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Paulo Samuel Mugare 
 
 
Ciclo de vida 
 
Botânica Geral 
 
Licenciatura em Ensino de Biologia com habilitações em Química 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Púnguè 
Tete, Novembro, 2020 
 
ii 
 
 
Paulo Samuel Mugare 
 
 
Ciclo de vida 
 
Licenciatura em Ensino de Biologia com habilitações em Química 
 
Trabalho a ser entregue no 
Departamento de Ciências Naturais 
e Matemática, como critério de 
avaliação para a cadeira de Botânica 
Geral, orientado por: Msc. Osmane 
Adrimo Ussene 
 
 
 
 
 
Universidade Púnguè 
Tete, Novembro, 2020 
 
iii 
 
Índice 
1. Introdução............................................................................................................................ 6 
2. Objetivo ............................................................................................................................... 6 
2.1. Objetivo geral .............................................................................................................. 6 
 Identificar ciclos de vida .............................................................................................. 6 
2.2. Objetivos específicos ................................................................................................... 6 
3. CICLO DE VIDA................................................................................................................ 7 
3.1. Ciclos de vida das plantas ............................................................................................ 7 
7. Tipos de reprodução sexuada .............................................................................................. 9 
8. Ciclo de vida dos organismos ........................................................................................... 10 
1. Ciclo de vida em organismo eucarionte ............................................................................ 12 
1.1. Ciclo de vida haplobionte haplonte (H,h) .................................................................. 12 
1.2. Ciclo de vida haplobionte diplonte (H,d) ................................................................... 13 
1.3. Ciclo de vida diplobionte (D,h+d) ............................................................................. 13 
2. Ciclo de vida em protozoários ........................................................................................... 13 
3. Ciclos de vidas das algas ................................................................................................... 14 
3.1. Algas vermelhas ......................................................................................................... 14 
3.2. Algas verdes ............................................................................................................... 14 
4. Ciclo de vida das briófitas ................................................................................................. 15 
5. Ciclo de vida das pteridófitas ............................................................................................ 16 
iv 
 
6. Ciclo de vida das pteridófitas ............................................................................................ 17 
6.1. Gametófito ................................................................................................................. 17 
6.2. Características das pteridófitas .................................................................................. 18 
6.2.1. Habitat ................................................................................................................ 18 
6.2.2. Classificação ....................................................................................................... 18 
7. Ciclo de vida de uma gimnospérmica ............................................................................... 18 
7.1. Características ............................................................................................................ 19 
7.1.1. Estrutura reprodutiva .......................................................................................... 19 
7.2. Ciclo de vida .............................................................................................................. 19 
7.3. Cones masculinos ...................................................................................................... 20 
7.4. Cones femininos ........................................................................................................ 20 
7.4.1. Características do ciclo de vida do pinheiro: ...................................................... 21 
8. Angiospermas .................................................................................................................... 22 
8.1. Características gerais ................................................................................................. 22 
8.2. Estrutura ..................................................................................................................... 22 
8.3. Raiz, folhas e caule .................................................................................................... 22 
8.4. Ciclo de vida de angiospermas .................................................................................. 22 
8.4.1. Órgãos masculinos .............................................................................................. 23 
8.4.2. Órgãos femininos ................................................................................................ 23 
8.4.3. A polinização e fecundação ................................................................................ 24 
v 
 
9. Tendências evolutivas ....................................................................................................... 25 
10. Conclusão .......................................................................................................................... 30 
11. Bibliografia........................................................................................................................ 31 
 
6 
 
1. Introdução 
Ciclo de vida é o conjunto de transformações por que podem passar os indivíduos de 
uma espécie para assegurar a sua continuidade. 
Algumas definições se referem especificamente ao ciclo de vida do indivíduo, inclusivamente 
considerando o seu final com a morte do organismo; outras se centram no processo 
de reprodução sexuada, apesar de referirem os ciclos de vida assexuados. 
Na realidade, conhecem-se variados tipos de ciclos de vida e, em muitos casos, existe 
alternância, ou mesmo coexistência no mesmo indivíduo, de gerações sexuadas e assexuadas. 
No caso das angiospermas, por exemplo, é frequente que a mesma planta que 
produz sementes, produza também estolhos outra forma de reprodução assexuada. Mas é 
através da reprodução sexuada que as espécies conseguem manter a variabilidade 
genética necessária à sua sobrevivência, não só através da troca de genes entre diferentes 
indivíduos, pela cariogamia, mas também pela recombinação que é possível durante a meiose. 
2. Objetivo 
2.1. Objetivo geral 
 Identificar ciclos de vida 
2.2. Objetivos específicos 
 Identificar a alternância entre células haplóides e diplóides; 
 Caracterizar a alternância entre células haplóides e diplóides; 
 Explicar a alternância entre células haplóides e diplóides; 
 Descrever a alternância entre células haplóides e diplóides; 
 Comparar a alternância de células haplóides com diplóides. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Indiv%C3%ADduos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reprodu%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Morte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reprodu%C3%A7%C3%A3o_sexuada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reprodu%C3%A7%C3%A3o_assexuada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Angiospermas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Semente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estolho
https://pt.wikipedia.org/wiki/Variabilidade_gen%C3%A9tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Variabilidade_gen%C3%A9ticahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Gene
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cariogamia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Recombina%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Meiose
7 
 
3. CICLO DE VIDA 
3.1. Ciclos de vida das plantas 
O ciclo de vida de um organismo inicia-se com a formação do zigoto e termina com a 
formação dos gâmetas necessários à reprodução. Tendo em conta que a reprodução sexuada 
apresenta dois fenómenos complementares, a meiose e a fecundação, durante o ciclo de vida 
de um organismo existe uma alternância entre células haplóides e diplóides. 
Portanto, assim, tem-se: 
 Alternância de fases nucleares: a fase haplóide tem n cromossomas, ocorrendo após a 
meiose, e a fase diplóide tem 2n cromossomas, ocorrendo após a fecundação; 
 Alternância de gerações: geração é a parte do ciclo de vida de um organismo que se 
inicia com uma célula, dando esta origem a uma estrutura, ou entidade, multicelular, a 
qual irá produzir uma outra célula, através de parte da estrutura multicelular. Segundo 
esta definição, um ciclo de vida sexuado poderá, no máximo, apresentar duas 
gerações: 
 Geração gametófita: fase haplóide do ciclo de vida, inicia-se com o esporo e termina 
nos gâmetas. A estrutura multicelular da geração gametófita designa-se gametófito, 
onde se irão diferenciar gametângios, estruturas que contêm células que produzirão 
gâmetas. Os gametângios femininos designam-se oogónios (unicelulares) ou 
arquegónios (pluricelulares), enquanto os masculinos se designam anterídeos; 
 Geração esporófita: fase diplóide do ciclo, inicia-se com o zigoto e termina com a 
célula-mãe dos esporos. A estrutura multicelular desta fase designa-se esporófito. No 
esporófito diferenciam-se estruturas designadas por esporângios, contendo células que 
se dividem por meiose e originam esporos. 
A meiose pode ocorrer em diferentes momentos do ciclo de vida de um organismo: 
 Meiose pós-zigótica: quando este fenómeno ocorre no zigoto, sendo este a única 
entidade diplóide do ciclo; 
 Meiose pré-espórica: a meiose ocorre na formação dos esporos. O zigoto, por mitoses 
sucessivas, origina uma entidade diplóide, onde se diferenciam células especiais que, 
por meiose, originam esporos; 
8 
 
