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IPATINGA – MG 2019 THALLYS AUGUSTO ALMEIDA NASCIMENTO REDES DE COMUNICAÇÃO INDUSTRIAL REDES DE COMUNICAÇÃO INDUSTRIAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras de Ipatinga, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia de Controle e Automação. Orientador: Eduardo Grilo Ipatinga 2019 THALLYS AUGUSTO ALMEIDA NASCIMENTO REDES DE COMUNICAÇÃO INDUSTRIAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras de Ipatinga, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia de Controle e Automação. BANCA EXAMINADORA Prof. Alcebíades Fernando de Oliveira Trindade Prof. Sebastião Pinto Morais Prof. Vinícius de Castro Toledo Ipatinga, 18 de junho de 2019 AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus pela oportunidade, meu pais pelo apoio incondicional e por sempre acreditar em; meus irmãos que estiveram ao meu lado assim como amigos e familiares. Aos professores, pelos ensinamentos que levarei para toda minha vida. A todos, que de uma forma direta e indiretamente, contribuíram para a minha formação pessoal, acadêmica e profissional. Ideias e somente ideias podem iluminar a escuridão. (Ludwig von Mises.) . ALMEIDA NASCIMENTO, Thallys Augusto. Redes de comunicação industrial. 2019. 46 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Controle e Automação) – Faculdade Pitágoras, Ipatinga, 2019. RESUMO Este trabalho tem como objetivo demonstrar o funcionamento e os protocolos de redes de comunicações utilizados no processo industrial, As redes têm sido fundamentais para que uma empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte, consiga ter interoperabilidade entres os seus setores, desde o chão de fábrica até a diretoria, oferecendo informações com precisão, em tempo real e com segurança na integração das redes corporativas e redes de automação industrial, que são essenciais para o gerenciamento e controle do processo produtivos. Com base em pesquisas e estudos sobre o assunto em artigos acadêmicos livros e sites confiáveis, será possível demonstrar os benefícios de usar uma rede de comunicação industrial. O aumento do consumo e a busca por qualidade exigem cada vez mais da indústria onde uma maior produtividade com padronização a automação se faz necessária para manter competitiva a indústria. Palavras-chave: Rede Industrial. Automação Industrial. Protocolo OPC. ALMEIDA NASCIMENTO, Thallys Augusto. Industrial communication networks. 2019. 46 pages. Course Completion Work (Graduation in Control Engineering and Automation) - Pitágoras College, Ipatinga, 2019. ABSTRACT This work is to demonstrate the operation and protocols of communications networks used in the industrial process. Networks have been fundamental for a small, medium or large company to have interoperability among its sectors, from the factory floor to the board, providing accurate, real-time and secure information on the integration of corporate networks and industrial automation networks, which are essential for managing and controlling the production process. Based on research and studies on the subject in academic articles books and reliable websites, it will be possible to demonstrate the benefits of using an industrial communication network. Increased consumption and the quest for quality increasingly require the industry where increased productivity with automation standardization is necessary to keep the industry competitive. Key-words: Industrial Network. Industrial automation. OPC protocol. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Evolução das tecnologias de automação........................................17 Figura 2 – Arquitetura a sete camadas OSI....................................................19 Figura 3 – As sete camadas do Modelo OSI. .................................................20 Figura 4 – Classificação das Redes Industriais...............................................22 Figura 5 – Classificação das Redes Industriais e Estrutura Funcional.............23 Figura 6 – Pirâmide Hierárquica detalhada......................................................24 Figura 7 – Tipos de protocolo Modbus.............................................................27 Figura 8 – Comunicação Mestre-Escravo.......................................................30 Figura 9 - Faixa de Aplicações de redes Ethernet...........................................33 Figura 10 – Exemplo da Estrutura de um Sistema de Controle via Redes. ......36 Figura 11 – Arquitetura de Sistema de Controle via rede.................................38 Figura 12 - Diagrama de Blocos NCS.................... ........ ........ ........ ...............39 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Comparação entre os meios de transmissão................................ 29 Tabela 2 – Características da Ethernet.......................................................... 34 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS APC Advanced Process Control APS Advanced Planning and Scheduling ASCII American Code For Information Interchange CLP Controlador Lógico Programável CPU Central Processing Unit CSMA/CD Carrier Sense Multiple Access/ Colision Detection E/S Entrada/Saída ERP Enterprise Resource Planning FMS Fieldbus Message Specification IEC International Electrotechnical Commission IEEE Institute of Electrical and Electronic Engineers IHM Interface Homem Máquina ISO International Organization for Standardization LAN Local Area Network LIMS Lab Information System NCS Networked Control Systems OPC OLE for Process Control OSI Open System Interconnection PIMS Plant Information Management Systems PLC Programmable Logic Controller RM-OSI Reference Model for Communication between Open Systems RTU Remote Terminal Unit SCADA Supervisory Control and Data Acquisition TCP/IP Transmission Control Protocol / Internet Protocol TI Tecnologia da Informação WAN Wide Area Network SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 14 2. INTRODUÇÃO À AUTOMAÇÃO E AS REDES INDUSTRIAIS ...................................... 16 2.1 REDES DE COMUNICAÇÃO INDUSTRIAL ......................................................... 17 2.2.1 Camada de Aplicação ........................................................................................ 20 2.2.2 Camada de Apresentação .................................................................................. 21 2.2.3 Camada de Sessão ............................................................................................ 22 2.2.4 Camada de Transporte ....................................................................................... 22 2.2.5 Camada de Rede................................................................................................ 23 2.2.6 Camada de Enlace de Dados ............................................................................. 