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Aula 11_Propriedades Mecânicas de Metais (1)

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Propriedades Mecânicas 
 
dos Metais 
Propriedades Mecânicas 
- Propriedades Mecânicas dos metais: 
 
- Definem o comportamento do metal, quando sujeito a 
esforços. 
 
- Este comportamento em geral se resume à resistência ou 
à transmissão destes esforços e se manifesta 
elasticamente, plasticamente e através da ocorrência de 
danos, dependendo do nível do esforço. 
 
Propriedades Mecânicas 
- Limite de Resistência; 
- Limite de Escoamento; 
- Módulo de Elasticidade; 
- Dutilidade; 
- Resiliência; 
- Tenacidade à fratura; 
- Módulo de Poisson; 
- Coeficiente de encruamento; 
- Dureza; 
- Fluência; 
- Fadiga; 
- Propagação de trincas. 
 
tração, compressão, 
cisalhamento, flexão, 
torção. 
Deformação Elástica 
4 
Elástico significa reversível! 
2. Carga pequena 
F 
d 
1. Inicial 3. Descarregado 
F 
d 
Linear- 
elástico 
Não-Linear- 
elástico 
Deformação Plástica (Metais) 
5 
Plástico significa permanente! 
F 
d 
linear 
elástico 
linear 
elástico 
d plástico 
1. Inicial 2. carregamento 3. descarregado 
 
F 
d elástica + plástica 
d plástica 
6 
 Unidade de tensão: 
 N/m2 or lbf /pol
2 
Tensões de Engenharia 
• Tensão de cisalhamento, t: 
Area, Ao 
F t 
F t 
F s 
F 
F 
F s 
t = 
F s 
A o 
• Tensão de tração, s: 
Área inicial 
s = 
F t 
A o 
2 
f 
2 
m 
N 
or 
in 
lb 
= 
área, Ao 
F t 
F t 
7 
• Tração simples: cabo 
Nota: t = M/AcR 
Estados de Tensão 
o 
s = 
F 
A 
o 
t = 
F s 
A 
s s 
M 
M A o 
2R 
F s 
A c 
• Torção (uma forma de cisalhament): eixo de transmissão 
Ski lift (photo courtesy 
P.M. Anderson) 
A o = seção transversal 
 quando descarregago) 
F F 
8 
(photo courtesy P.M. Anderson) 
Canyon Bridge, Los Alamos, NM 
o 
s = 
F 
A 
• Compressão Simples : 
Nota: membro estrutural 
em compressão 
(s < 0 ). (photo courtesy P.M. Anderson) 
A o 
Balanced Rock, Arches 
National Park 
9 
• Tensão Bi-axial: • Compressão Hidrostática: 
Pressurized tank 
s < 0 h 
(photo courtesy 
P.M. Anderson) 
(photo courtesy 
P.M. Anderson) 
Fish under water 
s z > 0 
s q > 0 
Deformação de engenharia 
10 
• Deformação normal: • Deformação Lateral: 
Deformação é sempre 
adimensional. 
• Deformação de Cisalhamento: 
q 
90º 
90º - q y 
x q g = x/y = tan 
e = 
d 
L o 
Adapted from Fig. 6.1(a) and (c), Callister & Rethwisch 8e. 
d /2 
L o 
w o 
- d 
e L = 
L 
w o 
d L /2 
Para determinar as propriedades de um material são realizados 
ensaios específicos para a cada propriedade. 
O procedimento de cada ensaio é descrito em normais técnicas 
nacionais e internacionais como: 
ISO – International Standard Organization; 
ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas; 
DIN - Deutsche Industrie Normen; 
ASTM – American Society for Testing and Materials 
MPIF- Metal Powder Industry Federation, etc. 
A geometria das amostras a serem ensaiadas (chamados corpos 
de prova) e as condições técnicas de condução de cada ensaio 
são descritas nas normas técnicas. 
ENSAIOS PARA DETERMINAÇÃO DAS 
PROPRIEDADES 
Equipamento para o ensaio de tração: 
 
-Dispositivo para a fixação da amostra ou corpo de prova; 
-Sistema de aplicação da carga,com velocidade fixa e controlada; 
-Dispositivos para a medição da carga e da deformação. 
 
