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MÓDULO 2 - DIREÇÃO DEFENSIVA

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CENTRO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PRAÇAS
MÓDULO 2
DIREÇÃO DEFENSIVA
APRESENTAÇÃO
Como você estudou no módulo anterior, a legislação de trânsito brasileira regula-
menta aspectos importantes para a circulação de veículos de emergência, sendo ressaltada 
a correta observância às regras de circulação e de conduta, mesmo que em situação dife-
renciada, é preponderante para reduzir os riscos de acidentes de trânsito.
Com os conhecimentos adquiridos, você pode refletir sobre as graves consequências 
as quais a condução agressiva pode levar, seja com o cometimento de infrações ou até 
mesmo crimes de trânsito, principalmente, envolvendo agentes públicos em serviço.
Neste módulo, você terá acesso a dados estatísticos que apresentam um cenário de 
guerra nas cidades e rodovias brasileiras. A partir do estudo desses, você será capaz de 
fazer uma análise mais consciente de seu papel neste contexto. A partir do conhecimento 
dos riscos das condições adversas, técnicas de condução segura e da dinâmica dos aciden-
tes rodoviários, você acrescentará a sua vivência ferramentas e atitudes importantes para 
evitar acidentes de trânsito, em uma convivência mais harmoniosa, com foco no respeito e 
preservação da vida humana.
Pronto para começar?
Objetivos
Ao final do estudo deste módulo, você deverá ser capaz de: 
•	 Analisar	dados	e	informações	sobre	o	atual	cenário	do	trânsito	brasileiro	e	sobre	a	
atuação dos agentes de segurança pública neste contexto.
•	 Reconhecer	a	importância	da	direção	defensiva	na	condução	de	veículos	de	emer-
gência, para evitar se envolver em acidentes.
•	 Diferenciar	 procedimentos	 de	 comportamento	 seguro	 em	 relação	 às	 ações	 de	
comportamento de risco, na condução de veículos especializados.
•	 Identificar	os	principais	sinais	de	alteração	física	e	mental	do	condutor,	sob	o	efeito	
de bebida alcoólica e de substâncias psicoativas.
•	 Listar	os	procedimentos	para	uma	ultrapassagem	segura.
•	 Compreender	os	principais	fatores	de	acidentes	de	difícil	identificação	da	causa.
Estrutura
Este módulo possui as seguintes aulas:
 Aula 1 – Direção defensiva: mais que um conceito, um ato de cidadania.
 Aula 2 – Condições adversas: como reduzir os riscos.
 Aula 3 – Comportamento seguro na condução de veículos de emergência. 
Aula 1
Direção defensiva: mais que um 
conceito, um ato de cidadania.
1.1 Dados e informações sobre o trânsito
O governo brasileiro fez uma opção pelo desenvolvimento através do modal rodovi-
ário a partir da década de 1950. Hoje temos uma frota circulante de mais de 76 milhões de 
veículos, entre caminhões, ônibus, automóveis, motocicletas, dentre outros. Infelizmente, 
a estrutura viária urbana e rural disponível não acompanhou o crescimento vertiginoso da 
frota, um aumento de 110% nos últimos dez anos, reflexo das melhores condições econô-
micas do país.
Crescimento da Frota Brasileira. Fonte: DENATRAN
Esta expansão tem gerado sérios 
problemas para a circulação viária, prin-
cipalmente, nas áreas urbanas. A dispu-
ta por espaço, o desrespeito às regras de 
circulação e conduta, aliados ao estresse 
dos motoristas têm acarretado muitos 
conflitos e graves acidentes. Observando 
o gráfico a seguir, você terá uma ideia cla-
ra de quanto é expressivo esse fenômeno. 
Uma guerra é travada diariamente, numa 
escala planetária, com milhares de mortos 
por ano.
Fonte: Portal do Trânsito/2009 Falta inserir o nome na legenda verde: qual é o fator avaliado?
IMPORTANTE!
Em 2012, o Instituto de Pesquisa Eco-
nômica Aplicada (IPEA) estimou o custo 
anual com acidentes de trânsito no Bra-
sil em R$ 40 bilhões de reais. A quantia 
é uma atualização dos últimos dados 
tabulados pelo IPEA, em 2005 e 2006. 
Dentro desse número está o custo com 
acidentes em aglomerados urbanos, 
superior a R$ 9 bilhões, e o custo dos 
acidentes em rodovias de aproximada-
mente R$ 30 bilhões.
Em 2012, mais de 42.000 (quarenta e 
duas mil) vidas foram ceifadas em acidentes 
de trânsito no Brasil. Se levarmos em conta a 
relação do número de óbitos e o número de 
habitantes, estamos em primeiro lugar no nú-
mero de vítimas fatais no trânsito, no mundo.
Fonte: www.via-seguras.com
Os danos causados pelo trânsito 
constituem um importante problema de 
saúde pública. Sua prevenção eficaz exige 
esforços concentrados. Os problemas de 
trânsito estão entre os mais complexos e pe-
rigosos que as pessoas se defrontam no seu 
dia a dia. Estima-se que a cada ano mais de 
1.000.000 (um milhão) de pessoas morrem e 
que outros 50.000.000 (cinquenta milhões) 
fiquem feridas em todo o mundo em decor-
rência de acidentes de trânsito, de acordo 
com estatísticas da Organização Mundial de 
Saúde (OMS, 2004).
No Brasil, os acidentes de trânsito 
apresentam um alto custo social, cultural 
e intelectual. Profissionais no auge de sua 
capacidade produtiva e jovens promissores 
encontram-se entre os que mais morrem no 
trânsito. (SIM; SVS; OMS, qual é o ano?)