 Meiose pré-gamética: ocorre durante a formação dos gâmetas, sendo estes as únicas 
células haplóides do ciclo. 
A extensão relativa de cada uma das gerações e fases nucleares está dependente da posição, 
no ciclo de vida, da meiose e fecundação. Por este motivo, consideram-se três tipos de ciclos 
de vida: 
 Ciclo haplonte: neste tipo de ciclo de vida a fase haplóide predomina, sendo a fase 
diplóide constituída apenas pelo zigoto. Deste modo, considera-se que não existe 
verdadeira alternância de gerações. A meiose ocorre imediatamente a seguir à 
fecundação (meiose pós-zigótica). Este tipo de ciclo de vida é característico das algas 
(clorofila a e c); 
1. Característico da maioria dos fungos e de alguns protistas, incluindo algumas algas; 
2. A meiose ocorre após formação do zigoto diplóide – meiose pós-zigótica – sendo este 
a única estrutura diplóide do ciclo de vida do organismo; 
3. A meiose não produz gâmetas mas sim células haplóides que se dividem por mitose 
formando um organismo adulto haplonte; 
4. Os gâmetas são produzidos por mitose e não meiose. 
 Ciclo diplonte: neste tipo de ciclo a fase diplóide predomina, sendo a fase haplóide 
formada apenas pelos gâmetas. Também neste caso, não existe verdadeira alternância 
de gerações. A meiose ocorre imediatamente antes da fecundação (meiose pré-
gamética). Este tipo de ciclo é característico de animais e de algumas algas (clorofila b 
e d); 
1. Característico da maioria dos animais e de algumas algas; 
2. Os gâmetas são as únicas células haplóides; 
3. A meiose ocorre durante a formação dos gâmetas – pré-gamética; 
4. O zigoto diplóide (2n) sofre mitoses consecutivas dando origem a um organismo 
pluricelular diplonte. 
 Ciclo haplodiplonte: neste tipo de ciclo existe nítida alternância de fases nucleares e de 
gerações pois a meiose e a fecundação estão separadas no tempo. A meiose designa-se 
pré-espórica. Este tipo de ciclo de vida, o mais complexo, é característico das plantas 
superiores. 
9 
 
A alternância de gerações tira o máximo partido dos dois tipos de reprodução: a geração 
gametófita aumenta a variabilidade genética e a esporófita facilita a dispersão, pela produção 
de esporos. Nas plantas, as gerações são heteromórficas, ou seja, ao contrário de algumas 
algas haplodiplontes, o gametófito e o esporófito têm aparências totalmente diferentes 
(clorofila a e d); 
1. Característico das plantas e algumas algas; 
2. Inclui ao contrário dos outros dois ciclos estados pluricelulares diplóides e haplóides; 
3. A meiose ocorre para a formação de esporos (n); 
4. Os organismos têm uma geração produtora de esporos – geração esporófita constituída 
pelo esporófito – e uma outra geração produtora de gâmetas – geração gametófita 
constituída pelo gametófito; 
5. A geração esporófita tem início no ovo ou zigoto (2n) que sofre mitoses consecutivas 
formando um organismo multicelular diploide, esporófito, que diferencia esporângios 
onde, por meiose se formam os esporos (n) terminando aqui; todas as células desta 
fase são diplóides à excepção dos esporos; 
6. A geração gametófita inicia-se com os esporos que sofrem mitoses originando um 
organismo multicelular haplonte, gametófito, que diferencia gametângios onde se 
formam gâmetas e termina no momento da fecundação em que se forma uma célula 
diplóide; todas as células desta fase são haplóides à excepção do zigoto resultante da 
fecundação. 
7. Tipos de reprodução sexuada 
 Isogâmica: gâmetas morfologicamente iguais, geralmente flagelados, que são 
libertados para o meio, onde ocorre a fecundação; 
 Anisogâmica: gâmetas morfologicamente diferentes, sendo o feminino maior, em que 
ambos são libertados param o meio, existindo fecundação externa; 
 Oogâmica: caso particular da anisogamia, ocorre quando o gâmeta feminino é tão 
grande que se torna imóvel, enquanto o masculino é pequeno e móvel. Neste caso a 
fecundação é interna, no interior do gametângio feminino. 
Uma planta designa-se monóica quando apresenta os dois sexos no mesmo corpo e dióica 
quando apresenta sexos separados. O monoicismo pode ser suficiente quando um indivíduo 
produz um zigoto por autofecundação, ou insuficiente, quando é necessária a fecundação 
10 
 
cruzada, seja por causas morfológicas ou fisiológicas (amadurecimento desencontrado dos 
gâmetas, por exemplo). 
8. Ciclo de vida dos organismos 
Ciclo de vida de um organismo é a sequência de acontecimentos da sua história reprodutiva 
desde a sua concepção até conseguir produzir a sua própria descendência. Os ciclos de vida de 
todos os organismos partilham algumas características: 
 A meiose, que permite a formação de células haplóides (n), contribuindo para a 
diversidade das espécies; 
 A fecundação, correspondente à fusão dos gâmetas, repõe a diploidia (2n) no ciclo 
celular e contribui igualmente para a diversidade das espécies; 
 As células sexuais, sempre haplóides (n) que podem ser gâmetas; 
 O zigoto ou ovo, célula diplóide que resulta da fecundação e que marca o início de um 
novo ciclo de um novo organismo com reprodução sexuada; 
 A alternância de fases nucleares, que podem ter durações variadas. Existe sempre uma 
fase haplóide e uma fase diplóide: a haplofase, tem início na meiose, com a formação 
das células sexuais haplóides (com n cromossomas) e termina mesmo antes da 
fecundação; a diplofase, inicia-se com a fecundação, responsável pela passagem da 
fase haplóide para a fase diplóide, formando células diplóides (com 2n cromossomas) 
e termina com a meiose. 
Análise comparativa das estruturas de alguns ciclos de vida em plantas 
Planta Bodelha Musgo Feto Açucena 
 
Zigoto (2n) Zigoto Zigoto ZigotoZigoto 
Esporófito (2n) Planta adulta 
 
Esporogónio Planta adulta Planta adulta 
 
Esporófilo (2n) - - 
 
Folha com soros 
 
Estame (m) 
Carpelo (f) 
11 
 
 
Esporângio (2n) - Cápsula Esporângio Antera (m) 
Óvulo (f) 
 
