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TÉCNICA CIRURGICA - ligamento cruzado, higroma corpo estranho paralisia de laringe, peritonite, cauda equina

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TÉCNICA CIRURGICA
Ruptura do ligamento cruzado cranial
Podem ocorrer de forma traumática ou por degeneração da capsula articular, o diagnóstico é clinico através dos testes de movimento de gaveta ou compressão tibial os quais produzem um movimento cranial da tíbia em relação aos côndilos femorais, exames de imagem como a radiografia podem auxiliar o diagnóstico, mas apenas a ressonância ou a artroscopia podem confirmar o diagnóstico. Lesões meniscais associadas à ruptura do ligamento cruzado cranial são mais comuns no menisco medial e se tornam mais frequentes de acordo com o peso do animal e o tempo transcorrido do trauma sem o devido tratamento, pois a instabilidade da articulação propicia traumas meniscais. A ruptura do ligamento cruzado cranial ainda pode ocorrer de forma parcial dificilmente apresenta movimento de gaveta ou compressão tibial, sendo mais recomendado o uso da ressonância magnética associada ao histórico e sinais clínicos para auxiliar o diagnóstico. 
Cirurgias para a correção de anormalidades no joelho estão entre as mais estudadas em ortopedia veterinária, atualmente a técnica mais estudada para correção são as que envolvem osteologia como TTA, TPLO e CBLO.
Higroma
Higroma é qualquer edema do tecido crônico que contem fluido sérico que se desenvolve como resultado de trauma compressivo crônico e repetitivo aos tecidos lisos sobre uma proeminência óssea. Um hidrom ade cotovelo é uma cavidade repleta de liquido cercada de tecido conjuntivo fibroso denso, que corre sobre a face lateral do olecrano. Higromas de cotovelo geralmente ocorrem de ambos os lados como tumefações indolores. A maior parte ocorre em cães jovens (6-18m) de raças grandes. Mas pode ocorrer em idosos com doença neuromuscular. 
Tratamento: eliminar o traumatismo repetitivo, oferecer superfícies macias para o animal deitar e uso de atadura no local. Em casos mais graves, onde o tratamento clinico não surtiu efeito, a excisão cirúrgica faz-se necessária. A taxa de deiscência de ferida após o tratamento cirúrgico é alta, pois a ferida normalmente está em local de grande movimentação articular e apoio do peso do animal. 
Fragmentação do processo coronoide
A fragmentação do processo coronoide consiste da não união entre o processo coronoide e a ulna durante a fase mais jovem, raças de grande porte são mais acometidas, podendo ser uni ou bilateral.
Os animais acometidos apresentam claudicação entre 5-8m de idade, podendo não ser notada pelo dono do animal, acompanhado de dor. Em cães mais velhos observa-se derrame articular, crepitação da região e espessamento da articulação com produção de osteofitos. 
Radiografias podem auxiliar no diagnóstico, ao menos três projeções: lateral, flexionada lateral e craniocaudal, sendo a artrotomia ou a tomografia computadorizada exames que permitem fechar diagnóstico.
Tratamento: ressecção do fragmento.
Síndrome da cauda equina 
A cauda equina é a correia de raízes nervosas derivadas dos segmentos terminais da medula espinhal em sentido caudal a partir de L7 que passa através do canal vertebral na área lombossacra. 
A estenose lombossacra degenerativa (síndrome da cauda equina) constitui um transtorno compressivo da cauda equina causado pela protusão dos tecidos de sustentação para dentro do canal vertebral. As vertebras de transição são vertebras de malformação que possuem características de forma de dois tipos vertebrais diferentes como a L7 que as vezes apresenta aparência segmentar como do sacro ou sacro com características de vertebra lombar. 
A patogênese envolve a degeneração do disco do tipo II com protusão entre L7-S1 para dentro do canal vertebral e instabilidade articular acompanhado de espondilose. 
Pastores alemães assim como outros cães de raças grandes são mais acometidos, assim como animais de meia idade e idosos. 
Os sinais clínicos incluem dificuldade em se levantar, dor, claudicação, unhas arrastando no chão, atrofia muscular, incontinência urinaria ou fecal, hábitos de morder a cauda. 
Hipertrofia crônica de mucosa antral e estenose pilórica 
Estenose pilórica refere-se a hipertrofia muscular benigna do piloro. 
Hipertrofia da mucosa antral crônica refere-se a hipertrofia benigna da mucosa pilórica causando obstrução de fluxo.
A obstrução da saída gástrica pode ser causada por anomalias pilóricas, distúrbios da motilidade gástrica ou lesões extrínsecas comprimindo o fluxo do trato. 
A hipertrofia da mucosa ou do musculo pilórico pode ser isolada ou ocorrer junto com outras alterações.
A causa da estenose pilórica é desconhecida, mas a produção excessiva de gastrina foi sugerida.