O progressivo agravamento da vio-
lência no tráfego viário levou às Nações Uni-
das a proclamar a Década de Ação pela Se-
gurança no Trânsito 2011/2020. http://www.
onu.org.br/decada-de-acao-pelo-transito-
-seguro-2011-2020-e-lancada-oficialmen-
te-hoje-11-em-todo-o-mundo/ O governo 
brasileiro apoiou a iniciativa com ações de 
diversos ministérios, iniciando uma árdua 
luta pela redução do número de acidentes 
e das vítimas no trânsito.
Para refletir...
Como profissional de segurança pú-
blica, reflita acerca do seu papel nesta ação 
e a contribuição que você pode dar em rela-
ção à segurança do trânsito em sua cidade e 
em seu local de trabalho.
Dentre as vítimas do trânsito, atual-
mente, há um grande número de policiais, 
agentes penitenciários, bombeiros e guar-
das municipais, que estavam a serviço, na 
maioria das situações. 
Acidente com viatura em serviço. Fonte: noticias.r7.com
1.2 Definindo a direção defensiva
Se perguntarem o significado de dire-
ção defensiva, com certeza saberá respon-
der, como a grande maioria dos condutores 
brasileiros. Normalmente, como resposta, é 
proferida a famosa frase: “dirigir por si e pe-
los outros”. É uma resposta automática, está 
na ponta da língua. 
Leia a definição em destaque e em 
seguida compare com as suas ações na con-
dução de seu veículo particular e de veícu-
los de emergência.
Direção defensiva é...
Dirigir de modo a evitar acidentes, 
apesar das ações incorretas dos outros e das 
condições adversas, oferecendo o máximo 
em segurança própria, aos seus passageiros 
e aos demais usuários do trânsito.
A definição de dirigir defensivamente 
transcende ao ato de dirigir em si, pois vai 
muito além do mecanicismo de conduzir 
um veículo, é um estado de espírito. Em ter-
mos comparativos, dirigir defensivamente, 
na essência, é dar a outra face sem revidar. 
O ato de dirigir é quase automático 
para muitos condutores. Você entra no ve-
ículo e desloca-se de um ponto ao outro e 
muitas vezes não percebe o quanto com-
plexo e cansativo é dirigir. Para auxiliá-lo em 
uma condução segura de veículos de emer-
gência, você deve evitar cometer erros e se 
valer dos elementos da direção defensiva.
1.2.1 Erros que devem ser evitados no trânsito
Os erros que devem ser evitados no 
trânsito, dizem respeito à (ao):
•	 Infrações	de	trânsito;
•	 Abuso	do	veículo;
•	 Atraso	de	horário;
•	 Descortesia.
Veja a seguir sobre cada um deles!
INFRAÇÕES DE TRÂNSITO
Você, como condutor habilitado e 
que conduz veículo emergência tem o de-
ver de conhecer e obedecer à legislação de 
trânsito (cumprir e fazer cumprir). Contudo, 
há razões maiores para você respeitar as re-
gras, pois:
•	 Foram	feitas	para	a	sua	proteção	e	
possuem como objetivo a seguran-
ça de todos e;
•	 Você	 deve	 ser	 exemplo	 positivo	
para a sociedade e será cobrado 
em caso de desrespeito. 
ABUSO DO VEÍCULO 
Em decorrência das características da 
sua atividade de emergência em muitas si-
tuações você necessita executar manobras 
que exigem mais do veículo. As mais co-
muns são: o uso indevido daembreagem; 
do freio, arrancadas e manobras bruscas que 
prejudicam partes vitais do veículo, reduzin-
do a vida útil do equipamento e comprome-
tendo a segurança. Use o veículo com foco 
na preservação do patrimônio público e do 
meio ambiente.
ATRASO DE HORÁRIO
Planeje seu deslocamento com ante-
cedência, saia um pouco mais cedo, para ter 
uma folga de tempo, a fim de compensar os 
imprevistos que surgirem. Evite, sempre que 
possível, recuperar o tempo de atraso e as 
situações inesperadas (congestionamento, 
problemas no veículo, etc.) empreendendo 
velocidade que ponha em risco a sua vida e 
a dos demais. 
DESCORTESIA
Em condições normais, você deve 
desenvolver atitudes de cortesia, ou seja, 
respeitar os outros condutores de veículos 
e os pedestres. Ao demonstrar cortesia você 
evita um ambiente de animosidade e des-
crédito, portanto, “cortesia gera cortesia”, di-
minuindo a possibilidade de envolvimento 
em acidente.
IMPORTANTE!
Lembre-se: o mais importante em uma 
ocorrência de emergência é você con-
seguir chegar ao seu destino em segu-
rança, pois caso se envolva em acidente 
no percurso, de nada terá adiantado a 
pressa, além da impossibilidade de so-
correr quem necessita de auxílio.
1.2.2 Elementos da direção defensiva
São elementos da direção defensiva:
	 •	Conhecimento;
	 •	Atenção;
	 •	Previsão;
	 •	Decisão;
	 •	Habilidade.
Veja a seguir sobre cada um deles!
CONHECIMENTO
•	 Aplique	suas	experiências	vivencia-
das em situações anteriores;
•	 Tenha	 domínio	 da	 legislação	 de	
trânsito;
•	 Identifique	os	 riscos	 causados	por	
condições adversas (chuva, neblina 
etc.);
•	 Conheça	 as	 características	 de	 se-
gurança, dirigibilidade e utilização 
dos controles do veículo que está 
conduzindo;
•	 Conheça	os	limites	de	sua	habilida-
de (autoconhecimento).
ATENÇÃO
•	 Mantenha-se	atento	à	sinalização;
•	 Perceba	 seu	 posicionamento	 em	
relação aos demais veículos; 
•	 Observe	 as	 ações	 dos	 pedestres	
para protegê-lo;
•	 Perceba	as	condições	do	pavimen-
to (buracos, ondulações, objetos 
etc.).
Obras na pista. Fonte: www.camposgeraisemais.com.br
IMPORTANTE!
