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Paulo Samuel Mugare
Ciclo de vida
Botânica Geral
Licenciatura em Ensino de Biologia com habilitações em Química
Universidade Púnguè
Tete, Novembro, 2020
iii
	
Paulo Samuel Mugare
Ciclo de vida
Licenciatura em Ensino de Biologia com habilitações em Química
Trabalho a ser entregue no Departamento de Ciências Naturais e Matemática, como critério de avaliação para a cadeira de Botânica Geral, orientado por: Msc. Osmane Adrimo Ussene
Universidade Púnguè
Tete, Novembro, 2020
Índice
1.	Introdução	6
2.	Objetivo	6
2.1.	Objetivo geral	6
	Identificar ciclos de vida	6
2.2.	Objetivos específicos	6
3.	CICLO DE VIDA	7
3.1.	Ciclos de vida das plantas	7
7.	Tipos de reprodução sexuada	9
8.	Ciclo de vida dos organismos	10
1.	Ciclo de vida em organismo eucarionte	12
1.1.	Ciclo de vida haplobionte haplonte (H,h)	12
1.2.	Ciclo de vida haplobionte diplonte (H,d)	13
1.3.	Ciclo de vida diplobionte (D,h+d)	13
2.	Ciclo de vida em protozoários	13
3.	Ciclos de vidas das algas	14
3.1.	Algas vermelhas	14
3.2.	Algas verdes	14
4.	Ciclo de vida das briófitas	15
5.	Ciclo de vida das pteridófitas	16
6.	Ciclo de vida das pteridófitas	17
6.1.	Gametófito	17
6.2.	Características das pteridófitas	18
6.2.1.	Habitat	18
6.2.2.	Classificação	18
7.	Ciclo de vida de uma gimnospérmica	18
7.1.	Características	19
7.1.1.	Estrutura reprodutiva	19
7.2.	Ciclo de vida	19
7.3.	Cones masculinos	20
7.4.	Cones femininos	20
7.4.1.	Características do ciclo de vida do pinheiro:	21
8.	Angiospermas	22
8.1.	Características gerais	22
8.2.	Estrutura	22
8.3.	Raiz, folhas e caule	22
8.4.	Ciclo de vida de angiospermas	22
8.4.1.	Órgãos masculinos	23
8.4.2.	Órgãos femininos	23
8.4.3.	A polinização e fecundação	24
9.	Tendências evolutivas	25
10.	Conclusão	30
11.	Bibliografia	31
1. Introdução 
Ciclo de vida é o conjunto de transformações por que podem passar os indivíduos de uma espécie para assegurar a sua continuidade.
Algumas definições se referem especificamente ao ciclo de vida do indivíduo, inclusivamente considerando o seu final com a morte do organismo; outras se centram no processo de reprodução sexuada, apesar de referirem os ciclos de vida assexuados. 
Na realidade, conhecem-se variados tipos de ciclos de vida e, em muitos casos, existe alternância, ou mesmo coexistência no mesmo indivíduo, de gerações sexuadas e assexuadas. No caso das angiospermas, por exemplo, é frequente que a mesma planta que produz sementes, produza também estolhos outra forma de reprodução assexuada. Mas é através da reprodução sexuada que as espécies conseguem manter a variabilidade genética necessária à sua sobrevivência, não só através da troca de genes entre diferentes indivíduos, pela cariogamia, mas também pela recombinação que é possível durante a meiose. 
2. Objetivo 
2.1. Objetivo geral
· Identificar ciclos de vida 
2.2. Objetivos específicos 
· Identificar a alternância entre células haplóides e diplóides; 
· Caracterizar a alternância entre células haplóides e diplóides; 
· Explicar a alternância entre células haplóides e diplóides; 
· Descrever a alternância entre células haplóides e diplóides; 
· Comparar a alternância de células haplóides com diplóides.
3. CICLO DE VIDA
3.1. Ciclos de vida das plantas
O ciclo de vida de um organismo inicia-se com a formação do zigoto e termina com a formação dos gâmetas necessários à reprodução. Tendo em conta que a reprodução sexuada apresenta dois fenómenos complementares, a meiose e a fecundação, durante o ciclo de vida de um organismo existe uma alternância entre células haplóides e diplóides. 
Portanto, assim, tem-se: 
· Alternância de fases nucleares: a fase haplóide tem n cromossomas, ocorrendo após a meiose, e a fase diplóide tem 2n cromossomas, ocorrendo após a fecundação; 
· Alternância de gerações: geração é a parte do ciclo de vida de um organismo que se inicia com uma célula, dando esta origem a uma estrutura, ou entidade, multicelular, a qual irá produzir uma outra célula, através de parte da estrutura multicelular. Segundo esta definição, um ciclo de vida sexuado poderá, no máximo, apresentar duas gerações: 
· Geração gametófita: fase haplóide do ciclo de vida, inicia-se com o esporo e termina nos gâmetas. A estrutura multicelular da geração gametófita designa-se gametófito, onde se irão diferenciar gametângios, estruturas que contêm células que produzirão gâmetas. Os gametângios femininos designam-se oogónios (unicelulares) ou arquegónios (pluricelulares), enquanto os masculinos se designam anterídeos; 
· Geração esporófita: fase diplóide do ciclo, inicia-se com o zigoto e termina com a célula-mãe dos esporos. A estrutura multicelular desta fase designa-se esporófito. No esporófito diferenciam-se estruturas designadas por esporângios, contendo células que se dividem por meiose e originam esporos. 
A meiose pode ocorrer em diferentes momentos do ciclo de vida de um organismo: 
· Meiose pós-zigótica: quando este fenómeno ocorre no zigoto, sendo este a única entidade diplóide do ciclo; 
· Meiose pré-espórica: a meiose ocorre na formação dos esporos. O zigoto, por mitoses sucessivas, origina uma entidade diplóide, onde se diferenciam células especiais que, por meiose, originam esporos; 
· Meiose pré-gamética: ocorre durante a formação dos gâmetas, sendo estes as únicas células haplóides do ciclo. 