O corpo de prova é alongado pelo 
movimento do travessão, a carga 
aplicada e a deformação são 
medidas por uma célula de carga 
e por um extensômetro, 
respectivamente. 
CÉLULA DE CARGA 
AMOSTRA 
EXTENSÔMETRO 
TRAVESSÃO FIXO 
TRAVESSÃO MÓVEL 
Representação esquemática de um aparato 
para ensaio de tração. 
 
-Curva carga x alongamento Curva tensão x deformação 
Curva tensão x deformação 
A0 
A 
L0 L 
F 
F 
Tensão = carga /área 
σ = F/A0 
Unidade: N/m2 = Pa. 
 
 
Deformação = deslocamento / comprimento 
inicial 
e= (L – L0)/L0 = ∆L/L0 
 
Unidade: m/m = adimensional (percentual). 
 
19 
Propriedades Elásticas 
• Módulo de Elasticidade, E: 
 (Módulo de Young) 
• Lei de Hooke: 
s = E e s 
Linear- 
elástico 
E 
e 
F 
F 
ensaio 
de 
tração 
Módulo de Elasticidade 
Alongamento na direção da 
força resulta em contração nas 
direções perpendiculares: 
 
metais: n ~ 0.33 
cerâmicos: n ~ 0.25 
polimeros: n ~ 0.40 
Unidade: 
n: adimensional 
22 
 Inclinação da curva tensão deformação (módulo 
elástico) depende da energia de ligação do metal 
Adapted from Fig. 6.7, 
 Callister & Rethwisch 8e. 
23 
• Módulo de 
Cisalhamento, G: 
t 
G 
g 
t = G g 
Outras Propriedades Elásticas 
Ensaio de 
torção 
M 
M 
• Relações para materiais isotrópicos: 
2(1 + n) 
E 
G = 
3(1 - 2n) 
E 
K = 
• Módulo de 
compressibilidade 
volumétrica, K: 
Teste de 
pressão: 
vol inicial =Vo. 
Variação Vol. 
 = V 
P 
P P 
P = - K 
 V 
V o 
P 
 V 
K 
V o 
24 
Metals 
Alloys 
Graphite 
Ceramics 
Semicond 
Polymers 
Composites 
/fibers 
E(GPa) 
Based on data in Table B.2, 
Callister & Rethwisch 8e. 
Composite data based on 
reinforced epoxy with 60 vol% 
of aligned 
carbon (CFRE), 
aramid (AFRE), or 
glass (GFRE) 
fibers. 
Comparação Módulo de Young 
109 Pa 
0.2 
8 
0.6 
1 
Magnesium, 
Aluminum 
Platinum 
Silver, Gold 
Tantalum 
Zinc, Ti 
Steel, Ni 
Molybdenum 
G raphite 
Si crystal 
Glass - soda 
Concrete 
Si nitride 
Al oxide 
PC 
Wood( grain) 
AFRE( fibers) * 
CFRE * 
GFRE* 
Glass fibers only 
Carbon fibers only 
A ramid fibers only 
Epoxy only 
0.4 
0.8 
2 
4 
6 
10 
2 0 
4 0 
6 0 
8 0 
10 0 
2 00 
6 00 
8 00 
10 00 
1200 
4 00 
Tin 
Cu alloys 
Tungsten 
<100> 
<111> 
Si carbide 
Diamond 
PTF E 
HDP E 
LDPE 
PP 
Polyester 
PS 
PET 
C FRE( fibers) * 
G FRE( fibers)* 
G FRE(|| fibers)* 
A FRE(|| fibers)* 
C FRE(|| fibers)* 
Deformação Plástica 
25 
(para baixas temperaturas, T < Tmelt/3) 
• Ensaio de tração: 
tensão de engenharia, s 
deformãção de engenharia, e 
Elástico+Plástico 
em tensões mais 
 altas 
ep 
deformação plástica 
inicialmente 
elástico 
Adapted from Fig. 6.10(a), 
Callister & Rethwisch 8e. 
permanente (plástico) 
após carga ser removida 
 Escoamento do metal 
 
