Buscar

ROTEIRO ARTICULAÇÕES E TECIDO MUSCULAR

Prévia do material em texto

FACULDADE AGES DE MEDICINA: IRECÊ - BA 
ROTEIRO DE AULA PRÁTICA: MORFOFUNCIONAL Profa. Maíra Meira
ARTICULAÇÕES E TECIDO MUSCULAR
Os ossos unem-se uns aos outros para constituir o esqueleto. Esta união não tem a finalidade exclusiva de colocar os ossos em contato, mas também a de permitir mobilidade, razão pela qual o sistema articular, com o esquelético e o muscular, constitui o aparelho locomotor. Por outro lado, como esta união não se faz da mesma maneira entre todos os ossos, a maior ou menor possibilidade de movimento varia com o tipo de união. Para designar a conexão existente entre quaisquer partes rígidas do esqueleto, quer sejam ossos, quer sejam cartilagens, empregamos o termo articulação. Embora apresentem consideráveis variações entre elas, às articulações possuem certos aspectos estruturais e funci;;;;onais em comum que permitem classificá-las em três grandes grupos: fibrosas, cartilagíneas e sinoviais. O critério para esta divisão é o da natureza do elemento que se interpõe às peças que se articulam (Dangelo e Fattini, 2007)
Ao final desta aula você deverá saber reconhecer os aspectos gerais da anatomia relacionada as articulações e músculos, e compreender os aspectos histológicos dos três tipos de tecido muscular caracterizando as principais diferenças entre eles. 
1. TECIDO MUSCULAR 
· Células altamente especializadas na atividade de contração;
· Torna possível locomoção, constrição, bombeamento, e outros movimentos de propulsão;
· Músculo Estriado Esquelético: atividade de contração forte, rápida, descontínua e voluntária.
As células do músculo estriado esquelético são originadas da fusão dos mioblastos. Elas são cilíndricas (10 a 100m de diâmetro e até 30cm de comprimento) e multinucleadas, e os núcleos são periféricos. São ricas nos filamentos de actina e de miosina, responsáveis pela sua contração. A actina e algumas proteínas associadas compõem filamentos de cerca de 7nm de diâmetro, os filamentos finos, enquanto a miosina II forma filamentos com 15nm de diâmetro, os filamentos espessos. Os filamentos contráteis são envoltos por invaginações da membrana plasmática, pelas cisternas do retículo endoplasmático (ou sarcoplasmático) e pelas mitocôndrias, resultando nas miofibrilas, dispostas longitudinalmente nas células. Os filamentos finos e espessos dispõem-se de tal maneira que bandas claras (bandas I) e escuras (bandas A) alternam-se ao longo da fibra muscular.
· Músculo Estriado Cardíaco: atividade de contração forte, rápida, contínua e involuntária.
O músculo estriado cardíaco é formado por células cilíndricas (10 a 20m de diâmetro e 80 a 100m de comprimento), ramificadas, com um ou dois núcleos em posição central ou próxima. Ao microscópio de luz, além das estriações devido ao arranjo dos filamentos contráteis, esse músculo exibe os discos intercalares, linhas retas ou em escada, posicionadas na linha Z. Os discos intercalares correspondem a complexos juncionais, sendo constituídos por interdigitações, junções de adesão e desmossomos, que impedem a separação das células com o batimento cardíaco, e junções comunicantes, que, ao permitir a passagem de íons de uma célula à outra, promovem a rápida propagação da despolarização da membrana e a sincronização da contração das células.
· Músculo Liso: atividade de contração fraca, lenta e involuntária.
