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Proteção de sistemas elétricos de potência Informações básicas Endereço com material http://sites.google.com/site/disciplinasrgvm http://sites.google.com/site/disciplinasrgvm2 http://sites.google.com/site/disciplinasrgvm/ http://sites.google.com/site/disciplinasrgvm2 Ementa • Conceituação básica da proteção. • Princípios e características fundamentais de operação dos relés de proteção. Relés direcionais, diferenciais e de distância. • Proteção de equipamentos. • Seletividade e coordenação da proteção. • Sistemas de Proteção contra descargas atmosféricas Conteúdo programático • CONCEITOS BÁSICOS (Estrutura básica. Falhas em sistemas de potência. Requisitos básicos de sistemas de proteção. Tipos de proteção). • Princípios e características fundamentais de operação dos relés de proteção. Relés direcionais, diferenciais e de distância. • PROTEÇÃO DE EQUIPAMENTOS (Proteção de transformadores, geradores, motores elétricos, equipamentos, sistemas de distribuição, linhas de transmissão, barramentos, capacitores) • SELETIVIDADE E COORDENAÇÃO DE PROTEÇÃO. • SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS. Bibliografia básica • CAMINHA, A. Introdução a proteção dos sistemas elétricos. São Paulo: Blucher, 2012. • MAMEDE FILHO, J. ; MAMEDE, D. R. Proteção de sistemas elétricos de potência. Rio de Janeiro: LTC, 2016. • BERGER, L. T.; INIEWASKI, K. Redes elétricas inteligentes: aplicações, comunicação e segurança. Rio de Janeiro : LTC, 2015 Bibliografia complementar • MAMEDE FILHO, J. Manual de equipamentos elétricos. 2 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. • MOHAN, N. Sistemas elétricos de potência: curso introdutório. Rio de Janeiro : LTC, 2016. • ZANETTA JUNIOR, L. C. Fundamentos de sistemas elétricos de potência. São Paulo, 2006. • OLIVEIRA, C. C. B.; SCHMIDT, H. P.; KAGAN, N.; ROBBA, E. J. Introdução a sistemas elétricos de potência: componentes simetricas. 2 ed. São Paulo: Blucher, 2000. • MONTICELLI, A.G. Introdução a Sistemas de Energia Elétrica. São Paulo: Unicamp,2004. Datas importantes Primeira etapa Efetuar levantamento dos dispositivos de proteção e equipamentos disponíveis no laboratório. Efetuar levantamento e especificações de cada um destes dispositivos. Elaborar uma montagem, utilizando os equipamentos disponíveis no laboratório, simulando algum tipo de processo e/ou estrutura real. Gerar documento descritivo do equipamento e/ou processo proposto e dos dispositivos de proteção disponíveis no laboratório passíveis de utilização na estrutura proposta. Tema base projeto disciplina – grupos com 02 componentes Segunda etapa Efetuar montagem de sistema de proteção para a estrutura proposta na primeira etapa, simulando, pelo menos, três tipos de falhas. Realizar apresentação da montagem simulando falhas e da estratégia de proteção adotada. Tema base projeto disciplina – grupos com 02 componentes Proteção de sistemas elétricos de potência Considerações iniciais Na operação de sistemas elétricos de potência surgem, independente da qualidade do projeto e/ou especificações realizadas, com certa frequência, falhas nos seus componentes que resultam em interrupções no fornecimento de energia aos consumidores conectados. O risco da ocorrência de uma falha considerando-se um componente isoladamente é pequeno, entretanto, globalmente pode ser bastante elevado, aumentando-se, também, a repercussão numa área considerável do sistema. Introdução Introdução SISTEMA RADIAL Se ocorre uma falha no circuito que alimenta o consumidor 2 (T2), apenas este circuito pode ser desconectado e essa falha pode não afetar os demais consumidores. Um dos problemas desta topologia é que restaurar o fornecimento de energia elétrica para o consumidor desconectado dependerá de recuperação de seu circuito→ isso pode ser inaceitável e/ou indesejável para determinados consumidores. Introdução SISTEMA RADIAL Uma forma de se resolver isso, ainda mantendo a estrutura radial, é inserindo circuitos redundantes. Problemas desta opção: →Maior custo →Aumento das correntes de falta devido a circuitos em paralelo. Introdução Introdução SISTEMA EM MALHAS Viabiliza estrutura mais segura quanto a garantia de manutenção de fornecimento de energia ao consumidor, com alguma economia na infra estrutura quando comparada à redundância utilizando sistemas radiais. A impedância do sistema, em