A extensão relativa de cada uma das gerações e fases nucleares está dependente da posição, no ciclo de vida, da meiose e fecundação. Por este motivo, consideram-se três tipos de ciclos de vida: 
· Ciclo haplonte: neste tipo de ciclo de vida a fase haplóide predomina, sendo a fase diplóide constituída apenas pelo zigoto. Deste modo, considera-se que não existe verdadeira alternância de gerações. A meiose ocorre imediatamente a seguir à fecundação (meiose pós-zigótica). Este tipo de ciclo de vida é característico das algas (clorofila a e c); 
1. Característico da maioria dos fungos e de alguns protistas, incluindo algumas algas;
2. A meiose ocorre após formação do zigoto diplóide – meiose pós-zigótica – sendo este a única estrutura diplóide do ciclo de vida do organismo;
3. A meiose não produz gâmetas mas sim células haplóides que se dividem por mitose formando um organismo adulto haplonte;
4. Os gâmetas são produzidos por mitose e não meiose.
· Ciclo diplonte: neste tipo de ciclo a fase diplóide predomina, sendo a fase haplóide formada apenas pelos gâmetas. Também neste caso, não existe verdadeira alternância de gerações. A meiose ocorre imediatamente antes da fecundação (meiose pré-gamética). Este tipo de ciclo é característico de animais e de algumas algas (clorofila b e d); 
1. Característico da maioria dos animais e de algumas algas;
2. Os gâmetas são as únicas células haplóides;
3. A meiose ocorre durante a formação dos gâmetas – pré-gamética;
4. O zigoto diplóide (2n) sofre mitoses consecutivas dando origem a um organismo pluricelular diplonte.
· Ciclo haplodiplonte: neste tipo de ciclo existe nítida alternância de fases nucleares e de gerações pois a meiose e a fecundação estão separadas no tempo. A meiose designa-se pré-espórica. Este tipo de ciclo de vida, o mais complexo, é característico das plantas superiores. 
A alternância de gerações tira o máximo partido dos dois tipos de reprodução: a geração gametófita aumenta a variabilidade genética e a esporófita facilita a dispersão, pela produção de esporos. Nas plantas, as gerações são heteromórficas, ou seja, ao contrário de algumas algas haplodiplontes, o gametófito e o esporófito têm aparências totalmente diferentes (clorofila a e d); 
1. Característico das plantas e algumas algas;
2. Inclui ao contrário dos outros dois ciclos estados pluricelulares diplóides e haplóides;
3. A meiose ocorre para a formação de esporos (n);
4. Os organismos têm uma geração produtora de esporos – geração esporófita constituída pelo esporófito – e uma outra geração produtora de gâmetas – geração gametófita constituída pelo gametófito;
5. A geração esporófita tem início no ovo ou zigoto (2n) que sofre mitoses consecutivas formando um organismo multicelulardiploide, esporófito, que diferencia esporângios onde, por meiose se formam os esporos (n) terminando aqui; todas as células desta fase são diplóides à excepção dos esporos;
6. A geração gametófita inicia-se com os esporos que sofrem mitoses originando um organismo multicelular haplonte, gametófito, que diferencia gametângios onde se formam gâmetas e termina no momento da fecundação em que se forma uma célula diplóide; todas as células desta fase são haplóides à excepção do zigoto resultante da fecundação.
7. Tipos de reprodução sexuada 
· Isogâmica: gâmetas morfologicamente iguais, geralmente flagelados, que são libertados para o meio, onde ocorre a fecundação; 
· Anisogâmica: gâmetas morfologicamente diferentes, sendo o feminino maior, em que ambos são libertados param o meio, existindo fecundação externa; 
· Oogâmica: caso particular da anisogamia, ocorre quando o gâmeta feminino é tão grande que se torna imóvel, enquanto o masculino é pequeno e móvel. Neste caso a fecundação é interna, no interior do gametângio feminino. 
Uma planta designa-se monóica quando apresenta os dois sexos no mesmo corpo e dióica quando apresenta sexos separados. O monoicismo pode ser suficiente quando um indivíduo produz um zigoto por autofecundação, ou insuficiente, quando é necessária a fecundação cruzada, seja por causas morfológicas ou fisiológicas (amadurecimento desencontrado dos gâmetas, por exemplo). 
8. Ciclo de vida dos organismos 
Ciclo de vida de um organismo é a sequência de acontecimentos da sua história reprodutiva desde a sua concepção até conseguir produzir a sua própria descendência. Os ciclos de vida de todos os organismos partilham algumas características:
· A meiose, que permite a formação de células haplóides (n), contribuindo para a diversidade das espécies;
· A fecundação, correspondente à fusão dos gâmetas, repõe a diploidia (2n) no ciclo celular e contribui igualmente para a diversidade das espécies;
· As células sexuais, sempre haplóides (n) que podem ser gâmetas;
· O zigoto ou ovo, célula diplóide que resulta da fecundação e que marca o início de um novo ciclo de um novo organismo com reprodução sexuada;
· A alternância de fases nucleares, que podem ter durações variadas. Existe sempre uma fase haplóide e uma fase diplóide: a haplofase, tem início na meiose, com a formação das células sexuais haplóides (com n cromossomas) e termina mesmo antes da fecundação; a diplofase, inicia-se com a fecundação, responsável pela passagem da fase haplóide para a fase diplóide, formando células diplóides (com 2n cromossomas) e termina com a meiose.