Os sinais presentes são vômitos, gatos apresentam regurgitação, achados de exame físico não são específicos; perda de peso, anorexia, pneumonias aspirativas podem ocorrer secundário ao vomito crônico.
O diagnóstico é feito com auxilio da ultrassonografia, endoscopia e biópsia de todas as camadas.
A cirurgia é indicada para obstrução do piloro com objetivo de restabelecer o esvaziamento gástrico. Procedimentos para corrigir a obstrução de saída causada por hipertrofia da mucosa ou muscular incluem procedimentos de piloroplastia ou Billroth I. Piloromiotomia muitas vezes não é eficiente. Se houver hipertrofia mucosal significativa, uma piloroplastia de Heineke-Mikulicz é fácil de ser realizada. Quando houver hipertrofia da mucosa uma piloroplastia Y-U ou Billroth é preferível. 
Peritonite 
Peritonite primaria generaliza se refere a uma inflamação espontânea do peritônio sem nenhuma razão intra-abdominal obvia para vazamento de bactérias. A secundaria generalizada ocorre em conjunto com uma razão intra-abdominal para a inflamação/infecção e pode adicionalmente ser classificada como infecciosa ou não infecciosa. 
Sinais clínicos cursam com dor abdominal, vomito e diarreia podem também ser observados, com distensão abdominal presença de liquido abdominal. 
O diagnostico pode ser feito através de ultrassonografia, tomografia, e coleta de liquido abdominal para analise laboratorial somado ao hemograma que demonstra leucocitose notável, com desvio a esquerda; anemia, trombocitopenia, desidratação e alterações eletrolíticas. O lactato é um importante indicador de prognostico. 
Os objetivos do tratamento são eliminar a causa da contaminação e restaurar a normalidade do balanço hidroeletrolítico. Entre as cirurgias indicadas estão a abdominocentese, usada para retirar o liquido infeccioso e como auxilio no diagnostico; lavagem peritoneal, tem objetivo de retirar as partículas contaminantes, indicada para peritonites difusas e quando feita retirar o máximo de fluido possível, pois pode inibir a função dos neutrófilos. A solução salina fisiológica estéril aquecida é o fluido mais indicado. A drenagem aberta é mais indicada em casos mais graves onde o abdômen fica aberto e protegido com ataduras estéreis que são trocadas com regularidade. 
Corpos estranhos esofágicos 
Corpos estranhos esofágicos são objetos inanimados que podem obstruir o lúmen do esôfago em graus variados. Os mais comuns são ossos, embora uma infinidade de outros objetos são encontrados como agulhas, anzóis, brinquedos, bolas, cordas e outros.
Os principais sintomas são vômitos, regurgitação e diarreia.
No exame físico observa-se animais desidratados, dor no local da obstrução, se a obstrução dor cervical pode ser possível palpar a massa. 
Os exames de imagem como radiografias, ultrassom ou endoscopia são os mais indicados, sendo que com o endoscópio pode ser possível a remoção sem cirurgia. 
O tratamento cirúrgico vai depender do local onde o esôfago sofreu a obstrução pelo corpo estranho:
· Abordagem cervical: decúbito dorsal, incisar a pele da laringe para o manúbrio e dissecar os músculos esterno hioides para expor a traqueia. Afastar a traqueia para a direita para expor o esôfago. 
· Abordagem cranial torácico: a maioria das anomalias cranianas a base do coração pode ser acessada através de uma incisão no terceiro ou quarto espaço intercostal esquerdo. Caso prefira o acesso direito, incisar entre o quarto e quinto espaçointercostal.
· Abordagem caudal via toracotomia lateral: o esôfago pode ser acessado em ambos os lados, entre o oitavo e nono espaço intercostal, mas é preferível o nono espaço intercostal. 
Paralisia de laringe
Paralisia de laringe é a falha parcial ou completa da abdução das cartilagens aritenoides e das dobras vocais durante a inspiração.
Ocorre devido a disfunção dos músculos laríngeos, do nervo vago ou laríngeo recorrente ou anquilose cricoaritenoidea; causas neurológicas ou congênitas ou adquiridas são as mais comuns. 
Cães de raças grandes, machos, de meia idade a idosos são os mais acometidos, sendo incomum em felinos. 
Os sintomas cursam com estridor inspiratório progressivo, mudança de voz e intolerância ao exercício, tosse e dispneia. 
A laringoscopia é o exame de escolha que permite visualizar o funcionamento da laringe e fechar o diagnóstico. 
Tratamento: o tratamento cirúrgico é recomendado em casos mais graves onde já existe angustia respiratória, objetiva-se alargar a glote sem promover aspiração de alimentos ou saliva. Existem muitas técnicas cirúrgicas propostas, mas a lateralização aritenoide unilateral é considerada o tratamento cirúrgico de eleição em cães e gatos oferecendo bons resultados e com poucas complicações.

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