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TÍTULO DO PROJETO DE TESE: AS METODOLOGIAS ATIVAS EM AMBIENTES HÍBRIDOS DE APRENDIZAGEM: UMA NOVA PROPOSTA. LINHA DE PESQUISA: EDUCAÇÃO, CURRICULO E ENSINO. EIXO DE PESQUISA: TECNOLOGIAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO. OBJETO DE ESTUDO, JUSTIFICATIVA E DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA DA PESQUISA: A sociedade contemporânea evolui de forma dinâmica e sofre com frequência mudanças imprevisíveis; assim as instituições de ensino superior devem formar pessoas capazes de interagir e se adaptar a um ambiente social e profissional tão variável (SINGERA E STOICESCU, 2011). Um dos componentes que tornou a sociedade tão dinâmica foi sem dúvidas o computador. Hoje os computadores dividem a tarefa com os smartphones, os tablets e até mesmo com as smartvs e consoles de jogos. Hoje esses componentes são uma necessidade e não mais um luxo como eram há poucos anos. As pessoas, independentemente do seu estilo de vida, dependem do computador para realizar as suas tarefas (RAMAKRISNANA et al. 2012). Um dos principais fatores que levaram ao aumento na utilização dos computadores e similares foi a popularização da Internet, que também possibilitou o crescimento e a potencialização do uso das TIC's - Tecnologias de Informação e Comunicação que correspondem ao “conjunto de processos e produtos derivados das novas ferramentas (hardware e software), suportes da informação e canais de comunicação relacionados com o armazenamento, processamento e transmissão digitalizadas da informação" (CORBELLA E FIGAREDO 2007). O uso das novas TIC's não passa mais desapercebido por nós. Essas novas tecnologias fazem parte do nosso cotidiano e estão presentes em nossas vidas, ocupando cada vez mais espaço, em especial das novas gerações, seja em casa, no trabalho, na saúde, no lazer e inclusive na educação, principalmente nesse período de pandemia em que nos encontramos. O avanço das TIC's tem possibilitado um processamento de informações cada vez mais acelerado e uma comunicação mais eficaz, o que tem impulsionado mudanças no campo econômico, social, político e cultural. De certa maneira podemos dizer que hoje tudo ocorre em um ambiente misto; havendo interações reais, presenciais, e interações à distância, sem a proximidade física, mas nem por isso menos reais. De fato, tais interações no chamado “mundo virtual”, tem impactado de maneira muito significativa o que ocorre no “mundo real”. Infelizmente, a rápida evolução da tecnologia na sociedade não tem produzido uma mudança correspondente na forma de ensinar. A abordagem tradicional, com forte preferência pelo pensamento analítico e baseada na reprodução alcançou sucesso e funcionou bem na época da expansão industrial (século XIX), mas não atende de forma satisfatória as necessidades atuais (SINGERA E STOICESCU, 2011) e (KASHEFI et al., 2012). Deste modo, surgem as perguntas: que tipo de metodologia pode oferecer uma melhor educação para a sociedade do conhecimento? Que tipo de metodologias de ensino são mais adequadas para o processo de aprendizagem em ambientes de ensino e aprendizagem mistos? Qual o papel do professor diante da utilização das metodologias ativas? Qual o perfil do aluno em ambientes híbridos de aprendizagem que envolvem as metodologias ativas? As respostas são muitas e se relacionam com diversas características dos professores e dos alunos, dentre as quais podemos destacar: flexibilidade, criatividade, habilidade para lidar com contextos problemáticos, letramento tecnológico, capacidade de processamento de informação e especialmente, disponibilidade de aprendizagem para longo prazo (SINGERA E STOICESCU, 2011). Em um contexto geral essas competências estão fortemente relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem centrada no aluno, onde o professor costuma utilizar metodologias ativas. Para entendermos melhor o que são as metodologias ativas, basta-nos compreender