As células do músculo liso são fusiformes, com 3 a 10m de diâmetro e comprimento variado (20m nos pequenos vasos sanguíneos, 200µm no intestino e 500m no útero gravídico). O núcleo é central, alongado ou, quando as células estão contraídas, pregueado, em formato de saca-rolhas. Vesículas endocíticas, as cavéolas, podem estar relacionadas com a intensa pinocitose para a entrada de íons Ca2+ . A disposição dos feixes de filamentos contráteis em diferentes planos faz com que as células não apresentem estriações. Como os filamentos contráteis estão intercruzados nas células, o seu deslizamento faz com que elas se encurtem e se tornem globulares, reduzindo o diâmetro da luz do órgão. Os filamentos de actina, de miosina, de desmina e, no caso das células musculares de vasos, de vimentina cruzam a célula e inserem-se em pontos de ancoragem na membrana celular ou mesmo no citoplasma, designados corpos densos. Eles contêm -actinina, responsável pela ligação dos filamentos de actina, e outras proteínas associadas ao disco Z. A tensão produzida pela contração é transmitida através dos corpos densos para a lâmina basal, permitindo que as células musculares lisas atuem como uma unidade
1.1. Descrever tecido muscular, suas características, funções e tipos. 
As células musculares são alongadas e, por isso, são também chamadas fibras musculares. Elas são ricas em filamentos contráteis, os filamentos de actina e de miosina. Contêm ainda filamentos intermediários de desmina, também presentes em outras células capazes de contração, como as células mioepiteliais e os miofibroblastos.
As células musculares, que frequentemente são denominadas fibras musculares porque são longas e estreitas quando relaxadas, são células contráteis especializadas. São organizadas em tecidos que movimentam as partes do corpo ou causam a modificação temporária do formato dos órgãos internos (reduzem a circunferência de todo o órgão ou de parte dele). O tecido conjuntivo associado conduz fibras nervosas e capilares para as células musculares e une-as em feixes ou fascículos. 
Existem três tipos de músculo: O músculo estriado esquelético é o músculo somático voluntário que forma os músculos esqueléticos que compõem o sistema muscular, movendo ou estabilizando ossos e outras estruturas (p. ex., os bulbos dos olhos). As fibras do músculo estriado esquelético não se dividem, mas são substituídas individualmente por novas fibras musculares derivadas de células-satélite de músculo esquelético (ver figura do músculo esquelético, Quadro As células-satélite são uma fonte potencial de mioblastos, precursores das células musculares, que se fundem para formar novas fibras de músculo esquelético, quando necessário. O músculo estriado cardíaco é um músculo visceral involuntário que forma a maior parte das paredes do coração e partes adjacentes dos grandes vasos, como a aorta, e bombeia o sangue. O músculo liso (músculo não estriado) é o músculo visceral involuntário que forma parte das paredes da maioria dos vasos sanguíneos e órgãos ocos (vísceras), deslocando substâncias através deles por meio de contrações sequenciais coordenadas (pulsações ou contrações peristálticas).
As células musculares, que frequentemente são denominadas fibras musculares porque são longas e estreitas quando relaxadas, são células contráteis especializadas. São organizadas em tecidos que movimentam as partes do corpo ou causam a modificação temporária do formato dos órgãos internos (reduzem a circunferência de todo o órgão ou de parte dele). O tecido conjuntivo associado conduz fibras nervosas e capilares para as células musculares e une-as em feixes ou fascículos. 
1.2. Diferencie endomísio, perimísio e epimísio. 
O músculo estriado esquelético é envolvido pelo epimísio, possui perimísio e endomísio. 
Epimísio: Envolve o músculo inteiro, tecido conjuntivo denso não modelado. Perimisio: Envolve conjuntos de feixes de fibras musculares, septos de tecido conjuntivo frouxo. Divide o músculo em feixes de fibras musculares e levando vasos sanguíneos e linfáticos e nervos. Endomísio: é formado por uma lâmina basal, por fibras reticulares e uma pequena quantidade de tecido conjuntivo frouxo. Envolve cada fibra muscular, ancora as fibras musculares entre si e contém capilares sanguíneos e axônios.
· Devido à presença de vasos sanguíneos e nervos, o tecido conjuntivo leva nutrição e inervação ao músculo. A rica vascularização está relacionada com a alta demanda de oxigênio e energia para a contração
· Os componentes do tecido conjuntivo mantêm as células musculares unidas, permitindo que a força de contração gerada individualmente atue sobre todo o músculo e seja transmitida a outras estruturas, como tendões, ligamentose ossos.