Atenção difusa é a mais adequada para 
a condução veicular. Você deve estar 
sempre com a mente alerta, olhar à 
frente, à retaguarda, para todos os la-
dos e até mesmo à frente do veículo 
que desloca na dianteira. Os conduto-
res de veículos não devem dirigir com 
atenção fixa ou dispersiva. (Cartilha – 
DETRAN/RJ)
PREVISÃO
Previsão mediata (antes de iniciar os 
deslocamentos)
•	 Vistorie	os	níveis	de	óleo	lubrifican-
te e hidráulico, fluido de freio e lí-
quido de arrefecimento;
•	 Verifique	a	quantidade	de	combus-
tível e a calibragem dos pneus, in-
clusive o estepe;
•	 Solicite	 a	 reposição	 das	 peças	 im-
portantes para o funcionamento 
do veículo, caso seja necessário;
•	 Cheque	 a	 sua	 documentação	 e	 a	
do veículo;
•	 Planeje	os	deslocamentos	 (itinerá-
rio principal e alternativo).
PREVISÃO IMEDIATA
•	 Reduza	 a	 velocidade	 próximo	 aos	
cruzamentos e às áreas de risco;
•	 Observe	as	indicações	de	mudança	
de direção dos demais condutores;
•	 Mude	 rapidamente	 a	 forma	 de	
condução em situações adversas, 
redobrando os cuidados;
DECISÃO
•	 Considere	o	tempo	de	reação	para	
executar a manobra;
•	 Evite	a	hesitação	(você	tem	frações	
de segundos para agir);
•	 Escolha	a	ação	que	esteja	alinhada	
a sua habilidade ao volante e às 
características do veículo que está 
conduzindo (estabilidade, freios, 
peso e dimensões).
HABILIDADE
•	 Realize	treinamentos	de	condução	
veicular;
•	 Desenvolva	 os	 automatismos	 cor-
retos;
•	 Efetue	 as	 manobras	 necessárias,	
em situações de risco, para evitar 
acidentes;
•	 Não	 exceda	 os	 limites	 do	 veículo,	
da via e os seus próprios, durante a 
execução das manobras.
IMPORTANTE!
Com os conhecimentos necessários, 
dedicando toda a atenção possível ao 
ato de dirigir, você poderá prever situ-
ações de risco. Estando devidamente 
treinado, terá habilidade para decidir 
e agir defensivamente, de modo a evi-
tar acidentes, preservando a sua segu-
rança e a dos demais participantes do 
trânsito.
AULA 2
Condições adversas: 
como reduzir os riscos
O condutor de veículos de emergên-
cia, em muitas situações, tem de trafegar 
sem as condições ideais de segurança para 
atender as mais diversas ocorrências, in-
dependente das condições climáticas, lu-
minosidade, trânsito e qualidade da via. É 
importante que você seja capaz de identifi-
car esses riscos rapidamente e agir correta-
mente diante dessas situações, adotando os 
procedimentos adequados para cada uma 
delas. 
Mas o que são CONDIÇÕES ADVERSAS?
Pense e leia o conceito em seguida.
Condições adversas são...
Fatores ou combinação de fatores que 
contribuem para aumentar as situações de 
risco no trânsito, podendo comprometer a 
segurança. (www.portaldotransito.com.br)
Exemplificando...
Fatores combinados que aumentam 
os riscos de acidentes:
•	 Veículo	com	suspensão	defeituosa	
+ pista danificada
•	 Pneus	desgastados	+	pista	molha-
da + excesso de velocidade
•	 Excesso	de	velocidade	+	via	sem	si-
nalização
•	 Tráfego	intenso	+	desatenção
•	 Álcool	+	sono	+	excesso	de	veloci-
dade
2.1 Definindo condições adversas
2.2 Tipos de condições adversas
Algumas das condições adversas são oriundas do(a):
•	 Clima;
•	 Via;
•	 Trânsito;
•	 Veículo;
•	 Condutor.
Veja a seguir, a descrição dessas condições adversas.
2.2.1 Condições adversas de clima
Algumas condições climáticas podem 
interferir na segurança do trânsito, pois al-
teram as condições da via, diminuindo a 
sua capacidade visual, alterando padrões 
de comportamento do veículo em relação à 
aderência dos pneus e à estabilidade. 
IMPORTANTE!
É importante que você preste atenção 
às condições a serem apresentadas, 
pois elas podem se agravar a ponto de 
impedir o seu deslocamento seguro. 
Veja algumas delas a seguir.
CHUVA
Reduz a visibilidade, diminui a ade-
rência dos pneus, principalmente nas cur-
vas, aumenta o espaço percorrido nas frena-
gens e dificulta as manobras de emergência.
O que fazer em caso de condução 
sob chuva?
Compare as alternativas relacionadas 
às suas atitudes na condução de veículo de 
emergência.
•	 Acione	 o	 limpador	 do	 parabrisa	 e	
mantenha as palhetas em bom es-
tado;
•	 Reduza	 a	 velocidade,	 de	 acordo	
com as condições de segurança;
•	 Acenda	os	faróis	de	luz	baixa;
•	 Aumente	 a	 distância	 do	 veículo	
que segue à frente;
•	 Redobre	a	atenção;
•	 Mantenha	os	vidros	limpos,	desen-
gordurados e desembaçados;
•	 Redobre	 o	 cuidado	 nas	 curvas	 e	
frenagens;
•	 Evite	 passar	 em	 poças	 ou	 lugares	
com acúmulo de água. 
Dirigindo na chuva. Fonte: Fonte: seg00.blogspot.com 
No momento em que está chovendo 
ou logo após, pode ocorrer a aquaplana-
gem, fenômeno no qual o veículo não con-
segue remover a lâmina d’água e perde o 
contato com a pista e o condutor pode per-
der o controle do veículo.
Quais são as causas que levam à 
aquaplanagem?