condições de falta, torna-se maior quando comparada a encontrada em sistemas radiais. A impedância que limita as correntes de falta dependerá do ponto de ocorrência da falta e, assim, a coordenação da proteçãotorna-se mais trabalhosa. Introdução Fatores internos e externos podem provocar falhas. Uma falha é qualquer estado anormal de um sistema. Em geral, as falhas são constituídas de curtos-circuitos e/ou circuitos abertos. Devido à própria natureza do sistema elétrico de potência, é impossível tornar o sistema elétrico imune a perturbações, defeitos e/ou falhas diversas. Introdução Os sistemas elétricos não são imunes a falhas, deste modo é necessária a aplicação de um sistema de proteção com o objetivo de isolar a área com defeito mantendo o resto do sistema em funcionamento. Os defeitos nos sistemas industriais são provenientes de causas humanas, causas naturais ou por falhas dos equipamentos. Muitas vezes os efeitos de uma falta em um sistema industrial, em que uma enorme quantidade de energia elétrica é dispersa, podem levar a destruição dos equipamentos envolvidos na falha, severas interferências no desempenho do sistema, oferecer danos aos funcionários, perdas de faturamento e grande tempo de paradas. Introdução As falhas mais comuns estão associadas a: • Curto circuito • Sobrecargas • Sobretensões e/ou sobrecorrentes • Subtensões Introdução Curto-circuito franco Ocorre quando determinado objeto físico fecha o caminho entre duas ou mais fases ou ainda entre uma fase e a terra. Este tipo de curto não é tão frequente em sistemas industriais, porém pode ser mais provável em sistemas de distribuição, que possuam linhas aéreas e fios nus. Introdução Curto-circuito franco – consequências associadas • Incremento nas perdas por efeito Joule; • Riscos para os usuários • Em áreas perigosas, riscos à segurança (pessoas e instalações) • Incremento na probabilidade de ocorrência de falhas em outros pontos do circuito; • Aumento de estresse térmico e mecânico sobre componentes; • Quedas de tensão nos circuitos. Introdução Curto-circuito com arco Ocorre quando o meio isolante entre as fases ou entre a(s) fase(s) e o terra é comprometido, devido à fatores como impregnação de impurezas ou ainda falhas como ressecamentos ou rachaduras. No momento em que o material isolante se rompe, pode ocorrer o aparecimento de um arco elétrico, ou seja, a passagem de corrente pela ionização do meio gasoso existente entre as fases ou entre a fase e a terra. Esse tipo de curto é altamente prejudicial para os equipamentos próximos, já que a grande quantidade de energia liberada com o arco pode causar a vaporização instantânea dos metais que compõem os equipamentos. Outro problema dos curtos com arco é que, devido à alta resistência do arco, a corrente de curto-circuito tende a ser bem menor que a corrente em um curto franco, dificultando assim a atuação dos equipamentos de proteção. Introdução “Falhas passivas” • Sobrecarga que pode provocar sobreaquecimento de componentes, por exemplo, isoladores (deteriorando sua qualidade, reduzindo vida útil). • Sobretensão: estresse de isoladores. • Alterações de frequência (redundando em operações incorretas de equipamentos e/ou dispositivos). • Flutuações de potência Introdução As consequências devido às falhas no sistema elétrico podem ser irrelevantes ou desastrosas. Funções dos sistemas de proteção: • Assegurar a desconexão de todo o sistema elétrico, ou parte dele, submetido a qualquer anormalidade que o façaoperar fora dos limites especificados de segurança. • Fornecer as informações necessárias aos responsáveis pela operação do sistema elétrico de forma a facilitar a identificação dos defeitos, facilitando as intervenções visando a restauração de integridade e operação segura segurança. Introdução Funções dos sistemas de proteção: • Salvaguardar a integridade física de operadores, usuários do sistema e animais – vidas não tem preço; • Evitar ou minimizar danos materiais – os custos envolvidos podem ser muito elevados; • Retirar de serviço um equipamento ou parte do sistema que se apresente defeituoso – desperdício de energia; • Melhorar a continuidade do serviço – satisfação do consumidor; • Diminuir despesas com manutenção corretiva; • Melhorar índices de desempenho (como, por exemplo, tempo médio para reparo, tempo médio entre falhas, duração de interrupção equivalente por consumidor, frequência