-Deslizamento entre planos atômicos; 
-Movimento é irreversível; 
-Deformação permanente; 
-O limite de proporcionalidade caracteriza a tensão de 
escoamento; 
-Tensão de escoamento ou limite de escoamento (σE). 
(a) Curva tensão deformação para 
um metal mostrando o limite de 
proporcionalidade P e o limite de 
escoamento sy a 0,2% de 
deformação. 
(b) Representação esquemática da 
curva tensão x deformação 
encontrada em alguns aços 
mostrando o fenômeno de 
escoamento descontínuo. 
Limite de escoamento: tensão a partir da qual o metal deforma 
plasticamente. 
- Propriedade importante para o dimensionamento de estruturas. 
- Limite de escoamento contínuo e descontínuo: 
Limite de escoamento descontínuo 
Deformação Plástica em metais 
29 
Valores para T ambiente 
Based on data in Table B.4, 
Callister & Rethwisch 8e. 
a = annealed 
hr = hot rolled 
ag = aged 
cd = cold drawn 
cw = cold worked 
qt = quenched & tempered 
Comparação da tensão de escoamento 
Graphite/ 
Ceramics/ 
Semicond 
Metals/ 
Alloys 
Composites/ 
fibers 
Polymers 
Y
ie
ld
 s
tr
e
n
g
th
, 
 s
 y 
 (M
P
a
) 
PVC 
H
a
rd
 t
o
 m
e
a
s
u
re
 
, 
 
s
in
c
e
 i
n
 t
e
n
s
io
n
, 
fr
a
c
tu
re
 u
s
u
a
lly
 o
c
c
u
rs
 b
e
fo
re
 y
ie
ld
. 
Nylon 6,6 
LDPE 
70 
20 
40 
60 
50 
100 
10 
30 
200 
300 
400 
500 
600 
700 
1000 
2000 
Tin (pure) 
Al (6061) a 
Al (6061) ag 
Cu (71500) hr 
Ta (pure) 
Ti (pure) a 
Steel (1020) hr 
Steel (1020) cd 
Steel (4140) a 
Steel (4140) qt 
Ti (5Al-2.5Sn) a 
W (pure) 
Mo (pure) 
Cu (71500) cw 
H
a
rd
 t
o
 m
e
a
s
u
re
, 
 
in
 c
e
ra
m
ic
 m
a
tr
ix
 a
n
d
 e
p
o
x
y
 m
a
tr
ixc
o
m
p
o
s
it
e
s
, 
s
in
c
e
 
in
 t
e
n
s
io
n
, 
fr
a
c
tu
re
 u
s
u
a
lly
 o
c
c
u
rs
 b
e
fo
re
 y
ie
ld
. 
H DPE 
PP 
humid 
dry 
PC 
PET 
¨ 
-No descarregamento, a deformação 
segue uma reta de mesma inclinação do 
regime elástico inicial; 
 
-Ao ser recarregado, o metal escoará 
num patamar de tensão maior do que o 
inicial, próximo da tensão onde foi 
interrompido o ensaio; 
 
-Este fenômeno de aumento da 
resistência pela deformação recebe o 
nome de encruamento. 
Recuperação 
Elástica 
Deformaçã
o 
T
e
n
s
ã
o
 Descarregamen
to 
Re-
carregamento 
σE0 
σEf 
Interrupção do ensaio no regime plástico: 
A região plástica pode ser expressa pela relação: 
 
