Grátis
12 pág.

Direito Empresarial - Recuperação Judicial de Empresas
Denunciar
5 de 5 estrelas









16 avaliações
Enviado por
Micheli Holzschuh 
5 de 5 estrelas









16 avaliações
Enviado por
Micheli Holzschuh 
Pré-visualização | Página 1 de 3
Crise Causas externas → Economia Nacional/Política, evolução tecnológica, pandemia, etc. Causas internas → Falta de inovação, conflitos entre os sócios, falta de pessoal qualificado, falta de capital de giro próprio (capital de 3°), desorganização Lei de Regência: 11.101/05 Recuperação judicial: Ação judicial, de natureza constitutiva, que possibilita ao devedor uma negociação coletiva do seu passivo Recuperação extrajudicial: Acordo extrajudicial entabulado entre devedor e credor, levado ao Poder Judiciário para homologação Falência: É um processo de execução coletiva, no qual todo patrimônio de um empresário declarado falido → PF (empresário individual) e PJ (sociedades e EIRELI) → é arrecadado, visando o pagamento da universalidade de seus credores de forma completa o proporcional, cabível quando devedor é insolvente (que pode ser presumida1) Destinatários → Empresários → EIRELI empresária → Sociedade empresária 1 1) Confessada – autofalência; 2) Impontualidade injustificada – dívida superior a 40 salário, com título executivo protestado; 3) Execução frustrada. 4) Prática de atos de falência. → Empresário irregulares → Falência sim. RJ não porque a lei exige o exercício da empresa de forma regular a pelo menos 2 anos Excluídos → Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista (ex. CEF, CONAB) ↳ Interesse público = a complementar → Instituição financeira → Cabível apenas falência (Ex. Banco Santos) → Seguradoras → Cabível apenas falência → Operadoras de Plano de Saúde → Cabível apenas falência → Concessionárias de Energia Elétrica → Cabível apenas falência Princípios Preservação da empresa: protege o núcleo da atividade econômica e, portanto, da fonte produtora de serviços ou mercadorias, da sociedade empresária, refletindo diretamente em seu objeto social e direcionando-a, sempre, na busca do lucro Exemplos: → Suspensão das ações de execução por 180 dias da recuperação judicial → art. 6° e §4° → Impossibilidade de retirada de bens essenciais durante o período de suspensão ↳ art. 49, §3° → Alienação do estabelecimento sem sucessão, inclusive tributária e trabalhista ↳ art. 60, parágrafo único → Manutenção da administração na R.J → art. 64 → Na falência, possível devedor pleitear R.J → art. 95 → Possibilidade continuação da atividade mesmo após decretação da quebra → art. 99, IX Separação da sorte da “empresa” e do “empresário”: separa a personalidade da pessoa jurídica e da pessoa física, a fim de preservar e proteger o patrimônio da sociedade, objetivando tutelar a empresa e não o empresário, “sacrificando” o empresário se for preciso para preservar a empresa/atividade Retirada da empresa inviável do mercado: a recuperação somente se justifica na medida em que o resultado da equação de reorganização da empresa for positivo para todos os envolvidos, pois não é possível querer manter uma empresa a qualquer custo quando os agentes econômicos que exploram a atividade não estão aptos a criar riqueza e podem prejudicar a oferta de crédito, a segurança e a confiabilidade do tráfico mercantil. Portanto, devem ser retirados do mercado o mais rápido possível para o bem da economia como um todo, sempre com a finalidade de evitar a criação de maiores problemas. Manter empresas absolutamente inviáveis operando, ainda que sob a titularidade de novos sujeitos, significa transferir o risco do negócio aos credores Igualdade entre os credores (par conditio creditorum): dentro da mesma classe de credores, estes devem ser tratados com igualdade; já entre classes diferentes (trabalhistas e garantia real), evidentemente poderá haver tratamento desigual Interesse e participação