O músculo estriado cardíaco e o músculo liso apresentam bainhas de tecido conjuntivo, com vasos sanguíneos e nervos, sem a definição de um epimísio e de um perimísio. Entretanto eles possuem endomísio, sendo constituído, no músculo cardíaco, pela lâmina basal e por tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado e, no músculo liso, pela lâmina basal e pelas fibras reticulares
1.3. Descrever os principais componentes anatômicos do músculo estriado esquelético 
Os músculos esqueléticos são classificados, de acordo com seu formato, em planos, peniformes, fusiformes, quadrados, circulares ou esfincterianos, e com múltiplas cabeças ou múltiplos ventres. O músculo esquelético atua contraindo, permitindo movimentos automáticos (reflexos), mantendo o tônus muscular (contração tônica) e proporcionando a contração fásica (ativa) com ou sem modificação do comprimento muscular (isotônica e isométrica, respectivamente). Os movimentos isotônicos são concêntricos (ocasionam movimento por encurtamento) ou excêntricos (permitem movimento por relaxamento controlado). Os músculos agonistas são os principais responsáveis por movimentos específicos. Os fixadores “estabilizam” uma parte de um membro enquanto outra parte se movimenta. Os sinergistas potencializam a ação dos agonistas. Os antagonistas se opõem às ações de outro músculo
1.3. Cite 5 funções do sistema esquelético.
O sistema esquelético é dividido em esqueletos axial (ossos da cabeça, pescoço e tronco) e apendicular (ossos dos membros). 
O esqueleto propriamente dito é formado por vários tipos de tecido: 
· cartilagem, um tecido conjuntivo semirrígido; osso, uma forma rígida de tecido conjuntivo que oferece suporte, proteção, movimento, armazenamento (de alguns eletrólitos) e síntese de células do sangue; periósteo, que circunda os ossos, e pericôndrio, que circunda a cartilagem, propiciam nutrição a esses tecidos e são os locais de formação de nova cartilagem e osso. 
· Dois tipos de osso, esponjoso e compacto, são distinguidos pela quantidade de material sólido e pelo tamanho e número de espaços que contêm. 
· Os ossos são classificados em longos, curtos, planos, irregulares ou sesamoides. Ao descrever a estrutura de ossos individuais, são usados termos padronizados que descrevem estruturas e acidentes ósseos específicos. 
· Os ossos crescem através de processos de: ossificação intramembranosa, na qual são formados modelos de osso mesenquimal durante os períodos embrionário e pré-natal, e ossificação endocondral, na qual são formados modelos de cartilagem durante o período fetal, com a subsequente substituição da maior parte da cartilagem por osso após o nascimento.
ARTICULAÇÕES 
As articulações são uniões ou junções entre dois ou mais ossos ou partes rígidas do esqueleto. As articulações exibem várias formas e funções. Algumas articulações não têm movimento, como as lâminas epifisiais entre a epífise e a diáfise de um osso longo em crescimento; outras permitem apenas pequeno movimento, como os dentes em seus alvéolos; e outras têm mobilidade livre, como a articulação do ombro.
2.1. Defina articulações fibrosas, cartilagíneas e sinoviais. 
São três classes de articulações:
· Nas articulações fibrosas, os ossos são unidos por tecido fibroso. Na maioria dos casos, o grau de movimento em uma 3. articulação fibrosa depende do comprimento das fibras que unem os ossos. As suturas do crânio são exemplos de articulações fibrosas. Esses ossos estão bem próximos, encaixando-se ao longo de uma linha ondulada ou superpostos. A sindesmose, um tipo de articulação fibrosa, une os ossos com uma lâmina de tecido fibroso, que pode ser um ligamento ou uma membrana fibrosa. Consequentemente, esse tipo de articulação tem mobilidade parcial. A membrana interóssea no antebraço é uma lâmina de tecido fibroso que une o rádio e a ulna em uma sindesmose. A sindesmose dentoalveolar (gonfose) é uma articulação fibrosa na qual um processo semelhante a um pino encaixa-se em uma cavidade entre a raiz do dente e o processo alveolar da maxila. A mobilidade dessa articulação (um dente mole) indica distúrbio dos tecidos de sustentação do dente. No entanto, movimentos locais microscópicos nos informam (graças a propriocepção) sobre a força da mordida ou do cerrar de dentes, e sobre a existência de uma partícula presa entre os dentes.