Análise comparativa das estruturas de alguns ciclos de vida em plantas
	Planta
	Bodelha
	Musgo
	 Feto 
	Açucena
	Zigoto (2n) 
	Zigoto
	Zigoto
	 Zigoto 
	Zigoto
	Esporófito (2n)
	Planta adulta 
	Esporogónio
	Planta adulta 
	Planta adulta
	Esporófilo (2n) 
	-
	- 
	Folha com soros 
	Estame (m) 
Carpelo (f)
	Esporângio (2n) 
	-
	Cápsula
	Esporângio
	Antera (m) 
Óvulo (f) 
	Célula-mãe dos esporos (2n) 
	- 
	Célula-mãe dos esporos 
	Célula-mãe dos esporos 
	Célula-mãe do grão de pólen (m) 
Célula-mãe do saco embrionário (f) 
	Esporos (n) 
	-
	Esporos
	Esporos 
	Grão de pólen (m) 
Saco embrionário (f) 
	Gametófito (n)
	-
	
Planta adulta
	Protalo 
	Tubo polínico (m) 
Saco embrionário germinado (f) 
	Gametângio (n) 
	Anterídeo (m) 
Oogónio (f) 
	Anterídeo (m) 
Arquegónio (f) 
	Anterídeo (m) 
Arquegónio (f) 
	Núcleo germinativo (m) 
Sinergídeas (f)
	Gâmetas (n) 
	Anterozóide (m) 
Oosfera (f) 
	Anterozóide (m) 
Oosfera (f) 
	Anterozóide (m) 
Oosfera (f) 
	Anterozóide (m) 
Oosfera (f) 
1. Ciclo de vida em organismo eucarionte
De acordo com a nomenclatura proposta por Nils Svedelius,[5][6] do ponto de vista da ploidia, ou seja, do número de complementos cromossómicos nas células, podem considerar-se três tipos de ciclos de vida nos organismos que se reproduzem sexuadamente:[7]
· Ciclo de vida haplobionte, em que há apenas um tipo de organismo adulto;
· Ciclo de vida haplobionte haplonte, se a forma adulta é haplóide;
· Ciclo de vida haplobionte diplonte, se a forma adulta é diplóide;
· Ciclo de vida diplobionte, em que há dois tipos de forma adulta, uma haplóide e outra diplóide.
Existe alguma confusão na literatura entre as palavras "haplobionte" e "diplobionte", que são muitas vezes associadas respetivamente a indivíduos haploides e diploides. No entanto, a palavra haplobionte tem origem na língua grega e significa "seres simples", ou seja, que apresentam apenas um tipo de indivíduos, sejam haploides (ou haplontes) ou diploides (diplontes). A palavra "diplobionte" indica seres vivos com um ciclo duplo, ou seja, em que aparecem alternadamente indivíduos haploides e diploides. As palavras "haplodiplonte" e "haplodiplobionte" são ambíguas e devem, portanto, ser evitadas.[6] Nos diversos ciclos de vida, a meiose ocorre num determinado momento. Por esse motivo a meiose tem diferentes denominações, dependendo dos ciclos de vida. Assim sendo, no ciclo de vida haplobionte-haplonte a meiose é pós-zigótica ou inicial, no haplobionte-diplonte é pré-gamética ou final e no diplobionte é pré-espórica ou intermediária.
1.1. Ciclo de vida haplobionte haplonte (H,h)
Muitos protistas e fungos apresentam todas as células somáticas haploides. Nestas espécies, apenas o zigoto, formado pela fusão de gametas, é diploide; e normalmente sofre imediatamente meiose para formar esporos (células haploides) que darão origem aos novos indivíduos por mitoses.[7]
1.2. Ciclo de vida haplobionte diplonte (H,d)
Nos animais e alguns protistas, todas as células somáticas são diploides. Os animais e algumas algas possuem, no entanto, uma linhagem de células germinativas, que vão dar origem às gametas por meiose.
1.3. Ciclo de vida diplobionte (D,h+d)
As plantas vasculares, os briófitos e algumas algas apresentam alternância de gerações entre indivíduos diploides, que produzem esporos haploides por meiose, o esporófito, e indivíduos haploides que produzem gametas por mitose, o gametófito.[7] Nas plantas vasculares, apenas os pteridófitos apresentam indivíduos diploides e haploides separados, respetivamente o indivíduo adulto e o protalo. Nas espermatófitas, o gametófito feminino, representado pelo tecido nutritivo haploide (gimnospermas) ou pelo saco embrionário (angiospermas) e o gametófito masculino, representado pelo tubo polínico (gimnospermas e angiospermas), são "parasitas" do esporófito, enquanto que nos briófitos, o esporófito está representado pelo indivíduo formado pelo pé, pela seta e pela cápsula, onde existem esporângios que formam esporos haploides por meiose. O esporófito se desenvolve a partir do zigoto, nos tecidos do gametófito, que é a forma adulta.[2]
2. Ciclo de vida em protozoários 
Em muitos protozoários, não se conhece a reprodução sexuada, uma dos modos já observada foi a fissão binária, em que apenas ocorre a mitose do núcleo; em muitos outros, no entanto, observam-se várias formas de reprodução sexuada, ocorrendo principalmente quando as condições ambientais são adversas.[8] Podemos assim dizer que, nestes organismos a reprodução é uma alternância de gerações assexuadas e sexuadas.
Para além da fissão binária, foram ainda observadas outras formas de reprodução assexuada, como o brotamento, em que uma célula continua as suas funções vitais, enquanto o núcleo se divide e migra para a membrana, onde se forma uma larva que posteriormente se liberta. Noutras espécies, como o Plasmodium (o organismo responsável pela malária), ocorrem múltiplas mitoses na mesma célula, dando origem a uma multidão de esquizontes, num processo conhecido como esquizogonia.
No que respeita a reprodução sexuada, forma igualmente observadas várias modalidades, em que existe união de duas células. Em alguns casos, como na paramécia e outros ciliados, o micronúcleo sofre meiose e núcleos-filhos são trocados, para depois se juntarem dentro de cada uma das células; pode considerar-se este processo como um tipo de conjugação, em queas células parentais mantêm a sua individualidade. Noutros casos, as células sofrem uma singamia completa, dando origem a uma célula zigótica; nalgumas espécies não existe diferenciação, mas noutras observa-se anisogamia, com a formação de células (ou "sexos") diferentes.
3. Ciclos de vidas das algas
O estudo de qualquer assunto relativo ao tema “algas”, por si só, já é de grande complexidade, devido à enorme diversidade e à falta de origem monofilética nesse grupo. Não menos árdua é a tarefa de compreender os ciclos de vida desses organismos, pois pode envolver não somente os três tipos básicos de ciclos de vida, como variações específicas dentro de cada um deles. 
3.1. Algas vermelhas
Nas algas vermelhas, existe uma variação no ciclo de alternância de gerações, ocorrendo duas fases diploides e uma haploide, aumentando a complexidade do ciclo. Esse tipo de arranjo é chamado ciclo trifásico.  