de interrupção equivalente por consumidor). Introdução A proteção de qualquer sistema elétrico é feita com o objetivo de diminuir ou evitar risco de vida e danos materiais, quando ocorrer situações anormais durante a operação do mesmo. A proteção deve eliminar o defeito o mais rápido possível, de modo a deixar o menor número possível de consumidores sem energia elétrica. Introdução Para atenuar os efeitos das perturbações, o sistema de proteção deve: • Assegurar, o melhor possível, a continuidade da alimentação; • Salvaguardar, vidas, material e as instalações da rede. Para cumprir seus objetivos: • deve alertar os operadores; • isolar (retirar de serviço) trechos defeituosos do sistema. • se há, por exemplo, um curto-circuito: proteger e evitar o agravamento dos danos aos equipamentos principais e/ou reflexos sobre toda a rede. Introdução O estudo de implementação da proteção elétrica de um sistema leva em consideração os seguintes aspectos: • econômico: determinante na escolha entre opções de tecnologias e/ou estratégias de sistemas de proteção disponíveis (por exemplo, sistemas utilizando relés microprocessados ou equipamentos eletromecânicos). • propagação do defeito: evitar que o defeito possa atingir outros equipamentos da rede, causando danos a estes ou interferindo na operação normal do sistema. • tempo de inoperância: minimizar o tempo da não disponibilidade do fornecimento de energia. Introdução Introdução Parâmetros/critérios que permitem identificação de falhas: • Elevação de corrente • Elevação e/ou redução de tensão • Inversão do sentido de corrente • Alteração da impedância do sistema • Comparação de módulo e fase na entrada e na saída do sistema Introdução Corrente nominal: valor de corrente em regime permanente (secundária) que pode circular permanentemente por um circuito. Corrente de ajuste: valor de corrente ajustada no dispositivo de proteção (relé, por exemplo) e acima do qual o mesmo será disparado. Corrente de acionamento: é o valor de corrente que provocará atuação do dispositivo de proteção. Introdução – definição de convenção de terminologias Corrente máxima admissível: máximo valor de corrente que o dispositivo, ou parte do mesmo, pode suportar, por dada unidade de tempo, sem que o mesmo seja danificado. Consumo: valor de energia demandada por dado dispositivo durante sua operação em condições normais de operação. Potência nominal: valor de potência demandada por dado dispositivo durante sua operação em condições normais de operação. Introdução – definição de convenção de terminologias Tensão nominal: valor de tensão de projeto do dispositivo e para a qual sua estrutura foi projetada para suportar (isolamentos, por exemplo). Tensão de serviço: valor da tensão do sistema ao qual o dispositivo foi conectado. Tensão máxima admissível: máximo valor de tensão ao qual um dispositivo pode ser submetido. Temporização: valor de tempo, normalmente em segundos, que pode ser configurado para a completa atuação do dispositivo. Introdução – definição de convenção de terminologias Operação normal: pode ser entendida como a situação de ausência de falhas nos equipamentos de operação e falhas aleatórias. Operação em situação anormal: condição que pode provocar distúrbios na rede elétrica, tais como oscilações de tensão, sem, contudo, apresentar elevações de corrente elétrica em termos de curto- circuito. Situações de curto-circuito: são as mais críticas, podendo danificar severamente os sistemas interconectados. Introdução – definição de convenção de terminologias Coordenação: Significado literal da palavra (dicionário): “colaboração harmoniosa de partes e sequência normal de funções”. Coordenação de um sistema de proteção significa ajustar os parâmetros dos equipamentos de forma a garantir que, para uma falta em um determinado ponto do sistema elétrico, a atuação dos relés ocorrerá de forma coordenada, com os relés mais próximos à falta atuando antes que os relés subjacentes, isolando e erradicando a falta. Caso os primeiros na ordem de atuação falhem, os próximos relés devem atuar, seguindo assim uma ordem de prioridade de operação. Introdução – definição de convenção de terminologias Seletividade: Técnica usada no estudo de proteção e coordenação por meio da qual somente o elemento de proteção mais próximo do defeito desconecta a parte defeituosa do sistema elétrico. A seletividade