, que são
protegidos pela epiderme. Uma característica importante é que apresentam uma
alternância obrigatória de gerações em que a fase haplóide ou gametofítica
(protonema) é perene e tem vida relativamente longa, enquanto que a fase
diplóide, o esporófito é pequeno e tem vida curta, vivendo como um parasita sobre
o gametófito. São os musgos e as hepáticas.
CICLO NAS BRIÓFITAS
Veja abaixo o ciclo de vida de uma Briófita.
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A parte sombreada representa a fase de vida haplóide, também chamada de
geração gametofítica ou gametófito, começa com a meiose, onde são produzidos
esporos haplóides. Estes esporos germinam e dão origem a uma estrutura
denominada protonema (n), que forma estruturas parecidas com folhas: os filóides
(n). Nas extremidades destes filóides são formados os órgãos reprodutores
masculinos (anterídios) e femininos (arquegônios). O anterídio forma um gameta
flagelado que depende de uma gota de água para nadar até o gameta feminino,
que se encontra no arquegônio. Após a união dos gametas(fecundação), forma-se
uma estrutura diplóide - o esporófito, ou geração esporofítica- com vida curta, que
produz em sua extremidade uma cápsula(2n) onde ocorre meiose, produzindo
esporos, (haplóides) e o ciclo recomeça.
PTERIDÓFITAS
As pteridófitas (samambaias e plantas afins) constituem um grupo de plantas
relativamente importantes, estimando-se o total de espécies no mundo como
sendo 9.000 (há quem estime 10.000 a 12.000 espécies), das quais cerca de
3.250 ocorrem nas Américas. Destas, cerca de 30% podem ser encontradas no
território brasileiro, que abriga inclusive um dos centros de endemismo e
especiação de pteridófitas do Continente.
São vegetais terrestres, com tecidos verdadeiros, inclusive os de condução.
Foram os primeiros vegetais a formarem grandes florestas que dominaram a terra.
Seus fósseis deram origem à hulha ou carvão mineral. Também não têm flores e
seus orgãos reprodutores também são os anterídos e arquegônios. Possuem
alternância de gerações obrigatória onde, ao contrário das Briófitas, a fase perene
e mais desenvolvida é o esporófito, formado por raízes, caules e folhas; a fase
gametofítica (protalo) é pequena e tem vida curta. Isso é o que veremos mais
tarde.
No caso das samambaias, uma das características é o desenvolvimento das
frondes (folhas) a partir de uma estrutura em que os órgãos em desenvolvimento
se encontram espiralados, formando o que se chama de báculas. Na figura acima,
vemos frondes em desenvolvimento apresentando báculas nos ápices.
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Visto que as pteridófitas no seu ciclo de vida necessitam de água livre que permita
a natação do anterozóide até o arquegônio, de uma maneira geral, devemos
procurá-las em ambientes ou substratos que possam reter água ao menos parte
do tempo. Isto pode parecer uma séria restrição, mas na prática podemos
encontrar representantes deste grupo nos mais diversos hábitats, inclusive nas
caatingas nordestinas, se bem que neste caso apenas algumas espécies é que
estão adaptadas a ocorrer em tal ambiente.
CICLO NAS PTERIDÓFITAS
Aqui, a fase de vida haplóide (gametófito), também mostrada em sombreado, é
que é pequena e tem vida curta, enquanto que a fase diplóide(esporófito) é
permanente e tem vida longa. O ciclo começa pela formação de esporos haplóides
que caem no chão e germinam. Ao germinar o esporo dá origem a uma pequena
lâmina em forma de coração - o protalo - onde são produzidos os órgãos
reprodutores os anterídios e os arquegônios. Aqui também o gameta masculino,
produzido no anterídio, precisa de uma gota de água para atingir o gameta
feminino localizado dentro do arquegônio.
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Esta é a geração gametofítica, pois forma gametas. Ao se fundirem os gametas,
começa a fase de vida diplóide - espotófito - formado por raízes, caules e folhas.
Na face inferior de algumas folhas formam-se conjuntos de esporângios, os soros,
onde as 'células mãe de esporo", diplóides, sofrem meiose, produzindo esporos
haplóides, que ao germinarem vão produzir um novo protalo, recomeçando o ciclo.
