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Prof. Luiz Fernando Vasconcelos 
 Aula 03 
 
1 de 95| www.direcaoconcursos.com.br 
Departamento Penitenciário Nacional para Agente do DEPEN 
 
Aula 03 – Departamento Penitenciário 
Nacional para Agente Federal de 
Execução Penal 
Portaria MSP nº 199/2018 (Regimento 
Interno do Departamento 
Penitenciário Nacional) 
Prof. Luiz Fernando Vasconcelos 
 
Prof. Luiz Fernando Vasconcelos 
 Aula 03 
 
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Departamento Penitenciário Nacional para Agente do DEPEN 
 
Sumário 
SUMÁRIO 2 
APRESENTAÇÃO DA AULA 3 
DEPEN E PORTARIA MSP Nº 199/2018 (REGIMENTO INTERNO DO DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO 
NACIONAL) 4 
Natureza e Competência (art. 1º) 4 
Estrutura Organizacional (art. 2º) 7 
Estrutura dos Estabelecimentos Penais de Segurança Máxima (Decreto nº 6.049/2007, Regulamento Penitenciário 
Federal) 8 
Competência das Unidades 11 
Ouvidoria Nacional dos Serviços Penais (ONSP – art. 4º) 12 
Corregedoria-Geral do Departamento Penitenciário Nacional (Cordepen – art. 5º) 14 
Gabinete (GabDepen – art. 6º) 15 
Diretoria de Políticas Penitenciárias (DIRPP – art. 27) 16 
Coordenação da Escola Nacional de Serviços Penais (Espen – art. 31) 18 
Coordenação do Sistema Nacional de Informação Penitenciária (CoSisdepen – art. 38) 18 
Coordenação-Geral de Alternativas Penais (CGAP – art. 46) 18 
Monitoração Eletrônica (CGAP) 19 
Coordenação-Geral de Modernização (CGMO – art. 37) 20 
Coordenação-Geral de Promoção da Cidadania (CGPC – art. 41) 21 
Coordenação de Trabalho e Renda (Coatr – art. 45) 21 
Coordenação-Geral de Gestão de Instrumentos de Repasse (CGGIR – art. 32) 22 
Diretoria do Sistema Penitenciário Federal (DISPF – art. 49) 23 
Núcleo de Segurança Penitenciária e Divisão de Classificação e Movimentação Penitenciária (arts. 50 e 52) 23 
Inteligência Penitenciária (Ipen) 26 
Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP – inc. IX do art. 49) 28 
Diretoria de Presídio Federal (Dipref – inc. VIII do art. 2º e art. 68) 32 
Diretoria Executiva (Direx – art. 10) 34 
Coordenação-Geral de Logística (CGLOG – art. 19) 34 
Coordenação de Gestão de Pessoas (Cogep – art. 15) 35 
Coordenação de Licitações e Contratos (Colic – art. 20) 36 
Coordenação de Orçamento Finanças Planejamento e Controle (Cofiplac – art. 11) 37 
Das atribuições dos dirigentes (arts. 62 ao 71) 38 
QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR 44 
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS 50 
GABARITO 52 
RESUMO DIRECIONADO 53 
 
 
 
Prof. Luiz Fernando Vasconcelos 
 Aula 03 
 
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Departamento Penitenciário Nacional para Agente do DEPEN 
 
Apresentação da Aula 
 
Saudações, futuro servidor federal. Quem vos escreve é o 
professor Luiz Fernando. Nesta aula estudaremos a Portaria 
MSP nº 199/2018 (Regimento Interno do Departamento 
Penitenciário Nacional), futuro Policial Penal Federal do 
Departamento Penitenciário Federal (DEPEN). 
Tendo em vista o problema de saúde do professor Julio 
Ponte, passo a dividir com ele também as aulas escritas, já que 
tenho ficado responsável pelos vídeos. 
Farei uma sucinta apresentação: sou Agente Federal de 
Execução Penal (Policial Penal Federal – Emenda Constitucional 
nº 104/19) desde 2017. Fui Inspetor de Segurança e 
Administração Penitenciária da Secretaria de Administração 
Penitenciária do Rio de Janeiro – SEAP/RJ de 2008 a 2017, 
quando assumi o cargo público federal no DEPEN. Somando 
vasta experiência na Execução Penal brasileira, tive a 
oportunidade de trabalhar em todos os regimes prisionais 
previstos no nosso ordenamento jurídico (fechado, semiaberto, aberto e Regime Disciplinar Diferenciado -RDD) e 
nos campos de atuação onde busquei especialização, tais como intervenção penitenciária para a contenção de 
distúrbios, gerenciamento de crise, políticas públicas penitenciárias, inteligência penitenciária, entre outros. 
Destaco também que conquistei algumas outras aprovações como, por exemplo, para o cargo de Técnico 
Judiciário de Segurança e Transporte do TRF da 2º Região (2016) e TRT da 2º Região (2018). Desta feita, cremos 
que o nosso planejamento pedagógico, somatizado ao domínio do conteúdo e a nossa expertise na seara de 
concursos públicos colocarão os nossos alunos aqui do DIREÇÃO CONCURSOS bem à frente dos demais 
candidatos. 
Boa aula a todos! 
 
 
Prof. Luiz Fernando Vasconcelos 
 Aula 03 
 
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Departamento Penitenciário Nacional para Agente do DEPEN 
 
DEPEN e Portaria MSP nº 199/2018 (Regimento 
Interno do Departamento Penitenciário Nacional) 
 
Antes mesmo de explorarmos o conteúdo da Portaria MSP nº 199/2018 (Regimento Interno do 
Departamento Penitenciário Nacional), faremos algumas considerações e apontamentos a respeito do Depen 
quanto a sua historicidade, criação, composição e competências, pois certamente tal conhecimento será cobrado 
na sua prova. É imprescindível saber o que é o Depen, quais são as atribuições, a missão, a visão e a abrangência 
do órgão especial da execução penal nacional. A seguir, veremos esses dados de suma importância para o seu 
certame. 
O Depen é o órgão executivo que acompanha e controla a aplicação da Lei de Execução Penal e das 
diretrizes da Política Penitenciária Nacional, emanadas, principalmente, pelo Conselho Nacional de Política 
Criminal e Penitenciária (CNPCP). É importante destacar que o Departamento acumula a função de gestor do 
Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), criado pela Lei Complementar n° 79/1994, que é regulamentada pelo 
Decreto n° 1.093/1994. Só aqui o nosso aluno já tem acesso a informações primordiais para a prova e para 
compreensão dos dispositivos da Portaria MSP nº 199/2018, que será analisada à frente. 
Além dos dados anteriores, não podemos nos olvidar de revelar aos nossos alunos que o Depen também 
absorve a responsabilidade pelo Sistema Penitenciário Federal (SPF), cujos principais objetivos são isolamento 
das lideranças do crime organizado, cumprimento rigoroso da Lei de Execução Penal e custódia de: presos 
condenados e provisórios sujeitos ao regime disciplinar diferenciado; líderes de organizações 
criminosas; presos responsáveis pela prática reiterada de crimes violentos; presos responsáveis por ato de 
fuga ou grave indisciplina no sistema prisional de origem; presos de alta periculosidade que possam 
comprometer a ordem e segurança pública; réus colaboradores presos; ou delatores premiados. Com esses 
conhecimentos exigidos no Bloco III – Conhecimentos Complementares do edital do Depen/2020, você tem 
subsídio para enfrentar questões e, quiçá, algum tema ou tópico da prova discursiva. No DIREÇÃO CONCURSOS, 
a sua preparação é FULL. 
 
Natureza e Competência (art. 1º) 
 
Natureza 
 
O Depen é o órgão executivo da política penitenciária nacional. Historicamente, a gênese do 
Departamento está relacionada com o serviço de inspeção das prisões da Secretaria de Estado dos Negócios da 
Justiça, criada em 1822. A seara prisional, a partir de então, esteve ligada diretamente à referida Secretaria, 
responsável também por outras áreas, como a segurança pública, a justiça criminal, a Guarda Nacional e o 
tráfico negreiro. Em 1891, com a promulgação da Lei nº 23, de 30 de outubro, a Secretaria foi transformada em 
Ministério da Justiça, e a temática penitenciária permaneceu com o órgão. 
 
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Departamento Penitenciário Nacional para Agente do DEPEN 
 
Observe que, quase um século depois, com a sanção da Lei nº 7.210/1984, Lei de Execução Penal (LEP), o 
Depen foi legalmente previsto com a sua composição e organização atual. Vejamos, nesse ponto, a referência da 
LEP (arts. 71 e 72) sobre a instituição, a natureza, a subordinação e as atribuições do órgão vocacionado 
administrativo da execução penal nacional. 
 
Art. 71. O Departamento Penitenciário Nacional, subordinado ao Ministério da Justiça, é órgão 
executivo da Política Penitenciária Nacional e de apoio administrativoe financeiro do Conselho 
Nacional de Política Criminal e Penitenciária. 
Art. 72. São atribuições do Departamento Penitenciário Nacional: 
 I - acompanhar a fiel aplicação das normas de execução penal em todo o Território Nacional; 
 II - inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e serviços penais; 
III - assistir tecnicamente as Unidades Federativas na implementação dos princípios e regras 
estabelecidos nesta Lei; 
IV - colaborar com as Unidades Federativas mediante convênios, na implantação de 
estabelecimentos e serviços penais; 
V - colaborar com as Unidades Federativas para a realização de cursos de formação de pessoal 
penitenciário e de ensino profissionalizante do condenado e do internado. 
VI - estabelecer, mediante convênios com as unidades federativas, o cadastro nacional das 
vagas existentes em estabelecimentos locais destinadas ao cumprimento de penas privativas de 
liberdade aplicadas pela justiça de outra unidade federativa, em especial para presos sujeitos a 
regime disciplinar. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) 
Parágrafo único. Incumbem também ao Departamento a coordenação e supervisão dos 
estabelecimentos penais e de internamento federais. 
 