está atrelada ao conceito de coordenação, sendo que um sistema elétrico de proteção é dito seletivo quando, diante da ocorrência da falta em um ponto, apenas a menor parte do sistema de potência ao redor deste ponto é isolada pela proteção, garantindo assim que o restante do sistema (e suas respectivas cargas) continue a funcionar de forma satisfatória. Introdução – definição de convenção de terminologias Seletividade: Garantir a coordenação e a seletividade do sistema de proteção é uma das tarefas mais difíceis no planejamento do mesmo, principalmente em sistemas estruturados em malhas, que possuem uma confiabilidade sensivelmente superior aos sistemas radiais. Utilizar um esquema de proteção altamente complexo acaba por violar princípios de viabilidade e payback. Introdução – definição de convenção de terminologias Coordenação / Seletividade: A coordenação é obtida pela superposição das curvas de atuação dos diversos dispositivos de proteção presentes na rede, com o objetivo de escolher, da forma mais adequada possível, as temporizações de cada equipamento e definir os valores corretos de corrente de pick-up ou corrente de atuação dos mesmos. Desta forma, qualquer defeito que ocorra em um determinado ponto da rede resultará na atuação dos dispositivos mais próximos ao curto, garantindo que a menor parte necessária do sistema seja retirada de operação. Introdução – definição de convenção de terminologias Coordenação / Seletividade – documentos necessários: • Memorial Descritivo da Instalação: define quais os tipos de equipamento devem ser utilizados e o conceito geral dos critérios de projeto para o sistema a ser desenvolvido, como por exemplo, as funções de proteção que serão utilizadas em cada circuito típico da planta a ser projetada. • Lista de Cargas: mostra o arranjo geral das cargas nos painéis e suas características elétricas, bem como, quando aplicável, as diferentes condições operativas da planta sob análise. • Folha de Dados de Equipamentos: definem todas as características dos equipamentos a serem considerados no estudo, como por exemplo, o tempo de partida e de rotor bloqueado para os motores. • Diagramas Unifilares, Lógicos e Funcionais: apresentam os dispositivos de proteção e sua forma de atuação para cada tipo de carga em particular. Introdução – definição de convenção de terminologias Zonas de atuação: Durante a ocorrência de um defeito, o elemento de proteção deve ser capaz de definir se a ocorrência é interna ou externa à zona protegida. Se a ocorrência está noslimites da zona protegida, o elemento de proteção deve atuar e acionar a abertura do disjuntor associado, num intervalo de tempo definido no estudo de proteção. Se a ocorrência está fora dos limites da zona protegida, o relé não deve ser sensibilizado pela grandeza elétrica do defeito ou, se for, deve ter bloqueado o seus sistema restritor de atuação. Introdução – definição de convenção de terminologias Velocidade: Desde de que tenha sido definido um tempo mínimo de operação para um elemento de proteção, a velocidade de atuação deve ser a de menor valor possível, a fim de propiciar as seguintes condições favoráveis: a) Reduzir ou mesmo eliminar as avarias no sistema de proteção. b) Reduzir o tempo de afundamento de tensão durante as ocorrências nos sistemas de potência. c) Permitir a ressincronização dos motores. Introdução – definição de convenção de terminologias Sensibilidade: Consiste na capacidade do elemento de proteção reconhecer com precisão a faixa e os valores indicados para a sua operação e não operação. Para se avaliar numericamente o nível de sensibilidade de um elemento de proteção, pode-se aplicar a equação: 𝑁𝑆 = 𝐼𝑐𝑐𝑚𝑖 𝐼𝑎𝑐 Nesta equação: Iccmi é a corrente de curto circuito em seu valor máximo, tomado no ponto mais externo à zona de proteção, considerando a condição de geração mínima. Iac é a corrente de acionamento do elemento de proteção (valor mínimo de corrente capaz de acionar o referido elemento de proteção). Introdução – definição de convenção de terminologias Confiabilidade: Capacidade do elemento de proteção cumprir, com segurança e exatidão, as funções que lhe foram confiadas. Automação: Consiste na propriedade do elemento de proteção de operar automaticamente quando for solicitado pelas grandezas elétricas que o sensibilizam e retornar sem o auxílio humano, se isso for conveniente, à posição de operação depois de cessada a ocorrência. Introdução – definição de convenção de terminologias Propriedades fundamentais para o bom desempenho: 1. Os relés não devem ser sensibilizados pelas sobrecargas e sobretensões momentâneas. 