•	 excesso	de	água	na	pista;
•	 calibragem	inadequada	dos	pneus;
•	 tipo	de	pista;
•	 velocidade	incompatível;
•	 pneus	desgastados	(lisos).
(Fonte: www.goodyear.eu/po_pt/tire-advice/safe-dri-
ving/.../rain-driving.jsp)
Saiba mais...
Para saber mais sobre os prováveis 
elementos determinantes de acidentes com 
aquaplanagem. http://www.youtube.com/
watch?v=3ONgUd2zd30)
Quando você não sabe o que fazer em 
situações de aquaplanagem, normalmente 
perde o controle do veículo e se envolve em 
acidente. 
O que você deve fazer quando o ve-
ículo aquaplanar? 
Compare as suas respostas com al-
guns procedimentos indicados.
O que fazer durante 
a aquaplanagem?
•	 Tire	o	pé	do	acelerador	até	
retomar o controle com-
pleto da direção;
•	 Não	freie,	pois	se	as	rodas	
estiverem travadas no mo-
mento que voltar o conta-
to dos pneus com a pista, 
o veículo poderá desgo-
vernar; 
•	 Segure	o	 volante	 com	fir-
meza, mantendo-o alinha-
do.
(Fonte: www.goodyear.eu/po_pt/
tire-advice/safe-driving/.../rain-
-driving.jsp)NEBLINA
A neblina reduz significativamente a 
visibilidade, sendo assim você deve ter muito 
cuidado ao conduzir o veículo nestas condi-
ções. Normalmente, os acidentes são gravís-
simos podendo envolver vários veículos. 
Acidente com viatura de polícia. Fonte: noticias.terra.
com.br 
Em caso de neblina, quais os cuida-
dos que você normalmente adota?
Compare se suas ações estão ade-
quadas, lendo algumas recomendações a 
seguir.
Ações do condutor 
ao dirigir sob neblina
•	 Acenda	os	faróis	de	nebli-
na e, caso o veículo não 
seja equipado, acione os 
faróis de luz baixa;
•	 Reduza	 a	 velocidade,	
mantendo um ritmo cons-
tante sem acelerações ou 
reduções bruscas; 
•	 Redobre	a	atenção;
•	 Não	use	faróis	de	luz	alta;	
•	 Não	acione	o	pisca	alerta,	
pode confundir os demais 
motoristas; 
•	 Evite	 realizar	 ultrapassa-
gens.
Fonte: PRF/MJ.
2.2.2 Condições adversas da via
O condutor de veículos de emergên-
cia deve estar sempre atento às condições 
adversas que possam surgir nas vias, pavi-
mentadas ou não. Mesmo que você conhe-
ça o percurso, não deve desconsiderar a 
possibilidade de ser surpreendido, sob risco 
de causar danos ao veículo ou até mesmo 
envolver-se em acidente de trânsito. A rea-
lidade nos mostra uma série de deficiências 
que aumentam as probabilidades do con-
dutor se acidentar. 
Estradas esburacadas. Fonte: ‘www.4bpmpi.com.br
Veja abaixo as situações mais comuns 
que você pode se deparar.
Principais condições adversas da via
•	Largura	da	via	insuficiente
•	Ponte	estreita
•	Trechos	escorregadios
•	Aclives	e	declives	acentuados
•	Má	conservação	do	pavimento	(bu-
racos)
•	Queda	de	barreiras	e	objetos	na	via	
(pedras)
•	Animais	sobre	a	via
•	Falta	de	acostamento
•	 Drenagem	 deficiente	 (acúmulo	 de	
água, areia)
•	Depressões,	ondulações,	desníveis.
•	Falta	de	sinalização	vertical	ou	hori-
zontal
•	 Lombadas	 (nas	 rodovias,	 principal-
mente)
VIAS COM CONSERVAÇÃO 
DEFICIENTE
Vias sem conservação danificam o 
veículo, principalmente, a suspensão e os 
pneus. São consideradas como fator de ris-
co para a ocorrência de acidentes, podendo 
causar lesões irreparáveis, a morte de pesso-
as, além de danos materiais. 
O que fazer ao se deparar com uma 
via mal conservada?
•	 Conduza	 o	 veículo	 em	 velocidade	
compatível com a condição da via;
•	 Tenha	cuidado	com	objetos	e	bura-
cos, eles podem danificar os pneus; 
•	 Tenha	cuidado	para	não	bater	o	ve-
ículo por baixo, isso poderá danifi-
car o cárter;
•	 Cuide	para	não	se	envolver	em	aci-
dente com outro veículo ao tentar 
frear ou desviar de buracos na pista. 
(Fonte: Apostila CVP – PRF/MJ, ed. 2009)
VIAS COM SINALIZAÇÃO DEFICIENTE 
OU SEM SINALIZAÇÃO 
No desempenho de sua atividade, 
normalmente você trafega em vias urbanas 
e rurais em boas condições de tráfego, tra-
zendo todas as informações ao condutor; 
no entanto algumas vias podem apresentar 
sinalização deficiente, por vezes encoberta 
pela vegetação ou algumas totalmente sem 
sinalização, tanto vertical quanto horizontal. 
O que você deve fazer ao conduzir 
por vias com sinalização deficiente ou 
inexistente?
•	 Conduzir	o	veículo	com	velocidade	
compatível e com atenção redo-
brada; 
•	 Sempre	que	possível,	evitar	viajar	à	
noite; 
•	 Ajustar-se	às	condições	da	via.
(Fonte: Apostila CVP – PRF/MJ, ed. 2009)
2.2.3 Condições adversas de trânsito
As condições adversas de trânsito es-
tão relacionadas à quantidade, ao tipo, ao 
tamanho de veículos e aos horários de cir-
culação, podendo apresentar congestiona-
mento ou não. 