25 2.2.7 Camada Física .................................................................................................... 25 3. CLASSIFICAÇÃO DAS REDES INDUSTRIAIS ..................................... 26 3.1 MODBUS ............................................................................................................30 3.2 PROFIBUS – PROCESS FIELD BUS ................................................................ 32 3.3 ETHERNET INDUSTRIAL .................................................................................. 34 4. SISTEMA DE CONTROLE VIA REDE.................................................... 40 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 44 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 45 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho propõe um estudo sobre a utilização das redes de comunicação entre instrumentos e sistemas de controle nos meios industriais, descrevendo as vantagens e desvantagens dos principais protocolos e tipos de rede utilizados nas indústrias a fim de atender os requisitos para possam ser utilizados em conjunto com os instrumentos de campo. Para tanto, serão utilizadas obras de diversos autores da área a fim de compreender a parte conceitual das tecnologias, normas e padrões mais utilizados nas indústrias e a evolução da comunicação industrial ao longo das décadas. Tendo a ideia básica das redes de comunicação industrial: aproveitando o protocolo como base de todos os processos de comunicação entra maquinas, equipamentos, chegando até linhas completas nas indústrias. Com a ethernet livre e aberta, oferecendo diversos caminhos uniforme com entradas e saídas padronizadas, as infraestruturas da rede tendem a ser construídas mais rapidamente e operadas de formas simples e tendo sua capacidade de desempenho aumentada, e também com custos mais atraentes para as empresas. Entretendo, as redes de comunicação industrial também apresentam series de desvantagens em certas aplicações. Os principais objetivos dessa monografia é mostrar quais são as etapas que devem ser consideras para uma possível seleção de uma rede de comunicação industrial, visando sempre a que melhor atenda a aplicação desejada, buscar conhecer detalhes referentes a confiabilidade das redes, suas acessibilidades, velocidades de transmissão, dentre outros requisitos que são importantes para a escolha de uma rede industrial e detalhar o conceito de Sistemas de Controle via rede e o protocolo OLE for Process Control (OPC). Para o desenvolvimento deste trabalho o método de pesquisa utilizado será a revisão bibliográfica, os respectivos sites de pesquisa, artigos técnicos disponíveis na internet, trabalhos acadêmicos, manuais de equipamentos, apostilas de treinamentos, (livros, manuais técnicos, ERIKSSON, J.; COESTER, M.; HENNIG, C.H 2006, DJIEV 2009, COGHI 2003, CORRÊA 1997). O período dos artigos pesquisados foram os trabalhos publicados nos últimos anos. As palavras chaves utilizadas na busca serão: “redes industriais”, “ETHERNET TCP/IP”, “redes de campo”, “redes de comunicação”. No segundo capitulo desse trabalho será apresentada a introdução à automação industrial trazendo conceitos, suas definições, a evolução dos dispositivos de automação, padrão físico, protocolos e o modelo Open System Interconnection (OSI). Será desenvolvido o terceiro capitulo focando nas redes industrias, relatando os tipos de redes e suas respectivas características. Já o quarto capítulo será analisado o assunto de sistemas controle via rede, suas características e aplicabilidade no uso industrial. 2. INTRODUÇÃO À AUTOMAÇÃO E AS REDES INDUSTRIAIS O desejo de ter o controle dos processos nas industrias vem acompanhando a humanidade desde as primeiras maquinas construídas. Na década de 1940, os chãos de fabricam eram manualmente operadas por números excessivos de operários, nas quais valiam-se de poucos instrumentos mecânicos elementares que conseguia fazer um controle local (GUTIERREZ; PAN,2008). Automação que vem do inglês automation, foi uma expressão inventada pelo grupo de marketing das industrias de equipamentos por volta dos anos 1960. O neologismo, sempre buscou a afirmar o uso de computadores no processo de controle automático (MORAES; CASTRUCCI,2007). A automação engloba um amplo conceito, tendo o envolvimento de diversas técnicas de controles trabalhadas em conjunto, das quais criam um sistema ativo, sendo capaz de um fornecimento de resposta conforme a função das informações que são recebidas pelo processo em que está inserida. Sempre com as informações, o sistema será capaz de calcular a melhor aplicação e ação corretiva a ser executada (WEG,2002). Para o controle de processos os sistemas foram criados de forma para maximizar a produção juntamente com a minimização dos custos, sendo possível eliminar risco que envolve a produção. Atividades exercidas pelos operadores de equipamentos de alto risco sendo realizadas de forma remota sem qualquer risco. Os controles de processos e manufatura foram criados em meados dos anos 1940 (figura 1), tendo a base primariamente com tecnologias mecânicas e pneumática. Posteriormente sendo substituídas por sinais elétricos analógicos no ambiente industrial, pratica que teve uma grande adesão nos anos 1950, os controladores eletrônicos surgiram permitindo a transmissão por longas distâncias. Nos anos 60, o custo de aplicações dos computadores e micro controladores eram muito elevados para solucionar os diversos problemas envolvendo os controles (DJIEV, 2003). Mas o hardware teve seu barateamento com o aumento da competitividade, a apresentação de requisitos como; qualidade, custo, uso consciente e eficiente de energia, juntamente com o aproveitamento melhor das matérias-primas, levou a ser necessário computadores em todos os setores das industrias, que vai do nível de controle de processos até gestão e administração para o melhoramento do processo nas empresas. Figura 1 – Evolução das tecnologias de automação. Fonte: Guedes, 2005. No início, a inclusão dos processos que levavam uma automatização nas empresas, pretendia ter a maior produtividade possível com custos menores. O investimento nas implantações dos processos automáticos é elevado e, a nova instalação deve ser ter operários humanos, ociosos para realizar manutenção. Nos anos posteriores o principal foco da automação é priorizando a qualidade dos processos, redução de perdas, (tendo reflexos nos custos) e tendo possiblidade de bens com a perfeição que manualmente não poderiam ser produzidas, também o aumento da flexibilidade. Outras justificativas foram cruciais para as indústrias passarem a fazer investimentos grandes em automação, a segurança nos processos e a infraestrutura críticos, pois a automação é vista como uma das formas de conseguir a minimização dos erros humanos. (GUTIERREZ; PAN, 2008). 