Algumas Ptderidófitas são heterosporadas e produzerm dois tipos de esporos que
dão origem a dois tipos de protalo: o megaprotalo (feminino) que produz
arquegônios e o microprotalo (masculino) que produz anterídios. Aqui também o
gameta masculino (anterozóide) precisa de uma gota de água para nadar até o
gameta feminino.
Detalhe da superfície laminar de pínulas mostrando os soros em que os esporos
são produzidos.
GIMNOSPERMAS
Primeiros vegetais a apresentarem flores, que são incompletas e não formam
ovário. Por isso mesmo produzem sementes nuas, sem frutos. Sua inflorescência
é chamada de estróbilo. Há anterozóides ou núcleos masculinos e neste caso não
dependem mais de qualquer líquido para a fecundação (sifogamia).
Compreendem as árvores monopodiais, com crescimento terminal, arbustos e
também lianas com flores desprovidas de envoltório protetor ou perianto. Apenas
numa de suas ordens, a das Gnetales, podem aparecer 2 a 4 folhas brasais ou
brácteas. O transporte do pólen é pelo vento.
Há poliembrionia, e as sementes possuem endosperma primário, haplóide. As
mais conhecidas são as coníferas (pinheiros, cedros, ciprestes).
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CICLO DAS GIMNOSPERMAS
Acima vemos o ciclo da gimnosperma Pinus.A reprodução das gimnospermas é
bastante diferente das briófitas e pteridófitas. As gimnospermas tem estróbilos
(flores) e ainda formam arquegônios. Há anterozóides ou núcleos masculinos
e
neste caso não dependem mais de qualquer líquido para a fecundação
(sifonogamia). Há poliembrionia e as sementes possuem endosperma primário,
haplóide.
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ANGIOSPERMAS
Angiospermas são vegetais cujos óvulos estão encerrados no interior do ovário e
que, consequentemente tem suas sementes encerradas no interior dos frutos
(angios=vasos e sperma=semente). São plantas extremamente importantes,
principais produtores dos ecossistemas terrestres, servindo para alimentação
(cenoura, alface, mamão, feijão), aplicações industriais (jacarandá, algodão),
ornamentação (orquídea) e fabricação de produtos farmacêuticos (camomila). Se
dividem em dois grupos: Monocotiledôneas e Dicotiledôneas, cujas características
são:
Monocotiledôneas Dicotiledôneas
Um cotilédone na semente Dois cotilédones na semente
Raízes fasciculadas com células com
reforço em "u" na endoderme.
Geralmente não engrossam.
Raízes axiais com "estrias de Caspari"
nas células da endoderme.
Geralamente engrossam
Caules com estrutura astélica
(atactostélica), com feixes condutores
em que o xilema e o floema não estão
separados pelo câmbio(colaterais
fechados), e por isso, salvo raras
excessões, não engrossam.
Caules com estrutura eustélica, com
feixes de condutores em que o xilema
e o floema estão separados pelo
câmbio. Normalmente engrossam.
Folhas com nervuras pararelas,
estômatos nas duas epidermes
(anfiestomáticas), mesófilo
indiferenciado ou simétrico.
Folhas com nervuras ramificadas
(reticuladas ou peninervas), estômatos
apenas na epiderme inferior
(hipoestomáticas).
Flores geralmente homeoclamídeas
(com perigônio formado por sépalas) e
trímeras.
Flores heteroclamídeas (com perianto
formado por sépalas e pétalas
diferentes). Dímeras, tetrâmeras ou
pentâmeras.
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CICLO NAS ANGIOSPERMAS
O processo reprodutivo das angiospermas é algo mais elaborado do que o das
coníferas. A planta adulta representa a geração esporofítica. A flor contém pistilo e
estames, que produzem os esporos masculinos e femininos.
O esporo masculino é produzido na antera, que fica na extremidade superior do
estame. Este esporo desenvolve-se formando o grão de pólen. O pistilo compõem-
se de três partes: o estigma (extremidade superior), estilo ou estilete e o ovário.
No interior do ovário localizam-se os óvulos que abrigam o esporo feminino. Ã
medida que a flor se desenvolve, o esporo feminino se transforma em gametófito,
sendo uma das células a célula-ovo (oosfera).