3.2. Algas verdes
Já no grupo das algas verdes, que abriga uma grande variedade de organismos, ocorrem todos os três tipos básicos de ciclos.
Dentro desses grupos vegetais, também ocorrem variações entre os diferentes filos. Assim, para poder prosseguir de maneira mais fluente, selecionamos um exemplo bastante ilustrativo para cada grupo, e, não por acaso, são esses mesmos exemplos os mais frequentemente abordados no ensino médio.
Note que, em todos eles, partiremos de um mesmo ciclo básico inicial, o diplobionte, e iremos apenas destacando as peculiaridades de cada grupo. Em seguida, apresentaremos o ciclo ilustrado. Tente sempre fazer a correspondência entre o esquema do ciclo básico e as figuras e eventuais fotografias.
4. Ciclo de vida das briófitas
O ciclo de vida das briófitas é marcado pela alternância de gerações, ou seja, existem formas haploides e diploides no ciclo
As briófitas são planta, em sua maioria, terrestres e que vivem geralmente em ambientes úmidos e sombreados. Apresentam pequeno porte em virtude da ausência de vasos condutores e possuem como representantes mais conhecidos os musgos, pequenas plantinhas conhecidas desde a era paleozoica.
O ciclo de vida das briófitas destaca-se pela alternância de gerações. Isso significa que, durante a vida da planta, ela passa por uma fase de vida diploide (2n) e uma fase haploide (n). Na fase diploide, observa-se um indivíduo produtor de esporos denominado de esporófito; na fase haploide, é possível verificar a presença de um organismo capaz de produzir gametas, ou seja, um gametófito.
O ciclo de vida das briófitas inicia-se com os gametófitos femininos e masculinos (n), fase haploide e mais duradoura do ciclo. Nos gametófitos masculinos, percebe-se a presença de anterídios, estruturas que produzem as células reprodutoras masculinas biflageladas denominadas de anterozoides. Nos gametófitos femininos, as estruturas que produzem a célula reprodutora feminina, denominada de oosfera, são os arquegônios.
Quando uma gota de água cai sobre os gametófitos, os anterozoides nadam até o arquegônio a fim de encontrar a oosfera para que ocorra a fecundação. A natação em direção ao arquegônio é possível porque essa estrutura feminina produz substâncias químicas que promovem atração. Assim que as células se encontram, ocorre a formação de um embrião diploide (2n), que dará origem a um esporófito adulto diploide (2n).
O esporófito, fase transitória do ciclo, surge no gametófito e dele é dependente nutricionalmente. O esporófito é formado por uma haste e uma cápsula (esporângio). No interior dessa cápsula, existe um tecido esporógeno que sofre meiose e forma esporos haploides (n).
Os esporos são liberados no ambiente e, caso caiam em um local propício, germinam. O esporo, ao germinar, dá origem a uma estrutura denominada de protonema (n), a qual se transforma em um gametófito, que, por sua vez, desenvolver-se-á e reiniciará o ciclo.
Vale destacar que, em algumas briófitas, o gametófito é capaz de realizar reprodução assexuada, formando propágulos, gemas ou ainda outro ser por meio de fragmentos de talo.
5. Ciclo de vida das pteridófitas
O ciclo de vida das pteridófitas, assim como os ciclos dos demais grupos de planta, é marcado pela alternância de gerações, sendo possível observar uma geração gametofítica e uma geração esporofítica. Nesse ciclo, que depende da água para acontecer, verificamos como fase dominante a geração esporofítica, ou seja, a fase produtora de esporos.
As pteridófitas são um grupo de plantas que se destaca por ser o primeiro grupo vegetal que apresentou vasos condutores de seiva  (xilema e floema). Esse grupo de plantas é frequentemente chamados de plantas vasculares sem sementes. Como exemplo de pteridófitas, podemos citar samambaias, avencas e cavalinhas.
As pteridófitas são plantas vasculares sem sementes que se reproduzem de forma assexuada e sexuada. Quando observamos a reprodução sexuada, vemos um ciclo com alternância de gerações. Observe a seguir as principais etapas do ciclo de vida de uma samambaia, um exemplo típico de pteridófita:
· A samambaia (fase esporofítica) apresenta folhas que contêm soros, pequenos pontos marrons nos quais são produzidos esporos.
· Os esporos caem no ambiente e germinam.
· Os esporos dão origem ao gametófito, conhecido como prótalo.
· O prótalo é um gametófito, geralmente, bissexuado que possui arquegônios e anterídios, nos quais serão produzidos, respectivamente, a oosfera (gameta feminino) e os anterozoides (gametas masculinos).
· Na presença de água, os anterozoides nadam até o arquegônio, onde está a oosfera.
· Nas samambaias que produzem gametófitos bissexuados, observa-se a maturação dos anterídios e dos arquegônios em momentos diferentes. Sendo assim, os anterozoides fecundarão a oosfera de outro gametófito.
· Após a fecundação, forma-se o zigoto.
· O zigoto divide-se e forma o esporófito.
· O esporófito fixa-se no solo, e o gametófito é desintegrado.
6. Ciclo de vida das pteridófitas
As pteridófitas podem reproduzir-se de maneira assexuada e sexuada. Na forma assexuada, podemos observar a reprodução por meio de brotamento, no qual um broto dará origem a um novo indivíduo. Na forma sexuada, observamos um ciclo com alternância de gerações, ou seja, um ciclo que apresenta uma fase de gametófito (que produz gametas) e uma fase de esporófito (que produz esporos).
Quando falamos em pteridófitas, o ciclo mais comumente utilizado para explicar o processo é o ciclo das samambaias. Essas plantas, quando adultas (fase de esporófito), apresentam folhas que contêm soros, que são agrupamentos de esporângios (onde são produzidos esporos).
Os esporângios liberarão os esporos, que cairão no solo e germinarão. A maioria das samambaias produz um gametófito bissexual, ou seja, capaz de produzir anterozoides (gametas masculinos) e oosfera (gameta feminino). Os anterozoides serão produzidos nos anterídios, enquanto a oosfera será produzida no arquegônio.
