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23/11/2012 
1 
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” 
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS 
CAMPUS DE JABOTICABAL 
Formação de 
Pastagens 
Prof. Dra. Ana Cláudia Ruggieri 
 
Jaboticabal – Agosto de 2011 
 
Introdução 
 Criação animal no Brasil => exploração de 
pastagens como fonte principal na alimentação 
 
Tipos de pastagens 
 
 Pastagem natural 
 
 Pastagem nativa 
 
 Pastagens artificiais ou cultivadas 
 Permanentes 
 Temporárias 
Fonte: Beefpoint 
Preparo do solo 
Avaliação da fertilidade do solo 
Finalidade: 
 Grau de suficiência ou de deficiência de nutrientes 
no solo 
 Condições adversas 
 Acidez ou salinidade 
 
Amostragem de solo 
 Dividir a propriedade em áreas uniformes 
 Máximo 20 ha (± 8 alqueires) 
 
Os critérios: 
 Topografia ou declividade 
 Drenagem 
 Cobertura vegetal ou cultura 
 Cor do solo 
 Tipo do solo ou textura e de adubação 
 Produção em anos anteriores 
 Sintomas em plantas na última cultura 
Divisão da propriedade em áreas 
uniformes 
 Caminhamento em zigue-zague 
 
 Mínimo 20 locais diferentes 
 
 Amostra composta 
 
 Caixinha ou saquinho de plástico identificado 
Procedimento da amostragem 
23/11/2012 
2 
Retirada de uma amostra simples 
 Profundidade: 0 - 20 cm 
 
 Época e freqüência da amostragem: 
 Qualquer época do ano 
 Dois a três anos 
Utensílios para amostragem 
A- Trado de Rosca, B-Trado Holandês, C- Enxadão e D- Pá 
 Balde de plástico (10 a 20 litros) 
 
 Caixinha de papelão ou saquinhos de plástico 
especiais para envio da amostra composta ao 
laboratório 
Correção da acidez do solo 
 Aplicação: 
 Dois a três meses antes do plantio 
 No início das chuvas 
 
 Incorporação 
20 a 30 cm 
 aração 
 uma gradagem de nivelamento (antes do 
plantio) 
 
 Tipo de Corretivo 
 Calcário 
 Cal virgem agrícola 
 Cal hidratada agrícola ou cal extinta 
 Calcário calcinado 
 Escória básica de siderurgia 
 Carbonato de cálcio 
 
 PRNT 
Adubação de correção 
 
 Macronutrientes 
 Fósforo: 
 Em função da exigência da planta 
 A aplicação de correção + formação são 
feitas simultaneamente, na implantação da 
pastagem, somando os requerimentos 
 Aplicação próxima à semente 
 
 Potássio: 
 Em cobertura 
 Forrageira: cobrir 60 a 70% do solo 
 Soma-se os requerimentos da correção e de 
formação 
 
 Nitrogênio: 
 Aplicado parceladamente e anualmente 
 Sempre aplicar a lanço e em cobertura 
 Preferência: sulfato de amônio, para evitar 
perdas de nitrogênio 
 Uréia: em condições de umidade no solo, 
sem sol pleno, e dias não muito quentes 
Adubação de correção 
 
 Macronutrientes 
 Cálcio e magnésio: 
 Formas disponíveis em pH acima de cinco 
 Correção da acidez fornece, normalmente, 
as quantidades exigidas 
 
 Enxofre: 
 Normalmente o uso de superfosfatos e 
sulfatos podem ser o suficiente para pastagem 
 
 O gesso 
 Eliminar o Al+3 trocável 
 Fornece Cálcio 
 Fornece quantidade apreciável de S ao 
solo 
 
 
Adubação de correção 
 
 Micronutrientes 
 
 Leguminosas 
 
 Forrageiras mais produtivas recomenda-se: 
80Kg/ha de FTE – BR.12 (9% -Zn, 1,8% - B, 0,8% 
- Cu, 3% - Fe, 2% - Mn, 0,1% - Mo, 0% - Cu) 
 