· Nas articulações cartilagíneas, as estruturas são unidas por cartilagem hialina ou fibrocartilagem. Nas sincondroses ou articulações cartilagíneas primárias, os ossos são unidos por cartilagem hialina, o que permite leve curvatura no início da vida. As articulações cartilagíneas primárias geralmente são uniões temporárias, como as existentes durante o desenvolvimento de um osso longo, nas quais a epífise e a diáfise são unidas por uma lâmina epifisial. As sincondroses permitem o crescimento do osso no comprimento. Quando é atingido crescimento completo, a lâmina epifisial converte-se em osso e as epífises fundem-se com a diáfise. As sínfises ou articulações cartilagíneas secundárias são articulações fortes, ligeiramente móveis, unidas por fibrocartilagem. Os discos intervertebrais fibrocartilagíneos (Figura I.16C) existentes entre as vértebras são formados por tecido conjuntivo que une as vértebras. Essas articulações proporcionam à coluna vertebral resistência e absorção de choque, além de considerável flexibilidade.
· Nas articulações sinoviais, os ossos são unidos por uma cápsula articular (formada por uma camada fibrosa externa revestida por uma membrana sinovial serosa) que transpõe e reveste a cavidade articular. A cavidade articular de uma articulação sinovial, como o joelho, é um espaço potencial que contém um pequeno volume de líquido sinovial lubrificante, secretado pela membrana sinovial. No interior da cápsula, a cartilagem articular cobre as faces articulares dos ossos; todas as outras faces internas são revestidas por membrana sinovial. O periósteo que reveste os ossos na parte externa à articulação funde-se com a camada fibrosa da cápsula articular
3.ARTICULAÇÕES FIBROSAS 
· São unidas firmemente por tecido conjuntivo denso não modelado.
· Não apresenta uma cavidade articular. É uma articulação fixa.
3.1. Explique a articulação do tipo sutura e exemplifique. 
Sutura: interposição de ossos feita por tecido conjuntivo denso não modelado - Fibroso. Exemplo: Ocorrem entre os ossos do crânio.
Tipo Sinartrose: são imóveis Ex.: Sutura sagital
Tipo Sinostose: há fusão completa de dois ossos separados em um único osso. “ Sutura metópica”
Tipos de Articulação Sutura:
Sutura Serrátil/Serreada: conexão dentada reúne as partes ósseas de forma rígida
Sutura escamosa: formada entre a face óssea oblíqua, da escama do temporal, e a face oblíqua do parietal
Sutura plana: as margens ósseas, conectadas por tecido conjun.vo , são lisas e estendem-se paralelamente
3.2. Explique a articulação do tipo sindesmose e exemplifique.
A sindesmose, um tipo de articulação fibrosa, une os ossos com uma lâmina de tecido fibroso, que pode ser um ligamento ou uma membrana fibrosa. Consequentemente, esse tipo de articulação tem mobilidade parcial. Exemplo: A membrana interóssea no antebraço é uma lâmina de tecido fibroso que une o rádio e a ulna em uma sindesmose. 
A sindesmose dentoalveolar (gonfose) é uma articulação fibrosa na qual um processo semelhante a um pino encaixa-se em uma cavidade entre a raiz do dente e o processo alveolar da maxila. A mobilidade dessa articulação (um dente mole) indica distúrbio dos tecidos de sustentação do dente. No entanto, movimentos locais microscópicos nos informam (graças a propriocepção) sobre a força da mordida ou do cerrar de dentes, e sobre a existência de uma partícula presa entre os dentes
3.3. Defina fontículo e exemplifique. 
· São membranas de tecido fibroso que separam os ossos da calvária (ossos frontal, o occipital e os parietais do crânio) e que representam partes de ossos não ossificados.
· Membranas de tecido conjuntivo fibroso interposto nos ossos do crânio, possibilitando a separação entre os ossos e umamaior mobilidade, sendo denominadas fontículos (ou fontanelas).