Célula-mãe dos 
esporos (2n) 
- 
 
Célula-mãe dos 
esporos 
 
Célula-mãe dos 
esporos 
 
Célula-mãe do 
grão de pólen 
(m) 
Célula-mãe do 
saco 
embrionário (f) 
 
Esporos (n) - Esporos Esporos 
 
Grão de pólen 
(m) 
Saco 
embrionário (f) 
 
Gametófito (n) - 
Planta adulta 
Protalo 
 
Tubo polínico 
(m) 
Saco 
embrionário 
germinado (f) 
 
Gametângio (n) 
 
Anterídeo (m) 
Oogónio (f) 
 
Anterídeo (m) 
Arquegónio (f) 
 
Anterídeo (m) 
Arquegónio (f) 
 
Núcleo 
germinativo (m) 
Sinergídeas (f) 
 
12 
 
Gâmetas (n) 
 
Anterozóide (m) 
Oosfera (f) 
 
Anterozóide (m) 
Oosfera (f) 
 
Anterozóide (m) 
Oosfera (f) 
 
Anterozóide (m) 
Oosfera (f) 
 
 
1. Ciclo de vida em organismo eucarionte 
De acordo com a nomenclatura proposta por Nils Svedelius,
[5][6]
 do ponto de vista da ploidia, 
ou seja, do número de complementos cromossómicos nas células, podem considerar-se três 
tipos de ciclos de vida nos organismos que se reproduzem sexuadamente:
[7]
 
 Ciclo de vida haplobionte, em que há apenas um tipo de organismo adulto; 
 Ciclo de vida haplobionte haplonte, se a forma adulta é haplóide; 
 Ciclo de vida haplobionte diplonte, se a forma adulta é diplóide; 
 Ciclo de vida diplobionte, em que há dois tipos de forma adulta, uma haplóide e outra 
diplóide. 
Existe alguma confusão na literatura entre as palavras "haplobionte" e "diplobionte", que são 
muitas vezes associadas respetivamente a indivíduos haploides e diploides. No entanto, a 
palavra haplobionte tem origem na língua grega e significa "seres simples", ou seja, que 
apresentam apenas um tipo de indivíduos, sejam haploides (ou haplontes) ou diploides 
(diplontes). A palavra "diplobionte" indica seres vivos com um ciclo duplo, ou seja, em que 
aparecem alternadamente indivíduos haploides e diploides. As palavras "haplodiplonte" e 
"haplodiplobionte" são ambíguas e devem, portanto, ser evitadas.
[6]
 Nos diversos ciclos de 
vida, a meiose ocorre num determinado momento. Por esse motivo a meiose tem diferentes 
denominações, dependendo dos ciclos de vida. Assim sendo, no ciclo de vida haplobionte-
haplonte a meiose é pós-zigótica ou inicial, no haplobionte-diplonte é pré-gamética ou final e 
no diplobionte é pré-espórica ou intermediária. 
1.1. Ciclo de vida haplobionte haplonte (H,h) 
Muitos protistas e fungos apresentam todas as células somáticas haploides. Nestas espécies, 
apenas o zigoto, formado pela fusão de gametas, é diploide; e normalmente sofre 
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Nils_Svedelius&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_vida#cite_note-5
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_vida#cite_note-5
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ploidia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_vida#cite_note-infoescola-7
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diplobionte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Seres_vivos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ambiguidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_vida#cite_note-Martho-6
https://pt.wikipedia.org/wiki/Meiose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zigoto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gameta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esporo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Protista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungo
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula_som%C3%A1tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zigoto
13 
 
imediatamente meiose para formar esporos (células haploides) que darão origem aos 
novos indivíduos por mitoses.
[7]
 
1.2. Ciclo de vida haplobionte diplonte (H,d) 
Nos animais e alguns protistas, todas as células somáticas são diploides. Os animais e 
algumas algas possuem, no entanto, uma linhagem de células germinativas, que vão dar 
origem às gametas por meiose. 
1.3. Ciclo de vida diplobionte (D,h+d) 
As plantas vasculares, os briófitos e algumas algas apresentam alternância de gerações entre 
indivíduos diploides, que produzem esporos haploides por meiose, o esporófito, e 
indivíduos haploides que produzem gametas por mitose, o gametófito.
[7]
 Nas plantas 
vasculares, apenas os pteridófitos apresentam indivíduos diploides e haploides separados, 
respetivamente o indivíduo adulto e o protalo. Nas espermatófitas, o gametófito feminino, 
representado pelo tecido nutritivo haploide (gimnospermas) ou pelo saco 
embrionário (angiospermas) e o gametófito masculino, representado pelo tubo 
polínico (gimnospermas e angiospermas), são "parasitas" do esporófito, enquanto que 
nos briófitos, o esporófito está representado pelo indivíduo formado pelo pé, pela seta e 
pela cápsula, onde existem esporângios que formam esporos haploides por meiose. O 
esporófito se desenvolve a partir do zigoto, nos tecidos do gametófito, que é a forma adulta.
[2]
 
2. Ciclo de vida em protozoários 
Em muitos protozoários, não se conhece a reprodução sexuada, uma dos modos já observada 
foi a fissão binária, em que apenas ocorre a mitose do núcleo; em muitos outros, no entanto, 
observam-se várias formas de reprodução sexuada, ocorrendo principalmente quando as 
condições ambientais são adversas.
[8]
 Podemos assim dizer que, nestes organismos a 
reprodução é uma alternância de gerações assexuadas e sexuadas. 
Para além da fissão binária, foram ainda observadas outras formas de reprodução assexuada, 
como o brotamento, em que uma célula continua as suas funções vitais, enquanto o núcleo se 
divide e migra para a membrana, onde se forma uma larva que posteriormente se liberta. 
Noutras espécies, como o Plasmodium (o organismo responsável pela malária), ocorrem 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Meiose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Indiv%C3%ADduo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mitose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_vida#cite_note-infoescola-7
https://pt.wikipedia.org/wiki/Animalia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Protista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diploide
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alga
https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_vascular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Briophyta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alga
https://pt.wikipedia.org/wiki/Altern%C3%A2ncia_de_gera%C3%A7%C3%B5es
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diploide
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esporo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Espor%C3%B3fito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Haploide
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gameta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gamet%C3%B3fito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_vida#cite_note-infoescola-7
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pteridophyta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Protalo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Espermat%C3%B3fita
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gimnospermas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Saco_embrion%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Saco_embrion%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Angiospermas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tubo_pol%C3%ADnico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tubo_pol%C3%ADnico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Briophyta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Seta
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1psula
https://pt.wikipedia.org/wiki/Espor%C3%A2ngios
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zigoto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_vida#cite_note-simbiotica.org-2
https://pt.wikipedia.org/wiki/Protozo%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reprodu%C3%A7%C3%A3o_sexuada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fiss%C3%A3o_bin%C3%A1ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mitose
https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_celular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ambiente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_vida#cite_note-8
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brotamento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Membrana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Larva
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plasmodium
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mal%C3%A1ria14 
 