 Aplicação: à época da correção do solo 
 
 Muito pouco se sabe sobre as exigências das 
plantas nestes elementos. 
23/11/2012 
3 
Adubação de manutenção 
 
 Anual, devido ao ciclo vegetativo das espécies 
forrageiras 
 
 Análise de solo de amostras coletadas nos 10 cm 
superficiais 
 
 Pastagens já formadas 
 Fósforo: fosfatos naturais reativos e em 
cobertura 
 
 Nitrogênio: de 60 a 240 Kg de N por ano, 
independente da análise do solo. 
 Economicidade 
Limpeza da área 
 
 Áreas de agricultura ou pastagem 
 roçada geral e/ou aplicação de herbicida para 
posterior semeadura 
 
 Áreas com vegetação natural 
 Correntão: para áreas maiores e planas e com 
vegetação composta de arvoretas pouco densas 
 Lâminas frontais: áreas com vegetação mais 
densa 
 Limpeza manual: recomendado para áreas 
pequenas e/ou locais de difícil mecanização 
 Queima: menos recomendável 
Uso de correntão 
Uso de 
Lâminas 
frontais 
A escolha da espécie forrageira 
 
 Critérios: 
 
 Assistência técnica 
 
 Levantamento de um histórico detalhado da região: 
 índice pluvial médio anual e mensal 
 temperatura média anual e mensal 
 fotoperíodo 
 ocorrência de geadas 
 ocorrência de pragas importantes 
 
 Levantamento da área em que será implantada a 
pastagem: 
 profundidade 
 fertilidade 
 estrutura 
 textura do solo 
 topografia 
 susceptibilidade à erosão 
 culturas de cobertura anteriores 
 possibilidade e duração de encharcamento 
 
Escolha da espécie forrageira 
Alguns detalhes... 
 
 Topografia 
 topografia mais acidentada 
 Preferência para espécies estoloníferas: 
B. decumbens cv. Basilisk; B. humidicola cv. 
Humidicola; B. humidicola cv. Llanero 
(Dictyoneura) 
 
 Textura do solo 
 solos arenosos ou de textura mista: todas as 
espécies podem ser utilizadas 
 
 Para solos com textura mais argilosa, 
espécies com sistema radicular mais vigorosos: 
B. brizantha cv. Marandú; B. brizantha cv. 
Xaraés (MG-5); Panicum maximum cv. 
Mombaça 
23/11/2012 
4 
Escolha da espécie forrageira 
Alguns detalhes... 
 
 Fertilidade do solo 
 Baixa Exigência 
 Média Exigência 
 Alta Exigência 
 
 Drenagem do solo 
 Deficiência de drenagem: espécies 
tolerantes ao encharcamento, como B. 
humidicola cv. Humidicola 
 
 Drenagem lenta: a B brizantha cv. BRS 
Piatã e Xaraés podem ser empregadas 
 
Tabela 1. Exigências de adaptação e tolerância das plantas forrageiras a 
alguns componentes ambientais abióticos 
A escolha da espécie forrageira 
 
 Critérios: 
 
 Tipo de manejo que será adotado 
 utilização ou não de fertilizantes na formação e 
manutenção 
 
 Forma de estabelecimento 
 
 Sistema de pastejo – lotação rotacionada ou lotação 
contínua 
 
 Espécie e raça animal 
 
 Expectativa de produção 
 
 
Os tipos de semeadura mais empregados são: 
 
 Semeadura Manual 
 áreas com alto declive e de difícil acesso para 
máquinas 
 A lanço 
 Com matraca 
 
 Semeadura Mecanizada 
 A lanço 
 mesmo equipamento para distribuição de 
calcário 
 
 Em sulcos 
 distribui e cobre as sementes em uma só 
operação 
 
 Plantio de mudas 
 
 Semeadura Aérea 
Semeadura 
Semeadura manual 
Matraca 
Lanço 
Semeadura mecanizada 
Lanço 
Sulcos de plantio 
23/11/2012 
5 
Semeadura aérea 
Incorporação 
Profundidade de incorporação das sementes por espécie (cm) 
Implementos para a incorporação das 
sementes, quando a semeadura for feita a 
lanço: 
 
 Grade niveladora fechada 
 logo após a semeadura 
 germinação e emergência das 
plântulas. 
 