que aluno passa a ser o centro do processo de ensinar e aprender. O aluno é ativo e autônomo na aquisição do conhecimento, e como nos diz Camargo (2018, p.16), as metodologias ativas possibilitam; o desenvolvimento efetivo de competências para uma vida pessoal e profissional, uma visão transdisciplinar do conhecimento e o empreendedorismo. No contexto das metodologias ativas o aluno é o sujeito reflexivo da aprendizagem e o professor se apresenta como facilitador ou mediador. O professor pode levar para sala de aula tais metodologias com a utilização ou não das TIC´s. A utilização das TIC´s na área educacional introduz novas ferramentas tecnológicas que podem ser usadas para produzir, armazenar e reproduzir a informação e o conhecimento no processo de ensino-aprendizagem, ao mesmo tempo em que exige um modo diferenciado de ensinar e, consequentemente, de aprender; forçando assim o surgimento de novos conceitos educacionais, tais como das metodologias ativas e do ensino híbrido (misto). Moran (2018) nos diz que “os processos de aprendizagem são múltiplos, contínuos, híbridos, formais e informais, abertos, intencionais e não intencionais”, isso nos faz pensar como deve ser a prática do professor ao lidar com uma realidade tão diversificada onde encontramos várias formas de ensinar e aprender; na qual se cria, se questiona, onde há inúmeras reflexões e compartilhamentos sempre crescentes e profundos em termos de conhecimento. Desta maneira, acreditamos que seja importante o desenvolvimento de pesquisas voltadas para as metodologias adotadas em sala de aula que trabalham com o ensino híbrido. Mas o que vem a ser ensino/aprendizagem híbrido ou mistos? A aprendizagem mista ou hibrida vem sendo mencionada como uma das principais tendências emergentes na área da educação coorporativa e do treinamento industrial, sendo também considerada como um modelo que tende a ser predominante no futuro, podendo se tornar muito mais comum do que o ensino presencial ou a distância, em todas as áreas da educação (WATSON, 2008). Podemos perceber com os resultados de várias pesquisas, tais como: (DZIUBAN et al., 2005); (GARRISON E KANUKA, 2004); (GRAHAM E ROBISON, 2007), que esta modalidade recebeu seu reconhecimento pelo seu potencial na área da educação, com várias tentativas de implementação e definição de um referencial teórico adequado a aprendizagem mista. Podemos comprovar a nossa fala através do estudo de (HALVERSON et al., 2014) quando argumenta que “a aprendizagem mista necessita de substanciais conversações a respeito da teoria e que tais conversações não ocorrerão sem um suporte de uma pesquisa empírica". Dessa forma, faz-se necessária uma pesquisa empírica a fim de propor uma metodologia para implementação no processo de ensino e aprendizagem mista no ensino superior, centrada em metodologias ativas. Em um mundo digitalizado e conectado, tais metodologias ‘expressam-se por meio de ensinos híbridos’ (BACICH E MORAN, 2018). Com o aumento considerável deste tipo de modalidade nos cursos de ensino superior em todo o mundo, não houve uma preocupação de se verificar como os professores e os próprios alunos estão trabalhando com os “sistemas que combinam a instrução presencial com a instrução mediada por computadores" (GRAHAM, 2006). OBJETIVO GERAL E OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Segundo Graham (2006) a definição mais precisa da aprendizagem mista é a combinação do ensino online com o ensino presencial. Apesar dessa definição parecer intuitiva e aparentemente simples, aplicações práticas são bem mais complexas. A aprendizagem mista ou híbrida é fundamentalmente uma reformulação estrutural do processo de ensino aprendizagem. Corbella e Figaredo (2007) afirmam que esta aprendizagem é revolucionária, absolutamente nova e capaz de solucionar os problemas educativos e de formação da sociedade atual. Garrison e Vaughan (2008) acreditam que quando esta modalidade de ensino for bem compreendida e