Nos gametófitos bissexuais, observamos que os anterídeos e os arquegônios amadurecem em tempos distintos e, portanto, o anterozoide de um gametófito não pode fecundar a própria oosfera. Nesses casos, os anterozoides produzidos em um gametófito irão fecundar a oosfera de algum gametófito próximo a ele.
Após a fecundação, temos a formação de um zigoto. Esse zigoto irá dividir-se e formar um embrião jovem, diferenciando-se até um esporófito adulto. A partir do momento em que ocorrer o enraizamento do esporófito no solo, o gametófito irá desintegrar-se. O esporófito adulto será responsável por produzir novos esporos, que irão reiniciar o ciclo.
6.1. Gametófito
O gametófito é a fase de vida da planta na qual se observa a formação dos gametas masculino (anterozoide) e feminino (oosfera). É a fase haploide desse ciclo e é chamada de prótalo em alguns grupos, como as samambaias. Essa estrutura é talosa e, geralmente, tem o formato que lembra um coração (cordiforme). O gametófito desenvolve-se após a germinação do esporo. Nele estão contidos anterídios e arquegônios, nos quais serão produzidos os anterozoides e a oosfera, respectivamente.
6.2. Características das pteridófitas
Aspteridófitas apresentam como representantes mais conhecidos as samambaias. Entre suas principais características, podemos citar:
· Presença de vasos condutores de seiva (xilema e floema);
· Presença de raízes, caule e folhas;
· Ausência de semente, flor e fruto;
· Fase esporofítica (produtora de esporos) dominante;
· Esporângios (estruturas onde são produzidos esporos) reunidos em soros.
6.2.1. Habitat
As pteridófitas são encontradas em diferentes ambientes, que variam desde terrestres até aquáticos flutuantes ou submersos. Entretanto, a maioria das espécies desse grupo de plantas é encontrada no interior de matas, em locais com pouca exposição à luminosidade.
6.2.2. Classificação
Geralmente, denominam-se pteridófitas todas as plantas vasculares sem sementes. De acordo com os pesquisadores ray evert e susan eichhorn, os filos das plantas vasculares sem semente são lycopodiophyta e monilophyta, incluindo samambaias e equisetum. Ainda de acordo com esses estudiosos, o termo “samambaia” é utilizado para identificar ophioglossales, marattiopsida e polypodiopsida.
7. Ciclo de vida de uma gimnospérmica 
As gimnospermas são plantas terrestres que possuem sementes, mas não produzem frutos.
O nome do grupo deriva das palavras gregas gymmos "nu" e sperma "semente", ou seja, significa semente nua. Isso porque, as sementes das gimnospermas não encontram-se no interior dos frutos, ficando expostas ou nuas.
São exemplos de gimnospermas as araucárias, cedros, cicas, ciprestes, pinheiros e sequóias.
Em geral, essas plantas adaptam-se melhor em climas mais frios e temperados. Acredita-se que existam cerca de 750 espécies de gimnospermas.
7.1. Características
As plantas gimnospermas possuem raiz, caule, folhas e sementes. Não existem flores e frutos. Apresentam, ainda, vasos condutores, xilema e floema.
O desenvolvimento das sementes e do grão de pólen foi uma grande conquista evolutiva das gimnospermas. Esse fato fez com que as plantas dominassem definitivamente o ambiente terrestre, pois ficaram independentes da água para a fecundação.
Atualmente, esse grupo de plantas pode ser encontrado em vários tipos de ambientes. Um exemplo é o pinheiro-do-paraná ou araucária, que pode ser encontrado na mata das araucárias, no sul do brasil.
7.1.1. Estrutura reprodutiva
A estrutura reprodutiva das gimnospermas é o estróbilo, também conhecido como cone, daí a denominação conífera para as gimnospermas.
7.2. Ciclo de vida
Para compreender o ciclo de vida das gimnospermas, vamos considerar o exemplo de um pinheiro, um representante típico desse grupo.
No momento da reprodução, as folhas modificam-se e originam os estróbilos masculinos (microstróbilos) e estróbilos femininos (megastróbilo). Lembre-se que algumas espécies podem ter estróbilos masculinos ou femininos, são dióicas.
Nos megastróbilos são produzidos, por meiose, os megásporos. Eles ficam retidos nos megasporângios, onde desenvolvem-se no interior do óvulo e originam o gametófito feminino. A partir do gametófito feminino surgem dois ou mais arquegônios, em cada um diferencia-se uma oosfera, o gameta feminino.
Nos microstróbilos, os microsporângios produzem, por meiose, os micrósporos. Desses micrósporos surgem os grãos-de-pólen, também chamados de gametófitos masculinos. Eles ficam armazenados no microstróbilo até serem liberados no ar.
Nesse momento, ocorre a polinização realizada pelo vento (anemofílica). Os grãos-de-pólen viajam pelo ar até encontrar a abertura do óvulo. Quando isso ocorre, eles germinam e originam o tubo polínico que cresce e alcança o arquegônio. Isso possibilita que os gametas masculinas fecundem a oosfera e originem o zigoto.
Desse processo surge o pinhão, que é a semente, ou seja, o portador do óvulo fecundado, o embrião.
As plantas gimnospérmicas pertencem ao grupo das plantas vasculares com sementes, sem flor (as angiospérmicas são plantas vasculares com semente e com flôr). Deste grupo destacam-se as coníferas, bastante conhecidas entre nós dado que o pinheiro pertence a este grupo. O nome conífero vem das suas estruturas reprodutoras especializadas, os cones, constituídos por várias escamas férteis à volta de um eixo, aos quais comummente se chamam pinhas.
No pinheiro existem dois tipos de cones:
· Cones masculinos ou cones polínicos, na base dos ramos novos
· Cones femininos ou cones ovulíferos, na extremidade dos ramos superiores
7.3. Cones masculinos
Cada uma das escamas possui na página inferior dois sacos polínicos, microsporângios; onde se formam células mães de grãos de pólen, células mães de micrósporos, e cada uma delas por meiose origina quatro grãos de pólen, micrósporos. Estes sofrem duas mitoses para dar origem aos grãos de pólen. Das quatro células, duas destas células degeneram (células protálicas), das outras duas, a mais pequena é a célula generativa e a maior é a célula vegetativa. Estas duas células estão rodeadas por uma parede complexa que forma projecções em forma de asas (ver vídeos). Quando estão maduros os grãos de pólen são libertados do saco polínico. As gimnospérmicas têm geralmente uma polinização anemófila (feita pelo vento).