2.1 REDES DE COMUNICAÇÃO INDUSTRIAL Foram desenvolvidas redes que exerciam funções para realizar trocas de informações entre computadores. Com os microprocessadores até os instrumentos instalados no chão de fábrica, tem caracterização com esses computadores também (COGHI, 2003). O uso das redes tem permitido a rápida comunicação entre equipamentos de modo confiável e o uso padronizados dos mecânicos, que tem sido fatores indispensáveis para a produtividade industrial. As redes foram introduzidas nos ambientes industriais utilizando sinais analógicos por volta de 1960 e teve uma aceitação por permitir a substituições de grandes quantidades dos tubos que eram utilizados nas transmissões pneumática, o que trouxe expressivas redução de custos nas instalações dos sistemas, bem como o tempo das transmissões dos sinais, que eram mais lentos nos sistemas pneumáticos (GUTIERREZA; PAN, 2008). Sendo primeiro utilizados através de CDD (Controle Digital Direto) interligando dispositivos de entrada e saída (E/S) a computadores. Posteriormente sendo utilizadas nos sistemas de controles distribuídos e CLPs (Controlador lógicos programáveis), sistema que conecta os operadoresaos controles. Todavia, a comunicação digital de pequenos dispositivos, como transmissores, não era possível ser vista até a década de 1980, por isso não levando a aceitação dos barramentos de comunicação para redes de instrumentos de campo até os anos 90 (BERGE, 2002). A automação industrial tornando-se cada vez mais presentes em dispositivos, foi necessário para automação a criação de padrões para ser possível a conexão de diferentes dispositivos de automação de um modo padronizados. Tendo um grande esforço internacional para padronização para as redes locais. Padrões como OSI (Open Systems Interconnection) da permissão para que dois dispositivos de automação possam se comunicar de forma amigável e confiável independente do fabricante (DJIEV, 2003). 2.2 PADRÃO ISO/OSI Com a inundação de redes privadas, a ISO (International Organization for Standardization) definiu modelo de referência para a comunicação de sistemas por volta de 1978, o Reference Model for Communication between Open Systems (RM- OSI). O padrão do OSI tem seguido a filosofias de arquitetura multicamadas, gerenciando estruturação das Comunicação de dados, pelas setes camadas; Figura 2 – Arquitetura a sete camadas OSI Fonte: Stemmer, 2001. Unitariamente a camada tem como objetivo a comunicação com camadas adjacentes por entre uma interface, que indica quais operações são elementares, e os serviços que a camada inferior distribui para a camada considerada. Tendo sido desenvolvidos o padrão OSI questões foram levando em consideração princípios que determina a quantidade de camadas que o modelo tem. Os princípios são: A camada corresponde sempre a um nível de abstração essencial no modelo; A cada tem suas funções definidas e próprias. Cada camada suas funções foram definidas segundo a padronização internacional que define protocolos. A propriedade das fronteiras entre as camadas deverias ter a definição de modo que minimiza as informações nas interfaces; Ser suficientemente grande afim de impedir a realização de funções muito espessas por uma camada; A quantidade de camadas ser suficientemente pequena para cortar uma possível alta complexidade da arquitetura (REYNDERS; MACKAY; WRIGHT, 2005). Resumidamente, as principais funções das camadas são (figura 3): Figura 3 – As sete camadas do Modelo OSI. Fonte: Rosario, 2005. 2.2.1 Camada de Aplicação Faz a interface entre os protocolos de comunicação e o aplicativo que solicitou ou receberá as informações pela rede. Embora as aplicações tradicionalmente precisem de apenas recursos locais, alguns podem fazer o uso de componentes de comunicações de mais de uma aplicação de rede; alguns exemplos como, e-mail, transferência de arquivos, acesso remoto, gerenciamento de redes e localização de informações, mas normalmente seus são testados e a demanda por mais desempenho exigido (ROSARIO, 2005). As transações e troca de informação entre organizações continuam se expandindo e requerem a interligações entre aplicativos como: World Wide Web (WWW): Conexão com incontáveis servidores e podendo apresentar diversos formatos. Em sua maioria é multimídia e incluem alguns ou todos os seguintes: gráficos, texto, vídeo e som. Internet Explorer, Google Chrome e outros navegadores fazem a simplificação e a visualizado dos Websites. E-mail gateways: Bastantes versáteis podendo se utilizar Simple Mail Transfer Protocol (SMTP) ou outros padrões utilizados par entrega de mensagens entre diferentes aplicativos de e-mail. Bulletin Boards: Incluem muitas salas de bate-papo onde diversas pessoas conseguem se conectar e comunicar entre uma as outras enviando mensagens ou digitando conversas. Tendo sido muito popular durante a época de acesso discado mas tendo caído em desuso ao longo do tempo (VSTRABELLO, 2010). 2.2.2 Camada de Apresentação Assume as funções que são associadas à formatação, sintaxe e semântica dos dados que são transmitidos e será concedido a permissão para interpretação correta da informação pelo receptor. Ela é necessariamente um tradutor e prover codificação e funções de conversação. A técnica de transferência de dados bem- sucedida é adaptar informações transmitidas em um formato padrão antes de transmiti-la. Computadores tem a configuração para receber dados neste formato genérico e então convertê-lo de volta ao seu formato de criação para ser utilizado (por exemplo, EBCDIC para ASCII). Provendo serviços de tradução, a camada de apresentação consegue assegurar a transmissão de dados da camada de aplicação de um sistema pode ser lida pela camada de aplicação em outro host. O OSI possui protocolos que definem como os dados padrões são formatados. Tarefas como encriptação, decriptação, compressão e decriptação são associada com esta camada. Os padrões da camada de apresentação são em envolvidos em operações multimídia, apresentações de imagens e gráficos. 2.2.3 Camada de Sessão Controla a comunicação entre o usuário. É responsável pela a agrupação das mensagens e a coordenação da transferência de dados entre as camadas e a sincronização do diálogo. Também fornece o controle de conversação entre dispositivos e nós. Coordena a comunicação entre sistema e serve para a organização da comunicação oferecendo três modos diferentes: simplex, half-duplex e full-duplex. Basicamente a camada de sessão mantem dados de aplicativos diferentes separados de outros dados. A seguir estão exemplos de protocolos da camada de sessão: Network File System (NFS): Desenvolvido pela Sus Microsystems é usado em TCP/IP e estações Unix tendo permissão a acesso remoto transparente e recursos remotos. Structure Query Language (SQL): Desenvolvido pela IBM para o fornecimento a usuários um método mais simplificado para definir seus requisitos de informação tanto em sistemas locais como remotos. Remote Procedure Call (RPC): Uma ferramenta ampla de redirecionamento cliente/servidor e usada para uma variedade de serviços. As suas rotinas são criadas nos clientes e executadas nos servidores. X Window: Amplamente usada em terminais inteligentes para comunicar com computadores Unix remotamente, permitindo sua operação como se fosse localmente no monitor. 