σ = K en 
 
-K e n são constantes do metal, conhecidos como coeficiente 
de resistência e módulo de encruamento, respectivamente. 
-Esta equação resulta na curva verdadeira, e se aproxima 
bastante do comportamento real 
32 
Resistência à tração 
• Metais: ocorre quando empescoçamento se inicia. 
• Polimeros: ocorre quando cadeias poliméricas estão alinhadas e próximo de quebrar 
Adapted from Fig. 6.11, 
Callister & Rethwisch 8e. 
sy 
strain 
Typical response of a metal 
F = tensão de 
ruptura 
 
Pescoço – age 
como 
concentrador 
de tensão 
 e
n
g
in
e
e
ri
n
g
 
TS 
 s
tr
e
s
s
 
 engineering strain 
• Máxima tensão na curva tensão-deformação de engenharia 
33 
Comparação resistência à tração 
Si crystal 
<100> 
Graphite/ 
Ceramics/ 
Semicond 
Metals/ 
Alloys 
Composites/ 
fibers 
Polymers 
T
e
n
s
ile
 s
tr
e
n
g
th
, 
T
S
 (
M
P
a
) 
PVC 
Nylon 6,6 
10 
100 
200 
300 
1000 
Al (6061) a 
Al (6061) ag 
Cu (71500) hr 
Ta (pure) 
Ti (pure) a 
Steel (1020) 
Steel (4140) a 
Steel (4140) qt 
Ti (5Al-2.5Sn) a 
W (pure) 
Cu (71500) cw 
L DPE 
PP 
PC PET 
20 
30 
40 
2000 
3000 
5000 
Graphite 
Al oxide 
Concrete 
Diamond 
Glass-soda 
Si nitride 
H DPE 
wood ( fiber) 
wood(|| fiber) 
1 
GFRE (|| fiber) 
GFRE ( fiber) 
C FRE (|| fiber) 
C FRE ( fiber) 
A FRE (|| fiber) 
A FRE( fiber) 
E-glass fib 
C fibers 
Aramid fib 
Based on data in Table B.4, 
Callister & Rethwisch 8e. 
a = annealed 
hr = hot rolled 
ag = aged 
cd = cold drawn 
cw = cold worked 
qt = quenched & tempered 
AFRE, GFRE, & CFRE = 
aramid, glass, & carbon 
fiber-reinforced epoxy 
composites, with 60 vol% 
fibers. 
Valores para T ambiente 
Medidas de Dutilidade 
Medidas de Dutilidade 
Tenacidade 
38 
Brittle fracture: elastic energy 
Ductile fracture: elastic + plastic energy 
Adapted from Fig. 6.13, 
Callister & Rethwisch 8e. 
very small toughness 
(unreinforced polymers) 
Engineering tensile strain, e 
E ngineering 
tensile 
stress, s 
small toughness (ceramics) 
large toughness (metals) 
Representação esquemática de 
curvas tensão x deformação 
para um material frágil e para 
um dútil 
-Efeito da temperatura na curva tensão x deformação: 
Curvas tensão x deformação 
para o Ferro em três 
temperaturas 
Os valores da tensão de 
escoamento e tensão máxima 
em tração diminuem com o 
aumento da temperatura. 
 
O oposto ocorre com a 
dutilidade que usualmente 
aumenta com a temperatura. 
Dureza 
-Dureza é definida como a resistência do material à 
deformação plástica localizada. 
-Medidas quantitativas de dureza são realizadas pela 
penetração de pequenos identadores na superfície do 
material a ser ensaiado, sob condições controladas de 
carga e taxa de aplicação. 
-A profundidade ou tamanho da identação resultante é 
medida e relacionada a um número de dureza. 
 