7.4. Cones femininos
Os cones femininos têm escamas ovulíferas colocadas à volta de um eixo, e cada escama tem na sua parte superior dois óvulos. Os óvulos possuem um megasporângio, o nucelo, envolto num tegumento. O tegumento limita uma cavidade, a câmara polínica, que comunica com o exterior através do micrópilo.
Em cada óvulo no interior do nucelo há uma célula, denominada célula mãe do saco embrionário que por meiose origina quatro células haplóides. Três destas degeneram, e a quarta denominada célula do saco embrionário, origina por mitoses sucessivas o gametófito feminino (megagametófito). O megametófito é constituído por endosperma  (tecido de reserva) e por um ou vários arquegónios rudimentares, cada um com uma oosfera, o gâmeta feminino.
Os grãos de pólen caem sobre os óvulos ficando alojados na câmara polínica. Durante a continuação da sua germinação formam um tubo polínico  (gametófito masculino); a célula generativa origina dois gâmetas, denominadas células espermáticas. Uma destas degenera e a outra, a célula espermatogénica, viaja através do tubo polínico através dos arquegónios rudimentares e fecunda a oosfera. Ocorre, assim, uma fecundação independente da água, que confere uma vantagem adaptativa ao meio terrestre.
O zigoto inicia o desenvolvimento resultando num embrião que interrompe o desenvolvimento permanecendo em estado de latência. Isto constitui também uma vantagem adaptativa pois retarda a germinação até haver condições para o crescimento da nova planta. Ao conjunto formado pelo embrião, endosperma (tecido de reserva) e tegumentos denomina-se semente.
7.4.1. Características do ciclo de vida do pinheiro:
· Meiose pré-espórica, com alternância de gerações, o organismo é haplodiplonte
· Heterosporia, os esporos são diferentes, microsporos (grãos de pólen) e macrosporos (sacos embrionários)
· A planta adulta é um esporófito
· Geração gametófita muito reduzida, dependente da geração esporófita
· Fecundação independente da água
· Embrião em latência e o endosperma rodeados por um tegumento endurecido, constituem a semente
8. Angiospermas
As angiospermas são plantas complexas que apresentam raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes.
Elas representam o grupo mais diversificado de plantas, com mais de 250 mil espécies. As angiospermas ocorrem nos mais variados tipos de habitats, desde ambientes aquáticos até áridos.
O termo angiosperma deriva do grego angeios, bolsa e sperma, semente.
8.1. Características gerais
As angiospermas caracterizam-se pela presença de flores e dos frutos que envolvem a semente.
8.2. Estrutura
As plantas angiospermas são as mais complexas da natureza. Por isso, elas apresentam diversas estruturas.
8.3. Raiz, folhas e caule
As angiospermas apresentam diversos tipos de raízes, como pivotantes, fasciculadas, tuberosas, tubulares, pneumatóforos e sugadoras.
As folhas estão envolvidas com os processos de fotossíntese, respiração e transpiração. Asplantas angiospermas apresentam folhas com diversos formatos e tamanhos.
Os principais tipos de caules aéreos das angiospermas são: tronco lenhoso (árvores), haste (herbáceas), estipe (palmeiras), colmo (bambu) e suculento (cactos).
8.4. Ciclo de vida de angiospermas 
As angiospérmicas pertencem ao grupo das plantas que produzem sementes, e cujos órgãos reprodutores são flores (espermatófitas). Diferem das gimnospérmicas (plantas que também produzem sementes) por possuírem flores, endosperma nas sementes e produzirem frutos com sementes.
8.4.1. Órgãos masculinos
Os órgãos masculinos da plantas são os estames, microsporófilo. Nas anteras jovens existem quatro saco polínicos, e no interior de cada um deles formam-se células mães de grãos de pólen  (células diplóides 2n). Durante a maturação as células mães de pólen sofrem uma meiose e cada uma dá origem a quatro micrósporos  (haplóides n), que sofrem uma mitose para dar origem aos grãos de pólen. O grão de pólen é o gametófito masculino das angiospérmicas.
Os grãos de pólen possuem uma parede externa espessa e quimicamente resistente, a exina, e uma interna, a intina, mais fina e de origem celulósica, que envolvem a membrana citoplásmatica. O núcleo do grão de pólen divide-se por mitose originando duas células haplóides, uma maior, a célula vegetativa e uma menor, a célula generativa, que após citocinese se individualiza no interior da célula vegetativa e dependendo da espécie, a célula germinativa, antes ou depois da germinação do grão de pólen, divide-se novamente por mitose para dar origem a duas células espermáticas, os gâmetas masculinos das angiospérmicas.
Durante a maturação da antera, as células da assentada nutritiva ou tapete  (tecido de transferência de nutrientes), são parcialmente reabsorvidas e os dois sacos polínicos unem-se formando uma única cavidade com grãos de pólen. As células da assentada mecânica ou tecido conectivo desidratam e provocam a abertura da antera com libertação dos grãos de pólen,  deiscência da antera. A polinização pode ser zoomófila ou anemófila.
8.4.2. Órgãos femininos
Os órgãos sexuais femininos de uma flor são os carpelos, na base dos quais existe o ovário com óvulos. Ao conjunto dos carpelos dá-se o nome de pistilo. Na maioria das espécies, o óvulo está protegido por dois tegumentos e possui uma pequena abertura, o micrópilo, onde o tubo polínico irá entrar. O nucelo  (macroporângio) é a camada de células responsável pela nutrição do óvulo durante o seu crescimento. A célula mãe do saco embrionário  (célula mãe do macrosporo) que se encontra no interior do nucelo, por meiose origina quatro células haplóides. Na maioria das espécies, três das células degeneram, e a que permanece, o macrósporo, sofre uma série de divisões mitóticas, que dão origem ao saco embrionário. Os núcleos do saco embrionário distribuem-se da seguinte forma: dois núcleos, núcleos polares, na região central que se unem formando um núcleo diploide, o mesocisto; três migram para o pólo junto ao micropilo, sendo o central a oosfera  (gâmeta feminino) e os dos extremos as sinergideas e os outros três, as antípodas migram para o pólo oposto. Após celularização, este conjunto de sete células resultantes da divisão do saco embrionário é o gametófito feminino e está incluso no óvulo, sendo totalmente dependente do esporófito.