 Rolo compactador 
 sempre ser empregado em solos 
arenosos 
Incorporação 
Grade 
niveladora 
Uso de rolo compactador Valor cultural (VC) 
 
 Exprimi a qualidade físico-fisiológica das 
sementes de gramíneas forrageiras 
 
 Esse valor representa a proporção de sementes 
puras que são viáveis em um lote ou amostra 
 
 O preço das sementes é geralmente baseado no 
valor cultural 
 
 Esse índice também é utilizado para regular a 
taxa de semeadura 
 
 O VC é expresso em porcentagem e é obtido 
pela seguinte fórmula: 
 
% VC = (% pureza x % germinação ou % sementes viáveis) 
100 
 
23/11/2012 
6 
Taxa de semeadura 
 
 É a quantidade mínima em quilogramas do lote de 
sementes disponível a ser plantado por hectare 
 
 A taxa de semeadura recomendada para cada 
espécie deve ser respeitada. 
 
 A recomendação pode ser calculada pela seguinte 
fórmula: 
Q = SPV x 100 
 VC 
onde: 
Q = quantidade de sementes comerciais (kg) a serem 
semeadas. 
SPV = Sementes purasviáveis (kg/ha). 
VC = Valor cultural 
Controle de plantas invasoras 
 
 A partir de duas semanas da semeadura: processo de 
competição e redução da produção da forrageira 
 
 O controle 
 duas semanas da semeadura 
 a área livre de invasoras até 45 dias do crescimento 
 
Tipos de controle: 
Controle preventivo 
 
 Limpeza cuidadosa dos tratores e dos implementos 
 Fermentação de esterco e de materiais orgânicos 
 Uso de sementes de espécies de plantas forrageiras não 
contaminadas 
 Isolamento de áreas e quarentena de animais oriundos de 
zonas infestadas 
 Evitar a introdução de plantas ornamentais que podem 
mais tarde migrar para a área de pastagem 
 Adubação 
Controle de plantas invasoras 
 
Controle mecânico 
 
 Deve ser adotado com freqüência e empregado 
desde o momento de implantação da pastagem 
 
 Evitar que as plantas invasoras entrem em fase de 
reprodução 
 
 A intervenção deve ser sempre antes que as plantas 
invasoras atinjam a fase reprodutiva 
 
 Esse método pode ser realizado: 
 Roçagem manual 
 Arranquio 
 Roçagem mecanizada 
 Gradagem e aração 
Controle de plantas invasoras 
 
Controle cultural 
 
 Conjunto de procedimentos que direta ou 
indiretamente contribuem para aumentar a 
competitividade da planta forrageira e reduzir a das 
plantas invasoras 
 
Alguns deles: 
 A adubação correta de pastagem NPK 
 
 Utilização de espécies de plantas forrageiras 
bem adaptadas ao ambiente 
 
 Tipo de manejo empregado pelos produtores. 
 
 Espécies forrageiras com maior 
agressividade 
Controle de plantas invasoras 
 
Controle químico 
 
 Consiste no uso de produtos químicos: herbicidas 
 
Inibem o crescimento normal ou matam as plantas sem 
interesse agronômico 
 
Vantagens: 
 Alto rendimento na aplicação 
 Eficiência elevada e uniforme 
 Controle das plantas indesejáveis sem comprometer as plantas 
de pastagens 
 Efeito rápido 
 Redução do potencial do banco de sementes 
 Viabilidade econômica 
 
Desvantagens: 
 Risco aos recursos naturais, vida silvestre e humana 
 Contaminação dos alimentos dos humanos e dos animais 
 Cuidados específicos durante sua aplicação 
 Cuidados especiais no armazenamento das embalagens 
Tipos de preparo do solo 
 
 A escolha da forma de preparo do solo para 
semeadura ou plantio depende de vários fatores: 
 