2.2.4 Camada de Transporte Gerência a comunicação entre dois sistemas, ou seja, o sistema é a fonte de diálogo entre o programa que é executado na máquina destinatária. Ao ser feito trabalhos com protocolo TCP/IP, desenvolvedores tem o poder de escolha de trabalhar com dois protocolos que possuem a mesma função embora ofereçam benefícios diferentes. São eles UDP e TCP, sendo o primeiro possuir a vantagem de fornecer um serviço confiável, enquanto o segundo não possui essa preocupação, deixando tal controle para as camadas subsequentes. A camada de transporte é responsável em fornecer mecanismo para multiplexação de aplicativos das camadas superiores, estabelecendo sessões e encerramento de circuitos virtuais. Também esconde detalhes de qualquer informação dependente das redes das camadas superiores ao fornecer transferência de dados transparentes. (STEMMER, 2001). 2.2.5 Camada de Rede Faz o gerenciamento do trafego e o roteamento dos dados. O roteamento é feito à base de fatores tais como tráfego de dados e prioridades. Isso significa que a camada de Rede é responsável pelo transporte de trafego através dos dispositivos que não estão conectados de forma local. Routers ou outros dispositivos de camada três são especificados na camada de rede e executam serviços de roteamento e interligação de redes (LAMMLE, 2000). Quando um router recebe um pacote em uma de suas interfaces, o endereço IP de destino é checado. Se o pacote é destinado ao router então este faz o envio a rede de destino em seu quadro de roteamento. Uma vez queuma interface de saída for escolhida, os pacotes então serão enviados para essa interface para ser enquadrado (framed) e em seguida enviado para a rede local. Caso a entrada para a rede de destino não se encontre em seu quadro de roteamento, o router irá descartar o pacote. Dois tipos de pacotes são utilizados na camada de rede: pacotes de dados e atualizações de rota. Pacotes de dados: são usados para a transferência de informação através da Internet, e protocolos que são usados para suportar o trafego de dados também chamados de protocolos roteados; Pacotes de Atualização de Rotas: são usados para atualizar routers vizinhos a respeito de redes conectadas ao router. Protocolos que enviam estes pacotes são chamados de protocolos de roteamento e alguns exemplos desses podem ser RIP, EIGRP e OSPF. Pacotes de atualizações de rotas são pacotes utilizados para ajudar a construir e manter os quadros de roteamento em cada router. O quadro de roteamento em um router contém as seguintes informações: Endereço de Rede: Endereços de rede são específicos para cada protocolo. Um router deve manter um quadro de roteamento individual para cada protocolo, pois cada protocolo de roteamento que mantem registros de rede com um esquema de endereçamento particular; Interface: a interface de saída que um pacote irá tomar quando for destinado a uma interface específica. Métrica: A distância até a rede remota. Diferentes protocolos de roteamento fazem uso de métodos diferentes para calcular a distância. Protocolos de roteamento podem utilizar, por exemplo, como métrico número de nós até o destino (hop count), outros utilizam largura de banda disponível, atraso na linha e ainda há aqueles que usam até mais em uma rede diferente e por isso deve receber um endereço de rede único. Cada host na rede conectada àquele router deve usar o mesmo endereço de rede. Alguns pontos a respeito de routers que devem ser lembrados: Routers por padrão não encaminham pacotes de broadcast ou multicast; Routers utilizam o endereço lógico localizado no cabeçalho da camada de rede para determinar o próximo router para onde encaminhar o pacote; Routers podem usar listas de acesso, criadas pelo administrador para controlar a segurança de pacotes tentando entrar ou sair de uma interface; Router pode fornecer funções de comutação da camada 2 e, se necessário, podem simultaneamente rotear através da mesma interface; Dispositivos de camada 3 (routers no caso) fornecem conectividade entre virtual LANs (VLANs); Routers podem fornecer Quality of Service (QoS) para tipos específicos de tráfego de rede. (LAMMLE, 2000). 2.2.6 Camada de Enlace de Dados Assegura que todo o conteúdo das mensagens no local seja exatamente igual na sua origem. Normalmente possui um algoritmo especial, que gera um bit de paridade, ou conjuntos de bits extras, que tem a função de proteção. Cria números em sequencias do lado da transmissão e do lado da recepção para a autentificarão e a devida validação (ROSARIO, 2005). 2.2.7 Camada Física Tem a responsabilidade em transferir bits em um circuito de comunicação. Sua origem deve ter relacionamento com a definição das interfaces elétricas e mecânicas, seus funcionamentos, suporte de comunicação adotado, (STEMMER, 2001). Tem responsabilidades funcionais tipo modulações, multiplexação, geração de sinal. 3. CLASSIFICAÇÃO DAS REDES INDUSTRIAIS Descreve-se diversos tipos de sistema que juntos coordena processos de produção atreve de modelos conceituais. Com a grande complexidade destes tipos de sistema é comum tê-los com uma estrutura separados em níveis hierárquicos para a facilitação de compreensão. Os níveis hierárquicos são associados em nível de comunicação com exigências próprias na rede. A figura 4 é exemplificada uma estrutura hierarquizada, com níveis básicos de uma empresa: Níveis de controle, campo e gerência. Figura 4 – Classificação das Redes Industriais Fonte: Djeiv,2003. Já na figura 5 são mostradas uma estrutura funcional, com as divisões de instrumentos (sensores e atuadores), Redes de dispositivos discretos, Controladores, Supervisão e Gestão de Produção. Figura 5 – Classificação das Redes Industriais e Estrutura Funcional Fonte: Djeiv, 2003. Com a rede SENSORBUS que é uma rede para níveis mais baixos sendo geralmente implementadas em sensores pequenos, como interruptores, é normalmente usada para a conexão de equipamentos simples e pequenos que são diretamente conectados à rede. A rede é geralmente composta por sensores juntamente com atuadores de valor menor. Essa rede tem a preocupação em manter os custos de conexão reduzidos (MONTEZ, 