O pólen é levado pelo vento, inseto ou outros, até o estigma, onde fica retido por
uma secreção. Começa a formar-se um tubo que penetra no estilo e se alonga até
encontrar o ovário. Um núcleo do tubo abre o caminho seguido por dois núcleos
gaméticos. Ao atingir o óvulo, o conteúdo do tubo é descarregado. Um dos
núcleos gaméticos une-se ao óvulo, produzindo o zigoto, enquanto o outro se une
aos dois núcleos polares, iniciando a formação do tecido chamado endosperma.
Após a fertilização, o gametófito feminino contribui para formar a semente.
A parede do ovário começa então a crescer, pois as células aumentam de número
e vão ficando repletas de substâncias açucaradas. Juntas, a semente e a parede
madura do ovário constituem o fruto. Ele oferece proteção à semente até a
maturidade e são apetitosos aos animais que ajudam na dispersão das sementes.
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BiologiaIV/sistema_endocrino.pdf
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Sistema Endócrino
Há no organismo algumas glândulas das quais a função é essencial para a vida.
São conhecidas pelo nome de "glândulas endócrinas" ou de secreção interna,
porque as substâncias por elas elaboradas passam diretamente para o sangue.
Estas glândulas não têm, portanto, um ducto excretor, mas são os próprios vasos
sangüíneos que, capilarizando-se nelas, recolhem as secreções. As glândulas de
secreção interna ou endócrinas distinguem-se, assim, nitidamente, das glândulas
de secreção externa, ditas exócrinas; estas últimas são, na verdade, dotadas de
um ducto excretor e compreendem as glândulas do aparelho digestivo, como as
glândulas salivares, o pâncreas, as glândulas do estômago e do intestino etc.
As glândulas endócrinas secretam substâncias particulares que provocam no
organismo funções biológicas de alta importância: os hormônios. As principais
glândulas endócrinas do organismo são o pâncreas, a tireóide, as paratireóides,
as cápsulas supra-renais, a hipófise, as gônadas.
As atividades das diferentes partes do corpo estão integradas pelo sistema
nervoso e os hormônios do sistema endócrino.
As glândulas do sistema endócrino secretam hormônios que difundem ou são
transportados pela corrente circulatória a outras células do organismo, regulando
suas necessidades. As glândulas de secreção interna desempenham papel
primordial na manutenção da constância da concentração de glicose, sódio
potássio, cálcio, fosfato e água no sangue e líquidos extracelulares. A secreção se
verifica mediante glândulas diferenciadas, as quais podem ser exócrinas (de
secreção externa) ou endócrinas (de secreção interna).
Chamamos glândulas exócrinas as que são providas de um conduto pelo qual
vertem ao exterior o produto de sua atividade secretora, tais como o fígado, as
glândulas salivares e as sudoríparas. E as glândulas endócrinas são aquelas que
carecem de um conduto excretor e portanto vertem diretamente no sangue seu
conteúdo, como por exemplo, a tiróide, o timo, etc. Existem além disso, as mistas
que produzem secreções internas e externas, como ocorre com o pâncreas (que
produz suco pancreático e insulina) e o fígado.
As glândulas endócrinas têm muita importância, pois são capazes de elaborar
complexas substâncias com os ingredientes que extraem do sangue e da linfa.
Estes compostos, os hormônios, possuem qualidades altamente específicas. Cada
glândula endócrina fabrica seu produto ou produtos característicos dotados de
propriedades físicas, fisiológicas ou farmacológicas especiais.
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SISTEMA ENDOCRINO engloba os seguintes pontos * localização da hipófise(o
que e adeno-hipófise, neuro hipófise) * os hormônios produzidos pela adena
hipófise A TIREOIDE * localização * função * quando há hiperfunção, hipofunção,
hipertufia, hipotrofia No pâncreas * A ilhota de langehaus * célula alfa * célula beta
As glândulas supra renais * Medulas * córtex A função do hipotálamo e uma
explicação detalhada de * cretinismo * miscedema * paratireóide * causemia
tetamia * extosomia
Hormônio
É uma substância secretada por células de uma parte do corpo que passa a outra
parte, onde atua pouca concentração regulando o crescimento ou a atividade das
células. No sistema endócrino distinguimos 3 partes: célula secretória, mecanismo
de transporte e célula branca, cada uma caracterizada por sua maior ou menor
especificação. Geralmente cada hormônio é sintetizado por um tipo específico de
células.