Existem períodos do dia que afe-
tam as condições de trânsito, tais como:
•	 Hora	 do	 rush,	 que	 significa	maior	
movimentação de veículos e pe-
destres, provocando congestio-
namentos, além de dias de chuva, 
épocas de festas, férias escolares, 
feriadões, etc.
•	 Ocasionalmente,	acontece	quando	
se encontram animais, maquinário 
agrícola, obras, carroças, funerais, 
etc.
•	 O	trânsito	pode	ser	alterado	ainda,	
por: batedores, escoltas, desmoro-
namento, acidentes, bloqueio par-
cial de pista, rompimento de estra-
da, fiscalização, etc.
O que fazer ao se deparar com es-
sas condições de tráfego?
•	 Nos	 horários	 de	 entradas	 e	 saídas	
de aula, evite transitar em ruas que 
têm colégios; 
•	 Quando	você	souber	que	há	obras	
numa via de tráfego intenso, pro-
cure outro caminho; 
•	 Tenha	sempre	em	mente	um	rotei-
ro alternativo para o caso de en-
garrafamento inesperado, mesmo 
se for mais longo. Você economiza 
tempo e combustível num trajeto 
maior, mas que esteja livre;
•	 Mantenha-se	calmo.	
Viatura presa no congestionamento. Fonte: pic.twitter.com/SrbBEluV
2.2.4 Condições Adversas de Veículo 
Qual foi a última vez que você realizou 
uma inspeção de primeiro escalão (Utilize o 
checklist disponível na aula 5 do módulo 1), 
aquela realizada pelo motorista, antes de 
iniciar o serviço?
Como um condutor defensivo, você 
deve manter o veículo em que trabalha 
sempre em condições de reagir instantâ-
nea e eficientemente a todos os comandos, 
inspecionando-o antes de iniciar o serviço.
Defeitos mais comuns em veículos que 
facilitam os acidentes
•	 Pneus	desgastados
•	 Limpador	de	parabrisas	com	defeito
•	 Espelho	 retrovisor	 danificado/ine-
xistente
•	 Suspensão	defeituosa
•	 Defeito	 na	direção	 (folga	 e	 desali-
nhamento)
•	 Falta	de	balanceamento	e	 camba-
gem
•	 Ausência	 de	 sirene	 e	 de	 luzes	 de	
emergência 
•	 Freios	 desregulados	 e	 lâmpadas	
queimadas
Viatura com defeito . Fonte: guiacampos.com
2.2.5 Condições adversas de condutor
Em muitas ocasiões a jornada de tra-
balho extenuante do condutor de veículo 
de emergência pode interferir na maneabili-
dade, aumentando os riscos de envolvimen-
to em acidentes de trânsito. Os aspectos físi-
cos e psicológicos influenciam diretamente 
na atuação do condutor. Como exemplos, 
temos: fadiga, sono, estado alcoólico, audi-
ção deficiente, visão deficiente, perturba-
ções mentais e emocionais, preocupações e 
medo. (MASLACH; JACKSON, 1981).
CONDUTOR E A BEBIDA ALCOÓLICA
A bebida alcoólica interfere, tumultua 
e destrói a organização funcional do corpo 
humano, de modo traiçoeiro e muitas vezes 
irreversível. Quando se está em jejum, a be-
bida alcoólica chega ao estômago sendo ra-
pidamente absorvida e transportada para a 
corrente sanguínea. O processo é mais lento 
quando há ingestão de alimentos. (SENAI/
FIERGS, 1995)
Esta dosagem alcoólica distribui-se 
uniformemente em todos os órgãos e líqui-
dos orgânicos, mas, principalmente no cére-
bro, criando um falso senso de autoconfian-
ça, reduzindo o campo de visão, alterando a 
audição, a fala e o senso de equilíbrio. (SE-
NAI/FIERGS,1995)
Esta aparente euforia que domina a 
pessoa é chamada de excitação alcoólica e 
que corresponde à anestesia dos centros ce-
rebrais controladores do comportamento.
Teste do bafômetro. Fonte: portallemenews.com.br
O ESTADO FÍSICO E MENTAL
A Organização Mundial de Saúde – 
OMS - considera droga toda substância que, 
por sua natureza, afeta a estrutura e o fun-
cionamento de um organismo vivo.
No trânsito este é um aspecto de vital 
importância, uma vez que tanto as drogas 
lícitas (medicamentos, por exemplo) quanto 
às ilícitas causam transformações químicas 
no organismo (distribuição, ação, armaze-
namento, saída) e atuam diretamente no 
sistema nervoso central, gerando alterações 
no nível de consciência, do espaço e do 
tempo, desvirtuamento sensorial, perda do 
equilíbrio, psicoses e delírios.
O uso de drogas pode ser fatal se in-
geridas com álcool. Muitos condutores pro-
fissionais, por imposição da carga horária de 
trabalho, utilizam artifícios para não dormir 
nas viagens. As mais comuns são os chama-
dos “arrebites” ou “rebites”, que consistem 
em uma perigosa mistura de medicamen-
tos que, a longo prazo, são extremamente 
prejudiciais à saúde.
AULA 3
Comportamento seguro na 
condução de veículos de 
emergência
3.1 Definindo acidente de trânsito
Nesta aula, você conhecerá as princi-
pais causas de acidentese os procedimen-
tos adequados para a realização de mano-
bras, como a ultrapassagem, além de evitar 
se envolver em acidentes ao adotar proce-
dimentos seguros na condução de veículos 
de emergência.
Mas o que é acidente de trânsito?
Acidente de trânsito é...
Todo acontecimento, casual ou não, 
tendo como consequências danos físicos ou 
materiais, envolvendo veículos, pessoas e 
ou animais nas vias públicas.
Em sua opinião quais a principais cau-
sa dos acidentes de trânsito?
3.2 Principais causas de acidentes de trânsito
•	 Excesso	de	velocidade;	
•	 Dirigir	sob	efeito	de	álcool;	
•	 Ultrapassagens	mal	realizadas;
•	 Não	manter	distância	de	segurança	
do veículo da frente;
•	 Desrespeito	à	sinalização.