2005). Os tempos de resposta são na casa de milissegundos, com sua distância máxima chegando a 200 metros e a natureza das informações são trocadas via bit (BORGES, 2008). A rede DEVICEBUS é achada entre rede Sensorbus e Fieldbus tendo uma cobertura em cerca de 500m de distância. Os equipamentos que são conectados à rede Devicebus terá mais pontos discretos, dados analógicos ou uma mistura dos dois. Em algumas dessas redes são permitidas a transferência de blocos em prioridade menor se comparado aos dados no formato bytes. Com todos requisitos de transferência rápida (na casa das dezenas de milissegundos) de dados como da rede Sensobus, chegando a lidar com mais equipamentos e dados (MONTEZ, 2005). São exemplos de rede DeviceNet, Profibus DP, entre outras. Na rede FIELDBUS são interligados equipamentos de E/S são os mais inteligentes e pode cobrir maiores distancias, chegando 10 km a cobertura. Os equipamentos que são conectados na rede possuem inteligência suficiente para desempenhar funções específicas para controle, como o controle do fluxo de informação e processos. O tempo de transferência são mais longos (ordem de centenas de milissegundos), mas, em compensação, a rede tende de ser capaz de comunicar usando diversos tipos de dados (analógicos, discreto, parâmetros, programas e informações de usuário.) (MONTEZ, 2005). Os exemplos de rede são ModBus Plus, Profibus FMS. A rede DATABUS tem a possibilidade de comunicação dos sistemas de supervisão com os sistemas informáticos de gestão (produção, etc). Com seu tempo de reação na casa dos segundo até minutos e sua distância máxima chegando em cerca de 100 km e a natureza das informações trocadas sendo arquivos com um volume de informação muito grande. Essa rede tem utilizado a rede Ethernet (LAN, WAN, Internet) (BORGES, 2008). O nível gerenciador de produção e o nível superior da pirâmide está reservado para os sistemas de informação. Os sistemas destinam-se à gestão global da empresa. Sendo um ambiente voltado a Tecnologia da Informação (TI) tem se priorizado a confidencialidade dos dados na rede, sendo protegido contra acessos sem autorização, assim como a integridade e a disponibilidade dos mesmos. Segundo SEIXAS FILHO e FINKEL (2003), a maneira simples e mais didática de visualização de toda essa estrutura descrita anteriormente é expressa na figura 6: Figura 6 – Pirâmide Hierárquica detalhada Fonte: Seixas Filho; Finkel, 2003. Este modelo de hierarquia estratifica os sistemas de manufatura em níveis: Nível 0 – Instrumentação; Nível 1 – Controladores; PLCs, Remotas de sistemas digitais de controle distribuídos (SDCDs); Nível 2 – Supervisão: Sistemas de supervisão e aquisição de dados (SCADA), interface homem maquina (IHM) e otimizadores de processo dentro do conceito de APC (Advanced Process Control); Nível 3 – Gestão de produção: Sistemas MES (Manufacturing Execution System), PIMS (Process Information Management System), APS (Advanced Planning anda Scheduling), LIMS (Lab Information System), sitema de manutenção (Maintence Management Sytem), Sistemade Gestão de Ativos (Asset Management System), etc; Nivel 4 – Sistemas Integrados de Gestão Empresarial (ERP – Enterprise Resource Planning); Nivel 5 – Data Wareshousing corporativos, um sistema de computação que utiliza para armazenamento de informações relativas de atividades de uma organização em bancos de dados e sistemas EIS (Executive Information System), que tem como objetivo principal de suporte à tomada de decisão. Para a compreensão do modelo proposto pela figura 6 basta compreender que o nível 3 ou acima são utilizados softwares gerenciais e corporativos, interligados usando Intranet e acesso à Internet, autorizando a comunicação entre os departamentos da empresa que está envolvida no gerenciamento industrial. No nível 2 são necessários a interligação das estações de operações a estações de cálculo, bancos de dados que seja possível à realização de funções de supervisão, armazenamento e tratamento das informações do processo. O nível 1 tem a função de conexão dos Central Processing Unit (CPU) S e as estações de controle e o nível 0 faz toda a interface entre os controladores e aos dados dos equipamentos e componentes do processo. Todos os níveis de tem requisitos diferenciados para a instalação da rede e por isso existem infinidades de redes que atuam e podem atuar em cada uma das camadas da pirâmide. Por essa causa tem sido necessário o conhecimento do tipo de aplicação que o usuário final está a procura para assim utilizar a tecnologia que esteja compatível e que venha oferecer um desempenho melhor e consequentemente menos falhas. (FORTE, 2004). 3.1 MODBUS Desenvolvido e apresentado Pela Modicon Industrial Automation Systems no ano de 1979 para ser usado em seu CLP (Computador Lógico Programável), posteriormente tornou-se na indústria um padrão de uso. Sendo um dos protocolos mais antigos em uso nas redes dos controladores para a transmissão de sinais em instrumentos e responsável em comandar atuadores utilizando porta serial. Integrando o grupo Schneider Electric, Modicon definiu especificações e normas que transformou o ModBus em domínio público. Sendo está razão é utilizado em diversos equipamentos, também sendo uma das soluções de rede de baixo custo na automação industrial. É corriqueiramente utilizado em RS232, RS422 ou RS485 entre variados meio de transmissão (STREMMER, 2001). A tecnologia usada como comunicação no protocolo é o mestre-escravo, tendo somente um mestre e sendo usado até 247 escravos conectados à rede. O mestre sempre terá a comunicação inicial, e não tendo comunicação entre os nós escravos. Além disso o mestre transmite dois tipos de mensagens aos escravos, durante a conexão em uma mesma rede: Mensagem unicast: Envia requisições para um tipo de escravo pré-definido e o mesmo reenvia uma reposta para o mestre. Portanto, ao todo nesse tipo de mensagem é enviado duas mensagens: Uma de requerimento e outra de resposta: Mensagem broadcast: Envia requisições para os escravos em geral, e não tem uma mensagem-resposta de nenhum escravo (MORAIS; CASTRUCCI,2007). Dois modos de transmissão são usados: ASCII (American Code for Information Interchange), onde os bytes de mensagem são envidas de forma que sinaliza 2 caracteres ASCII e RTU (Remote Terminal Unit) onde unitariamente os bytes da mensagem são enviados como 2 caracteres hexadecimais de 4 bits, sendo selecionados na configuração dos parâmetros da comunicação. Sendo eles o responsável por definirem o conteúdo dos campos das mensagens durante a transmissão serialmente. As topologias físicas de uso do ModBus são especificamente: Ponto a Ponto com RS-232 e o Barramento de Multiponto com RS- 485 (MELO, 2005). Tipos de protocolo Modbus são: Figura 7 – Tipos de protocolo Modbus Fonte: Melo,2005. ModBus TCP/IP usado para a comunicação de sistemas de supervisão e CLP. O Modbus é encapsulado no protocolo TCP/IP e tendo a transmissão através das redes padrão Ethernet e sendo feito seu controle de acesso pelo meio Carrier Sense Multiple Access/ Colision Detection (CSMA/CD). ModBus Plus usado para a comunicação do CLP, módulos de E/S, chaves de partida eletrônicas de motores, IHM (Interface homem máquina), etc. Seu médio físico é o RS-485 tendo as taxas de transmissão entre 1 Mbps, com seu controle de acesso sendo por meio do HDLC (High Level Data Link Control). ModBus Padrão usados para comunicação dos computadores lógicos programáveis com dispositivos de entrada e saída de dados, IEDS (instrumentos eletrônicos inteligentes) como controladores de processos, atuadores de válvulas e entre outras. Tendo seu meio físico o RS-232 ou RS-485 trabalhando simultaneamente com o protocolo de escravo-mestre (MELO,2005). 