2. Os relés não devem ser sensibilizados pelas oscilações de corrente, tensão e frequência ocorridas naturalmente no sistema, desde que consideradas normais em projeto. 3. Os relés devem ser dotados de bobinas e circuitos de pequeno consumo de energia. 4. Os relés devem ter características inalteradas para diferentes configurações do sistema elétrico. Introdução Unidade de entrada Corresponde aos equipamentos que recebem as informações de distúrbios do sistema elétrico, tais como transformadores de corrente e de potencial, e enviam esses sinais à unidade de conversão do relé de proteção. Oferecem uma isolação elétrica entre o sistema e os dispositivos de proteção, evitando que tensões e correntes elevadas sejam conduzidas a estes dispositivos. Estrutura básica sistemas de proteção Unidade de conversão de sinal É o elemento interno aos relés que recebe os sinais dos transformadores de corrente e de potencial e os transforma em sinais com modulação adequada ao nível de funcionamento dos relés. Na proteção com relés primários não existe a unidade de conversão, já que a corrente e/ou tensão da rede são aplicadas diretamente sobre a unidade de disparo do disjuntor. Estrutura básica sistemas de proteção Unidade de medida Compara os sinais injetados em sua entrada (módulos de corrente e tensão, ângulo de fase, frequência, por exemplo) com os valores previamente armazenados e tidos como de referência de operação. Caso os valores de entrada sejam superiores aos valores de referência, um sinal é enviado à unidade de saída. Estrutura básica sistemas de proteção Fonte de tensão auxiliar É a unidade que fornece energia necessária à operação das unidades internas do sistema. Pode, por exemplo, ser uma bateria ou outro tipo de circuito auxiliar ligado à uma fonte de alimentação. Estrutura básica sistemas de proteção Unidade de saída Normalmente constituída por uma pequena bobina acionando um contato auxiliar ou por uma chave semicondutora. Estrutura básica sistemas de proteção Unidade de acionamento Normalmente constituída por uma bobina de grossas espiras montada no corpo do elemento de desconexão do sistema, que pode ser um disjuntor ou um interruptor. Característica de sistemas de proteção com relés secundários. Na proteção com relés primários, a unidade de acionamento é ativada diretamente pelas unidades de entrada. Estrutura básica sistemas de proteção Estrutura básica sistemas de proteção Estrutura básica sistemas de proteção Estrutura básica sistemas de proteção Estrutura básica sistemas de proteção Estrutura básica sistemas de proteção Estrutura básica sistemas de proteção Estrutura básica sistemas de proteção – sistemas digitais Estrutura básica sistemas de proteção – sistemas digitais Estrutura básica sistemas de proteção – sistemas digitais Proteção de sistemas elétricos de potência Considerações sobre seletividade É a característica que um sistema de proteção deve ter para que, ao ser submetido a correntes anormais, faça atuar os dispositivos de proteção de maneira a desenergizar somente a parte do circuito afetado. Em um projeto de sistema de proteção cada elemento protetor deve ter uma abrangência de atuação, denominada zona de proteção. Seletividade - definição Proteção de primeira linha Corresponde ao elemento de proteção para o qual é definida uma zona de responsabilidade dentro de limites predefinidos, devendo atuar num tempo previamente ajustado, sempre que ocorrer um defeito nessa zona. Seletividade – zonas de proteção Proteção de segunda linha (ou de retaguarda) Corresponde ao elemento de proteção responsável pela desconexão do sistema caso haja uma falha na proteção de primeira linha, dentro de um intervalo de tempo definido no projeto de coordenação. Seletividade – zonas de proteção Na figura, os quadradinhos numerados são dispositivos de proteção. O que se espera que ocorra se houver uma falta na posição K indicada na figura? Seletividade – zonas de proteção – QUESTÃO Deve-se ter em mente que a desconexão de determinados circuitos torna as operações do sistema elétrico como um todo cada vez mais restritivo. Muito provavelmente, determinados circuitos podem ter aumento de fluxo de