 O nível tecnológico adotado na propriedade 
 Participação em associações e cooperativas 
23/11/2012 
7 
Sistema convencional 
 
 Limpeza da área 
 
 Em áreas de vegetação de porte baixo com pequeno grau 
de declividade: primeira medida é usar uma grade pesada. 
Esta fará a incorporação da: 
 Matéria orgânica 
 Sementes de ervas daninhas 
 Descompactação deste solo 
 
Se necessário 
 Aração com arado tipo aiveca 
 
 Após a aração promover uma gradagem de nivelamento: 
antes do plantio 
 
 Esta operação deverá ser realizada durante o período 
seco, se possível 
 
 Solos arenosos: compactação do solo com rolo 
compactador, após o seu preparo, antes e após o plantio da 
forrageira. principalmente, das gramíneas 
Arar 
Gradear 
Preparo convencional 
Preparo convencional 
Cultivo mínimo 
 
 O cultivo mínimo: forma não convencional de preparo do 
solo para receber mudas ou sementes de uma determinada 
cultura 
 
 Consiste do preparo do solo e plantio ao mesmo tempo, 
em um menor número de operações possível 
 
 Apenas as linhas em que haverá o plantio terão o solo 
revolvido 
 
 Há o revolvimento mínimo do solo 
 
Benefícios: 
 Menor revolvimento do solo 
 Conserva a estrutura a estrutura do solo 
 Mantém o solo coberto pelos resíduos da cultura 
 Economia de combustível. 
 Diminui a ação de processos erosivos 
Cultivo mínimo Sistema plantio direto (SPD) 
 
 Plantio direto: processo de semeadura em solo não 
revolvido, no qual a semente é colocada em sulcos ou 
covas, com largura e profundidade suficientes para a 
adequada cobertura e contato das sementes com a terra 
 
 Técnica de cultivo conservacionista 
 
 Considera-se uma técnica de cultivo mínimo 
 
 Objetivo: manter o solo sempre coberto por plantas em 
desenvolvimento e por resíduos vegetais 
Essa cobertura tem por finalidade: 
 Proteger o solo do impacto das gotas de chuva 
 Escoamento superficial 
 Erosões hídrica e eólica 
 
 O preparo do solo limita-se ao sulco de semeadura, 
procedendo-se a semeadura, a adubação e, eventualmente, 
a aplicação de herbicidas em uma única operação 
23/11/2012 
8 
Sistema plantio direto (SPD) 
Fundamentos 
 
 Eliminação/redução das operações de preparo do solo 
 
 Uso de herbicidas para o controle de plantas daninhas 
 
 Formação e manutenção da cobertura morta 
 
 Rotação de culturas 
 
 Uso de semeadoras específicas 
 
Sistema plantio direto (SPD) 
Sistema plantio direto (SPD) Sistema plantio direto (SPD) 
Principais métodos de estabelecimento de pastagens e implicações de 
manejo 
23/11/2012 
9 
Pastejo inicial 
 
 O pastejo inicial: estimula o crescimento lateral e 
perfilhamento 
 
 Deve ser realizada quando as plantas 
apresentarem um desenvolvimento compatível com o 
porte da espécie 
 Alta lotação 
 Curta duração 
 Atenuar os efeitos danosos da desfolha e 
pisoteio sobre a forrageira 
 O uso de animais mais leves 
 
Em condições ótimas: 60-90 dias após a 
semeadura 
Renovação, recuperação e reforma de 
pastagens degradadas 
 
Entende-se por: 
 
Recuperação: a aplicação de práticas culturais 
e/ou agronômicas, visando o restabelecimento da 
cobertura do solo e do vigor das plantas forrageiras 
na pastagem. 
 
Reforma: entende-se a realização de um novo 
estabelecimento da pastagem, com a mesma 
espécie e, geralmente, com a entrada de máquinas. 
 