8.4.3. A polinização e fecundação
Após a polinização os grãos de pólen que aderem ao estigma germinam formando um tubo polínico que cresce para dentro do estilete. Durante este período, em algumas espécies, a célula generativa do grão de pólen divide-se por mitose originando dois gâmetas masculinos, as células espermáticas e o núcleo vegetativo degenera. O tubo polínico é constituído por três células, a vegetativa e as duas células espermáticas. Em condições favoráveis, quando o saco embrionário germinado está desenvolvido e o tubo polínico atinge o micrópilo, ocorre um fenómeno de dupla fecundação:
O tubo polínico rebenta, libertando as duas células espermáticas no interior do saco embrionário. Uma célula espermática fecunda a oosfera, originando o zigoto principal
A outra célula espermática fecunda a célula central, originando um núcleo triplóide (3n) denominado a célula mãe do albúmen ou célula mãe do endosperma secundário.
Após a fecundação, por mitoses sucessivas a células mãe do albúmen dá origem ao endosperma  (ou albúmen secundário), um tecido de reserva. O zigoto divide-se e dá origem ao embrião, que interrompe o seu desenvolvimento e entra em estado de latência. Ao conjunto do embrião, endosperma secundário e tegumento dá-se o nome de semente, que germinará quando as condições forem favoráveis.
Resumos das principais características do ciclo de vida de uma angiospérmica:
· Meiose pré-espórica, com alternância de gerações, o organismo é haplodiplonte
· A planta adulta é um esporófito
· Heterosporia, os esporos são diferentes, microsporos que dão origem aos grãos de pólen e macrosporos dão origem aos sacos embrionários
· Gametófito dependente do esporófito
· Fecundação independente da água
· Fecundação dupla: da oosfera e da célula central ou mesocisto
· Embrião em latência e o endosperma rodeados por um tegumento endurecido, constituem a semente
Ciclo de vida de uma Angiospérmica.
9. Tendências evolutivas
Para começar, destacamos a principal semelhança entre os ciclos de vida de todas as plantas. Podemos dizer que todas as plantas vasculares são oogâmicas, ou seja, possuem grandes oosferas imóveis e pequenos anterozoides/gametas, que nadam ou são conduzidos até a oosfera. Além disso, elas possuem ciclos nos quais duas fases (indivíduos) são apresentadas, uma haploide, o gametófito, e outra diploide (2n) - o esporófito. A essa característica do ciclo de vida, comum a todas as plantas, denominamos diplobionte: ocorrendo meiose na formação dos esporos.
Do estudo dos ciclos de vida vegetais pode retirar-se uma série de tendências evolutivas, nomeadamente: 
· As plantas apresentam sempre alternância de fases nucleares no seu ciclo de vida; 
· Apresentam um ciclo de vida haplodiplonte; 
· a meiose pré-espórica produz esporos que, ao germinar, originam um gametófito haplóide, o qual produz gâmetas por mitose; 
· Há uma nítida tendência para a dominância da diplofase, pois a recombinação genética que ocorre na sua formação permite uma maior capacidade de adaptação a condições em alteração; 
· As estruturas reprodutoras são cada vez mais especializadas; 
· Ao longo da evolução surgiram estruturas estéreis a proteger os gâmetas (anterídeos e arquegónios); 
· Há uma tendência para que a determinação sexual seja feita no esporófito - heterosporia; 
· Há uma tendência para a fecundação ser independente da água e existem reservas na semente, o que permite ao embrião permanecer num estado de latência durante períodos menos favoráveis e ajudando à dispersão. 
Tendências evolutivas nos ciclos de vida de plantas
	Planta
	Espirogira
	Bodelha
	Musgo
	Feto 
	Açucena
	Dependência da água para fecundação 
	Presente
	Presente
	 Presente 
	Presente
	Ausente 
	 Morfologia dos gâmetas 
	Isogamia
	Anisogamia
	Oogamia 
	Oogamia 
	Oogamia
	Morfologia dos esporos 
	Ausentes
	Ausentes 
	Isosporia 
	Isosporia
	Heterosporia
	 alternância de fases nucleares 
	Presente
	 Presente 
	Presente 
	Presente
	 Presente
	Alternância de gerações 
	Ausente
	Ausente
	Presente
	Presente
	 Presente
	Geração dominante 
	Gametófita
	Esporófita
	 Gametófita 
	Esporófita
	Esporófita 
	Meiose
	Pós- zigótica 
	Pré- gamética 
	Pré-espórica 
	Pré-espórica 
	Pré-espórica
	Tipo de ciclo de vida 
	Haplonte
	Diplonte
	Haplodiplonte
	Haplodiplonte
	Haplodiplonte
Quanto às diferenças nos ciclos, em primeiro lugar destacamos a morfologia dos indivíduos. Em algumas algas, a geração produtora de esporos (esporófito) é externamente semelhante à geração produtora de gametas (gametófito); então dizemos que existe uma alternância de gerações isomórficas. Nas demais plantas, o esporófito e o gametófito são diferentesum do outro: tal ciclo exibe uma alternância de gerações heteromórficas.
Além disso, ao longo da história evolutiva das plantas, observamos uma tendência nos esporófitos de se tornarem cada vez maiores e dominantes no ciclo (em relação aos gametófitos). Nas briófitas, o indivíduo dominante no ciclo é o gametófito: ele é independente do ponto de vista nutricional e é, geralmente, maior e mais complexo que o esporófito. Por outro lado, nas plantas vasculares, o esporófito é a forma de vida dominante: ele é ramificado e produz diversos esporângios (ao contrário do esporófito das briófitas), chegando ao ápice de o gametófito ser, inclusive, nutricionalmente dependente do esporófito. Entre as pteridófitas, podemos encontrar plantas homosporadas (que produzem um só tipo de esporo) como o psilotum sp., o lycopodium sp. E as filicales; e plantas heterosporadas (que formam micrósporos e megásporos), tais como a selaginella sp. A partir das gimnospermas, todas as plantas são heterosporadas, produzindo micrósporos e megásporos.