Os hormônios podem ser divididos em:
glandulares: são elaborados pelas glândulas endócrinas e vertidos por estas
diretamente ao sangue, que as distribui a todos os órgãos, onde logo exercem
suas funções. Subdividem-se em dois grupos, conforme realizam uma ação
excitante ou moderadora sobre a função dos órgãos sobre os quais influem.
tissulares ou aglandulares: são formados em órgãos distintos e sem correlação
nem interdependência entre eles: sua ação é exclusivamente local e a exercem no
órgão em que se formam ou nos territórios vizinhos. Sob o aspecto químico, os
hormônios podem dividir-se em duas grandes classes.
Hormônios esteroides: aos quais pertencem as corticosupra-renais e sexuais.
Hormônios protéicos: (verdadeiras proteínas) ou
aminoácidos (mais ou menos
modificados), as quais pertencem os hormônios tiroideas, hipofisárias,
pancreáticas e paratiróides.
As características físico-químicas dos hormônios são: facilidade de solubilidade
nos líquidos orgânicos, difusibilidade nos tecidos e resistência ao calor. A
modalidade da secreção hormonal por parte das glândulas endócrinas não é
todavia bem conhecida, já que falta saber, com exatidão, se produz de maneira
contínua ou é armazenada na glândula e derramada na circulação no momento de
sua utilização, ou se produz unicamente quando é necessário utilizá-la, ou se uma
pequena parte é posta continuamente em circulação.
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Glândulas
Hipotálamo
Se localiza na base do encéfalo, sob uma região encefálica denominada tálamo. A
função endócrina do hipotálamo está a cargo das células neurossecretoras, que
são neurônios especializados na produção e na liberação de hormônios.
A figura ao lado mostra o hipotálamo (acima) e a hipófise (abaixo).
Hipófise (ou glândula Pituitária)
A hipófise é dividida em três partes, denominadas lobos anterior, posterior e
intermédio, esse último pouco desenvolvido no homem. O lobo anterior (maior) é
designado adeno-hipófise e o lobo posterior, neuro-hipófise.
Hormônios produzidos no lobo anterior da hipófise
Samatotrofina (GH) - Hormônio do crescimento.
Hormônio tireotrófico (TSH) - Estimula a glândula tireóide.
Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) - Age sobre o córtex das glândulas supra-
renais.
Hormônio folículo-estimulante (FSH) - Age sobre a maturação dos folículos
ovarianos e dos espermatozóides.
Hormônio luteinizante (LH) - Estimulante das células intersticiais do ovário e do
testículo; provoca a ovulação e formação do corpo amarelo.
Hormônio lactogênico (LTH) ou prolactina - Interfere no desenvolvimento das
mamas, na mulher e na produção de leite.
Os hormônios designados pelas siglas FSH e LH podem ser reunidos sob a
designação geral de gonadotrofinas.
Hormônios produzidos pelo lobo posterior da hipófise
Oxitocina - Age particularmente na musculatura lisa da parede do útero,
facilitando, assim, a expulsão do feto e da placenta.
Hormônio antidiurético (ADH) ou vasopressina - Constitui-se em um mecanismo
importante para a regulação do equilíbrio hídrico do organismo.
Tireóide
Situada na porção anterior do pescoço, a tireóide consta dos lobos direito,
esquerdo e piramidal. Os lobos direito e esquerdo são unidos na linha mediana
por uma porção estreitada - o istmo.
A tireóide é regulada pelo hormônio tireotrófico (TSH) da adeno-hipófise. Seus
hormônios - tiroxina e triiodotironina - requerem iodo para sua elaboração.
Paratireóides
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Constituídas geralmente por quatro massas celulares, as paratireóides medem,
em média, cerca de 6 mm de altura por 3 a 4 mm de largura e apresentam o
aspecto de discos ovais achatados. Localizam-se junto à tireóide.
Seu hormônio - o paratormônio - é necessário para o metabolismo do cálcio.