múltiplas mitoses na mesma célula, dando origem a uma multidão de esquizontes, num 
processo conhecido como esquizogonia. 
No que respeita a reprodução sexuada, forma igualmente observadas várias modalidades, em 
que existe união de duas células. Em alguns casos, como na paramécia e outros ciliados, 
o micronúcleo sofre meiose e núcleos-filhos são trocados, para depois se juntarem dentro de 
cada uma das células; pode considerar-se este processo como um tipo de conjugação, em que 
as células parentais mantêm a sua individualidade. Noutros casos, as células sofrem 
uma singamia completa, dando origem a uma célula zigótica; nalgumas espécies não existe 
diferenciação, mas noutras observa-se anisogamia, com a formação de células (ou "sexos") 
diferentes. 
3. Ciclos de vidas das algas 
O estudo de qualquer assunto relativo ao tema “algas”, por si só, já é de grande complexidade, 
devido à enorme diversidade e à falta de origem monofilética nesse grupo. Não menos árdua é 
a tarefa de compreender os ciclos de vida desses organismos, pois pode envolver não somente 
os três tipos básicos de ciclos de vida, como variações específicas dentro de cada um deles. 
3.1. Algas vermelhas 
Nas algas vermelhas, existe uma variação no ciclo de alternância de gerações, ocorrendo duas 
fases diploides e uma haploide, aumentando a complexidade do ciclo. Esse tipo de arranjo é 
chamado ciclo trifásico. 
3.2. Algas verdes 
Já no grupo das algas verdes, que abriga uma grande variedade de organismos, ocorrem todos 
os três tipos básicos de ciclos. 
Dentro desses grupos vegetais, também ocorrem variações entre os diferentes filos. Assim, 
para poder prosseguir de maneira mais fluente, selecionamos um exemplo bastante ilustrativo 
para cada grupo, e, não por acaso, são esses mesmos exemplos os mais frequentemente 
abordados no ensino médio. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esquizonte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esquizogonia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Param%C3%A9cia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciliados
https://pt.wikipedia.org/wiki/Micron%C3%BAcleo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Meiose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conjuga%C3%A7%C3%A3o_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Singamia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zigoto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anisogamia
15 
 
Note que, em todos eles, partiremos de um mesmo ciclo básico inicial, o diplobionte, e iremos 
apenas destacando as peculiaridades de cada grupo. Em seguida, apresentaremos o ciclo 
ilustrado. Tente sempre fazer a correspondência entre o esquema do ciclo básico e as figuras e 
eventuais fotografias. 
4. Ciclo de vida das briófitas 
O ciclo de vida das briófitas é marcado pela alternância de gerações, ou seja, existem formas 
haploides e diploides no ciclo 
As briófitas são planta, em sua maioria, terrestres e que vivem geralmente em ambientes 
úmidos e sombreados. Apresentam pequeno porte em virtude da ausência de vasos condutores 
e possuem como representantes mais conhecidos os musgos, pequenas plantinhas conhecidas 
desde a era paleozoica. 
O ciclo de vida das briófitas destaca-se pela alternância de gerações. Isso significa que, 
durante a vida da planta, ela passa por uma fase de vida diploide (2n) e uma fase haploide (n). 
Na fase diploide, observa-se um indivíduo produtor de esporos denominado de esporófito; na 
fase haploide, é possível verificar a presença de um organismo capaz de produzir gametas, ou 
seja, um gametófito. 
O ciclo de vida das briófitas inicia-se com os gametófitos femininos e masculinos (n), fase 
haploide e mais duradoura do ciclo. Nos gametófitos masculinos, percebe-se a presença de 
anterídios, estruturas que produzem as células reprodutoras masculinas biflageladas 
denominadas de anterozoides. Nos gametófitos femininos, as estruturas que produzem a 
célula reprodutora feminina, denominada de oosfera, são os arquegônios. 
Quando uma gota de água cai sobre os gametófitos, os anterozoides nadam até o arquegônio a 
fim de encontrar a oosfera para que ocorra a fecundação. A natação em direção ao arquegônio 
é possível porque essa estrutura feminina produz substâncias químicas que promovem 
atração. Assim que as células se encontram, ocorre a formação de um embrião diploide (2n), 
que dará origem a um esporófito adulto diploide (2n). 
O esporófito, fase transitória do ciclo, surge no gametófito e dele é dependente 
nutricionalmente. O esporófito é formado por uma haste e uma cápsula (esporângio). No 
interior dessa cápsula, existe um tecido esporógeno que sofre meiose e forma esporos 
haploides (n). 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/briofitas.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/botanica.htm
16 
 
Os esporos são liberados no ambiente e, caso caiam em um local propício, germinam. O 
esporo, ao germinar, dá origem a uma estrutura denominada de protonema (n), a qual se 
transforma em um gametófito, que, por sua vez, desenvolver-se-á e reiniciará o ciclo. 
Vale destacar que, em algumas briófitas, o gametófito é capaz de realizar reprodução 
assexuada, formando propágulos, gemas ou ainda outro ser por meio de fragmentos de talo. 
5. Ciclo de vida das pteridófitas 
O ciclo de vida das pteridófitas, assim como os ciclos dos demais grupos de planta, é marcado 
pela alternância de gerações, sendo possível observar uma geração gametofítica e uma 
geração esporofítica. Nesse ciclo, que depende da água para acontecer, verificamos como fase 
dominante a geração esporofítica, ou seja, a fase produtora de esporos. 
As pteridófitas são um grupo de plantas que se destaca por ser o primeiro grupo vegetal que 
apresentou vasos condutores de seiva (xilema e floema). Esse grupo de plantas é 
frequentemente chamados de plantas vasculares sem sementes. Como exemplo de 
pteridófitas, podemos citar samambaias, avencas e cavalinhas. 
As pteridófitas são plantas vasculares sem sementes que se reproduzem de forma assexuada e 
sexuada. Quando observamos a reprodução sexuada, vemos um ciclo com alternância de 
gerações. Observe a seguir as principais etapas do ciclo de vida de uma samambaia, um 
exemplo típico de pteridófita: 
 A samambaia (fase esporofítica) apresenta folhas que contêm soros, pequenos pontos 
marrons nos quais são produzidos esporos. 
 Os esporos caem no ambiente e germinam. 
 Os esporos dão origem ao gametófito, conhecido como prótalo. 
 O prótalo é um gametófito, geralmente, bissexuado que possui arquegônios e 
anterídios, nos quais serão produzidos, respectivamente, a oosfera (gameta feminino) e 
os anterozoides (gametas masculinos). 
 Na presença de água, os anterozoides nadam até o arquegônio, onde está a oosfera. 
 Nas samambaias que produzem gametófitos bissexuados, observa-se a maturação dos 
anterídios e dos arquegônios em momentos diferentes. Sendo assim, os anterozoides 
fecundarão a oosfera de outro gametófito. 
 Após a fecundação, forma-se o zigoto. 
https://escolakids.uol.com.br/pteridofitas.htm
17 
 