42 
Dureza 
• Altos valores de dureza significa: 
 -- resistência à deformação plástica ou fratura em 
compressão. 
 -- resistência ao desgaste. 
e.g., 
10 mm sphere 
apply known force measure size 
of indent after 
removing load 
d D 
Smaller indents 
mean larger 
hardness. 
increasing hardness 
most 
plastics 
brasses 
Al alloys 
easy to machine 
steels file hard 
cutting 
 tools 
nitrided 
steels diamond 
Dureza Rockwell 
 
O ensaio é baseado na 
profundidade de penetração 
subtraída da recuperação elástica 
 
Várias combinações de carga e 
formato do penetrador: várias 
escalas 
Identadores: 
- esfera de aço endurecidas; 
- cone de diamante 
Dureza Brinell 
 
O teste de dureza Brinell é um teste simples para 
determinar a dureza de uma vasta variedade de 
materiais. 
Aplica-se uma carga constante entre 500 e 3000 kgf por 
um tempo específico (10 a 30 s) usando uma esfera 
rígida (aço ou carboneto de tungstênio) de 5 a 10 mm de 
diâmetro sobre a superfície do material. 
 
 
 
Dureza Brinell 
 
 
 
 
P = carga; D = diâmetro do identador; 
 d = diâmetro da identação; 
t = profundidade da impressão 
Dureza Vickers 
 Penetrador piramidal de diamante, base quadrada, ângulo 
de 136° entre faces opostas 
 
a) Escala contínua; 
b) Impressão extremamente pequena, sem danificar a peça; 
c) Grande precisão da medida; 
d) Deformação nula do penetrador; 
e) Existência de apenas uma escala de dureza; 
f) Aplicação na medição de toda gama de dureza, para todos 
os materiais; 
g) Aplicação para qualquer espessura de material, podendo 
então medir a dureza superficial. 
 
Microdureza Vickers 
a. Determinação de dureza individual de microconstituintes de 
uma microestrutura; 
b. Medida de gradientes de dureza em superfícies carbonetadas; 
c. Verificação da dureza de peças delicadas (por exemplo, molas 
de relógios); 
d. Penetrador Vickers de 10 gf a 1 kgf 
50 
Table 6.5 
final height initial height 
Teste de Impacto (Charpy) 
 
Tem como objetivo medir a tenacidade do material 
(capacidade de absorver energia até a fratura) 
Curva de transição dúctil-frágil 
 
A energia absorvida na fratura diminui com a diminuição da 
temperatura. 
Há uma temperatura, abaixo da qual, o material passa a se 
comportar de forma frágil. 
Às vezes, não se tem uma temperatura bem definida, mas sim 
uma faixa de temperatura de transição dúctil-frágil. 
Esta temperatura de transição dúctil – frágil é parâmetro 
importantíssimo na seleção e aplicação de materiais, sendo fator 
decisivo em aplicações tais como cascos de navios, tubos de 
grande diâmetro, vasos de pressão, etc. 
53 
Influência da Temperatura na 
Energia de Impacto 
Adapted from Fig. 8.15, 
Callister & Rethwisch 8e. 
• Tempertura de Transição Dútil-Frágil 
 
 
Metais CCC (ex. Ferro a T < 914ºC) 
 
Temperature 
Materiais de alta resistência ( s y > E/150) 
polímeros 
Mais Dútil Frágil 
Temperatura de Transição Dútil-Frágil 
Metais CFC (ex. Cu, Ni) 
54 
Titanic Liberty ships 
• Problema: Aços usados com temperatura de transição 
dútil-frágil logo abaixo da ambiente. 
Reprinted w/ permission from R.W. Hertzberg, 
"Deformation and Fracture Mechanics of Engineering 
Materials", (4th ed.) Fig. 7.1(a), p. 262, John Wiley and 
Sons, Inc., 1996. (Orig. source: Dr. Robert D. Ballard, 
The Discovery of the Titanic.) 
Reprinted w/ permission from R.W. Hertzberg, 
"Deformation and Fracture Mechanics of Engineering 
Materials", (4th ed.) Fig. 7.1(b), p. 262, John Wiley and 
Sons, Inc., 1996. (Orig. source: Earl R. Parker, 
"Behavior of Engineering Structures", Nat. Acad. Sci., 
Nat. Res. Council, John Wiley and Sons, Inc., NY, 
1957.) 
FADIGA 
 