Na estrutura do Ministério da Justiça, o Depen ocupou por muito tempo uma unidade vinculada da 
Secretaria Nacional de Justiça. Em 2007, porém, com o Decreto nº 6.061, o Departamento alcançou status de 
Secretaria Nacional, aumentando sua capacidade e autonomia, fato impulsionado pela criação do Sistema 
Penitenciário Federal (SPF) em 2006, com a construção do primeiro estabelecimento prisional federal de 
segurança máxima em Catanduva, no Paraná. 
Nos dias atuais, o Depen, apesar de o nome ser DEPARTAMENTO, goza do status de Secretaria Nacional, 
por ser órgão específico singular diretamente subordinado ao Ministro da Justiça, conforme disposto no art. 2º, 
inciso II, alínea “b”, do Anexo III do Decreto nº 9.360/2018. 
 
Competência 
 
No campo das competências, o Depen possui incumbências que se relacionarão com a execução penal 
nacional tanto nos temas atinentes à atividade-fim dos serviços penais (acautelamento e assistência aos presos; 
 
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modernização do sistema prisional; alternativas penais etc.), como nos atinentes à atividade-meio (criação e 
implementação de políticas públicas penitenciárias; fiscalização e coordenação da administração penal nacional 
etc.). No aspecto da natureza da norma, a Portaria em estudo tem como escopo regimentar como efetivamente 
se dará a rotina dos serviços penais nacionais administrados pelo Depen, bem como determinar as finalidades 
e competências de cada um dos setores que compõem o Departamento. Vejamos abaixo o que está 
preconizado no art. 1º da Portaria MSP nº 199/2018 sobre a finalidade e as competências do órgão executivo 
federal em estudo: 
Art. 1º O Departamento Penitenciário Nacional - Depen, órgão específico singular a que se refere o 
art. 2º, inciso II, alínea “b” do Anexo III do Decreto nº 9.360, de 7 de maio de 2018, tem por finalidade 
exercer as competências previstas nos arts. 71 e 72 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, e 
especificamente: 
I - planejar e coordenar a política nacional de serviços penais; 
II - acompanhar a aplicação fiel das normas de execução penal no território nacional; 
III - inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e os serviços penais; 
IV - assistir tecnicamente os entes federativos na implementação dos princípios e das regras da 
execução penal; 
V - colaborar, técnica e financeiramente, com os entes federativos quanto: 
a) à implantação de estabelecimentos e serviços penais; 
b) à formação e à capacitação permanente dos trabalhadores dos serviços penais; 
c) à implementação de políticas de educação, saúde, trabalho, assistência social, cultural, 
jurídica, e respeito à diversidade e questões de gênero, para promoção de direitos das pessoas 
privadas de liberdade e dos egressos do sistema prisional; e 
d) à implementação da Política Nacional de Alternativas Penais e ao fomento às alternativas ao 
encarceramento. 
VI - coordenar e supervisionar os estabelecimentos penais e de internamento federais; 
VII - processar, analisar e encaminhar, na forma prevista em lei, os pedidos de indultos individuais; 
VIII - gerir os recursos do Fundo Penitenciário Nacional; 
IX - apoiar administrativa e financeiramente o Conselho Nacional de Política Criminal e 
Penitenciária; 
X - autorizar os planos de correição periódica e determinar a instauração de procedimentos 
disciplinares no âmbito do Departamento; 
XI - elaborar estudos e pesquisas sobre a legislação penal; e 
XII - promover a gestão da informação penitenciária e consolidar, em banco de dados nacional, 
informações sobre os sistemas penitenciários federal e dos entes federativos. 
 
 
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Estrutura Organizacional (art. 2º) 
 
O que é uma estrutura organizacional? 
 
Estrutura organizacional é um conceito da área de administração e gestão de empresas ou órgãos públicos. 
Portanto, veremos a temática sob a vertente da administração pública. 
Trata-se da forma como o órgão público é organizado em torno da divisão de atividades e recursos com 
a finalidade de cumprir os objetivos pelo qual fora criado. Muitas vezes, a estrutura organizacional é 
exemplificada com um organograma, identificando a hierarquia distribuída em divisões e setores. 
 
O que é um organograma? 
 
O organograma é um gráfico que representa visualmente a estrutura organizacional de uma instituição ou 
empresa. Esse modelo estrutural apresenta a hierarquização e as relações entre os diferentes setores e divisões da 
organização/instituição. 
Uma estrutura organizacional é um excelente instrumento administrativo que pode subsidiar os gestores 
para alcançarem a missão da instituição que é sustentada pelos seus valores e visão, os quais permeiam todos os 
processos desenvolvidos pelo órgão e que estão presentes em cada um dos seus setores e divisões. 
 
Missão, visão e valores do Depen 
 
Missão 
• Induzir, apoiar e atuar na execução penal brasileira, promovendo a dignidade humana, com 
profissionalismo e transparência, com vistas a uma sociedade justa e democrática. 
Visão 
• Ser reconhecido como órgão fomentador da correta Execução Penal e da plena garantia dos direitos 
fundamentais de todos os seres humanos envolvidos no fenômeno criminoso. 
Valores 
• Ética e transparência 
• Profissionalismo 
• Lealdade 
• Excelência e protagonismo 
• Diálogo com a sociedade 
 
 
 
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Estrutura organizacional formal no Depen 
 
A estrutura organizacional formal é representada pelo organograma e segue rigidamente as relações 
hierárquicas por setores, divisões e autoridades conforme previstas nas normas regentes do órgão. 
Há também um tipo de estrutura organizacional mais tradicional e antigo advindo desse modelo, que é 
a estrutura organizacional linear. Trata-se daquela que segue a hierarquia, da mais alta linha de comando até 
aqueles que apenas executam as ordens. O exemplo mais claro são as forças armadas e suas linhas de comando. 
 
Estrutura dos Estabelecimentos Penais de Segurança Máxima (Decreto nº 6.049/2007, Regulamento 
Penitenciário Federal) 
 
O Regimento Penitenciário Federal regulamenta a estrutura organizacional e a competência das 
unidades que compõem os estabelecimentos penais federais, disciplina que sistematicamente também será 
exigida na prova. 
Os estabelecimentos penais federais possuem a seguinte estrutura básica: 
Ø Diretoria do Estabelecimento Penal; 
Ø Divisãode Segurança e Disciplina; 
Ø Divisão de Reabilitação; 
Ø Serviço de Saúde; e 
Ø Serviço de Administração. 
 
Estrutura Organizacional (art. 2º) 
 
Nesse momento dos estudos, você possui uma base robusta de conhecimento para a compreensão da 
Estrutura e Organização estampadas no art. 2º da Portaria MSP nº 199/2018, por isso podemos enfrentar e 
discernir o referido dispositivo do Regimento Interno. Veja a configuração determinada pelo artigo em comento. 
 
CAPÍTULO II 
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
Art. 2º O DEPEN tem a seguinte estrutura organizacional: 
I - Assessoria de Informações Estratégicas – AINFE; 
II - Ouvidoria Nacional dos Serviços Penais – ONSP; 
III - Corregedoria-Geral do Departamento Penitenciário Nacional – CORDEPEN; 
IV - Gabinete – GABDEPEN: 
 
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a) Divisão de Gestão Processual – DIGEPRO: 
1. Serviço de Assuntos Institucionais – SAI; 
2. Serviço de Comunicação Social – SECOM; 
V - Diretoria Executiva – DIREX: 
a) Coordenação de Orçamento, Finanças, Planejamento e Controle – COFIPLAC: 
1. Divisão de Execução Orçamentária e Financeira – DIOF; 
2. Divisão de Contabilidade e Controle – DICOC; e 
3. Divisão de Diárias e Passagens – DIDIPA; 
b) Coordenação de Gestão de Pessoas – COGEP: 
1. Divisão de Estudos de Gestão de Pessoas – DEGEP: 
1.1. Serviço de Apoio à Gestão e Desligamento – SAGED; e 
2. Divisão de Pagamento e Execução Financeira e Orçamentária de Pessoal – DIPEFOP; 
c) Coordenação-Geral de Logística – CGLOG: 
1. Coordenação de Licitações e Contratos – COLIC: 
1.1. Divisão de Gestão Contratual – DIGEC: 
1.1.1. Serviço de Procedimento Licitatório – SEPLIC; 
1.1.1.1 Núcleo de Pregões – NUP; 
1.1.1.2 Núcleo de Sanções – NSA; 
1.2. Divisão de Patrimônio e Serviços Gerais – DIPASG; 
1.2.1. Núcleo de Transportes – NUTRANS; 
VI - Diretoria de Políticas Penitenciárias – DIRPP: 
a) Coordenação de Gabinete: 
1. Divisão de Projetos, Gerenciamento e Assessoria – DPGA; e 
b) Coordenação de Políticas para Mulheres e Promoção das Diversidades – COPMD; 
c) Coordenação da Escola Nacional de Serviços Penais – ESPEN; 
d) Coordenação-Geral de Gestão de Instrumentos de Repasse – CGGIR: 
1. Coordenação de Análise e Acompanhamento de Instrumentos de Repasse – COAIR: 
1.1. Divisão de Formalização e Acompanhamento de Instrumentos de Repasse – DIFIR. 
2. Coordenação de Análise e Acompanhamento de Prestação de Contas e Tomada de Contas 
Especial – COAPC: 
2.1. Divisão de Prestação de Contas e Tomada de Contas Especial – DIPCTCE. 
e) Coordenação-Geral de Modernização – CGMO: 
 