Supra-Renais ou Adrenais
Em cada glândula supra-renal há duas partes distintas; o córtex e a medula. Cada
parte tem função diferente.
Os vários hormônios produzidos pelo córtex - as corticosteronas - controlam o
metabolismo do sódio e do potássio e o aproveitamento dos açúcares, lipídios,
sais e águas, entre outras funções.
A medula produz adrenalina (epinefrina) e noradrenalina (norepinefrina). Esses
hormônios são importantes na ativação dos mecanismos de defesa do organismo
diante de condições de emergência, tais como emoções fortes, "stress", choque
entre outros; preparam o organismo para a fuga ou luta.
Pâncreas
O pâncreas produz o hormônio insulina, que regula o nível de glicose no sangue.
Em certas condições, por exemplo, quando se ingere muito açúcar, o nível de
glicose no sangue aumenta muito. Então o pâncreas libera insulina no sangue.
Esse hormônio aumenta a absorção de glicose nas células. Assim, o excesso de
glicose é retirado do sangue e o nível desse açúcar volta ao normal. Quando o
pâncreas produz uma quantidade insuficiente de insulina, surge uma doença
conhecida como diabetes. Nesse caso, o excesso de glicose permanece no
sangue: é a hiperglicemia, constatada pela presença de glicose na urina. A
incapacidade das células em absorver adequadamente a glicose do sangue
provoca alguns sintomas como a sensação de fraqueza muscular e fome.
O pâncreas não é somente uma glândula, endócrina, pois este órgão constitui
uma glândula de secreção externa; produz, na verdade, o suco pancreático, que
serve para digerir os alimentos e que é lançado no duodeno por um ducto que
percorre o pâncreas em toda a sua extensão. Num corte do pâncreas, contudo,
notam-se "ilhas" de substância formada de células diversas das do resto da
glândula: são as ilhotas de Langerhans, que são dotadas, justamente, de urna
função endócrina.
As ilhotas de Langerhans produzem um hormônio: a insulina, da qual a função é
permitir a utilização dos açúcares por parte dos tecidos e em particular dos
músculos, para cuja atividade o açúcar é fundamental. Quando acontece faltar a
insulina, os açúcares não podem ser utilizados pelos músculos e ficam no sangue:
é a diabete. Esta moléstia é causada, na verdade, pela hiperglicemia, isto é, pela
presença no sangue dos açúcares em proporção superior à normal, um por mil.
Aumentando o açúcar no sangue, a um certo ponto, o rim não consegue mais
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reter esse açúcar, que passa, em grande quantidade através dos glomérulos e
aparece, portanto, na urina.
Ovários
Na puberdade, a adeno-hipófise passa a produzir quantidades crescentes do
hormônio folículo-estimulante (FSH). Sob a ação do FSH, os folículos imaturos do
ovário continuam seu desenvolvimento, o mesmo acontecendo com os óvulos
neles contidos. O folículo em desenvolvimento secreta hormônios denominados
estrógenos, responsáveis pelo aparecimento das características sexuais
secundárias femininas.
Outro hormônio produzido pela adeno-hipófise - hormônio luteinizante (LH) - atua
sobre o ovário, determinando o rompimento do folículo maduro, com a expulsão
do óvulo (ovulação).
O corpo amarelo (corpo lúteo) continua a produzir estrógenos e inicia a produção
de outro hormônio - a progesterona - que atuará sobre o útero, preparando-o para
receber o embrião caso tenha ocorrido a fecundação.
Testículos (Células de Leydig)
Entre os túbulos seminíferos encontra-se um tecido intersticial, constituído
principalmente pelas células de Leydig, onde se dá a formação dos hormônios
andrógenos (hormônios sexuais masculinos), em especial a testosterona.
Os hormônios andrógenos desenvolvem e mantém os caracteres sexuais
masculinos.
Outras funções endócrinas
Além das glândulas endócrinas, a mucosa gástrica (que reveste internamente o
estômago) e a mucosa duodenal (que reveste internamente o duodeno), têm
células com função endócrina. As células com função endócrina da mucosa
gástrica produzem o hormônio gastrina; e as da mucosa duodenal produzem os
hormônios secretina e colecistoquinina.