Fadiga do material é o acúmulo de dano causado por 
solicitações cíclicas. 
Quando submetido à fadiga, o 
componente ou estrutura pode sofrer 
falhas catastróficas mesmo quando 
solicitado abaixo dos limites de 
resistência estática. 
Adapted from Fig. 8.18, 
Callister & Rethwisch 8e. 
(Fig. 8.18 is from Materials 
Science in Engineering, 4/E 
by Carl. A. Keyser, Pearson 
Education, Inc., Upper 
Saddle River, NJ.) 
tension on bottom 
compression on top 
counter motorflex coupling 
specimen 
bearing bearing 
Características das falhas por Fadiga 
 
• Dependem da geometria, das propriedades do material e 
das cargas atuantes; 
• São progressivas, i.é, o dano é cumulativo 
• São geralmente localizadas 
• Exigem técnicas especiais para detecção 
• Causam ruptura geralmente súbita 
• Presença de trincas não provoca mudanças drásticas de 
comportamento da estrutura até que se esteja próximo à 
ruptura 
• Responsável por ~ 90% das falhas mecânicas. 
Trincas normalmente se iniciam a partir de concentradores de 
tensão: 
 
•Furos 
•Entalhes 
•Juntas parafusadas 
•Juntas rebitadas 
•Transições geométricas acentuadas 
Tensões Cíclicas 
 
Tipos de flutuações de tensões que podem causar fadiga 
 
 
Forma da curva S-N 
 
A curva S-N é um gráfico da tensão em função do número de ciclos até 
a fratura. Uma escala logarítima é quase sempre usada para N. 
O número de ciclos que 
um metal pode suportar 
antes de falhar aumenta 
com a diminuição da 
tensão. 
 
N é o número de ciclos 
de tensão que causa a 
fratura da amostra 
 
Testes de fadiga de baixa 
tensão são realizados 
em geral com cerca de 
107 ciclos. 
 Pode-se observar nas curvas S-N abaixo que a curva para o aço 
apresenta um platô para altos ciclos que é chamado de limite de fadiga. 
 O aço apresenta tensão limite acima de 300MPa, abaixo desta tensão 
o material não está mais sujeito a fratura por fadiga para qualquer 
número de ciclos. 
 Já a curva do Al apresenta uma diminuição continua do número de 
ciclos com o aumento da tensão. 
 Neste caso não se fala em limite de fadiga, apenas em resistência à 
fadiga para um certo número de ciclos. 
Curvas S-N típicas 
para dois materiais, 
aço 1047 e alumínio 
2014-T6. 
Entre os fatores que afetam a vida em fadiga de um material estão: 
• ponto de concentração de tensões (fissuras ou irregularidades 
geométricas dos entalhes), 
 
 
• tensões residuais, 
 
 
• temperatura, 
• presença de meios corrosivos, 
• composição química 
• microestrutura 
 
Fatores que influenciam a curva S-N 
Adapted from 
Fig. 8.25, Callister & 
Rethwisch 8e. 
ruim melhor 
Adapted from 
Fig. 8.24, Callister & 
Rethwisch 8e. 
N = Cycles to failure 
moderate tensile s m 
Larger tensile s m 
S
 =
 s
tre
s
s
 a
m
p
litu
d
e
 
near zero or compressive s m 
Influência da Geometria 
Influências ambientais (meios corrosivos) na curva S-N 
Aspecto da falha de uma peça de 
aço: a origem da trinca por fadiga 
ocorreu na superfície da peça; a 
propagação por fadiga ocorreu 
até aproximadamente 50% da 
área da peça e a fratura final 
ocorreu por sobre-carregamento 
(overloading) da área restante. 
Micrografia mostrando estrias 
de fadiga na superfície de 
fratura de uma amostra de 
alumínio, aumento 1950X. 
Materiais em altas temperaturas 
 
