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ILUSTRÍSSIMO SENHOR DIRETOR DA JARI DO (MUNICÍPIO) - (ESTADO)
FULANA DE TAL, brasileira, divorciada, inscrita no CPF sob o n. XXXXX e RG n. XXXXX SSP/PI, residente e domiciliado a Rua Francisco Emerson, 191, Piripiri – PI, vem respeitosamente perante sua presença interpor Recurso Administrativo contra auto de infração de trânsito supostamente praticado em 09/10/2015, às 10h40min, na Rua Freitas Júnior, 787, nos termos que seguem:
I) DOS FATOS E FUNDAMENTOS
a) Notificação com Data Intempestiva a da Infração
A Requerente recebeu a notificação expedida em 13/12/2015 somente em 16/12/2015, por supostamente ter infringido o art. 244, inciso I, do CTB, na data de 09/10/2015, às 10h40min.
Entretanto, intempestiva é a presente autuação, se não vejamos:
Primeiramente, urge destacar-se que a notificação (em anexo) fora a primeira e única notificação desta infração acima referida, ocorrida em 09/10/2015.
Em segundo, a Lei é clara e objetiva quando estabelece que o lapso de tempo entre a lavratura do Auto de Infração e a notificação via postal deve ser de trinta (30) dias, conforme dispõe o Art. 281, II do Código de Trânsito Brasileiro, onde diz:
[...] Parágrafo único. O Auto de Infração será arquivado e seu registro julgado insubsistente:
[...] II – se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a notificação da autuação.
O presente AIT está caracterizado pela NULIDADE disposta no Artigo nº 37 da Constituição Federal: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.”
Ora, vislumbra-se que o órgão autuador não observou o prazo limite estipulado pelo CTB, não cumprindo com o dever da legalidade, prova esta que a data de emissão da referida notificação foi dia 13/12/2015, ou seja, mais de 60 dias da suposta infração, e o seu recebimento ocorrido dia 16/12/2015, onde, salienta-se que a Requerente não assinou nenhum documento, como um AR, por exemplo, para receber a notificação, onde esta foi apenas depositada em sua residência.
Por ser patente a irregularidade que norteia o AIT em tela, com base no Art. 281, parágrafo único, I do Código de Trânsito Brasileiro, este deve ser ARQUIVADO e consequentemente, seu registro deve ser julgado insubsistente.
b) Da Irregularidade da Notificação
Ainda, mesmo que seja superada a premissa acima mencionada, importa salientar que o auto de infração imposto é irregular, como será demonstrado.
A Requerente recebeu autuação na sua residência, autuado por infringir o art. 244, I, do CTB, cuja cominação legal consiste em penalidade de multa no valor de R$ 191,54, cumulativamente com 7 pontos na carteira.
Entretanto, questão de suma importância é que informa na notificação que a infração referida foi cometida no horário de 10h40min do dia 09/10/2015, sendo que este horário a única condutora do veículo mencionado (HONDA BIZ 100 ES – PLACA XXXXXX) encontra-se no local de trabalho, conforme mostra folha de ponto em anexo.
Ademais, a infração enquadra a condutora no art. 244, I do CTB, que trata:
Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor: I - sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e vestuário de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo CONTRAN;
Porém, na notificação relaciona-se a multa ao PASSAGEIRO, o que não se enquadra no art. 244, I que trata do CONDUTOR e não do PASSAGEIRO. Estando assim, a autuação, completamente contraditória, quanto a autuação e sua descrição. Que para tanto, deveria ter sido qualificada no inciso II, do art. 244 do CTB.
Desta feita, diante de tudo quanto se asseverou, torna-se imperioso concluir pela improcedência do presente auto de infração, ou antes, pelo necessário arquivamento do mesmo.
II) DOS PEDIDOS
Diante do exposto, fundamentando-se nos art. 281, parágrafo único, II do Código de Trânsito Brasileiro c/c Resoluções CONTRAN nº 149/2003 e nº 404/2012 c/c Art. 37da Constituição Federal de 1988, requer-se a suspensão e anulação do AIT nº XXXXXX, por não ter sido cumprido de forma correta o disposto na legislação, como a data de autuação e recebimento da notificação não ultrapassar o limite de 30 dias.
Caso entendimento seja diverso, requer-se seja o presente recurso recebido e provido para reconhecer a nulidade do AIT, tendo em vista a inexistência da infração que fora lavrada, sendo que neste caso, a Requerente estava no horário da infração no seu local de trabalho, e como condutora do veículo, seria impossível a mesma estar transitando no local informado na notificação e tendo cometido tal infração.
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Piripiri, 16 de Dezembro de 2015.
________________________________________
FULANA DE TAL
-requerente-

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