3.2 PROFIBUS – PROCESS FIELD BUS Sua criação foi a partir de 1987 sendo uma ideia conjunta de fabricantes, usuários, contando até com o governo alemão. Sua padronização foi através da norma DIN 19245 e tendo sua incorporação na norma europeia Cenelec EM 50170, também IEC61158 e por último IEC61784 (SEIXAS FILHO, 2004). Profibus é um padrão de barramento de campo aberto tendo uma grande faixa de aplicação no meio da automação de processos e fabricação. Destacando-se por ter diversos atuação nos níveis de processo na indústria: ambiente industrial, gerência e processo. Suas características diversas oferecem protocolos de comunicação, como: PROFIBUS DP (Descentralized Peripherical): O de maior fama e uso dentre os protocolos, sua característica de eficiência, baixo custo e velocidade, sendo projetado unicamente para sistemas de automação e seus periféricos distribuídos; PROFIBUS FMS (Field Message Specification): Protocolo para comunicação geral, para tarefas que exijam comunicações solicitadas. FMS tem funções de alta sofisticação para aplicação entre comunicação de dispositivos inteligentes; PROFIBUS PA (Process Automation): Protocolo que define parâmetros e blocos para funções de dispositivos automáticos de processos, como válvulas, IHM; PROFINet (Profibus for Ethernet): Desenvolve a comunicação entre os CLPs e PCs usando a porta serial Ethernet/TCP-IP; PROFISafe: Utilizados para sistema que envolva a segurança; PROFIDrave: Utilizado para sistemas que envolva o controle de movimento (PROFIBUS, 1999). As transmissões de maior uso são RS485, RS485-IS, Fibra Ótica e MBP (Tabela 1). O de maior usado entre os meios é o RS485, tendo sua utilização em um cabo de par trançado, possibilitando que as transmissões seja em até 12 Mbits/s. O RS485-IS é um meio que usa em sua transmissão 4 fios, mais usado em áreas explosivas. O Manchester code bus powered (MBP) usado em transmissão cuja a aplicação é na automação de processo que é necessária uma alimentação através dos barramentos e segurança intrínseca entre os dispositivos. A fibra ótica tem sua utilização nas áreas que sofre com altas interferências eletromagnéticas ou lugares onde a distância é necessária (MORAIS; CASTRUCCI, 2007). Tabela – 1 Comparação entre os meios de transmissão. MBP RS48 RS485 –IS Fibra Ótica Taxa de Transmissão 31,25 Kbits/s 9,6 a 12000 Kbits/s 9,6 a 1500 Kbits/s 9,6 a 12000 Kbits/s Cabeamento STP STP STP – 4 Fios Fibra de Vidro multímodo ou monomodo, plástico. Alimentação Opcional (cabo do sinal) Opcional (cabo do adicional) Opcional (linha híbrida) Topologia Barramento e/ou .árvore Barramento Barramento Etrela e anel, barramento também possivel Número de estações 32 por segundo, 126 por rede 32 por segmento sem repetidor, 126 com repetidor 32 por segmento sem repetidor, 126 com repetidor 126 por rede Fonte: Morais; Castrucci, 2007. O protocolo PROFIBUS tem em sua utilização a tecnologia de comunicação mestre-escravo, chegando a ser mono ou multimestre (figura 8). Se for utilizadaa multimestre, seu acesso para o barramento acontece através da técnica token entre os mestres. Figura 8 – Comunicação Mestre-Escravo Fonte: Smar, 2004. Com a comunicação mestre-escravo feita através do processo de varredura. Suas versões mais avançadas possibilitam a comunicação acíclica entre mestre- escravos, tendo a possibilidade de comunicação com os slaves, o que diminuiria o tempo-resposta na comunicação (MORAIS, CASTRUCCI, 2007). 3.3 ETHERNET INDUSTRIAL O protocolo Ethernet não foi um meio de comunicação criado para se trabalhar em área industrial, mas vem ganhando espaço e sendo criada variações para suprir as necessidades e aos requisitos básicos que um protocolo de comunicação de dados entre processos industriais. Conhecida como rede local (LAN) nome de maior popularidade e sendo mais utilizada no mundo, cerca de 95% das existentes redes locais de computadores adotam o uso deste padrão que agora está sendo usando na industrias em larga escala (RTI1, 2008). Sendo desenvolvida pela empresa Xerox na década de 70, em conjunto com a Digital Equipament Corporation e a Intel, que foram os responsáveis por darem seguimento no desenvolvimento na década de 80, foi no ano de 1985 a Ethernet foi reconhecida internacionalmente e oficialmente como um protocolo de comunicação como um padrão 802.3 do IEE. De acordo com Montez (2005) a Ethernet são envios de vários pacotes, na colisão (CSMA/CD). Definindo os cabos e sinais elétricos na camada física, e formatando os pacotes juntamente com os protocolos levando até a camada de controle de acesso do meio MAC do modelo OSI. Sua padronização foi da pela IEE como 802.3. Nos anos 90, ela começou a ser usada na tecnologia LAN e posteriormente vem tomado o espaço de outros padrões de redes como ARCNET, FDDI, entre outros. O modelo Ethernet viveu diversas evoluções desde sua criação e nos últimos anos vem se consolidando como a melhor faixa e desempenho em um diversificado ramo de aplicações. Tendo sido inicialmente operada na velocidade de 3Mbps. Tem sido operada em redes de 90Gbps, transformando na rede de melhor faixa e desempenho em um diversificado ramo de aplicações. Quanto na parte física da rede existem três possibilidades: fibra óptica, par trançado e blindado ou cabo axial de 75 Ohms. Ultimamente tem se visto um crescente interesse de industrias pela Ethernet, sendo visada pela possível alternativa para o chão de fábrica e em controle de processo. Existente o padrão Institute of Electrical and Electronic Engineers (IEEE) 1451, que tem uma determinação que os atuadores e sensores podem ser ligado a redes de controles diretamente, incluindo a rede Ethernet, que com o baixo custo de placas eletrônicas reduziria muito o seu custo comparando com outros tipos de conexões. Um dos grandes suportes que já aceitam a rede é a HP que combina a conexão com Embedded