Velocímetro em alta velocidade. Fonte: 
gibaescapes.blogspot.com
A violência dos graves acidentes está 
presente nas vias urbanas e rurais de todo 
o país. Aproximadamente 90% dos aciden-
tes têm como causa a falha humana, e que, 
normalmente, recaí sobre três aspectos jurí-
dicos que caracterizam a culpabilidade: im-
prudência, imperícia e negligência. 
O acidente é um evento de certa for-
ma intencional, que pode ser evitado, 
causador de lesões físicas e muitas ve-
zes emocionais, no âmbito doméstico 
ou nos ambientes sociais. O acidente 
de trânsito visto como uma violência 
poderá ajudar na elaboração e na im-
plementação de políticas públicas que 
possam prevenir sua ocorrência. (MEL-
COP; OLIVEIRA, 2006)
Quando você se desloca em um veí-
culo de emergência (ambulância, viaturas 
de socorro e salvamento, viatura policial, de 
fiscalização de trânsito), por ruas, avenidas 
e rodovias de pista simples, necessita em 
muitos momentos de realizar uma manobra 
arriscada: a ultrapassagem. 
A urgência da ocorrência, o som agu-
do da sirene, o estresse do motorista e, de-
pendendo da velocidade, uma redução sig-
nificativa da visão periférica são fatores que 
podem alterar o senso crítico do agente que 
conduz o veículo.
Visão periférica
Observe o desenho e entenda o que 
ocorre com a visão periférica quando você se 
desloca em alta velocidade. Quanto mais ve-
loz, mais seu campo de visão reduz, entrando 
num efeito túnel, deixando de perceber, por 
exemplo, a presença de ciclistas e pedestres 
que trafegam pelas margens da via.
Quanto maior for a velocidade menor 
o campo de visão do condutor, trazendo, 
como consequência, sérios riscos à segu-
rança.
 Visão periférica x velocidade
3.3 Ultrapassagem
3.3.1 Etapas para uma ultrapassagem segura
Para que a manobra de ultrapassa-
gem ocorra com segurança, você deve se-
guir as seguintes etapas:
a. Mantenha a distância de segurança;
b. Se houver dificuldade de visualiza-
ção, aproxime-se da linha divisória 
e verifique o trânsito em sentido 
contrário, não esquecendo os veí-
culos de trás;
c. Identifique a distância entre o seu 
veículo e o veículo que vem em 
sentido contrário;
d. Observe os veículos que vêm atrás, 
antes de iniciar a manobra de ultra-
passagem;
e. Sinalize sua intenção antes de se 
deslocar para outra faixa de dire-
ção;
f. Saia para a faixa da esquerda e 
acelere o veículo à medida que vai 
ultrapassando;
g. Dê um leve toque de buzina, para 
alertar o condutor à sua frente 
quanto às suas intenções em ultra-
passá-lo (à noite utilize os faróis);
h. Sinalize a sua intenção para retor-
nar à sua faixa de trânsito;
i. Entre na faixa de trânsito, depois 
de observar o farol esquerdo do 
veículo que está ultrapassando, 
através do retrovisor interno do 
seu veículo;
j. Retorne à velocidade normal (se for 
o caso), assim que tiver completa-
do a ultrapassagem.
Ultrapassagem Segura. Fonte: blogs.diariodepernam-
buco.com.br
3.3.2 Fatores de risco em ultrapassagem
Além das etapas para realizar a ul-
trapassagem, você precisa levar em con-
sideração diversos fatores que podem 
influenciar nessa manobra, como por 
exemplo:
•	 Motorização	do	 veículo	 que	 está	
conduzindo (potencia e combus-
tível);
•	 Peso	que	está	transportando	(ocu-
pantes e equipamentos);
•	 Condições	 climáticas	 e	 luminosi-
dade;
•	 Tipo	de	pista	e	obras	de	arte;
•	 Dimensões	e	velocidade	do	veículo	
a ser ultrapassado.
3.4 Tipos de acidentes e como evitá-los
No desempenho da atividade de condução de veícu-
los de emergência, os riscos de ser envolvido em acidentes 
de trânsito aumentam exponencialmente. Para que você 
possa reduzir esses riscos, além da atenção redobrada, deve 
utilizar técnicas de condução operacional defensivas. 
3.4.1 Colisão Frontal
A principal causa da colisão frontal é a 
ultrapassagem em retas e em locais de pou-
ca visibilidade, como em curvas e aclives. 
O encontro de dois veículos frente a frente 
é um dos piores tipos de colisão devido à 
soma das velocidades na hora do impacto.
Colisão Frontal Fonte: http://naomorra-
notransito.blogspot.com.br
Para evitar a colisão frontal, você 
deve:
•	 Prever	com	antecedência	o	risco	de	
erro na manobra;
•	 Seja	 o	 primeiro	 a	 tomar	 a	 decisão,	
tão logo constate o perigo, para não gerar 
dúvida;
•	 Sinalize	 sua	 intenção	 (alternando	a	
luz do farol alto e baixo ou acionando a luz 
indicadora de direção);
•	 Reduza	a	velocidade	e	desvie	para	o	
acostamento.
IMPORTANTE!
Em caso de colisão, o uso do cinto de 
segurança por todos os ocupantes au-
menta em até 06 (seis) vezes a chance 
de sobrevivência. Você, como todos os 
seres humanos, possui um corpo frágil, 
que irá sofrer sérias lesões ou ir a óbi-
to em caso de acidente. Então, se você 
deseja voltar para casa em segurança, 
o uso do cinto aumenta essa probabi-
lidade.
Assista ao vídeo http://www.youtube.com/watch?v=ct_-
-wEifZgk e reflita sobre a sua decisão pelo uso ou não do 
cinto de segurança.