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1. Coordenação do Sistema Nacional de Informação Penitenciária – COSISDEPEN; 
2. Coordenação de Aparelhamento e Tecnologia – COATC; 
3. Coordenação de Engenharia e Arquitetura – COENA; 
f) Coordenação-Geral de Promoção da Cidadania: 
1. Coordenação de Saúde – COS: 
1.1. Divisão de Assistência Social – DIAS. 
2. Coordenação de Educação, Cultura e Esporte – COECE; 
3. Coordenação de Trabalho e Renda – COATR; 
g) Coordenação-Geral de Alternativas Penais – CGAP: 
1. Coordenação Nacional de Monitoração Eletrônica – CONAME; e 
2. Coordenação Nacional de Alternativas Penais – CONAP; 
VII - Diretoria do Sistema Penitenciário Federal – DISPF: 
a) Núcleo de Segurança Penitenciária – NSP; 
b) Coordenação-Geral de Classificação, Movimentação e Segurança Penitenciária – CGCMSP: 
1. Divisão de Classificação e Movimentação Penitenciária – DCMP. 
c) Coordenação-Geral de Inteligência Penitenciária – CGIN: 
1. Divisão de Inteligência e Contrainteligência – DINC; 
d) Coordenação-Geral de Assistências nas Penitenciárias – CGAP: 
1. Divisão de Assistência Penitenciária – DIAP; e 
VIII - Diretoria de Presídio Federal – DIPREF: 
a) Divisão de Segurança e Disciplina – DISED; 
b) Divisão de Reabilitação – DIREB; 
c) Serviço de Saúde – SESAU; e 
d) Serviço Administrativo – SEAD. 
 
 
 
 
 
 
 
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Organograma da Estrutura Organizacional do Depen 
 
 
 
Observando o organograma acima, podemos contemplar como se dará a estrutura e a organização 
preconizadas pelo art. 2º da Portaria. 
Agora passaremos aos próximos capítulos e dispositivos do Regimento, que tratarão das finalidades e 
competências de cada divisão, diretoria, coordenação e setor, organizados pela norma. Veremos também sobre 
as atribuições dos dirigentes e, logo em seguida, concluiremos este módulo com algumas questões inéditas. 
 
Competência das Unidades 
 
Competências das Unidades 
 
Nos tópicos anteriores, vimos como é a natureza, a estrutura e a organização do Depen. Agora analisaremos 
como se dão as competências de cada uma das unidades a que se refere o art. 2º do Regimento Interno, as quais 
formam toda a infraestrutura do Departamento. 
 
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O modelo de estrutura organizacional adotado pelo órgão federal permite um fluxograma de trabalho bem 
alinhado e eficiente (vide o art. 37 da CF/1988), que busca o cumprimento das funções e atribuições desse órgão 
especial na busca pela perfeita prestação dos serviços públicos na seara da execução penal. 
Adiante, perceberemos que a divisão de tarefas entre os diversos setores e agentes públicos especializados 
por área técnica atenderá a uma das principais finalidades da administração pública, qual seja, o interesse público. 
 
Assessoria de Informações Estratégicas (Ainfe – art. 3º) 
 
O art. 3º da Portaria leciona que a Ainfe possui como competência a prestação de assessoramento técnico 
ao Diretor-Geral do Depen na coleta de dados e tratamento de informações. A coleta de dados, que, após 
tratamento, recebe o nome de informações, coopera para que o Diretor-Geral tome decisões ajustadas e 
coerentes dentro da legalidade. A Ainfe também sugerirá estratégias e oferecerá subsídios para a tomada de 
decisões com base nos dados e nas informações. Isso possibilita que o Depen defina um modelo de coleta de 
dados e informações para a produção de relatórios analíticos, formulação de políticas e interlocução com centros 
de pesquisa e pesquisadores. 
A Ainfe também implementará metodologia para estabelecimento de indicadores da execução penal, 
além de monitorar e elaborar relatórios gerenciais que apoiarão os dirigentes do Depen, em conjunto com a 
Diretoria-Executiva, na coordenação dos processos de planejamento estratégico, organização e avaliação 
institucional. 
À luz da Portaria, a Ainfe assessora diretamente o Diretor-Geral do Depen e, por isso, influenciará o 
processo de planejamento e a tomada de decisão coletiva para garantir a efetividade e racionalidade das 
ações do Departamento. A Assessoria também acompanhará o desenvolvimento e a execução de ações, 
projetos e programas, além de organizar e estruturar dados estatísticos do sistema prisional, do sistema de 
justiça criminal, e outros de interesse do órgão executivo. 
Destacamos, ainda, que a Ainfe supervisionará a elaboração do levantamento nacional de informações 
penitenciárias, a ser atualizado semestralmente, para atender ao público interno e externo quanto a 
solicitações de informações estatísticas, e elaborará relatórios de prestação de contas anual e demais 
documentos e orientações dos órgãos de controle. 
 
Ouvidoria Nacional dos Serviços Penais (ONSP – art. 4º) 
 
O que é uma ouvidoria? 
 
Para uma compreensão que te levará à aprovação, precisamos responder à seguinte indagação: “o que é 
uma ouvidoria?”. Após respondê-la, poderemos especificar comofunciona a ouvidoria do Depen. 
 
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A ouvidoria é um canal para você apresentar sugestões, elogios, solicitações, reclamações e denúncias. 
No serviço público, a ouvidoria é uma espécie de “ponte” entre você e a Administração Pública (que são os 
órgãos, as entidades e os agentes públicos que trabalham nos diversos setores do governo federal, estadual e 
municipal). A ouvidoria recebe as manifestações dos cidadãos, analisa, orienta, encaminha às áreas 
responsáveis para tratamento ou apuração, responde ao manifestante e conclui a manifestação. 
 
Competências da Ouvidoria Nacional dos Serviços Penais (ONSP) 
 
A ONSP é um órgão vinculado ao Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça e 
Segurança Pública que tem como objetivos primordiais a defesa dos direitos das pessoas privadas de 
liberdade e seus familiares; o acolhimento e processamento de manifestações e denúncias de servidores; o 
fortalecimento do controle e da participação social nos serviços penais; e o monitoramento dos 
estabelecimentos penais do país, a partir de inspeções prisionais. 
Para o cumprimento dos seus objetivos, a ONSP tem a competência de atuar como instância de controle e 
participação social responsável pelo tratamento das solicitações, das reclamações, das denúncias, das 
sugestões e dos elogios relativos às políticas e aos serviços públicos prestados por servidores e órgãos de 
administração da execução penal, sob qualquer forma ou regime. 
É incumbência da ONSP protocolar, dar tratamento e responder a sugestões, solicitações, reclamações 
e denúncias formuladas por pessoa privada de liberdade, servidor penitenciário ou por qualquer interessado, 
referentes a servidores, órgãos e serviços da administração da execução penal; fomentar e apoiar formas de 
participação social no planejamento, na elaboração, na fiscalização e no controle de propostas, políticas 
públicas e ações institucionais; apoiar a implantação e o funcionamento de ouvidorias externas e 
independentes de administração da execução penal nas unidades da federação; e publicar relatório anual de 
atividades, com recomendações voltadas à plena garantia dos direitos das pessoas privadas de liberdade e ao 
aprimoramento da gestão penitenciária. 
Na seara correcional, a ONSP proporá aos órgãos competentes a instauração de procedimentos 
destinados à apuração de responsabilidade administrativa, civil ou criminal, quando se tratar de denúncias 
contra agentes públicos ou má prestação dos serviços penitenciários. Nesse caso, a Ouvidoria garantirá a 
preservação do sigilo de identidade do demandante, desde que solicitado. 
Como competência preventiva, a ONSP inspecionará os estabelecimentos penais e produzirá relatórios 
para subsídio da gestão penitenciária, submetendo-os aos órgãos e agentes públicos responsáveis. 
Para viabilizar os seus serviços, a ONSP expedirá normativa para disciplinar a organização, as formas de 
acesso e atendimento ao público, os fluxos e as rotinas diárias, bem como o tratamento de solicitações, 
reclamações, denúncias, sugestões e elogios, isto é, criará um fluxograma de trabalho. 
Em sua composição, a ONSP contará com um Conselho Consultivo, composto por representantes da rede 
de participação social e controle na execução penal, com a finalidade de acompanhar, formular críticas e 
sugestões para o aprimoramento de seu trabalho, na forma disciplinada em ato do Diretor-Geral, por 
proposta da Ouvidoria. 
 
 
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Corregedoria-Geral do Departamento Penitenciário Nacional (Cordepen – art. 5º) 
O que é uma corregedoria? 
 
Normalmente, a Corregedoria é uma área, órgão ou setor específico dentro da Administração Pública 
voltada prioritariamente para apuração e responsabilização de agentes/servidores públicos, em resposta aos 
desvios de conduta destes, devidamente previstos na legislação (por exemplo, na Lei nº 8.112/1990). Existem 
Corregedorias na esfera federal, estadual e municipal, assim como do Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário. 
 
