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24/08/2020 1 1 Prof. DSc. Valtency F. Guimarães Dinâmica II 2 Dinâmica II Bibliografia Recomendada Bibliografia Básica: HIBBELER, R.C. Dinâmica – Mecânica para Engenharia, 12º ed. Editora Pearson. 2010. BEER, F. P.; JOHNSTON JR., E. R. Mecânica Vetorial para Engenheiros: Dinâmica, 7 ed., Mc Graw Hill, 2006. MERIAM, J. L. Dinâmica. 2ª Edição. Traduzido por Frederico Felgueiras Gonçalves e José Rodrigues de Carvalho. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1989. Bibliografia Complementar: SHAMES, I. H. Dinâmica. Mecânica para Engenharia. 4 ed. Prentice Hall, 2003. GIACAGLIA, G. E. O. Mecânica Geral. Campus, 1982. KRAIGE, G.; MERIAM, J. L. Mecânica - Dinâmica. 5ª Edição. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2003. 496p. NORTON, Robert L. Projeto de Máquinas – Uma abordagem integrada. Traduzido por João Batista de Aguiar et al. 2ª Edição. Porto Alegre: Bookman, 2004. 887p. ARFKEN, George B. Física Matemática: Métodos Matemáticos para Engenharia e Física. Traduzido por Arlete Simille Marques. 1ª Edição. Rio de Janeiro: Campus, 2007. 900p. Prof. DSc. Valtency F. Guimarães 24/08/2020 2 3 Cinemática plana de corpos rígidos 1. Introdução 2. Corpos Rígidos 2.1 - Movimento de translação 2.2 - Movimento de rotação i - breve revisão - Rotações e Velocidade Angular i i - Aceleração Angular i i i - Rotação com Aceleração Angular Constante iv - Relação entre Velocidade e Aceleração, Lineares e Angulares 3. Atividades Introdutórias Dinâmica II Introdução – Dinâmica II 4 1 - Introdução O fenômeno mais óbvio e fundamental que observamos à nossa volta é o movimento. Praticamente todos os processos imagináveis têm como origem o movimento dos corpos. A Terra e os outros planetas movem-se em torno do Sol que, por sua vez, faz girar o sistema solar em torno do centro da galáxia; os elétrons, em movimento no interior dos átomos, dão lugar à absorção e à emissão da luz e, no interior de um metal, produzem corrente elétrica; as moléculas de um gás, em movimento aleatório, dão origem à pressão e aos processos de difusão. Nossa experiência diária nos mostra que o movimento de um corpo é influenciado pelos corpos que o rodeiam, isto é, pelas interações com eles. Num tubo de televisão ou no monitor de um sistema de computação, por exemplo, o feixe de elétrons deve mover-se de forma a produzir uma imagem na tela. Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 3 5 Introdução Um dos objetivos dos físicos e dos engenheiros é descobrir a relação existente entre os movimentos e as interações que os produzem e dispor as coisas de modo a produzir movimentos úteis. Para análise e previsão do movimento de partículas (ou de corpos rígidos) resultante de diferentes tipos de interações, alguns conceitos primordiais como momento, força, e energia foram criados. Estes conceitos são tão importantes que raramente podemos analisar um processo sem expressá- lo em termos destes conceitos. Introdução – Dinâmica II 6 A mecânica de Newton é uma mecânica voltada para o estudo do movimento de um objeto puntiforme. Diz-se que a mecânica de Newton é a mecânica do ponto. Mas os casos de maior interesse são aqueles em que estudamos não uma partícula (um ponto), mas um sistema de partículas, ou seja, estudamos um conjunto muito grande de objetos puntiformes. As leis de Newton valem para cada um deles. Um corpo rígido é um sistema constituído de partículas (átomos, por exemplo) agregadas de um modo tal que a distância entre as várias partes que constituem o corpo (ou o sistema) não varia com o tempo (não mudam), ou seja, as distâncias entre as várias partes que compõem o corpo são rigorosamente constantes. Introdução – Dinâmica II 2 - Corpos Rígidos 24/08/2020 4 Pode-se dizer então que um Corpo Rígido pode ser definido como um corpo em que todos os pontos materiais conservam as distâncias entre si, mesmo sob aplicação de um esforço externo. Um corpo rígido executa basicamente dois tipos de movimento: movimento de translação, quando todos os pontos percorrem trajetórias paralelas, como em (A), e movimento de rotação, quando os pontos percorrem trajetórias circulares, como em (B). Porém o caso mais genérico do movimento de um corpo rígido é dado no exemplo (C); uma combinação de translação e rotação. Introdução – Dinâmica II 8 O movimento de translação pode ser analisado observando-se exclusivamente o centro de massa do corpo. O corpo executa movimento de translação se o seu centro de massa se desloca à medida que o tempo passa. Assim, o movimento de translação do corpo rígido está associado ao movimento do centro de massa. O que provoca o movimento de translação são as forças externas agindo sobre o corpo rígido. O corpo rígido se desloca de tal forma que tudo se passa como se todas as forças estivessem atuando sobre o centro de massa. “Nos movimentos de translação valem as leis de Newton e a conservação da quantidade de movimento”. 2.1 - Movimento de translação Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 5 9 Seja um corpo rígido em translação e sejam e duas partículas quaisquer no interior do corpo. Num sistema de referência fixo, define-se: Derivando a expressão em relação ao termo, obtém-se: Ou seja, quando um corpo rígido se encontra em translação, todos os pontos do corpo têm, em qualquer instante, a mesma velocidade e a mesma aceleração. Introdução – Dinâmica II Para um corpo que se move uma distância Δs durante um intervalo de tempo Δt sua velocidade média é definida como: A velocidade instantânea v é definida como o limite para o qual tende esta razão quando Δt se aproxima de zero: Se a velocidade do corpo variar Δv num intervalo de tempo Δt, ele tem uma aceleração média definida como: e a aceleração instantânea a é definida como limite desta razão quando Δt tende a zero: t s vm dt ds t s v t 0 lim t v tt vv am 12 12 dt dv t v a t 0 lim Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 6 11 O outro movimento do corpo rígido é o movimento de rotação, que se observa sempre que um torque é a ele aplicado, como num pião. Por exemplo, em espetáculos de patinação artística no gelo, frequentemente se vê uma patinadora girar em torno de si mesma com os braços abertos na horizontal. 2.2 - Movimento de rotação Ao encolher os braços sobre o peito, nota-se que a sua velocidade angular aumenta consideravelmente. A distribuição de massa do corpo no espaço afeta a rotação. Introdução – Dinâmica II O uso de coordenadas x, y e z é uma forma sofisticada de descrever as rotações, e sendo elas confinadas em um único plano facilmente descritas por um ângulo. x̂ ŷ ˆˆ z n )(t r )( tt )(t ω r Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 7 Quando um corpo rígido está animado de rotação em torno de um eixo fixo, cada ponto do corpo descreve um círculo cujo centro está sobre o eixo de rotação e cujo plano é perpendicular ao eixo. Existem algumas relações simples e úteis entre a velocidade e a aceleração angulares do corpo em rotação e a velocidade e aceleração lineares dos seus pontos. Introdução – Dinâmica II 2.3 – Rotação em torno de um eixo fixo Seja “r” a distância do eixo ao um ponto P do corpo que se move sobre uma circunferência de raio “r”. Quando o raio faz um ângulo “θ” com o eixo de referência, a distância “s” percorrida pelo ponto P é: Derivando ambos os membros desta equação em relação a t e tendo em vista que r é constante, vem: Diferenciando a equação da velocidade em função do tempo temos: , onde r é constante. A componente radial v2/r da aceleração do ponto P também pode ser expressa em termos da velocidade angular: rs rdds dt d r dt ds rv r dt d r dt dv a Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 8 Resumindo: Introdução – Dinâmica II Vetorialmente: O conjunto de equações vistas tem uma forma similar ao encontrado no caso do movimento retilíneo se substituirmos θ, ω e α por x, v e a. No caso em que é constante (rotação uniformemente acelerada) obtemos por integração direta que: As grandezas θ, ω e α que caracterizam o movimento rotacional também podem ser representadas vetorialmente. A direção neste caso é a do eixo em torno do qual o corpo roda. O sentido é definido pela regra da mão direita, colocando-se os dedos na direção em que θ aumenta. O polegar coincide então com o eixo de rotação e indica o sentido do vetor θ. Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 9 Também, as equações são válidas mesmo quando ω e v não são constantes. As equações radial e tangencial da aceleração de um ponto arbitrário de um corpo em movimento de rotação são representadas na figura a seguir. x̂ ŷ ẑ r s ω v ta Na α Introdução – Dinâmica II Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 10 19 No movimento de translação, quando a mesma força é aplicada a objetos de massas diferentes, observam-se acelerações diferentes. Já no movimento de rotação, quando o mesmo torque é aplicado em objetos idênticos com distribuição diferente de massa, observam-se acelerações angulares diferentes. Então, não é a massa que afeta a velocidade angular da patinadora mas a distribuição da massa do seu corpo. Essa distribuição pode ser expressa através de uma quantidade denominada momento de inércia. Comentário: Introdução – Dinâmica II 20 O disco está girando inicialmente com velocidade angular ω0 = 8 rad/s. Considerando uma aceleração angular constante αc = 6 rad/s 2, determine os módulos da velocidade e dos componentes n e t da aceleração do ponto A, no instante t = 3 s. Exemplo 1 Introdução – Dinâmica II CINEMÁTICA PLANA DE CORPOS RÍGIDOS - Introdução 24/08/2020 11 169 Resolução: Introdução – Dinâmica II 22 A carga B está conectada a uma polia dupla por um dos dois cabos inextensíveis mostrados na figura. O movimento da polia é controlado pelo cabo C, que tem uma aceleração constante de 225 mm/s2 e uma velocidade inicial de 300 mm/s, ambas orientadas para a direita. Determine (a) o número de revoluções executadas pela polia em 2 s, (b) a velocidade da carga B após 2 s, e (c) a aceleração do ponto D sobre o aro da polia interna em t = 0. Exemplo 2 Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 12 169 Resolução: a) Introdução – Dinâmica II 169 b) c) Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 13 25 A velocidade angular do tambor aumenta uniformemente de 6 rad/s, quando t = 0, para 12 rad/s, quando t = 5 s. Determine os módulos da velocidade e da aceleração dos pontos A e B na correia, quando t = 1s. Nesse instante, os pontos situam-se como indicado na figura. Exemplo 3 Introdução – Dinâmica II 169 Resolução: Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 14 27 A roda A, de raio rA = 10 cm, é acoplada por uma correia B à roda C, de raio rC = 25 cm, como mostrado na figura. A roda A desenvolve, a partir do repouso, uma velocidade angular à taxa uniforme de π/2 rad/s. Determine o tempo para a roda C atingir a velocidade angular de 100 rpm, supondo que a correia não deslize. Exemplo 4 Introdução – Dinâmica II 169 Resolução: Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 15 29 O braço AB gira com velocidade angular de 42 rpm no sentido horário. Determine a necessária velocidade angular da roda A para no instante em que a velocidade angular da roda B é de 20 rpm. Considere rA = 60 mm e rB = 90 mm. Exemplo 5 Introdução – Dinâmica II 169 Resolução: Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 16 31 Quando um motor elétrico é ligado, ele alcança sua velocidade nominal de 3.300 rpm em 6 s, e quando é desligado, o motor livre atinge o repouso em 40 s. Admitindo um movimento uniformemente acelerado, determine o número de revoluções que o motor executa para alcançar sua velocidade nominal. Exemplo 6 Introdução – Dinâmica II 169 Resolução: Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 17 33 A lixadeira mostrada na figura está inicialmente em repouso. Se o tambor de acionamento B tem uma aceleração angular constante de 120 rad/s2 no sentido anti-horário, determine a intensidade da aceleração da correia no ponto C quando (a) t = 0,5 s e (b) t = 2 s. Exemplo 7 Introdução – Dinâmica II 169 Resolução: Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 18 35 A barra em ângulo reto gira no sentido horário com uma velocidade angular que está diminuindo na taxa de 4 rad/s2. Escreva as expressões vetoriais para a velocidade e a aceleração do ponto A quando ω = 2 rad/s. Exemplo 8 Introdução – Dinâmica II 169 Resolução: Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 19 37 Questão 1. Um corpo rígido pode girar livremente em torno de um eixo fixo. É possível que a aceleração angular deste corpo seja diferente de zero, mesmo que a sua velocidade angular seja nula (talvez, instantaneamente)? Qual o equivalente linear desta situação? Ilustre ambas as situações com exemplos. Questão 2. Imagine uma roda girando sobre o seu eixo e considere um ponto em sua borda. O ponto tem aceleração radial quando a roda gira com velocidade angular constante? Tem aceleração tangencial? Questão 3. Qual a relação entre as velocidades angulares de um par de engrenagens acopladas, de raios diferentes? Atividades Introdução – Dinâmica II CINEMÁTICA PLANA DE CORPOS RÍGIDOS - INTRODUÇÃO Questão 4. Coloque V ou F para as afirmações a seguir a respeito dos corpos rígidos: a. ( ) Do ponto de vista cinemático, um Corpo Rígido (C.R.) pode ser definido como um corpo material que guarda a propriedade de invariância de distância relativa entre quaisquer pontos que o constituam. b. ( ) Um sólido admitido indeformável concretiza o conceito de um C.R.. c. ( ) A componente do vetor velocidade de qualquer ponto de um mesmo corpo rígido, na direção de seu vetor de rotação, independe do ponto considerado. d. ( ) Um C.R. está realizando um movimento de translação quando todos os seus pontos possuem mesma velocidade escalar. e. ( ) Um C.R. está realizando um movimento de rotação quando todos os seus pontos possuem mesma velocidade angular. Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 20 Questão 5. (ENADE-adaptada) No mecanismo ilustrado, uma placa metálica gira em torno de um ponto fixo O devido à aplicação de uma força F constante, que provoca o aparecimento de um torque, isto é, faz a placa metálica girar em torno do ponto fixo O. Com relação ao mecanismo apresentado, julgue os itens seguintes: I - Quanto maior for o valor da velocidade angular ω da placa metálica, maior será a velocidade linear vA de sua extremidade. II - Quanto menor for o valor da distância entre o ponto A e o ponto fixo O, maior será a velocidade linear vA da extremidade da placa. III - O módulo da velocidade relativa do ponto A em relação ao ponto O pode ser calculado pela expressão vA/O = ωd. IV - O ponto A na extremidade da placa não possui aceleração se ela gira com velocidade angular ω constante. Introdução – Dinâmica II Questão 6. A velocidade angular do disco é definida por ω = 5t2 + 2 rad/s, onde t é dado em segundos. Determine os módulos da velocidade e da aceleração do ponto A do disco quando t = 0,5 s. Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 21 Questão 7. O disco movimentado pelo motor tem sua posição angular definida por θ = (20t + 4t2) rad, onde t é dado em segundos. Determine a velocidade e a aceleração angulares do disco quandot = 90 s. Introdução – Dinâmica II Questão 8. O disco circular mostrado na figura gira em relação a seu centro O no sentido indicado. Em um certo instante, o ponto P, em sua borda, possui uma aceleração dada por a = - 3i - 4j m/s2. Para esse instante, determine a velocidade angular ω e a aceleração angular α do disco. Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 22 43 Questão 9. Uma roda tem oito raios de 30 cm. Está montada sobre um eixo fixo e gira à razão de 2,5 rev/s. Você pretende atirar uma flecha de 20 cm de comprimento através da roda, paralelamente ao seu eixo, sem que a flecha colida com qualquer raio. Suponha que tanto a flecha quanto os raios sejam muito finos; veja a figura. (a) Qual a velocidade mínima que a flecha deve ter? (b) A localização do ponto que você mira, entre o eixo e a borda da roda, tem importância? Em caso afirmativo, qual a melhor localização? Introdução – Dinâmica II 44 Questão 10. Considere as engrenagens A e B mostradas na figura. Sabendo que A parte do repouso e tem aceleração angular constante αA = 2 rad/s 2, determine o tempo necessário para B atingir uma velocidade angular ωB = 50 rad/s R: 100 s Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 23 45 Questão 11. O pinhão A do motor de elevação aciona a engrenagem B, que está presa ao tambor de elevação. A carga P é içada a partir da sua posição de repouso e adquire uma velocidade para cima de 2 m/s em uma distância vertical de 0,8 m com aceleração constante. Quando a carga passa por essa posição, calcule a aceleração do ponto C no cabo em contato com o tambor. Introdução – Dinâmica II 46 Questão 12. Usa-se o motor para girar uma roda com suas pás no interior do equipamento mostrado na figura. Se a polia A conectada ao motor inicia seu movimento a partir do repouso, com uma aceleração angular αA = 2 rad/s 2, determine os módulos da velocidade e da aceleração do ponto P da roda B, após esta ter completado uma revolução. Suponha que a correia de transmissão não escorregue na polia nem na roda. R: 1,23 m/s ; 3,78 m/s2 Introdução – Dinâmica II 24/08/2020 24 47 Questão 13. Uma polia e dois blocos estão conectados por cabos inextensíveis como mostra a figura. O bloco A tem uma aceleração constante de 300 mm/s2 e uma velocidade inicial de 240 mm/s, ambas direcionadas para baixo. Determine o número de revoluções executadas pela polia em 3 s. R: 1,23 m/s ; 3,78 m/s2 Introdução – Dinâmica II 48 Cinemática plana de corpos rígidos Movimento de Corpos Rígidos 1 - Movimento Absoluto 2 - Movimento Relativo: Velocidade 2.1 - Posição 2.2 – Deslocamento 2.3 – Velocidade 3 - Centro Instantâneo de Velocidade Nula 3.1 – Definição 3.2 - Localização 4 - Movimento Relativo: Aceleração Dinâmica II Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 25 49 Para estudar a cinemática dos corpos rígidos devemos estabelecer as relações que existem entre o tempo, as posições, as velocidades e as acelerações dos vários pontos materiais que formam um corpo rígido. . Movimento de Corpos Rígidos Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 1. Translação. Diz-se que um movimento é de translação quando qualquer reta unindo dois pontos quaisquer do corpo conserva a mesma direção durante o movimento; e todos os pontos materiais que formam o corpo deslocam-se segundo trajetórias paralelas. Sendo estas trajetórias retas ou curvas, translação retilínea e translação curvilínea. 