ativa dos credores: os credores passam a ser protagonistas nos regimes previstos na lei de falência e recuperação judicial, tendo papel de destaque nas decisões de recuperação judicial e recuperação extrajudicial Redução do custo do crédito: direitos especiais para as instituições financeiras, reduzindo os riscos que elas normalmente enfrentariam em suas operações de crédito, razão pela qual poderiam elas cobrar juros proporcionalmente mais baixos do empresariado, segundo a lógica: quanto menor o risco, menores os juros, como: a) na A.G.C, formam uma classe própria (art. 41, II) b) na falência estão em 2° lugar na ordem de pagamento, acima do FISCO (art. 83, II) Proteção ao trabalhador: a) formam 1 classe na A.G.C (art. 41, I); b) em até 1 ano os créditos vencidos devem ser pagos e em 30 dias os vencidos até 3 meses antes do pedido (art. 54) b) na falência, possuem prioridade (art. 83, I) c) crédito dos trabalhadores pelo serviço prestado depois da decretação da falência da empresa (art. 84, I) Preservação e maximização dos ativos do falido: a) venda antecipada de bens perecíveis, deterioráveis (art. 114) b) preferência pela venda conjunta mais abrangente possível (art. 140) c) trespasse do estabelecimento na R.J, como meio de recuperação (art. 50, VII) Favorecimento de empresas de menor porte: foi projetado o plano especial de recuperação judicial previsto nos artigos 70 ao 72, que buscou realizar o princípio da simplificação da recuperação das empresas de menor porte, como ME e EPP, previstas constitucionalmente nos artigos 170, IX, e 179, da CF. Objetiva que tal espécie de empresa não seja onerada injustificadamente pelo trâmite da recuperação judicial tradicional, geralmente lenta e custosa, a fim de ter ampliado seu acesso à recuperação Principais vantagens → Suspensão das execuções e impossibilidade da retirada de bens essenciais à empresa → Possibilidade de propor qualquer meio de pagamento aos credores, como concessão de prazos, deságios, alienação de ativos, dação em pagamento, cisão, fusão etc. → Promove uma aproximação entre o devedor e os seus credores para tratativas de negociação, sem interferência do juiz, onde o plano de pagamento aprovado pela maioria se aplicará a todos credores sujeitos à recuperação judicial → Possibilidade de alienação de bens da empresa previstos no plano de recuperação judicial sem sucessão do adquirente nas obrigações do devedor, inclusive de natureza trabalhista e fiscal → Pode ser utilizada como meio de defesa em pedido de falência. O pedido de RJ suspenderá o pedido de falência Principais desvantagens → O processo é caro → custas judiciais, honorários de advogado, adm. Judicial (até 5% sobre o valor do passivo) e negociadores → Não são todos os créditos que se sujeitam à recuperação judicial → Dificuldade de conseguir crédito ou dinheiro novo (mercado associa à falência) → Suspensão das ações e execuções não se aplica aos coobrigados → Risco de ser decretada a falência Requisitos ↳ art. 48 → Ser empresário (em sentido latu) ↳ Caso ULBRA (associação transformada em S/A para requerer recuperação judicial) ↳ Caso Cândito Mendes (associação sem fins lucrativos que requereu recuperação judicial) → Exercício regular da atividade há mais de 2 anos (da mesma atividade) ↳ Certidão da Junta Comercial ↳ Produtores Rurais (art. 971): Natureza declaratória ou constitutiva TJSP (32 de 34 casos) STJ (T.P 1.922 e T.P 2.544) Dívidas anteriores ao registro (REsp 1800032) → Não ser falido e, se foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes → Não ter obtido outra Recuperação Judicial nos últimos 5 anos → Não ter cometido crime falimentar → Se aplica aos administradores e controladores ↳ não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nessa lei Legitimidade → O próprio empresário ↳ Ltda. – Concordância de mais da metade do capital social → art. 1.071, VIII, e art.