· São elas que permitem, no momento do parto, uma redução bastante apreciável do volume da cabeça fetal pela sobreposição dos ossos do crânio. Esta redução de volume facilita a expulsão do feto para o meio exterior.
Há 6 fontículos: 
-fontículo anterior (futuro local do bregma): Fontículo ânterior (futuro bregma/fechamento entre 18 e 24 meses de vida da criança), sendo chamado de fontanela. 
-fontículo posterior (futuro local do lambda): Fontículo pósterior (futuro lambda/fechamento em 2 a 12 meses de vida da criança), sendo chamado de fontanela.
-fontículos ântero-laterais 
-fontículos póstero-laterais
Função dos Fontículos
-Moldagem do crânio (calvária) durante o parto 
-Crescimento do crânio e encéfalo 
-Aumentam a resiliência do crânio
Na Palpação no exame físico da criança é possível avaliar: -Progresso de crescimento dos ossos frontal e parietal; -Grau de hidratação do lactente; -Pressão intracranianca.
3.4. Defina sinostose.
Quando ocorre a ossificação do tecido interposto (fontículos), fazendo com que as suturas, pouco a pouco, desapareçam.
4. ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS 
4.1. Explique a articulação do tipo sincondrose e exemplifique.
Nas sincondroses ou articulações cartilagíneas primárias, os ossos são unidos por cartilagem hialina, o que permite leve curvatura no início da vida. As articulações cartilagíneas primárias geralmente são uniões temporárias, como as existentes durante o desenvolvimento de um osso longo, nas quais a epífise e a diáfise são unidas por uma lâmina epifisial. As sincondroses permitem o crescimento do osso no comprimento. Quando é atingido crescimento completo, a lâmina epifisial converte-se em osso e as epífises fundem-se com a diáfise Exemplo: cabeça do fêmur.
4.2 Explique a articulação do tipo sínfise e exemplifique.
As sínfises ou articulações cartilagíneas secundárias são articulações fortes, ligeiramente móveis, unidas por fibrocartilagem. Exemplo: Os discos intervertebrais fibrocartilagíneos existentes entre as vértebras são formados por tecido conjuntivo que une as vértebras. Essas articulações proporcionam à coluna vertebral resistência e absorção de choque, além de considerável flexibilidade.
5. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
5.2. Descreva a estrutura das articulações sinoviais.
Nas articulações sinoviais, os ossos são unidos por uma cápsula articular (formada por uma camada fibrosa externa revestida por uma membrana sinovial serosa) que transpõe e reveste a cavidade articular. A cavidade articular de uma articulação sinovial, como o joelho, é um espaço potencial que contém um pequeno volume de líquido sinovial lubrificante, secretado pela membrana sinovial. No interior da cápsula, a cartilagem articular cobre as faces articulares dos ossos; todas as outras faces internas são revestidas por membrana sinovial. Na Figura I.16A os ossos que normalmente se apresentam apostos foram afastados para demonstração, e a cápsula articular foi insuflada. Por conseguinte, a cavidade articular, que normalmente é potencial, está exagerada. O periósteo que reveste os ossos na parte externa à articulação funde-se com a camada fibrosa da cápsula articular
5.3 Defina bolsas e bainhas tendíneas. 
As bolsas são sacos ou envoltórios fechados de membrana serosa (uma delicada membrana de tecido conjuntivo que secreta líquido para lubrificar uma face interna lisa). As bolsas normalmente encontram-se colapsadas. Ao contrário dos espaços tridimensionais ou reais, esses espaços potenciais não têm profundidade; suas paredes são apostas, tendo entre elas apenas uma fina película de líquido lubrificante, que é secretado pelas membranas em seu interior. Quando a parede é interrompida em qualquer ponto, ou quando um líquido é secretado ou formado em excesso no seu interior, tornam-se espaços reais; entretanto, essa situação é anormal ou patológica. Geralmente encontradas em locais sujeitos a atrito, as bolsas permitem o movimento mais livre de uma estrutura sobre outra. As bolsas subcutâneas são encontradas na tela subcutânea entre a pele e as proeminências ósseas, como o cotovelo ou o joelho; as bolsas subfasciais situam-se sob a fáscia profunda; e as bolsas subtendíneas facilitam o movimento dos tendões sobre o osso.