Java, juntamente com o uso de web browser por instrumento. A redução de custo somado com a miniaturização da web browser a tecnologia tem tudo para se tornar mais atrativas. A rede Ethernet teve o início da sua migração para as indústrias, levando consigo todo o potencial dos protocolos TCP/IP que são utilizados na internet, que também podem revolucionar as indústrias, a viabilização do uso da Ethernet nos chãos de fabrica das industrias visa substituir integralmente as redes industriais que são utilizados nos sistemas de controles que automatizam os processos. Se todo o potencial da Ethernet na indústria for explorado conseguirá extrapolar sua utilização na rede de comunicação, como o emprego de um mero tecnologia de rede local de tecnologia de informação. A ethernet na área industrial irá possibilitar diversos protocolos que são usados na internet (TCP/IP, HTTP, SNMP, etc.) o que pode trazer mudanças severas na maneira que são usadas as informações do chão de fábrica. O meio físico da rede como conectores, cabos que fazem a interligação no computador, impressoras, e outros equipamentos que tem uma série de protocolos de comunicação proveniente da rede Ethernet, os grupos que engloba os protocolos e conectividade tem sido aplicado também no ambiente empresarial como escritórios. Permitindo os usuários a fazer compartilhamento de arquivos, impressoras compartilhadas, e-mails e internet, bem como pode fazer o desempenho de outras atividades de comunicações nesses meios. As necessidades das industrias tendem a ser mais exigentes e precisam a alguns especiais requisitos. Nestes lugares, os controladores devem fazer o acesso de dados direto de sistema, estações de trabalho e em entrada e saída de dispositivos de dados. Normalmente suas operações normais o software trabalha para que o usuário aguarde enquanto a tarefa está em processo. Os dados industriais, por outro lado, são mais minuciosos ao tempo e precisam a comunicação seja feito em tempo real. A parada completa de um robô ou de um equipamento responsável pela montagem de um carro que no tempo certo requer que a temporização seja muito precisa em relação ao acesso de arquivos contendo dados num servidor remoto ou aberto numa página da internet (LOPEZ, 2000). Segundo SEIXAS FILHO (2003), os fatores contribuintes para a construção completa de uma rede de Ethernet industrial são: Switches (dispositivos que são utilizados nas redes para o encaminhamento de frames entre os nós) seu uso é para evitar a arbitragem no barramento; Canais dedicados de uso de 10 Mbps a 10000 Mbps; IEEE802.1p/Q padrão para o acréscimo nos campos de prioridade e de QoS (Quality of Service) ao frame Ethernet tradicional; Canal para full duplex afim de evitar e eliminar colisões; Rede Fast Ethernet no backbone para levar a velocidade em até 200Mbps. Figura 9 - Faixa de Aplicações de redes Ethernet Fonte: Seixas Filho, 2003. As organizações construíram a partir dos seus respectivos protocolos níveis de aplicação para a rede Ethernet TCP/IP. Sendo os mais conhecidos: Modbus/TCP (Modbus para TCP/IP); Foundation Fieldbus High Speed Ethernet; Profinet (Profibus para Ethernet) (BORGES, 2007). Características da Ethernet podem ser analisadas pela tabela 3 abaixo. Tabela 2 – Características da Ethernet Número de nós 211 ou 229 em modos estendidos Taxa de Transmissão 10 Mbit/s, 100 Mbit/s e 1 Gbit/s Variável de acordo com o cabeamento utilizado. Comprimento de Rede Tipo Comprimento 10Base5 500m 10Base2 200m 10BaseT, 100BaseTx 100m Fibra Ótica mono modo com switches Até 50 km Conectores RJ45 ou coaxiais Tamanho do Pacote de dados Até 1500 bytes Topologia Barramento ou estrela Tecnologia de comunicação Ponto-a-Ponto Alimentação dos Dispositivos Alimentação dos dispositivos é externa Algoritmo de acesso ao meio CSMA/CD Fonte: Borges, 2007. Com a falta da padronização não se consegue interoperabilidade entre as redes, ou seja, não se tem possibilidade de comunicações direta entre elas. Da forma, que o se o usuário tiver duas redes industriais ou mais, tem grandes dificuldades para se obter trocas de informações entre as redes, além de ter o custo adicional em peças e cabos sobressalentes, softwares e treinamento para seu corpo técnicos nas diferentes redes existentes (SHIRASUNA, 2005). Existem motivos para o amplo mercado de Ethernet é que com essa rede se tem algumas vantagens: Plataforma libre e global; Tecnologia acessível e de fácil entendimento; Velocidade, confiabilidade e segurança; Seus dados compatíveis com todos sistemas operacional; Ampla base de equipamentos disponível no mercado com diversos fabricantes (FERNANDES, 2003). A Ethernet Industrial tem sua capacidade extrapolada em utilização como rede de comunicação. Mais que apenas um emprego de tecnologia de rede local de TI (Tecnologia daInformação) no chão de fábrica, A Ethernet tem sua utilização possibilitada em vários protocolos que são usadas na Internet (TCP/IP, http, etc.) o que levou a mudança drásticas como se lida com as informações na industrias. (SHIRASUNA, 2005). Segundo os autores ERIKSSON, COESTE e HENNIG (2006), Toda a Ethernet Industrial será responsável por uma grande porcentagem do mercado, mas deve substituir os barramentos de campos tradicionais. Visto que não existe razões técnicas para se substituir e também sob o ponto de vista de custo, a Ethernet onde exigem aplicações de determinismo seu custo é elevado. 4. SISTEMA DE CONTROLE VIA REDE Os sistemas de controle via rede é considerado um sistema de controle onde são distribuídos sensores, atuadores e controladores são interconectados através de uma rede de comunicação. Com a utilização do sistema de controle via rede em sistema de manufatura automatizado tem sido mostrado uma nova área para pesquisas multidisciplinar, com conhecimentos relacionados de sistemas de controle, sistemas de tempo real e redes de comunicação. Com isso tem formas de garantir uma estabilidade e desempenhos requeridos para um sistema de controle via rede, com ferramentas para análise e projetos baseados nos conceitos e parâmetros de redes de comunicação e técnicas de controle tornam-se necessários (GODOY, 2007). Tem consistido em malhas de controle que são realimentadas sob um sistema de comunicação (figura 10). Figura 10 – Exemplo da Estrutura de um Sistema de Controle via Redes. Fonte: Godoy, 2007. Um dos requisitos principais para um sistema de controle via rede com relação à rede de comunicação, é que seja oferecida um serviço de comunicação em tempo real. Subjacente a este tipo de serviço, as possibilidades de suportar os fluxos de mensagens periódicas, de forma a transferir os dados periódicos em relação com o controle, a capacidade em garantir um tempo resposta de limite superior para transferir mensagens entre os nós computacionais