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DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO AV2 GABARITO 1. (2,0 pontos) Julgue o item seguinte, relativo à ADPF: Não há definição constitucional do que seja o parâmetro da ADPF, por isso deve-se buscar na lei que a regulamenta tal previsão. ( ) Certo (x) Errado JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA EM NO MÁXIMO 5 LINHAS 1. ERRADO Não há definição legal nem constitucional do que seria o parâmetro, por isso iremos buscar na jurisprudência, em especial na ADPF 33. 2. (2,0 pontos) Julgue o item seguinte, acerca dos objetos da ADI, ADC e ADPF: O objeto na ADC é lei ou ato normativo Federal, já na ADI é lei ou ato normativo Federal ou Estadual; enquanto que na ADPF é o ato do Poder Público que inclui os casos de ADC, ADI e outras situações. A lei que regulamenta a ADI, ADC e ADPF (Lei 9.869/99) traz expressamente essa previsão. ( ) Certo (x) Errado Lei 9869/99 ADI, ADC Lei 9882/99 ADPF 3. Acerca da subsidiariedade da ADPF, julgue a assertiva que segue: Será cabível a ADPF quando não houver outro meio/mecanismo de processo objetivo apto e eficaz a sanar a lesividade ao preceito fundamental. O STF entende que quando se fala outro meio eficaz, deve ser entendido como sendo um meio que teria a mesma efetividade e o mesmo alcance (amplitude) da ADPF. (x) Certo ( ) Errado Notícias STF Imprimir Sexta-feira, 06 de julho de 2018 Ministro rejeita trâmite de ADPF contra normas urbanísticas de Recife (PE) O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), indeferiu a petição inicial da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 481, na qual a Procuradoria-Geral República (PGR) questionava leis do Município de Recife (PE) que dispõem sobre normas urbanísticas. Em sua decisão, o relator apontou inobservância ao princípio da subsidiariedade, já que há outros meios processuais cabíveis no Judiciário estadual aptos a sanar a lesividade apontada pela PGR. A ADPF impugnou dispositivos da Lei 17.511/2008 (que dispôs sobre o Plano Diretor Reformulado do Recife) e da Lei 16.719/2001 (conhecida como “Lei dos Doze Bairros”), invocando violação aos artigos 225, 182 (parágrafos 1º e 2º) e 5º (caput e inciso XXIII), da Constituição Federal, e aos princípios da vedação de retrocesso social e da proporcionalidade. Também foi apontada a inconstitucionalidade formal dos dispositivos. Na ação, a PGR argumentou que não pode haver direito adquirido de construir com base em parâmetros legislativos anteriores, e afirma que, por conta dos dispositivos impugnados, “o direito a edificar será examinado à luz da legislação que vigorava na época do protocolo do projeto no poder público, independentemente de legislação superveniente que disponha em sentido contrário”. Princípio da subsidiariedade De acordo com o ministro Fachin, a ADPF não tem condições de ser conhecida. Isso porque a Lei 9.882/99 (que dispõe sobre o rito da arguição de descumprimento de preceito fundamental) indicou, como um dos requisitos de cabimento da ação, o princípio da subsidiariedade. “Conforme entendimento iterativo desta Corte, meio eficaz de sanar a lesão é aquele apto a solver a controvérsia constitucional relevante de forma ampla, geral e imediata, devendo o Tribunal sempre examinar eventual cabimento das demais ações de controle concentrado no contexto da ordem constitucional global”, explicou Fachin. Segundo o ministro, no caso em questão, verifica-se que há na Constituição do Estado de Pernambuco, no capítulo destinado ao meio ambiente e em outros pontos que dispõem sobre política urbana e desenvolvimento urbano, normas com conteúdo semelhante aos artigos da Constituição Federal tidos por violados, permitindo qualificá- los como paradigmas de confronto para fins de instauração, perante o Tribunal de Justiça local (TJ-PE), do processo objetivo de fiscalização concentrada de constitucionalidade. “Existe, portanto, no âmbito do Estado de Pernambuco, instrumento processual eficaz por meio do qual é possível declarar a inconstitucionalidade de lei municipal, retirando- a do ordenamento jurídico com efeito ex tunc, eficácia contra todos e efeito vinculante. Ou seja, resta assentado o cabimento, em tese, de ação direta de inconstitucionalidade estadual na hipótese dos autos, revelando-se a possibilidade de resolução da controvérsia constitucional de forma ampla, geral e imediata”, concluiu Fachin. http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=383446 http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=383446 2. CORRETA 4. Julgue o item a seguir acerca dos remédios constitucionais: Considere a seguinte situação hipotética: Certo prefeito de município carente de assistência médica, com o objetivo de construir um novo hospital na região, conseguiu a aprovação de lei na Câmara Municipal autorizando a desapropriação do imóvel em que nasceu e viveu um dos mais renomados pintores brasileiros, situado em terreno considerado ideal para a construção da unidade de saúde. Consta que a referida residência é objeto de visitação turística e motivo de orgulho para a população local. Nessa situação, encontram-se presentes os requisitos para que qualquer cidadão brasileiro, no pleno gozo de seus direitos políticos, proponha ação popular em a fim de preservar o patrimônio histórico em questão. (x) verdadeira ( ) falsa JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA EM NO MÁXIMO 5 LINHAS RESPOSTA O art. 5, LXXIII, da CF/88, estabelece que qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. A Lei n. 4717/65 dispõe sobre a Ação Popular. A legitimidade para propor a ação é de qualquer cidadão brasileiro, sendo que o art. 1, § 3º, da referida lei, exige que a prova da cidadania, para ingresso em juízo, seja feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda. Não é necessário, como afirma a questão estar no pleno gozo dos direitos civis, já que um cidadão de 16 anos, que comprove a sua cidadania por meio de título eleitoral, poderá propor Ação Popular mesmo não podendo praticar todos os atos da vida civil. O pleno gozo dos direitos civis não é requisito para ação popular. A redação da afirmativa está confusa, mas diante dessa consideração, a afirmativa foi considerada errada pela banca. 5. Acerca da ADO, julgue a assertiva a seguir: Na ação direta de inconstitucionalidade por omissão, a legitimidade passiva restringe- se ao Poder Legislativo inadimplente, ao qual será estipulado prazo para adotar as providências cabíveis no sentido de suprir a omissão. ( ) verdadeira (x) falsa JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA EM NO MÁXIMO 5 LINHAS Na ação direta de inconstitucionalidade por omissão, a legitimidade passiva restringe-se ao Poder Legislativo inadimplente, ao qual será estipulado prazo para adotar as providências cabíveis no sentido de suprir a omissão. A Legitimidade passiva restringe-se a quem tem a iniciativa de regular aquela matéria, não somente ao Legislativo! CF/88, Art. 103, § 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. Lei 9.868/99 Da Decisão na Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão Art. 12-H. Declarada a inconstitucionalidade por omissão, com observância do disposto no art. 22, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias. § 1º Em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências deverão ser adotadas no prazo de30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo Tribunal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse público envolvido. Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros.
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