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Instalações Elétricas Aterramento Um aterramento elétrico consiste em uma ligação elétrica proposital de um sistema físico (elétrico, eletrônico ou corpos metálicos) ao solo. Componentes básicos: • As conexões elétricas que ligam um ponto do sistema aos eletrodos. • Eletrodos de aterramento (qualquer corpo metálico colocado no solo). • Terra que envolve os eletrodos. Introdução O termo aterramento se refere à terra propriamente dita ou a uma grande massa que se utiliza em seu lugar. Quando falamos em sistema aterrado, queremos dizer que pelo menos um de seus componentes está propositalmente ligado à terra. Introdução Em geral, sistemas elétricos não precisam estar ligados à terra para funcionarem e, de fato, nem todos os sistemas são aterrados. Em sistemas elétricos, quando designamos as tensões, geralmente elas são referidas à terra. A terra é uma boa escolha como ponto de referência (zero) porque “está em todos os lugares” (grande massa). Introdução a) Estabelecer uma referência para a rede elétrica; b) Viabilizar caminho seguro para escoamento de cargas acumuladas e/ou correntes não desejáveis, como, por exemplo: • Correntes de raios; • Descargas eletrostáticas; • Correntes de filtros, supressores de surtos e para-raios de linha; • Correntes de faltas (defeitos) para a terra. c) Viabilizar correta especificação de estratégias de proteção. Introdução – funções primárias a) Segurança de atuação da proteção b) Proteção das instalações contra descargas atmosféricas c) Proteção do indivíduo contra contatos com partes metálicas da instalação energizadas acidentalmente d) Uniformização do potencial em toda a área do projeto, prevenindo lesões perigosas que possam surgir durante uma falta fase-terra. Introdução – funções primárias Aterrar um sistema, ou seja, ligar intencionalmente um condutor fase ou, o que é mais comum, o neutro à terra, tem o objetivo de controlar a tensão em relação à terra, mantendo-a dentro de limites previsíveis. Este aterramento, também, fornece um caminho para circulação de corrente que irá permitir a detecção de uma ligação indesejada entre os condutores vivos e a terra. Isso provocará a operação de dispositivos automáticos que removerão a tensão nesses condutores. Introdução O controle dessas tensões em relação à terra: • Limita o esforço de tensão na isolação dos condutores, • Diminui interferências eletro magnéticas e • Permite a redução dos perigos de choque para as pessoas que poderiam entrar em contato com condutores vivos. • Proporcionar uma referência comum para as tensões do sistema. A Terra, por apresentar o mesmo potencial em todos os pontos sob condições normais, pode ser considerada o potencial neutro ou zero, em relação ao qual se medem as outras tensões. Introdução Via de regra, o aterramento não é feito para servir de retorno das correntes de desequilíbrio entre fases. O uso do aterramento como via de “retorno” de correntes abre a possibilidade de que não seja necessário o neutro no caso de sistemas monofásicos (bastando aterrar o neutro das cargas), porém, essa opção possui restrições relevantes que serão melhor detalhadas mais adiante. Introdução O potencial da Terra se mantém uniforme porque existe certa condutividade do solo, que tende a uniformizar a distribuição das cargas na sua superfície, impedindo que as cargas elétricas se acumulem em determinadas regiões. Introdução Sob condições impostas externamente, como nuvens carregadas eletrostaticamente, podem ocorrer acúmulos correspondente de cargas simétricas na terra. Nessas condições, o potencial da terra deixa de ser uniforme. Em virtude de a terra ser um (mal) condutor, ocorre que, de fato, pode haver corrente de retorno se um sistema elétrico desequilibrado for aterrado. Mas essa função de caminho de retorno deve ser a atribuição do condutor neutro que conecta os pontos comuns na ligação trifásica a quatro fios (Y-Y). Introdução • A Terra (solo) nem sempre é um bom “terra” (resistividade do solo). • O que é aceitável a 60 Hz, nem sempre trabalhará bem em altas frequências. • A interconexão de sistemas, mesmo com condutores de grande seção, pode ser ineficiente quando a instalação é mal feita. → Por exemplo, o cabo associado ao aterramento deve ser instalado junto aos condutores que alimentam determinado circuito (se isso não é feito, tem-se aumento considerável na indutância deste cabo). • Estratégias de aterramento inadequadas podem interferir na eficiência de sistemas de proteção. • Não sendo bem projetado, a existência de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas pode causar mais problemas que não tê- lo. Introdução – considerações importantes Neutro: condutor fornecido pela concessionária de energia elétrica e possibilita “retorno” de corrente elétrica. Terra: condutor construído através de uma haste metálica e que, em situações normais, não deve possuir corrente elétrica circulante. Introdução Aterramento: ligação elétrica intencional e de baixa impedância com a terra (solo). Ligação equipotencial: ligação elétrica que coloca as massas e elementos condutores praticamente no mesmo potencial. Pode não envolver, necessariamente, contato das massas com o solo. Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução A presença de aterramento se manifesta, na perspectiva do sistema, quando flui corrente pelos eletrodos e, na ausência da mesma, tem-se um potencial nulo nos eletrodos (mesmo potencial de um ponto infinitamente afastado). A resistência de aterramento pode afetar o sistema de duas formas: a) Através de uma influência ativa (seu valor pode ser determinante na limitação do valor da corrente que flui para o solo). b) Sob uma perspectiva passiva (o fluxo de corrente pelo aterramento resulta em uma elevação de potencial no solo, transmitida ao ponto de aterramento do sistema). Considerações Uma ligação à terra pode constituir-se em um fator de segurança por permitir o escoamento para a mesma de correntes de cargas ou correntes de descarga. Assim, pode-se evitar ou, pelo menos, minimizar, os efeitos indesejáveis de: • Energização (acidental ou por falta de isolamento) de partes metálicas de sistemas, expostas ao contato de pessoas e animais. • Carregamento de cargas estáticas em corpos ou equipamentos industriais, cujas descarga pode originar faíscas ou irradiação eletromagnética. Exemplo: fábricas de tecidos, em que o atrito entre diferentes materiais costuma carregar estaticamente os equipamentos, com riso de incêndio). • Descargas atmosféricas. Aplicações aterramento Introdução – funções aterramento Valores médios de resistência do corpo humano em função do trajeto da corrente: Mão / pé: 1000 a 1500 Ω Mão / mão: 1000 a 1500 Ω Mão / tórax: 450 a 700 Ω As principais variáveis que influenciam na resistência do corpo humano são: estado da pele, local de contato, área de contato, pressão de contato, duração do contato, natureza da corrente, taxa de álcool no sangue, tensão elétrica do choque. Maiores detalhes, incluindo modelo elétrico do corpo humano: IEC/TS 60479-1. Introdução – considerações Introdução – funções aterramento Introdução – funções aterramento Introdução – funções aterramento Introdução – funções aterramento Limitação de níveis de potenciais ou distribuição destes a patamares seguros. • Tensões induzidas em corpos metálicos por fenômenos atmosféricos ou linhas energizadas próximas (exemplo: tensões induzidas em cercas de arame). • Minimização de gradientes de potencial na superfície do solo. Aplicações aterramento Introdução – funçõesaterramento Introdução – funções aterramento Uso do terra como um condutor de retorno. Em diversas aplicações, recorre-se ao solo como um condutor efetivo no circuito de alimentação (exemplos: sistema monofásico com retorno pelo terra, empregado na distribuição rural e sistemas de transmissão em corrente contínua). Nestes casos, são necessários cuidados especiais nos aterramentos, que se constituem no ponto de injeção de corrente no solo. Aplicações aterramento Aterramento de certos pontos do sistema para influenciar no desempenho do mesmo. Aplicações aterramento Sistema isolado: Não existe conexão condutiva proposital entre o sistema elétrico e o solo. O acoplamento entre ambos é fraco e se faz, prioritariamente, de forma capacitiva. O nível das máximas sobretensões possíveis neste tipo de sistema é elevado e existem dificuldades na localização de eventuais faltas para a terra. Utilizado em situações em que a continuidade do serviço é prioridade. Considerações Sistema solidamente aterrado: Alguns pontos do sistema são conectados diretamente à terra, procurando-se um caminho de mínima impedância à passagem de eventual corrente de falta. Os valores elevados de corrente resultante nessa eventualidade sensibilizam os dispositivos de proteção, os quais prontamente comandam o desligamento da parte faltosa do sistema. Muitas vezes, a intensidade dessas correntes as torna muito destrutivas para os componentes do sistema. As sobretensões são mais facilmente controladas neste caso (sendo esta a forma mais usual de aterramento de sistemas no Brasil). Considerações Sistema aterrado por impedância : É interposta, propositalmente, entre o sistema elétrico e o aterramento físico, uma impedância que procura limitar o valor de uma eventual corrente de falta, sem, contudo, eliminar uma conexão condutiva do sistema ao solo. Com o avanço da tecnologia digital para detecção de correntes de falta, tem crescido significantemente este tipo de aterramento. Considerações
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