Buscar

Bullying e Escola

Prévia do material em texto

Bullying e Escola: Como injurias e apelidos podem afetar o rendimento escolar de alunos ao longo de sua vida
Ewerton Tavares Quezado Pessoa¹
Tatiane Oliveira da Silva² 
Anuska Dias Burgos dos Santos³
Aline Mota (Orientadora)
Resumo
O artigo em questão aborda os desafios que a gestão pode encontrar perante a pratica de Bullying no espaço colar, visto que as incidências aumentaram nos últimos anos, crianças e adolescentes com rendimentos escolar abaixo do esperado, e em casos extremos a falta de interesse dos mesmos em frequentar o ambiente escolar, veremos a seguir várias nuanças que poderemos distinguir a respeito do que se deve ser tratado como brincadeira de criança, e do que pode ser encaixado como Bullying e atentado a pessoa humana como um todo, teremos embasamento teórico conforme adentrarmos a respeito do tema abordado, visando uma melhoria no sistema de educação e consequentemente, melhorando a vida dessas pessoas que poderão guardar sequelas pelo resto da vida devido ao que sofreram ao longo da fase infantil e adolescência.
Palavras-chave: Bullying, Rendimento escolar, Sistema de educação
Abstract
The article in question addresses the challenges that management may encounter in the face of the practice of Bullying in the collar space, since the incidences increased in the years, children and adolescents with less than expected school attendance, and in extreme cases their lack of interest in attending the school environment, we will see below several nuances that we will be able to distinguish about what should be treated as child's play, and what can be fit as Bullying and attack the human person as a whole, we will have theoretical basis as we enter Respect of the topic addressed, Complete an improvement in the education system and, consequently, improving the lives of these people who have sequelae for the rest of their lives due to what they suffered throughout the childhood and adolescence.
Keys Words: Bullying, School performance, Education system 
Introdução
	Este trabalho propõe expor uma discussão acerca do contexto da prática do bullying, entre alunos do Ensino Fundamental, bem como apresentar a influência desta para o rendimento, das vítimas, em sala de aula. Bullying é um termo que deriva da palavra ‘bully’, de origem inglesa ao qual possui como significado ‘valentão’, ‘brigão’. Esta descrição tem sido utilizada para denominar a prática de injúrias, intimidações, humilhações e agressões sequenciadas, a um indivíduo específico, muitas vezes ligado a questões discriminatórias.
Os primeiros estudos sobre esta temática datam da década de 1970, pelo pesquisador sueco, e também, na época, professor de psicologia pela Universidade de Bergen, na Noruega, Dan Olweus. Apesar de sua pesquisa promissora ter alcançado repercussão internacional, com livro publicado até mesmo nos Estados Unidos em 1978, o governo da Noruega não deu-lhe a atenção que era necessária, até que fora ocasionado uma onda de suicídios por crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos de idade. 
Como contra-resposta, o governo reagiu com uma nova política anti-bullying, em escolas, com início no ano de 1993. Sobre o governo norueguês e sua Campanha Anti-Bullying, Voors (2010) indica que foi encontrado benefícios. Conseguiram reduzir o comportamento agressivo no âmbito escolar, o qual resultou em redução da evasão de alunos, melhor desempenho acadêmico e a moral da escola pôde ser elevada.
No Brasil, uma lei foi sancionada, pela ex-presidente Dilma Rousseff, com o intuito de mobilizar, não só as escolas, tal como órgãos das esferas Federal, Estadual e Municipal. A lei n. 13.185, criada em 2015, forneceu diretrizes para instituir o  Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying). Este, por meio do texto da lei, visava propor formas de conscientizar, prevenir e combater 
[...] Todos os tipos de violência, com ênfase nas práticas recorrentes de intimidação sistemática (bullying), ou constrangimento físico e psicológico, cometidas por alunos, professores e outros profissionais integrantes de escola e de comunidade escolar (BRASIL, 2015)
Embora houvesse lei conferida a nível federal, a prática prosseguiu e continua sendo encontrada em qualquer ambiente, principalmente em escolas e redes sociais. Tem sido recorrente, ainda que um pouco mais mascarada. É possível visualizar, com facilidade, práticas de bullying, como designação de apelidos maldosos, discriminações, intimidações, dentre outros, dentro do contexto escolar, ora sendo conferida a outros colegas que iniciam todo o processo, ora advindas de casa.
