Prévia do material em texto
CENTOPEIA GIGANTE Scolopendra gigantea 1 Zoologia II – Prof.ª: Vivian Franzoso Cunha Ana Costa Caio Pereira Fernanda Jesus Israel Rodrigues Roniere Lima 1 INTRODUÇÃO “Predation by giant centípedes, Scolopendra gigantea, on three species of bats in a Venezuela cave”; O artigo relata sobre a predação de morcegos por centopeias gigantes; Realizado em cavernas da Venezuela. 2 2 INTRODUÇÃO Características morfológicas da Scolopendria gigantea Bem resumido 3 3 INTRODUÇÃO Morcegos sofrem baixas taxas de predação, contudo, sofrem grandes impactos por apresentarem vida longa e taxa de reprodução lenta; Seus predadores estão mais relacionados a vertebrados do que invertebrados; Louva-a-deus, vespas, aranhas, escorpiões, crustáceos e centopeias estão entre os invertebrados que predam morcegos. 4 Fonte: Google Imagens Fonte: Google Imagens 4 METODOLOGIA O trabalho foi realizado em uma caverna na Península do Paraguaná, Venezuela; Foram observados a predação em condições naturais pela Scolopendra gigantea contra morcegos; Cinco espécies de morcegos foram identificadas: Mormoops megalophylla, Pteronotus parnellii, P. davyi, Leptonyceris curasoae e Natalus tumidirostris. 5 Mapa Península do Paraguaná (Google Imagens) 5 6 Mormoops megalophylla Pteronotus parnellii Pteronotus davyi Leptonycteris curasoae Natalus tumidirostris Fonte: Google Imagens 6 METODOLOGIA A entrada da caverna tem aproximadamente 1 metro de altura e largura; A caverna consiste em três câmaras: 1 principal de 30 m e 2 secundárias de 20 m; As galerias abrigam cerca de 48.000 morcegos. 7 7 RESULTADOS E DISCUSSÃO Observou-se predação contra três espécies de morcegos: Mormoops megalophylla, Pteronotus davyi e Leptonycteris curasoae; Predação noturna de M. megalophylla a 2 metros do chão; S. gingatea se apoiou no teto da caverna através de 5 pares de patas e segurou o morcego com 8 pares de patas. 8 S. gigantea predando M. megalophylla (MOLINARI et al., 2005) 8 Mormoops megalophylla Pteronotus parnellii Pteronotus davyi Leptonycteris curasoae Natalus tumidirostris Fonte: Google Imagens Mormoops megalophylla Pteronotus davyi Leptonycteris curasoae 9 9 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os restos do morcego foram analisados, e as seguintes estruturas estavam ausentes após a predação: Músculos da região temporal esquerda; Músculos da mandíbula esquerda; Músculos das vértebras cervicais; Músculos peitorais esquerdos; Tecido vascular das vértebras cervicais; Traqueia; Tubo digestivo; Fígado e rim esquerdo . 10 Scolopendra sp. predando morcego (ARAUJO, BBC News Brasil) 10 RESULTADOS E DISCUSSÃO Foi observado também uma predação diurna de Leptonycteris curasoae; Como observado na predação de M. megalophyta, o escolopendrídeo utilizou 8 pares de pernas para imobilizar o morcego; O morcego pesava 26,5 g e apresentava ferimentos nas costas, a alimentação se iniciou pelo abdômen; 11 11 RESULTADOS E DISCUSSÃO As duas observações de predação indicam que os ataques de S. gingatea não seguem um padrão determinado; Em ambos os casos feridas foram encontradas nas costas dos morcegos indicado que foram envenenados. 12 Scolopendra sp. ataca morcego pelas costas na Venezuela (TIM GREEN, BBC) 12 RESULTADOS E DISCUSSÃO A predação de Pteronotus davyi foi observada também durante o dia; Em alguns casos a S. gigantea segura o morcego pelos 7 pares inicias de pernas, o que difere do observado para outras espécies de morcegos; A alimentação se iniciou pelo peito e abdômen. 13 P. Davyi pendurado em rocha (LORD, 1997) 13 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os métodos de captura sugerido pelos autores são: 1 – Rastejamento pelo teto até encontrar morcegos; 2 – Esperar até que morcegos se alojem a distâncias seguras para o ataque; 3 – Se pendurar no teto e atacar morcegos que passem voando por perto; Hábitos como uso de veneno, pernas para imobilização e fixação no substrato também são destacados. 14 S. gigantea captura morcego em caverna na Venezuela (Walker, BBC 2016) Método 1 e 3 14 RESULTADOS E DISCUSSÃO Ressalta-se como as centopeias são eficazes na predação, os ataques ocorrem no teto da caverna com morcegos que tem o dobro de seu tamanho; O veneno dos escolopendrídeos é neurotóxico e geralmente é injetado em regiões próximas a cabeça; Geralmente não é tóxico para morcegos, mas existem relatos da letalidade em camundongos. 15 Forcípula de S. gigantea (ARIAS et al., 2015) 15 RESULTADOS E DISCUSSÃO Além de morcegos e outros vertebrados as S. gigantea se alimentam de diversos artrópodes; O ambiente no qual o experimento foi conduzido apresentava uma variedade de artrópodes; As centopeias gigantes foram observadas consumindo alguns desses artrópodes. 16 S. gigantea predando um artrópode (FRAMEPOOL, 2009) 16 RESULTADOS E DISCUSSÃO Apesar de consumir alguns desses artrópodes as centopeias gigantes demonstram preferência pelos morcegos; A preferência pode ser explicado por fatores de maior recompensa energética e nutricional. 17 E E 17 CONCLUSÃO S. gigantea está entre um dos maiores artrópodes terrestres; Estudos sobre os hábitos comportamentais desses indivíduos são escassos (estudo de 2005); Não foi definido um padrão de ataque ou método único de captura de presas; Estudos em regiões que contenham outros predadores de morcegos além da S. gigatea são importantes, para conhecer sobre meios de competição e impacto na comunidade de morcegos. 18 18 REFERÊNCIAS 19 ARIAS, D. Q.; MAGAÑA, F. G. C. First record of Scolopendra gigantea Linnaeus, 1758 (Chilopoda: Scolopendromorpha: Scolopendridae) from Panama. 2015. https://www.semanticscholar.org/paper/FIRST-RECORD-OF-Scolopendra-gigantea-LINNAEUS%2C-1758-Arias-Maga%C3%B1a/8b3ad0eb3d515 f69d6407676e75d0e32decc62e2 MOLINARI, J.; GUTIÉRREZ, E. E.; ASCENÇÃO, A. A.; NASSAR, J. M.; ARENDS, A.; MÁRQUEZ, R. J. Predation by giant centípedes, Scolopendra gigantea, on three species of bats in a Venezuela cave. Caribbean Journal of Science, v. 41, n. 2, p. 340-346, 2005. 19