 O zigoto divide-se e forma o esporófito. 
 O esporófito fixa-se no solo, e o gametófito é desintegrado. 
6. Ciclo de vida das pteridófitas 
As pteridófitas podem reproduzir-se de maneira assexuada e sexuada. Na forma assexuada, 
podemos observar a reprodução por meio de brotamento, no qual um broto dará origem a um 
novo indivíduo. Na forma sexuada, observamos um ciclo com alternância de gerações, ou 
seja, um ciclo que apresenta uma fase de gametófito (que produz gametas) e uma fase de 
esporófito (que produz esporos). 
Quando falamos em pteridófitas, o ciclo mais comumente utilizado para explicar o processo é 
o ciclo das samambaias. Essas plantas, quando adultas (fase de esporófito), apresentam folhas 
que contêm soros, que são agrupamentos de esporângios (onde são produzidos esporos). 
Os esporângios liberarão os esporos, que cairão no solo e germinarão. A maioria das 
samambaias produz um gametófito bissexual, ou seja, capaz de produzir anterozoides 
(gametas masculinos) e oosfera(gameta feminino). Os anterozoides serão produzidos nos 
anterídios, enquanto a oosfera será produzida no arquegônio. 
Nos gametófitos bissexuais, observamos que os anterídeos e os arquegônios amadurecem em 
tempos distintos e, portanto, o anterozoide de um gametófito não pode fecundar a própria 
oosfera. Nesses casos, os anterozoides produzidos em um gametófito irão fecundar a oosfera 
de algum gametófito próximo a ele. 
Após a fecundação, temos a formação de um zigoto. Esse zigoto irá dividir-se e formar um 
embrião jovem, diferenciando-se até um esporófito adulto. A partir do momento em que 
ocorrer o enraizamento do esporófito no solo, o gametófito irá desintegrar-se. O esporófito 
adulto será responsável por produzir novos esporos, que irão reiniciar o ciclo. 
6.1. Gametófito 
O gametófito é a fase de vida da planta na qual se observa a formação dos gametas masculino 
(anterozoide) e feminino (oosfera). É a fase haploide desse ciclo e é chamada de prótalo em 
alguns grupos, como as samambaias. Essa estrutura é talosa e, geralmente, tem o formato que 
lembra um coração (cordiforme). O gametófito desenvolve-se após a germinação do esporo. 
18 
 
Nele estão contidos anterídios e arquegônios, nos quais serão produzidos os anterozoides e a 
oosfera, respectivamente. 
6.2. Características das pteridófitas 
As pteridófitas apresentam como representantes mais conhecidos as samambaias. Entre suas 
principais características, podemos citar: 
 Presença de vasos condutores de seiva (xilema e floema); 
 Presença de raízes, caule e folhas; 
 Ausência de semente, flor e fruto; 
 Fase esporofítica (produtora de esporos) dominante; 
 Esporângios (estruturas onde são produzidos esporos) reunidos em soros. 
6.2.1. Habitat 
As pteridófitas são encontradas em diferentes ambientes, que variam desde terrestres até 
aquáticos flutuantes ou submersos. Entretanto, a maioria das espécies desse grupo de plantas é 
encontrada no interior de matas, em locais com pouca exposição à luminosidade. 
6.2.2. Classificação 
Geralmente, denominam-se pteridófitas todas as plantas vasculares sem sementes. De acordo 
com os pesquisadores ray evert e susan eichhorn, os filos das plantas vasculares sem semente 
são lycopodiophyta e monilophyta, incluindo samambaias e equisetum. Ainda de acordo com 
esses estudiosos, o termo “samambaia” é utilizado para identificar ophioglossales, 
marattiopsida e polypodiopsida. 
7. Ciclo de vida de uma gimnospérmica 
As gimnospermas são plantas terrestres que possuem sementes, mas não produzem frutos. 
O nome do grupo deriva das palavras gregas gymmos "nu" e sperma "semente", ou seja, 
significa semente nua. Isso porque, as sementes das gimnospermas não encontram-se no 
interior dos frutos, ficando expostas ou nuas. 
São exemplos de gimnospermas as araucárias, cedros, cicas, ciprestes, pinheiros e sequóias. 
19 
 
Em geral, essas plantas adaptam-se melhor em climas mais frios e temperados. Acredita-se 
que existam cerca de 750 espécies de gimnospermas. 
7.1. Características 
As plantas gimnospermas possuem raiz, caule, folhas e sementes. Não existem flores e frutos. 
Apresentam, ainda, vasos condutores, xilema e floema. 
O desenvolvimento das sementes e do grão de pólen foi uma grande conquista evolutiva das 
gimnospermas. Esse fato fez com que as plantas dominassem definitivamente o ambiente 
terrestre, pois ficaram independentes da água para a fecundação. 
Atualmente, esse grupo de plantas pode ser encontrado em vários tipos de ambientes. Um 
exemplo é o pinheiro-do-paraná ou araucária, que pode ser encontrado na mata das araucárias, 
no sul do brasil. 
7.1.1. Estrutura reprodutiva 
A estrutura reprodutiva das gimnospermas é o estróbilo, também conhecido como cone, daí a 
denominação conífera para as gimnospermas. 
7.2. Ciclo de vida 
Para compreender o ciclo de vida das gimnospermas, vamos considerar o exemplo de um 
pinheiro, um representante típico desse grupo. 
No momento da reprodução, as folhas modificam-se e originam os estróbilos masculinos 
(microstróbilos) e estróbilos femininos (megastróbilo). Lembre-se que algumas espécies 
podem ter estróbilos masculinos ou femininos, são dióicas. 
Nos megastróbilos são produzidos, por meiose, os megásporos. Eles ficam retidos nos 
megasporângios, onde desenvolvem-se no interior do óvulo e originam o gametófito 
feminino. A partir do gametófito feminino surgem dois ou mais arquegônios, em cada um 
diferencia-se uma oosfera, o gameta feminino. 
https://www.todamateria.com.br/mata-das-araucarias/
20 
 