Atitudes e comportamentos agressivos podem ser resultantes de um longo histórico ou sequências de vida de uma criança. A aprendizagem e conhecimentos, adquiridos pelos envolvidos, não é conferida unicamente à escola e interações criadas e ligadas dentro da instituição. Estes também podem ser resultados de cotidiano familiar. Em relação ao comportamento adquirido e formação psicológica de uma criança, em constante experiência, Vigotsky (1998, p. 75) afirma que
Primeiro no nível social, e, depois, no nível individual; primeiro entre pessoas (interpsicológica), e , depois, no interior da criança (intrapsicológica). Isso se aplica igualmente para atenção voluntária, para a memória lógica e para a formação de conceitos. Todas as funções superiores originam-se das relações reais entre indivíduos humanos.
Deve-se levar em consideração que o espaço escolar é um ambiente ao qual, constantemente, podemos notar a presença de interações entre crianças ou adolescentes, tais quais podem influir em aprendizados, nem sempre positivos. Pozo (2002, p. 60) ressalta que "possivelmente em toda atividade ou comportamento humano se está produzindo aprendizagem em maior ou menor dose”, isto é, ações e falas podem impactar em uma posterior reprodução deste comportamento para um outro ser humano, independente da idade que possua.
Percurso Metodológico
	O percurso metodológico adotado neste estudo parte de uma abordagem qualitativa. De acordo com Trigueiro (2014, p.18):
A pesquisa qualitativa é basicamente aquela que busca entender um fenômeno específico em profundidade. Em vez de estatísticas, regras e outras generalizações, ela trabalha com descrições, comparações, interpretações e atribuição de significados, possibilitando investigar valores, crenças, hábitos, atitudes e opiniões de indivíduos ou grupos. Permite que o pesquisador se aprofunde no estudo do fenômeno ao mesmo tempo que tem o ambiente natural como a fonte direta para coleta de dados.
	Já para Severino (2007, p.118) pesquisa qualitativa se enquadra em:
Modelo de conhecimento científico, denominado positivista adequou-se perfeitamente à apreensão e o manejo do mundo físico, tornando-se assim paradigmático para a constituição das ciências, inclusive daquelas que pretendia conhecer o mundo humano. Portanto, para nossa pesquisa funcionar como somatória é importante que a investigação tenha um olhar voltado para as reações das pessoas do que realmente elas necessitam e pretendem de modo que facilito o entendimento das abordagens.
	O procedimento da pesquisa utilizado segue a pesquisa descritiva. Segundo Gil (2008, p.42) “as pesquisas deste tipo têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis”. Utilizou-se também a pesquisa ex-post-facto, que segundo Gil (2008, p.73):
É uma investigação sistemática e empírica na qual o pesquisador não tem controle direto sobre as variáveis independentes, porque já ocorreram suas manifestações ou porque são intrinsecamente não manipuláveis. A manipulação da variável independente é impossível. Elas chegam ao pesquisador já tendo exercido os seus efeitos. Também não é possível designar aleatoriamente sujeitos e tratamentos a grupos experimentais.
	O instrumento de coleta de dados utilizado foram questionários. Segundo Gil (2008, p.121):
Pode-se definir questionário como a técnica de investigação composta por um conjunto de questões quesão submetidas a pessoas com o propósito de obter informações sobre conhecimentos, crenças, sentimentos, valores, interesses, expectativas, aspirações, temores, comportamento presente ou passado etc.
	Nossa pesquisa foi baseada particularmente apurando dados ao longo de nossa passagem acadêmica em estágios em escolas do Recife, pudemos anotar e vivenciar na prática as problemáticas com o Bullying, para deixar nossa pesquisa mais aprimorada, buscamos professores participantes para apurar melhor os dados, visto que os mesmos tem uma maior experiencia na área que nos estudantes de Pedagogia, o total de professores foram 2, um do ensino infantil, e outro do fundamental, para entendermos se há diferença em comportamento nas demais fases da educação e idade dos alunos.
	A análise de dados foi realizada seguindo uma perspectiva qualitativa, onde buscou-se compreender os desafios encontrados nas práticas de combate ao Bullying e a intervenção dos gestores em relação a esses acontecimentos.

Continue navegando