Renovação: consiste na utilização da área 
degradada para a formação de uma nova pastagem 
com outra espécie forrageira, geralmente mais 
produtiva. 
Principais causas e sinais de degradação de pastagens com suas interrelações 
Recuperação sem preparo de solo 
 
Características: 
 A degradação ocorreu devido a erros de manejo 
 Há grande ocorrência de plantas invasoras 
 Baixa produção de forragem 
 A forrageira está adaptada às condições 
edafoclimáticas locais e, eventualmente, o estande 
possui uma boa densidade de plantas desejadas 
 
Neste caso 
 O controle químico das plantas invasoras 
 Adubação 
 sem a necessidade da utilização de máquinas 
para o preparo do solo 
Tratamentos físico-mecânicos do solo 
 
 A densidade de plantas estando muito abaixo da 
necessária para boa produção de forragem 
 
 Ocorrendo áreas sem cobertura e com acentuada 
compactação do solo 
 
 Conjunto com a ressemeadura e novo 
estabelecimento, seja da mesma, ou outra, espécie 
forrageira 
Uso de leguminosas forrageiras 
 
 Necessita nível tecnológico médio da 
propriedade 
 
Podem ser: 
 
 Plantadas em consórcio com as gramíneas 
 
 Exclusivas para uso na época seca como 
banco de proteína 
 depois de certo tempo a área é plantada 
com gramíneas e o banco é usado para 
recuperar uma nova pastagem degradada 
 
 Cultivo 
 
 Posterior incorporação (como adubo verde) 
23/11/2012 
10 
Formação e utilização de banco de 
proteína 
 
 Escolha da leguminosa forrageira 
 
A leguminosa deve ser: 
 Adaptada às condições edafoclimáticas locais 
 Tolerante à seca 
 Elevado teor protéico 
 Produzir forragem satisfatoriamente 
 Boa recuperação pós-pastejo 
 Ser bem consumida pelos animais 
 
Tamanho da área 
 O tamanho da área pode ser de 10% a 15% do 
total da área de pastagem 
 
 Preparo da área 
 Final do período seco 
Formação e utilização de banco de 
proteína 
 
 Plantio 
 No início do período chuvoso. 
 Sementes que devem ser escarificadas 
 Água quente à temperatura de 80° C, por 2 a 4 
minutos 
 Água natural: sementes emergidaspor +/- 4 horas, 
quando serão tiradas da água 
 Secar na sombra. 
 Essa operação deve ser feita de preferência à tarde, 
na véspera do plantio 
 Outra forma de escarificação é danificar o 
tegumento da semente com lixa, areia grossa ou seixo 
 
 Adubação 
 A adubação deve ser feita em razão da análise de solos 
e das exigências da leguminosa escolhida para a formação 
do banco de proteína 
Utilização do banco de proteína 
 
 Pastejo 
 
 O animal deve ter acesso à área de leguminosa, de 
acordo com o manejo a ser adotado 
 
 Deve-se proporcionar uma maior freqüência possível do 
animal ao banco de proteína 
 
 Alternativas de manejo 
 Acesso diário dos animais ao banco de proteína, por 
aproximadamente 1 a 2 horas 
 
 Acesso dos animais ao banco de proteína apenas a 
cada 2 ou 3 dias, por aproximadamente 1 a 2 horas 
 
 O banco de proteína pode apresentar duas ou mais 
subdivisões, permitindo-se fazer um sistema de rodízio 
entre elas, visando auxiliar a recuperação da leguminosa, 
que é normalmente lento, variando de 40 a 60 dias. 
 
Esquema de um sistema integrando 
uma pastagem de gramínea e um 
banco de proteína 
Ilustração: Guilherme Azevedo 
Banco de proteína de puerária (Pueraria 
phaseoloides) pastejada por bovinos 
Fonte: Embrapa 
Integração lavoura – pecuária (ILP) 
 
 Sistema importante em áreas com declividades 
moderadas 
 
 O sistema Barreirão (CNPAF/EMBRAPA) 
 Recuperação de pastagens degradadas 
 
 Sistema Santa Fé (CNPAF/EMBRAPA) 
 Mais moderno e com várias alternativas 
23/11/2012 
11 
Sistema Barreirão 
 
O sistema Barreirão é uma tecnologia de 
recuperação/renovação de pastagens em consórcio 
com culturas anuais 
 