3.4.2 Colisão Traseira
De acordo com os Boletins de Aciden-
tes de Trânsito – Sistema BR Brasil/PRF, uma 
das principais causas deste tipo de acidente 
é motivada por condutores que têm o há-
bito de dirigir muito próximo ao veículo da 
frente (“colado”) e por isso, nem sempre é 
possível avisá-lo da manobra que se preten-
de fazer, principalmente nas situações de 
emergência. Outro motivo é a falta de cons-
ciência dos condutores em sinalizar suas 
manobras de conversão e parada repentina.
Observação:
Como você estudará no próximo mó-
dulo, este tipo de acidente pode causar gra-
ve lesão no pescoço (coluna cervical) nos 
ocupantes do veículo colidido por trás, oca-
sionada pelo movimento do “efeito chicote”.
Quando possível, uma providência a 
ser tomada dentro das técnicas defensivas 
é “livrar-se” do condutor que o segue a cur-
ta distância, incentivando-o a ultrapassá-lo, 
facilitando a mesma com a redução da velo-
cidade e/ou deslocando ou até parando no 
acostamento.
Atitudes para evitar colisão traseira
1. Fique alerta Não desvie a atenção 
do que está acontecendo.Observe 
os sinais do condutor da frente, tais 
como: luz do freio, luz indicadora 
de direção (pisca-pisca), alternân-
cia do ritmo da marcha etc. Estes 
sinais indicam o que ele pretende 
fazer.
2. Domine a situação Procure olhar 
além do veículo da frente, para 
identificar situações que podem 
obrigá-lo a fazer manobras brus-
cas. Se você observar a situação ao 
mesmo tempo que o condutor da 
frente, terá condições de melhor 
controlar seu veículo e evitar um 
acidente.
3. Mantenha a distância Utilize uma 
distância segura. Não se esqueça 
de que nos dias de chuva ou ne-
blina, em caso de via danificada 
ou sem sinalização, essa distância 
deve ser aumentada por causa 
da redução da aderência, da visi-
bilidade e de possíveis manobras 
bruscas.
4. Comece a parar mais cedo Pise no 
freio com cuidado evitando para-
das bruscas ao avistar algum tipo 
de perigo, para que não ocorram 
Colisão Traseira. 
Fonte: www.ver-
desmares.com.br
derrapagens que possam causar 
risco para os veículos que o se-
guem, pois os condutores desses 
talvez desconheçam essas normas 
de prevenção.
5. Saiba o que fazer Não fique indeciso, 
principalmente para entrar à direita 
ou à esquerda. Planeje o seu trajeto 
com antecedência paranão confun-
dir o condutor que vem atrás.
6. Sinalize suas intenções Informe ao 
condutor que o segue, o que você 
vai fazer, não deixe que ele tente 
adivinhar o que você pretende.
7. Pare suave e gradativamente Mui-
tos condutores ao passarem do lo-
cal que iriam parar, pisam repenti-
namente no freio sem lembrar que 
existem outros veículos deslocan-
do-se no mesmo sentido.
3.4.3 Colisão Misteriosa
É chamado de Colisão Misteriosa o 
acidente de trânsito que envolve apenas 
um veículo e apresenta dificuldade de de-
finir a causa provável.
Os principais elementos causadores 
são:
•	 Pista	de	rolamento;
•	 Condições	climáticas;
•	 Correntes	aerodinâmicas;
•	 Veículo;
•	 Outro	condutor;
•	 Estado	físico	e	mental.
Estude a seguir cada um deles!
PISTA DE ROLAMENTO
Algumas pistas apresentam diversos 
fatores que podem desgovernar um veícu-
lo, dentre elas as curvas, lombadas, acúmulo 
d’água, areia, ondulações, desníveis, depres-
sões, buracos e óleo. Dependo da velocida-
de, do tipo de veículo e suas condições de 
manutenção, esses fatores podem projetar 
o veículo para fora da pista, levando-o a ca-
potar ou chocar-se com algum obstáculo.
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
As mudanças mais comuns no que se 
refere ao clima são: chuva, geada, neblina, 
neve e granizo. Ao se deparar com essas 
condições, procure se adaptar rapidamen-
te ao novo cenário, reduzindo a velocidade, 
acionando os equipamentos e redobrando 
a atenção.
CORRENTES AERODINÂMICAS
Todo veículo, ao se deslocar, movi-
menta o ar que se encontra à sua frente, 
provocando uma área de turbulência, com 
correntes aerodinâmicas, que se deslocam 
pelos lados, por cima e por baixo do veícu-
lo, provocando a formação de um colchão 
de ar entre o assoalho do mesmo e a pista, 
tornando-o mais leve.
Quando um veículo está ultrapassan-
do outro, sendo ultrapassado o una passa-
gem de um pelo outro em sentidos opostos, 
principalmente por veículos de grande por-
te, frequentemente este balança para os la-
dos, fazendo com que o condutor, em mui-
tas ocasiões, perca o controle do volante.
Isso ocorre devido a ondas laterais de 
ar, as quais tornam mais leves a parte tra-
seira de um veículo menor. As oscilações 
podem ser maiores ou menores de acordo 
com a velocidade, local descampado na es-
trada, locais que permitem a canalização de 
vento, etc. 
Colisão provocada por correntes aerodinâmicas. Fonte: 
PRF
IMPORTANTE!
Ao se deparar com situações que per-
mitam a ocorrência dos casos citados 
reduza a velocidade, segure firme o 
volante e mantenha os vidros fecha-
dos para reduzir a influência do deslo-
camento de ar e evitar que você possa 
perder o controle da direção.
VEÍCULO
Principais causas: pneus lisos, limpa-
dores de parabrisa com defeito, freios com 
deficiência e mal regulados, faróis desregu-
lados, lâmpadas queimadas e amortecedo-
res deficientes.