50 1. Rotação em torno de um Eixo Fixo. Neste movimento, os pontos materiais que formam o corpo rígido se deslocam em planos paralelos ao longo de circunferências, cujos centros estão sobre uma mesma reta fixa, como mostrado na figura abaixo. Se essa reta, chamada de eixo de rotação, intercepta o corpo rígido, os pontos materiais situados sobre ela possuem velocidade e aceleração nulas. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 26 51 Não se deve confundir o movimento de rotação com certos tipos de translação curvilínea. Por exemplo, a placa ilustrada na figura (a) está em translação curvilínea, havendo grupos de pontos materiais deslocando-se segundo circunferências paralelas. Enquanto a placa ilustrada na figura (b) está em rotação, já que todos os pontos materiais descrevem circunferências concêntricas. No primeiro caso, qualquer reta da placa conserva a mesma orientação, enquanto, no segundo, o ponto O permanece fixo. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 52 3. Movimento Plano Geral. Há outros tipos de movimento plano, isto é, movimento em que todos os pontos materiais do corpo se deslocam em planos paralelos. Qualquer movimento plano que não seja de rotação ao redor de um eixo fixo sem translação, considera-se como um movimento plano geral. Dois exemplos de movimento plano geral são dados na figura abaixo. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 27 53 4. Movimento em torno de um Ponto Fixo. Este é movimento tridimensional de um corpo rígido com um ponto fixo O. Um exemplo típico é o movimento de um pião sobre o solo. 5. Movimento Geral. Qualquer movimento de um corpo rígido que não esteja incluído nos tipos anteriormente mencionados é denominado movimento geral. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 54 Será abordado o movimento de translação, a rotação de um corpo rígido em torno de um eixo fixo. Definiremos a velocidade angular e a aceleração angular do corpo e relacionaremos a velocidade e aceleração de um ponto qualquer do corpo com seu vetor de posição e as quantidades angulares mencionadas. Serão estudados mecanismos como engrenagens, barra de conexão e articulações; bem como o método de análise das velocidades no movimento plano que se baseia no conceito de centro instantâneo de rotação. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 28 55 Movimento de Corpos Rígidos Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 56 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 29 O movimento absoluto é completamente definido pelo conhecimento da rotação de uma linha fixa do corpo e do movimento de um ponto desse corpo. O estudo do movimento absoluto de um Corpo Rígido irá relacionar o movimento de um corpo com o de outro a ele conectado, e estudar o movimento de um corpo sujeito a uma rotação em torno de um eixo fixo. MOVIMENTO ABSOLUTO Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Deve-se utilizar uma coordenada de posição retilínea s para situar o ponto em sua trajetória e uma coordenada de posição angular θ para especificar a rotação da linha. A velocidade e a aceleração de um ponto P em movimento retilíneo podem ser relacionadas com a velocidade e a aceleração angulares de uma linha pertencente ao corpo pela aplicação direta das equações diferenciais: dt ds v dt dv a dt d dt d Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 30 59 Exemplo 1 A barra DC gira uniformemente em torno do eixo em D com uma velocidade angular ω constante. Determinar a velocidade e a aceleração da barra AB que é obrigada pelas guias a se mover verticalmente. MOVIMENTO ABSOLUTO Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II B Resolução: Analisando o movimento vertical da barra, para sua coordenada y podemos escrever: Como vAB = vy , aAB = ay , = ω e = α = 0; Temos: B )..(cos.cos 2 senlaylvylseny yy cos...cos llvy senlay .. 2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II24/08/2020 31 61 Exemplo 2 O bloco B desliza para a direita com a velocidade de 300 mm/s. Calcule as velocidades do corpo deslizante A e dos pontos C e D dos cabos. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: Considerando os deslocamentos constantes representado podemos escrever: Como vB = 300 mm/s → vA = 200 mm/s Para encontrar a velocidade do ponto C: Como vA = 200 mm/s → vC = 600 mm/s Para o ponto D: Então → vD = - 200 mm/s 3 2 2323 BA BA BA v v dt dx dt dx ctexx AC CA CA vv dt dx dt dx ctexx 333 AD DA DA vv dt dx dt dx ctexx Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 32 63 Exemplo 3 Um exemplo de movimento plano é representado por uma barra cujas extremidades deslizam ao longo de uma pista horizontal e de uma vertical, respectivamente. Esse movimento pode ser substituído por uma translação em uma direção horizontal e uma rotação em torno de A ou por uma translação em uma direção vertical e uma rotação em torno de B. Represente estes movimentos em separados. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 33 65 Exemplo 4 Sabendo que o cursor C se move para direita com velocidade constante v0, deduza expressões para a velocidade angular e a aceleração angular da barra AB. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 34 67 Exemplo 5 Usa-se o mecanismo para converter o movimento de rotação com velocidade angular constante ω da barra AB em movimento de translação da barra CD. Determine a velocidade e a aceleração de CD para qualquer ângulo θ . Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 35 69 Exemplo 6 O disco A rola sem escorregar sobre a superfície de um cilindro fixo B. Determine a velocidade angular de A se o seu centro C tem velocidade vC = 5 m/s. Quantas revoluções A terá feito em torno de seu centro ao fim de uma volta completa da barra DC? Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 36 71 Exemplo 7 O movimento da barra está limitado pelos planos inclinados, como mostrado na figura. Se a velocidade do rolete A é = 6 pés/s, quando θ = 45°, determine a velocidade angular da barra e a velocidade do rolete B, nesse instante. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 37 73 Exemplo 8 A janela mostrada na figura é aberta por meio do cilindro hidráulico AB. Se o cilindro se estende a uma taxa constante de 0,5 m/s, determine a velocidade e a aceleração angulares da janela quando θ = 30 °. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 38 Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 76 Atividades Questão 1. Uma roda de raio r rola sobre uma superfície plana sem deslizar. Determine a aceleração de um ponto na extremidade da roda, quando o ponto entra em contato com a superfície sobre a qual a roda rola. R: r.ω2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II MOVIMENTO ABSOLUTO 24/08/2020 39 dt ds v dt dv a dt d dt d MOVIMENTO ABSOLUTO Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 78 Questão 2. Considerando que a mola mantém o contato entre o rolete e a superfície de acionamento da haste mostrada na figura, determine o módulo da aceleração da haste B para θ = 60º. A manivela AO tem uma velocidade angular de 2 rad/s e uma aceleração angular de 6 rad/s2 nessa posição. R: 37,1 mm/s2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 40 79 Questão 3. No instante em que θ = 50º, a guia está subindo com aceleração de 3 m/s2 e velocidade de 2 m/s. Determine a aceleração e a velocidade angulares da barra AB no instante considerado. R: 8,7 rad/s; 50,5 rad/s2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 80 Questão 4. O braço ranhurado AO mostrado na figura gira com uma velocidade angular constante durante um intervalo limitado de seu movimento, e move o bloco deslizante pivotado ao longo da ranhura horizontal. Escreva as expressões para a velocidade vB e para a aceleração aB do bloco deslizante em função de θ. R: vB = bω sec 2 θ, aB = 2bω 2 sec2 θ tg θ Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 41 81 Questão 5. A extremidade R da barra mostrada na figura mantém-se em contato com a came por meio de uma mola. Se a came gira em torno de um eixo pelo ponto O, com uma aceleração angular α e velocidade angular ω, determine a velocidade e a aceleração da barra quando a came tem uma posição arbitrária θ. R: vR = 2rωsen θ; aR = 2r(αsen θ + ω 2cos θ) Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 82 Questão 6. A plataforma S pode ser elevada hidraulicamente pelo movimento do rolete A que se aproxima do pino B. Se a velocidade de A é de 1,5 m/s determine a velocidade com que a plataforma sobe considerando θ = 60º. As barras de 4 m estão articuladas por pinos em seus pontos