Competências da Cordepen 
 
A Cordepen atuará como unidade de fiscalização, inspeção e correição, com a incumbência de preservar 
os padrões de legalidade e moralidade dos atos de gestão praticados no âmbito do Depen. 
É incumbência da Cordepen dirigir, planejar, coordenar, controlar e avaliar as atividades correcional e 
disciplinar no âmbito do Departamento (não atuará controlando as atividades de outros órgãos). 
No campo proativo, a Cordepen deverá propor e implementar ações destinadas à prevenção de prática de 
infrações disciplinares pelos servidores do Depen. 
Também é de competência da Cordepen elaborar manuais de correição e disciplina; realizar correições e 
inspeções ordinárias e extraordinárias; expedir recomendações, destinadas ao aperfeiçoamento de 
atividades e condutas funcionais para melhorar a prestação do serviço público; bem como definir, avaliar e 
executar critérios, métodos e procedimentos para a atividade de investigação disciplinar. 
É atribuição da Cordepen assessorar o Diretor-Geral do Departamento Penitenciário Nacional em 
assuntos de natureza disciplinar, bem como sugerir elaboração normativa pertinente, além de orientar os 
dirigentes da sede e das unidades descentralizadas quanto à interpretação e ao cumprimento da legislação 
pertinente (papel hermenêutico). 
Na estrutura organizacional do Depen, é de competência da Cordepen apreciar consultas e manifestar-se 
sobre conduta, deveres, proibições e demais matérias que versem sobre disciplina funcional, e examinar 
denúncias, representações e demais expedientes que tratem de irregularidades funcionais, bem como 
promover sua apuração, atendidos os requisitos legais. 
Por ser o órgão com vocação controladora, compete à Cordepen, além de outras funções, instaurar, de 
ofício, sindicâncias investigativas ou preparatórias; realizar inspeções e correições; instaurar procedimentos, 
sindicâncias e processos administrativos disciplinares para a apuração de irregularidades; indicar os membros 
para compor as comissões apuratórias e verificar a regularidade dos trabalhos por elas realizados; solicitar a 
órgãos, entidades públicas, pessoas físicas ou jurídicas informações e documentos necessários à instrução 
dos processos correcionais. 
Por possuir característica subordinativa, a Cordepen assessorará o Diretor-Geral, submetendo à apreciação 
da autoridade relatório opinativo sobre as conclusões alcançadas pelas comissões disciplinares, para decisão 
da autoridade competente. 
 
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Externamente, a Cordepen deverá acompanhar o andamento de ações judiciais relativas às atividades e 
requisitar, no interesse da atividade correcional, dados, informações, registros e documentos contidos em 
sistemas e arquivos da Administração Pública para elucidação de eventos em que haja interesse do Depen. 
 
Gabinete (GabDepen – art. 6º) 
 
O que faz e para que serve um Gabinete Institucional? 
 
Oficialmente, um Gabinete Institucional estará vinculado à prestação de assistência direta e imediata à 
autoridade máxima de cada órgão no desempenho de suas atribuições, no caso do Depen, ao Diretor-Geral. É 
comum um Gabinete realizar as atividades de organização da agenda, gestão das informações em apoio à decisão, 
preparação e formulação de subsídios para pronunciamentos, organização da secretaria, recebimento e respostas 
de requerimentos etc. Também é de praxe que o Gabinete coordene a formação dos acervos do órgão e assessore 
a autoridade quando emanar determinações atinentes ao exercício do cargo. Tradicionalmente, o Gabinete éresponsável pelas atividades de cerimonial de eventos que envolvam o órgão e as suas autoridades dirigentes. 
 
Competências do Gabinete (GabDepen) 
 
Agora que você conhece as funcionalidades de um Gabinete Institucional, podemos avançar na compreensão 
do papel exercido pelo GabDepen. 
É de competência do GabDepen elaborar e acompanhar a agenda de trabalhos e viagens do Diretor-
Geral, bem como as pautas e os registros de reuniões. O planejamento e a execução das atividades do Gabinete 
visam apoiar o Diretor-Geral no desempenho de suas atribuições. 
É o GabDepen que coordenará, acompanhará e controlará os documentos e processos enviados ao 
Departamento (Divisão de Gestão Processual – Digepro), criando um protocolo de procedimentos (fluxograma) a 
serem adotados após o recebimento das demandas internas e externas. Dessa forma, cumpre ao Gabinete 
preparar os despachos e controlar o expediente funcional do Diretor-Geral. É com essas atribuições que o 
Gabinete conserva o zelo pela correspondência, pelo cumprimento de prazos em todo o Depen e mantém 
atualizado e organizado o arquivo do setor. 
É a Digepro, no âmbito do GabDepen, que tem a tarefa de executar a gestão processual, coordenando, 
supervisionando, orientando e avaliando as atividades de recebimento, triagem, encaminhamento e 
redistribuição de processos e documentos. Destacamos que a Digepro apoiará o Gabinete e o Diretor-Geral em 
questões de natureza jurídica, técnica e administrativa. 
No campo gerencial, compete ao GabDepen propor a normatização de procedimentos das unidades, 
promover a divulgação dos atos normativos do Diretor-Geral, orientar e coordenar as atividades 
concernentes às áreas de relações institucionais (Serviço de Assuntos Institucionais – SAI), comunicação social 
(Serviço de Comunicação Social – Secom) e rotina administrativa no próprio Gabinete do Diretor-Geral. 
 
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No que tange à parte da integração com outras instituições, o GabDepen colaborará no relacionamento do 
Departamento com órgãos e entidades governamentais nacionais e internacionais. 
Em cumprimento à Lei nº 12.527/2011, Lei de Acesso a Informação (LAI), que regulamenta o acesso a 
informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º; no inciso II do § 3º do art. 37; e no § 2º do art. 216 da Constituição 
Federal, e que também altera a Lei nº 8.112, cumpre ao GabDepen promover o acesso à informação e à 
transparência ativa no Depen, por meio de diretrizes para atendimento dos pedidos de informação. 
 
 
Diretoria de Políticas Penitenciárias (DIRPP – art. 27) 
 
No início desse módulo, vimos que o Depen é o órgão executivo que acompanha e controla a aplicação da 
Lei de Execução Penal e as diretrizes da Política Penitenciária Nacional, emanadas, principalmente, pelo 
Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP). 
 
Matéria de prova 
Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária – CNPCP 
 Antes mesmo da entrada em vigor da LEP em 1984, o CNPCP foi o primeiro dos órgãos da execução penal a existir. Foi 
instalado em 1980 na Capital da República, onde é a sua sede, e é subordinado ao Ministro da Justiça (vide arts. 62 a 64 da 
 
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LEP). O CNPCP tem proporcionado, segundo consta da exposição de motivos, valioso contingente de informações, de 
análises, de deliberações e de estímulo intelectual e material às atividades de prevenção da criminalidade. 
 Preconiza-se para esse órgão a implementação, em todo o território nacional, de uma nova política criminal e 
principalmente penitenciária a partir de periódicas avaliações do sistema criminal, criminológico e penitenciário, bem como a 
execução de planos nacionais de desenvolvimento quanto às metas e prioridades da política a ser executada. 
 
Por possuir a natureza de órgão específico singular que atua na seara da execução penal nacional criando, 
subsidiando e implementando as políticas públicas concernentes ao cárcere de forma capilar e abrangente, dentro 
da estrutura organizacional do Depen há uma Diretoria que cuida dos assuntos afetos a essa temática, a saber, a 
Diretoria de Políticas Penitenciárias (DIRPP). 
A DIRPP é uma área importante no Depen na busca pelos objetivos da execução penal previstos na LEP, quais 
sejam, efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica 
integração social do condenado e do internado (art. 1º da LEP). 
Compete à DIRPP dirigir, planejar, controlar, fomentar, avaliar e fiscalizar as atividades relativas à 
implantação de serviços penais e propor ao Diretor-Geral a edição de diretrizes para a gestão dos serviços 
penais. 
É a DIRPP que promoverá políticas de cidadania, de inclusão social, de diversidades, de formação e 
capacitação dos servidores, de modernização, de aparelhamento e de alternativas à prisão nos estados, no 
Distrito Federal e nos municípios, apoiando-os financeiramente por meio de instrumentos de repasse ou 
doações. 
Por força da vocação dessa Diretoria, é ela quem articulará políticas públicas de saúde, de educação, de 
cultura, de esporte, de diversidades, de trabalho e renda, de assistência social e jurídica e de acesso à 
assistência religiosa para a promoção de direitos das pessoas privadas de liberdade, egressas do sistema 
prisional e em cumprimento de alternativas penais. 
Em diálogo com o CNPCP, a Diretoria em voga apoiará a implantação de estabelecimentos penais em 
consonância com as diretrizes de arquitetura definidas pelo referido Conselho Nacional. 
Por exercer o protagonismo nacional no tocante às políticas públicas do sistema penitenciário brasileiro, é 
incumbência da DIRPP desenvolver estratégias para o respeito e a promoção das diversidades das pessoas 
privadas de liberdade no sistema prisional, egressas do sistema prisional e em cumprimento de alternativas 
penais, além de manter e consolidar banco de dados nacional sobre os serviços penais dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e do sistema penitenciário federal. 
Já sabemos que o Depen tem como uma das suas polifuncionalidades ser o órgão responsável pela gestão 
do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), criado pela Lei Complementar n° 79, de 1994, e regulamentado pelo 
Decreto n° 1.093, de 1994. Portanto, cumpre efetivamente a DIRPP zelar pela utilização adequada de recursos 
repassados pelo Funpen, por meio de monitoramento constante da sua execução. Nesse ramo de atuação, a 
DIRPP decidirá sobre a instauração das Tomadas de Contas Especiais, após esgotamento de medidas 
administrativas para elidir dano ao erário e nos casos de determinação pelos órgãos de controle interno e pelo 
Tribunal de Contas da União. 
 