Sendo assim você deve encaminhar 
a demanda de manutenção dos itens de-
feituosos ao setor responsável, para não ter 
que realizar deslocamentos ajustando-se às 
condições negativas do veículo que, de um 
momento para outro, pode envolvê-lo em 
acidente.
O OUTRO CONDUTOR
A causa de colisão de um só veículo 
pode ser provocada pelo condutor que di-
rige em sentido contrário. A maneira como 
dirige, entra em curvas, ultrapassa, desvia 
de obstáculos, pode fazer com que o veí-
culo entre na contramão ou, pelo menos, 
ameace a entrada, fazendo com que você 
tenha que sair para o acostamento ou des-
viar bruscamente, sendo que esta manobra 
pode causar um acidente.
O ESTADO FÍSICO E MENTAL
Tanto as drogas ilícitas como as líci-
tas (medicamentos) podem ser fatais para o 
condutor, principalmente se ingeridas com 
bebidas alcoólicas. Essas drogas afetam o 
comportamento do condutor chegando em 
algumas ocasiões a provocar diversos efei-
tos como desmaios, sono, euforia, confusão 
mental, desvirtuamento sensorial, perda do 
equilíbrio, psicoses e delírios.
IMPORTANTE!
Como profissional consciente, você 
deve evitar a automedicação e sempre 
perguntar ao seu médico quais os efei-
tos colaterais da medicação prescrita, 
principalmente, para o desempenho 
de atividades de condução de veículos.
3.5 Atropelamento 
Os impactos de veículos com pedes-
tres são responsáveis por muitas mortes 
anualmente. A diferença de peso e resistên-
cia que há entre uma pessoa e um veículo 
provoca um encontro bem desigual, resul-
tando, na maioria dos casos, em ferimentos 
graves.
Como o comportamento do pedestre 
é imprevisível, a melhor regra para evitar 
atropelamentos é ser cuidadoso, conceden-
do-lhe o direito de passagem. Um número 
considerável de pessoas atropeladas estava 
alcoolizada no momento do acidente. 
Quase todos os adultos atropelados 
são pessoas que não sabem dirigir, portan-
to, não têm noção da distância de parada ou 
desconhecem seus deveres como parte do 
trânsito no tocante à legislação.
IMPORTANTE!
Como condutor defensivo, você deve 
dedicar atenção especial às crianças, 
pessoas idosas e aos deficientes físicos, 
pois são mais suscetíveis de envolve-
rem-se em acidentes.
3.6 Atropelamento de animais
Todos os anos morrem muitos con-
dutores em consequência de acidentes com 
animais. Fique atento e dirija com muito cui-
dado em regiões de fazendas ou em campo 
aberto, principalmente à noite, pois podem 
surgir animais na pista.
IMPORTANTE!
Assim que você perceber animais na 
via, quaisquer que sejam seus tamanhos, 
reduza a velocidade até que os tenha ultra-
passado. Se possível, auxilie na retirada des-
tes, caso contrário, informe ao órgão com-
petente.
Saiba mais...
Leia atentamente os cuidados neces-
sários para uma condução segura.
Atropelamento de animal. Fonte: www.opopular.com.br
FINALIZANDO
Neste módulo, você estudou que:
•	 É	muito	preocupante	o	atual	quadro	mundial	e,	particularmente,	brasileiro,	no	que	
se refere ao trânsito rodoviário. Como servidor público e como cidadão, você pode 
contribuir em sua comunidade para minimizar esse grave problema, buscando so-
luções em conjunto com as instituições em que trabalha e com a sociedade orga-
nizada, visando tornar o trânsito de sua cidade mais seguro e humanizado.
•	 Utilizando	procedimentos	e	técnicas	de	direção	segura,	poderá	reduzir	significa-
tivamente a chance de se envolver em acidentes. Aplicar os elementos da direção 
defensiva, evitando cometer erros nos deslocamentos, é decisivo para sua prote-
ção, de sua equipe e da sociedade. 
•	 Ao	conhecer	as	restrições	impostas	pelas	condições	adversas	e	as	ações	para	se	
adaptar rapidamente ao novo cenário, você estará mais preparado para enfrentar 
as mudanças com mais confiança e segurança.
•	 Você	tem	uma	importante	tarefa	no	desempenho	de	sua	profissão:	servir	à	socie-
dade. Não coloque em risco a sua vida, a de sua equipe e as das demais pessoas no 
trânsito. 
GABARITO
MÓDULO 1
1) c. ( X ) veículo automotor com capa-
cidade para até 9 ocupantes e PBT 
até 3500 kg.
2) d. ( X ) dispositivo luminoso verme-
lho e alarme sonoro.
3) A - ( X ) o condutor de veículo de 
emergência deverá apresentar, 
além da carteira de habilitação 
original, o certificado do curso es-
pecializado correspondente a este 
curso.
MÓDULO 2
1 - F / V / V / F
2 - d) Para defender-se das condições 
adversas de veículo é importante 
fazer revisões periódicas e provi-
denciar o reparo de peças danifica-
das.
3 - a) Tirar o pé do acelerador e segu-
rar firme o volante, até que a ade-
rência se restabeleça.
MÓDULO 3
1. V / V / F / F
2. Marque a alternativa correta nos 
itens que seguem:
a. ( x ) Abertura das vias aéreas.
b. ( x ) 60 a 100 bpm.
c. ( x ) Sinalizar o local.
3 - ( x ) O torniquete é uma técnica em 
desuso na contenção de hemorra-
gias.
MÓDULO 4
1) V / F / V / V
2) b) Seus sintomas básicos estão 
associados às manifestações de ir-
ritação e agressividade numa espé-
cie de exaustão emocional.
3) b) 2 – 3 – 1 – 2 – 3 
4) ( X ) O agente de Segurança Pública 
é alvo de observação constante e 
deve ser exemplo de postura ética.

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