Nos microstróbilos, os microsporângios produzem, por meiose, os micrósporos. Desses 
micrósporos surgem os grãos-de-pólen, também chamados de gametófitos masculinos. Eles 
ficam armazenados no microstróbilo até serem liberados no ar. 
Nesse momento, ocorre a polinização realizada pelo vento (anemofílica). Os grãos-de-pólen 
viajam pelo ar até encontrar a abertura do óvulo. Quando isso ocorre, eles germinam e 
originam o tubo polínico que cresce e alcança o arquegônio. Isso possibilita que os gametas 
masculinas fecundem a oosfera e originem o zigoto. 
Desse processo surge o pinhão, que é a semente, ou seja, o portador do óvulo fecundado, o 
embrião. 
As plantas gimnospérmicas pertencem ao grupo das plantas vasculares com sementes, sem 
flor (as angiospérmicas são plantas vasculares com semente e com flôr). Deste grupo 
destacam-se as coníferas, bastante conhecidas entre nós dado que o pinheiro pertence a este 
grupo. O nome conífero vem das suas estruturas reprodutoras especializadas, os cones, 
constituídos por várias escamas férteis à volta de um eixo, aos quais comummente se chamam 
pinhas. 
No pinheiro existem dois tipos de cones: 
 Cones masculinos ou cones polínicos, na base dos ramos novos 
 Cones femininos ou cones ovulíferos, na extremidade dos ramos superiores 
7.3. Cones masculinos 
Cada uma das escamas possui na página inferior dois sacos polínicos, microsporângios; onde 
se formam células mães de grãos de pólen, células mães de micrósporos, e cada uma delas por 
meiose origina quatro grãos de pólen, micrósporos. Estes sofrem duas mitoses para dar 
origem aos grãos de pólen. Das quatro células, duas destas células degeneram (células 
protálicas), das outras duas, a mais pequena é a célula generativa e a maior é a célula 
vegetativa. Estas duas células estão rodeadas por uma parede complexa que forma projecções 
em forma de asas (ver vídeos). Quando estão maduros os grãos de pólen são libertados do 
saco polínico. As gimnospérmicas têm geralmente uma polinização anemófila (feita pelo 
vento). 
7.4. Cones femininos 
https://www.todamateria.com.br/polinizacao/
21 
 
Os cones femininos têm escamas ovulíferas colocadas à volta de um eixo, e cada escama tem 
na sua parte superior dois óvulos. Os óvulos possuem um megasporângio, o nucelo, envolto 
num tegumento. O tegumento limita uma cavidade, a câmara polínica, que comunica com o 
exterior através do micrópilo. 
Em cada óvulo no interior do nucelo há uma célula, denominada célula mãe do saco 
embrionário que por meiose origina quatro células haplóides. Três destas degeneram, e a 
quarta denominada célula do saco embrionário, origina por mitoses sucessivas o gametófito 
feminino (megagametófito). O megametófito é constituído por endosperma (tecido de 
reserva) e por um ou vários arquegónios rudimentares, cada um com uma oosfera, o gâmeta 
feminino. 
Os grãos de pólen caem sobre os óvulos ficando alojados na câmara polínica. Durante a 
continuação da sua germinação formam um tubo polínico (gametófito masculino); a célula 
generativa origina dois gâmetas, denominadas células espermáticas. Uma destas degenera e a 
outra, a célula espermatogénica, viaja através do tubo polínico através dos arquegónios 
rudimentares e fecunda a oosfera. Ocorre, assim, uma fecundação independente da água, que 
confere uma vantagem adaptativa ao meio terrestre. 
O zigoto inicia o desenvolvimentoresultando num embrião que interrompe o 
desenvolvimento permanecendo em estado de latência. Isto constitui também uma vantagem 
adaptativa pois retarda a germinação até haver condições para o crescimento da nova planta. 
Ao conjunto formado pelo embrião, endosperma (tecido de reserva) e tegumentos denomina-
se semente. 
7.4.1. Características do ciclo de vida do pinheiro: 
 Meiose pré-espórica, com alternância de gerações, o organismo é haplodiplonte 
 Heterosporia, os esporos são diferentes, microsporos (grãos de pólen) e macrosporos 
(sacos embrionários) 
 A planta adulta é um esporófito 
 Geração gametófita muito reduzida, dependente da geração esporófita 
 Fecundação independente da água 
 Embrião em latência e o endosperma rodeados por um tegumento endurecido, 
constituem a semente 
22 
 
8. Angiospermas 
As angiospermas são plantas complexas que apresentam raiz, caule, folhas, flores, frutos e 
sementes. 
Elas representam o grupo mais diversificado de plantas, com mais de 250 mil espécies. As 
angiospermas ocorrem nos mais variados tipos de habitats, desde ambientes aquáticos até 
áridos. 
O termo angiosperma deriva do grego angeios, bolsa e sperma, semente. 
8.1. Características gerais 
As angiospermas caracterizam-se pela presença de flores e dos frutos que envolvem a 
semente. 
8.2. Estrutura 
As plantas angiospermas são as mais complexas da natureza. Por isso, elas apresentam 
diversas estruturas. 
8.3. Raiz, folhas e caule 
As angiospermas apresentam diversos tipos de raízes, como pivotantes, fasciculadas, 
tuberosas, tubulares, pneumatóforos e sugadoras. 
As folhas estão envolvidas com os processos de fotossíntese, respiração e transpiração. As 
plantas angiospermas apresentam folhas com diversos formatos e tamanhos. 
Os principais tipos de caules aéreos das angiospermas são: tronco lenhoso (árvores), haste 
(herbáceas), estipe (palmeiras), colmo (bambu) e suculento (cactos). 
8.4. Ciclo de vida de angiospermas 
As angiospérmicas pertencem ao grupo das plantas que produzem sementes, e cujos órgãos 
reprodutores são flores (espermatófitas). Diferem das gimnospérmicas (plantas que também 
produzem sementes) por possuírem flores, endosperma nas sementes e produzirem frutos com 
sementes. 
https://www.todamateria.com.br/tipos-de-raizes/
https://www.todamateria.com.br/tipos-de-caule/
23 
 