Vantagens: 
 
 Ocupação da área para recuperação/renovação 
por curto período de tempo (setembro/outubro a 
março/abril), coincidindo com o período de possível 
sobra de pastagens 
 
 Menor necessidade de máquinas e implementos, 
em relação ao sistema de rotação 
 
 Correção de acidez do solo de acordo com as 
exigências das espécies a serem consorciadas 
Vantagens: 
 
 Redução apreciável dos cupinzeiros de monte 
e das plantas daninhas perenes 
 
 Redução dos riscos de perdas por deficiência 
hídrica, devidos aos veranicos, graças ao manejo 
diferenciado do solo 
 
 Desenvolvimento vegetativo das forrageiras por 
mais tempo, no período seco 
 
 Retorno parcial ou total do capital aplicado em 
curto prazo, pela venda dos grãos produzidos no 
consórcio 
 
 Facilidade de aplicação, bastando haver 
disponibilidade de máquinas e implementos e de 
orientação técnica 
 
Sistema Barreirão 
 
 No sistema Barreirão, a escolha da cultura e da 
forrageira a serem consorciadas depende do 
interesse do produtor e das condições do solo. 
 
 Normalmente, consorcia-se milho, sorgo, milheto 
com forrageiras, principalmente braquiárias, 
Andropogon gayanus e Panicum sp. e/ou 
leguminosas forrageiras, como Stylosanthes sp., 
Calopogonio mucunoides e Arachis pintoe. 
Sistema Barreirão 
 Implantação 
 Correção da acidez do solo 
 
 Preparo do solo 
 Segunda etapa 
 Objetiva-se: 
 Descompactação 
 Controle de plantas daninhas anuais e 
perenes 
 Incorporação de resíduos orgânicos e 
corretivos 
 
 Adubação 
 Análise de solo 
 
 Implantação do Consórcio 
 A terceira etapa 
 Uso de sementes de qualidade, tanto das 
culturas anuais como das forrageiras 
Sistema Barreirão 
 
 Semeadura 
 
 Deve-se dar preferência às cultivares 
recomendadas para a região 
 
 Espaçamento e densidade de semeadura das 
culturas anuais 
 No Sistema Barreirão, a consorciação de 
culturas anuais, como o milho, o sorgo e o 
milheto, com forrageiras obedece às 
recomendações convencionais 
Sistema Barreirão 
 
 Mistura das sementes das forrageiras com o adubo 
 
 As sementes das forrageiras do gênero Brachiaria são 
misturadas ao adubo para posterior incorporação ao solo 
 
 Mistura: imediatamente antes de sua incorporação ao solo, 
não devendo permanecer estocada por mais de 24 horas 
 
 
 Profundidade de adubação e de semeadura da forrageira 
 
 As forrageiras dos gêneros Panicum e Andropogon: 
recomendações convencionais 
 
As do gênero Brachiaria, principalmente B. brizantha e B. 
decumbens: de 8 a 10 cm da superfície em solos de textura franca 
23/11/2012 
12 
Sistema Barreirão 
 
 Condução 
 
 A quarta etapa diz respeito à condução da lavoura 
 
 A quinta etapa é a colheita 
 
 O processo e a velocidade da colheita são 
idênticos aos recomendados para os cultivos 
solteiros 
 
A sexta e última etapa é a vedação da área, por um 
período mínimo de 30 dias, após a colheita 
 
 Melhor formação da pastagem e/ou produção de 
novas sementes da forrageira 
 
 Inicia-se o pastejo 
Sistema Santa Fé 
 
 Embrapa Arroz em 1993 
 
 Fundamenta-se: na produção consorciada de culturas 
de grãos (milho, sorgo, milheto e soja) com forrageiras 
tropicais 
 
 Sistema de plantio direto como no convencional, em 
áreas de lavoura, com solo devidamente corrigido 
 
 Vantagem: 
 Não altera o cronograma de atividades do 
produtor 
 Não exige equipamentos especiais para sua 
implantação 
Sistema Santa Fé 
 