DISTÚRBIOS HORMONAIS
Se uma glândula endócrina produzir uma quantidade muito grande ou muito
pequena de um determinado hormônio, podem ocorrer doenças. Podem ser
prescritos remédios para alterar a produção desse hormônio pelo organismo ou
uma versão sintética dele. Os sintomas de disfunção hormonal são variados
porque o sistema endócrino controla inúmeras funções orgânicas.
DISFUNÇÕES DA PITUITÁRIA
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A falta do hormônio do crescimento impede que a criança cresça normalmente
(nanismo); a produção excessiva faz com que cresça demais (gigantismo). Se o
tratamento começar logo, a criança alcançará
uma altura normal.
DISFUNÇÕES DA TIRÓIDE
A produção insuficiente de hormônios pela tiróide causa hipotiroidismo. Os
sintomas são apatia, aumento de peso e ressecamento da pele. A maioria das
pessoas com excesso de peso não tem problemas de tiróide.
SINTOMAS DE DISTÚRBIO HORMONAL
Os sintomas associados a distúrbios hormonais são variados e refletem as
diferentes funções orgânicas controladas pelos hormônios. Caso haja suspeita de
alguma disfunção endócrina, um simples teste de sangue pode esclarecer o
diagnóstico. Os sintomas mais comuns incluem : fadiga, sede, produção excessiva
de urina, desenvolvimento sexual lento ou prematuro, excesso de pelos no corpo,
ganho ou perda de peso, mudança na distribuição de gordura no corpo, ansiedade
e mudanças na pele. Caso o indivíduo apresente algum destes sintomas, deverá
consultar o seu médico.
INSULINA E GLUCAGON
O tecido pancreático é constituído por numerosos ácinos (ácinos pancreáticos),
que são responsáveis pela produção das diversas enzimas secretadas através do
ducto pancreático no tubo digestório. Tais enzimas constituem um tipo de
secreção denominada secreção exócrina.
Além dessa função exócrina, o tecido pancreático secreta também hormônios,
diretamente à corrente sangüínea. A secreção endócrina do pâncreas é feita
através de milhares de grupamentos celulares denominados Ilhotas de
Langerhans, distribuídas por todo o tecido pancreático.
Cada Ilhota de Langerhans é constituída por diversos tipos de células. Destacam-
se as células alfa, que produzem o hormônio glucagon e as células beta, que
produzem a insulina.
Ambos os hormônios, insulina e glucagon, são bastante importantes devido aos
seus efeitos no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras.
Insulina
Produzida pelas células beta das ilhotas de Langerhans, atua no metabolismo dos
carboidratos, proteínas e gorduras.
Efeitos da insulina no metabolismo dos carboidratos:
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a) aumento no transporte de glicose através da membrana celular
b) aumento na disponibilidade de glicose no líquido intracelular
c) aumento na utilização de glicose pelas células
d) aumento na glicogênese (polimerização de glicose, formando glicogênio),
principalmente no fígado e nos músculos
e) aumento na transformação de glicose em gordura
Efeitos da insulina no metabolismo das proteínas:
a) aumento no transporte de aminoácidos através da membrana celular
b) maior disponibilidade de aminoácidos no líquido intracelular
c) aumento na quantidade de RNA no líquido intracelular
d) aumento na atividade dos ribossomas no interior das células
e) aumento na síntese protéica
f) redução na lise protéica
g) aumento no crescimento
Efeitos da insulina no metabolismo das gorduras:
a) aumento na transformação de glicose em gordura
b) redução na mobilização de ácidos graxos dos tecidos adiposos
c) redução na utilização de ácidos graxos pelas células
Glucagon
Secretado pelas células alfa das ilhotas de Langerhans, é muito importante
principalmente para evitar que ocorra uma hipoglicemia acentuada no organismo
de uma pessoa.
Quando a concentração de glicose no sangue atinge valores baixos, as células
alfa das ilhotas de Langerhans liberam uma maior quantidade de glucagon.
O glucagon, então, faz com que a glicose sangüínea aumente e retorne aos
valores aceitáveis como normal.