8.4.1. Órgãos masculinos 
Os órgãos masculinos da plantas são os estames, microsporófilo. Nas anteras jovens existem 
quatro saco polínicos, e no interior de cada um deles formam-se células mães de grãos de 
pólen (células diplóides 2n). Durante a maturação as células mães de pólen sofrem uma 
meiose e cada uma dá origem a quatro micrósporos (haplóides n), que sofrem uma mitose 
para dar origem aos grãos de pólen. O grão de pólen é o gametófito masculino das 
angiospérmicas. 
Os grãos de pólen possuem uma parede externa espessa e quimicamente resistente, a exina, e 
uma interna, a intina, mais fina e de origem celulósica, que envolvem a membrana 
citoplásmatica. O núcleo do grão de pólen divide-se por mitose originando duas células 
haplóides, uma maior, a célula vegetativa e uma menor, a célula generativa, que após 
citocinese se individualiza no interior da célula vegetativa e dependendo da espécie, a célula 
germinativa, antes ou depois da germinação do grão de pólen, divide-se novamente por mitose 
para dar origem a duas células espermáticas, os gâmetas masculinos das angiospérmicas. 
Durante a maturação da antera, as células da assentada nutritiva ou tapete (tecido de 
transferência de nutrientes), são parcialmente reabsorvidas e os dois sacos polínicos unem-se 
formando uma única cavidade com grãos de pólen. As células da assentada 
mecânica ou tecido conectivo desidratam e provocam a abertura da antera com libertação dos 
grãos de pólen, deiscência da antera. A polinização pode ser zoomófila ou anemófila. 
8.4.2. Órgãos femininos 
Os órgãos sexuais femininos de uma flor são os carpelos, na base dos quais existe o ovário 
com óvulos. Ao conjunto dos carpelos dá-se o nome de pistilo. Na maioria das espécies, o 
óvulo está protegido por dois tegumentos e possui uma pequena abertura, o micrópilo, onde o 
tubo polínico irá entrar. O nucelo (macroporângio) é a camada de células responsável pela 
nutrição do óvulo durante o seu crescimento. A célula mãe do saco embrionário (célula mãe 
do macrosporo) que se encontra no interior do nucelo, por meiose origina quatro células 
haplóides. Na maioria das espécies, três das células degeneram, e a que permanece, 
o macrósporo, sofre uma série de divisões mitóticas, que dão origem ao saco embrionário. Os 
núcleos do saco embrionário distribuem-se da seguinte forma: dois núcleos, núcleos polares, 
na região central que se unem formando um núcleo diploide, o mesocisto; três migram para o 
pólo junto ao micropilo, sendo o central a oosfera (gâmeta feminino) e os dos extremos 
24 
 
as sinergideas e os outros três, as antípodas migram para o pólo oposto. Após celularização, 
este conjunto de sete células resultantes da divisão do saco embrionário é o gametófito 
feminino e está incluso no óvulo, sendo totalmente dependente do esporófito. 
8.4.3. A polinização e fecundação 
Após a polinização os grãos de pólen que aderem ao estigma germinam formando um tubo 
polínico que cresce para dentro do estilete. Durante este período, em algumas espécies, a 
célula generativa do grão de pólen divide-se por mitose originando dois gâmetas masculinos, 
as células espermáticas e o núcleo vegetativo degenera. O tubo polínico é constituído por três 
células, a vegetativa e as duas células espermáticas. Em condições favoráveis, quando o saco 
embrionário germinado está desenvolvido e o tubo polínico atinge o micrópilo, ocorre um 
fenómeno de dupla fecundação: 
O tubo polínico rebenta, libertando as duas células espermáticas no interior do saco 
embrionário. Uma célula espermática fecunda a oosfera, originando o zigoto principal 
A outra célula espermática fecunda a célula central, originando um núcleo triplóide (3n) 
denominado a célula mãe do albúmen ou célula mãe do endosperma secundário. 
Após a fecundação, por mitoses sucessivas a células mãe do albúmen dá origem 
ao endosperma (ou albúmen secundário), um tecido de reserva. O zigoto divide-se e dá 
origem ao embrião, que interrompe o seu desenvolvimento e entra em estado de latência. Ao 
conjunto do embrião, endosperma secundário e tegumento dá-se o nome de semente, que 
germinará quando as condições forem favoráveis. 
Resumos das principais características do ciclo de vida de uma angiospérmica: 
 Meiose pré-espórica, com alternância de gerações, o organismo é haplodiplonte 
 A planta adulta é um esporófito 
 Heterosporia, os esporos são diferentes, microsporos que dão origem aos grãos de 
pólen e macrosporos dão origem aos sacos embrionários 
 Gametófito dependente do esporófito 
 Fecundação independente da água 
 Fecundação dupla: da oosfera e da célula central ou mesocisto 
25 
 
 Embrião em latência e o endosperma rodeados por um tegumento endurecido, 
constituem a semente 
 
Ciclo de vida de uma Angiospérmica. 
9. Tendências evolutivas 
Para começar, destacamos a principal semelhança entre os ciclos de vida de todas as plantas. 
Podemos dizer que todas as plantas vasculares são oogâmicas, ou seja, possuem grandes 
oosferas imóveis e pequenos anterozoides/gametas, que nadam ou são conduzidos até a 
oosfera. Além disso, elas possuem ciclos nos quais duas fases (indivíduos) são apresentadas, 
uma haploide, o gametófito, e outra diploide (2n) - o esporófito. A essa característica do ciclo 
26 
 
de vida, comum a todas as plantas, denominamos diplobionte: ocorrendo meiose na formação 
dos esporos. 
Do estudo dos ciclos de vida vegetais pode retirar-se uma série de tendências evolutivas, 
nomeadamente: 
 As plantas apresentam sempre alternância de fases nucleares no seu ciclode vida; 
 Apresentam um ciclo de vida haplodiplonte; 
 a meiose pré-espórica produz esporos que, ao germinar, originam um gametófito 
haplóide, o qual produz gâmetas por mitose; 
 Há uma nítida tendência para a dominância da diplofase, pois a recombinação 
genética que ocorre na sua formação permite uma maior capacidade de adaptação a 
condições em alteração; 
 As estruturas reprodutoras são cada vez mais especializadas; 
 Ao longo da evolução surgiram estruturas estéreis a proteger os gâmetas (anterídeos e 
arquegónios); 
 Há uma tendência para que a determinação sexual seja feita no esporófito - 
heterosporia; 
 Há uma tendência para a fecundação ser independente da água e existem reservas na 
semente, o que permite ao embrião permanecer num estado de latência durante 
períodos menos favoráveis e ajudando à dispersão. 
Tendências evolutivas nos ciclos de vida de plantas 
Planta Espirogira Bodelha Musgo Feto Açucena 
Dependência 
da água para 
fecundação 
Presente Presente Presente Presente Ausente 
 Morfologia 
dos gâmetas 
 
Isogamia Anisogamia Oogamia Oogamia Oogamia 
Morfologia 
dos esporos 
Ausentes Ausentes Isosporia Isosporia Heterosporia 
 
27 
 
 alternância 
de fases 
nucleares 
 
Presente Presente Presente Presente Presente 
 
Alternância 
de gerações 
 
Ausente Ausente Presente Presente Presente 
 
Geração 
dominante 
Gametófita Esporófita Gametófita Esporófita Esporófita 
 
Meiose Pós- zigótica Pré- 
gamética 
 
Pré-espórica Pré-espórica Pré-espórica 
 
Tipo de ciclo 
de vida 
 
Haplonte Diplonte Haplodiplonte Haplodiplonte Haplodiplonte 
Quanto às diferenças nos ciclos, em primeiro lugar destacamos a morfologia dos indivíduos. 
Em algumas algas, a geração produtora de esporos (esporófito) é externamente semelhante à 
geração produtora de gametas (gametófito); então dizemos que existe uma alternância de 
gerações isomórficas. Nas demais plantas, o esporófito e o gametófito são diferentes um do 
outro: tal ciclo exibe uma alternância de gerações heteromórficas. 
Além disso, ao longo da história evolutiva das plantas, observamos uma tendência nos 
esporófitos de se tornarem cada vez maiores e dominantes no ciclo (em relação aos 
gametófitos). Nas briófitas, o indivíduo dominante no ciclo é o gametófito: ele é independente 
do ponto de vista nutricional e é, geralmente, maior e mais complexo que o esporófito. Por 
outro lado, nas plantas vasculares, o esporófito é a forma de vida dominante: ele é ramificado 
e produz diversos esporângios (ao contrário do esporófito das briófitas), chegando ao ápice de 
o gametófito ser, inclusive, nutricionalmente dependente do esporófito. Entre as pteridófitas, 
podemos encontrar plantas homosporadas (que produzem um só tipo de esporo) como 
28 
 