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A DIRPP também fomentará e apoiará produção de conhecimentos sobre os serviços penais, promoverá 
estratégias para a modernização, assim como articulará o intercâmbio de conhecimento e práticas com 
órgãos nacionais e internacionais correlatos aos temas de sua competência. 
Em decorrência das características e da natureza da DIRPP, ficará sob a sua responsabilidade manter 
programa de cooperação federativa de assistência técnica para a modernização, aperfeiçoamento e 
especialização dos serviços penais, além de elaborar e difundir modelos de gestão dos serviços penais, que 
contemplem princípios, diretrizes e metodologias, para a estrutura organizacional da administração 
penitenciária, entre outras funções. 
 
Coordenação da Escola Nacional de Serviços Penais (Espen – art. 31) 
 
Alojada no âmbito da DIRPP, a Coordenação da Espen tem como objetivo geral fomentar e executar 
estratégiasde formação inicial e continuada, pesquisa, formulação de doutrina e aperfeiçoamento 
profissional em serviços penais e de produção e compartilhamento de conhecimentos em políticas públicas 
voltadas ao sistema prisional. 
Dessa forma, a Espen atua permanentemente no sentido de criar condições político-institucionais e 
pedagógicas adequadas, realizando e apoiando ações governamentais, em âmbito nacional, que promovam 
a aquisição e o uso de conhecimentos úteis aos processos de formação, execução, gestão e avaliação das 
políticas públicas de interesse do Depen. 
 
Coordenação do Sistema Nacional de Informação Penitenciária (CoSisdepen – art. 38) 
 
Na estrutura organizacional do Depen, a CoSisdepen está subordinada à DIRPP e será responsável pelo 
SisDepen. 
O Sisdepen é o sistema web de coletas de dados que será alimentado pelas secretarias de segurança e 
justiça estaduais, administrações penitenciárias dos estados e pelo Judiciário. Será um indutor de políticas 
públicas e permitirá o acompanhamento do cumprimento da pena privativa de liberdade, prisão cautelar e de 
medidas de segurança. 
 
Coordenação-Geral de Alternativas Penais (CGAP – art. 46) 
 
Pertencente à estrutura da DIRPP, a CGAP tem o propósito de criar mecanismos de intervenção em conflitos 
e violências, diversos do encarceramento, no âmbito do sistema penal, orientados para a restauração das relações 
e promoção da cultura da paz, a partir da responsabilização com dignidade, autonomia e liberdade. 
Ainda na seara das alternativas penais, o Anteprojeto de Lei que institui o Sistema Nacional de Alternativas 
Penais, encaminhado pelo Ministério da Justiça à Presidência da República para ser submetido ao Congresso 
 
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Nacional, na Portaria MJ nº 495/2016, bem como no Acordo de Cooperação nº 6/2015, celebrado entre Ministério 
da Justiça e o Conselho Nacional de Justiça - CNJ, abrangem: 
 
Ø penas restritivas de direitos; 
Ø transação penal e suspensão condicional do processo; 
Ø suspensão condicional da pena privativa de liberdade; 
Ø conciliação, mediação e técnicas de justiça restaurativa; 
Ø medidas cautelares diversas da prisão; e 
Ø medidas protetivas de urgência. 
 
A CGAP é o órgão responsável pela gestão da política nacional de alternativas penais, promovendo 
estratégias voltadas ao enfrentamento e ao encarceramento em massa no país e à qualificação da execução 
e gestão das alternativas penais. Na condução da política nacional de alternativas penais, a CGAP está orientada 
pelos seguintes postulados: 
 
Ø Postulado I: intervenção penal mínima, desencarceradora e restaurativa. 
Ø Postulado II: dignidade, liberdade e protagonismo das pessoas em alternativas penais. 
Ø Postulado III: ação integrada entre entes federativos, sistema de justiça e comunidade para o 
desencarceramento. 
 
Os postulados, os princípios e as diretrizes que orientam a política nacional e a construção de modelo de 
gestão para as alternativas penais, elaborado a partir de parceria entre o Depen e o Programa das Nações Unidas 
para o Desenvolvimento (PNUD), encontram-se nas abas acima. 
 
Monitoração Eletrônica (CGAP) 
 
A CGAP busca fomentar a política de monitoração eletrônica com foco no desencarceramento a partir 
do financiamento do serviço nas unidades da Federação e, ainda, por meio da construção de diretrizes 
nacionais voltadas à qualificação da política. Nesse sentido, a CGAP, responsável pela condução da política, atua 
em diversas frentes para a construção desses objetivos. 
Com o escopo de avançar na elaboração de diretrizes para a política de monitoração eletrônica, foi instituído 
Grupo de Trabalho formado por especialistas, assinado um Acordo de Cooperação Técnica com o Conselho 
Nacional de Justiça (CNJ), bem como contratada consultoria especializada, via Programa das Nações Unidas, 
para o desenvolvimento dos diversos produtos afetos à temática. 
 
 
 
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Coordenação-Geral de Modernização (CGMO – art. 37) 
 
A Coordenação-Geral de Modernização da Engenharia e Arquitetura Prisional (CGMO/Coena), alocada na 
DIRPP, atua na área de construções de edificações prisionais, realiza a análise de conformidade com leis e 
normativos federais para projetos de construção de novas unidades prisionais estaduais e federais. A Coena 
(inc. X do art. 40) irá desenvolver projetos referência ou padrão de arquitetura e engenharia de 
estabelecimentos prisionais. Aqui devemos recordar de uma das incumbências do CNPCP preconizadas na LEP, 
que versa sobre as regras de construção de estabelecimentos penais. Vejamos abaixo: 
Art. 64. Ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, no exercício de suas atividades, em 
âmbito federal ou estadual, incumbe: 
VI - estabelecer regras sobre a arquitetura e construção de estabelecimentos penais e casas de 
albergados; 
 
(CESPE – DEPEN – Agente e Técnico – 2015) A Constituição Federal de 1988 (CF) simboliza, sob o ponto de vista 
jurídico-político, a consumação do processo de reconstrução democrática do Brasil. Direitos humanos e direitos 
fundamentais nela foram inscritos com tal vigor que lhe renderam a denominação de Constituição Cidadã. É nessa 
perspectiva de fortalecimento do espírito de cidadania que se devem situar programas, instituições e organismos 
como o terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH–3), a PNPS, o SNPS, o Conselho Nacional de 
Política Criminal e Penitenciária e o Conselho Penitenciário. 
De acordo com os dispositivos constitucionais que abordam os direitos humanos e os direitos fundamentais, e 
considerando os objetivos e as diretrizes dos programas e órgãos acima mencionados, julgue o item subsequente. 
Estabelecer regras sobre arquitetura e construção de estabelecimentos penais e casas de albergados deixou de ser 
atribuição do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária e passou à esfera dos estados e municípios. 
RESOLUÇÃO 
O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária é órgão da execução penal, conforme estabelece o artigo 
61, inciso I, da Lei de Execução Penal. Suas atribuições encontram-se elencadas no artigo 64 do mesmo diploma 
legal, podendo ser constatado no inciso VI deste dispositivo a determinação de que incumbe ao referido órgão 
estabelecer regras sobre arquitetura e construção de estabelecimentos penais e casas de albergado. Não houve, 
portanto, alteração legislativa para transferir a atribuição mencionada aos estados e municípios. 
Resposta: errado. 
 
A CGMO tem o desígnio de aumentar o quantitativo de vagas do sistema prisional e fomentar a 
edificação de espaços dignos que permitam a implementação das ações de ressocialização, saúde, trabalho e 
educação, propiciando o efetivo cumprimento da pena em conformidade com a Legislação vigente (CF, LEP e 
Resolução nº 9/2011, CNPCP). Além disso, a Coordenação-Geral atua no desenvolvimento de projetos de 
referência a serem utilizados pelos estados e pelo Distrito Federal na construção e ampliação de unidades. 
 
 
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Coordenação-Geral de Promoção da Cidadania (CGPC – art. 41) 
 
O Depen tem contribuído para o efetivo aprimoramento da execução penal, atuando em três grandes eixos, 
a saber: alternativas ao encarceramento; modernização do sistema prisional; e promoção da cidadania. 
A respeito da promoção da cidadania e humanização da execução penal, a Coordenação-Geral de 
Promoção da Cidadania (CGPC) tem a competência de instituir um modelo conectado às políticas públicas 
sociais intersetoriais que vise a preparação do privado de liberdade ao convívio social, como prevê o art.10 da 
LEP: é dever do Estado a assistência ao preso e ao internado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno 
à convivência em sociedade. 
Por meio do referido dispositivo legal, o Estado avoca para si a responsabilidade de garantir a oferta de 
serviços e assistências que se traduz num conjunto de intervenções técnicas, políticas e gerenciais executadas 
durante e após o cumprimento das penas ou medidas de segurança no intuito de criar uma aproximação entre 
Estado, comunidade e presos, como forma de reduzir a vulnerabilidade deles ao sistema penal e à sociedade. 
Nesse sentido, são diversos os benefícios de um sistema prisional que promova a cidadania e garanta a dignidade 
humana com a oferta de serviços e assistências. Vejamos alguns dos benefícios alcançados pela Promoção da 
Cidadania no cárcere e depois dele: 
 
Ø auxiliar na construção de um novo projeto de vida para as pessoas privadas de liberdade; 
Ø previr a reincidência e contribuir para a prevenção de delitos e reduz a taxa de criminalidade; 
Ø reduzir o deficit carcerário, pela remição da pena e pela redução da reincidência; 
Ø diminuir o índice de violência carcerária, pois o uso da força passa a ser pontual; 
Ø deixar a unidade prisional mais tranquila e segura, por diminuir a tensão; 
Ø prevenir fugas e rebeliões; 
Ø diminuir as infrações disciplinares nas unidades. 
 