As bainhas sinoviais dos tendões são um tipo especializado de bolsas alongadas que envolvem os tendões, geralmente quando atravessam túneis osteofibrosos que fixam os tendões no lugar. São bolsas longitudinais que circundam os tendões em sua passagem profundamente aos retináculos ou através das bainhas fibrosas dos dedos.
5.4. Classifique funcionalmente as articulações sinoviais. 
As articulações sinoviais, o tipo mais comum de articulação, permitem livre movimento entre os ossos que unem; são articulações de locomoção, típicas de quase todas as articulações dos membros. As articulações sinoviais geralmente são reforçadas por ligamentos acessórios separados (extrínsecos) ou são um espessamento de parte da cápsula articular 1. 2. 3. 4. 5. (intrínsecos). Algumas articulações sinoviais têm características diferentes, como discos articulares fibrocartilagíneos ou meniscos, encontrados quando as faces articulares dos ossos são desiguais.
5.5. Classifique as articulações sinoviais de acordo com o formato de suas faces articulares.
Os seis principais tipos de articulações sinoviais são classificados de acordo com o formato das faces articulares e/ou o tipo de movimento que permitem:
1. As articulações planas permitem movimentos de deslizamento no plano das faces articulares. As superfícies opostas dos ossos são planas ou quase planas, com movimento limitado por suas cápsulas articulares firmes. As articulações planas são muitas e quase sempre pequenas. Um exemplo é a articulação acromioclavicular situada entre o acrômio da escápula e a clavícula 
2. Os gínglimos permitem apenas flexão e extensão, movimentos que ocorrem em um plano (sagital) ao redor de um único eixo transversal; assim, os gínglimos são articulações uniaxiais. A cápsula dessas articulações é fina e frouxa nas partes anterior e posterior onde há movimento; entretanto, os ossos são unidos lateralmente por ligamentos colaterais fortes. A articulação do cotovelo é um exemplo de gínglimo.
3. As articulações selares permitem abdução e adução, além de flexão e extensão, movimentos que ocorrem ao redor de dois eixos perpendiculares; sendo assim, são articulações biaxiais que permitem movimento em dois planos, sagital e frontal. Também é possível fazer esses movimentos em uma sequência circular (circundução). As faces articulares opostas têm o formato semelhante a uma sela (isto é, são reciprocamente côncavas e convexas). A articulação carpometacarpal na base do polegar (1o dedo) é uma articulação selar
4. As articulações elipsóideas permitem flexão e extensão, além de abdução e adução; sendo assim, também são biaxiais. No entanto, o movimento em um plano (sagital) geralmente é maior (mais livre) do que no outro. Também é possível realizar circundução, mais restrita do que nas articulações selares. As articulações metacarpofalângicas são elipsóideas.
5. As articulações esferóideas permitem movimento em vários eixos e planos: flexão e extensão, abdução e adução, rotação medial e lateral, e circundução; sendo assim, são articulações multiaxiais. Nessas articulações altamente móveis, a superfície esferóidea de um osso move-se na cavidade de outro. A articulação do quadril é uma articulação esferóidea na qual a cabeça do fêmur, que é esférica, gira na cavidade formada pelo acetábulo do quadril.
6. As articulações trocóideas permitem rotação em torno de um eixo central; são, portanto, uniaxiais. Nessas articulações, um processo arredondado de osso gira dentro de uma bainha ou anel. Um exemplo é a articulação atlantoaxial mediana, na qual o atlas (vértebra C I) gira ao redor de um processo digitiforme, o dente do áxis (vértebra C II), durante a rotação da cabeça.
REFERÊNCIAS
MOORE, K. L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. - Rio de Janeiro: Koogan, 2014.
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/132278/mod_resource/content/2/ossos-cr%C3%A2nio-EEFE-2013.pdfhttp://ulbra-to.br/morfologia/2011/08/26/Sistema-Articular

Continue navegando