 mobilidade atômica aumenta com a temperatura, então 
os processos controlados por difusão exercem um efeito 
significante sobre as propriedades mecânicas em altas 
temperaturas 
 maior quantidade de vacâncias em equilíbrio em altas 
temperaturas além de aumentar a difusão também 
aumenta a mobilidade de discordâncias devido ao 
mecanismo de escalonamento 
Materiais em altas temperaturas 
 
 em altas temperaturas podem tornar-se ativos novos 
mecanismos de deformação, como a deformação nos 
contornos de grãos, podem ocorrer mudanças em 
sistemas de deslizamento, e serem introduzidos novos 
sistemas. 
- altas temperaturas podem afetar a estabilidade 
metalúrgica: recristalização de metais deformados, 
crescimento de grão, superenvelhecimento em ligas 
endurecidas por precipitação, problemas com oxidação 
A natureza da deformação dependente do tempo 
A tensão de escoamento tem uma componente que responde a 
ativação térmica, ou seja, deformação plástica pode ocorrer 
enquanto ambas temperatura e tensão são mantidas constantes, 
chamada fluência 
 
Fluência sendo termicamente ativada pode ocorrer em qualquer 
temperatura superior a 0K, porém sua taxa é muito sensível a 
temperatura, sendo portanto desprezível em baixas 
temperaturas 
A fluência atinge significância para temperaturas homólogas 
(T/TF) superiores a 0,5 
 
 
A natureza da deformação dependente do tempo 
Considerar fluência portanto não é importante para projetos 
para temperatura ambiente, como pontes, navios... 
 
Mas torna-se muito importante para aplicações como em tubos 
de aço usados em refinarias ou indústrias 
químicas (500°C), palhetas de turbinas (800°C) os quais estão 
sujeitos a altas temperaturas e tensões. 
Dois fatos empíricos são significantes na fluência: 
 
 deformação pode ocorrer enquanto tensão e temperatura 
são mantidas constantes 
 
 a taxa de deformação é extremamente sensível à 
temperatura 
 
 
e
kTq
A
/-

=e
A curva de Fluência 
Três estágios básicos de fluência: 
Estágio I: início do teste, é a região de inclinação decrescente 
Estágio II: parte da curva com inclinação aproximadamente constante 
Estágio III: seção final da curva em que a inclinação aumenta 
rapidamente até a fratura do corpo de prova 
 
 
 
e0 : deformação que ocorre quase instantaneamente com a 
aplicação da carga. 
A maior parte desta deformação é recuperada instantaneamente 
com a retirada da carga (elástica), enquanto uma segunda parte 
é recuperada com o tempo (anelástica) e o resto não se 
recupera (plástica) 
 
 
O primeiro estágio de fluência conhecido como fluência primária 
representa uma região de taxa de deformação decrescente. 
 A resistência do metal à fluência aumenta devido à sua própria 
deformação: mudanças no número e arranjo de discordâncias, ou seja, o 
endurecimento por deformação diminui a taxa de fluência 
 
-O segundo estágio de fluência conhecido como fluência secundária ou 
fluência do estado de equilíbrio, é um período de taxa de fluência 
aproximadamente constante que resulta de um processo competitivo 
entre mecanismos de encruamento e recuperação, além do aumento da 
tensão devido à redução de área. 
O valor médio da taxa de fluência durante este estágio é denominado 
taxa mínima de fluência, e é o parâmetro retirado da curva de fluência 
de maior importância para projetos de engenharia. 
 
 
-O terceiro estágio, ou fluência terciária, ocorre principalmente em 
ensaios de fluência com carga constante e se verifica quando existe uma 
grande redução na seção transversal seja devido a formação de 
pescoço, ou pela formação de vazios internos. 
 
O terceiro estágio também está associado a variações metalúrgicas 
como crescimento de partículas de precipitado, recristalização, ou 
variações difusionais nas fases presentes.

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