Um dos objetivos da CGPC é a inclusão das pessoas privadas de liberdade, egressos e familiares nas 
políticas públicas existentes, possibilitando seu reconhecimento e inserção em programas, projetos, ações e 
atividades setoriais de reintegração social, dentre as quais se destacam as políticas de saúde, mulheres e 
diversidades, educação, cultura e esporte, trabalho e renda, assistências jurídica, social e religiosa, sempre 
reconhecendo as diversidades e as necessidades advindas do gênero. 
 
Coordenação de Trabalho e Renda (Coatr – art. 45) 
 
Na mesma seara, a Coatr exercerá o protagonismo quanto à disseminação e o fomento nos Estados da 
Federação do modelo de fundo rotativo para o sistema penitenciário, como ferramenta estratégica para o 
incremento das possibilidades de geração de vagas de trabalho nos sistemas prisionais estaduais. 
 
 
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Coordenação-Geral de Gestão de Instrumentos de Repasse (CGGIR – art. 32) 
 
A CGGIR, da DIRPP, terá a incumbência de gerenciar a análise, formalizar, celebrar, instruir e acompanhar 
os instrumentos de repasse, das propostas aprovadas com recursos do Funpen, e a prestação de contas dos 
recursos repassados aos estados, ao Distrito Federal, aos municípios e às organizações da sociedade civil. 
Aqui você precisa se recordar de que o Depen é o gestor do Funpen, fundo criado pela Lei Complementar n° 
79/1994 e regulamentado pelo Decreto n° 1.093/1994. É a DIRPP, por meio da CGGIR, que possibilitará a gestão 
desses recursos. A Lei Complementar nº 79/1994 prevê o repasse de recursos para os fundos dos estados, do 
Distrito Federal e dos municípios a título de transferência obrigatória e independentemente de convênio ou de 
instrumento congênere. 
É atribuição da CGGIR gerenciar a instrução dos procedimentos de Tomadas de Contas Especial, 
acompanhar, com apoio das coordenações-gerais da Diretoria de Políticas Penitenciárias, a fiel aplicação dos 
recursos repassados por intermédio dos instrumentos de repasse celebrados, gerenciar banco de dados para 
o registro de repasses realizados na modalidade fundo a fundo e dos instrumentos de repasse celebrados com 
recursos do Funpen e assistir tecnicamente os destinatários dos recursos e parceiros, no que diz respeito à 
celebração de instrumentos, execução, prestação de contas e tomada de contas especial. Também fica sob 
responsabilidade da CGGIR subsidiar e orientar os entes federados na utilização de modelos de gestão 
relacionados à obtenção, aplicação e prestação de contas de recursos do Funpen, com a difusão de 
metodologias e diretrizes nacionais. 
 
 
 
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Diretoria do Sistema Penitenciário Federal (DISPF – art. 49) 
 
A DISPF tem a competência de realizar a execução penal em âmbito federal, coordenar e fiscalizar os 
estabelecimentos penais federais do Sistema Penitenciário Federal (SPF). Em virtude dessa função, a DISPF 
custodiará presos, condenados ou provisórios, de alta periculosidade, submetidos a regime fechado, zelando 
pela correta e efetiva aplicação das disposições exaradas nas sentenças (art. 1º da LEP). 
Como desdobramento dessa missão, a DISPF promoverá a comunicação com órgãos e entidades ligados 
à execução penal e, em especial, com os juízos federais e as varas de execução penal (Lei nº 11.671/2008 e 
Decreto nº 6.877/2009 – Regras de inclusão e transferência de presos para o SPF). 
Em cumprimento ao Regimento Interno e ao Decreto nº 6.049/2007, Regulamento Penitenciário Federal, 
a DISPF terá a incumbência de elaborar normas sobre direitos e deveres dos internos, segurança das 
instalações, diretrizes operacionais e rotinas administrativas e de funcionamento das unidades penais 
federais. Vejamos o dispositivo do art. 11 do Decreto nº 6.049/2007 que versa sobre a matéria: 
 
Art. 11. O Departamento Penitenciário Nacional editará normas complementares dos procedimentos 
e das rotinas carcerários, da forma de atuação, das obrigações e dos encargos dos Agentes 
Penitenciários nos estabelecimentos penais federais. 
Parágrafo único. A diretoria do Sistema Penitenciário Federal adotará as providências para 
elaboração de manual de procedimentos operacionais das rotinas carcerárias, para cumprimento do 
disposto neste Regulamento. 
 
Núcleo de Segurança Penitenciária e Divisão de Classificação e Movimentação Penitenciária (arts. 50 e 
52) 
 
Em alinhamento com o parágrafo único do art. 11 do Decreto nº 6.049/2007, o Núcleo de Segurança 
Penitenciária acompanhará o cumprimento do Manual de Procedimentos de Segurança e Rotinas de Trabalho 
e do Manual de Escolta, propondo alterações e atualizações, e a Divisão de Classificação e Movimentação 
Penitenciária fiscalizará o cumprimento do Manual de Procedimentos de Segurança e Rotinas de Trabalho e 
do Manual de Escolta, também propondo alterações e atualizações. 
 
Promoção da articulação e a integração com os órgãos e entidades componentes do sistema nacional de 
segurança pública (inc. VI do art. 49) 
 
É a DISPF que administrará o SPF promovendo a articulação com os órgãos e entidades componentes do 
sistema nacional de segurança pública, inclusive com o intercâmbio de informações e com ações integradas, 
além de promover assistência material, jurídica, à saúde, educacional, ocupacional, social e religiosa aos 
 
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presos condenados ou provisórios custodiados em estabelecimentos penais federais (art. 20 do Decreto nº 
6.049/2007; arts. 10 e 11 da LEP). 
 
Missão do SPF 
 
O Sistema Penitenciário Federal tem sua missão instituída pela Portaria do Depen nº 103/2019: “Combater o 
crime organizado, isolando suas lideranças e presos de alta periculosidade, por meio de um rigoroso e eficaz 
regime de execução penal, salvaguardando a legalidade e contribuindo para a ordem e a segurança da 
sociedade”. 
 
Características dos presos custodiados no SPF 
 
O Decreto Presidencial nº 6.877/2009, que regulamenta a Lei nº 11.671/2008, estabelece as características 
(perfil) dos presos que poderão ser transferidos para um presídio federal. Para isso, o custodiado deverá possuir 
alguns pré-requisitos, como ter desempenhado função de liderança ou participado de forma relevante em 
organização criminosa e ser membro de quadrilhaou bando, envolvido na prática reiterada de crimes com 
violência ou grave ameaça (art. 3º do Decreto nº 6.877/2009). 
 
Estabelecimentos penais federais de segurança máxima (inc. II do art. 49) 
 
Já sabemos que o Depen é o responsável pelo SPF, que é referência nacionalmente e no mundo. Observe 
que é a DISPF que coordenará e fiscalizará os estabelecimentos penais federais de segurança máxima. 
No Depen não há registro de fugas, rebeliões nem entrada de materiais ilícitos. Há 14 anos é exemplo de 
disciplina e de ter procedimentos que garantem a segurança de todos os envolvidos. 
Os presos são transferidos ou incluídos no SPF, em caráter excepcional e temporário, para cumprimento do 
Regime Disciplinar Ordinário (RDO) por um prazo de até três anos (art. 10 da Lei nº 11.671/2008, Pacote 
Anticrime), podendo sua permanência ser prorrogada quantas vezes forem necessárias com base em indícios de 
manutenção dos motivos que fizeram com que eles fossem transferidos para o SPF. Do mesmo modo, os presos 
podem ser transferidos para o SPF para o cumprimento do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), pelo prazo de 
até dois anos, que também pode ser prorrogado enquanto perdurarem as razões da medida mais severa (art. 54 
do Decreto nº 6.049/2007; art. 52 da LEP – Pacote Anticrime). 
Nos cinco presídios federais, a Lei nº 7.210/1984, LEP, é cumprida rigorosamente. 
 
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As cinco unidades prisionais federais possuem padrão arquitetônico inspirado nas penitenciárias norte-
americanas, modelo Supermax, construídas numa área de 12.300 m². Os complexos penitenciários federais 
possuem 208 vagas individuais, com 6 m² divididos em quatro blocos (pavilhões/vivências). Cada bloco é 
subdividido em outras quatro alas com 13 celas superiores e inferiores e mais 12 celas isoladas para o cumprimento 
do RDD. 
 
 
 
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Veja como foi cobrado em prova 
 
(CESPE – DEPEN – Agente Penitenciário – 2015) Julgue o item seguinte, relativo à transferência e inclusão de 
presos em estabelecimentos penais federais de segurança máxima. 
São requisitos para a inclusão de um preso em estabelecimento federal de segurança máxima, entre outros, ter o 
preso praticado crime que coloque em risco a sua integridade física no ambiente prisional de origem, ser membro 
de quadrilha ou bando com reiterada prática de crimes patrimoniais e ser réu colaborador ou delator premiado, 
independentemente das consequências resultantes da delação. 
RESOLUÇÃO 
Nos termos do art. 3º do Decreto nº 6.049/2007, para ser transferido ou incluso no SPF o custodiado deverá possuir, 
ao menos, uma das características abaixo elencadas: 
I - ter desempenhado função de liderança ou participado de forma relevante em organização criminosa; 
II - ter praticado crime que coloque em risco a sua integridade física no ambiente prisional de origem; 
III - estar submetido ao Regime Disciplinar Diferenciado – RDD; 
IV - ser membro de quadrilha ou bando, envolvido na prática reiterada de crimes com violência ou grave ameaça; 
V - ser réu colaborador ou delator premiado, desde que essa condição represente risco à sua integridade física no 
ambiente prisional de origem; ou 
VI - estar envolvido em incidentes de fuga, de violência ou de grave indisciplina no sistema prisional de origem. 
Perceba que, capciosamente, a banca enxerta os crimes patrimoniais como uma nova característica que não 
corresponde ao preceito estabelecido pela norma regulamentadora. 
Resposta: errado. 
 