 Estabelecimento do Sistema Santa Fé 
 
 Semeadura simultânea 
 Misturada do adubo com as sementes da 
forrageira 
 
 Alguns cuidados devem tomados para a 
implantação do consórcio, tais como: 
 Dessecação da área ou preparo do solo 
 Semente da forrageira 
 5 a 10 kg de semente de braquiária por 
hectare com valor cultural (VC) igual ou 
superior a 30% 
 
Adubação 
 Misturar as sementes da forrageira ao 
adubo correspondente a um hectare 
 
 
 Sistema Santa Fé 
 
 Semeadura 
 
 Velocidade entre 4 e 6 km/h 
 
 A mistura de adubo e semente da forrageira 
deve ser colocada mais profundamente que as 
sementes da cultura anual 
 
 Nos solos com teor de argila entre 30% e 
50%: de 4 a 6 cm abaixo das sementes da 
cultura 
 
 Nos solos com mais de 60% de argila ou 
mais de 70% de areia: em torno de 2 a 3 cm 
abaixo das sementes da cultura 
Sistema Santa Fé 
 
 Semeadura da forrageira em pós emergência da cultura 
anual 
 
 Recomendada para áreas muito infestadas por plantas 
daninhas 
 
 Permite controlá-las em pós-emergência precoce 
 
 Em seguida semeia-se a cultura forrageira 
 
 Utilizar o espaçamento idêntico ao da cultura anual 
 
 Os sulcos de semeadura: mais próximo possível das 
fileiras da cultura anual 
 
 No caso de espaçamento da cultura anual ser superior 
a 80 cm, devem-se semear duas fileiras da forrageira 
entre duas fileiras da cultura anual 
 
Sistema Santa Fé 
 
 A adubação nitrogenada 
 Solos com mais de 30% de argila: dez dias após a emergência 
das plântulas 
 Solos com mais de 70% de areia aplicar: 50% aos dez dias da 
emergência e 50% quando o milho, o sorgo ou o milheto 
apresentarem seis a sete folhas totalmente expandidas e o arroz 
estiver no estádio de primórdio floral 
 
 Manejo de herbicidas 
 
 Semeadura imediatamente após a dessecação 
 A área não apresente grande quantidade de cobertura viva, 
em número de plantas ou volume de massa vegetal 
 
 Caso contrário: 
 Dessecar com herbicida sistêmico 
 Aguardar o secamento das plantas e a emergência de 
novas plantas daninhas, 
 Realizar a semeadura 
 Antes da emergência das espécies consorciadas, dessecar 
com herbicida de contato 
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 Sistema Santa Fé 
 
 Colheita da cultura 
 
 Para os consórcios entre sorgo, arroz ou milho 
com forrageira, o procedimento de colheita é o 
convencional 
 Evitar atrasos 
 
 Utilização da forrageira 
 Pastejo, silagem, silagem seguida de pastejo, 
fenação e cobertura morta. 
 
Pastejo 
 Vedar a área, após a colheita da cultura anual 
 30 a 60 dias 
Sistema Santa Fé 
 
Sistema Santa Fé 
Sistema Santa Fé Sistemassilvipastoris 
Integração de árvores ou arbustos, pastagens e 
animais, com a finalidade de obter produtos ou 
serviços destes três componentes. 
 Caracterização 
Sistemas silvipastoris 
 Solo 
 
• captação de nutrientes de camadas profundas pelas 
raízes das árvores e devolução de parte destes 
nutrientes nas camadas superficiais com 
decomposição de raízes e folhas 
 
• melhora na atividade microbiológica pela mudança 
no microclima sob a copa das árvores 
 
• plantadas em locais estratégicos as árvores ajudam 
a controlar o processo de erosão 
 
BENEFÍCIOS 
Sistemas silvipastoris 
 Produção de forragens: 
• crescimento das forrageiras => prejudicado ou 
favorecido, dependerá da tolerância da espécie à 
sombra, ao grau de sombreamento e a competição 
entre as plantas por água e nutrientes 
Benefícios 
23/11/2012 
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Sistemas silvipastoris 
 Valor nutritivo da forragem: 
 
