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ESTUDO DO MÚSCULO PIRIFORME E SUAS VARIAÇÕES ANATÔMICAS
Ana Moreira - SPGR004403; Felipe Toniato - SPGR004363; Jéssica Yuzawa - SPGR004338; Marcela Silva - SPGR004372; Verônica Escarpini - SPGR004264.
Alunos do primeiro semestre do curso de Biomedicina.
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
 O músculo piriforme possui um formato de pera e é o ponto de referência na região glútea devido a sua posição fundamental nas nádegas. (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014, p. 562) 
 Suas variações anatómicas podem estar relacionadas a complicações como a síndrome do músculo piriforme (FISHMAN, et al., 2002 apud POLESELLO et al., 2013) e a síndrome da dor glútea profunda (MARTIN, et al., 2011 apud POLESELLO et al., 2013). As variações entre o nervo isquiático e o músculo piriforme são os fatores que implicam diretamente na anatomia do músculo. 
 O músculo piriforme possui variações que resultam em complicações diversas como a dor glútea profunda e dores na região da coxa, que prejudicam a qualidade de vida de muitas pessoas. Sua compreensão é relevante para a resolução eficaz de futuros quadros clínicos.
METODOLOGIA
 Recursos literários foram consultados em fontes confiáveis, como as bases de dados SciELO e Lilacs, e sites de buscas mais amplos como o Google Acadêmico e a Bireme. Foram considerados os descritores músculo piriforme, síndrome do músculo piriforme, variação anatômica, variação do nervo isquiático e topografia do musculo piriforme, todos pelos operadores booleanos and e or. Critérios como idioma foram abordados priorizando o português, inglês e espanhol, e também datas entre 2002 e 2014. Foi necessário consultar livros específicos que representassem, descrevessem e explicassem o músculo localizado na região da coxa. 
DESENVOLVIMENTO
  
 
 
 As variações morfológicas do músculo piriforme e o nervo isquiático no neonato, indicam que podem permanecer durante a vida adulta, tendo em vista que os músculos e inervações uma vez formados apenas cresçam no tamanho. As fibras musculares se formam na fase do desenvolvimento fetal, juntamente com os fusos neuromusculares, que se pode observar desde a 12º semana, mioblastos e crista neural respectivamente. As variações do nervo isquiático se dão pela presença do mesmo no momento da união das fibras musculares com os tendões, devido á origem independente e união secundária. (MACHADO et al., 2003)
 O músculo piriforme ascende pelo osso sacro, onde se alonga até o trocanter maior do fêmur. O nervo isquiático passa sob o músculo, onde se estende até a panturrilha. Em sua condição normal, não há ramificação (I). Esse nervo é constituído por duas porções, que são os nervos fibular comum e tibial (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014). Na primeira variação anatômica o nervo isquiático emerge com dois ramos, o tibial e o fibular comum. O fibular separa o músculo piriforme em ventre superior e ventre inferior. O ramo tibial passa sob o ventre inferior. O ramo fibular comum passa entre as duas partes tendinosas (II). Em outro tipo de variação, o nervo isquiático tem origem nas raízes lombares e vai em direção ao membro inferior. A partir da porção inferior da coxa, se divide em fibular comum e tibial. O nervo fibular comum passa superior ao músculo e o nervo tibial inferiormente (III). Observa-se que na terceira variação o nervo isquiático emerge como apenas um ramo que é denominado ramo fibular comum. Esse ramo passa diretamente no meio do músculo piriforme, também dividindo‐o em dois ventres: superior e inferior (IV). Durante a quarta variação, o nervo isquiático apresenta dois ramos, o tibial e o fibular comum, assim como na primeira variação, separando o músculo piriforme em dois ventres. O ramo fibular passa sobre o ventre superior do músculo, já o ramo tibial passa entre os ventres superior e inferior (V). Na última variação, o músculo piriforme permanece na sua condição normal, porém o nervo isquiático passa diretamente sobre o músculo e não há ramificações (VI). 
 A constituição do músculo piriforme se dá por tecido muscular estriado esquelético, o qual é envolvido por tecido conjuntivo. O tecido muscular estriado esquelético é formado por feixes de células muito longas, cilíndricas, multinucleadas e que possuem as miofibrilas. Essas fibras se originam no embrião pela fusão de células alongadas, os mioblastos. Os mioblastos se desenvolvem a partir de células do mesenquima, que se origina do folheto embrionário intermediário, a mesoderme. O tecido conjuntivo mantém as fibras musculares unidas, a força de contração gerada por cada fibra atua sobre o musculo inteiro, vasos sanguíneos penetram o músculo, formando uma rede de capilares. Epimísio é o tecido conjuntivo que recobre todo o músculo. Dele parte o perimísio, finos septos de tecido ao interior do músculo que envolvem os feixes de fibras musculares. Cada fibra muscular é individualmente envolvida pelo endomísio. O tecido conjuntivo presente no músculo se origina do mesenquima. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013)
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ATSIS, Konstantinos et al. Anatomical variations between the sciatic nerve and the piriformis muscle: a contribution to surgical anatomy in piriformis syndrome. Surgical And Radiologic Anatomy, [s.i.], v. 36, p.273-280, abr. 2014. Disponível em: <http://link.springer.com/article/10.1007/s00276-013-1180-7#/page-1>. Acesso em: 09 nov. 15.
JUNQUEIRA, Luiz Carlos; CARNEIRO, José. Histologia Básica: Texto e Atlas. 12. ed. [s. I.]: Guanabara Koogan, 2013. 556 p.
MACHADO, F. A. et al. Variaciones anatómicas entre el nervio isquiatico y él músculo piriforme durante él período fetal humano. Int. J. Morphol, [s.l.], v. 21, n. 1, p.29-35, 2003. SciELO Comision Nacional de Investigacion Cientifica Y Tecnologica (CONICYT). DOI: 10.4067/s0717-95022003000100005. Disponível em: <http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0717-95022003000100005>. Acesso em: 21 set. 2015
MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. R. Anatomia Orientada Para a Clínica. 7. ed. [s.i.]: Guanabara Koogan, 2014. 1136 p.
POLESELLO, Giancarlo Cavalli et al. Anatomical variation of piriformis muscle as a cause of deep gluteal pain: diagnosis using MR neurography and treatment. Revista Brasileira de Ortopedia (English Edition), [s.l.], v. 48, n. 1, p.114-117, jan. 2013. Elsevier BV. DOI: 10.1016/j.rboe.2012.09.001. Disponível em: <http://api.elsevier.com/content/article/PII:S2255497113000220?httpAccept=text/xml>. Acesso em: 23 out. 2015.
SERRA, Fernando et al. Gluteoplasty: Anatomic Basis and Technique. Aesthetic Surgery Journal, [s.i.], v. 30, n. [], p.579-592, 23 jul. 2009. Disponível em: <http://asj.oxfordjournals.org/content/30/4/579.full>. Acesso em: 09 nov. 2015.
 Descrever e comparar as variações do músculo piriforme em relação a sua condição normal.
Fonte: (ATSIS et al., 2014)
 Com base nos estudos realizados, observa-se que o músculo piriforme é diretamente relacionado ao nervo isquiático, e suas variações anatômicas apresentam, na maioria dos casos, dor glútea profunda. Caso as variações sejam identificadas precocemente, as chances de encontrar um tratamento compatível com o quadro clínico do indivíduo são maiores. 
Imagem 1 – Variações Anatômicas
Imagem 2 – Histologia do Músculo
Fonte: (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013; SERRA et al., 2009)

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