Inteligência Penitenciária (Ipen) 
 
No ramo da inteligência penitenciária, a DISPF possui a atribuição de planejar e executar as atividades de 
inteligência do sistema penitenciário federal, em articulação com os órgãos de inteligência, em âmbito 
nacional (por exemplo, o Sisbin). 
 
Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) 
 
O Sisbin é composto por 42 órgãos: ministérios e instituições federais de áreas como segurança, forças 
armadas, saúde, transportes, telecomunicações, fazenda e meio ambiente para a troca de informações e 
conhecimentos de inteligência. 
 
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Foi instituído pela Lei nº 9.883/1999, com o objetivo de integrar as ações de planejamento e execução das 
atividades de Inteligência do Brasil. 
Sob a coordenação da Abin, estabelecida por lei como seu órgão central, o Sisbin é responsável pelo 
processo de obtenção e análise de informações e produção de conhecimentos de inteligência necessários ao 
processo decisório do Poder Executivo. 
Além disso, atua na proteção das informações sensíveis e estratégicas do Estado brasileiro. 
 
Coordenação-Geral de Inteligência (CGIN – arts. 53 e 54) 
 
A CGIN e a Divisão de Inteligência e Contrainteligência (DINC), dentro da estrutura da DISPF, possuem o 
domínio do conhecimento técnico para articular a integração do Sistema Penitenciário Federal com os demais 
órgãos e entidades componentes do Sisbin e a atividade com os órgãos de inteligência, promovendo 
intercâmbio de informações e ações integradas. 
A atividade de Ipen traduz-se no exercício permanente e sistemático de ações especializadas para a 
identificação, acompanhamento e avaliação de ameaças reais ou potenciais na esfera do Sistema 
Penitenciário. Estas são basicamente orientadas para a produção e salvaguarda de conhecimentos necessários 
à decisão, ao planejamento e à execução de uma política penitenciária e para prevenir, obstruir, detectar e 
neutralizar as ações adversas de qualquer natureza dentro do Sistema Penitenciário e atentatórias à ordem 
pública. 
 
 
 
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Apesar de o Decreto nº 9.662/2019, que criou a Diretoria de Inteligência Penitenciária, não estar expresso no 
edital do Depen/2020, é salutar ao candidato saber que já existe uma Diretoria que trata de assuntos de inteligência 
penitenciária, dada a relevância desse tipo de serviço. 
 
Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP – inc. IX do art. 49) 
 
A Portaria MJSP nº 65/2019 autoriza a formação da FTIP no âmbito do Depen. A Força de Cooperação do 
Departamento é composta por policiais penais federais, estaduais e do Distrito Federal, na forma dos Acordos 
ou Convênios de Cooperação Federativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública celebrados com os 
Estados e o Distrito Federal. 
A DISPF ficará responsável em promover, planejar e coordenar as atividades da FTIP. 
Incumbe destacar que a atuação da FTIP dependerá da autorização do Ministro da Justiça e Segurança 
Pública por meio de portaria, terá caráter episódico e planejado, para exercer a coordenação das ações de 
atividades dos serviços de guarda, de vigilância e de custódia de presos, sobretudo quando se tratar de 
situação de grave crise no sistema penitenciário dos Estados Federados e em situações extraordinárias que 
exijam treinamento e sobreaviso da Força-Tarefa. 
Além disso, a FTIP apoia a execução das assistências previstas no art. 11 da LEP: assistência material, à 
saúde, jurídica, educacional, social e religiosa, garantindo a humanização da pena. 
A FTIP já protagonizou a intervenção federal nos sistemas penitenciários no Rio Grande do Norte (2017), em 
Roraima (2018), no Ceará (2019), no Amazonas (2019), no Pará (2019) e no Rio Grande do Sul (2020). 
 
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Padronização de Procedimentos das penitenciárias (inc. X do art. 49) 
 
ADISPF proporá ao Diretor-Geral ações para padronização de procedimentos das penitenciárias do SPF 
e promoverá a realização de pesquisas criminológicas e de classificação dos condenados. 
 
Coordenação-Geral de Assistências Penitenciárias (CGAP– art. 2º e art. 56) 
 
A CGAP das penitenciárias federais foi criada em 2018 e surgiu como uma resposta às preocupações sociais 
em interligar a Segurança Pública com a prestação de serviços assistenciais de qualidade no SPF. 
Por meio da Divisão de Assistência Penitenciária (Diap), a CGAP/DISPF inclui no tratamento penitenciário 
uma política de garantia dos direitos humanos, a fim de reduzir os danos e minimizar as vulnerabilidades 
decorrentes do sistema punitivo. 
Dentro da estrutura organizacional, a CGAP e sua Diap, ambas da DISPF, possuem a aptidão de atuarem no 
planejamento, na coordenação e na orientação da execução de ações voltadas às assistências material, jurídica, 
educacional, social, religiosa e à saúde das pessoas privadas de liberdade nas penitenciárias federais (arts. 10 e 11 
da LEP). 
 
 
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Coordenação-Geral de Classificação, Movimentação e Segurança Penitenciária (CGCMSP – art. 51) 
 
O SPF é a materialização da regulamentação do art. 86, § 1º, da LEP/1984 e o cumprimento da determinação 
do art. 3º da Lei nº 8.072/1990, Lei de Crimes Hediondos, os quais criam a obrigação para que a União construa/crie 
estabelecimentos penais de segurança máxima fora dos centros urbanos para custodiar presos de alta 
periculosidade. Cumpre ressaltar que, por desídia do Governo Federal, a primeira penitenciária federal de 
segurança máxima só fora inaugurada em 2006, marco determinante para o Depen. 
Desde o seu início, o SPF tem o propósito de ser um instrumento contributivo no contexto nacional na seara 
da segurança pública, visto que promove o isolamento de presos considerados de alta periculosidade. Inspirado 
no instituto do RDD (Lei nº 10.792/2003; art. 52 da LEP; Resolução nº 26/2001 da SAP/SP), a criação do SPF foi 
também uma resposta do Estado brasileiro ao crime organizado e aos reiterados delitos praticados com violência 
e grave ameaça que atingem a ordem e a segurança pública estadual, distrital e federal. 
O Decreto nº 6.049/2007, Regulamento Penitenciário Federal, preconiza que os estabelecimentos penais 
federais têm por finalidade promover a execução administrativa das medidas restritivas de liberdade dos 
presos, provisórios ou condenados, cuja inclusão ou transferência para o SPF se justifique no interesse da 
segurança pública ou do próprio preso e custodiar detentos, provisórios ou condenados, sujeitos ao regime 
disciplinar diferenciado, previsto no art. 1º da Lei nº 10.792/2003. 
Como visto anteriormente, no padrão arquitetônico dos complexos penitenciários federais de segurança 
máxima cada penitenciária federal possui capacidade para abrigar 208 internos em celas individuais e mais 12 celas 
isoladas para o cumprimento do RDD. São quatro pavilhões (vivências) com celas individuais inferiores e superiores 
(13 cada), um pátio de banho de sol, um parlatório e um centro de controle por pavilhão. Todo o complexo é 
protegido por agentes federais fortemente armados na área externa, e a vigilância é diurna e ininterrupta. É uma 
verdadeira “caixa forte” antifuga e antirresgate, com protocolos de segurança que tornam a penitenciária 
impenetrável e totalmente intocável por forças adversas externas por terra e ar (não existe penitenciária federal 
no litoral ou próxima a rios). 
O conjunto arquitetônico prisional federal de segurança máxima conta com um aparato tecnológico 
composto por equipamentos de segurança e armamento de última geração que garantem a plena segurança e 
vigilância local. Os equipamentos são controlados por corpo funcional próprio e altamente capacitado, formado 
por Agentes Federais de Execução Penal (Policiais Penais Federais – Emenda Constitucional nº 104/2019), 
Especialistas Federais em Assistência à Execução Penal e Técnicos Federais de Apoio à Execução Penal. 
 
Perfil dos presos do SPF 
 
Para um preso ser incluído ou transferido para o SPF, deverá possuir um perfil específico, compatível com 
pelo menos uma das características relacionadas abaixo (art. 3º do Decreto nº 6.877/2009): 
I - Ter desempenhado função de liderança ou participado de forma relevante em organização 
criminosa; 
II - Ter praticado crime que coloque em risco a sua integridade física no ambiente prisional de origem; 
 
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III - estar submetido ao Regime Disciplinar Diferenciado - RDD; 
IV - Ser membro de quadrilha ou bando, envolvido na prática reiterada de crimes com violência ou 
grave ameaça; 
V - Ser réu colaborador ou delator premiado, desde que essa condição represente risco à sua 
integridade física no ambiente prisional de origem; ou 
VI - Estar envolvido em incidentes de fuga, de violência ou de grave indisciplina no sistema prisional 
de origem. 
 