e a capacidade de garantir um comportamento temporal e previsível com a presença de carga na rede variável por causa do trafego não relacionado a aplicação de controle (SANTOS, 2004). Para a compreensão as redes de controle via rede é necessário entender o conceito de sistemas de controle por computador. Uma malha clássica de controle por computador existe três partes principais: o elemento sensor para aquisição de dados, o computador para executar os algoritmos de controle e o atuador para transmitir os sinais de controle par a planta física. Quando várias malhas de controles são fechadas sob um computador, algoritmos de controle tornam-se programas concorrente para executar sobre os recursos computacionais compartilhados e escassos, como CPU, memória e a unidades E/S. É necessário então uma política para o escalonamento de tarefas, de forma que os diversos programas tenham a execução correta e garantida, nos termos lógicos e temporais. Faz-se fundamental a consideração do paradigma de tempo real que faz a contemplação dos requisitos lógicos e temporais de um grupo de programas concorrentes (CERVIN, 2003). Os elementos sensores, controladores e atuadores podem ser considerados como sistemas computacionais com uma interface de comunicações sob a rede (nós computacionais de comunicação). A disposições de nós computacionais sob a rede para a criação de um sistema de controle via rede tem-se realizada entre três formas distintas, caracterizando assim três possíveis tipos de arquiteturas de sistemas de controle via rede conforme é visto na figura 11 (SANTOS, 2004). Figura 11 – Arquitetura de Sistema de Controle via rede Fonte: Santos, 2004. Dois tipos de atrasos vão ser considerados em sistema de controle via rede: um relacionado com a execução das tarefas sob os nós computacionais de processamento e outro relacionado com a transmissão de mensagens sob a rede de comunicação. Como apresentado na figura 11, possuem diferença de arquiteturas apresentadas está na quantidade de fluxos de mensagens sob a rede que comunica, nos atrasos e variações de atrasos na execução das tarefas e nas transmissões de mensagens. Estes aspectos tende a influenciar diretamente o desempenho e a estabilidade de um sistema de controle via rede. Na figura 11 (a) e (b) tem apresentado a arquitetura de sistema de controle via rede composto por dois nós computacionais contendo diferenças básicas a disposição do controlador e que geram apenas um único fluxo de mensagens sob a rede de comunicação. Na figura 11 (c) apresenta uma arquitetura do sistema com três nós computacionais e gerando dois fluxos de mensagens sob a rede de comunicação (SANTOS, 2004). Segundo o autor Souza (2005), os sistemas de arquitetura ponto-aponto (Nível Um e Nível Zero) são tem sido adequado quando se pensa em trabalhar com modularidade, diagnóstico integrado e descentralização do controle. Assim sendo, a utilizações baseadas nas redes de barramento comum permitindo ao sistema ser projetado com modularidade e redução nos custos de instalação (Figura 12). Figura 12 - Diagrama de Blocos NCS Fonte: Souza, 2005. No Networked Control Systems (NCS) a utilização de um barramento comum traz consigo os benefícios já mencionados anteriormente, mas também introduz atrasos nas trocas de informações entre os sensores e atuadores (Nível Zero) e os controles lógicos programáveis (Nível Um). Apresentando atrasos são ocasionados pelo compartilhamento do meio de comunicação, por tempo de codificação e decodificação e pelo tempo de transmissão. Os valores desses atrasos tendem a ser constantes, randômicos ou limitados, tudo dependerá do hardware e do tipo de protocolo utilizado. Para o sistema de controle a existência de atrasos pode causar degradação do desempenho e até mesmo levar a instabilidade (SOUZA, 2005). 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o levantamento bibliográfico realizado, é possível notar como a tecnologia avançou e desenvolveu novas ferramentas para a comunicações em indústrias, sendo um investimento vantajoso, levando o leitor a aprofundar-se nos sistemas mencionados, já com o conhecimento de suas estruturas e uma base do funcionamento de cada uma das redes indústrias, dando oportunidade para trabalhos futuros que podem ser focados na evolução de cada tipo de protocolo e redes industriais, e até mesmo o desenvolvimento de um protótipo relacionado com o assunto. A grande necessidade de interoperabilidade entre a Tecnologia de Automação (TA) e a de Informação (TI), trouxe a possiblidade de interligação entre o processo industrial e a parte de gestão da empresa em um mesmo sistema de automação industrial motivou o desenvolvimento de sistemas de comunicação, imprescindíveis em qualquer complexo industrial. Fazendo-se necessário cada vez mais saber como o sistema de comunicação de dados, seja ele local, através de redes industriais, seja remota, desenvolvidas para sistemas de aquisição, supervisão e controle de processos que serão implementadas, considerando características que são próprios da rede, tais como: taxa de transmissão, extensão das redes, topologia, meios de transmissão e métodos de acesso. Estes fatores são fundamentais para que não se ocorra erros quando planejar o desenvolvimento ou atualização no sistema de comunicação industrial. Com os estudos realizados foi possível alcançar o objetivo de compreender a utilidade das redes industrias e suas aplicações, conhecendo boa parte de toda a estrutura e aplicabilidade das comunicações apontadas. Com todos os dados levantados e a opinião dos autores especializados no tema estudado, conclui-se que essas redes possuem uma grande aplicabilidade no meio industrial, sendo vantajosas, e se adaptando em várias condições. Com isso, esse trabalhoatinge o objetivo proposto, abordando uma base geral do desenvolvimento e funcionamento das redes estudadas, podendo ter uma noção dos benefícios que elas proporcionam. REFERÊNCIAS BERGE, J. Fieldbuses for Process Control: Engineering, Operation and Maintenance (tradução Thallys Augusto Almeida Nascimento). Research Triangle Park, NC: ISA, 2002. BORGES, F. Redes de Comunicação Industrial - Documento técnico nº2. Edição de Setembro de 2007. Schneider Electric. Disponível em: < https://www.se.com/pt/pt/product-category/2400-comunica%C3%A7%C3%A3o- industrial/ > Acesso em 03 abril. 2019. BORGES, F. Transmissão de dados - Documento técnico nº3. Edição de Outubro de 2008. Schneider Electric. Disponível em: <http://www.schneiderelectric.pt/paginas/Formacao/DOC_tecnicos/DOC_tecnicos/Tr ansmissao_Dados.pdf> Acesso em 03 abril. 2019. COGHI, M.A. Critérios para seleção de redes para automação industrial. Revista Mecatrônica atual- N°11 - Set/03. CORRÊA, H. L.; GIANESI, I. 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