Na face abaxial das folhas das pteridófitas são formados os esporângios, que se reúnem em soros. Nos esporângios, as células-mãe sofrem meiose e produzem esporos haploides. Cada esporo origina, ao germinar no solo, um gametófito, que pode ser unissexuado (plantas heterosporadas) ou bissexuado (plantas homosporadas). À medida que ocorre a diferenciação dos gametângios, formam-se os anterídeos e os arquegônios, estruturas responsáveis pela produção dos gametas masculinos (anterozoides flagelados) e femininos (oosferas), respectivamente. O anterozoide utiliza um meio líquido para alcançar a oosfera; e, quando isso ocorre, há a fecundação e formação do novo esporófito.
Uma inovação que é possível observar, a partir das gimnospermas, é a ausência de anterídeos. O microgametófito endospórico (desenvolve-se dentro das paredes do micrósporo) jovem é formado apenas por quatro células: duas células protálicas, uma geradora e uma célula do tubo. Seu transporte acontece, especialmente, pelo vento (anemofilia) até as proximidades de um megagametófito no interior do óvulo (processo denominado polinização).
Após o surgimento da polinização, nas cicadófitas e ginkgo sp., o microgametófito passa a produzir um tubo polínico haustorial, o qual pode crescer por vários meses no tecido do nucelo. O tubo acaba por se romper nas vizinhanças do arquegônio, liberando os anterozoides multiflagelados em uma câmara cheia de líquidos - a câmara arquegonial. Os anterozoides nadam então até o arquegônio e fecundam a oosfera. Já nas coníferas e gnetófitas, os gametas masculinos são imóveis; os tubos polínicos transportam-nos diretamente às oosferas.
Entretanto, o maior passo evolutivo nos grupos mais derivados foi as produções de sementes, que são óvulos (megasporângio + tegumento) fecundados a partir das gimnospermas.
Vários elementos conduziram à evolução do óvulo, entre os quais podemos citar:
· Formação de um tegumento que envolve completamente o megasporângio, exceto a micrópila;
· Redução do número de células-mãe para uma por megasporângio;
· Sobrevivência de apenas um dos quatro megásporos da tétrade;
· Retenção do megásporo dentro do megasporângio;
· Formação de um megagametófito altamente reduzido no interior do megásporo (megagametófito endospórico);
· Desenvolvimento do embrião no interior do megagametófito.
Nas angiospermas, dizemos que a polinização é indireta, pois o grão de pólen é depositado no estigma, região especializada que se forma no topo dos carpelos. Além disso, o surgimento do carpelo (megasporófilo dobrado e fusionado) e das flores foi um grande avanço evolutivo com relação às gimnospermas e explica, em parte, a dominância das angiospermas na flora atual. O carpelo é formado por um ovário (porção basal dilatada que encerra os óvulos), estilete e estigma (região especializada para recepção do grão de pólen). Após a dupla fecundação, o ovário desenvolve-se no fruto, que auxilia na proteção e dispersão das sementes.
Outro avanço evolutivo em relação às angiospermas é a ocorrência da dupla fecundação.
Vamos relembrar esse importante processo: a fusão de um dos gametas masculinos com a oosfera resulta no zigoto (2n), e a fusão do outro gameta com os núcleos polares resulta no endosperma (3n). O endosperma é o tecido que nutre o embrião durante o seu desenvolvimento (ele só se desenvolve se o embrião se formar), e isso significa um melhor uso das reservas energéticas. Em todas as gimnospermas, ao contrário, o tecido nutritivo (megagametófito haploide) desenvolve-se antes da fecundação da oosfera e, caso a fecundação não aconteça, desperdiça-se energia (já que o embrião não será formado). Entre as gimnospermas, apenas o grupo gnetophyta tem dupla fecundação, mas é uma dupla fecundação diferente da das angiospermas: a fusão da segunda gameta gera um embrião extra (e não endosperma como nas angiospermas); nesse caso, também, os embriões são nutridos pelo megagametófito.
10. Conclusão 
O ciclo de vida de um organismo inicia-se com a formação do zigoto e termina com a formação dos gâmetas necessários à reprodução. Tendo em conta que a reprodução sexuada apresenta dois fenómenos complementares, a meiose e a fecundação, durante o ciclo de vida de um organismo existe uma alternância entre células haplóides e diplóides. Portanto, assim, tem-se: alternância de fases nucleares, alternância de gerações, geração gametófita. A meiose pode ocorrer em diferentes momentos do ciclo de vida de um organismo: meiose pós-zigótica, meiose pré-espórica e meiose pré-gamética. 
A extensão relativa de cada uma das gerações e fases nucleares está dependente da posição, no ciclo de vida, da meiose e fecundação. Por este motivo, consideram-se três tipos de ciclos de vida: ciclo haplonte, ciclo diplonte e ciclo haplodiplonte. Existem, igualmente, vários tipos de reprodução sexuada: isogâmica, anisogâmica e oogâmica. Uma planta designa-se monóica quando apresenta os dois sexos no mesmo corpo e dióica quando apresenta sexos separados. Do estudo dos ciclos de vida vegetais pode retirar-se uma série de tendências evolutivas.
11. Bibliografia
· CHOW, Fungyi et al. (Orgs.). Introdução à biologia das criptógamas. São Paulo: Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, Departamento de Botânica, 2007. 
· OLIVEIRA, Eurico Cabral de. Introdução à biologia vegetal. 2ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003. 
· HAVEN, Peter H.; Evert, Ray F.; Eichhorn, Susan E. Biologia vegetal. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 
· SADAVA, David et al. Vida: a ciência da biologia. 8ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. v. 2: Evolução, diversidade e ecologia.

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