o psilotum sp., o lycopodium sp. E as filicales; e plantas heterosporadas (que formam 
micrósporos e megásporos), tais como a selaginella sp. A partir das gimnospermas, todas as 
plantas são heterosporadas, produzindo micrósporos e megásporos. 
Na face abaxial das folhas das pteridófitas são formados os esporângios, que se reúnem em 
soros. Nos esporângios, as células-mãe sofrem meiose e produzem esporos haploides. Cada 
esporo origina, ao germinar no solo, um gametófito, que pode ser unissexuado (plantas 
heterosporadas) ou bissexuado (plantas homosporadas). À medida que ocorre a diferenciação 
dos gametângios, formam-se os anterídeos e os arquegônios, estruturas responsáveis pela 
produção dos gametas masculinos (anterozoides flagelados) e femininos (oosferas), 
respectivamente. O anterozoide utiliza um meio líquido para alcançar a oosfera; e, quando 
isso ocorre, há a fecundação e formação do novo esporófito. 
Uma inovação que é possível observar, a partir das gimnospermas, é a ausência de anterídeos. 
O microgametófito endospórico (desenvolve-se dentro das paredes do micrósporo) jovem é 
formado apenas por quatro células: duas células protálicas, uma geradora e uma célula do 
tubo. Seu transporte acontece, especialmente, pelo vento (anemofilia) até as proximidades de 
um megagametófito no interior do óvulo (processo denominado polinização). 
Após o surgimento da polinização, nas cicadófitas e ginkgo sp., o microgametófito passa a 
produzir um tubo polínico haustorial, o qual pode crescer por vários meses no tecido do 
nucelo. O tubo acaba por se romper nas vizinhanças do arquegônio, liberando os anterozoides 
multiflagelados em uma câmara cheia de líquidos - a câmara arquegonial. Os anterozoides 
nadam então até o arquegônio e fecundam a oosfera. Já nas coníferas e gnetófitas, os gametas 
masculinos são imóveis; os tubos polínicos transportam-nos diretamente às oosferas. 
Entretanto, o maior passo evolutivo nos grupos mais derivados foi as produções de sementes, 
que são óvulos (megasporângio + tegumento) fecundados a partir das gimnospermas. 
Vários elementos conduziram à evolução do óvulo, entre os quais podemos citar: 
 Formação de um tegumento que envolve completamente o megasporângio, exceto a 
micrópila; 
 Redução do número de células-mãe para uma por megasporângio; 
 Sobrevivência de apenas um dos quatro megásporos da tétrade; 
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 Retenção do megásporo dentro do megasporângio; 
 Formação de um megagametófito altamente reduzido no interior do megásporo 
(megagametófito endospórico); 
 Desenvolvimento do embrião no interior do megagametófito. 
Nas angiospermas, dizemos que a polinização é indireta, pois o grão de pólen é depositado no 
estigma, região especializada que se forma no topo dos carpelos. Além disso, o surgimento 
do carpelo (megasporófilo dobrado e fusionado) e das flores foi um grande avanço evolutivo 
com relação às gimnospermas e explica, em parte, a dominância das angiospermas na flora 
atual. O carpelo é formado por um ovário (porção basal dilatada que encerra os óvulos), 
estilete e estigma (região especializada para recepção do grão de pólen). Após a dupla 
fecundação, o ovário desenvolve-se no fruto, que auxilia na proteção e dispersão das 
sementes. 
Outro avanço evolutivo em relação às angiospermas é a ocorrência da dupla fecundação. 
Vamos relembrar esse importante processo: a fusão de um dos gametas masculinos com a 
oosfera resulta no zigoto (2n), e a fusão do outro gameta com os núcleos polares resulta no 
endosperma (3n). O endosperma é o tecido que nutre o embrião durante o seu 
desenvolvimento (ele só se desenvolve se o embrião se formar), e isso significa um melhor 
uso das reservas energéticas. Em todas as gimnospermas, ao contrário, o tecido nutritivo 
(megagametófito haploide) desenvolve-se antes da fecundação da oosfera e, caso a 
fecundação não aconteça, desperdiça-se energia (já que o embrião não será formado). Entre as 
gimnospermas, apenas o grupo gnetophyta tem dupla fecundação, mas é uma dupla 
fecundação diferente da das angiospermas: a fusão da segunda gameta gera um embrião extra 
(e não endosperma como nas angiospermas); nesse caso, também, os embriões são nutridos 
pelo megagametófito. 
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10. Conclusão 
O ciclo de vida de um organismo inicia-se com a formação do zigoto e termina com a 
formação dos gâmetas necessários à reprodução. Tendo em conta que a reprodução sexuada 
apresenta dois fenómenos complementares, a meiose e a fecundação, durante o ciclo de vida 
de um organismo existe uma alternância entre células haplóides e diplóides. Portanto, assim, 
tem-se: alternância de fases nucleares, alternância de gerações, geração gametófita. A meiose 
pode ocorrer em diferentes momentos do ciclo de vida de um organismo: meiose pós-zigótica, 
meiose pré-espórica e meiose pré-gamética. 
A extensão relativa de cada uma das gerações e fases nucleares está dependente da posição, 
no ciclo de vida, da meiose e fecundação. Por este motivo, consideram-se três tipos de ciclos 
de vida: ciclo haplonte, ciclo diplonte e ciclohaplodiplonte. Existem, igualmente, vários tipos 
de reprodução sexuada: isogâmica, anisogâmica e oogâmica. Uma planta designa-se monóica 
quando apresenta os dois sexos no mesmo corpo e dióica quando apresenta sexos separados. 
Do estudo dos ciclos de vida vegetais pode retirar-se uma série de tendências evolutivas.
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11. Bibliografia 
 CHOW, Fungyi et al. (Orgs.). Introdução à biologia das criptógamas. São Paulo: 
Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, Departamento de Botânica, 
2007. 
 OLIVEIRA, Eurico Cabral de. Introdução à biologia vegetal. 2ª ed. São Paulo: Editora 
da Universidade de São Paulo, 2003. 
 HAVEN, Peter H.; Evert, Ray F.; Eichhorn, Susan E. Biologia vegetal. 7ª ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 
 SADAVA, David et al. Vida: a ciência da biologia. 8ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 
v. 2: Evolução, diversidade e ecologia.

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