implementada, a educação superiorserá transformada de uma maneira que não é vista desde a expansão do ensino superior na década de 1940. Produzir uma reformulação estrutural do processo de ensino-aprendizagem perpassa, necessariamente, pela construção de uma nova metodologia de ensino. Tal metodologia deve apresentar a capacidade de mesclar as modalidades de ensino presencial e a distância de maneira a potencializar o que há de melhor em cada uma dessas modalidades, focando na autonomia do aluno dentro do processo de ensino e aprendizagem. Considerando o potencial inovador da aprendizagem hibrida e sabendo que as metodologias ativas as representam, estabelecemos os seguintes objetivos: Objetivo Geral: Propor uma metodologia adequada para ambientes híbridos de ensino e aprendizagem no ensino superior, com base nas metodologias ativas. Objetivos Específicos: 1. Identificar e analisar as metodologias utilizadas pelos professores em cursos de ensino superior, a fim de identificar quais as metodologias ativas são mais frequentemente utilizadas. 2. Investigar como se dá o processo de aprendizagem em ambientes de aprendizagem mista. 3. Discutir o papel do docente que utiliza as metodologias ativas e do discente no processo de aprendizagem hibrida. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Até o século passado, as informações repassadas para os alunos vinham quase que exclusivamente das orientações dos professores em sala de aula, sejam em escolas, faculdades ou locais dentro de instituições de ensino, como as bibliotecas, por exemplo. Hoje, com o avanço da tecnologia, as informações que são repassadas não dependem mais exclusivamente dos livros. As informações podem e são compartilhadas em tempo real através de smartphones e computadores portáteis com acessos à internet etc. Os recursos oferecidos pelas TIC´s parecem que estão invadindo as nossas vidas e as salas de aulas, criando uma aparente mudança no cenário educacional. De fato, o que percebemos é uma utilização exacerbada de recursos tecnológicos, porém, a metodologia empregada pelo professor continua centrada nele, reproduzindo informações sem a preocupação de transformar aqueles conhecimentos significativos para os alunos; utilizando as ferramentas tecnológicas apenas para ilustrar suas aulas, apresentando vídeos ou slides dentro das salas. De acordo com Morin (2005, p. 74) “ensinar e o aprender, hoje não se limita ao trabalho dentro de uma sala. Implica em modificar o que fazemos dentro e fora dela, no presencial ou no virtual, organizar ações de pesquisa e de comunicação que possibilitem continuar em aprender em ambientes virtuais, acendendo a página da internet, pesquisando textos, recebendo e enviando novas mensagens, discutindo questões em fóruns ou em salas de aulas virtuais, divulgando pesquisas e projetos”. Neste contexto, os recursos pedagógicos aliados as TIC´s tornam-se bastante relevantes, não apenas pela facilidade a informação, mas pela diversidade e quantidade de dados oferecidos para os professores, no qual estes criarão espaços de comunicação, colaboração e interação para uma aprendizagem autodirigida. Mas qual será a concepção de professor e de aluno nesta sociedade da tecnologia da informação e da comunicação? Considerando a educação sob um novo paradigma, podemos compreender que existem novos aprendizes, assim, faz-se necessário que o professor se adapte a esta nova prática pedagógica, tornando-a cada vez mais prazerosa. Para isso, devemos adequar à educação, sempre que possível, as necessidades de uma nova sociedade, a sociedade da informação e da comunicação, entendendo que o conhecimento do professor acumulado no começo da formação não oferece mais respostas a um mundo cheio de mudanças e inquietações, o que leva o professor a se tornar também um estudante. Entendemos que neste novo milênio, com a inovação educacional, é constante o desenvolvimento de atividades de formação com foco no aluno (PEREIRA, 2019), várias habilidades