médios. R: 0,866 m/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 42 83 Questão 7. O mecanismo composto de disco giratório e haste deslizante converte o movimento de rotação do disco em movimento alternativo do eixo. Para dados valores de θ, ω, α, r e d, determine a velocidade e a aceleração do ponto P do eixo. R: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 84 Questão 8. O came circular é montado excentricamente sobre seu rolamento fixo em O e gira no sentido anti-horário com velocidade angular constante ω. O came faz o garfo A e a haste de controle, ligada a ele, oscilar na direção horizontal x. Escreva expressões para a velocidade vx e a aceleração ax da haste de controle em termos do ângulo θ medido a partir da vertical. As superfícies de contato do garfo são verticais. R: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 43 85 Questão 9. Ao ponto A é fornecida uma aceleração constante a para a direita, partindo do repouso com x praticamente nulo. Determine a velocidade angular ω da barra de ligação AB em função de x e de a. R: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 86 Questão 10. Para o instante em que y = 200 mm, a barra do pistão do cilindro hidráulico C impõe ao pino A um movimento vertical com velocidade vy = 400 mm/s e aceleração ÿ = - 100 mm/s 2. Determine, para esse instante, a velocidade angular ω e a aceleração angular α da barra AB. R: - 1,155 rad/s ; - 0,481 rad/s2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 44 87 Questão 11. O cilindro hidráulico C impõe à extremidade A da barra AB uma velocidade constante v0 no sentido negativo da direção x. Determine as expressões para a velocidade angular ω = dθ/dt da barra em função de x. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 88 Para visualizar as componentes (translação e rotação) separadamente utiliza-se uma análise de movimento relativo envolvendo dois conjuntos de eixos coordenados: . o sistema x, y, z fixo; mede a posição absoluta entre dois pontos, A e B por exemplo. . outro sistema x', y', z'; com origem fixada no ponto de referência A (que tem um movimento conhecido). Estes eixos não giram com o corpo, elespoderão apenas transladar em relação ao sistema fixo. MOVIMENTO RELATIVO: Velocidade Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 45 89 - Posição rA: vetor posição que caracteriza a localização do ponto de referência A. rB/A: posição relativa que localiza B em relação à A. A posição de B é escrita: MOVIMENTO RELATIVO: Velocidade Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II - Deslocamento Num pequeno intervalo de tempo dt, os pontos A e B se deslocam de drA e drB. Considerando o movimento plano geral por partes, pode-se inicialmente transladar o corpo como um todo de uma quantidade drA de modo que o ponto da base se move para posição final, e B se move para B'. O corpo então gira de um ângulo dθ em torno de A, de modo que B' sofre um deslocamento relativo drB/A, movendo para sua posição final B. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 46 O deslocamento se escreve: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II - Velocidade Tomando as velocidades como derivadas dos deslocamentos, tem-se: vB: velocidade absoluta do ponto B (medida em relação aos eixos fixos x, y, z). vA: velocidade absoluta do ponto A (medida em relação aos eixos fixos x, y, z). vB/A: velocidade relativa do ponto B em relação ao ponto A. Devido a rotação em torno de A, escreve-se: vB/A = ω.rB/A Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 47 93 A rotação em torno de A é um movimento relativo circular, em que o módulo da velocidade é vB/A = ωrB/A e sua direção é perpendicular a rB/A. Uma vez que a velocidade relativa (vB/A) representa o efeito de um movimento circular em relação a A, esse termo pode ser expresso pelo produto vetorial: Então: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II A figura (a) mostra a contribuição vcm para a velocidade de um ponto qualquer da periferia Pi; a figura (b) mostra a contribuição proveniente da rotação em torno do centro de massa, ω × ri, para a velocidade desses pontos e na figura (c) estão indicadas as velocidades desses pontos, obtidas por meio da soma vetorial das contribuições desenhadas nas figuras (a) e (b). Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 48 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Vídeo 24/08/2020 49 97 Exemplo 1 Uma roda de raio r rola para a esquerda sem deslizar e, no instante considerado, o centro O tem uma velocidade v0 para a esquerda. Determinar a velocidade dos pontos A e C sobre a roda no instante mostrado. MOVIMENTO RELATIVO: Velocidade Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 98 Resolução: A velocidade de A pode ser determinada usando-se O como ponto de referência da equação: onde Observação: Como a roda não desliza, o ponto C apresenta velocidade nula no instante do contato com o solo e é chamado de centro instantâneo de velocidade nula, que será estudado mais à frente. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 50 99 Exemplo 2 Uma chapa quadrada uniforme, movendo-se no plano xy, possui uma velocidade angular no sentido horário. No instante mostrado, o ponto A tem uma velocidade de 2 m/s para a direita, e a velocidade do ponto C em relação a um observador fixo a B tem módulo de 1,2 m/s. Determine as expressões vetoriais para a velocidade angular da chapa e para a velocidade de seu centróide G. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: A velocidade angular pode ser determinada usando-se a velocidade do ponto C em relação a ponto B: smjiv jikiv rvv sradk sradrv G G AGAG CBCB /)ˆ6,0ˆ6,2( )ˆ2,0ˆ2,0(ˆ3ˆ2 /ˆ3 /3 4,0 2,1 ; 24/08/2020 51 101 Exemplo 3 No sistema motor mostrado na figura, l = 0,254 m e b = 0,0762 m, a manivela AB gira com velocidade angular constante de 750 rpm, no sentido horário. Determine a velocidade do pistão P e a velocidade angular da biela para a posição em que θ = 90°. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 171 Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 52 103 Exemplo 4 A figura plana mostrada na figura desloca-se no plano xy. Sabendo que (vA)x = 300 mm/s, (vB)y = −180 mm/s e (vC)x = −150 mm/s, determine (a) a velocidade angular da placa; (b) a velocidade do ponto A. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 171 Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 53 105 Exemplo 5 Pequenas rodas estão fixadas nas extremidades da barra AB e giram livremente ao longo da superfície mostrada na figura. Sabendo que a roda A se desloca para a esquerda com velocidade constante de 1,5 m/s, determine pelo método do CIR a velocidade da extremidade B da barra. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: 24/08/2020 54 107 Exemplo 6 A manivela AB mostrada na figura tem velocidade angular horária constante de 2000 rpm. Para a posição mostrada, determine a velocidade angular da barra de conexão BD e a velocidade do pistão P. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: 24/08/2020 55 109 Exemplo 7 A barra AB mostrada na figura gira no sentido horário, com uma velocidade angular de 30 rad/s, no instante em que θ = 60º. Determine a velocidade angular ωD do disco conectado à articulação nesse instante. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: 24/08/2020 56 111 Exemplo 8 Considere que o bloco C está descendo a 4 pés/s, determine a velocidade angular da barra AB na situação mostrada na figura. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: 24/08/2020 57 113 Exemplo 9 O parafuso de acionamento gira a uma velocidade que fornece ao cursor rosqueado C uma velocidade de 0,25 m/s verticalmente para baixo. Determine a velocidade angular do braço ranhurado quando θ = 30°. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: 24/08/2020 58 115 Exemplo 10 Num dado instante, o colar C mostrado na figura está descendo com uma velocidade de 2 m/s. Determine a velocidade angular da barra AB para esse instante. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: 24/08/2020 59 117 Atividades Questão 1. O cilindro rola sem deslizar sobre a superfície de uma correia transportadora que se move a 2 m/s. Determine a velocidade do ponto A. O cilindro tem uma velocidade angular no sentido horário ω = 15 rad/s no instante mostrado. R: v = 12,1 m/s MOVIMENTO RELATIVO: Velocidade Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 118 Questão 2. Considere o instante representado, quando a manivela OA passa pela posição horizontal. Desprezando as forças de resistência, para os itens a seguir, marque verdadeiro (V) ou falso (F) para cada uma das afirmações. ( ) O módulo da velocidade do ponto A é igual à velocidade do ponto G. ( ) O vetor velocidade do ponto A é vertical. ( ) O módulo da velocidade linear do ponto A é nulo. ( ) O ponto B possui velocidade nula. ( ) O vetor aceleração do ponto A é nulo. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 60 Questão 3. Uma roda de raio r = 300 mm rola para a direita sem deslizar, e seu centro O possui uma velocidade v0 = 3 m/s. Calcule: a) A velocidade angular da roda no instante considerado. b)A velocidade do ponto A sobre a roda para o instante representado. c) A velocidade de um ponto P em contato com o solo nesse instante. R: 10 rad/s; 4,36 m/s; 0 m/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 120 Questão 4. A engrenagem dupla mostrada na figura rola sobre a cremalheira inferior estacionária; a velocidade do seu centro A é 1,2 m/s para a direita e sua velocidade angular é igual a 8 rad/s no sentido horário. Determine os módulos das velocidades da cremalheira superior R e do ponto D da engrenagem. R: vR = 2 m/s; vD = 1,7 m/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 61 Questão 5. A manivela AB gira a 500 rad/s em torno de um eixo fixo passando por A. Determine a velocidade do pistão P no instante em que ele passa pela posição mostrada na figura. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Questão 6. A barra AB move-se sobre a superfície horizontal. A velocidade do seu centro de massa é vG = 2 m/s, com direção paralela ao eixo y e, a barra tem uma velocidade angular anti-horária (como pode ser vista de cima) ω = 4 rad/s. Determine a velocidade do ponto B. R: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 62 123 Questão 7. O cubo da roda rola sem escorregar na superfície horizontal. Se a velocidade de seu centro é vC = 2 m/s para a direita, determine o módulos das velocidades dos pontos A e B, mostrados na figura. R: vA = 2,84 m/s; vB = 7,37 m/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 124 Questão 8. O elemento de controle de um mecanismo de aplicação específica é submetido a um movimento no plano da figura. Se, em um determinado instante, a velocidade do pino B em relação ao pino A tem um módulo de 0,926 m/s, qual é o módulo correspondente da velocidade do pino C relativamente ao pino D? R: vC/D = 0,579 m/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 63 125 Questão 9. Num dado instante, um bumerangue tem velocidade angular ω = 4 rad/s e seu centro de massa G tem velocidade vG = 6 m/s. Determine a velocidade do ponto B nesse instante. R: v = 6,47 m/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 126 Questão 10. A bicicleta tem velocidade v = 4 pés/s, enquanto a roda traseira gira no sentido horário com velocidade angular ω = 3 rad/s, o que provoca um escorregamento de seu ponto de contato A. Determine a velocidade do ponto A da roda. R: 2,5 pés/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 64 127 Questão 11. A barra mostrada na figura é guiada pelos blocos A e B, que se movem nas ranhuras fixas. Se a velocidade de A é de 2 m/s para baixo, determine a velocidade de B no instante em que θ = 45º. R: 2 m/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Questão 12. Num dado instante, o colar C mostrado na figura está descendo com uma velocidade de 2 m/s. Se o ponto B possui velocidade de 2 m/s para a direita, determine a velocidade angular da barra CB. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 65 Questão 13. Se a extremidade da corda está sendo puxada com velocidade vC = 120 mm/s, determine as velocidades angulares das polias A e B e a velocidade do bloco D. Suponha que a corda não escorregue nas polias. R: 4 rad/s ; 1 rad/s ; 60 mm/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Questão 14. Um disco gira com velocidade angular ω = 4 rad/s, como mostrado na figura. Determine: a) A velocidade vA do ponto A. Você se sabe como pode ser chamado esse ponto no instante considerado? b) As velocidades vB e vC dos pontos B e C nesse instante. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 66 Questão 15. O tambor de raio R rola sem escorregar numa correia C que se desloca para a esquerda com a velocidade constante, como indicado na figura. Determine a velocidade angular do tambor e a velocidade do ponto A para o instante em que a velocidade do centro D do tambor têm o valor indicado. R: 5 rad/s ; 1,7 m/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Questão 16. O volante mostrado na figura gira com velocidade angular ω = 2 rad/s e aceleração angular α = 6 rad/s2. Determine as velocidades angulares das hastes AB e BC para o instante representado. R: 1,5 rad/s ; 0 rad/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 67 Questão 17. Sabendo que a barra AB tem a velocidade angular ωAB = 3 rad/s no sentido anti-horário, determine as velocidades angulares das barras BD e DE. R: 0 rad/s ; 1,6 rad/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Questão 18. O colar B desloca-se para cima com velocidade de 1,2 m/s. No instante mostrado na figura, quando θ = 25º, determine a velocidade do colar A. R: 1,08 m/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 68 Questão 19. A velocidade angular da barra AB é ωAB = 4 rad/s. Determine a velocidade do colar C e a velocidade angular da barra CB no instante em que θ = 60º e *φ = XXº. A barra CB está na horizontal nesse instante. * Considere XX os dois últimos números de sua matrícula! Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 136 Questão 20. A manivela CB oscila em torno de C através de um arco limitado, obrigando a manivela OA a oscilar em torno de O. Quando o mecanismo passa pela posição mostrada com CB horizontal e OA vertical, a velocidade angular de CB é de 2 rad/s no sentido anti-horário. Para esse instante, determine as velocidades angulares de OA e AB. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 69 137 Questão 21. A configuração usual de um motor alternativo é a do mecanismo de bloco deslizante e manivela apresentado. Se a manivela OB possui uma velocidade de rotação no sentido horário de 1500 rpm, determine para a posição em que θ = 60°, a velocidade do pistão A, a velocidade do ponto G sobre a biela e a velocidade angular da biela. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Outra abordagem para solução de problemas envolvendo as velocidades dos pontos de uma placa rígida em movimento plano é baseada na determinação do centro instantâneo de rotação (CI) da placa. CENTRO INSTANTÂNEO DE VELOCIDADE NULA Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 70 A expressão da velocidade relativa permite calcular a velocidade de um ponto quando conhecemos a velocidade de um ponto base. Esta determinação se simplifica quando a velocidade do ponto base é nula; e o ponto base se torna o C.I.R. Então: O eixo de velocidade nula é perpendicular ao plano do movimento. Os pontos se movem em trajetória circular em torno do CI. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II A figura mostra uma roda girando com velocidade angular ω. Como os pontos em contato têm a mesma velocidade, no contato com o piso v = 0, este ponto é o CI e todos os outros pontos têm naquele instante uma trajetória circular em relação ao CI. Em geral, um novo centro instantâneo CI existirá para cada nova posição do corpo durante o seu movimento. O lugar geométrico desses centros no espaço é conhecido como centrodo espacial, e o lugar geométrico sobre o corpo (ou prolongamento do corpo) é conhecido como centrodo de corpo. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 71 - Localização Em função das grandezas conhecidas, podemosdistinguir três casos: 1. A velocidade instantânea vA e a velocidade angular ω são conhecidas. Então rA/CI = vA / ω. 2. As direções das velocidades de dois pontos A e B são conhecidas. Neste caso o CI localiza-se no ponto de encontro das perpendiculares às direções das velocidades nos pontos A e B. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Tem-se: rA/CI + rB/CI = d ou rB/CI – rA/CI = d O CI só vale para um determinado instante! Não significa que a aceleração é nula! 3. Os módulos e direção de duas velocidades paralelas são conhecidas. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 72 Vídeo! CENTRO INSTANTÂNEO DE VELOCIDADE NULA Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Exemplo 1 Mostre como se pode determinar o Centro Instantâneo de Velocidade Nula para a barra BC mostrada na figura. Represente-o na figura. CENTRO INSTANTÂNEO DE VELOCIDADE NULA Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 73 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: Exemplo 2 Para o instante mostrado, a velocidade angular da barra BE é de 4 rad/s no sentido anti-horário. a) Determine a posição do centro instantâneo de rotação (CIR) da barra AD; e b) Desenhe na figura sua posição para o instante considerado. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 74 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: b) 148 Exemplo 2 O mecanismo mostrado na figura foi projetado para dar a uma lâmina pesa no cursor C um golpe lento e retornar rapidamente. Sabendo que a barra AB gira em torno do ponto A no sentido anti- horário, represente para esse instante o Centro Instantâneo de Rotação (CIR) da barra BC, considerando as inclinações e os comprimentos das barras AB e BC apresentados. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 75 Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Exemplo 3 O eixo do conjunto da roda mostrada na figura rola sem deslizar sobre a superfície horizontal fixa, e o ponto O possui uma velocidade de 0,8 m/s para a direita. Utilizando o procedimento do CIR, determine as velocidades dos pontos A, B, C e D. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 76 smrv smrv smrv smrv sradrv DPD CPC BPB APA OPO /92,3)16.(050,0250,0 /08,4)16.(250,0050,0 /2,3)16.(200,0 /8,4)16.(300,0 /16 050,0 8,0 ; 22 22 Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 152 Exemplo 4 Para o instante representado, quando a manivela OA passa pela posição horizontal, determine a velocidade do centro G da barra AB pelo método do CIR. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 77 178 Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 154 Exemplo 5 O carretel de fita e sua estrutura de apoio são puxados para cima com uma velocidade vA = 100 mm/s. Sabendo que a extremidade B da fita é puxada para baixo com velocidade de 300 mm/s e que, no instante mostrado na figura, a espessura total da fita no carretel é de 20 mm, determine o Centro Instantâneo de Rotação (CIR) do carretel. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 78 178 Resolução: Por semelhança de triângulos: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 156 Exemplo 6 Um tambor de 75 mm de raio está rigidamente preso a um tambor de 125 mm de raio como ilustra a figura. Um dos tambores rola sem deslizar sobre a superfície mostrada e uma corda é enrolada ao redor do outro tambor. Sabendo que a extremidade E da corda é puxada para a esquerda com uma velocidade de 150 mm/s, determine a velocidade angular dos tambores. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 79 178 Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 158 Exemplo 7 Uma porta basculante é guiada por roletes em A e B que rolam em uma pista horizontal e uma vertical, segundo uma inclinação θ, como mostrado na figura. Se a velocidade do rolete B é de 0,5 m/s para cima, represente o CIR da porta neste instante . Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 80 Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 160 Atividades Questão 1. A manivela AB mostrada na figura tem velocidade angular horária constante para a posição indicada. Represente no desenho o centro instantâneo de velocidade nula do sistema para o instante considerado. CENTRO INSTANTÂNEO DE VELOCIDADE NULA Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 81 161 Questão 2. O disco rola sem deslizamento sobre duas chapas A e B, as quais movem-se paralelamente uma a outra, mas em direções opostas. Se vA = 2 m/s e vB = 4 m/s, posicionar o centro instantâneo de velocidade nula para o disco, e determinar a velocidade do ponto D no instante representado. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Questão 3. A roda da figura rola para a direita sem deslizar, com seu centro O possuindo uma velocidade vO = X,Y m/s. Localize o centro instantâneo de velocidade nula e utilize-o para encontrar a velocidade do ponto A para a posição indicada. • Considere X o primeiro número de sua matrícula e Y o segundo! Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 82 163 Questão 4. Na situação mostrada na figura, o disco gira com velocidade angular ω = 4 rad/s. Utilizando o conceito de centro instantâneo de rotação (CIR), determine as velocidades dos pontos B e C. R: 1,2 m/s; 0,849 m/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 164 Questão 5. A engrenagem dupla mostrada na figura rola sobre a cremalheira inferior estacionária; a velocidade do seu centro A é 1,2 m/s para a direita. Determine as velocidades da cremalheira superior R e do ponto D da engrenagem usando o método do centro instantâneo de rotação. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 83 165 Questão 6. A extremidade A da barra possui uma velocidade vA = 2 m/s para baixo durante um certo intervalo de seu movimento. Para a posição em que θ = 30º, determine, pelo método do Centro Instantâneo de Rotação, a velocidade angular ω da barra AB e a velocidade vG do centróide G da barra. R: ω = 11,55 rad/s; vG = 1,155 m/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 166 Questão 7. A lâmina de uma ceifadeira mecânica gira no sentido anti- horário a uma velocidade angular de 1800 rpm. Se o centrodo de corpo é um círculo com 0,75 mm de raio, calcule a velocidade vO da ceifadeira. R: 0,1414 m/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 84 167 Questão 8. O cubo da roda rola sem escorregar na superfície horizontal. Se a velocidade de seu centro é vC = 2 m/s para a direita, determine utilizando o conceito de Centro Instantâneo de Velocidade Nula (C.I.R.) as velocidades dos pontos A e B mostrados na figura. R: 7,33m/s; 2,83 m/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 168 Questão 9. O cilindro mostrado na figura rola sem escorregar entre as placas E e D. Determine a posição do centro instantâneo de rotação do cilindro e sua velocidade angular. R: 2,6 rad/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 85 169 Questão 10. A roda motriz dianteira de um veículo possui um diâmetro de 650 mm e uma velocidade angular ω de 200 rpm quando em movimento sobre uma pista de gelo. Se o centro instantâneo de velocidade nula da roda está 100 mm acima do ponto de contato do pneu com a pista, determine a velocidade v do veículo e a velocidade de deslizamento vd do pneu sobreo gelo. R: 4,71 m/s, 2,09 m/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Questão 11. O corpo cilíndrico de secção elíptica descreve movimento plano deslizando sobre o apoio em A e sobre a superfície horizontal sem atrito. Sabendo que no instante em que a secção do corpo no plano do movimento é a indicada na figura, a velocidade do ponto B (10,809; -27,042) cm é 0,1 m.s-1,determine: a) as coordenadas no sistema [OXY] do centro instantâneo de rotação; b) a velocidade angular do corpo. R: 0,3 rad/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 86 Questão 12. Sabendo que a extremidade D da corda avança para a esquerda com velocidade de 150 mm/s e que o cilindro rola sem escorregar, determine a velocidade angular do cilindro e a velocidade do ponto A utilizando o conceito de CIR. Considere os raios dados: r = XX mm e R = 2r. Sendo XX igual aos dois últimos números de sua matrícula. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Questão 13. Para o instante mostrado, a velocidade angular da barra BE é de 4 rad/s no sentido anti-horário. a) Determine a posição do centro instantâneo de rotação (CIR) da barra AD. b) Desenhe na figura sua posição para o instante considerado. R: (31,1;18) cm Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 87 Questão 14. A caixa representada na figura move-se mantendo as arestas C e D em contato com as paredes lisas contidas respectivamente no plano OX e OY. Num determinado instante a velocidade do ponto D é 0,5 m/s. Determine nesse instante: a) As coordenadas do centro instantâneo de rotação b) A velocidade angular da caixa. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Questão 15. Num dado instante, a extremidade superior A de uma barra tem a velocidade mostrada na figura. Considerando a inclinação da barra igual a 3X graus, sendo X igual ao último número de sua matrícula, determine o CIR da barra no instante mostrado. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 88 Questão 16. O sistema suspenso na figura move-se para a esquerda ao longo do tubo horizontal, a uma velocidade de 0,610 m/s. Sabendo-se que o disco de 0,127 m de raio tem uma velocidade angular de 8 rad/s, no sentido anti-horário, determine a posição do centro instantâneo de rotação do disco. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 176 Questão 17. Devido ao escorregamento, os pontos A e B na borda do disco de raio r = 0,8 pés têm as velocidades indicadas na figura. Determine: a) a posição do centro instantâneo de velocidade nula; b) a velocidade do centro C disco. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 89 177 Uma equação que relaciona a aceleração de dois pontos de um corpo rígido sujeito a um movimento plano geral pode ser determinada pela derivação da equação de velocidade em relação ao tempo: MOVIMENTO RELATIVO: Aceleração e são acelerações absolutas medidas no sistema de coordenadas fixo. é medido por um observador fixo ao sistema móvel em translação. O movimento relativo tem uma trajetória circular com raio rB/A. Então: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Voltando à expressão da aceleração relativa: Pode-se escrever: Em que os módulos são: : com direção perpendicular a rB/A : com direção igual a BA e o sentido de B para A. Estas componentes representam um movimento circular observado num referencial em translação. Utilizando a noção de produto vetorial: Resultando: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 90 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 180 Pode-se concluir que quando dois corpos são articulados: - pontos coincidentes na rótula têm a mesma aceleração. Descrevem a mesma trajetória; - se fazem contatos mas se movem em trajetórias diferentes terão a mesma aceleração tangencial (at); porém as acelerações totais não serão iguais pois an é diferente para cada trajetória. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 91 181 Exemplo 1 No cálculo da velocidade relativa vimos a determinação das velocidades dos pontos A e C sobre a roda de raio r que rola para a esquerda sem deslizar no instante considerado. Vamos agora determinar as acelerações destes mesmos pontos da roda no instante considerado, lembrando que o centro O tem uma velocidade v0 para a esquerda. MOVIMENTO RELATIVO: Aceleração Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: A aceleração de A é dada por: aA = aO + aA/O, onde o termo da aceleração relativa tem as componentes:(aA/O)n = r0ω 2, dirigida de A para O, e a componente (aA/O)t = r0α dirigida ao longo de t. A adição dos vetores dá aA. A aceleração do centro instantâneo de velocidade nula C, considerado um ponto sobre a roda, é obtida pela expressão: aC = aO + aC/O, em que as componentes da aceleração relativa são: (aC/O)n = rω 2, dirigida de C para O, e (aC/O)t = rα, dirigida para a direita, para levar-se em conta a aceleração angular no sentido anti-horário de linha CO em torno de O. Os termos são adicionados conjuntamente, e tem-se que: aC = rω 2. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 92 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Exemplo 2 Num determinado instante a barra AB da conexão está girando com velocidade e aceleração angulares como apresentado na figura. Considerando os comprimentos das barras AB e BC dadas, e sabendo que para o instante representado a barra BC está girando com velocidade angular de módulo ωBC = 3 rad/s, determine a aceleração do bloco C, que é obrigado a deslizar na guia inclinada. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 93 Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Exemplo 3 O movimento do cilindro de 75 mm de raio é controlado pela corda mostrada na figura. Sabendo que a extremidade E da corda tem velocidade de 300 mm/s e aceleração de 480 mm/s2, ambas orientadas para cima, determine a aceleração do ponto A. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 94 Resolução: A aceleração de A é dada por: aB = aA + aB/A, Encontra-se a aceleração do ponto A: Determinando a aceleração pedida em termos dos unitários: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Exemplo 4 O disco está se deslocando para a esquerda com aceleração angular α = 8 rad/s2 e velocidade angular ω = 3 rad/s. Se ele não escorrega em A, determine a aceleração do ponto D. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 95 Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Exemplo 5 Uma corda se desenrola do carretel mostrado na figura ao lado, de forma que num dado instante este tem velocidade angular de 3 rad/s e uma aceleração angular de 4 rad/s2. Determine a aceleração do ponto B. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 96 Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 192 Exemplo 6 O centro da dupla engrenagem já vista em problemas anteriores tem uma velocidade de 1,2 m/s para a direita e uma aceleração de 3 m/s2 na mesma direção e sentido. Determine as acelerações dos pontos B, C e D da engrenagem. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 97 Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 98 195 Exemplo 7 Uma viga de aço de 10 pés está sendo baixada por meio de dois cabos que se desenrolam de guindastes à mesma velocidade. Assim que a viga aproxima-se do solo, os operadores dos guindastes aplicam freios para desacelerar a descida. No instante considerado, a desaceleração do cabo preso em A é de 12 pés/s2, enquanto a do cabo preso em B é de 5pés/s2. Determine a aceleração angular da viga. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 99 197 Exemplo 8 O mecanismo da questão 20 das atividades sobre velocidade relativa é reapresentado aqui. A manivela CB possui uma velocidade angular no sentido anti-horário constante de 2 rad/s na posição indicada durante um curto intervalo de seu movimento. Determine a aceleração angular das barras AB e AO para essa posição. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 100 Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 200 Exemplo 9 A manivela AB do sistema biela-manivela de motor tem uma velocidade angular constante no sentido horário de 2.000 rpm. Para a posição mostrada da manivela, determine a aceleração angular da barra de conexão BD e a aceleração do ponto D. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 101 Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 102 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 204 Atividades MOVIMENTO RELATIVO: Aceleração Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Questão 1. O centro O da roda é montado em um bloco deslizante que possui uma aceleração aO = 8 m/s 2 para a direita. Determine os módulos das acelerações dos pontos A e B para o instante em que θ = 45º, ω = 3 rad/s, α = - 8 rad/s2. R: aA = 12,8 m/s 2, aB = 3,21 m/s 2 24/08/2020 103 205 Questão 2. O volante mostrado na figura possui um diâmetro de 600 mm e gira aumentando sua velocidade de rotação em torno de seu eixo, que coincide com a orientação z. Quando o ponto P sobre sua borda cruza o eixo y com θ = 90º, ele possui uma aceleração dada por a = - 1,2 i - 10,8 j (m/s2). Para esse instante, determine a velocidade angular ω e a aceleração angular α do volante. R: 6 rad/s; 4 rad/s2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 206 Questão 3. As duas pás de rotor com 800 mm de raio giram no sentido anti-horário com uma velocidade angular constante 2 rad/s em torno do eixo O montado em um bloco deslizante. A aceleração do bloco é aO = 3 m/s 2. Determine o módulo da aceleração da ponta A da pá quando (a) θ = 0º, (b) θ = 90º e (c) θ = 180º. A velocidade de O ou o sentido de ω influenciam o cálculo? R: (a) 0,2 m/s2, (b) 4,39 m/s2, (c) 6,2 m/s2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 104 207 Questão 4. Para o instante representado na figura, o vértice C da chapa retangular possui uma aceleração de 5 m/s2 no sentido negativo do eixo y, e a placa possui uma velocidade angular de 4 rad/s no sentido horário que diminui de 12 rad/s a cada segundo. Determine a aceleração do vértice A nesse instante. R: aA = 11,18 m/s 2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 208 Questão 5. O centro O do disco possui velocidade angular ω = 7,5 rad/s e aceleração angular α = 12,5 rad/s2 no instante considerado. Se o disco rola sem deslizar sobre a superfície horizontal determine o módulo da aceleração de B para esse instante. R: aB = 16,44 m/s 2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 105 209 Questão 6. Num dado instante, o pé A da escada tem aceleração aA = 4 m/s 2 e velocidade vA = 6 m/s, ambas para a esquerda. Determine a aceleração angular da escada no instante em que θ = 30º. R: 3,294 rad/s2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 210 Questão 7. A bola mostrada na figura possui 0,5 m de raio e rola sem escorregar para a esquerda com aO = 2 m/s 2. Determine as acelerações vetoriais dos pontos B e A. R: aB = (–20 i + 2 j) m/s2; aA = (–4 i – 18 j) m/s2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 106 211 Questão 8. Num dado instante, o bloco deslizante A tem a velocidade e a aceleração mostradas na figura. Se a barra AB possui velocidade angular constante ωAB = 7,07 rad/s, determine a aceleração aB do bloco B nesse instante. R: 11,9 m/s2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 212 Questão 9. O centro da roda mostrada na figura está se deslocando para a direita com aceleração escalar a = 5,80 m/s2,velocidade angular ω = 2 rad/s e aceleração angular α = 4 rad/s2. Sabendo que o ponto A não escorrega e que o raio da roda vale r = 1,45 m, determine a aceleração do ponto B. R: 13,9 m/s2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 30º 24/08/2020 107 213 Questão 10. Num dado instante, a extremidade superior A de uma barra tem a velocidade e a aceleração mostradas na figura. Determine a aceleração da extremidade inferior B e a aceleração angular da barra, nesse instante. R: 7,656 pés/s2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 30º 214 Questão 11. Determine a aceleração linear do bloco deslizante B que desloca-se para a direita com a velocidade e a aceleração mostradas na figura. Nesse instante, a roda possui aceleração angular constante igual 0,42 rad/s2. Lembre-se que para a inclinação representada, a velocidade do ponto A é paralela à do bloco B, o que indica que a barra AB não está girando. R: 0,336 i + 0,29 j m/s2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 108 215 Questão 12. O disco mostrado possui uma velocidade angular constante de 360 rpm no sentido horário. Para o instante em que θ = 0º, determine: a) A aceleração aB do ponto B. b) A velocidade angular ωBC da barra BC. c) A aceleração aC do cursor C. R: 106,6 m/s2 ; 9,43 rad/s2 ; 79,9 m/s2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 30º 216 Questão 13. No instante mostrado a roda está girando com velocidade angular ω = 2 rad/s