 Brachiaria decumbens sombreadas, teores de 
proteína bruta influenciados pela luminosidade, 
sendo 29% maiores na sombra do que no sol 
 
 Tendência de redução dos teores de FDN e 
aumento da digestibilidade (variável conforme a 
espécie, o grau de sombreamento e as 
condições climáticas – temperatura e umidade 
Benefícios 
Sistemas silvipastoris 
 Consumo da forragem: 
 
 Embrapa Gado de Leite => não há diferença 
significativa entre o sistema agrosilvipastoril e o 
sistema tradicional 
 
 pesquisas em outros países demonstraram 
haver diferença entre os sistemas 
Benefícios 
Sistemas silvipastoris 
 Conforto animal: 
 
 Procura dos animais por ambientes 
sombreados, durante o verão 
 
 No inverno, vacas mestiças, em lactação, em 
um experimento da Embrapa, permaneceram 
43% do tempo de pastejo sob a sombra das 
árvores. No verão este percentual subiu para 
69% 
Benefícios 
Sistemas silvipastoris 
 Gramíneas: sombreamento 
 
 Uso de arbustos ou árvores que perdem folhas 
facilmente 
 
 Dependendo do tipo de sombra e pelo trânsito dos 
animais, a espécie forrageira pode ficar rareada ou 
deixar de cobrir estas áreas, ficando o solo 
susceptível à compactação e também à erosão 
Desvantagens 
Sistemas silvipastoris 
Implantação onerosa e o retorno financeiro demora 
 
 Falta de conhecimento por parte dos produtores dos 
benefícios deste sistema 
 
 Dificuldade de implantar árvores em pastagens já 
estabelecidas 
 
 Aumento na mão de obra 
Barreiras para adoção do sistema 
silvipastoril 
Escolha das espécies 
 As espécies arbóreas e as gramíneas devem ser 
tolerantes ao sombreamento 
 
 Forrageiras: ter boa produtividade, alto valor 
nutritivo, serem adaptadas ao manejo e condições 
edafoclimáticas da região onde será implantado o 
sistema 
 
 Árvores: crescimento rápido, copa reduzida e 
pouco densa, fuste longo, para diminuir 
sombreamento no pasto e regeneração rápida quando 
sofrer alguma injúria, não causar efeito tóxico aos 
animais e nem efeito alelopático sobre a espécie 
forrageira 
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Arranjo espacial 
 Plantio de linhas simples: o espaçamento entre 
árvores é com base na espécie, altura da árvore e tipo 
de copa. Recomendados: 3x10; 5x10; 10x10; 5x20; 
Sentido leste-oeste. 
Arranjo espacial 
 Plantio de linhas duplas: espaçamentos de no 
mínimo 10 m entre linhas duplas. Sentido leste-
oestemodelo; para evitar plantas daninhas entre as 
linhas, recomenda-se o plantio de uma leguminosa 
tolerante ao sombreamento, como o Arachis pintoi 
Arranjo espacial 
 Pequenos bosques: espaçamentos 3x2; 3x3; 3x5 
m. Há problemas com pisoteio do gado nas raízes 
superficiais das árvores, compactação do solo, devido 
ao não crescimento de gramíneas por excesso de 
sombra, provocando a exposição do solo 
Arranjo espacial 
Plantio aleatório: não há espaçamento indicado, 
pois é muito utilizado quando se deseja aumentar a 
biodiversidade, ou a regeneração de espécies naturais 
existentes na pastagem 
Arranjo espacial 
 O plantio ao longo da cerca também é uma opção; 
pode ser feito nas divisórias das cercas, funcionando 
como uma cerca viva 
Fonte: Embrapa 
Manejo 
 O principal é evitar o uso de fogo e herbicidas, e se 
usados fazê-lo com maior controle para evitar danos 
às árvores 
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Fonte: Beefpoint 
Consórcio de eucalipto com Brachiária 
Obrigada 
Prof. Dra. Ana Cláudia Ruggieri 
acruggieri@fcav.unesp.br 
(16) 3209-2682 
mailto:acruggieri@fcav.unesp.br

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