potência e, numa condição mais extrema, podem ser necessárias operações de alívio de cargas (corte de fornecimento para determinadas cargas), evitando-se que o sistema entre em colapso. Seletividade – zonas de proteção A proteção de retaguarda pode ser local ou remota. A proteção de retaguarda local encontra uma larga faixa de aplicação em sistemas de 230 KV e acima, para os quais são exigidos elevados níveis de confiabilidade, e os sistemas elétricos são projetados com esquemas complexos de proteção e comando. A proteção de retaguarda remota se justifica quando se deseja total independência entre a proteção de primeira linha e a proteção de segunda linha. Seletividade – viabilização de coordenação Também conhecida como seletividade por corrente. Fundamenta-se no princípio de que as correntes de curto circuito aumentam à medida que o ponto de defeito se aproxima da fonte de suprimento. É mais utilizada nos sistemas de baixa tensão, em que a impedância dos circuitos elétricos é significativamente maior que nos sistemas de média e alta tensão. Seletividade amperimétrica Para que sua utilização seja viável, as correntes de falta, nos pontos de instalação dos dispositivos de proteção, devem apresentar valores que permitam a coordenação adequada do sistema de proteção, pois, o mesmo estará sendo especificado com base nas diferenças de corrente nestes diversos pontos. Seletividade amperimétrica Nos sistemas de distribuição pode ser viabilizada através do uso de elos fusíveis em que as impedâncias dos condutores variamde forma significativa à medida que se afastam da subestação de potência. Nos sistema de transmissão de curta distância, as correntes de defeito não apresentam grandes variações nos diferentes pontos de falta, o que dificulta a aplicação destes procedimentos. Seletividade amperimétrica Seletividade amperimétrica Fundamenta-se no princípio de que a temporização intencional do dispositivo próximo ao ponto de defeito deve ser inferior à temporização intencional do dispositivo de proteção a montante. Consiste em retardar uma proteção instalada a montante para que a proteção instalada a jusante tenha tempo suficiente para atuar eliminando e isolando a falta. Seletividade cronométrica Este procedimento tem sua base no princípio de que a temporização do dispositivo de proteção mais próximo à falta seja inferior ao dispositivo a montante. Este procedimento pode ser melhor compreendido através da figura. O tempo de disparo das proteções de forma consecutiva tem que ser igual ao tempo de abertura do disjuntor somando um intervalo de coordenação que corresponde à atuação das proteções. Seletividade cronométrica A diferença dos tempos de disparo de duas proteções consecutivas deve corresponder ao tempo de abertura do disjuntor, acrescido de um tempo de incerteza de atuação das referidas proteções. Essa diferença, denominada intervalo de coordenação, é assumida com valores entre 200 e 400 ms. Seletividade cronométrica Seletividade cronométrica Essa estratégia baseada em seletividade cronométrica pode conduzir a tempos de atuação da proteção muito elevados à medida que se aproxima da fonte de suprimento e isso pode causar dificuldades e/ou inviabilizar a coordenação dos sistemas de proteção. Seletividade cronométrica Nos sistemas de potência, em que existem várias subestações seccionadoras em série, ligadas por linhas de transmissão curtas, há dificuldades de se obter uma seletividade adequada devido ao crescimento dos tempos de coordenação. Elevados tempos de atuação implicarão em maiores sobrecargas térmicas e dinâmicas nos equipamentos. Seletividade cronométrica – desvantagens Se as impedâncias acumuladas nos diferentes barramentos de um sistema de potência apresentam diferenças apreciáveis, significando que as correntes de curto circuito têm valores muito diferentes, pode ser necessário superdimensionar termicamente os dispositivos de seccionamento, barramentos, cabos, dentre outros, principalmente se for adotada a estratégia do tipo tempo definido. Seletividade cronométrica – desvantagens Por admitir-se a corrente de defeito por um tempo que pode ser excessivo, podem ocorrer quedas de tensão prejudiciais ao funcionamento das demais cargas. O valor elevado de corrente de curto circuito, aliado ao tempo excessivo de atuação da proteção, poderá danificar elementos da instalação em virtude da duração do arco