Os principais mecanismos através dos quais o glucagon faz aumentar a glicemia
são:
a) aumento na glicogenólise (despolimerização do glicogênio armazenado nos
tecidos, liberando glicose para a circulação)
b) aumento na gliconeogênese, através da qual elementos que não são
carboidratos (proteínas e glicerol) transformam-se em glicose.
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BiologiaIV/sistema_reprodutor.pdf
Sistema reprodutor
Conjunto de órgãos do corpo humano que possibilitam a perpetuação da
espécie por meio de reprodução.
Sistema reprodutor masculino - Formado pelo pênis, pela próstata e
pelos testículos. Nos testículos - as duas glândulas sexuais que se
alojam no saco escrotal - são produzidos os espermatozóides (células
reprodutoras) e a testosterona (hormônio sexual). De cada testículo
parte um canal emaranhado, o epidídimo, que se prolonga pelo canal
deferente. Ligada a cada canal deferente há uma vesícula seminal. Os
canais deferentes unem-se, passando pela próstata - a maior glândula
do sistema reprodutor masculino -, a outro canal que vem da bexiga.
Formam um canal único, a uretra, que percorre longitudinalmente o
pênis e se abre para o exterior.
Sistema reprodutor feminino - Formado por vulva, vagina, útero,
ovários, trompas e mamas. A vulva é o conjunto dos órgãos genitais
externos da mulher. A vagina é um canal com revestimento
fibromuscular pelo qual a mulher recebe o sêmen. Serve também para
escoamento da menstruação e, no parto, para a saída do bebê do útero
para o exterior. O útero é dividido em duas partes: o colo, localizado no
alto da vagina, e o corpo, que dá origem à menstruação e abriga o feto.
O ovário produz os óvulos - as células reprodutoras - e secreta os
hormônios estrógeno e progesterona. As trompas de Falópio, onde
ocorre a fecundação, ligam os ovários ao útero.
Veja o papel de parede abaixo:
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BiologiaIV/sistema_respiratorio.pdf
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Sistema respiratório
Conjunto de órgãos que têm como função principal captar oxigênio e
eliminar gás carbônico (dióxido de carbono). O sistema envolve o
funcionamento de narinas (nariz), traquéia, laringe, pulmões e
diafragma.
Narinas - Têm a função de conduzir, aquecer, umedecer e filtrar o ar. A
entrada de ar também pode ser complementada pela boca. Do nariz ou
da boca o ar passa pela garganta (faringe). A caixa craniana contém
cavidades (seios da face) que estão cheias de ar.
Traquéia - Depois de passar pela garganta, o ar entra na traquéia, tubo
subdividido em dois brônquios que levam o ar até o pulmão. Uma
lâmina chamada epiglote fecha o orifício superior do tubo quando a
pessoa come ou bebe e se abre apenas para a passagem do ar.
Laringe - Órgão responsável pela voz. Localizada na parte superior da
traquéia, a laringe constitui-se de duas membranas que se estiram
quando o ar é expelido, formando o som.
Pulmões - Principais órgãos do sistema respiratório. São duas grandes
massas esponjosas localizadas no tórax e protegidas pelas costelas. O ar
chega aos pulmões por meio de bronquíolos (ramificações dos
brônquios). Estes carregam de ar os alvéolos pulmonares (microscópicos
"sacos de ar" de paredes finíssimas). Nos alvéolos, o ar inspirado irá
oxigenar o sangue e receber deste o gás carbônico produzido por todas
as células do organismo. Os pulmões possuem cerca de 300 milhões de
alvéolos.
Diafragma - É o músculo responsável, junto com os músculos das
costelas, pelo movimento constante dos pulmões, o que permite a
entrada e a saída de ar. Está localizado na base dos pulmões, acima do
abdome. Quando o diafragma se expande (inspiração), o ar é sugado
pelas narinas e pela boca. Quando ele se contrai, o ar é expulso
(expiração), eliminando o gás carbônico no ar expirado.
Veja o papel de parede abaixo:
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BiologiaIV/sistema_sanguineo_abo.pdf
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O sistema sanguíneo ABO e o fator Rh
Breve introdução à imunológica
A característica fundamental de todo sistema imunológico é a sua capacidade de
distinguir e eliminar partes de um corpo estranho, como bactérias, vírus, e até
mesmo células cancerígenas. Quando nos ferimos com uma

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