precisam ser desenvolvidas através do processo de ensino e da aprendizagem. Por exemplo, aluno precisa do conhecimento de uma cultura geral, do desenvolvimento de competências básicas, tornando-se uma pessoa apta a superar inúmeras situações e a trabalhar em equipe; saber gerenciar conflitos e o respeito às diferenças; além da capacidade de autonomia, com discernimento e responsabilidade. Entretanto, precisamos entender que há diversas formas de concebê-lo no fenômeno educativo, só assim, compreenderemos sua relação com a metodologia ativa / prática pedagógica no contexto da aprendizagem mista. Ainda sobre a aprendizagem mista, existem várias definições. Graham (2006) apresenta as três mais citadas, são elas: 1. Combinação de modalidades de ensino 2. Combinação de métodos de ensino 3. Combinação do ensino online com o presencial O autor acrescenta que a terceira posição reflete com mais precisão o histórico do surgimento da aprendizagem mista. Todavia, a revisão de literatura sobre a aprendizagem mista nos apresenta ser um sistema revolucionário, absolutamente novo, capaz de solucionar os problemas educativos e de formação da sociedade atual (CORBELLA E FIGAREDO, 2007). Se existe então uma nova forma de pensar a aprendizagem mista, existe também uma nova forma de pensar as metodologias utilizadas pelo professor frente ao processo de ensino e aprendizagem para tal proposta. Pouca pesquisa tem sido feitas em se tratando da aplicação do processo de ensino e da aprendizagem mista em cursos de ensino superior, e os trabalhos publicados tendem a focar diferentes métodos de ensino e na introdução de inovações; entretanto, nenhum exame sério sobre as experiências dos estudantes tem sido reportado (SHARP E BENFIELD, 2005) e aos resultados obtidos com esse tipo de ensino, (ALEXANDER, 1999; DOWLING, GOLDFREY E GYLE, 2003; LIM E MORRIS, 2009) seja com a metodologia trabalhada, ou níveis de interação entre os envolvidos. Assim, é importante frisar, novamente, que as metodologias ativas envolvem estratégia de ensino centrada no aluno, focando sua autonomia e no seu desenvolvimento do processo de aprendizagem. A abordagem pedagógica do professor verifica que metodologias poderão ser utilizadas na aprendizagem mista para favorecer a aprendizagem significativa do aluno. Neste projeto de doutoramento, destacamos os conceitos de metodologia ativa e ensino híbrido como sendo os referencias teóricos cruciais, porém, vale destacar que nossa pesquisa será voltada para uma inovação pedagógica. Para esclarecer este conceito, apresentaremos a diferenciação de “três espécies de inovações”, de acordo com Bédard e Béchard (2009 apud DEBALD, 2020). Tais autores franceses fazem a distinção entre inovação tecnológica, inovação curricular e inovação pedagógica, vejamos: 1. Inovação tecnológica, corresponde à introdução de técnicas que produzem efeitos sobre o ensino. Os conteúdos são chamados a se adaptar as mudanças tecnológicas; 2. Inovação curricular, facilitando a organização de percursos diferentes, na gestão do tempo, seja do espaço ou do conteúdo. Trata-se de um sistema vinculado ao institucional e ao organizacional. 3. Inovação pedagógica, mais orientada para o campo das práticas dos docentes, nas relações sociais que instauram com os estudantes em uma perspectiva de aprendizagem. (BÉDARD E BÉCHARD, 2009 apud DEBALD, 2020, p. 3). Dessa forma, a inovação pedagógica apresentada neste projeto volta-se para as práticas docentes, uma vez que, os processos de aprendizagem não se apresentam de forma isolada do ensinar mesmo em ambientes híbridos de aprendizagem. METODOLOGIA: Tendo em conta que os objetivos foram propostos e as questões problemas definidas para a implementação da pesquisa, optou-se por uma metodologia de investigação de abordagem qualitativa, sem, todavia, negligenciar os dados quantitativos consideradosimportantes para a investigação, tendo em vista as várias técnicas para coleta de dados. De acordo com Goldenberg (1999) “a integração da pesquisa quantitativa e qualitativa permite que o pesquisador faça um cruzamento das suas conclusões de modo a ter mais confiança nos dados” (p.62). Muitos autores criticam a utilização da pesquisa quantitativa versus pesquisa qualitativa (MILES E HUBERMAN, 1994), mas acreditamos que podemos usar o melhor de cada uma destas abordagens (TASHAKKORI E TEDDLIE, 1998) para obtermos resultados fidedignos para o nosso estudo. Trabalharemos com uma pesquisa exploratória, com a técnica de coleta de dados através de questionários. Os sujeitos são professores e alunos de cursos de ensino superior de instituições de ensino público federal. Pretendemos coletar dados em todos os estados brasileiros, através do Google Formulário, enviados em fóruns de discussão das redes sociais, aplicativos de mensagens e e-mails institucionais. Para melhor visualização dividimos em 6 momentos a nossa investigação: Etapa 1: Revisão bibliográfica: é o momento inicial da pesquisa, vamos organizar e compilar informações sobre as pesquisas na área a respeito da aprendizagem mista (blended learning) e as metodologias ativas, tais como seu conceito e métodos. Esta primeira etapa é de caráter teórico e buscará o aprofundamento conceitual do objeto de pesquisa. ETAPA 2: Desenvolvimento e aplicação dos instrumentos de pesquisa: nesta fase trabalharemos com elaboração dos instrumentos para coleta de dados (questionários). Devido ao distanciamento social, referente a pandemia do Covid-19, os questionários serão enviados por grupos de mensagens de professores ou fórum de professores em redes sociais e, ainda, através de e-mail institucional para professores e alunos. ETAPA 3: Validação dos instrumentos: uma vez desenvolvido, vamos validar os instrumentais através de uma pequena amostragem, avaliar e em seguida, validar os instrumentos da pesquisa. ETAPA 4: Trabalho de campo: após os instrumentos validados, é o momento de aplicar os questionários com os professores e aluno do ensino superior. ETAPA 5: Descrição, análise e interpretação dos dados: fase final da pesquisa, logo após os dados coletados, realizaremos a sua descrição, análise e interpretação. Esperamos com esta pesquisa verificar o estado da arte no que diz respeito a metodologias ativas e o ensino híbrido, identificando tais metodologias utilizadas em ambientes híbridos de ensino e aprendizagem no ensino superior como inovação pedagógica. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ALEXANDER, S. Alexander. An evaluation of innovative projects involving communication and information technology in higher education. Higher Education Research & Development, 18(2), 1999. 173-183. Camargo, F.; Daros, T. A sala de aula inovadora. Porto Alegre: Penso, 2018. CORBELLA, M. R. e FIGAREDO, D. D. De la educación a distancia a la educación virtual. Ariel, 2007. DEBALD, B. Metodologias ativas no ensino superior: o protagonismo do aluno. Porto Alegre: Penso, 2020. DOWLING et al. C. Dowling, J. M. Godfrey e N. Gyle. Do hybrid exibledelivery teaching methods improve accounting students' learning outcomes? Accounting Education, 12(4), 373-391, 2003. DZIUBAN, C. MOSKAL, P. e HARTMAN, J. Elements of quality online education: Engaging communities. Needham, MA Sloan Consortium. Chap. Higher education, blended learning and the generations: Knowledge is power-no more, 2005. GARRISON, D. R. e KANUKA H. Blended learning: Uncovering its transformative potential in higher education. The Internet and Higher Education, vol.7, p.95-105, 2004. GARRISON, D. R. e VAUGHAN, N. D. Blended Learning in Higher Education. Jossey-Bass, 2008. GOLDENBERG, M. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. Record, 1999. GRAHAM C. R. Blended learning systems: Definition, current trends, and future directions in The handbook of blended learning: Global perspectives, local designs. San Francisco p. 3-21, 2006. GRAHAM C. R. e ROBISON, R. 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