Ofertamos essas informações que serão objeto de avaliação na sua prova para que você, futuro servidor 
federal, saiba que é a Coordenação-Geral de Classificação, Movimentação e Segurança Penitenciária 
(CGCMSP) que terá a competência de implementar os procedimentos administrativos concernentes às ações 
de inclusão, classificação, remoção de presos e segurança nas penitenciárias federais, além de coordenar 
escoltas e remoções de pessoas privadas de liberdade do SPF. 
É a CGCMSP que supervisionará as diligências para os sistemas penitenciários estaduais e distrital, no 
Poder Judiciário, no Ministério Público e nos organismos policiais para obtenção de documentos relativos aos 
presos recebidos pelo SPF. 
Ficará sob a alçada da CGCMSP propor as diretrizes para a classificação das pessoas privadas de liberdade 
no momento de sua inclusão no SPF e elaborar e encaminhar à Diretoria do Sistema Penitenciário Federal e 
ao Diretor-Geral relatório mensal indicando os pedidos de inclusões e remoções, dentro do SPF e para o 
Estado de origem, o quantitativo de pessoas privadas de liberdade em cada penitenciária federal e os 
pareceres elaborados. 
A proeminência do papel da CGCMSP se estende nas atribuições de compatibilizar a garantia de ambientes 
seguros e a prestação de serviços penais com o efetivo disponível de agentes penitenciários federais, técnicos 
de apoio à assistência penitenciária e especialistas em assistência penitenciária, elaborando propostas de 
atualização e adequação dos manuais de procedimentos. Essa Coordenação-Geral é responsável por propor 
diretrizes para a organização da segurança nas penitenciárias e fornecer apoio nas movimentações de presos 
do SPF. 
No campo da avaliação e análise dos serviços do SPF, a CGCMSP elaborará relatório anual referente às 
suas atividades, o qual deverá ser submetido à apreciação e validação da Diretoria do Sistema Penitenciário 
Federal, sob o fito de subsidiar o Relatório Anual das Atividades do Depen. 
Na área de fomento para a melhoria e aperfeiçoamento dos serviços penais federais, a CGCMSP organizará 
o planejamento de procedimentos e rotinas de segurança das penitenciárias federais, analisando as 
solicitações propostas pelas divisões de segurança das unidades federais e, na esfera do assessoramento, 
elaborará e proporá ao Diretor-Geral os planos de segurança orgânica. 
 
 
 
 
 
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A Lei nº 11.671/2008 e o Decreto nº 6.877/2009 regulam as regras de transferência e inclusão de presos 
para o SPF. 
 
 
 
Diretoria de Presídio Federal (Dipref – inc. VIII do art. 2º e art. 68) 
 
Os Diretores dos Presídios Federais terão a competênciade planejar, orientar, coordenar, supervisionar e 
controlar as atividades técnicas e administrativas inerentes às competências do estabelecimento penal 
federal e ordenar despesas. Além disso, coordenarão as relações da unidade que lhe for subordinada com as 
demais unidades que compõem o SPF. 
No que tange ao poder disciplinar sancionatório imposto aos presos federais, fica a cargo da Dipref instaurar, 
de ofício, procedimento administrativo destinado a apurar falta disciplinar praticada por preso submetido ao 
regime penitenciário federal. 
Os diretores da Dipref são subordinados ao Diretor do Sistema Penitenciário Federal (DISPF) e devem 
prestar informações sobres assuntos de sua competência, além de propor medidas que visem à otimização 
dos serviços e à redução de custos. 
 
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Em harmonia com o Decreto nº 6.049/2007, o Regimento Interno do Depen possui a mesma estrutura 
organizacional nas unidades que compõem os estabelecimentos penais federais. 
Vejamos: 
 
Decreto nº 6.049/2007 – 
Regulamento Penitenciário Federal 
Portaria MSP nº 199/2018 – 
Regimento Interno do Depen 
Art. 7º A estrutura organizacional e a 
competência das unidades que compõem os 
estabelecimentos penais federais serão 
disciplinadas no regimento interno do 
Departamento Penitenciário Nacional. 
Art. 8º Os estabelecimentos penais 
federais terão a seguinte estrutura básica: 
I - Diretoria do Estabelecimento Penal; 
II - Divisão de Segurança e Disciplina; 
III - Divisão de Reabilitação; 
IV - Serviço de Saúde; e 
V - Serviço de Administração. 
Art. 2º O DEPEN tem a seguinte 
estrutura organizacional: 
[...] 
VIII - Diretoria de Presídio Federal - 
DIPREF: 
a) Divisão de Segurança e Disciplina - 
DISED; e 
b) Divisão de Reabilitação - DIREB; 
c) Serviço de Saúde - SESAU; e 
d) Serviço Administrativo – SEAD. 
 
 
 
 
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Diretoria Executiva (Direx – art. 10) 
 
A Direx exercerá a competência de coordenar e supervisionar as atividades de planejamento, orçamento, 
administração financeira, gestão de pessoas, serviços gerais, serviços de engenharia, de informação e de 
informática, no âmbito do Departamento. Também é incumbência da Direx propor estratégias para assegurar 
a participação e o controle social nos processos de formulação, implementação, monitoramento e avaliação 
das políticas de gestão do Depen. 
Voltada para a área de orçamentos e finanças do Depen, é a Direx que elaborará a proposta orçamentária 
anual e plurianual do Departamento, assim como as propostas de programação financeira de desembolso e 
de abertura de créditos adicionais, além de acompanhar e promover a avaliação de projetos e atividades, 
considerando as diretrizes, os objetivos e as metas constantes do plano plurianual. 
A Direx tem uma atribuição voltada ao controle financeiro das despesas do Depen e, por essa razão, realizará 
tomadas de contas dos ordenadores de despesa e demais responsáveis por bens e valores públicos e de todo 
aquele que der causa a perda, extravio ou outra irregularidade que resulte em dano ao erário a fim de buscar 
lisura dos gastos e reparação dos prejuízos orçamentários. 
No ramo de assessoramento à autoridade, cabe à Direx propor ao Diretor-Geral (DG) a edição de normas 
afetas às suas competências (orçamento e finança do Depen) e praticar, em conjunto com o DG, atos referentes 
a procedimentos licitatórios e gestão de contratos. 
 
Coordenação-Geral de Logística (CGLOG – art. 19) 
 
Subordinada à Direx, a CGLOG é responsável por planejar, coordenar e acompanhar a execução das 
atividades de gestão de procedimentos licitatórios e de contratos; pela administração de material, 
patrimônio, serviços gerais e por propor normas de serviço dentro de sua área de competência. Suas principais 
atribuições são: 
I - planejar e acompanhar as atividades de gestão de procedimentos licitatórios e de contratos, e a 
administração de material, patrimônio e serviços gerais; 
II - elaborar o plano anual de contratações; 
III - definir a área responsável pela elaboração de termo de referência ou projeto básico no âmbito da 
Diretoria-Executiva; 
IV - planejar e acompanhar as atividades de doação, recebimento e incorporação de bens, cessão, 
alienação e outras formas de desfazimento de materiais inservíveis ou antieconômicos; 
V - analisar e avalizar todos os atos relacionados ao procedimento licitatório e à gestão de contratos 
no âmbito da Diretoria Executiva; 
VI - observar as normas emanadas do órgão central do Sistema Integrado de Administração de 
Serviços Gerais - SIASG; 
VII - propor normas de serviço dentro de sua área de competência; 
 
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VIII - submeter para apreciação e aprovação da Diretoria Executiva o plano anual das contratações, 
após manifestação das áreas requisitantes; e 
IX - assessorar as autoridades superiores em matérias de sua competência. 
 
A Coordenação da Direx tem função predominantemente de gestora e controladora dos recursos do 
Departamento. 
 
Coordenação de Gestão de Pessoas (Cogep – art. 15) 
 
A Cogep é responsável por coordenar a execução das atividades relacionadas à área de gestão de pessoas 
e legislação de pessoal no âmbito do Depen. As suas principais atribuições são: 
I - planejar, elaborar, propor e acompanhar as políticas e diretrizes na área de Gestão de Pessoas; 
II - planejar e executar o processo referente a concursos públicos; 
III - promover, juntamente com as Unidades Administrativas, a política de capacitação e 
desenvolvimento dos servidores do DEPEN; 
IV - articular-se junto a organismos públicos e privados para a realização de estudos, pesquisas, troca 
de informações, bem como elaboração de projetos especiais, compatíveis com o planejamento 
estratégico da Instituição, para a sua área de atuação; 
V - elaborar o planejamento orçamentário de sua unidade para subsidiar o planejamento institucional; 
VI - participar do planejamento e da avaliação de planos, projetos, programas e pesquisas na área de 
gestão de pessoas; 
VII - gerenciar as atividades realizadas pelas unidades subordinadas promovendo a articulação e 
integração dessas aos planos e diretrizes estratégicos estabelecidos pela Instituição; 
VIII - coordenar a elaboração e a execução de plano anual de capacitação; 
IX - realizar estudos e pesquisas exploratórios visando a aperfeiçoar sistemas e métodos de trabalho 
da Coordenação e a implementação de gestão estratégica de pessoas, promovendo a qualidade de 
vida no trabalho; 
X - orientar a instrução de processos e subsidiar o fornecimento de informações para abertura de 
tomada de contas, ressarcimento de valores e inscrição na dívida ativa, de todo aquele que der causa 
a perda, extravio ou irregularidade que resulte em dano ao erário em sua área de atuação; 
XI - coordenar e acompanhar as atividades de administração de pessoal, de remuneração, de cargos, 
salários e de desenvolvimento de pessoas; 
XII - prestar apoio técnico às demais unidades do DEPEN em assuntos relacionados à administração 
de pessoal; 
 
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XIII - acompanhar as normas e jurisprudência exaradas pelo órgão central e pelos órgãos de controle 
acerca do regime próprio de previdência do servidor público, e normas subsidiárias; 
XIV - acompanhar o cumprimento das decisões judiciais, administrativas, do Tribunal de Contas da 
União e orientações oriundas da Auditoria Interna, pertinentes à gestão de pessoas; e 
XV - garantir a utilização

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