elétrico/corrente de falta. Seletividade cronométrica – desvantagens Quando existem vários elementos de proteção em série entre o ponto de defeito próximo à carga e a barra da fonte, muitas vezes torna-se impraticável implementar um projeto de coordenação cronométrica devido ao limite de tempo imposto normalmente pela concessionária de distribuição ou de geração na graduação do relé de fronteira. Seletividade cronométrica – desvantagens Em função do tipo de dispositivo de proteção utilizado, as seguintes combinações de proteção podem ser encontradas nos sistemas elétricos e, em cada um dos casos, é necessária análise individual para dimensionamento dos dispositivos: • Fusível em série com fusível • Fusível em série com relés temporizados • Relés temporizados em série entre si • Relés temporizados em série com relés instantâneos Seletividade cronométrica – considerações Seletividade cronológica Este tipo de seletividade pode apresentar condições que não o viabilizam em um projeto de instalação industrial devido aos tempos de atuação das proteções atingirem valores elevados, à medida que se aproxima da fonte. Algumas desvantagens: • As concessionárias impõem tempos reduzidos da proteção na fronteira com a indústria, assim podendo prejudicar o projeto de seletividade que podem ultrapassar o valor imposto pela companhia de energia elétrica; • Pode-se ter um superdimensionamento dos dispositivos de seccionamento, barramentos, cabos etc. devido à variação das correntes de curto-circuito; • Ao admitir que haja esse superdimensionamento dos dispositivos de proteção pode ocorrer quedas de tensão prejudiciais às cargas instaladas no SEI. Corrente de curto circuito - seletividade Corrente de curto circuito - seletividade Seletividade cronológica Corrente de curto circuito - seletividade Seletividade cronológica Corrente de curto circuito - seletividade Viabilizada pela introdução dos relés digitais. Sistema que combina um esquema de proteção de sobrecorrente com um esquema de comunicação utilizando fio piloto ou outro meio equivalente de forma a se obter uma proteção com intervalos de tempo extremamente reduzidos, porém seletivos. Torna-se mais facilmente aplicada em sistemas radiais. Pode ser aplicada em sistemas em anel, quando são utilizados relés de sobrecorrente direcionais. Seletividade lógica O fio piloto pode ser um cabo de fibra ótica, elementos dos cabos guarda de linhas de transmissão do tipo OPGW (cabo condutor com núcleo de fibra ótica) ou rede privada, pelos sistemas de telecomunicações de concessionárias de serviço público. A função deste canal de comunicação é conduzir o sinal lógico de bloqueio. Seletividade lógica • A primeira proteção a montante do ponto de defeito é a única responsável pela atuação do dispositivo de abertura do circuito. • As proteções situadas a jusante do ponto de defeito não receberão sinal digital de mudança de estado. • As proteções situadas a montante do ponto de defeito receberão os sinais digitais de mudança de estado para bloqueio ou para atuação. Seletividade lógica – princípio de funcionamento • Cada proteção deve ser capaz de receber um sinal digital da proteção a jusante e enviar um sinal digital à proteção a montante e, ao mesmo tempo, acionar o dispositivo de abertura do circuito. • As proteções são ajustadas com tempo de 50 a 100 ms. • Cada proteção é ajustada para garantir a ordem de bloqueio durante um tempo definido pelo procedimento de seletividade lógica, cuja duração pode ser admitida entre 150 e 200 ms. Seletividade lógica – princípio de funcionamento • A primeira proteção a montante do ponto de defeito deve primeiramente comandar o disjuntor ao qual está associada, num tempo ajustado de 100 ms, enviando antes um sinal lógico de bloqueio de atuação para a proteção imediatamente a montante (segunda proteção ou proteção de retaguarda). • A segunda proteção, ao receber o sinal lógico de bloqueio da primeira proteção, permanece bloqueada enquanto o sinal lógico estiver ativo, enviando, por sua vez, um sinal lógico de bloqueio para a proteção mais a montante (terceira proteção). • A terceira proteção, ao receber o sinal lógico de bloqueio da segunda proteção, permanece bloqueada enquanto o sinal lógico persistir, procedendo da mesma forma com a segunda proteção e assim por diante. Seletividade lógica – procedimentos FIM
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