e aceleração angular α = 6 rad/s2, como mostrado na figura. Sabendo que o vetor aceleração do ponto A mostrado é aA = - 2,16 i + 0,14 j, determine a aceleração angular da barra AB e a aceleração linear do ponto B. R: 8,37 rad/s2 ; 3,56 m/s2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 30º 24/08/2020 109 217 Questão 14. Uma barra de 900 mm repousa em uma mesa horizontal. A força P aplicada como mostrado na figura produz as seguintes acelerações: aA = 3,6 m/s 2 para a direita, α = 6 rad/s2 no sentido anti-horário se visto de cima. Determine a aceleração (a) do ponto G, (b) do ponto B. R: 0,9 m/s2 ; 1,8 m/s2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 30º 218 Questão 15. Um automóvel desloca-se para a esquerda a uma velocidade constante de 10 Km/h. Sabendo que o diâmetro da roda é de 500 mm, determine a aceleração escalar dos pontos B e D representados na figura. R: 30,8 m/s2 ; 30,8 m/s2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 30º 24/08/2020 110 219 Questão 16. Um automóvel parte do repouso e tem aceleração constante de 2,13 m/s2 para a direita. Sabendo que a roda rola sem escorregar, determine a velocidade do automóvel para a qual o módulo da aceleração do ponto B mostrado na figura é aB = 15,2 m/s 2. R: 2,02 m/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 30º 220 Questão 17. Num dado instante, o centro B da polia dupla tem velocidade de 0,6 m/s e aceleração de 2,4 m/s2, ambas para baixo. Sabendo-se que a corda enrolada na polia interna está presa no suporte fixo A, determine a aceleração do ponto D, na posição mostrada na figura. R: 14 m/s2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 30º 24/08/2020 111 221 Questão 18. Lança-se um aro sobre uma superfície áspera de forma que num dado instante ele tem velocidade angular ω = 4 rad/s e desaceleração angular α = 5 rad/s2, como indicaa figura. Considerando que seu centro tem velocidade v0 = 5 m/s e desaceleração a0 = 2 m/s 2, determine a aceleração do ponto A, nesse instante. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II MOVIMENTO RELATIVO A EIXOS GIRANTES Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 112 Na discussão das equações do movimento relativo para a análise do movimento plano de corpos rígidos, foram utilizados eixos de referências não-girantes para descrever a velocidade relativa e a aceleração relativa. O uso de eixos de referência girantes facilita bastante a solução de muitos problemas de cinemática, em que o movimento é gerado no interior de um sistema ou observado a partir de um sistema que está girando. Inicia-se a descrição do movimento utilizando eixos girantes na análise do movimento plano de duas partículas A e B no plano XY. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Considera-se, inicialmente, que as partículas A e B se movem independentemente uma da outra. Observa-se o movimento de A a partir de um sistema de referência xy em movimento, que possui sua origem fixa a B e que gira com uma velocidade angular ω = dθ/dt. Pode-se escrever esta velocidade angular como o vetor ω = ωk = dθ/dk, que é perpendicular ao plano do movimento e cujo sentido positivo coincide com a orientação positiva da direção z, conforme estabelecido pela regra da mão direita. O vetor posição absoluta da partícula A é dado por: rA = rB + r rA = rB + (xi + yj) ou onde i e j são vetores unitários fixos ao referencial xy, e r = xi + yj, representativo de rA/B, é o vetor posição de A em relação a B. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II jyixrr BA ˆˆ 24/08/2020 113 Ao contrário do caso de eixos em translação, os vetores unitários i e j estão girando com o sistema de eixos xy e, portanto, suas derivadas em relação ao tempo devem ser calculadas. Utilizando o conceito de produto vetorial, pode-se perceber, pela figura, que ω X i = ωj e ω X j = - ωi. Assim, as derivadas em relação ao tempo dos vetores unitários podem ser expressas como: di/dt = ω X i = ωj e dj/dt = ω X j = - ωi Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Utilizando as expressões das derivadas dos vetores unitários, e derivando em relação ao tempo a equação do vetor posição de A e B, obtém-se a relação da velocidade relativa: Porém, e uma vez que o observador em xy percebe as componentes da velocidade vx e vy, tem-se que que é a velocidade em relação ao sistema de referência xy. Assim, a equação da velocidade relativa fica: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II jyixjyixrr jyix dt d dt rd dt rd BA BA ˆˆ jyixrr BA ˆˆ ryjxiyjxijyix )( relvjyix 24/08/2020 114 A figura ilustra o movimento da partícula A em relação ao plano girante xy, limitado pela ranhura curva na chapa que representa o sistema de referência girante xy. A velocidade de A, medida relativamente à chapa, , é tangente à trajetória fixa na chapa xy e possui um módulo ds/dt, onde s é medido ao longo da trajetória. Essa velocidade relativa pode também ser vista como a velocidade relativa a um ponto P fixo à chapa e coincidente com A no instante considerado. O termo possui um módulo e uma direção perpendicular a , e é a velocidade relativa a B no ponto P vista dos eixos não-girantes fixos a B. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II relv r BAv / r r A equação da aceleração relativa pode ser obtida derivando-se a relação da velocidade relativa. Assim: Trabalhando-se os termos do lado direito da equação, com o auxílio das equações das derivadas dos vetores unitários, e agrupando os termos idênticos, obtém-se a expressão vetorial geral da aceleração absoluta de uma partícula A em função de sua aceleração medida relativamente a um sistema de coordenadas móvel que gira com uma velocidade angular e uma aceleração angular . Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II relBA relBA vrraa vr dt d vv relrelBA avrraa 2)( rela 24/08/2020 115 Os termos e representam, respectivamente, as componentes tangencial e normal da aceleração do ponto coincidente P em seu movimento circular em relação a B. Esse movimento pode ser observado de um conjunto de eixos não-girantes movendo-se com B. O módulo de é , e sua direção é tangente ao círculo. O módulo de é rω2 e sua orientação é de P para B ao longo da normal ao círculo. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II relrelBA avrraa 2)( r )( r BPa / r r )( r A aceleração de A em relação à chapa ao longo da trajetória, , pode ser expressa em coordenadas retangulares, normal e tangencial, ou polares, no sistema girante. Geralmente são utilizadas as componentes n e t, e essas componentes foram ilustradas na figura anterior. A componente tangencial possui um módulo , onde s é a distância medida ao longo da trajetória até A. A componente normal tem módulo , onde ρ é o raio de curvatura da trajetória medida em xy. O sentido desse vetor é sempre em direção ao centro de curvatura. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II rela sa trel )( 2 )( relnrel v a 24/08/2020 116 Os resultados expressos pela equação da aceleração relativa podem ser visualizados de forma mais simples escrevendo-se a aceleração de A em função da aceleração do ponto coincidente P. Uma vez que a aceleração de P é pode-se reescrever a equação da aceleração relativa como: Quando a equação é escrita dessa forma o ponto P não pode ser escolhido aleatoriamente, pois ele é um ponto fixo ao sistema de referência girante coincidente com A no instante da análise. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II )( rraa BP relrelPA avaa 2 Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 117 Exemplo 1 A bola B, de tamanho desprezível, rola num tubo, de forma que num dado instante ela tem uma velocidade de 5 pés/s e uma aceleração de 3 pés/s2, medidas relativamente ao tubo. Se o tubo tem velocidade angular ω = 3 rad/s e aceleração α = 5 rad/s2 nesse instante, determine a velocidade da bola. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II MOVIMENTO RELATIVO A EIXOS GIRANTES Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 118 Exemplo 2 Considere o movimento da bola do exercício anterior, determine sua aceleração para o instante considerado. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução: Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020 119 Exemplo 3 A figura mostra uma partícula A que move-se numa ranhura circular de 80 mm de raio, no mesmo instante em que uma placa gira em torno de sua extremidade inferior O, na razão ω = dθ/dt. Determinar a velocidade de A na posição para a qual θ = 45º se, neste instante, dθ/dt = 3 rad/s e dβ/dt = 5 rad/s. Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II Resolução Os eixos xy, fixados à placa com origem em B constituem o sistema girante de referência. A relação da velocidade relativa é vA = vB + ω x r + vrel. Os termos mostrados na parte (b) da figura representam os vetores velocidades e posição. O ponto B move-se num arco circular em torno de O; assim sua velocidade tem a intensidade: |vB| = rBω = √2 . 0,10 . 3 = 0,424 m/s Cinemática dos Corpos Rígidos – Dinâmica II 24/08/2020
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